ÉTICA
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ÉTICA
DISCIPLINA: ÉTICA
A Ética é um sistema dos seis ramos tradicionais da filosofia, onde ocupou papel
importante, desde o começo. A ética também faz parte essencial da fé religiosa. Por
essas razões, apresentamos aqui um artigo de considerável volume, cujo intuito é
dar ao estudante uma boa idéia sobre os principais sistemas e idéias envolvidas na
questão.
1 - DISCURÕES PRELIMINARES
1.1.1. Ética
1.1.2. Política
O raciocínio que guia o pensamento. Lógica é a ciência que tem por objeto
determinar, entre as operações intelectuais orientadas para o conhecimento da
verdade, as que são válidas e as que não são. Estuda os processos e as condições
de verdade de todo e qualquer raciocínio. O conhecimento só é científico quando,
além de universal, é metódico e sistemático, ou seja, lógico.
1.1.4. Gnosiologia
1.1.5. Estética
1.1.6. Metafísica
Pitágoras (580 a.C.-500 a.C) afirma que a verdadeira substância original é a alma
imortal, que preexiste ao corpo e no qual se encarna como em uma prisão, como
castigo pelas culpas da existência anterior. O pitagorismo representa a primeira
tentativa de apreender o conteúdo inteligível das coisas, a essência, prenúncio do
mundo das idéias de Platão.
Píndaro é o único poeta lírico grego de cuja obra subsiste uma extensa parcela.
Escreveu hinos, trenos, encômios, ditirambos, odes a Atena e os únicos epinícios
conservados.
Oriundo de uma ilustre família espartana, talvez a dos Égidas, Píndaro nasceu em
Cinoscéfalas, perto de Tebas, Beócia, entre 522 e 518 a.C. Estudou poesia em
Atenas, aprendeu a tocar flauta com Escopélinos e depois foi orientado pelas
poetisas Mirtes e Corina, da Beócia.
Aluno de Anaxímenes. Era um reformador que criticou a tudo: o culto dos esportes, a
glorificação da força física, o vestuário das mulheres, as jóias de ostentação, o uso
de perfumes, jantares ricos... às custas dos pobres.
Ensinou o monoteísmo; afirmou que o homem é responsável por seus atos. O
código dele era semelhante aos Dez Mandamentos do Antigo Testamento.
Nascido em Mileto no ano 610 a.C., foi discípulo de Tales, o fundador da "escola de
Mileto". Teria escrito tratados sobre geografia, astronomia e cosmologia, que
perduraram por vários séculos. Racionalista que prezava a simetria, utilizou
proporções geométricas e matemáticas na tentativa de mapear o céu, abrindo o
caminho para astrônomos posteriores.
Ele não era um filósofo ético, mas compreendeu que o processo cósmico é
essencialmente um sistema que incorpora a justiça, a injustiça e a reparação.
"Só sei que nada sei". Com essas palavras Sócrates reagiu ao pronunciamento do
oráculo de Delfos, que o apontara como o mais sábio de todos os homens. O
pensador foi o primeiro do grande trio de antigos filósofos gregos, que incluía ainda
Platão e Aristóteles, a estabelecer, na Grécia antiga, os fundamentos filosóficos da
cultura ocidental.
Sócrates nasceu em Atenas por volta do ano 470 a.C. Era filho de uma parteira,
Fenarete, e de Sofronisco, homem bem relacionado nos meios políticos da cidade.
Como não deixou obras escritas, tudo o que se sabe de sua vida e de suas idéias é
o que relatam principalmente autores como Platão e Xenofonte. Segundo os escritos
de Íon de Quios e Aristóxenes, Sócrates teria estudado com Arquelau, discípulo de
Anaxágoras, o primeiro filósofo importante de Atenas. Na juventude, participou de
várias batalhas da guerra do Peloponeso. Casou-se tardiamente com Xantipa e teve
três filhos.
Segundo palavras de Cícero, "Sócrates fez a filosofia descer dos céus à terra".
Antes, os filósofos buscavam obsessivamente uma explicação para o mundo natural,
a physis. Para Sócrates, no entanto, a especulação filosófica devia se voltar para
outro assunto, mais urgente: o homem e tudo o que fosse humano, como a ética e a
política.
Sócrates dizia que a filosofia não era possível enquanto o indivíduo não se voltasse
para si próprio e reconhecesse suas limitações. "Conhece-te a ti mesmo" era seu
lema. Para ele, a melhor maneira de abordar um tema era o diálogo: por meio do
método indutivo que denominou "maiêutica", numa alusão ao ofício de sua mãe, era
possível trazer a verdade à luz.
Discípulo de Sócrates, Platão (427 a.C.?-347 a.C.?) afirma que as idéias são o
próprio objeto do conhecimento intelectual, a realidade metafísica. Para melhor
expor sua teoria, utiliza-se de uma alegoria, o mito da caverna, no qual a caverna
simboliza o mundo sensível, a prisão, os juízos de valor, onde só se percebem as
sombras das coisas. O exterior é o mundo das idéias, do conhecimento racional ou
científico. Feito de corpo e alma, o homem pertenceria simultaneamente a esses
dois mundos. A tarefa da Filosofia seria a de libertar o homem da caverna, do mundo
das aparências, para o mundo real, das essências. Platão é considerado o iniciador
do idealismo.
Platão nasceu em Atenas por volta do ano 428 a.C. Parece ter iniciado seus estudos
filosóficos com o sofista Crátilo, discípulo de Heráclito. Aos 18 anos conheceu
Sócrates, que foi seu mestre até ser condenado à morte em 399 a.C. Platão partiu,
então, para Mégara, ao encontro de outro discípulo de Sócrates, Euclides. De volta a
Atenas, iniciou seus ensinamentos filosóficos. A convite de Dionísio o Velho, foi a
Siracusa, no sul da Itália, onde se relacionou com os pitagóricos.
A justiça consiste na relação harmônica entre as partes, sob o cuidado da razão. Por
isso, Platão sugeriu em A república, obra em que expõe suas idéias políticas,
filosóficas, estéticas e jurídicas, um estado composto por três estamentos: (1) os
regentes filósofos, sob o predomínio da alma racional; (2) os guerreiros guardiães,
defensores do estado e cujos valores residem na alma irascível; (3) e a classe
inferior dos produtores, regidos pela alma sensível, controlados mediante a
temperança.
Platão foi um dos filósofos mais influentes de todos os tempos. Seu pensamento
domina a filosofia cristã antiga e medieval. Os ideais estéticos e humanistas do
Renascimento constituíram também uma recuperação do platonismo. Há elementos
platônicos também em pensadores modernos, como Leibniz e Hegel. Platão morreu
em Atenas, em 348 ou 347 a.C.
Epicuro nasceu na ilha grega de Samos, no ano 341 a.C., e desde muito jovem
interessou-se pela filosofia. Assistiu às lições do filósofo platônico Pânfilo, em
Samos, e às de Nausífanes, discípulo de Demócrito, em Teos. Aos 18 anos viajou
para Atenas, onde provavelmente ouviu os ensinamentos de Xenócrates, sucessor
de Platão na Academia. Após diversas viagens, ensinou em Mitilene e em Lâmpsaco
e amadureceu suas concepções filosóficas. Em 306 a.C. voltou a Atenas e comprou
uma propriedade que se tornou conhecida como Jardim, onde formou uma
comunidade em que conviveu com amigos e discípulos, entre os quais Metrodoro,
Polieno e a hetaira Temista, até o fim de seus dias.
A ética dos estóicos viu na virtude o único bem da vida e pregou a necessidade de
viver de acordo com ela, o que significa viver conforme a natureza, que se identifica
com razão.
2 - ALTERNATIVAS ÉTICAS
Introdução
Entre a Idade Média e a Moderna, o italiano Nicolau Maquiavel rompe com a moral
cristã, que impõe os valores espirituais como superiores aos políticos. Defende a
adoção de uma moral própria em relação ao Estado. O que importa são os
resultados, e não a ação política em si. Por isso, considera legítimo o uso da
violência contra os que se opõem aos interesses estatais. Maquiavel influencia o
inglês Thomas Hobbes (1588-1679) e o holandês Benedito Spinoza (1632-1677),
pensadores modernos extremamente realistas no que se refere à ética”. (Por:
Algosobre Vestibular).
O príncipe. Foi, porém, com o pequeno livro Il principe que Maquiavel revolucionou a
teoria do estado e criou as bases da ciência política. Homem do Renascimento, ao
romper com a moral cristã medieval, estudou com objetividade os meios e fins da
ação política, com base na observação estrita de sua realidade. Elaborou assim uma
teoria política realista e sistemática, em que pela primeira vez se separava a moral
dos indivíduos da moral (ou razão) de estado. Maquiavel foi, desse modo, o primeiro
teórico moderno, o primeiro técnico da política.
Indignado com a decadência política e moral de sua terra, o autor dirige conselhos a
um príncipe imaginário, retrato algo fantasioso de César Borgia, para conquistar o
poder absoluto, acabar com as dissensões internas e expulsar os "bárbaros"
estrangeiros do país. Prosador admirável, de estilo um tanto latinizante e seco,
embora irônico, recomenda todos os meios, inclusive a mentira, a fraude e a
violência. No complexo de sugestões apresentadas ao príncipe originaram-se as
práticas políticas conhecidas como maquiavelismo. É necessário, porém, distinguir
entre essa noção vulgar que se passou a ter de "maquiavelismo" e a teoria de
Maquiavel. Nesta, o que sobressai é o realismo iniludível de quem se pautou pelos
fatos, documentos e experiências, não nas idéias ou ideais filosóficos.
2.3. Historicidade
Na Crítica da razão prática, Kant expôs a doutrina ética que lhe serviu de base para
a demonstração de uma ordem transcendente, sem que fosse necessário recorrer à
metafísica especulativa. A ética, para ele, não precisa dos dados da sensibilidade e,
portanto, não pode cair em "ilusões". A consciência moral é um dado tão evidente
quanto a ciência de Newton. É a razão aplicada à ação, à prática humana. Somente
a vontade humana pode ser boa ou má. A moralidade não se confunde com a
legalidade. A vontade é pura, moral, quando suas ações são regidas por imperativos
categóricos e não por imperativos hipotéticos, como a punição da lei. O imperativo
categórico pode ser assim enunciado: "Age de tal modo que o motivo que te levou a
agir possa tornar-se lei universal." As pessoas devem pautar suas ações de acordo
com princípios éticos universalmente aceitos. E a aceitação pelos homens da lei
moral é a prova de que existe uma ordem que transcende o meramente sensível,
cujo único fundamento possível é a existência de Deus. Kant deduz assim a
metafísica não da ciência, mas da ética.
De acordo com as três fases do processo dialético, que em outras ocasiões Hegel
denominou simplicidade, cisão e reconciliação, a realidade evolui e forma
repetidamente novas contradições que encontram solução. Esta, por sua vez, dá
origem a contradições novas e a novas soluções. Segundo esse esquema, a idéia
lógica, o princípio, converte-se em seu contrário, a natureza, e esta em espírito, que
é a "síntese" de idéia e natureza: a idéia "para si". A cada uma dessas etapas
correspondem, respectivamente, a lógica, a filosofia natural e a filosofia do espírito.
A parte mais complexa do sistema é essa última: o espírito se desdobra em
"subjetivo", "objetivo" e "absoluto".
Dialética
Muitas vezes mal interpretado como filósofo, ora em função de seu estilo poético,
ora devido à exploração pelo nazismo de certos aspectos de seu pensamento,
Nietzsche, na verdade, foi um dos críticos mais agudos da religião, da moral e da
tradição filosófica do Ocidente. Nessa condição, influenciou filósofos, teólogos,
psicólogos e escritores do século XX.
Essa divisão leva ao relativismo moral, que, sem fundamentos mais profundos e
universais, baseia a ação sobre o interesse imediato. É dentro dessa perspectiva
que o filósofo inglês Bertrand Russell (1872-1970) afirma que a ética é subjetiva, não
contendo afirmações verdadeiras ou falsas. Defende, porém, que o ser humano
deve reprimir certos desejos e reforçar outros se pretende atingir a felicidade ou o
equilíbrio.
2.9. O Pragmatismo
estar de acordo com aquelas relações de índole puramente mental, que são
verdades absolutas e incondicionais e que se conhecem como definição e
princípios;
Portanto, é verdade absoluta que um mais um somem dois, que dois mais dois
somem quatro e que o branco se distinga do preto, pois a verdade dessas relações
é óbvia e não necessita de verificação empírica, o que a torna eterna. Para James,
quando uma verdade resiste a essas três condições, sua verificação está cumprida -
- e ela passa do estado de pretensão ao de certeza.
2.10. O Formalismo ético
Segundo Kant, a ciência da ética deve limitar-se a emitir regras formais, sem matéria
definida. Por "matéria" de um juízo ético Kant entende os bens ou males
determinados, que ele recomenda ou proíbe. Uma "ética material" teria de provar
logicamente a superioridade de certos bens sobre outros, o que para Kant é
impossível. Regra ética formal é a que vale para quaisquer bens indeterminados. O
formalismo ético de Kant foi contestado no século XX por Max Scheler, inspirado em
Husserl.
Do ponto de vista ético, são dualistas as teorias que distinguem como inconciliáveis
o bem e o mal, a liberdade e a necessidade, o dever e a inclinação.
3 - ÉTICAS CRISTÃS
Todos os seres humanos (sem exceção) foram criados para o bem; pois Deus nos
fez a sua imagem e semelhança; com caráter e conduta semelhantes ao dele
próprio; conferir em Gênesis 1.27,28 e IJo 4.8 ("Aquele que não ama não conhece a
Deus, porque Deus é amor"); mas infelizmente, a corrupção tem sido uma inclinação
para o mal; é a ausência de uma coisa boa e necessária. É a atitude de se afastar
de Deus; é a nossa rebeldia que ocasiona o pecado (Romanos 3.23 "porque todos
pecaram e destituídos estão da glória de Deus").
O Fruto do Espírito descrito em Gálatas 5.22 é: amor (1Co 13), gozo, paz,
longanimidade (que não se irrita facilmente; suporta as adversidades: situações
contrárias), bondade (indulgência, complacência, benevolência, tolerância),
fidelidade (lealdade, firmeza), mansidão, domínio próprio (sereno, pacífico, calmo,
tem humildade). É agradável render-se à vontade de Deus reconhecida como
superior e melhor que a nossa. (Deus esquadrinha os nossos corações, não é por
força, persuasão, medo etc.)
"Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e nós devemos dar a
vida pelos irmãos" (IJo 3:16). A consideração pelos outros é a base da integridade
Cristã. Amar os outros envolve perdão: "Mas se confessarmos os nossos pecados a
Deus, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça"
(IJo 1.9). De forma ampla, a ética cristã é uma tentativa de entender a vontade de
Deus em assuntos difíceis e confusos que não são discutidos claramente. Isto
requer sabedoria e ela pode ser nossa pelo pedir "Mas se alguém tem falta de
sabedoria, peça a Deus, e Ele dará porque é generoso e dá com bondade a todos".
(Tiago 1.5). Com isto temos a oportunidade de consultar a Deus na sua Palavra e
Oração, somados ao auxílio do Espírito Santo.
1) Descubro que preciso de Cristo e de Sua ajuda (estou consciente que sou
pecador e estou perdido sem Ele);
3) Aceito-O (confio em suas promessas, sei com certeza que possuo Aquele de
quem preciso e quero).
Segurança temos de que nossas falhas não nos condenarão no julgamento final.
Cada erro cometido, cada oportunidade para o bem não aproveitada, cada motivo e
inclinação corruptos são apagados pelo perdão de Deus (perdão, este, que só tem
aqueles que entregaram sua vida para Jesus e reconheceram-no como Único e
Suficiente Salvador, admitindo-o como autor e consumador de suas vidas). A
verdade é que não há nada em nós para termos motivo de nos orgulharmos; a não
ser da experiência da conversão. Se somos justificados é apenas porque
reconhecemos humildemente o pecado e aceitamos o perdão de Deus por amor do
sacrifício remidor de Jesus (morte/ressurreição).
Deus é desonrado por aqueles que dizem crer nele quando dão poucas evidências
(provas) na sua conduta; mas Deus é notado e louvado como resultado de nosso
progresso (resultado da nossa Salvação).
A introdução dos fragmentos de ADN isolados no interior de uma célula para que ela
reproduza a mensagem genética induzida é feita pelos vetores, geralmente vírus ou
plasmídios, ou ambos combinados. Os plasmídios são seqüências circulares de
ADN, que podem reproduzir-se de forma autônoma e estão contidos no citoplasma
de certas células vegetais e bacterianas: trata-se, portanto, de elementos genéticos
extracromossômicos.
3.2.4. Aplicação
A medicina avança com tal velocidade nos dias de hoje que corremos o risco de
esquecer com facilidade que a consolidação da bioética como campo de estudos
específicos é muito recente, principalmente no que se refere ao mundo cristão, à
igreja do Senhor, pois muitas vezes esquecemos que não somos apenas espirituais
mas também de carne, de matéria.
Ai daqueles que nos seus leitos imaginam a iniqüidade e maquinam o mal; à luz da
alva o praticam, porque o poder está em sua mão. Cobiçam campos e os arrebatam,
e casas e as tomam; assim fazem violência a um homem e à sua casa, a uma
pessoa e à sua herança. (Mq 2,1-2)
A democracia tem sido fundamental para alimentar um espírito crítico, mas ela
própria ressente-se da corrupção, torna-se frágil com ela, na medida em que
aumenta a distância entre o legal e o legítimo. Exemplo disso são os recursos
protelatórios e os casuísmos que permitem, mesmo sob o manto da lei, a
manutenção de privilégios e ganhos abusivos.
Fatos de que todos temos conhecimento pela grande imprensa, vão formando uma
realidade sufocante de nomes e siglas de pessoas e órgãos denunciados. Isso
causa um grande desencanto e alimenta a descrença nas instituições democráticas
quanto à sua capacidade de preservar o estado de direito. É bem verdade que parte
da imprensa, dos parlamentares, dos juízes, do Ministério Público e de instâncias
administrativas, estão tentando cumprir honestamente seu papel, dando prova de
que um novo cenário, um outro país é possível. Muitas investigações estão em
andamento. Mas uma verdadeira nação quer muito mais: quer um choque de ética
que passe a limpo imediatamente o nosso país.
Introdução
Este texto foi preparado visando contribuir para uma maior conscientização no meio
cristão, no sentido de que o voto evangélico não seja manipulado, como tantas
vezes têm acontecido.
Nosso desejo é ver os pastores brasileiros ensinando o povo a pensar e a decidir por
si próprios na questão política, levando em conta propostas sérias que apontem para
o bem comum. Queremos colaborar para que terminem tanto o
"voto de cabresto", os "currais eleitorais", como a velha idéia de que a Igreja deve
eleger pessoas pensando nos seus próprios interesses.
2) O cristão não deve violar a sua consciência política. Ele não deve negar sua
maneira de ver a realidade social, mesmo que um líder da igreja tente
conduzir o voto da comunidade numa outra direção;
3) Os pastores e lideres têm a obrigação de orientar aos fieis sobre como votar
com Ética e com discernimento. No entanto, devem evitar transformar o
processo de elucidação política num projeto de manipulação e indução
político-partidário;
7) Os fins não justificam os meios. Portanto, o eleitor cristão não deve jamais
aceitar a desculpa de que um político evangélico votou de determinada
maneira, apenas porque obteve a promessa de que, em fazendo assim, ele
conseguira alguns benefícios para a igreja, sejam rádios, concessões de TV,
imóveis, linhas de credito bancário ou outros "trocos", ainda que menores.
Conquanto todos assumamos que nos bastidores da política haja acordos e
composições de interesse, não se pode, entretanto, admitir que tais "acertos"
impliquem a prostituição da consciência de um cristão, mesmo que a
"recompensa" seja, aparentemente, muito boa para a expansão da causa
evangélica. Afinal, Jesus não aceitou ganhar os "reinos deste mundo" por
quaisquer meios. Ele preferiu o caminho da cruz;
"O candidato tal é ateu"; ou: "O fulano vai fechar as igrejas"; ou: "O sicrano não vai
dar nada para os evangélicos"; ou ainda: "O beltrano é bom porque dará muito para
os evangélicos". É bom saber que a Constituição do País não dá a quem quer que
seja o poder de limitar a liberdade religiosa de qualquer grupo. Além disso, é valido
observar que aqueles que espalham tais boatos, quase sempre, têm a intenção de
induzir os votos dos eleitores assustados e impressionados, na direção de um
candidato com o qual estejam comprometidos;
9) Sempre que um eleitor evangélico estiver diante de um impasse do tipo: "o
candidato evangélico é ótimo, mas seu partido não é o que eu gosto", é de
bom alvitre que se vote nele desde que ele tenha as qualificações para o
cargo;
10) Nenhum eleitor evangélico deve se sentir culpado por ter opinião política
diferente da de seu pastor ou líder espiritual. O pastor deve ser obedecido em
tudo aquilo que ele ensina sobre a Palavra de Deus, de acordo com ela. No
entanto, no âmbito político, a opinião do pastor deve ser ouvida apenas como
a palavra de um cidadão, e não como uma profecia divina.
Muita controvérsia tem surgido em tomo da pena capital. De um lado, tem sido
saudada como sendo divinamente instituída e socialmente necessária. Do outro
lado, tem sido rotulada de bárbara e anti-cristã. É moralmente correto, em qualquer
caso, tirar a vida doutro ser humano por razões sociais? Tirar a vida deve ser usado
como penalidade em alguma ocasião? O que as Escrituras dizem sobre o assunto?
Há várias passagens diferentes da Escritura que ensinam que Deus instituiu a pena
capital para certos crimes sociais hediondos. Estas passagens se acham nos dois
Testamentos.
A primeira referência à pena capital acha-se em Gênesis 9:6. Noé e sua família
sobreviveram ao grande dilúvio, que foi precipitado pela maldade e pela violência
daquela civilização antediluviana (cf. Gn 6.11). Quando Noé emergiu da arca, Deus
lhe deu a seguinte injunção: “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem
se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem.” O
assassinato é errado porque é matar Deus em efígie, e quem tirar a vida dos outros
homens deve ter sua vida tirada pelas mãos dos homens. Os antediluvianos tinham
enchido o mundo com violência e derramamento de sangue. Pelo uso da pena
capital os homens deveriam abafar a violência e restaurar a ordem da justiça. Deus
instituiu a ordem e a paz sociais e deu ao governo a autoridade sobre a vida para
garantir à humanidade estes benefícios.
Sob a lei mosaica a pena capital foi continuada e até mesmo expandida. O princípio
básico era “vida por vida, olho por olho, dente por dente” (Êx 21.25). A pena capital
era usada para outros crimes além do assassinato. O adúltero e a adúltera deviam
ser igualmente apedrejados até morrerem. (Lv 20.10). Na realidade, até mesmo um
filho teimoso e rebelde, que recusava a correção, devia ser morto, pelo mesmo
método às mãos dos cidadãos (Dt 21.8ss.). Mediante a direção de Deus, Acã e sua
família foram apedrejados por desobedecerem ao mandamento de Deus no sentido
de não tomar despojos da batalha de Jericó (Js 7.1, 26).
Há indicações de que Deus delegou a autoridade sobre a vida para as nações fora
de Israel no Antigo Testamento. Declara-se que governantes humanos em geral são
estabelecidos por Deus. Tanto Nabucodonosor (Dn 4.17) quanto Ciro (Is 44.28),
receberam autoridade da parte de Deus sobre as vidas humanas. De fato, há
indicações noutras partes do Antigo Testamento, no sentido de que o governo
humano em geral recebe tal autoridade da parte de Deus para resistir ao mal no
mundo, conforme foi declarado em Gn 9.6.
O Novo Testamento pressupõe o mesmo conceito básico sobre a pena capital que
aparece no Antigo Testamento. Os governantes são instituídos por Deus; pela
autoridade divina, recebem a espada bem como a coroa (cf. Rm 13.1-2). Paulo
notou sobre o governante “... não é sem motivo que ela traz a espada; pois é
ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal” (v. 4).
Noutra passagem, Jesus reconheceu a autoridade dada por Deus sobre a vida
humana que os governantes humanos possuíam. Pilatos disse a Jesus: “Não sabes
que eu tenho autoridade para te soltar, e autoridade para te crucificar?” Jesus
respondeu: “Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada”
(Jo 19.11). A implicação aqui é que Pilatos realmente possuía autoridade
divinamente derivada sobre a vida humana. Aliás, exerceu-a (Jesus foi sentenciado
à morte) e Jesus Se submeteu a ela.
Resumindo: há dados bíblicos amplos, dos dois Testamentos, que mostram que
Deus ordenou, e os homens exerciam a pena capital para delitos específicos. A
pena de morte é instituída por Deus, através dos homens, contra os culpados. Logo,
a pergunta, de uma perspectiva rigorosamente bíblica, não é se a pena capital era e
é autorizada por Deus para os homens, mas quando e porquê. Mas antes da
discussão da aplicação e da base lógica da pena capital, é apropriado dizer uma
palavra sobre algumas objeções à pena de morte.
Várias objeções à pena de morte têm sido oferecidas por aqueles que se opõem a
ela. Três destas são dignas de comentários, de um ponto de vista bíblico.
3.5.4.1. O Caso de Caim
Às vezes é argumentado que a pena capital não era a intenção de Deus desde o
início, conforme pode ser deduzido da intervenção de Deus para poupar Caim dela.
Quando Caim matou seu irmão, Abel, Deus explicitamente proibiu qualquer pessoa
de matar Caim por sua vez. Disse: “Assim qualquer que matar Caim será vingado
sete vezes” (Gn 4.15).
O que é facilmente olvidado nesta isenção óbvia da pena capital é que a passagem
claramente subentende a validez da pena capital. O caso de Caim era especial.
Quem teria executado a sentença? O irmão dele estava morto. Decerto Deus não
iria chamar o pai para executar seu filho remanescente! Nesta situação o próprio
Deus pessoalmente comutou a sentença da morte.
Jesus não demonstrou seu desdém para com a pena capital, ao recusar-Se a aplicar
a sentença vétero-testarnentária da morte a uma mulher apanhada em adultério?
Cristo não lhe disse: “Vai e não peques mais” (Jo 8.11)? Moisés ordenou a pena
capital para os adúlteros; Jesus os perdoava. Não é, portanto, mais cristão acabar
com a pena capital e exercer o amor que perdoa?
A primeira coisa a notar ao procurar responder a esta objeção é que a passagem
sendo considerada é textualmente suspeita (Jo 7.53-8.11). É achado em lugares
diferentes nos manuscritos antigos. Certamente interrompe a narrativa aqui (leia Jo
8.12 imediatamente após 7.52). Embora haja evidência textual sólida para
questionar a autoridade desta história, suporemos sua autenticidade para os fins
desta discussão”.
Na realidade, nada há nesta passagem contra a pena capital. Jesus declarou que
nunca quebrou a lei de Moisés (Mt 5.17) e não há prova aqui que o fez. Moisés
ordenara a morte somente se houvesse duas ou três testemunhas oculares (Nm
35.30). Não havia ninguém aqui que alegasse (no fim) ser testemunha ocular, ou
que quisesse levar adiante as acusações. Depois de todos eles terem saído, Jesus
perguntou explicitamente a ela: “Mulher, onde estão aqueles teus acusadores?
ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor” (vv. 10-11). Na base de
“falta de testemunhas,” nenhuma sentença foi exigida. A mulher enfrentou seu
processo corretamente diante do salvador.
Há outro argumento, mais sofisticado, contra, a pena capital que alega que, tendo
em vista a cruz de Cristo e a graça perdoadora agora (nos tempos
neotestamentários) é anti-cristão distribuir a justiça como se Deus não tivesse dado
perdão a todos os homens. Esta objeção sustenta que a pena capital é baseada
num conceito sub-cristão ou pré-cristão da justiça, que é transcendido por uma
moralidade neotestamentária da graça. Deus não deseja castigar os homens, muito
menos com a pena capital; pelo contrário, Deus quer perdoar os homens através de
Cristo. Todos os nossos crimes foram pregados à Sua cruz (Ef 2.15, 16). A lei foi
cumprida por Cristo, no preceito e na penalidade (Mt 5.17; Gl 3.13). Visto que a
justiça de Deus foi satisfeita pelo sacrifício de Cristo, não há necessidade dos
homens pagarem a penalidade pelos seus pecados. Deus oferece o perdão a todos
e por tudo.
Algumas das objeções sociais à pena capital baseiam-se não tanto no uso quanto
no abuso do poder da pena capital. Mas o fato de que erros serão feitos por seres
humanos falíveis na aplicação deste castigo não é um bom argumento para aboli-lo
completamente. Os médicos cometem erros fatais e assim também os políticos, mas
estes erros não são boas razões por acabar com a prática da medicina ou do
governo. O abuso do casamento mediante um divórcio injustificado não quer dizer
que a instituição do casamento não é divinamente estabelecida. Muitos indivíduos
cometem erros fatais, mas seu julgamento falível não elimina a necessidade dos
homens exercerem bom juízo ao aplicarem a justiça social e moral. Naturalmente, a
pena capital não deve ser executada nalguém que não recebeu um processo jurídico
correto e cuja culpa não esteja além de toda a dúvida razoável. Do outro lado,
aquele cujo crime é tão hediondo, que exige a pena capital, não deve ser poupado
mediante a alegação falaz que é injusta ou contrária à graça. É injusto não distribuir
a justiça quando a injustiça clama por ela.
A razão porque esta base lógica talvez soe estranha ao ouvido moderno é que o
verdadeiro sentido da justiça foi obscurecido. Quando os homens já não crêem em
Deus nem numa lei moral imutável, segue-se que nenhuma penalidade deve ser
incorrida por transgredir uma lei que não existe. Juntamente com esta distorção
contemporânea da justiça há um conceito anêmico do amor. Um Deus amoroso não
castigaria pessoa alguma, pensa-se de modo vão. Conclui-se daí, que um pai
amoroso não deve disciplinar seu filho. Não admira que os homens não entendem a
necessidade da pena capital; não vêem a necessidade de qualquer tipo de castigo.
Deixam de ver que os pais amorosos castigam seus filhos (Pv 13.24) e que um Deus
amoroso disciplina Seus filhos (Hb 12.5,6). Na realidade, quase o inverso da
mentalidade moderna é o caso. A Bíblia ensina que o castigo apropriado é prova do
amor. O amor está na disciplina. A falta de correção é uma indicação da falta de
verdadeira solicitude para com os teimosos.
O problema de quando e porque é certo tirar outras vidas não é fácil. A tensão é
resolvível, no entanto, quando é aplicada uma ética hierárquica. Matar é justificável
quando muitas vidas podem ser salvas quando menos são sacrificadas, ou quando
vidas completas são preservadas em preferência às incompletas, ou quando uma
vida real é preferida a uma vida em potencial. Até mesmo o suicídio para salvar mais
vidas é preferível. Os princípios básicos por detrás destas conclusões são:
É por causa do valor intrínseco das pessoas que o assassinato é errado. E é porque
o assassinato é um grave delito contra o valor intrínseco da outra pessoa, e da
Pessoa de Deus que o ser humano reflete, que a penalidade é tão grande. O castigo
capital não é impessoal ou anti-humano. É pró-humano. Ao remover o anti-humano,
vindica-se o valor da pessoa individual. A esta altura fica mais simples ver a
aplicabilidade doutro princípio do hierarquismo.
o que promove o interpessoal é mais valioso do que aquilo que não o promove.
A sentença de morte para quem foi o cérebro por detrás do plano para aniquilar uma
raça é uma maneira eminentemente apropriada de trazer esta carreira
eminentemente anti-pessoal a um fim justo. Castigar o impessoal e o anti-pessoal
não é impessoal em si mesmo. Pelo contrário, é uma vindicação do valor intrínseco
de cada pessoa. Não castigar o anti-pessoal é um ato impessoal. Recusar-se a
intervir com a justiça quando o valor intrínseco de pessoas inocentes é violado é
uma ética altamente impessoal. A pena capital, aplicada com justiça, pode ser uma
expressão de uma ética muito centralizada na pessoa.
Em síntese, a pena capital é requerida nos crimes capitais para proteger o valor
intrínseco do direito de viver da pessoa individual. Além disto, a sentença da morte
pode ser justificada em crimes menos do que capitais, quando as vidas de mais
pessoas inocentes estão em jogo se o homem mau viver. Fora dos crimes capitais
ou atividades que decerto levariam à morte dos homens inocentes, o estado não tem
nenhum direito divino de exercer a pena da morte. É uma responsabilidade séria
para um governo carregar a espada, e deve tomar cuidado para não fazê-lo em vão.
Hb 13.4 “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos
que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará”.
O crente, antes de mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro (2Co 11.2; Tt
2.5; 1Pe 3.2). A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda
mácula da lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e pensamentos
que incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos
matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de
qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de Deus. Isso
abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em
“concupiscência” (4.5).
Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros, como para os casados. No
tocante ao ensino bíblico sobre a moral sexual, vejamos o seguinte:
(3) A imoralidade e a impureza sexual não somente incluem o ato sexual ilícito,
mas também qualquer prática sexual com outra pessoa que não seja seu
cônjuge. Há quem ensine, em nossos dias, que qualquer intimidade sexual
entre jovens e adultos solteiros, tendo eles mútuo “compromisso”, é aceitável,
uma vez que não haja ato sexual completo. Tal ensino peca contra a
santidade de Deus e o padrão bíblico da pureza. Deus proíbe, explicitamente,
“descobrir a nudez” ou “ver a nudez” de qualquer pessoa a não ser entre
marido e mulher legalmente casados (Lv 18.6-30; 20.11, 17, 19-21; ver 18.6).
(4) O crente deve ter autocontrole e abster-se de toda e qualquer prática sexual
antes do casamento. Justificar intimidade premarital em nome de Cristo,
simplesmente com base num “compromisso” real ou imaginário, é transigir
abertamente com os padrões santos de Deus. É igualar-se aos modos
impuros do mundo e querer deste modo justificar a imoralidade. Depois do
casamento, a vida íntima deve limitar-se ao cônjuge. A Bíblia cita a
temperança como um aspecto do fruto do Espírito, no crente, isto é., a
conduta positiva e pura, contrastando com tudo que representa prazer sexual
imoral como libidinagem, fornicação, adultério e impureza. Nossa dedicação à
vontade de Deus, pela fé, abre o caminho para recebermos a bênção do
domínio próprio: “temperança” (Gl 5.22-24).
(6) Fornicação (gr. porneia). Descreve uma ampla variedade de práticas sexuais,
pré ou extramaritais. Tudo que significa intimidade e carícia fora do
casamento é claramente transgressão dos padrões morais de Deus para seu
povo (Lv 18.6-30; 20.11,12, 17, 19-21; 1Co 6.18; 1Ts 4.3).
(9) A lascívia ou cobiça carnal (gr. epithumia) é um desejo carnal imoral que a
pessoa daria vazão se tivesse oportunidade (Ef 4.22; 1Pe 4.3; 2 Pe 2.18; Mt
5.28).
A fazenda que procede da vaidade diminuirá, mas quem a ajunta pelo trabalho terá
aumento (Pv 13.11). Como a perdiz que ajunta ovos que não choca, assim é aquele
que ajunta riquezas, mas não retamente; no meio de seus dias as deixará e no seu
fim se fará um insensato (Jr 17.11).
Jogar a dinheiro, sorte e azar é igual a IDOLATRIA. Porém, quando se tem que fazer
uma escolha para presentear alguém, o sorteio é a forma mais imparcial existente e
como não se trata de aposta ou prejuízo de muitos em favor de um, torna-se uma
prática perfeitamente ética dentro dos moldes cristãos.
Loterias, jogos de bichos e outros grandes prêmios não têm a aprovação de Deus.
Muitos estarão perdendo para um ganhador. Não poucos, perderão todos os seus
bens e arriscando fortunas. Os que fazem assim, colocam a “fé” e confiança para
solução de seus problemas financeiros, nos jogos e não em Deus.
“Um cântico haverá entre vós, como na noite em que se celebra uma festa santa; e
alegria de coração, como a daquela que sai tocando pífano, para vir ao monte do
SENHOR, à Rocha de Israel. E o SENHOR fará ouvir a glória da sua voz e fará ver o
abaixamento do seu braço, com indignação de ira, e a labareda do seu fogo
consumidor, e raios, e dilúvio, e pedra de saraiva” (Is 30.29,30).
A música deve levar a imersão total na glória de Deus, deve servir para elevar nosso
padrão espiritual, para pensarmos nas coisas do céu, para levar-nos para mais junto
de Deus.
Todos devem ser participantes e não meros ouvintes, ou seja, a parte de louvor de
um culto deve ser compartilhada por todos, que cantando juntamente, quer tocando
um instrumento musical, quer glorificando o nome do Senhor.
Não devemos utilizar músicas populares adaptadas. Música sacra não deve ser
substituída por subterfúgios que apenas satisfazem os ouvidos de alguns mas não
preenchem o vazio do interior: por mais bonitas, atraentes ou sucesso que tais
músicas possam ser ou alcançar, jamais servirá para glorificar o Nome de Jesus,
portanto não deve ser utilizada e aceita em nosso meio.
A música no culto deve ser coordenada com outras partes da liturgia, ela deve fazer
parte do culto e não tornar-se o culto, mesmo que tal reunião tenha como finalidade
o louvor, há necessidade da Palavra contida nas Escrituras Sagradas ser lida e
pregada.
A música de fundo deve ser bem dosada e não distrair do momento; deve ser de
acordo com o que está se falando e sempre com a permissão do interlocutor; deve
servir para elevo espiritual e só para esta necessidade.
Os instrumentos não devem ser afinados na hora do culto, os mesmos devem ser
afinados com antecedência devida, para não deixar ociosidade no momento de
devoção a Deus, assim como as alturas musicais devem ser convencionadas nos
ensaios. O louvor deve ser previamente escolhido, as partituras devem estar em
ordem e prontas quando da execução do louvor.
Com relação aos Ministros e Cooperadores. “Não toqueis nos meus ungidos e não
maltrateis os meus profetas” (Sl 105.15).
Com relação aos que são escolhidos para servir. “Porém, agora, não subsistirá o
teu reino; já tem buscado o SENHOR para si um homem segundo o seu coração e já
lhe tem ordenado o SENHOR que seja chefe sobre o seu povo, porquanto não
guardaste o que o SENHOR te ordenou “(1Sm 13.14).
Com relação ao relacionamento um com os outros. “Porém o maior dentre vós será
vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se
humilhar será exaltado”. (Mt 23.11,12).
Como portar-se dentro do culto. “Portai-vos de modo que não deis escândalo nem
aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus” (1Co 10.32).
O tempo de cada parte do culto. “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais,
cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem
interpretação. Faça-se tudo para edificação. Porque Deus não é Deus de confusão,
senão de paz, como em todas as igrejas dos santos” (1Co 14.26,33).
3.5.12.1. Doença
c) males que servirão para a glória do nome de Deus e para confirmação de seu
poder.
3.5.12.2. Cura
Ações que resultam no desaparecimento das doenças, que podem ocorrer de duas
formas:
Não precisamos temer a busca de cuidados médicos, isto não demonstra falta de
confiança em Deus ou de fé. Deus pode curar ou usar os médicos para tal.
Devemos lembrar sempre que os médicos são colaboradores e não salvadores, são
limitados quando o uso da fé é ilimitado. Quando a nossa fé não é suficiente para
sermos curados, devemos buscar os recursos humanos legados por Deus à
humanidade, desde que a nossa confiança em tais recursos não seja maior que a
em Deus.
3.5.13.1. Suicídio
3.5.13.2. Eutanásia
Ato suicida são comportamentos que tem grande possibilidade de resultarem morte,
e o seu agente será um suicida, daí ser um comportamento reprovável pelos
cristãos, pois estariam destruindo o seu corpo ou deformando sua pessoa
Existem razões para não sermos doadores? Não. Algumas pessoas pensam que
doando ou recebendo um órgão estarão dificultando sua identificação como salvo,
estarão mudando sua PESSOA, mas a doação ou recepção pode alterar apenas o
corpo e jamais o interior dele.
Portanto, devemos lutar com todas as armas disponíveis para nos mantermos vivos
ou prolongarmos a vida, este deve ser o lema de todos os cristãos, lembrando que
Jesus virá buscar salvos tanto vivos quanto mortos corporalmente.
3.5.16. Amizades
“Retira o pé da casa do teu próximo, para que se não enfade de ti e te aborreça” (Pv
25.17).
“Em todo tempo ama o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão” (Pv 17.17).
a) Aceite os outros como são, cada pessoa possui qualidades e defeitos que
não devem servir de instrumentos de modificações. Os maiores conflitos nas
relações das pessoas são sempre marcadas pela falta de aceitação dos
outros e pela insistência em modificar as pessoas, sua forma de ser, sua
forma de pensar, sua forma de agir. Devemos lembrar que cada indivíduo tem
sua identidade própria e que deve ser respeitada;
b) Tenha algo em comum, mas deixe espaço para diversidades, com elas você
deve ter novas experiências, você estará tendo oportunidades de
crescimento e enriquecimento;
3.5.17. Brincadeiras
d) Não brinque com coisas santas. Exemplo: fazer piadas com passagens da
Escritura – remedar manifestações do Espírito Santo – brincar com utensílios
destinados à casa do Senhor;
e) Não brinque com coisas que ressaltem ou imitem deficiências. Exemplo: ...
aquele irmão que puxa da perna – ... aquela irmã manquinha – ... aquele
quase cego;
3.5.18. Casamentos
b) procure honrar sua Igreja – os casamentos devem ser feitos na Igreja onde os
noivos congregam, isto é, se ambos congregam no mesmo local. Caso haja
impossibilidade de realizar no local mencionado, quer por problemas no
prédio do templo, quer por insuficiência de espaço, deve-se optar por outro
templo fazendo a Igreja local ciente da modificação e dos motivos da mesma;
c) procure honrar seu Pastor – o ministro que deve realizar a cerimônia deve ser
o Pastor local. Caso haja uma preferência por outro Pastor seja qual for as
razões desta preferência, deve o Pastor local ser antecipadamente notificado
e manifestar sua anuência pelo ministro que estará ocupando sua Igreja para
tal ato;
Deus, quando chama o homem para cumprir o seu propósito universal, lhe confere
qualidades de dons e talentos que serão úteis ao seu ministério, a fim de produzir a
unidade, a maturidade e a perfeição da Igreja. O próprio Senhor Jesus Cristo
determina providencialmente lugares de serviço na igreja desses homens ‘dotados’
(At 11.22-26), ou mesmo através do Espírito Santo (At 13.1,2 e 16.6,7).
Tanto os discípulos quanto aqueles que são chamados para o ministério são
exortados a buscar o poder do Espírito Santo (Lc 24.49; At 1.4,5, 8), e os
acompanharão grandes sinais (Mc 16.17,18).
“E ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado por Deus, como Arão”
(Hb 5.4).
“Ser ministro cristão é uma honra que Deus dá a um ser humano e requer, por isto
mesmo, da parte do candidato, VOCAÇÃO e CHAMADA, ambas dependentes de
Deus e manifesta pelo Espírito Santo”.
O ministro vocacionado pelo Senhor coloca o ministério acima de tudo e cuida ser a
obra mais importante na face da terra (At 13.2; Rm 1.1).
A vocação divina inclui o profundo desejo de obedecer à voz do Bom Pastor na sua
consciência, com a exigência, muitas vezes, de sacrifícios e sofrimentos. O apóstolo
Paulo declara que “se anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é
imposta essa obrigação” (1Co 9.16).
O maior pastor que a Bíblia nos apresenta é Jesus Cristo. Ele é o modelo por
excelência. E é dele que devemos tirar as características para o perfeito
desempenho ministerial.
Ter cuidado de si mesmo e da doutrina (1Tm 4.16), porque assim fazendo, salvará
tanto a si mesmo quanto aos que o ouvem. Se negligenciarmos este princípio,
sofreremos as terríveis conseqüências, “pois a lei da semeadura é inexorável”. Paulo
é explícito em sua exortação: “Se alguém ensina alguma doutrina, e não se
conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que
é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e
contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins
suspeitas. Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade,
cuidando que a piedade seja causa de ganho, aparta-te dos tais” (1Tm 6.3-5). (Cf
2Tm 3.10; 4.2; Tt 1.9).
c) que governe bem a sua própria casa, e tenha os seus filhos em sujeição, com
toda a modéstia (1Tm 3.4);
d) que tenha bom testemunho dos que estão de fora. Onésimo era “um irmão
fiel” (CI 4.9) e Epafras, “grande cooperador de Paulo” de quem diz: “Saúda-
vos Epafras, que é dos vossos,... Pois eu lhe dou testemunho de quem tem
grande zelo por vós, e pelos que estão em Laudicéia, e pelos que estão em
Hierápolis" (Cl 4.12,13). (Cf Cl 1.7; Fl 23; 2Tm 4.12; Tt 3.12; Ef 6.21);
e) ter uma grande capacidade de perdoar. O pastor conhece as fraquezas de
suas ovelhas e sabe perdoá-las (Jo 4 e Jo 8). O perdão não se mede e nem é
barato: custa um preço - custou uma crucificação. “Ao Senhor, nosso Deus,
pertence a misericórdia e o perdão; pois nos rebelamos contra ele” (Dn 9.9).
Há dois tipos de perdão: o vertical (Lc 18.10-12) e o horizontal (Mt 5.44-48;
6.14,15; 1Jo 4.20);
h) ter capacidade para dirigir sabiamente a igreja (1Co 14.40), com equilíbrio,
graça e sabedoria e exercitar o dom recebido de Deus e desenvolvê-lo (Rm
12.6-8).
Em avançada idade, Paulo escreve a Timóteo (1Tm 4.13): “Persiste em ler, exortar e
ensinar”.
A Bíblia é o grande recurso do pastor; ela não somente deve estar à sua mão como,
também, em seu coração; deve ter diligência ao estudá-la (2Tm 2.15), trazendo à
memória as coisas estudadas, como para gozar de novo a sua doçura, pois isto
enriquece a compreensão das lições (1Tm 4.13,15).Secundariamente, os livros que
versem sobre a Bíblia ajudarão o pastor a se fundamentar ainda mais em seus
próprios conhecimentos de doutrina cristã, e, através da comparação com outros
sistemas doutrinários, “defender o rebanho das falsas seitas, e convencer os
contradizentes” (Tt 1.9).
Como se pode ensinar sem que se haja aprendido? (Jo 14.26). O ensino da doutrina
é uma das responsabilidades mais importantes do pastor, “pois ela é o alimento de
que se nutrem as ovelhas” (SI 23.2,5).
4.5.2. Santidade
E porque Ele é Santo, exige de seus seguidores a santidade, como diz o apóstolo
Pedro: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em
toda a vossa maneira de viver”.(1Pe 1.15).
“O vocábulo grego por detrás desta tradução é ‘naos’ o recinto sagrado, o lugar
santíssimo, em contraste com o ‘hieron’, o restante do templo em seus diversos
compartimentos. Entretanto, essas duas palavras, no original grego, podiam ser
usadas como sinônimos. Por semelhante modo, o crente é o lugar santíssimo onde
habita o Espírito Santo de Deus “. Assim, o pastor deve ser puro e limpo, tanto no
coração quanto no seu comportamento exterior, repugnando tudo o que venha a
contaminar o templo de Deus e macular o que lhe deve ser mantido sagrado, porque
“se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá”.(1Co 3.17).
Exigiu Deus, no princípio, de Abraão, mesmo com a idade de noventa e nove anos
(Gn 17.1); de Israel, quando fez o povo subir da terra do Egito; foi uma exigência de
Jesus Cristo (Mt 5.48); e o apóstolo Pedro afirmou essa exigência (1Pe 1.15,16).
9) Outras referências SI 93.5; 2Co 7.1; Ef 1.4; 4.24; 1Ts 3.13; 4.3,4; 1Tm 2.5; Hb
12.14; 2Ts 2.13; 1Pe 1.15.
Vejamos alguns tropeços que o pastor pode incorrer ao longo de seu ministério,
utilizando-se da língua:
4.5.3.2. Crítica
“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes
sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós”
(Mt 7.1,2).
Existe a crítica construtiva e a destrutiva, que esboçam grandes diferenças entre si.
Pastores há que usam a “vara” para ajudar a ovelha, sem machucá-la, sendo isto
prova de cuidado, assim como o pai, que com amor critica seu filho, sem que cesse
sua afeição por ele. Outros, porém, são tão críticos que deixam marcas profundas de
desgosto em suas ovelhas, e os pais em seus filhos, matando a afeição que sentem.
4.5.3.3. Cólera/ira/ódio
Quando Paulo diz “Irai-vos e não pequeis” (Ef 4.26), não está nos autorizando a que
nós nos iremos, e também não quis dizer que, se nos irarmos, “de modo algum
cometeremos pecado, contanto que abafemos nossa ira antes do cair da noite”.
A Bíblia está cheia de advertência contra a ira, e muitos pastores têm atribuído o seu
mau gênio aos nervos, transformando com isso uma falta grave em simples
enfermidade.
4.5.3.4. Irreverência ou profanação
Profanação é tudo aquilo que vem desvirtuar as coisas de Deus, isto é, dar má
aplicação às coisas de Deus, tratar com irreverência o que é de Deus, e violar a sua
santidade. quer seja através de palavras, quer seja através de ações.
Malaquias mostra como o altar do Senhor fora profanado, e alguém contribuiu para
isso, dizendo: “Não faz mal” (Ml 1.8). Em Lv 22.20-22, Deus avisa acerca das coisas
sagradas não serem profanadas.
A igreja de nossos dias tem saído da rotina, e alguém vem contribuindo para isso:
são os responsáveis pelo sono do comodismo e da indolência (negligência, apatia.
Certas músicas e modas em todos os sentidos vêm entrando na igreja com a
anuência de líderes que já perderam a autoridade de Deus para impedir tais abusos
entre o povo de Deus, e continuam usando a frase: “Não faz mal.”).
4.5.3.5. Leviandade
4.5.3.6. Mentira
Jesus caracterizou o Diabo como mentiroso, porque “Quando ele profere a mentira,
fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44). A queda do
homem foi conseqüência de uma mentira bem formulada pela serpente.
Deus ordenou a Moisés e aos filhos de Israel diretamente: “Não mentireis nem
usareis de falsidade cada um com o seu próximo” (Lv 19.11). Paulo, em
Colossenses 3.9, reafirma este ensinamento: “Não mintais uns aos outros...” e, “pelo
que, deixai a mentira, e falai cada um a verdade com o seu próximo” (Ef 4.25).
“O hábito da mentira pode contrair-se aos poucos; no princípio, só se fala de um
aspecto da questão; depois só do aspecto que nos favorece; a seguir, tratamos de
exagerá-lo; e terminamos não sabendo quando estamos ou não falando a verdade”
(Pv 20.17).
A mentira, pois, é um pecado muito sério e reprovada nos Salmos e nos Provérbios;
os profetas e os apóstolos fizeram sérias advertências contra esse pecado (SI 5.6;
Pv 15.5,9; 13.5; 1Jo 2.21, 1Tm 4.2; Ap 21.27).
4.5.3.7. Murmuração
Moisés, quando conduziu o povo de Israel através do deserto, sofreu muito por
causa desse problema: “Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel”, disse o
Senhor (Nm 14.27).
4.5.4.1. Dinheiro
A Palavra de Deus diz que as riquezas vêm de Deus (1Cr 29.12), e a Ele pertence o
ouro e a prata e tudo quanto existe na terra (Ag 2.8). Se o pastor é o mordomo do
tesouro da casa do Senhor, ele precisa saber manobrar com esses valores e não se
deixar enredar por ele. “O servo do Senhor que lida com finanças deve ser o senhor
do dinheiro, e não escravo dele”.(1Tm 6.9,10).
Mas a tentação do metal precioso tem levado outros a viverem além de seus
recursos materiais e a descuidarem das obrigações financeiras, causando, com isso,
grande prejuízo para sua administração pastoral. “Que o pastor faça um orçamento
de seu salário, aja com prudência e equilibre seus gastos. Não lhe cairia bem ficar
sob suspeita ante o rebanho”.Deve ter boa reputação para com os que estão de fora
e uma vida ilibada.
Paulo, em suas exortações e conselhos a Timóteo, diz: “Mas os que querem ser
ricos caem em tentação e em laço, em muitas concupiscências loucas e nocivas,
que submergem os homens na perdição e ruína. Mas tu, ó homem de Deus, foge
destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a
mansidão” (1Tm 6.9,11).
4.5.4.2.Egoísmo
O egoísmo é uma das doenças ligadas ao ego. É uma inclinação humana que se
tem feito sentir em todas as coisas e que domina o palco das atividades hodiernas.
4.5.4.3. Falsidade
Não creias que todos quantos te rodeiam e te abraçam sejam amigos leais como se
aparentam. Absalão parecia ser um bom filho pela aparência do seu rosto, mas traiu
seu pai e pagou caro tributo por esse ato de falsidade (2Sm 15-18).
Não te assentes, pastor, à mesa com o homem falso, porque, se ele “maquina o mal
na sua cama” (Si 36.4) e “maquina o mal contra o justo” (SI 37.12), facilmente
“encherá o teu prato com hortaliça, a sobremesa com doces, encherá a tua boca
com saliva de elogios, mas, quando chegares em casa, as tuas orelhas estarão
quentes", porque a língua falsa é forte e rápida como o deslizar de uma cachoeira
para derramar ódio contra o próximo, difamando-o ocultamente.
4.5.4.4. Imoralidade
O seu “modus vivendi” irá definir o sucesso de seu ministério, e assim como Cristo a
si mesmo se entregou pela Igreja (Ef 5.25), o despenseiro deverá achar-se fiei ao
Senhor e à sua companheira, e com ela conviver em harmonia, providenciando o
seu bem-estar e dignificando-a. A promessa de Deus ao homem que teme ao
Senhor é ser abençoado (Sl 128), pois “comerá do trabalho de suas mãos, feliz será
e lhe irá bem”.
Mas como os demais crentes, o pastor precisa lembrar-se de que tem suas próprias
tentações e não estará livre delas a não ser quando passar para a eternidade salvo.
4.5.4.5. Inveja
“O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão dos ossos” (Pv
14.30).
Em uma alegoria, Edmundo Spencer pinta a figura montada num lobo, na procissão
dos pecados. Masca um sapo do qual escorrem venenosos líquidos pela face
abaixo. Usa desbotado manto cheio de olhos. Enrosca-se-lhe ao peito uma
serpente.
O ministro que deixa aninhar-se no coração a inveja, o ciúme, o ódio, está cavando a
própria sepultura. O sucesso ministerial do colega pode levá-lo ao profundo da
inveja, e está às acirradas críticas destrutivas por sua própria incapacidade de se
igualar ao irmão.
Outros há que ocupam seu ministério em rebuscar pormenores, por inveja, na vida
de colegas com o fim de derrubá-los de seus postos, ou para ocupar o lugar de
algum ou dar a um terceiro de sua proteção.
A inveja é a mãe do diabo, e ninguém está livre de ser ferido por suas terríveis
garras. “A diferença entre ciúme e inveja é que o primeiro nos faz ter medo de perder
aquilo que possuímos, enquanto que a inveja nos provoca tristeza pelo fato de os
outros possuírem aquilo que não temos”.
4.5.4.6. Orgulho
O orgulho pode se manifestar na vida do obreiro de várias formas, e, por ser “uma
condenável exaltação do ego, o qual se delicia com o pensamento de ser superior a
todos os seus semelhantes”, torna-se “abominação ao Senhor” (Pv 16.5).
a) O espiritual;
b) o intelectual;
c) o material;
d) o social;
Infeliz é o homem chamado por Deus, vocacionado, à frente de um rebanho, e que
se entrega ao:
Foi por esse pecado que Lúcifer recebeu a sentença de Deus: “E, contudo levado
serás ao inferno, ao mais profundo abismo” (Is 14.15), e “Todos os que te conhecem
entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais
serás para sempre” (Ez 28.19).
Nós, como este que se tornou o “Diabo”, quando começamos a nos sentir auto-
suficientes, é hora de acordarmos e nos lembrarmos de que o terreno que estamos
pisando é movediço, e poderá nos tragar.
A sua ambição não lhe levou a ocupar a posição almejada, antes caiu na profundeza
do mundo subterrâneo, foi envergonhado e desonrado em sua morte. E muitos têm
entrado por esse mesmo caminho.
4.5.7. Orgulho intelectual
“Ser sábio aos próprios olhos" (Rm 12.16) é a qualidade de orgulho que se
manifesta em forma de arrogância perante as pessoas menos iletradas e dos
oprimidos. Não foi assim com Jesus Cristo, “que, sendo em forma de Deus. não teve
por usurpação ser igual a Deus” (Fp 2.6). Que sentimento! Antes, “aniquilou-se a si
mesmo, tomando e forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (v.7)
Aquele que estava com o Arquiteto do universo, quando este era projetado (Pv 8.22-
31), não se jactava de seus feitos na presença dos oprimidos (Mt 8.4), porque a
soberba é inimiga do Evangelho. Sua confiança estava em Deus (Jo 11.41).
O sábio intelectual estriba-se no seu próprio entendimento (Pv 3.5b), e o pastor que
é “sábio aos seus próprios olhos” esquece-se de que sua capacidade de
entendimento e saber vêm de Deus (1Rs 3.12; Tg 1,5).
Mas o perigo não está em ser rico neste mundo: Abraão, Jó, Salomão e muitos
outros o foram, mas em colocar o coração na riqueza (Mt 6.21; Lc 12.20).
O verdadeiro sentimento de ser rico é “possuindo tudo, como nada tendo”, “como
pobres, mas enriquecendo a muitos” (2Co 6.10), porque “na soberba trazida por
bens materiais, entroniza-se o ego em vez de Deus. As coisas secundárias são
exaltadas a um lugar de primeira importância, e a vida se desequilibra. Então,
concentra-se naquilo que tem e não naquilo que é, aos olhos de Deus”.
4.5.9. Preguiça
A recomendação do apóstolo Paulo ao jovem Timóteo foi para que ele procurasse
apresentar-se a Deus como “obreiro aprovado” (2Tm 2.15) e aos romanos, que
apresentassem seus corpos “em sacrifício vivo” (Rm 12.1), pois a felicidade do
ministério, em grande parte, é determinada pelo que o pastor faz com o seu corpo e
o seu intelecto.
b) “em verdade vos digo que vos não conheço” (Mt 25.12), foi a sentença para
as cinco virgens loucas que não levaram azeite consigo, descuidaram de se
preparar para esperar o noivo;
O sábio Salomão disse que “as palavras dos sábios são como aguilhões, e como
pregos bem fixados pelos mestres das congregações, que nos foram dados pelo
único Pastor” (Ec 12.12). Ele considerava a sabedoria acima de qualquer outra
coisa, como "pregos bem fixados”.
O pastor que tem o seu diploma do seminário certamente está mais bem preparado
para continuar os seus estudos bíblicos e teológicos. Se pensar que não precisa
estudar mais, vai-se esquecendo muito do que já aprendeu, perdendo
gradativamente uma parte do cabedal de sua cultura, enquanto o pastor que não
teve a vantagem de todos estes cursos vai comprando bons livros e estudando
assiduamente, tornando-se finalmente mais eficiente no ministério do que o colega
diplomado.”
4.6.1. Remindo o Tempo
Sendo, então, viva e eficaz, a Palavra de Deus (Hb 4.12) é nova cada manhã (Lm
3.23). Ela só poderia tornar-se velha se as “experiências espirituais e as
necessidades do gênero humano mudassem tanto, que não mais se encontrassem
refletidas no Livro Sagrado, e nem fossem satisfeitas pelo Evangelho. E esse dia
está a muitas milhas de distância” (H. E. Fosdick).
Se a Bíblia é a nossa ferramenta; se for ela que deve ser bem manejada (2Tm
2.15b; 4.2); devem-se conhecer o tempo (Rm 13.11) e se os nossos tempos estão
nas mãos de Deus (SI 31.15), sentiremos, certamente, a urgência da hora e do
planejamento de nossa vida.
4.6.2. A Biblioteca
É muito natural àquele que se dedica ao ministério ser amante de livros. Aquele que
soube, desde a sua chamada, formar uma. biblioteca, hoje, como a quem cabe a
responsabilidade de dar substância sólida ao rebanho do Senhor, estará em
vantagem infinitamente maior ao que negligenciou, ou voluntariamente ou por falta
de condições, a formação de material de estudo.
No Antigo Testamento, o cuidar das ovelhas era considerado uma ocupação muito
servil, e, hoje, ser pastor é o ofício do ministério cristão mais conhecido entre nós. O
pastor é o guardador de ovelhas, é o apascentador, o guia, o protetor (Is 40.11).
Quando Jesus, o Sumo Pastor, disse a Pedro: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo
21.17), estava querendo lhe dizer que o Seu rebanho deveria ser doutrinado e
levado ao bom caminho através de um bom “pasto”, isto é, encontrar a erva
verdejante e a água nos tempos de seca.
Em seu ofício pastoral, muitas são as atribuições do pastor, especialmente a de lidar
com almas e, dentre elas, tem que se apresentar como um homem que governa bem
a Igreja de Deus. Aqueles que guardavam o rebanho nos campos, como Amós
(cuidava de gado quando Deus o chamou, Am 7.14,15); como Moisés (era pastor de
ovelhas, Êx 3.1); como Davi (bem jovem, cuidava das ovelhas de seu pai, 1Sm
16.11-13) aprenderam grandes lições de sua vida diária, que lhes serviram para o
desempenho de seus ministérios, quer seja de profeta, rei ou líder.
4.7.1. No Púlpito
No passado, quando Deus queria falar ao povo, usava os profetas em algum lugar, e
nem sempre isso era feito dentro do templo. Não havia um púlpito, pois o serviço da
Palavra não era incluído no culto oficial.
Mais tarde, com a Reforma Protestante, encontramos o culto “visivo” ser substituído
pelo “auditivo”, com o desaparecimento dos altares, dando lugar ao púlpito de
sentido atual, no lugar central, onde o pastor cumpre o seu dever com dedicação e
esforço.
É interessante notar que Jesus não teve um púlpito para pregar suas mensagens de
ensino, exortação e salvação. No seu primeiro sermão, na sinagoga de Nazaré,
“segundo o seu costume, levantou-se para ler” (Lc 4.16), e “... assentou-se”, depois
de cerrar o livro (v. 20). Não há menção da existência de um púlpito. O que se lê a
respeito de suas andanças é que usava um barco, assentado; aproveitava o cume
de um monte ou certos pontos estratégicos para atingir o público com sua
mensagem. Seu último púlpito aqui na terra foi a cruz do Calvário.
Mas o certo é que o púlpito não faz o bom pastor, por mais artisticamente
ornamentado que seja. Nem tampouco os majestosos paramentos clássicos ou
mesmo sua arte de retórica. “Há púlpitos que consistem, nada mais, nada menos,
em uma vulgar mesinha de tábuas de pinho, dentro de um pequeno templo,
modesto, oculto numa rua lateral da cidade, onde o pastor em seu traje comum está
pregando com toda a simplicidade e sinceridade, mas com a autoridade divina, o
evangelho da salvação para a remissão dos pecadores, e assim contribuindo para a
edificação do reino de Deus e expansão de sua glória”.
Cada vez que o ministro sobe ao púlpito, os olhares que se lhe voltam passam em
revista, não só as suas palavras, mas a sua voz, e sua expressão, a sua
movimentação, não ficando indiferente todo o seu modo de vestir.
Sendo o pregador o próprio sermão, ele pode tornar ineficiente a mensagem nele
contida, se não observar algumas regras e atitudes próprias que a ética nos ensina
na conduta do mensageiro no púlpito, como:
d) falar de olhos fechados ou arregalados, bem como olhar de modo fixo para
cima ou para o piso como se tivesse perdido algo, e com medo de encarar o
auditório. O certo é que os olhos devem acompanhar o que se fala, pois às
vezes falam mais claro que as palavras, e ajudam o pregador a sentir o efeito
da mensagem;
A primeira coisa a ser feita, ao se iniciar o culto a Deus, é uma breve oração, numa
demonstração de que a direção deve ser do Senhor sobre as vidas daqueles que
compareceram à igreja. O cântico de hinos congregacionais antecede a leitura da
Palavra de Deus. Devem ser selecionados e nunca de improvisação, não sendo
aconselhável pedir-se à congregação que escolha os hinos.
Alguns pastores, quando não há convidados para pregar, costumam fazer dessa
leitura inicial da Palavra de Deus o texto de sua mensagem, isto variando de igreja
para igreja.
A Bíblia de púlpito não deveria ser desprezada nesse ato inicial, pois ela “é mais
dona do púlpito do que o próprio pastor; porém há aqueles que já se acostumaram
com as anotações e o manuseio constante de sua Bíblia, que se tornam
inseparáveis dela”. A leitura bíblica deve ser bem inspirada, baseando-se
principalmente nos Salmos ou nos Evangelhos.
A mocidade compõe-se de uma faixa de idade no seio da igreja que deve merecer a
atenção pastoral. Os jovens na igreja local não é nenhum corpo estranho, nem uma
sociedade separada da vida da casa do Senhor.
A mocidade é a igreja viva, expressa no corpo de Cristo. O corpo é um, mas tem
muitos membros. Cada membro tem a sua função distinta no corpo, e nem por isso
se separa do corpo. É, portanto, perfeitamente concebível um trabalho de jovens no
seio da igreja, desde que devidamente orientado pelo pastor. Não há nenhuma
justificativa teológica que condene uma organização de mocidade, mas esta
organização terá que obedecer aos princípios administrativos da igreja, sob a
liderança do pastor.
A mocidade é uma força vital, e a Bíblia confirma esse fato nas palavras do apóstolo
João: “Jovens, sois fortes” (1Jo 2.14). Essa força vital deve ser aproveitada e
canalizada para o crescimento da igreja na obra da evangelização. Lembremo-nos
de que, na guerra, são os jovens que vão para o “front” e se expõem aos perigos. Os
mais velhos ficam na retaguarda dirigindo, orientando e treinando os mais jovens.
A experiência nos adverte que não basta ao pastor ser um excelente pregador ou
ensinador da Palavra, mas que seja apto para administrar o rebanho do Senhor,
porque aquele que não sabe conduzir convenientemente o seu próprio lar (1Tm
3.4,5), por conseguinte não terá sucesso à frente da família espiritual da igreja.
10) ser um bom ouvinte, aceitando de bom grado as sugestões para melhorias,
avaliando honestamente cada sugestão;
O líder cristão é aquele que aceita suas responsabilidades, mesmo que signifique
um fardo demasiadamente pesado, mas está disposto a servir à causa, sabendo que
sua autoconfiança se origina de uma fé profunda em Deus, que o chamou para
cumprir seu desígnio em sua igreja aqui na terra.
b) Sendo a Igreja de Jesus Cristo, Ele exerce, como cabeça, o governo através
de homens que Ele mesmo capacita e que são reconhecidos pela igreja como
líderes espirituais e cheios do Espírito Santo (At 20.28; 1Pe 5.1-4);
O termo liderança tornou-se tão desgastado e confuso que vem sendo usado como
qualquer tipo de influência de um indivíduo sobre outro, podendo ir desde a
persuasão lógica até a mais brutal dominação física.
Não tem cabimento, então, falar-se de líder “nato” ou “qualidade de líder”, uma vez
que tão-somente a circunstância dirá que membro de grupo, naquela ocasião, é o
mais indicado para assumir a liderança. Estilo, assim, vem a ser o “somatório do tipo
de ação desenvolvida pelo líder no cumprimento de sua liderança, e a maneira como
o percebem os que ele procura liderar, ou os que podem estar observando de fora”.
4.9.4.1. Autocrático
4.9.4.2. Burocrático
Esse estilo pressupõe que qualquer dificuldade pode ser afastada quando todos
acatam os regulamentos, e o líder é uma espécie de negociador entre as partes e a
tomada de decisão resulta de um critério parlamentar.
4.9.4.3. Democrático
4.9.4.4. Laissez-faire
Nesse estilo, o líder é cordial e amável. É muito adotado nas igrejas e, por isso
mesmo, produz indivíduos imaturos depois de certo tempo porque desenvolve o
crescimento apenas dos líderes e não dos elementos do grupo.
4.9.4.6. Participativo
Se o líder não tem confiança em si mesmo, ninguém mais lho dedicará confiança. “A
confiança tem de permear o grupo e tem de partir primeiro dos líderes. Em todas as
fases tem que haver uma segurança bem sólida, uma convicção de competência
baseada na preparação e numa acumulação gradual de experiência e talento”.E se
o líder não se sente pessoalmente capaz de superar um trabalho superior ao seu,
não conseguirá convencer os outros de sua habilidade.
b) mesmo que não esteja de acordo com o que ouve, mostre-se simpático com a
pessoa ouvida;
h) porque o nosso falar deve ser sim, sim; não, não, devemos cumprir com a
nossa palavra na solução de um problema de um membro da igreja.
Toda liderança tem o seu preço, pois quanto maior for a conquista, maior será o
preço a pagar.
Vejamos alguns aspectos considerados de custo elevado para os que ostentam uma
liderança, especialmente os que se dispõem ao exercício do ministério:
Em qualquer organização, inclusive nos grupos cristãos, quando uma pessoa recebe
autoridade, é colocada numa posição legítima para exercer controle e eficiência.
Para muitas pessoas, entretanto, isso é uma exaltação do ego e leva à autocracia.
4.9.7.2. Crítica
Se alguém não pode suportar a crítica, ainda está emocionalmente imaturo. Esse
defeito virá à tona mais cedo ou mais tarde, e impedirá o progresso do líder e do
grupo em direção ao alvo comum.
4.9.7.4. Fadiga
4.9.7.5. Identificação
Deve permanecer à frente do grupo e, ao mesmo tempo, caminhar com o povo que
lidera. A linha divisória e tênue. Deve haver alguma distância entre o líder e seus
seguidores. Isso significa que ele deve desejar ser humano, aberto e honesto, e não
ser visto como um autômato, com receio de que o seu verdadeiro ego apareça.
4.9.7.7. Rejeição
É preciso ter uma forte personalidade para o líder ser capaz de enfrentar a rejeição.
Sempre há forte possibilidade de alguém ser caluniado por sua fé. Também às
vezes o pastor precisa ser capaz de resistir ao louvor. As pessoas normais e
ajustadas querem ser amadas. Pode tornar-se um caminho difícil para palmilhar se o
pastor sente a indiferença dos membros de sua igreja ou a falta de afeição. Muitas
pessoas rejeitadas só têm o reconhecimento de sua força depois que tenham
deixado o cargo ou morrido (Lc 4.16-29).
4.9.7.8. Solidão
O pastor deve ser capaz de aceitar amizades, mas deve ser suficientemente
amadurecido e ter bastante força interior para estar só, mesmo em face a grande
oposição (Mt 27.46).
Muitos estão tão ocupados (Lc 10.41) que não têm tempo para pensar. Um tempo
deve ser dedicado à meditação e ao pensamento criativo.
O líder cristão muitas vezes tem problemas nessa questão, porque são naturalmente
relutantes em ferir as pessoas.
Todos os líderes devem estar bem dispostos a pagar este preço para o bem da
igreja; mesmo frente ao procedimento de disciplina do membro.
Há preço a ser pago no uso de nosso tempo, porque parece que nós, seres
humanos, nascemos com preguiça congênita. Administrar o nosso tempo significa
administrarmo-nos a nós mesmos. Deve incluir um tempo para estar a sós com
Deus, para orar, estudar a Palavra de Deus, examinar-se a si mesmo, tomar
decisões e reanimar-se.