Doutrinas Biblicas
Doutrinas Biblicas
Doutrinas Biblicas
INTRODUÇÃO
A simplicidade desse trabalho é proposital, visto que nesses últimos dias muitos
estão se esquecendo da simplicidade que há no verdadeiro evangelho de nosso
Senhor Jesus Cristo.
Que a graça do Senhor nos ajude e que cresçamos nela com a ajuda do Espírito
Santo. Lembrando sempre a exortação paulina: "Se morrestes com Cristo quanto
aos rudimentos do mundo, por que vos sujeitais ainda a ordenanças, como se
vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não provem, não manuseies (as quais
coisas todas hão de perecer pelo uso), segundo os preceitos e doutrinas dos
homens? As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria em culto
voluntário, humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor
algum no combate contra a satisfação da carne" (Cl.2:20-23).
A DOUTRINA DA TRINDADE
A Bíblia Sagrada diz explicitamente que existe um único Deus (Dt 6.4; Mc 12.29-32).
O apóstolo João, conhecido como apóstolo do amor, diz no Evangelho escrito por
ele: Ora a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus
Cristo, a quem enviaste (Jo 17.3).
João registrou essas palavras do Senhor Jesus Cristo, deixando claro que existe um
único Deus Verdadeiro, neste versículo a expressão Deus Verdadeiro está
claramente associada à pessoa do Pai. Na declaração do Senhor Jesus o Pai é o
único Deus Verdadeiro. Porém, o mesmo João que escreveu o Santo Evangelho que
leva o seu nome, escreveu também na sua Primeira Epístola Universal no capítulo 5
e versículo 20: Também sabemos que o Filho já veio, e nos deu entendimento para
conhecermos aquele que é verdadeiro. E estamos naquele que é verdadeiro, isto é,
em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. Essas palavras
afirmam categoricamente a divindade de Jesus: Ele é o Verdadeiro Deus e a vida
eterna.
Podemos observar que o mesmo João que escreveu no Quarto Evangelho, foi o
autor da 1ª Epístola a que referimos. Assim sendo, ele atribui a palavra Deus
Verdadeiro, tanto à pessoa do Pai, como à pessoa do Filho. Esses textos são provas
explícitas de que o apóstolo João conhecia a Unidade Composta de Deus, ou seja, a
unidade de essência de Deus como sendo único e verdadeiro, composto por
pessoas, neste caso: Pai e Filho. Não estou dizendo que o Pai seja o Filho, de
maneira alguma, mas que o Pai e o Filho são duas pessoas como o próprio João
declara: Graça, misericórdia, e paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, o Filho
do Pai, serão conosco em verdade e amor (2 Jo 1.3).
Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e o meu servo, a quem escolhi, para
que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim
deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu sou o Senhor, e
fora de mim não há Salvador; se existem três pessoas chamadas na Bíblia de Deus
Verdadeiro e ela não admite outro deus ou Deus, senão o Deus único, ou admitimos
a pluralidade na unidade ou somos obrigados a admitir um politeísmo barato,
insuportável e grosseiro.
O apóstolo João diz: Quem é o mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o
Cristo? Esse mesmo é o anticristo, esse que nega o Pai e o Filho (1 Jo 2.22).
Embora esses versículos foram escritos para proteger a Igreja do gnosticismo, nos
ensina que não podemos negar a personalidade das pessoas. Quem nega que
Jesus é o Cristo, quem nega a personalidade do Pai e a personalidade do Filho é
classificado como mentiroso, contrário a Cristo, já que negar essas verdades bíblicas
são características da doutrina do espírito do anticristo e não do cristianismo
ortodoxo.
A crença num Deus eternamente subsistente em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito
Santo contempla a realidade bíblica sem ferir o monoteísmo ético. Não enveredamos
para o politeísmo nem para a negação das pessoas. Assim, a doutrina da Trindade
não é irracional e antibíblica como querem os grupos não ortodoxos, mas é plena-
mente bíblica e verdadeira.
Temos, porém, de ter em mente que as seitas arianas não conseguem dissociar a
palavra Deus do Pai. Todas as vezes que dizemos que Jesus é Deus, elas, no seu
complexo sistema de entendimento, acusam a idéia de que estamos confundindo o
Pai com o Filho. As seitas arianas precisam entender que quando estamos falando
de que Jesus é Deus, não estamos dizendo que Jesus é o Pai que seja o Espírito
Santo. Mas o sistema de entendimento desenvolvido por essas seitas não permite
esse raciocínio, e a primeira coisa que ouvimos delas quando falamos que Jesus é
Deus, são as seguintes indagações: “Se Jesus é Deus então Ele orou para si
mesmo? Se Jesus é Deus então o céu ficou vaziou quando Ele veio a terra? Se
Jesus é Deus então Deus morreu?” Tudo isso porque elas confundem as pessoas
da divindade. Essas perguntas das seitas arianas devem direcionar para os unicistas
e não para os que acreditam na Trindade. Já que a Trindade são três Pessoas em
unidade divina, daí o motivo de qualquer das três Pessoas poder ser chamada de
Deus.
Outro problema levantado pelas seitas que rejeitam a doutrina da Trindade é aplicar
as passagens bíblicas que se referem ao Filho como homem, para contradizer sua
natureza divina. Ignoram que o Senhor Jesus possui duas naturezas: a divina e a
humana, assim, essas seitas apresentam as passagens bíblicas que provam a
humanidade de Jesus para negar a sua divindade, sendo que essas passagens não
contradizem sua divindade, apenas provam sua outra natureza, a humana. Assim
como as passagens que revelam a divindade de Jesus não contradizem sua
natureza humana, mas simplesmente revelam sua outra natureza a divina, já que o
Filho possui duas naturezas, verdadeiro homem (1 Tm 2.5) e verdadeiro Deus (1 Jo
5.20).
Assim reza o Credo Niceno acerca de Jesus: Igual ao Pai no tocante à sua Deidade,
e inferior ao Pai no tocante à sua humanidade.
No importante documento intitulado Tomo de Leão, que foi bispo de Roma (440-461)
parte III diz:
Aceitamos a doutrina de acordo com o que expõe a Bíblia Sagrada (Mt 28.19; Ef 4.4-
6; 1 Co 12.4-6; 2 Co.13.13; Nm 6.24-26);
Não somos politeístas, já que cremos num único Deus, e não aceitamos nenhuma
divindade inferior ou superior, além de Deus; (Dt 6.4; Mc 12.29; 1 Co 8.6; Gl 3.20; Ef
4.6);
Não somos idólatras, já que não temos nenhum outro deus diante do único Deus;
(Êx 20.2-3; Is 43.10-11);
Não aceitamos o critério da razão para conceber a divindade, já que Deus não é
concebido por meio de um raciocínio humano, nem por uma demonstração
matemática. Deus não é fruto da inteligência da carne, Ele é Deus de mistério (Is
45.15; 1 Tm 3.16);
"Porque três são os que testificam no céu: O Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e
estes três são um" (IJo.5:7) - Tradução Almeida Revista e Corrigida.
A DOUTRINA DE CRISTO - CRISTOLOGIA
Jesus de Nazaré transformou o mundo. Jamais houve e jamais haverá alguém como
Ele. Ele é o tema de mais livros, peças, poesias, filmes, e manifestações de
adoração do que qualquer outro homem na história da humanidade. Ele dividiu a
história humana em a.C. e d.C. – "antes e depois de Cristo".
§ Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito [Jesus], que está no seio do Pai, é
quem o revelou (João 1.18);
§ O Verbo [Jesus] estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o
mundo não o conheceu (João 1.10);
§ O mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia se
anifestou... Isto é, Cristo em vós, a esperança da glória (Colossenses 1.26,27);
§ Jesus se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e
redenção (1 Coríntios 1.30);
§ Jesus é a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem (João
1.9);
§ Deus, o Pai, constitui ao Filho, Jesus, herdeiro de todas as coisas, pelo qual
também fez o universo (Hebreus 1.2);
A Bíblia nos informa que o Espírito Santo é uma Pessoa da Trindade, um ser
pessoal, inteligente, com vontade e determinação próprias:
O apóstolo Paulo explicou com exatidão qual a tarefa do Espírito Santo na oração:
"Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não
sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira
com gemidos inexprimíveis" (Rm 8.26). Somos exortados em Efésios 6.18: "...com
toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito, e para isto vigiando com
toda perseverança e súplica por todos os santos." Orar "no Espírito" é algo bem
diferente do que orar ao Espírito! Pois, no fundo, "orar no Espírito" significa
simplesmente: orar através do Espírito de Jesus! E isso, significa, conforme Sua
orientação, que podemos e devemos aproximar-nos do Pai em nome de Jesus, na
certeza de que Deus atende à oração!
A DOUTRINA DA SALVAÇÃO
- "e para nós fez surgir uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo"
(Lc.1:69).
- "Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder
de se tornarem filhos de Deus"(Jo.1:12).
- "porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por
nosso Senhor Jesus Cristo" (I Ts.5:9).
SOBRE A SALVAÇÃO
"Quem crê no Filho tem a vida eterna" (Jo.3:36). "Em verdade, em verdade vos digo
que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e
não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida"(Jo.5:24). "Peleja a boa
peleja da fé, apodera-te da vida eterna, para a qual foste chamado, tendo já feito
boa confissão diante de muitas testemunhas" (I Tm.6:12). "Quem tem o Filho tem a
vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida"(I Jo.1:12) "Tomai também o
capacete da salvação..." (Ef.6:17). "alcançando o fim da vossa fé, a salvação das
vossas almas" (I Pe.1:9). Pelos textos apresentados podemos ter certeza que
estando em Cristo (II Cor.5:17) a nossa salvação é garantida. Muitos servem a Deus
sem essa certeza, mas quando passamos a entender a Palavra vivemos nessa
convicção de que somos salvos por nosso Senhor. Aleluia!
A DOUTRINA DO BATISMO
A FÓRMULA DO BATISMO
Alguns argumentam que o batismo tem que ser feito só em nome de Jesus, mas
afirmar isso acerca da fórmula batismal é uma prova de falta de conhecimento
Bíblico e teológico. Quem pensa assim criou uma fórmula que não existe modelo nas
Escrituras. A menção do batismo em nome de Jesus (Atos 2:38; 8:16; 10:48 e 19:5)
encontra-se em passagens que não tratam da fórmula batismal, e, sim, de atos ou
eventos feitos em nome de Jesus, pois tudo o que é feito em nossas vidas é em
nome de Jesus.
Veja o que diz o apóstolo Paulo em Colossenses 3:17: "E tudo quanto fizerdes por
palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a
Deus Pai". O cristão quando se reúne, se reúne em nome de Jesus; Quando louva a
Deus com cânticos, louva em nome de Jesus; Quando apresentamos uma criança,
apresentamos em nome de Jesus;... e quando realizamos um batismo, realizamos
em nome de Jesus, mas de acordo com a fórmula dada por Cristo: "Em nome do
Pai, Filho e Espírito Santo" (Mt.28:19).
Os textos do livro de Atos só nos mostram essa realidade e não uma fórmula
batismal, veja: Atos 2:38 - "Em nome de Jesus Cristo"; Atos 8:16 - "em nome do
Senhor Jesus". Se essas passagens revelassem a fórmula batismal, seriam iguais,
pois qualquer fórmula é padronizada. O que a Palavra está dizendo é que as
pessoas eram batizadas na autoridade do nome do Senhor Jesus, mesmo porque
não é possível que Pedro, pouco tempo depois da ordem de Jesus, em Mateus
28:19, agisse de modo tão diferente, alterando a fórmula batismal.
Os que devem passar pelas águas do Batismo são aqueles que creram na
Palavra, se arrependeram dos seus pecados e querem viver uma nova vida
(Mc.16:16, At.2:38, Rm.6:4). As crianças estão isentas dessa ordenança, pois dos
tais é o Reino de Deus (Mt.19:14).
"...que também agora, por uma verdadeira figura, o batismo..." (I Pe.3:21). "Fomos,
pois, sepultados com ele pelo batismo na morte..." (Rm.6:4). O batismo é uma figura
do que acontece com as nossas vidas. É um símbolo da nossa morte e ressurreição
com Cristo, pois Jesus morreu por nós e, pela fé, nós morremos com ele naquela
cruz. Hoje vivemos em novidade de vida, por termos crucificado o nosso velho
homem (Gl.2:19-20).
A DOUTRINA SOBRE A IGREJA DE JESUS CRISTO
"...e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela" (Mt.16:18).
"Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder
de se tornarem filhos de Deus" (Jo.1:12).
"e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as
coisas o deu à Igreja, que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo
em todas as coisas" (Ef.1:22).
"..., saibas como se deve proceder na casa de Deus, a qual é a igreja do Deus vivo,
coluna e esteio da verdade" (I Tm.3:15).
"mas Cristo o é como Filho sobre a casa de Deus; a qual casa somos nós, se tão-
somente conservarmos firmes até o fim a nossa confiança e a glória da esperança"
(Hb.3:6).
A compreensão dos textos acima é simples. Você aceita a Jesus Cristo como seu
Salvador e se torna filho de Deus. Ao tornar-se filho, você é transformado em casa
de Deus, em morada do Espírito Santo (I Cor.3:16) e sendo "casa de Deus" você é
automaticamente a Igreja de Jesus Cristo na Terra. Essa Igreja representa o corpo
do Senhor movendo-se na terra e fazendo a obra do Pai. É lógico que quando Jesus
voltar para buscar a sua Igreja (Jo.14:1-3, I Ts.4:13-18), Ele não vai levar uma parte
do seu corpo e deixar a outra, mas como disse Paulo; "estaremos com Ele"
(Fil.1:23). Naquele dia será uma grande festa entre o noivo e a sua "Igreja noiva" (II
Cor.11:2, Ef.5:23-27).
O Apóstolo Paulo escreveu a maior parte das epístolas do N.T. e nunca fez
separação entre o povo que servia a Deus, mas sempre chamava todos os servos
de Deus de Igreja de Jesus e mostrava a certeza de um dia estarmos com o Senhor,
por isso seja fiel e esteja pronto para o toque trombeta. (leia: Rm.16:16, I Cor.1:2, I
Cor.16:19, II Cor.1:1, Gl.1:2, Cl.4:15, I Ts.1:1, II Ts.1:1, I Tm.3:5, I Tm.5:16, Fl.1:2).
A missão da Igreja no mundo é continuar a passar o amor de Jesus que uma vez foi
expresso na Cruz do Calvário. Por isso é nos dito: "...Portanto ide..." (Mt.28:19,20). A
incumbência de pregar as boas novas de Cristo deve estar em cada cristão, que
autenticamente tenha recebido o novo nascimento (Jo.3:6). Levar a salvação é
motivo de grande alegria para o verdadeiro crente(Lc.10:17).
Acredito que a pessoa que está em comunhão com o Espírito Santo sente
necessidade de falar do amor de Deus (Lc.6:45, Jo.16:8, At.2:14-36). Alguns
argumentam preguiçosamente que; "quando eu sentir, então irei falar da graça de
Jesus", mas Jesus não mencionou nada de sentimento quando incumbiu a sua
Igreja. A Palavra de Deus é clara "IDE", ou seja, já temos mandamento para
trabalharmos e pregarmos o amor de Jesus. Muitos ainda dizem, "mas quando eu
vou?"; a Bíblia diz "a tempo e fora de tempo" (II Tm.4:2). Por isso trabalhemos, pois
o nosso trabalho não é vão no Senhor (I Cor.15:58).
A Bíblia em vários lugares fala do céu e da nossa ida para esse lugar glorioso.
Logo abaixo leremos alguns desses versículos:
"Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar,
de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e
em presença do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas
mãos" (Ap.7:9).
"Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim
perseguiram aos profetas que foram antes de vós"(Mt.5:12).
" Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa
de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-
vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim
mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também" (Jo.14:1-3).
"Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de
modo nenhum entrareis no reino dos céus" (Mt.5:20).
"Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo não sei, se fora
do corpo não sei; Deus o sabe) foi arrebatado até o terceiro céu" (II Cor.12:2).
"Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o
Senhor Jesus Cristo" (Fil.3:20).
"... por causa da esperança que vos está reservada nos céus, da qual antes
ouvistes pela palavra da verdade do evangelho" (Col.1:5).
A Igreja será arrebatada ao céu que é a mesma coisa que Jerusalém celestial, leia:
"Mas tendes chegado ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial,
a miríades de anjos; à universal assembléia e igreja dos primogênitos inscritos nos
céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados" (Hb.12:22-
23).
Nesta cidade celestial viveremos com Jesus por toda a eternidade. O patriarca
Abraão tinha essa mesma esperança; "Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu,
saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para
onde ia. Pela fé peregrinou na terra da promessa, como em terra alheia, habitando
em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque
esperava a cidade que tem os fundamentos, da qual o arquiteto e edificador é Deus"
(Hb.11:8-10). Abraão sabia que a terra que lhe fora prometida, aqui no mundo, não
era o fim da sua jornada, Pelo contrário, o fim era bem além, na cidade celestial, que
Deus Havia preparado para seus servos fiéis. Abraão serve de exemplo a todo povo
de Deus(Gl.3:14); devemos reconhecer que estamos apenas de passagem neste
mundo, caminhando para o nosso verdadeiro lar no céu. Não devemos pensar em
segurança plena neste mundo, nem ficar fascinado por ele como fazem os
mundanos(Hb.11:13). Devemos nos considerar estrangeiros e exilados na terra.
Esta não é a nossa pátria, mas território estrangeiro; o fim da nossa peregrinação
será uma pátria melhor (Hb.11:16, Fil.3:20), a Jerusalém Celestial (Hb.12:22) e a
cidade permanente (Hb.13:14) .
O Céu
Deus não julga apenas, mas também é amor. Por isso Ele providenciou um caminho
para escaparmos do inferno. Para aqueles que aceitam Seu caminho de salvação,
Ele preparou um lindo lugar chamado céu. Ali reinam a alegria e o descanso
supremos. Ali estão totalmente ausentes o pecado, o sofrimento, o desapontamento
e a solidão. Trata-se de um lugar de glória eterna, na presença do próprio Deus e de
Jesus Cristo, ao invés da perdição eterna (veja Ap. 4:5; 21:4-27; 22:1-5). Você pode
chegar a esse lugar confiando em Jesus Cristo como seu Salvador.
Muitas pessoas ficam confusas com a palavra "morte". Elas crêem que ela significa
aniquilação ou o fim da existência. Contudo, a idéia básica na palavra "morte" é
separação. A morte material significa separação do corpo e do espírito. A morte
espiritual significa a separação do homem e de Deus. Quando eu morro, eu não
deixo de existir, mas de fato minha alma e meu corpo são separados.
Assim, aqui está o que a Bíblia diz sobre a situação dos mortos: seus corpos
retornam ao pó, aguardando a ressurreição. Seus espíritos estão no Céu (Paraíso)
com Deus, ou em tormento, dependendo de seus atos quando estavam em seus
corpos.
Não se enganem, o céu é um lugar real. Não é um estado de consciência. Nem uma
invenção da imaginação humana. Nem um conceito filosófico. Nem abstração
religiosa. Nem um sonho emocionante. Nem as fábulas medievais de um cientista do
passado. Nem a superstição desgastada de um teólogo liberal. É um lugar real. Um
local muito mais real do que onde você está agora... É um lugar real onde Deus vive.
É o lugar real de onde Deus veio para este mundo. E é um lugar real para onde
Cristo voltou na Sua ascensão – com toda a certeza!
Muitos grupos religiosos acreditam que quando o homem morre, ele fica
inconsciente, não percebendo o que se passe ao seu redor. Porém, a Bíblia não
ensina a doutrina do “Sono da Alma”. O fato de que a alma dos cristãos vai
imediatamente para a presença de Deus também significa que a doutrina do sono da
alma está errada. Essa doutrina ensina que quando os cristãos morrem, eles entram
em um estado de existência inconsciente e que voltarão à consciência somente
quando Cristo voltar e ressuscitá-los para a vida eterna.
Precisamos entender que as Escrituras quando falam da morte como “dormir”, trata-
se apenas de uma metáfora usada para indicar que a morte é apenas temporária
para os cristãos, como é temporário o sono. Isso é visto claramente, por exemplo,
quando Jesus fala a seus discípulos sobre a morte de Lázaro. Jesus diz: “Nosso
amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo” (Jo. 11.11). Devemos notar
que Jesus não diz aqui que alma de Lázaro adormeceu, nem qualquer texto bíblico
de fato afirma que a alma de alguém está dormindo ou inconsciente (declaração
necessária para provar a doutrina do sono da alma). Em vez disso Jesus diz apenas
que Lázaro adormeceu. João prossegue, explicando: “Jesus, porém, falar; com
respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do
sono. Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu” (Jo. 1.13, 14). Os outros
versículos que falam sobre dormir após a morte são igualmente metáforas que
ensinam que a morte é temporária.
Já os textos que indicam que os mortos não louvam a Deus, ou que a atividade
consciente cessa depois da morte, devem ser entendidos da perspectiva da vida
nesse mundo. De nossa perspectiva, uma vez que pessoa esteja morta, ele não se
envolve mais com atividades como essas. Mas o Salmo 115 apresenta a perspectiva
bíblica plena sobre essa posição. O texto diz: “Os mortos não louvam o Senhor, nem
os que descem à região do silêncio”. Prossegue, porém, no próximo versículo com
um contraste indicando que aqueles que crêem em Deus bendirão o Senhor para
sempre: “Nós, porém, bendiremos o Senhor, desde agora e para sempre. Aleluia!”
(Sl. 115.17-18).
Finalmente, os versículos citados acima que mostram que a alma dos cristãos vai
imediatamente a presença de Deus e desfruta da comunhão com Ele ali (IICo 5.8;
Fp 1.23 e Hb. 12.23) indicam todos que o cristão tem consciência e comunhão com
Deus imediatamente após a morte. Jesus não disse: “Hoje já não terás mais
consciência de nada que esta acontecendo”, mas sim “Hoje estarás comigo no
Paraíso” (Lc. 23.43). Certamente o conceito de paraíso naquela época não era de
existência inconsciente mas sim de existência de grande bênção e de regozijo na
presença de Deus. Paulo não disse: “Tenho o desejo de partir e ficar inconsciente
por muito tempo”, mas sim “tenho o desejo de partis e estar com Cristo” (Fp. 1.2 3)
— e sem dúvida ele sabia que Cristo não era um Salvador inconsciente, adormecido,
mas sim alguém que está vivo, ativo e reinando no céu. Estar com Cristo era
desfrutar a bênção da comunhão da sua presença, e é essa a razão por que partir e
estar com ele era incomparavelmente melhor (Fp. 1.23). Foi por isso que ele disse:
“Preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (II Co. 5.8).
Apocalipse 6:9-11 e 7:9-10 também mostram claramente as almas dos mortos que
foram para o céu orando e adorando a Deus: “Clamaram em grande voz, dizendo:
Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso
sangue dos que habitam sobre a terra?”. E eles foram vistos “em pé, diante do trono
e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e
clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao
Cordeiro, pertence a salvação” (Ap 7:9-10). Todos esses versículos negam a
doutrina do “aniquilacionismo” ou “sono da alma”, pois deixam claro que a alma do
cristão experimenta comunhão consciente com Deus no céu imediatamente após a
morte.
A DOUTRINA DA CONTRIBUIÇÃO PARA A OBRA DO SENHOR
Quem começou a dar o dízimo foi o pai dos crentes, Abraão e sua benção tem
chegado até nós através de Cristo (Gl.3:14). Na ótica cristã, o servo de Deus precisa
exceder os escribas e fariseus (Mt. 5:20; 23:23; Hb.7:8-9) e ser mais do dizimista,
devemos ser uma oferta viva no altar do Senhor!
Todos concordam que devemos "dar a César o que é de César" (Lc.20:25), mas
quando é para dar a Deus, inventam muitos argumentos e obstáculos. Assim, muitos
demonstram serem mais fiéis a César (o governo) do que a Deus.
Que nunca nos deixemos contaminar pela avareza (Cl.3:5) e devolvamos a Deus
o que lhe pertence: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro (a igreja), para que
haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos
exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal
bênção, que dela vos advenha a maior abastança" (Ml.3:10).
Estudar sobre Autoridade Espiritual pode parecer a alguns que se trata de um tema
seco, mas a essência da própria espiritualidade está na relação certa de obediência
a Deus. O Senhor age a partir do seu trono que está estabelecido sobre a sua
autoridade. Isto é básico e coloca tudo como Deus quer. Louvar, orar, jejuar ou fazer
qualquer coisa sem submissão não tem valor para Deus. É mecânico e sem vida.
UM PRINCÍPIO DIVINO
Diante disso, rejeitar uma ordem de Deus é o mesmo que ir contra o próprio Deus.
No Reino de Deus está implícita a Dependência. Dependência a tudo que o Senhor
determina, isto é, sendo-lhe completamente submisso. Jesus prega o Evangelho do
Reino porque conhece o problema principal do homem: a sua independência para
com Deus. Na independência está implícita a Rebeldia. E o evangelho do reino
ataca a causa, levando o homem à dependência do Senhor e, conseqüentemente, a
torná-lo salvo e regenerado. O evangelho do reino é a única maneira de recuperar
um rebelde.
Este é um princípio de ordem e paz, nunca de confusão. Deus assim criou todas as
coisas, mas ao rebelar-se, Lúcifer gerou a confusão. E, pior, está levando todos os
homens a viverem debaixo do princípio de rebelião.
Há uma tendência de se pensar que se submeter é ser inferior. Jesus nunca foi
inferior ou menor que o Pai pelo simples fato de lhe ser submisso. Pelo contrário,
Jesus Cristo tem o nome que está acima de todo nome (Fp 2.9). Temos que
entender que entre iguais há uma relação de autoridade e submissão. Isto faz parte
da ordem divina. As autoridades delegadas estão em todas as áreas de nossas
vidas. Um discípulo do Senhor deve, onde estiver, procurar saber quem é a
autoridade delegada para a ela se submeter.
O QUE É SUBMISSÃO?
Não é mera obediência externa, nem tão pouco quando controlado. Submissão é
prestar obediência inteligente a uma autoridade delegada. É exteriorizar um espírito
submisso, mesmo quando ninguém está por perto. É renunciar à opinião própria
quando se opõe à orientação daqueles que exercem autoridade sobre nós.
§ Cristo: Ef 1.20-22.
§ Guias: 1Co 16.16; 1Ts 5.12-13; Hb 13.17. Todos devem estar ligados por
"juntas" ou "ligamentos", no corpo de Cristo (1Co 12.12-13). São estes que nos
unem ao corpo, nos presidem e nos fazem conhecer as ordens do cabeça, nos
ensinam e nos conduzem, guiando-nos no caminho do Senhor , sem
necessariamente serem pastores. Isto faz um corpo coeso e firme.
§ Uns Aos Outros: Ef 5.21; 1Pe 5.5. Isto embeleza a casa de Deus. Livra a
igreja de uma hierarquia religiosa. Todos se comunicam entre si compartilhando a
palavra do Senhor, aconselhando ou mesmo corrigindo uns aos outros.