Elaboração e Monitoramento Do PDTIC-1
Elaboração e Monitoramento Do PDTIC-1
Elaboração e Monitoramento Do PDTIC-1
Monitoramento
do PDTIC
Conteudista/s
Marcelo Pereira da Conceição (conteudista, 2022).
Enap, 2022
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Sumário
Módulo 1: Entendendo o Planejamento ................................................................ 6
Unidade 1: Aspectos Conceituais Sobre o PDTIC .................................................. 6
1.1 Fundamentos Legais .................................................................................................... 7
1.2 Níveis de Planejamento ............................................................................................... 9
1.3 Planejamento na Administração Pública Federal .................................................. 11
Referências ........................................................................................................................ 14
Bons estudos!
1 Entendendo o Planejamento
Para iniciar o estudo deste curso, neste primeiro módulo você conhecerá conceitos
importantes para a compreensão do correto planejamento do PDTIC. Para isso,
verá como são estruturadas e trabalhadas cada fase e elementos que compõem a
sigla PDTIC. Sendo assim, na estrutura dos módulos, serão apresentados aspectos
conceituais sobre o PDTIC, como: fundamentos legais, níveis de planejamento e
aplicação do planejamento na Administração Pública Federal. Você compreenderá
a interação desses elementos com os demais componentes de um plano diretor de
Tecnologia da Informação e Comunicação, num processo em que o objetivo é atingir
a operacionalização de cada um destes conceitos.
Planejamento.
Fonte: Freepik. (2022)
A partir de 2008 o PDTIC deixou de ser uma mera recomendação para se tornar
obrigatório após a publicação da Instrução Normativa SLTI/MPOG nº 04/2008, pelo
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPGO), e posterior atualização
pela IN SLTI/MP nº 04/2010.
1) o Decreto
Em adição nº 7.579 marcos
a estes grandes de 11 de novembro
legais de decretos
há outros 2011 (BRASIL, 2011), normativas
e instruções que
têm o amparam
que também papel de regular o SISPos(Sistema
legalmente PDTICs:de Administração de Recursos
de Tecnologia da Informação);
1) o Decreto nº 7.579 de 11 de novembro de 2011 (BRASIL, 2011), que têm
2) o Decreto
papel denºregular
10.332,ode 28(Sistema
SISP de abril de
de2020 (BRASIL, 2020),
Administração que define
de Recursos de
a estratégiada
Tecnologia deInformação);
governo digital;
3) o
2) a Instrução
Decreto nºNormativa nº28
10.332, de 01/2019 SGD/ME
de abril (BRASIL,
de 2020 2019b),
(BRASIL, 2020),instrumento
que define
legal
a de indução
estratégia da gestão
de governo de TIC na Administração Pública Federal;
digital;
ainda a eficiência como um dos princípios da Administração Pública,
não
3) a sendo Normativa
Instrução possível sernºeficiente sem planejamento;
01/2019 SGD/ME (BRASIL, 2019b), instrumento
legal de indução da gestão de TIC na Administração Pública Federal;
ainda a eficiência como um dos princípios da Administração Pública,
Adicionalmente
não sendo aos quesitos
possível serlegais, umsem
eficiente PDTIC deve observar também:
planejamento;
Vale ressaltar que, apesar de não ter um fundamento legal dentro da estrutura
regulatória existente, relatórios de execução do PDTIC anterior, caso existam, devem
possuir o mesmo peso que um fundamento legal. Isso porque seu conteúdo contém o
histórico de execução das ações previstas, a capacidade estimada de execução dessas
ações, além do registro de possíveis fatores que dificultaram a execução e que as
metas fossem alcançadas, acompanhados de apontamentos sobre lições aprendidas.
• um princípio Constitucional;
• a exigência de controle;
Planejamento estratégico:
Planejamento tático:
Está ligado ao nível tático, traduzindo os objetivos gerais e as estratégias da alta administração
em objetivos e atividades mais específicas. O principal desafio neste nível é promover um
contato eficiente e eficaz entre o nível estratégico e o nível operacional. Para isso trabalha
com a decomposição dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidas no planejamento
estratégico. Vale ressaltar que o planejamento tático corresponde, na hierarquia dos níveis da
administração, ao nível de média administração ou gerência, e visa implementar tarefas, além
de coordenar e mitigar conflitos dentro deste nível hierárquico.
Planejamento operacional:
Nível
Estratégico
(Presidente, Sócios,
Diretores)
Nível Tático
(Gerentes, Coordenadores, Encarregados)
Nível Operacional
(Analistas, Assistentes, Auxiliares etc.)
O artigo 165 da Constituição Federal de 1988, no seu parágrafo 1º, determina que
leis de iniciativa do poder executivo, estabelecerão o plano plurianual, as diretrizes
orçamentárias e os orçamentos anuais:
Então, o orçamento público pode ser visto como um plano de governo para
guiar as ações do Poder Público a curto e médio prazo. Ao longo do processo de
execução física e financeira se opera a integração entre o plano e o orçamento.
Orçamento.
Fonte: Freepik (2022).
Contudo, para que isto ocorra de fato e não apenas no papel, o PPA precisa ser
formulado, executado, acompanhado e avaliado segundo rígidos critérios que
lhe garantam credibilidade, universalidade e vitalidade. Portanto, a estratégia
definida pelo governo por meio do PPA deve ser traduzida nas demais estratégias
da organização, assim como, em um fluxo ideal, o PDTIC também deve subsidiar a
composição da proposta orçamentária de TIC.
Você chegou ao fim desta unidade. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o conteúdo e
se aprofunde nos temas propostos.
Até a próxima!
Ao final desta unidade você será capaz de listar objetivos, benefícios e desafios da gestão
da elaboração de um PDTIC para o órgão e para o próprio setor público.
Vale ressaltar que apesar de todo o ganho de importância da TIC nas organizações,
sejam elas públicas ou não, o foco principal da TIC sempre será a efetiva utilização
da informação como suporte às práticas e aos objetivos organizacionais. Ou seja,
ser apoio, e não o foco da organização.
Nesse contexto, na busca por uma administração pública que prima pela melhor
gestão dos recursos e pela maior qualidade na prestação de serviços aos cidadãos,
torna-se essencial a realização de um planejamento de TIC que viabilize e potencialize
a melhoria contínua da performance da organização.
Alinhamento de estratégias.
Fonte: Freepik (2022).
Os fatores críticos são as condições que devem ser alcançadas para que o órgão
funcione plenamente, em seu máximo desempenho. Assim, ao elaborar o PDTIC, é
importante saber quais são esses fatores críticos e quais ações dentro do setor de
TIC devem ser feitas para ajudar a atender esses requisitos.
Para que isto ocorra, alguns fatores críticos devem ser levados em conta.
Para se aprofundar neste ponto, ouça o podcast “Funções corretas para pessoas
corretas”, no qual serão abordados os principais cuidados que as pessoas responsáveis
pela escolha dos membros responsáveis pela elaboração do PDTIC precisam tomar.
Análise de desempenho.
Fonte: Freepik (2022).
PDCA é uma sigla em inglês para a metodologia Plan (planeje), Do (execute), Check
(verifique), Act (aja). O PDCA é uma ferramenta de gestão baseada na repetição. De
maneira macro, o ciclo controla e melhora processos de forma contínua, ou seja,
deve fazer parte da rotina da empresa que busca aperfeiçoamentos contínuos.
A ferramenta é aplicada em qualquer ramo ou área de atividade para garantir o
alcance das metas e resultados traçados de uma organização.
P = Plan (planejar)
O ciclo tem início pela etapa de planejamento. Nela é necessário definir
objetivos de cada processo dentro da empresa, como identificação dos
problemas, metas e plano de ação. Nesta fase o detalhamento é muito
importante para um resultado mais eficaz.
D = Do (fazer)
Esse é o momento em que se precisa colocar em prática o planejamento
exatamente como foi detalhado. Se houver qualquer mudança, é preciso
reavaliar e reorganizar o ciclo para o bom andamento.
C = Check (checar)
É a implantação dos processos através das próprias ferramentas. Nesse
momento é necessário avaliar o que foi feito durante a execução e identificar
o que foi realizado dentre aquilo que foi planejado.
A = Act (agir)
A última fase do ciclo tem relação com a ação. É a realização das ações
corretivas das falhas que foram encontradas durante os processos. Em
seguida, reinicia-se o ciclo, dando continuidade na melhoria contínua.
AN
CK
E
DO
CH
Processo PDCA.
Fonte: Junior (2019). Elaboração: CEPED/UFSC (2022).
A matriz SWOT, também conhecida como matriz FOFA, é uma ferramenta gerencial
que examina o ambiente interno e externo de uma organização, buscando encontrar
oportunidades de melhoria e otimização do desempenho.
Por ser uma ferramenta simples e prática, ela pode ser usada em empresas de
qualquer porte ou segmento de mercado. O nome SWOT provém de quatro palavras
que começam com as letras da sigla:
Strengths ou forças:
São considerados os pontos positivos da organização, as vantagens que ela
tem em relação às outras instituições e que podem ser controladas e não
dependem de fatores externos. Isso pode ser identificado, principalmente,
na análise dos diferenciais oferecidos ao mercado, seja pela qualidade do
atendimento, pelo desempenho do marketing, das finanças, da produção
ou da organização como um todo.
Opportunities ou oportunidades:
São os elementos externos à organização que podem influenciar positivamente
a sua empresa e que não podem ser controlados por ela (ao contrário das
forças e das fraquezas). Logo, as oportunidades são chances que a organização
tem para se desenvolver, crescer e alcançar melhores resultados.
Threats ou ameaças:
Entende-se por ameaça todas as forças externas (que a empresa não pode
controlar) que podem repercutir negativamente na organização e reduzir
seu desempenho. Como a organização não tem poder sobre essas ameaças,
não tem como combatê-las, mas pode se preparar para enfrentá-las.
Sendo assim, segundo Oliveira (2013), pode-se chegar a quatro diferentes tipos
de estratégias. A primeira delas seria através da identificação dos elementos
que se traduzem em forças para uma organização, aliados a elementos externos
que se traduzem em oportunidades, que a auxiliam na criação de estratégias de
desenvolvimento. Já o segundo tipo de estratégia, obtida através da identificação
dos elementos que se traduzem em forças para uma organização, aliados a elementos
externos que se traduzam em ameaças, são as estratégias de manutenção, uma
vez que seu objetivo seria a redução das ameaças frente às forças da organização.
Para se aprofundar neste assunto, ouça o podcast SWOT eficaz, no qual serão
abordadas questões sobre como construir uma matriz SWOT eficaz.
Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos.
Até a próxima!
BRASIL. Ministério da Economia. Guia de PDTIC do SISP v2.0. 2020. Disponível em:
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/sisp/documentos/guia-de-pdtic-do-sisp-v2.0
Acesso em: 10 nov. 2021.
HABERGER, A. Swatting SWOT Stategy (Strategic Planning Society). [s.l.]: [s.n.], 2000.
Ao final desta unidade você será capaz de reconhecer o ciclo de vida do PDTIC.
Macroprocessos de PDTIC.
Fonte: Freepik (2022).
Para cada processo são apresentadas as atividades que o integram. Cada atividade
indica o objetivo de sua execução, as tarefas que a compõem, o responsável
3.1 Elaboração
Elaboração de processos.
Fonte: Freepik (2022).
Preparação
A preparação representa o início do processo de elaboração do PDTIC. O
processo se inicia com o Comitê de Governança Digital definindo a abrangência
e o período de vigência desse PDTIC e indicando sua equipe de elaboração. Essa
indicação é formalizada por meio de um instrumento que confere as atribuições
aos membros como, por exemplo uma Portaria de Designação (a instituição do
Comitê de Governança Digital consta do decreto 10.332/2020 da Estratégia de
Governo Digital (EGD) e seu papel também é descrito na Portaria nº 778, de 4 de
abril de 2019) (BRASIL, 2020a; 2019).
Diagnóstico
Este subprocesso se caracteriza por buscar compreender a situação atual da TIC na
organização para, em consonância com esse quadro, identificar as necessidades
(problemas ou oportunidades) que se espera resolver.
Serviço.
Fonte: Freepik (2022).
É importante observar que este subprocesso exige grande interação com as outras
áreas da organização, uma vez que realiza extensa coleta de dados e análise de
documentos. Um dos principais artefatos produzidos neste subprocesso, e muito
importante para todo o processo de elaboração do PDTIC, é o Inventário de
Necessidades. Esse inventário é consolidado ao final do subprocesso, a partir do
levantamento de necessidades provenientes, basicamente, de todas as atividades
que compõem a fase de diagnóstico.
Planejamento
Este subprocesso é caracterizado por planejar o atendimento das necessidades,
estabelecendo os planos e as ações adequados para o alcance dos objetivos
esperados. Para isso, esse subprocesso contempla atividades relacionadas à
priorização das necessidades e planejamento de metas e ações, abrangendo
aspectos de pessoal, orçamento e riscos.
• publicar o PDTIC.
3.2 Acompanhamento
Execução
Este subprocesso é caracterizado por conter a execução de atividades de
acompanhamento do PDTIC.
Avaliação
Este subprocesso é caracterizado por conter atividades necessárias para
realizar a avaliação intermediária e final do PDTIC. Compreende as atividades
de consolidação de resultados e indicadores; análise dos resultados;
elaboração de relatórios; e aprovação do relatório de resultados do PDTIC.
Que bom que você chegou até aqui. Chegou a hora de você testar seus conhecimentos.
Então, acesse o exercício avaliativo que está disponível no ambiente virtual.
Bons Estudos!
BRASIL. Ministério da Economia. Guia de PDTIC do SISP v2.0. 2020b. Disponível em:
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/sisp/documentos/guia-de-pdtic-do-sisp-v2.0.
Acesso em: 10 nov. 2021.
2 Papéis e Responsabilidades
Neste módulo serão abordados conceitos importantes para a elaboração de um
PDTIC de forma eficiente e eficaz. Para isso, será mostrado como os atores envolvidos
nos processos devem ser corretamente escolhidos, baseado em suas competências
e habilidades, e também serão demonstrados quais atores são fundamentais para a
correta elaboração de um PDTIC.
Objetivo de aprendizagem
Pessoas certas.
Fonte: Freepik (2022).
No dia a dia profissional você provavelmente já deve ter ouvido falar sobre
competências e habilidades. Embora as duas palavras apareçam juntas com
frequência, até mesmo como sinônimos, elas têm significados e aplicações diferentes.
Contudo uma coisa é certa: ambas são essenciais em sua vida profissional, incluindo
para a elaboração do seu PDTIC.
Neste conteúdo, serão explicados ambos os conceitos de maneira clara para que
você possa montar uma equipe mais eficaz.
Dentro deste contexto você tem que ter em mente que todos os membros que não
estejam vinculados à área de TIC são considerados externos. Mas quem são eles?
Existem membros que, por força de leis e decretos, são obrigatórios, e outros,
que pela característica de cada organização podem, muitas vezes, ser até mais
importantes que os membros obrigatórios.
Conhecimento organizacional
Conhecimento organizacional é o tipo de ativo de qualquer instituição para
o qual nenhum valor pode ser nomeado. Quando os indivíduos agrupam
seu conhecimento dentro de uma organização, esse conhecimento pode
dar vantagens em relação a outras no mesmo segmento de mercado, e isso
é diferencial competitivo. Esta capacidade de ser consciente de detalhes
técnicos-organizacionais, apresentados de forma tácita ou explícita,
ajudam a entender melhor a organização.
Tomada de decisões
A tomada de decisão consiste no processo decisório da escolha dentre
as alternativas possíveis, ou seja, dentre opções pré-existentes. No caso
da tomada de decisões nas organizações, sejam elas públicas ou não,
suas consequências podem afetar direta ou indiretamente todos os
colaboradores, gerando riscos ou oportunidades. Logo, ser capaz de tomar
decisões com base no raciocínio e na experiência ajudará você a não se
precipitar, evitando tomar decisões das quais se arrependerá depois.
Pensamento crítico
O pensamento crítico é a habilidade de pensar com clareza e racionalidade,
de maneira reflexiva e independente, e compreender a conexão lógica entre
várias ideias. Isso requer capacidade de raciocinar e de aprender ativamente,
em contraste a ser apenas um receptor passivo de informações. Pessoas
que pensam criticamente questionam ideias, suposições e argumentos,
buscando determinar se representam o quadro completo, e estão sempre
abertas a descobrir se estão erradas ou se há mais a se saber sobre
determinado assunto. Sendo assim, tal habilidade oferece a você uma
forma de encarar as situações de uma perspectiva renovada, de maneira a
poder contribuir com novas ideias e soluções.
Adaptabilidade
A adaptabilidade pode ser definida como a capacidade de se adaptar a
novas situações, circunstâncias ou necessidades. A pessoa que desenvolve
esse tipo de habilidade consegue se estabelecer em um ambiente sem
prejuízos emocionais, mesmo sob condições distintas daquelas às quais
está acostumada. Essa aptidão é muito valorizada no mundo hoje, porque
as mudanças fazem parte de nosso cotidiano pessoal e profissional.
Esta característica, por si só, produz uma significativa melhora nas
relações interpessoais, aumentando assim nosso nível de satisfação
com a vida. De forma resumida, ser adaptável refere-se à capacidade
de lidar com constantes mudanças, tanto positivas, quanto negativas.
Portanto, profissionais que se ajustam a essas situações, mobilizando seu
conhecimento e experiências para aproveitá-las de forma produtiva, são
colaboradores úteis para membros externos à TIC.
Ética
Ética é a área da filosofia dedicada às ações e ao comportamento
humano. O objeto de estudo da ética são os princípios que orientam as
ações humanas e a capacidade de avaliar essas ações. Ética e moral se
diferenciam quanto a questão de a ética ser compreendida de maneira
universal, enquanto a moral está sempre ligada aos fatores sociais e
culturais que influenciam os comportamentos.
O que muitos não compreendem é como a disciplina da Filosofia pode ter relação
com ambientes organizacionais, entretanto a ética profissional é um conjunto
de valores e normas, tanto de comportamento quanto de relacionamento,
adotados no ambiente de trabalho, no exercício de qualquer atividade. Ter
uma conduta ética é saber construir relações de qualidade com colegas, chefes
e subordinados, contribuir para o bom funcionamento das rotinas de trabalho
e para a formação de uma imagem positiva da instituição perante os públicos
de interesse, como acionistas, clientes e a sociedade em geral.
Conhecimento técnico
De uma maneira simplista, conhecimento técnico é a “bagagem” que um
profissional precisa ter para executar suas funções da melhor maneira
possível. É a união entre teoria e prática. De uma forma resumida, pode-
se colocá-lo como a capacidade de ser consciente de detalhes técnicos
da área de TIC, tanto de forma genérica quanto no tocante a detalhes da
organização, de forma tácita ou explícita.
Não possuir conhecimento técnico não significa que você não seja um
bom profissional, mas já pensou que poderia se tornar ainda melhor? O
conhecimento técnico ajuda você a conhecer novas técnicas, tendências e
dicas. Um profissional com conhecimento técnico é um profissional mais
completo para sua equipe.
Visão do negócio
Ter uma visão de futuro significa ter a compreensão de onde você quer
chegar. De alguma forma, certa ou errada, todo gestor tem uma visão de
futuro para sua organização, mas nem sempre a formalizam ou definem
uma estratégia para alcançar seus objetivos.
É necessário compreender que a visão do negócio procura responder
para onde a organização quer ir e o que deseja ser no futuro. Mesmo em
organizações públicas, a mesma deve ser construída com a participação
dos colaboradores. Essa visão deve ser inspiradora, realizável, objetiva e
com prazos perceptíveis a ser executados. Escolher indivíduos dentro da
organização que sejam capazes de opinar sobre o lugar em que está sua
organização e para onde ela irá caminhar ajudam a elaboração de um
PDTIC, pois tais indivíduos serão capazes de prever as consequências das
suas decisões antes que elas virem um problema.
Empatia
Empatia é a capacidade de tentar sentir o que sentiria outra pessoa, caso estivesse
na mesma situação vivenciada por ela. É tentar compreender sentimentos e
emoções, procurando entender o que sente outro indivíduo. Saber se colocar
no lugar dos outros é completamente necessário para poder tomar decisões
adequadas, evitando afetar negativamente as pessoas que te rodeiam.
Capacidade de resolução
A vida está cheia de problemas. Portanto, ser capaz de criar baterias de
propostas para solucioná-los te ajudará em seu desempenho.
Capacidade de trabalhar em equipe
Diariamente é preciso viver e se relacionar com outras pessoas,
principalmente no local de trabalho, portanto possuir essa habilidade te
ajudará a conseguir um trabalho eficiente e satisfatório.
Flexibilidade e adaptação
Todas as áreas da sociedade estão em constante mudanças (tecnologia, ciência
etc.). Portanto, ser capazes de aprender e se adaptar de maneira flexível às
novas mudanças te permitirá enfrentar com confiança os novos desafios.
Ética
Ética é a área da filosofia dedicada às ações e ao comportamento
humano. O objeto de estudo da ética são os princípios que orientam as
ações humanas e a capacidade de avaliar essas ações. Ética e moral se
diferenciam quanto a questão de a ética ser compreendida de maneira
universal, enquanto a moral está sempre ligada aos fatores sociais e
culturais que influenciam os comportamentos.
Agora, para visualizar alguns exemplos de como essas competências internas são
importantes e influenciam no desenvolvimento do trabalho coletivo e individual,
assista à videoaula a seguir.
Você chegou ao fim desta unidade. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o conteúdo e
se aprofunde nos temas propostos.
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade você será capaz de diferenciar os principais atores para a
elaboração de um PDTIC.
Você vai ver, passo a passo, como os atores devem ser escolhidos para a correta
elaboração de um PDTIC.
Autoridade Máxima.
Fonte: Freepik (2022).
A escolha deste membro também possui viés político, não cabendo a troca nem
mesmo pelo próprio membro mais alto da organização, ou seja, sua autoridade
não pode ser delegada.
Esta é a equipe que tem como principal responsabilidade a execução de boa parte
da elaboração do PDTIC, ou seja, é a equipe que realmente põe a mão na massa.
Os membros da equipe são designados pelo Comitê de Governança Digital que
deve indicar servidores tanto das áreas finalísticas quanto da área de TIC. Ou
seja, a equipe de elaboração do PDTIC não deve ser composta exclusivamente
por servidores da área de TIC.
É esta equipe que fica responsável por executar boa parte da elaboração do
PDTIC. Ou seja, é o grupo que realmente efetua as atividades de confecção deste
documento. Recomenda-se que a elaboração do PDTIC seja trabalhada como
um projeto. Portanto, é recomendado que esses membros sejam treinados em
gerenciamento de projetos baseados em planos.
Os membros desta equipe são designados pelo Comitê de Governança Digital, que
deve indicar servidores, tanto das áreas finalísticas, quanto da área de TIC. Ou seja,
reforça-se a orientação de que os profissionais que vão participar da elaboração do
PDTIC não sejam exclusivamente servidores da área de TIC. Outra recomendação é
que a equipe não seja técnica, mas primordialmente de negócios, com conhecimento
multidisciplinar, perfil colaborativo e integrador, domínio da cultura organizacional e
do negócio da sua área. Essa recomendação pode ser identificada por meio da análise
de competências e habilidades que foram apresentadas no decorrer do conteúdo.
Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos.
Até a próxima!
BRASIL. Ministério da Economia. Guia de PDTIC do SISP v2.0. 2020. Disponível em:
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/sisp/documentos/guia-de-pdtic-do-sisp-v2.0.
Acesso em: 10 nov. 2021.
Objetivo de aprendizagem
Processo
é definido como o ato de transformar o que se deseja ter, incluindo desde
transformar uma matéria prima no produto final (exemplo processo
de produção), até transformar informações iniciais em decisões finais
(exemplo processo de compras).
Entradas ou inputs
são os itens iniciais que serão transformados em um processo,
chamados também de insumos. Entrada é tudo aquilo que o processo
recebe de fora, é sobre isso que você irá conhecer agora e é o que será
transformado dentro do processo.
Ferramentas
podem ser consideradas como objetos ou instrumentos (físico ou mental)
usados para melhorar o desempenho na execução de processos mentais
e de negócios, devendo elas serem instrumentalizada para serem bem
utilizadas, gerarem eficiência e se adequarem a sua necessidade.
• a abrangência;
• indicações de equipes;
Logo, você poderá concluir que este subprocesso reúne aspectos decisórios de
caráter superior.
É importante observar que este subprocesso exige grande interação com as outras áreas
da organização, uma vez que realiza extensa coleta de dados e análise de documentos.
• publicar o PDTIC.
Processo de acompanhamento.
Fonte: Freepik (2022).
Subprocesso de planejamento
Envolve identificar o que será objeto de monitoramento e/ou avaliação
durante a execução do PDTIC e como se dará o acompanhamento.
Subprocesso de monitoramento
Do PDTIC tem o foco nos aspectos que ajudem a entender se os processos
das ações estão evoluindo conforme o planejamento realizado.
Avaliação final
É realizada no encerramento do PDTIC. Nesse momento, é avaliado se os
resultados almejados foram efetivamente alcançados.
Que bom que você chegou até aqui! Chegou a hora de testar seus conhecimentos.
Então, acesse o exercício avaliativo que está disponível no ambiente virtual.
Bons estudos!
BRASIL. Ministério da Economia. Guia de PDTIC do SISP v2.0. 2020. Disponível em:
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/sisp/documentos/guia-de-pdtic-do-sisp-v2.0.
Acesso em: 10 nov. 2021.
Objetivo de aprendizagem
Realizar o seu trabalho sem nenhum objetivo pode significar falhas, colocando a
estratégia de um órgão e seus departamentos em cheque. Assim, é fundamental
tomar decisões baseadas em insights analisados de acordo com os objetivos traçados
em conjunto com a análise de cenários anteriores. Neste contexto, a análise de um
PDTIC anterior se torna muito valiosa.
Caso esta não seja a primeira elaboração de um PDTIC do órgão, a análise dos
resultados do PDTIC anterior é, apesar de desconsiderada por muitos, uma etapa
Portanto, esta etapa reúne aspectos decisórios de caráter superior, voltadas à aprovação
de documentos e atividades. Abaixo são apresentadas em detalhes tais atividades.
O objetivo desta atividade é escolher e alocar uma equipe que ficará responsável pela
elaboração do PDTIC, além da elaboração e publicação da portaria que irá designar
essa mesma equipe.
Dentro da esfera federal, o Guia de PDTIC do SISP, pode ser customizado para as
suas necessidades. Dentro da esfera estadual, o Guia de Elaboração de PDTIC do
Estado do Rio de Janeiro encontra-se há bastante tempo consolidado.
Esta etapa pode ser confundida com as estratégias da TIC, mas ela diz respeito
às estratégias que a sua organização possui perante suas atividades fim, não as
atividades meio como a TIC.
A partir daí será possível identificar possíveis demandas relacionadas a TIC, devendo
elas serem especificadas em um inventário de necessidades.
O objetivo desta atividade é criar um plano de trabalho no qual devem estar descritas
as informações essenciais para organizar as atividades a serem desempenhadas
durante o projeto de elaboração do PDTIC.
O objetivo desta atividade é aprovar o plano de trabalho criado pela equipe de elaboração
do PDTIC. Esta aprovação é uma atividade realizada pelo Comitê de Governança Digital.
Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos.
Até a próxima!
BRASIL. Ministério da Economia. Guia de PDTIC do SISP v2.0. 2020. Disponível em:
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/sisp/documentos/guia-de-pdtic-do-sisp-v2.0.
Acesso em: 10 nov. 2021.
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade você será capaz de reconhecer o cenário atual do seu ambiente
de TIC para realizar o diagnóstico.
Os fatores da SWOT.
Fonte: Freepik (2022).
Na verdade, não existem grandes segredos em como fazer uma análise SWOT.
Aliás, ela foi criada em forma de matriz exatamente para facilitar sua elaboração e
análise. Porque, dessa forma intuitiva e que segue certas regras de fácil aplicação,
tudo se torna mais evidente.
Dentro destes conceitos, a análise do ambiente interno é que determina suas forças
e fraquezas, com a análise do ambiente externo possibilitando a definição das
oportunidades e ameaças.
Ambiente interno
Os sistemas são obsoletos, com baixa capacidade para inovação? A equipe é
capacitada? Utiliza tecnologias avançadas? É adaptável a mudanças? Qual a
qualidade dos processos e serviços providos? Qual a satisfação dos usuários
com os serviços prestados?
Ambiente externo
Há restrições regulatórias ou políticas? Há restrições orçamentárias? Há
dispersão geográfica da TIC ou dos clientes? Há ou estão previstas alterações
na legislação que causem impactos? Qual a disponibilidade de fornecedores?
Matriz SWOT.
Fonte: CEPED/UFSC (2022).
Para isto, é preciso primeiro fazer uma análise clara do ambiente, ou seja, pesquisar
profundamente as forças e fraquezas e saber identificar as oportunidades e ameaças.
Para cada cruzamento é importante saber criar objetivos/estratégias:
Dentro desta análise, deve ser levado em conta como a unidade de TIC está inserida
na estrutura da organização, como a unidade de TIC está estruturada internamente,
informando as atividades e funções desenvolvidas, como estão estruturados seus
processos (caso eles existam) e como é realizado o inventário de recursos.
É importante ressaltar que esta análise não se limita a organização existente, mas
também a gaps (recursos cujas vagas estão em vacância e recursos que, devido à
evolução da legislação ou da própria TIC inexistam).
Neste tópico, os recursos a serem analisados não são somente humanos, mas
financeiros, tecnológicos, dentre outros.
Agora, para visualizar alguns exemplos de como essas atividades interagem entre si
na prática, assista à videoaula a seguir.
Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos.
Até a próxima!
BRASIL. Ministério da Economia. Guia de PDTIC do SISP v2.0. 2020. Disponível em:
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/sisp/documentos/guia-de-pdtic-do-sisp-v2.0.
Acesso em: 10 nov. 2021.
HABERGER, A. Swatting SWOT Stategy (Strategic Planning Society). [s.l.]: [s.n.], 2000.
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade você será capaz de identificar os riscos e priorizar as ações para
melhoria do ambiente de TIC.
3.1 Planejamento
MATRIZ GUT
Ao iniciar-se um processo de identificação de necessidades, é quase certo que as
necessidades encontradas sejam bem maiores que a capacidade de sua equipe
em resolvê-las. Logo, no intuito de priorizar as mais importantes e urgentes, se faz
necessária a aplicação de técnicas de priorização. Uma das técnicas mais utilizadas
hoje é a Matriz GUT.
Essa matriz serve para classificar cada problema que os gestores julgam pertinente
por meio de 3 critérios: gravidade, urgência e tendência (probabilidade de piorar em
um determinado prazo).
O segredo para compreender e utilizar a matriz GUT com eficiência está em conhecer
seus 3 critérios de classificação dos problemas.
Gravidade (G)
É o critério que avalia o impacto ou intensidade que o problema pode gerar
se não for solucionado. Os danos podem ser avaliados tanto de forma
quantitativa como qualitativa, dependendo do assunto e do contexto.
Urgência (U)
É o critério que está relacionado ao tempo. Quanto mais rápida determinada
situação precisa ser resolvida, mais urgente ela é. Problemas urgentes
costumam ser aqueles que têm prazos definidos por lei.
Tendência (T)
É o critério que está relacionado à evolução da situação. Em outras palavras,
ela indica se o problema tende a piorar rapidamente ou se deve permanecer
estável caso não seja solucionado.
No fim, sua aplicação dentro do seu PDTIC é bastante simples e intuitiva. Basta
pontuar os problemas existentes e depois multiplicar as pontuações para obter um
ranking. Ao fim, elabore planos de ação para solucionar ou reduzir os problemas.
ANÁLISE DE RISCOS
Já em relação à análise de riscos, assim como na priorização das necessidades, se
faz necessário um melhor entendimento dos riscos para classificá-los e priorizá-los.
Isto é feito a partir de diversas ferramentas. A que será apresentada é a matriz de
probabilidade e impacto.
No caso da gravidade:
• eventos de alta gravidade consomem boa parte dos lucros mensais para
reparar ou substituir algum equipamento, e podem também lesionar ou
incapacitar os colaboradores;
Após ter descrito cada nível de gravidade e probabilidade, a próxima etapa é dar
uma pontuação de probabilidade e gravidade para cada ação que será executada
na empresa para determinar qual é o nível de risco.
Depois de estabelecer estes critérios, uma lista com todos os riscos mapeados
deve ser colocada dentro da matriz de acordo com os critérios de probabilidade e
gravidade (conforme a tabela abaixo).
Por fim, a prioridade da mitigação dos riscos deve obedecer a prioridade definida
nesta matriz, devendo ser tratados primeiramente os de prioridade alta, seguidos
dos de média e finalizando (se necessário) com os de prioridade baixa.
Formada por uma combinação entre letras e números, essa sigla se refere às iniciais
das perguntas que ajudam a solucionar demandas. As letras foram emprestadas do
inglês, conforme demonstração a seguir:
• What? – O quê?
O que será feito? Qual seu objetivo ou projeto? Definir em que consiste o
objetivo é o primeiro passo para traçar as ações necessárias e chegar lá.
Procure especificar ao máximo esse objetivo, pois dessa forma você será
capaz de visualizá-lo como algo possível de ser atingido.
• Where? – Onde?
Em que local (físico ou não) esse projeto será desenvolvido?
• When? – Quando?
Essa pergunta diz respeito aos prazos, ao cronograma para a entrega
das tarefas e à conclusão do projeto. Talvez seja o trecho mais difícil
de responder, em especial no início de um projeto, quando há diversos
fatores incertos, mas mesmo não tendo informações precisas, nunca
deixe de colocar proposições.
• Who? – Quem?
Tão relevante quanto estabelecer um prazo é determinar o responsável
(ou responsáveis) pelo projeto. Cite quem estará à frente, coordenando as
tarefas e, se possível, quem vai executar cada atividade.
• How? – Como?
Se refere aos procedimentos e etapas para a conclusão do projeto. O ideal é
que todos os envolvidos na elaboração auxiliem nesta resposta.
Desse modo, fica fácil verificar o andamento de cada projeto, controlar o tempo,
evitar o desperdício de recursos, delegar e cobrar a execução das ações.
A lista de necessidades que não serão priorizadas não fará parte do inventário de
necessidades do PDTIC, sendo necessário seu armazenamento para reexame no
próximo ciclo de elaboração do PDTIC.
O objetivo desta atividade é a identificação e registro dos possíveis riscos que podem
afetar a execução das metas e das ações planejadas.
Agora, para fixar o processo que auxilia nas atividades do planejamento na prática
de um PDTIC, assista à videoaula a seguir.
Que bom que você chegou até aqui! Chegou a hora de você testar seus
conhecimentos. Então, acesse o exercício avaliativo que está disponível no
ambiente virtual. Bons estudos!
BRASIL. Ministério da Economia. Guia de PDTIC do SISP v2.0. 2020. Disponível em:
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/sisp/documentos/guia-de-pdtic-do-sisp-v2.0.
Acesso em: 10 nov. 2021.
HÉKIS, Hélio Roberto; SILVA, Átilo de Carvalho da; OLIVEIRA, Ilane Mayara Palhares
de; ARAUJO, João Paulo de França. Análise GUT e a gestão da informação para
tomada de decisão em uma empresa de produtos orgânicos do Rio Grande do
Norte. Revista Tecnologia, [S. l.], v. 34, n. 1/2, p. 20–32, 2013. Disponível em: https://
periodicos.unifor.br/tec/article/view/4485. Acesso em: 19 abr. 2022.
4 Processos de Acompanhamento
de um PDTIC
Nesse módulo serão abordados os processos e subprocessos de acompanhamento de
um PDTIC. Para isso, serão detalhados os elementos necessários para compreender
a importância deste processo de acompanhamento, a importância de monitorar um
PDTIC e a importância de avaliá-lo de forma constante.
Objetivo de aprendizagem
Assim sendo, pode-se dizer que os indicadores possuem, essencialmente, duas funções
básicas: a primeira é descrever, por meio da geração de informações, o estado real
dos acontecimentos e o comportamento destes; a segunda é de caráter valorativo,
consistindo em analisar as informações presentes com base nas anteriores, viabilizando
uma comparação e a realização de proposições valorativas, identificando avanços,
melhorias de qualidade, correção de problemas, necessidades de mudança etc.
De forma geral, os indicadores não são simplesmente números, são atribuições de valor
a objetivos, acontecimentos ou situações, de acordo com regras, às quais é possível
aplicar critérios de avaliação, como, por exemplo, eficácia, efetividade e eficiência.
• mensurar os resultados;
Indicadores.
Fonte: Freepik (2022).
• planejar a execução;
• planejar o monitoramento;
• planejar a avaliação;
Para a execução desta atividade, a equipe responsável deverá ter em mãos para
análise o PDTIC atual, o organograma e o regimento interno da Organização e, se
ele existir, o regimento interno do Comitê de Governança Digital.
Como resultado desta atividade será gerado o Plano de Execução, documento este
que compõe o Plano de Acompanhamento do PDTIC.
Para a execução desta atividade, a equipe responsável deverá ter em mãos, para
análise, o PDTIC atual, focando de maneira especial no quesito plano de metas e ações.
Planejar o monitoramento
O objetivo desta atividade é definir como será realizado o monitoramento, tendo
como objetivo a identificação e consolidação dos critérios, objetos e objetivos para
o monitoramento, além da definição de indicadores de monitoramento.
Neste contexto, deve-se levar em conta o que deve ser monitorado, os motivos de
se monitorar (para cada um dos objetos a serem monitorados), seus respectivos
indicadores (contendo valor de referência, período, fórmula de cálculo, fonte que
proverá os dados e informações para compor o indicador e o responsável pela
aferição), além da definição de ações corretivas, caso tais indicadores estejam fora
de seus valores de referência.
Para a execução desta atividade, a equipe responsável deverá ter em mãos para
análise, o PDTIC atual e o plano de execução definido no processo anterior.
Para a execução desta atividade, a equipe responsável deverá ter em mãos para
análise o PDTIC atual, o plano de execução e o plano de monitoramento, documentos
estes definidos nos processos anteriores.
Como resultado desta atividade, será gerado o Plano de Avaliação, documento este
que compõe o Plano de Acompanhamento do PDTIC.
Vale ressaltar que o plano de gestão de riscos do PDTIC foi criado durante a sua
elaboração, mas como ele é um documento vivo deste projeto (sendo talvez
o documento que mais sofra atualizações durante o acompanhamento), suas
atualizações são realizadas pela equipe de acompanhamento, sendo necessária
a aprovação pelo Comitê de Governança Digital, conforme critérios e diretrizes
definidos neste próprio plano.
Para a execução desta atividade, a equipe responsável deverá ter em mãos, para
análise, o Plano de Acompanhamento do PDTIC e o Regimento Interno do Comitê de
Governança Digital, documentos estes definidos nos processos anteriores.
Que bom que você chegou até aqui! Chegou a hora de testar seus conhecimentos.
Bons estudos!
BRASIL. Ministério da Economia. Guia de PDTIC do SISP v2.0. 2020. Disponível em:
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/sisp/documentos/guia-de-pdtic-do-sisp-v2.0.
Acesso em: 10 nov. 2021.
Objetivo de aprendizagem
Irá aprender a verificar o progresso das ações do PDTIC, se estão evoluindo conforme
o planejado, focando principalmente no processo, no esforço ou nas condições
ambientais. Nesta unidade serão apresentados conceitos sobre o monitoramento
da execução do PDTIC e de lições aprendidas.
Dentro deste contexto, também faz parte do escopo desta atividade a execução de
atividades corretivas, caso sejam necessárias e, também deve ser responsável pelo
registro de ocorrências de riscos, caso ocorram.
Para a execução desta atividade, a equipe responsável deverá ter em mãos para
análise o plano de acompanhamento do PDTIC.
Quando se discute acerca das lições aprendidas, trata-se de questões como qualidade
e melhoria contínua. Lições aprendidas são a base para alcançar a perfeição ou o
nível de excelência desejado.
Reunião informal.
Fonte: Freepik (2022).
Caso sua organização não tenha esse excelente hábito, é sugerível adotá-lo,
independentemente de como se faça o registro das lições aprendidas. O importante
é garantir que a organização aprenda com cada projeto.
No podcast você pôde compreender que as lições aprendidas sempre têm como
base a gestão de projetos. Agora, siga com seus estudos.
Assim, essas lições são caracterizadas como uma ferramenta simples e barata para
refletir sobre tudo o que aconteceu em um processo, projeto ou atividade de uma
instituição. Ou seja, uma lição aprendida é um conhecimento adquirido através da
experiência, e que é capturado, registrado, analisado e compartilhado.
Captura
Etapa em que é realizada a documentação da situação ocorrida (registro),
incluindo o contexto ao qual ela ocorreu e as respectivas consequências.
Nesta etapa, também ocorrem avaliações de registros anteriores (caso
exista alguma base de conhecimento anterior), além de também analisar
qual deveria ter sido o tratamento adequado à situação.
Análise
Etapa em que é realizada a análise e discussão dos registros realizados na
etapa de captura. É aqui que são melhor consolidados os registros e, também,
propostos melhores encaminhamentos para os registros realizados.
Implementação
Etapa em que é realizada a revisão do registro realizado. Esta parte do
processo ocorre depois de algum tempo do ocorrido, o que irá garantir uma
visão mais tranquila do ocorrido. É nela que são priorizados os planos de
Melhoria/Manutenção
Esta última etapa é quando são realizadas pesquisas com as partes
interessadas dentro do contexto do registro da lição aprendida, ou seja,
toda e qualquer pessoa (membro ou não da organização). Tal pesquisa tem
relação com a satisfação com o processo proposto para a correção. Outras
atividades pertinentes a esta etapa do processo são a análise do impacto
das lições aprendidas, a revisão do conteúdo da base de dados para eliminar
registros expirados ou possivelmente duplicados, e a realização de uma
auditoria dos registros e planos de ação propostos.
Visando uma melhoria contínua e uma garantia de sucesso para o processo de lições
aprendidas, alguns pontos de atenção são imprescindíveis:
Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos.
Até a próxima!
BRASIL. Ministério da Economia. Guia de PDTIC do SISP v2.0. 2020. Disponível em:
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/sisp/documentos/guia-de-pdtic-do-sisp-v2.0.
Acesso em: 10 nov. 2021.
Objetivo de aprendizagem
A Avaliação do PDTIC pode ser feita de forma parcial (através de avaliações intermediárias)
ou total (através da avaliação final, também denominada de prestação de contas).
Avaliação intermediária.
Fonte: Freepik (2022).
• consolidar os resultados;
Consolidar os Resultados
O objetivo desta atividade é a coleta dos dados consolidados gerados pelo processo de
monitoramento do PDTIC, visando consolidações parciais relativas à execução física e
orçamentária das atividades propostas no plano de ação, mas sempre de acordo com
o plano de acompanhamento proposto.
Para a execução desta atividade, a equipe responsável deverá ter em mãos para
análise o plano de acompanhamento do PDTIC, relatórios de acompanhamento
do PDTIC e o próprio PDTIC.
Como resultado desta atividade, serão gerados dados consolidados dos indicadores
intermediários (insumo para o RA-PDTIC), resultados dos indicadores, status das metas
e propostas de ações corretivas, redirecionamentos e/ou repactuação de metas.
Além dessa reavaliação, esta atividade também envolve a análise das propostas
de ações corretivas, dos redirecionamentos e/ou repactuação de metas e dos
indicadores de resultado coletados, para que possam ser comparados com as metas
intermediárias estabelecidas.
Para a execução desta atividade, a equipe responsável deverá ter em mãos, para
análise, os dados consolidados dos indicadores intermediários, os resultados
dos indicadores, o status das metas, o plano de acompanhamento do PDTIC e os
relatórios de acompanhamento do PDTIC.
A prestação de contas no setor público, seja qual for, é imprescindível para gestores de
órgãos e entidades. Através dela é possível alcançar, ao mesmo tempo, a regularidade
da gestão e a transparência na administração pública.
De forma resumida, uma avaliação, quando realizada de forma final, deve aferir as
operações ou resultados de um programa ou política, comparando-as a um conjunto
de padrões (explícitos ou implícitos) previamente definidos, com vistas a contribuir
para o seu aperfeiçoamento.
Ao saber disso, você poderá, agora, compreender um pouco mais sobre as atividades
que compõem o subprocesso de avaliação final.
Conheça-as a seguir.
Para a execução desta atividade, a equipe responsável deverá ter em mãos, para
análise, o PDTIC propriamente dito, o plano de acompanhamento do PDTIC e o
relatório de acompanhamento do PDTIC.
Este processo tem como produto final os dados consolidados dos indicadores de
resultado.
Após a análise das respostas das perguntas anteriores, outras perguntas também
devem ser respondidas (caso elas sejam pertinentes).
Para a execução desta atividade, a equipe responsável deverá ter em mãos para análise
o PDTIC propriamente dito, o plano de acompanhamento do PDTIC, o relatório de
acompanhamento do PDTIC e os dados consolidados dos indicadores de resultado.
Para a execução desta atividade, a equipe responsável deverá ter em mãos, para
análise, o relatório de resultados do PDTIC e o regimento interno do Comitê de
Governança Digital.
Este processo tem como produto final o Relatório de Resultados do PDTIC aprovado
preliminarmente.
Para a execução desta atividade, a equipe responsável deverá ter em mãos, para
análise, o relatório final de resultados do PDTIC.
Bons estudos!
BRASIL. Ministério da Economia. Guia de PDTIC do SISP v2.0. 2020. Disponível em:
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/sisp/documentos/guia-de-pdtic-do-sisp-v2.0.
Acesso em: 10 nov. 2021.