Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Vigilância Sanitária III - Teorico-1

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 16

Vigilância

Inserir Título
Sanitária,
Aqui
Inserir Ambiental
Saúde Título Aquie
Saúde do Trabalhador
Vigilância em Saúde do Trabalhador

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª M.ª Glauteice Freitas Guedes

Revisão Textual:
Prof.ª Dra. Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Vigilância em Saúde do Trabalhador

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:

Fonte: Getty Images


• Política Nacional da Saúde do Trabalhador;
• Áreas de atuação da Vigilância na Saúde do Trabalhador.

Objetivos
• Compreender a estrutura da Política Nacional da Saúde do Trabalhador;
• Identificar as ações da vigilância à saúde do trabalhador.

Caro Aluno(a)!

Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões


de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.

Bons Estudos!
UNIDADE
Vigilância em Saúde do Trabalhador

Contextualização
Para iniciarmos esta unidade, convidamos você a conhecer um pouco sobre a temá-
tica Vigilância em Saúde do Trabalhador. Para isso, assista ao vídeo Viva Mais SUS em
que mostra rapidamente a importância de identificar e evitar situações que implicam na
saúde do trabalhador.

Disponível em: https://youtu.be/MarlHqr4Nd0

6
Política Nacional da Saúde do Trabalhador
A Saúde do Trabalhador consiste numa uma área técnica da Saúde Pública que tem
como principal objetivo intervir na relação entre o sistema produtivo e a saúde, de forma
integrada com outras ciências da saúde. Essa intervenção visa à preservação da saúde
dos trabalhadores, na perspectiva preventiva, curativa, de reabilitação funcional e rea-
daptação profissional.

Figura 1
Fonte: Freepik

A preocupação com a Saúde do Trabalhador organiza-se, no Brasil, na década de


1980, com o processo de redemocratização do país e da luta pela Reforma Sanitária,
ambos processos culminaram na instituição do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Cons-
tituição Federal (CF) de 1988. Ao estabelecer a saúde como direito de cidadão e um dever
do estado, a CF garantiu a atenção integral à saúde para todos(as) trabalhadores(as) inde-
pendentemente do tipo de vínculo que possuem no mercado de trabalho (BRASIL, 2018).

Conheça a Descrição Completa das Atribuições da Vigilância em Saúde do Trabalhador na


Constituição Federal no Capítulo I. Disponível em: https://bit.ly/3vTaSmr

Dessa forma, o compromisso do SUS com a vida e a saúde dos(as) trabalhadores(as)


considera sua inserção no processo produtivo/processo de trabalho, desde o início da
vida laborativa, qualquer que seja a atividade de trabalho, incluindo os períodos de inati-
vidade, desemprego, aposentadoria e velhice. Além desse compromisso, o SUS conside-
ra que: o processo de saúde e doença dos trabalhadores(as) é construído socialmente –
o(a) trabalhador(a) torna-se sujeito de saúde e possui saberes e conhecimentos sobre seu
trabalho e as repercussões que este pode trazer para sua vida –; a integralidade das ações
de saúde pressupõe que as ações preventivas e curativas são indissociáveis, embora te-
nha como prioridade ações de promoção e vigilância em saúde; e, por fim, a articulação

7
7
UNIDADE
Vigilância em Saúde do Trabalhador

intra e intersetorial das políticas e práticas de saúde na perspectiva da transversalidade é


fundamental para garantir cuidado resolutivo e de qualidade (BRASIL, 2018).

Sem dúvida, as ações que envolvem a saúde do trabalhador(a) apresentam complexi-


dades e devem ser considerados o fenômeno saúde-doença, na sua relação saúde e tra-
balho, considerando aspectos individuais, coletivos, biológicos, sociopolíticos (BRASIL,
2018). Por isso estão organizados em três eixos:
• Promoção da saúde;
• Assistência à saúde;
• VISAT – Vigilância em Saúde do Trabalhador.

De acordo com a Lei 8080/1990, percebe-se claramente que a VISAT deve atu-
ar no campo de saúde do trabalhador conjuntamente com outras instituic ̧o ẽ s, como
sindicatos, e naquilo que e ́ de sua competência, que sa õ as ac ̧o ẽ s de sau d́ e, como a
̂ cia de acidentes e doenca̧ s, promoca̧ õ da sau d
vigila n ́ e e prevenca̧ õ de doenca̧ s, ale ́m
da assiste n̂ cia direta (SOLHA; GALLEGUILLOS, 2014). Além do Ministério da Saúde,
outras instituições dispõem de responsabilidades na saúde do trabalhador, como:
• Ministério do Meio Ambiente: políticas ambientais para a integração do meio
ambiente e setor produtivo;
• Secretaria do Trabalho: deve fiscalizar o cumprimento das regras de seguridade
social e seguranca̧ e medicina do trabalho, ale ́m de realizar autuac ̧o ẽ s em caso de
descumprimento das leis;
• Secretaria da Previdência Social: realiza o pagamento de benefícios aos aciden-
tes e portadores de doenca̧ s relacionadas ao trabalho e realiza a coleta e consolida-
ção dos dados sobre acidentes de trabalho;
• Promotoria Pública: presta assiste n ̂ cia juri d
́ ica às vi t́ imas de acidentes de traba-
lho e seus familiares, ale ́m de receber e acompanhar denu ́ncias do descumprimen-
to das Normas de Segurança e Medicina do Trabalho.

A Política Nacional de Seguranca̧ e Saúde no Trabalho (PNSST) foi instituída pelo


Decreto no 7.602, de 7 de novembro de 2011. Essa política pública determina o papel
de cada um dos o ́rgãos envolvidos na saúde do trabalhador, e tem entre seus objetivos a
promocã̧ o da saúde, a prevencão de danos à saúde relacionados ao trabalho e melhoria
da qualidade de vida do trabalhador (SOLHA; GALLEGUILLOS, 2014).

Já a Política Nacional de Seguranca̧ e Saúde no Trabalho (PNSST), que foi instituída


pela Portaria nº1823 de 23 de agosto de 2012, define os princípios, as diretrizes e as
estratégias para o desenvolvimento da atenção integral à saúde dos(as) trabalhadores(as),
nas três esferas de gestão do SUS, integrando a promoção, a proteção da saúde e a
redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos pro-
cessos produtivos, e reafirma que a atenção à saúde dos(as) trabalhadores(as) deve ser
garantida em todos os pontos e instâncias da rede SUS, estruturadas e articuladas com a
Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) (BRASIL, 2018).

A PNSST tem como objetivos fortalecer a VISAT e a integração com os demais


componentes da Vigilância em Saúde; promover a saúde de ambientes e processos de
trabalho e garantir a integralidade na atenção à saúde do trabalhador (BRASIL, 2012).

8
A Portaria nº 1823 define a necessidade de articulacão da VISAT com os servic ̧os
da rede de saúde, pois não é possível trabalhar as questões da área somente com um
servic ̧o ou nível de atencão. Por exemplo, nos locais onde as equipes de Atencã̧ o Bási-
ca (ab) são estruturadas como Estrate ́gia Saúde da Família (ESF), fica muito mais fa ́cil
identificar e coletar informações sobre ambientes de trabalho não seguros, devido à alta
penetracão dos profissionais nas comunidades (SOLHA; GALLEGUILLOS, 2014).

A transversalidade das ações de saúde, na perspectiva intra e intersetorial, é uma


característica importante do cuidado à saúde dos(as) trabalhadores(as), e pode ser assimi-
lada e adotada pela AB e ESF. Na perspectiva intrassetorial, sempre que necessário, ou
a situação o exigir, o(a) trabalhador(a) deverá ser encaminhado(a) a níveis mais comple-
xos da rede de atenção, sem que se perca o vínculo deste(a) com a equipe de referência
(BRASIL, 2018).

Assim, a PNSST estabelece o desenvolvimento das seguintes ações de atenção à


saúde dos(as) trabalhadores(as) no campo da atenção básica (BRASIL, 2012):
• reconhecimento e mapeamento das atividades produtivas no território;
• reconhecimento e identificação da população trabalhadora e seu perfil sócio-ocu-
pacional no território;
• reconhecimento e identificação dos potenciais riscos e impactos (perfil de mor-
bimortalidade) à saúde dos trabalhadores, às comunidades e ao meio ambiente,
advindos das atividades produtivas no território;
• identificação da rede de apoio social aos(às) trabalhadores(as) no território;
• inclusão, entre as prioridades de maior vulnerabilidade em saúde do(a) trabalhador(a),
das seguintes situações: ser chefe da família desempregado(a) ou sub empregado(a),
crianças e adolescentes trabalhando, gestantes e nutrizes trabalhando, algum mem-
bro da família portador de agravo à saúde relacionado com o trabalho (acidente ou
doença) e presença de atividades produtivas no domicílio;
• identificação e registro da situação de trabalho, da ocupação e ramo de atividade
econômica de usuários(as) das unidades e serviços de atenção primária em saúde;
• suspeita e/ou identificação da relação entre o trabalho e o problema de saúde
apresentado pelo(a) usuário(a), para fins de diagnóstico e notificação dos agravos
relacionados ao trabalho;
• notificação dos agravos relacionados ao trabalho no Sistema de Informação de Agra-
vos de Notificação (SINAN) e no Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica
(SISAB), emissão de relatórios e atestados médicos, incluindo o laudo de exame médi-
co da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), nos casos pertinentes;
• subsídio à definição da rede de referência e contrarreferência e estabelecimento dos
fluxos e instrumentos para os encaminhamentos necessários; articulação com as
equipes do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica – NASF-AB,
dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CERESTS) e das Referências
Técnicas (RTs) em ST sempre que necessário, para a prestação de retaguarda téc-
nica especializada, considerando seu papel no apoio matricial para toda a rede do
SUS; definição e implantação de condutas e manejo assistenciais, de promoção e
de VISAT, mediante a aplicação de protocolos, de linhas de cuidado e de projetos

9
9
UNIDADE
Vigilância em Saúde do Trabalhador

terapêuticos para os agravos e de linhas guias para a vigilância de situações de ris-


cos relacionados ao trabalho;
• incorporação de conteúdos de ST nas estratégias de capacitação e de educação
• permanente para as equipes de atenção primária em saúde.

A VISAT é um subsistema do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, por sua vez,


subordinada à Secretaria de Vigilância em Saúde, órgão máximo do Ministério da Saúde
para as questões de vigilância. Conheça a estrutura na figura abaixo:

Figura 2
Fonte: bvsms.saude.gov.br

Para operacionalizar as ações da VISAT e ampliar a Rede Nacional de Atenca̧ õ à


Sau d́ e dos Trabalhadores (RENAST) foram criados os Centros de Refere n ̂ cias Espe-
cializados em Sau d́ e do Trabalhador (CEREST). Esses centros fazem parte da rede de
servic ̧os do SUS e devem atuar articuladamente com os servic ̧os da AB e os de me d ́ ia
e alta complexidade, com foco na integraca̧ õ das ac ̧o ẽ s da rede. Existem CEREST esta-
duais e regionais, determinados a partir das caracteri ́sticas demogra f́ icas de cada região
(SOLHA; GALLEGUILLOS, 2014).

Entre suas atribuic ̧ões, podemos destacar o papel de integrador da rede, a capacitaca̧ õ
dos servic ̧os da AB para a abordagem inicial das ac ̧o ẽ s de Sau d ́ e do Trabalhador, a
articulaca̧ õ dos servic ̧os de me d
́ ia e alta complexidade para atendimento, desenvol-
vimento de estudos e pesquisa sobre riscos no ambiente de trabalho, participar da
normatizaca̧ õ de regras de seguranca̧ e sau d ́ e no ni v́ el local, elaborar diagno ́sticos a
partir das informac ̧ões do SINAN, articular parcerias com trabalhadores e empregadores

10
para a discussão sobre riscos e melhoria das condic ̧o ẽ s de trabalho (SOLHA; GALLE-
GUILLOS, 2014).

Conheça a Descrição Completa da Portaria Nº1823. Disponível em: https://bit.ly/3wX2K5x

Áreas de atuação da Vigilância


na Saúde do Trabalhador
A VISAT atua sobre os riscos para acidentes e adoecimento dos trabalhadores, com
foco na prevenção e intervenções para a diminuição desses riscos. Para que isso acon-
teça, torna-se necessário identificar os locais de trabalho em territórios pré-determina-
dos e suas respectivas características, produzindo informações sobre os processos pro-
dutivos da região, para assim, determinar os riscos existentes (COSTA; HIGA, 2018;
SOLHA; GALLEGUILLOS, 2014).

Tais informac ̧o ẽ s sa õ diversas e complexas, pois consideram desde o tipo de ativi-


dade executada em cada local, o ambiente de trabalho, os vínculos empregatícios, os
processos de produção, até ́ indicadores de saúde; formando um mapa sobre os riscos
aos trabalhadores(as). Esse trabalho e ́ dinâmico e acontece no cotidiano dos serviços de
VISAT e favorece o planejamento de ações e intervenções (SOLHA, GALLEGUILLOS;
2014). De posse dessas informações, o gestor dos serviços de saúde pode colaborar na
diminuição de riscos e prevenção dos agravos, por meio de orientações a todos os cola-
boradores envolvidos e intervenções diretas.

Nos ambientes laborais, há riscos presentes no cotidiano de colaboradores e eles são


classificados da seguinte forma:

Quadro 1

Riscos Biológicos • Vírus, bactérias, fungos, parasitas.

• agentes e substâncias químicas, sob a forma líquida, gasosa ou


Riscos Químicos de partículas e poeiras minerais e vegetais, comuns nos proces-
sos de trabalho.

• ruído, vibração, radiação ionizante e não ionizante, temperaturas


Riscos Físicos extremas (frio e calor), pressão atmosférica anormal, entre outros.

Riscos Mecânicos • ligados ao arranjo físico do local, uso de máquinas, ordem e


limpeza do ambiente de trabalho, sinalização, rotulagem de
e de Acidentes produtos e outros que podem levar a acidentes do trabalho.

Riscos Ergonômicos • decorrem da organização e gestão do trabalho, desde o


e Psicossociais mobiliário inadequado até relações de trabalho desgastante.

11
11
UNIDADE
Vigilância em Saúde do Trabalhador

Uma vez classificados os riscos, os profissionais da VISAT investigam as situações que


permitem estabelecer uma relação entre o risco e o acidente/doença apresentado. Para isso,
torna-se necessária a utilização de instrumentos específicos utilizados nas investigações.

Baseada nessa classificação apresentada, a VISAT estabelece as seguintes áreas de


atuação. Passamos apresentá-las:

Vigilância dos acidentes de trabalho


Os acidentes de trabalho são considerados aqueles ocorridos no exercício da atividade
profissional a serviço da organização e que provoque lesão corporal ou perturbação fun-
cional que cause a perda ou redução – permanente ou temporária – da capacidade para
o trabalho ou, em último caso, a morte. A doenca̧ profissional e a doenca̧ do trabalho
também são consideradas como acidente de trabalho. Tambe ́m existem as categorias
de acidente ligado ao trabalho, quando a atividade na õ e ́ causa u ́nica do dano, mas que
tenha contribui d́ o para a ocorre n̂ cia, como acidentes que acontecem no trajeto para o
trabalho, contaminac ̧o ẽ s e outros (SOLHA; GALLEGUILLOS, 2014).

Os acidentes de trabalho são considerados como notificação compulsória. A Lista


Nacional de Notificação Compulsória determina que a notificação do acidente biológico
deve ser feita no prazo de sete dias e os acidentes considerados graves, fatais, com crian-
ças e adolescentes devem ser comunicados de forma imediata. Para as investigações
desses acidentes podem estar envolvidas as equipes de AB, trabalhadores da vigilância
e também pela CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e SESMT (Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) (COSTA;
HIGA, 2018; SOLHA; GALLEGUILLOS, 2014).

Como os trabalhadores são os maiores interessados nas ações de saúde, é recomen-


dado que sejam inseridos no processo de discussão das estratégias de ação. Isso resulta
em maior efetividade das ações de promoção da saúde, além disso, a interdisciplinarida-
de deve ser preconizada, uma vez que o campo da saúde do trabalhador é constituído
por uma diversidade de saberes, advindos de diversas áreas do conhecimento. No cená-
rio da prevenção dos acidentes de trabalho, as NR relativas à segurança e medicina do
trabalho, que são de observância obrigatória pelas empresas privadas, públicas e pelos
órgãos públicos da administração direta, indireta, poderes legislativo e judiciário que
possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), são de
grande relevância (COSTA; HIGA, 2018; SOLHA; GALLEGUILLOS, 2014).

Vigilância de doenças relacionadas ao trabalho


̂ cia de doenca̧ s relacionadas ao trabalho consiste em identificar precocemen-
A vigila n
te os casos, sua investigaca̧ õ e registro. A investigaca̧ õ dos determinantes presentes no
ambiente de trabalho, que podem se relacionar com o aumento de riscos ou o desen-
volvimento da doenca̧ e agravos, é uma ação inerente à vigila n ̂ cia (RENAST, 2014).
O Ministério da Saúde utiliza uma classificação das doenças relacionadas ao trabalho
denominada Classificação de Schilling, que analisa a relação causal entre o trabalho e o
adoecimento. Veja no quadro abaixo.

12
Quadro 2 – Classificação e exemplos de doenças relacionadas ao trabalho
Classificação Exemplos
• Intoxicação por chumbo
I – Trabalho como causa necessária • Silicose
• Doenças profissionais legalmente reconhecidas
• Doença coronariana
II- Trabalho como fator contributivo, mas não • Doenças do aparelho locomotor
necessário • Câncer
• Varizes dos membros inferiores
• Bronquite crônica
III- Trabalho como provocador de um distúrbio • Dermatite de contato alérgica
latente, ou agravador de doença já estabelecida • Asma
• Doenças mentais

Você Pode Conhecer a Lista Completa das Doenças Relacionadas ao Trabalho.


Disponível em: https://bit.ly/3vmtTgH

Vigilância de ambiente e processos de trabalho


A vigilância de ambiente e processos de trabalho consiste na análise dos ambientes
de trabalho, documentos e observações diretas dos processos de trabalho a qual o traba-
lhador está sujeito. Para que isso aconteça de forma imparcial, torna-se necessário que
os profissionais da VISAT não tenham conflitos de interesses para a sua execução, ou
seja, os julgamentos das situações avaliadas pelos profissionais não podem apresentar
resultados tendenciosos.

O foco maior da vigilância está nas modificações dos ambientes que não apresentam
segurança ao trabalhador(a) e, consequentemente, redução dos riscos ao trabalhador(a).

13
13
UNIDADE
Vigilância em Saúde do Trabalhador

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros
Perspectivas e pressupostos da vigilância em saúde do trabalhador no Brasil
MACHADO, J. M. H. Perspectivas e pressupostos da vigilância em saúde do trabalhador
no Brasil. In: GOMEZ, C. M.; MACHADO, J. M. H.; PENA, P. G. L. (Org.). Saúde do tra-
balhador na sociedade brasileira contemporânea. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2011.

Vídeos
Tutorial: SINAN e a Vigilância em Saúde do Trabalhador
https://bit.ly/3wULsWD
Webpalestra – Saúde do Trabalhador
https://youtu.be/3yxnT_6tjZA
Aula 4/B: Vigilância em Saúde do Trabalhador
https://youtu.be/CXYE8X2d_oI

Leitura
Processo de vigilância em saúde do trabalhador
https://bit.ly/3wSURhF

14
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Vigilância
em Saúde. Saúde do trabalhador e da trabalhadora [recurso eletrônico] / Ministério da
Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Cadernos
de Atenção Básica, n. 41 – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 136 p. Disponível em:
<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cadernoab_saude_do_traba-
lhador.pdf>. Acesso em: 07/07/2021.

________. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012. Polí-


tica Nacional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora. Brasília: Ministério da
Saúde, 2012. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/
prt1823_23_08_2012.html>. Acesso em: 07/07/2021.

COSTA, A. A. Z; HIGA, C. B. O. Vigilância em Saúde. Porto Alegre-RS: SAGAH; 2018.

SOLHA, R. K. T.; GALLEGUILLOS, T. G. B. Vigilância em saúde ambiental e sani-


tária. São Paulo: E ́rica, 2014.

15
15

Você também pode gostar