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Anísio Teixeira RJ e BA

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LINHAS DOUTRINÁRIAS TRAÇADAS POR CUBBERLEY EM GESTÕES DE

ANÍSIO TEIXEIRA1

CUBBERLEY INFLUENCED POLICIES IN ANISIOS TEIXEIRAS TIME IN OFFICE AS


HEAD OF EDUCATION DEPARTMENTS

Lívia Maria Goes de Britto2


Jaci Maria Ferraz de Menezes3

Resumo Abstract

O presente trabalho deriva de um projeto The present work derives from a broader
de pesquisa mais amplo, cujo objetivo foi research project, whose objective was to
constatar a presença, bem como attest Anísio Teixeira`s “Scientific Spirit”,
identificar influências, desenvolvimentos e its developments, as well as identify
permanências de um Espirito Cientifico em possible influences. This study is,
Anísio Teixeira. Trata-se, portanto, de um therefore, an excerpt, in which we
recorte no qual apresentamos o físico e introduce the American physicist and
professor norte-americano Ellwood professor Ellwod Patterson Cubberley as
Patterson Cubberley como mais uma another relevant influence on Dr. Anísio's
relevante influência para o pensar de Dr. thinking. The data presented is based on
Anísio. Os dados apresentados baseiam-se publications and letters about the topic
na leitura de publicações e cartas sobre o and focuses on Anísio Teixeira`s time in
tema, e centram-se em gestões de Anísio office in Rio de Janeiro (1931-1935) and
Teixeira no Rio de Janeiro (1931-1935) e Bahia (1947-1945). From this study we
na Bahia (1947-1945). A partir do conclude that Dr. Anísio was influenced by
presente estudo, concluímos que o Dr. Professor Cubberley's scientific thinking,
Anísio foi influenciado pelo pensamento as evidenced by policies developed and
científico do Professor Cubberley, applied during his time in charge of Rio de
evidenciado por políticas desenvolvidas e Janeiros`s Education Department. He
aplicadas na gestão do Rio de Janeiro would go on to reapply the same
cujos princípios foram replicados na principles on a later posting as head of
gestão da Bahia. Bahia`s Education Department.

Palavras-chave: Anísio Teixeira; Keywords: Anísio Teixeira; Cubberley;


Cubberley; Gestões Educacionais. Educational Policy.

Perspectivas e Diálogos: Revista de História Social e Práticas de Ensino, v. 1, n. 5, p. 46-60, jan./jun. 2020. 46
ISSN: 2595-6361
Lívia Maria Goes de Britto; Jaci Maria Ferraz de Menezes

Introdução

O professor Cubberley, assim como Jonh Dewey, foi uma das referências
americanas aportadas por Anísio Teixeira ao retornar ao Brasil após concluir o Master
of Arts no Teachers College, da Columbia University. As maiores influências deste
estudioso sobre o pensar de Dr. Anísio localizam-se, principalmente, no como gerir
cientificamente sistemas educacionais públicos, conforme explicita carta4
enviada por Anísio Teixeira a Leonard S. Kenworthy, membro do “staff” da UNESCO,
cujo original, em inglês, encontra-se arquivado no Centro de Pesquisa e
Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), da Escola de Ciências
Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com a referencia AT1948.05.26, e cujo
recorte de versão traduzida anexamos a seguir:

[...] Meu primeiro passo seria uma mudança na Constituição do


Estado. Lutei por um capítulo exclusivo para a educação. E esse
capítulo segue as linhas doutrinárias traçadas por Cubberly
[grifo nosso], criando uma Secretária de Educação técnica e
financeira autônoma para o Estado da Bahia, algo revolucionário com
a tradição constitucional do Brasil. […]. (TEIXEIRA, 1948, s/p.)

Na referida carta Dr. Anísio explicita que o seu objetivo era “tentar fazer a
mesma coisa que havia tentado 12 anos atrás”, (TEIXEIRA, 1948, s/p) se referindo,
portanto, ao período em que esteve na direção do Departamento de Educação do
Distrito Federal – Rio de Janeiro. Com esta afirmação Dr. Anísio valida,
consequentemente, o que foi realizado nesta gestão a ponto de tentar seguir a
mesma linha em um novo período de gestão da educação na Bahia. O que sugere,
portanto, uma continuidade a uma forma de administrar que foi ceifada pela
implantação do Estado Novo no Brasil.
Sendo assim, o presente texto teve como objetivo apresentar, através de
pesquisa documental e bibliográfica, o professor Cubberley e alguns aspectos de
suas linhas doutrinárias, conforme nomeia Anísio Teixeira na carta, estabelecendo
relações com planejamentos e ações das gestões deste, na Diretoria do
Departamento de Educação do Distrito Federal – Rio de Janeiro e na Secretaria de
Educação e Saúde - Bahia, governo de Otávio Mangabeira.

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Linhas doutrinárias traçadas por Cubberley em gestões de Anísio Teixeira

Cabe lembrar que cartas de pessoas ligadas aos mais variados ramos do
conhecimento constituem documentos importantes para a História da Cultura, como
Freud preferia nomear a História da Civilização, uma vez que o missivista relata fatos
de uma determinada época fazendo referência a eventos ou contextos narrados de
forma muitas vezes mais informal, mas nem por isso menos importante que os
reportados pelos documentos oficiais.
Desta forma, a carta entre Aniso Teixeira e Kenworthy é tão importante para a
História da Educação, quanto as cartas trocadas entre o físico Albert Einstein e
Sigmund Freud, para a História da Ciência. Destas últimas destacamos as datadas de
30 de julho de 1932, às vésperas da invasão nazista à Áustria, e na qual o professor
Freud questiona “se existiria alguma forma de livrar a Humanidade da ameaça de
uma 2º Guerra Mundial?” (EINSTEIN, 1932, s/p.) Questão formulada com o objetivo
de encontrar resposta para as inquietações da Sociedade das Nações, também
conhecida como Liga das Nações, precursora da ONU, e de seu Instituto
Internacional para a Cooperação Intelectual, localizado em Paris. Além desta, duas
outras questões formuladas, e identificadas por Einstein como sendo de curiosidade
mais pessoal, são relevantes, ou seja, “Como os mecanismos de poder conseguem
despertar nos homens um entusiasmo extremado, a ponto de sacrificarem suas
vidas?” e se “É possível controlar a evolução da mente do homem de modo a torná-
lo à prova das psicoses do ódio e da destrutividade?” (EINSTEIN, 1932, s/p.) Estas
últimas indagações, somadas à primeira, ocasionaram a histórica missiva enviada por
Freud, como resposta, em setembro do mesmo ano.
Cabe lembrar que entre os anos de 1914 e 1918, o mundo vivenciou o maior
conflito, ou seja, a 1ª Guerra Mundial, até então travado entre as principais
potências, em decorrência da ampla rivalidade de caráter político e econômico que
havia entre nações europeias, sintetizada no conceito de Imperialismo e que gera
grandes tensões nos anos seguintes.
Desta forma, torna-se importante destacar que as preocupações observadas
nas interlocuções estabelecidas entre Freud e Einstein nas referidas cartas de 1932
justificam-se e que estas eram compartilhadas na época por outros intelectuais e
entre estes, Anísio Teixeira, como poderá ser constatado ao longo do

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desenvolvimento do presente artigo e que são exemplos de iniciativas que buscavam


evitar, o que acabou se concretizando, ou seja, a eclosão da 2° Guerra Mundial, em
1939, e que só terminou em agosto de 1945, ano em que foi criada a Organização
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) – (acrônimo de
United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization), cujo preâmbulo de
sua Constituição proclama: "já que as guerras nascem na mente dos homens, é na
mente dos homens que devemos erguer os baluartes da paz" (LONDRES, 1945, s/p).
E para que uma paz duradoura e aceita por todos pudesse ser estabelecida, o
preâmbulo declara que os Estados signatários da Constituição decidiram: "assegurar
a todos o pleno e igual acesso à Educação, à livre busca pela verdade objetiva e à
livre troca de ideias e conhecimentos". (LONDRES, 1945, s/p)
Cabe destacar que influenciado pelo contexto do pós Primeira Guerra, o
Sistema Educacional, em processo de implementação no Rio de Janeiro na gestão de
Anísio Teixeira, alicerçado pelas doutrinas traçadas por Cubberley, ampliou o acesso
da população local a uma educação com qualidade, buscando veicular a cultura da
paz.

1. Ideias de Cubberley e gestões de Anísio Teixeira no Rio de Janeiro e


Bahia

O professor Ellwood Patterson Cubberley (1868 – 1941) foi um físico


americano, professor de ciências por vários anos e considerado pioneiro no campo da
administração educacional. Nas posições de direção que foi assumindo em
universidades americanas procurou tonar a administração escolar mais eficiente.
Para tanto, centralizou a tomada de decisões em seu gabinete, bem como procurou
enfatizar a importância de que os cargos criados na área da educação fossem
preenchidos com base na capacidade do profissional e não por indicações políticas.
No ano de 1898, ingressou como professor-assistente e chefe do incipiente
Departamento de Educação, da Universidade de Stanford, que foi posteriormente
transformado em Escola de Educação e da qual foi o primeiro reitor, cargo em que
mantêm posição de liderança até se aposentar em 1933. Desta Instituição afastou-se

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Linhas doutrinárias traçadas por Cubberley em gestões de Anísio Teixeira

apenas para cursar o mestrado em 1902, e o doutorado, em 1905. Cursos


concluídos, assim como Dr. Anísio, no Teachers College. Nestes processos de
formação acadêmica expande, gradativamente, o escopo de suas atividades, que
passam a abarcar formulações de políticas nacionais que vão desde certificação de
professores até livros didáticos. Cabe ressaltar que, na época, muitas universidades
americanas não estavam convencidas de que educação fosse um assunto digno de
estudo em níveis mais avançados.
Steffes (2017) destaca que,
[…] lhe foi concedido três anos para tornar o departamento
academicamente respeitável; caso contrário, seria desmontado. Nos
anos seguintes, Cubberley conseguiu ganhar o apoio dos colegas do
departamento e começou a desenvolver programas de pesquisa para
estabelecer a educação como um campo de estudo legítimo. […] Ele
ajudou a produzir a primeira geração de administradores escolares
treinados em universidades. E aconselhou e orientou centenas de
pessoas e educadores. Em nível nacional, Cubberley foi um dos
primeiros especialistas em administração escolar, e sua prolífica bolsa
de estudos o ajudou a moldar o campo. Ele escreveu sobre temas
como finanças escolares, governança do estado, educação rural e
administração do condado, entre outras coisas, e desenvolveu alguns
dos primeiros e mais influentes livros-texto em administração escolar.
Além disso, Cubberley criou uma das primeiras séries de livros sobre
educação do país, a “Riverside Textbooks in Education”, e usou-a para
promover novas bolsas de estudos no campo. (STEFFES, 2017, s/p)

E complementa:

Cubberley também teve um impacto importante na história da


educação. Ele via a história como uma maneira de infundir nos
educadores um senso de missão e escreveu relatos históricos que
celebravam e legitimavam os movimentos de reforma educacional de
sua época, ligando-os a uma história de progresso e democracia. Seu
popular livro de 1919, Educação Pública nos Estados Unidos, reflete
melhor essa narrativa inspiradora e influenciou a formação da
erudição histórica até os anos 1960. Posteriormente, no entanto, essa
interpretação foi atacada por historiadores que argumentaram que o
arcabouço abrangente de Cubberley era insuficientemente crítico e
ignorava fracassos, conflitos e aspectos não-igualitários da
escolaridade em um esforço de proselitismo para educadores e o
público. (STEFFES, 2017, s/p)

Cubberley publicou um total de 30 obras ao longo da vida. Acreditamos que


Anísio Teixeira teve acesso a estas publicações, enquanto aluno no Teacher College.

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Desejando conhecer um pouco mais sobre o que havia chamado a atenção de


Dr. Anísio nas publicações de Cubberly, como forma de melhor entender a que se
refere as linhas doutrinarias citadas na carta, nos debruçamos na leitura de alguns
capítulos do livro Public Education in the United States, datado de 1919. Tal escolha
fundamentou-se em dois pontos, a saber: O primeiro, um pouco mais intuitivo, pelo
livro ter sido republicado em 1947, poucos meses depois de Dr. Anísio integrar o staff
da UNESCO, como conselheiro da área de educação e, quiçá, tenha sido ele o
mentor da indicação desta reedição da obra. E o segundo por Dr. Anísio citar
Cubberly em publicações de sua autoria.
Anísio Teixeira chega ao Rio de Janeiro, no segundo semestre de 1931, para
atuar no recém-criado Ministério da Educação e Saúde, como membro da comissão
encarregada dos estudos relativos à reorganização do ensino secundário no país.
Nesse período foi nomeado como interventor do Distrito Federal, o médico Pedro
Ernesto do Rego Batista, que tinha participado dos levantes de 1922 e 1924 e
apoiado Getúlio Vargas na Revolução de 1930. Este, pretendendo fazer uma
administração dirigida, principalmente, para melhoria dos serviços de saúde e
educação, convida, por indicação do jurista Temístocles Cavalcante, Anísio Teixeira,
que representava a corrente mais democrática da Escola Nova, para assumir a
Diretoria-Geral da Instrução do Rio de Janeiro, em substituição ao educador
Fernando de Azevedo. Nesta diretoria Dr. Anísio dá continuidade às orientações mais
gerais da gestão até então em curso ajustando-a a novas diretrizes, até que em
dezembro de 1935 pede demissão, em razão de pressões políticas, por parte da
Igreja e do Governo de Vargas, que o acusava de participação na revolta dos
comunistas contra o governo.
[...] um estudo analítico da Reforma Anísio Teixeira deveria incluir,
pelo menos, sete amplos capítulos, comportando, cada qual, várias
subdivisões. 1. Organização e funcionamento do Departamento de
Educação; 2. Administração, organização e direção do ensino
primário; 3. Reorganização das escolas de ensino médio; 4. Expansão
e enriquecimento da educação de adultos; 5. Formação do professor
primário; 6. Organização da Secretaria-Geral de Educação e Cultura:
estrutura, finalidade e funcionamento; 7. Criação e funcionamento da
Universidade do Distrito Federal. (SILVEIRA, 1960 apud XAVIER,
2007, p.145)

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Linhas doutrinárias traçadas por Cubberley em gestões de Anísio Teixeira

Muitas dessas medidas referentes à expansão e modernização assumidas por


Dr. Anísio nesse período seguem, conforme a carta referida anteriormente,
orientação de Cubberley que, conjuntamente com Dewey, passam a dar sustentação
às reflexões e ações de Dr. Anísio. Portanto, ao se demitir, ações implantadas e
experiências embrionárias em curso no Distrito Federal são desmontadas. Cabe
ressaltar que, no período Anísio Teixeira já internalizava que estava no rumo certo.
Isto se confirma quando ao assumir a direção da educação no estado da Bahia, no
governo de Otávio Mangabeira, tenta retomar a mesma linha de ação, como fica
explícito na carta em tela.
No Capítulo XV do livro Public Education in the United States, de autoria de
Ellwood Cubberley, encontramos elementos que servem para exemplificar a presença
das linhas doutrinárias do autor na gestão da educação de Anísio Teixeira no Rio de
Janeiro. O referido capítulo trata das novas concepções da educação, mas para
tanto, o autor inicia a redação fazendo uma exposição sobre a velha concepção. A
esta exposição inicial Cubberley acrescenta considerações referentes às novas
concepções na área da educação estabelecendo, entretanto, contrapontos com as
velhas concepções no que se refere à disciplina escolar; ao desenvolvimento infantil;
ao trabalho educativo; à centralidade da criança no processo educativo; à formação
do professor; ao espírito da escola moderna; aos ajustamentos necessários entre os
níveis de ensino; às crianças que não se ajustavam ao curso médio; à flexibilidade de
classificação e plano de promoção; aos cursos paralelos de estudos, para os alunos
que avançam mais rapidamente no processo de ensino aprendizagem; aos cursos de
estudos diferenciados; às classes e escolas diferenciadas; a um melhor desempenho
e eficiência na aplicação dos recursos da escola.
Ao que se refere à cultura da paz, referida anteriormente, cabe destacar que
Anísio Teixeira, junto com outros professores, considerou importante introduzir no
currículo do curso de formação de professores, do recém-criado Instituto de
Educação do Rio de Janeiro, discussões críticas sobre a conjuntura da época, como
foi o caso da disciplina História da Educação, ministrada pelo professor Afrânio
Peixoto. Esta, além de desenvolver temáticas específicas da ementa e utilizando-se
de pesquisas associadas a debates ou seminários, nos quais abordavam textos da

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obra Emilio, de Rousseau, como de gregos, jesuítas, Locke, Comte, Stuart Mill,
Spencer e Kant, bem como Escola Nova e autores como Maria Montessori, Ovidio
Decroly e John Dewey, que deveriam embasar dissertações de fim de curso; aborda,
também, questões relacionadas à realidade vivenciada à época e que já sinalizava
um crescimento do fascismo em força e penetração. Assim, na gestão de Anísio
Teixeira, o Sistema Educacional do Rio de Janeiro foi implementado dentro da crença
de empoderamento da educação para fazer frente a novos conflitos, ou seja,
buscando veicular a cultura da paz.
Cabe ressaltar que na gestão da antiga capital do Brasil, Dr. Anísio já defendia
que a Metodologia Científica Experimental de Dewey fosse apreendida e trabalhada
por educandos e profissionais atuantes no sistema de ensino e instituições afins. Isso
por acreditar que as contínuas mudanças em curso, a nível nacional e internacional,
demandariam sempre novas perguntas e, consequentemente, pesquisas para
encontrar novas respostas. Nesse sentido Dr. Anísio mobiliza-se para criar, ao tempo
que implanta o Instituto de Educação, o Departamento de Educação, ao qual este
passa a vincular-se e que foi estruturado conforme a configuração do organograma
original, arquivado no CPDOC/FGV e disponibilizado a seguir.
Figura 1 - Cronograma Departamento de Educação.

Fonte: CPDOC/FGV

Cabe chamar a atenção para o fato do organograma do novo desenho da


estrutura do Departamento destacar o Instituto de Educação e o Instituto de
Pesquisas Educacionais (IPE) e colocá-los articulando-se entre si e com as cinco
superintendências criadas. Tornando, portanto, explícita a relevância dada por Anísio

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Linhas doutrinárias traçadas por Cubberley em gestões de Anísio Teixeira

Teixeira à formação do professor e à pesquisa, neste novo desenho do sistema


educacional da então capital do Brasil.
Com a criação do IPE e ao colocá-lo em articulação com as superintendências,
fica evidente que este Instituto seria o responsável pelo fomento, desenvolvimento e
acompanhamento de pesquisas que subsidiariam muitos dos programas e projetos
elaborados e implementados por cada uma das superintendências.
A presença do IPE, no organograma do novo departamento, é mais uma
comprovação do interesse manifesto de Dr. Anísio de que suas decisões durante a
gestão fossem embasadas em conhecimento científico, assim como o interesse de
fomentar a prática de desenvolver pesquisas para subsidiar as tomadas de decisões
dos autores e atores deste novo desenho para o sistema educacional do Rio de
Janeiro, em fase de implementação. Cabe destacar que o IPE inclui após a sua
criação a Seção Paz na Escola e esta vai ao encontro do que já abordamos
anteriormente quando nos reportamos às cartas trocadas entre Einstein e Freud,
após a Primeira Guerra Mundial. Além disso, é mais uma comprovação da crença de
Dr. Anísio no potencial da instituição escola, como espaço privilegiado para o
exercício da democracia.
Pelo exposto, podemos inferir que foi imbuído na certeza de que o que havia
construído e experimentado no Rio de Janeiro havia dado bons frutos, que assumiu o
cargo na UNESCO em 1946 e que, como explicita na carta enviada a Kenworthy,
membro do staff da UNESCO, em 15 de Fevereiro de 1948, estava tentando agora
retomar para implantar na gestão da Secretaria de Educação e Saúde do Estado da
Bahia.

É na condição de secretário da Educação do governo Octávio


Mangabeira (1947-1951) que Anísio Teixeira influiu ponderavelmente
para a autonomia dos serviços estaduais de educação. Como
secretário teve oportunidade de expor e discutir as suas idéias sobre
democratização e Educação, em 1947, quando a Assembléia
Legislativa baiana discutia o projeto da terceira Constituição do
estado da Bahia. O documento para análise chama-se
"Fundamentação do capítulo de educação e cultura na Constituição
do Estado". Depois, ele apresentou o "Projeto de lei de organização
autônoma dos serviços educacionais". Esses dois documentos são
essenciais para a história da Educação da Bahia, não somente na

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década dos anos quarenta como também para a compreensão da Lei


Orgânica do Ensino de 1963. (BOAVENTURA, 2000, p. 71)

É atribuído a Anísio Teixeira a forma final da redação do Artigo 117, do


Capítulo referente à Educação e Cultura, da Constituição do Estado da Bahia,
promulgada em 1947, que explicita que:

[…] A função de educação e ensino compete ao Estado, na forma da


Constituição Federal, incumbindo sua superintendência e direção ao
Conselho Estadual de Educação e Cultura, órgão autônomo,
administrativa e financeiramente, nos termos desta Constituição e da
Lei Orgânica do Ensino. § 1º - O Conselho Estadual de Educação e
Cultura se comporá, além de seu presidente, de seis membros,
nomeados pelo Governador, com a aprovação do Poder Legislativo,
dentre pessoas de reputação ilibada, renovando-se, de dois em dois
anos, pelo terço. O Conselheiro perderá o mandato nos casos
previstos na Lei Orgânica do Ensino.§ 2º - O Conselho, cujas
atribuições serão especificadas na Lei Orgânica do Ensino, funcionará
sob a Presidência do Secretário de Estado encarregado dos negócios
da educação, seu membro nato, ao qual, além das funções definidas
na mesma lei, competirá: I - fiscalizar o fiel e exato cumprimento da
Lei Orgânica do Ensino; […]. (BAHIA, 1947, s/p)

O convite para um novo período a frente da educação da Bahia, coincide com


o retorno de Anísio Teixeira ao Estado, depois de curta experiência como conselheiro
de educação da recém-criada UNESCO que começava a ser implementada, mas que,
por não se encontrar disposto em tornar-se membro permanente do staff da
Instituição, muito possivelmente por questões de ordem pessoais que perpassam por
uma pesada burocracia, como deixa transparecer em alguns registros mais informais.
Anísio Teixeira aceita o convite, poucos meses após seu desligamento da Instituição,
para ser o novo Secretário de Educação do Estado da Bahia, por acreditar que desta
vez poderia realizar uma ampla renovação na educação do Estado, apoiando-se para
tanto em referências e experiências do que deixou em curso na sua gestão no Rio de
Janeiro, mas que teve que abandonar ao se afastar por questões políticas que
resultaram na instalação de um Estado de exceção no Brasil.
Após as conquistas referentes à nova Constituição do Estado, tudo indicava
que,

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Linhas doutrinárias traçadas por Cubberley em gestões de Anísio Teixeira

[...] dessa vez, o ambiente provinciano, ainda que mais aberto às


idéias inovadoras e às peculiaridades geniais de Anísio, nem por isso
deixaria de surpreender-se com a metodologia do mestre, que se
cristalizaria, muito menos pela seleção de sua equipe, do que pela
introdução de práticas mais formais, como a exigência de curriculum
vitae, de entrevista e outras informações cadastrais prévias. Isso
contrariava, as práticas do "fisiologismo político-partidário",
reinstituído por força da própria redemocratização do País, no
governo constitucional de Otávio Mangabeira, que pôs fim ao longo
período do Estado Novo. É que Anísio condicionou e obteve, carta
branca do eminente Governador da Bahia, para assumir aquele posto.
Dois elementos, já vocacionados, eram inatos em sua equipe: sua
irmã, a Profª Carmem Teixeira, na assessoria principal de seu
Gabinete e a Profª Anfrisia Santiago, na Diretoria do Departamento
de Educação, depois substituída pelo jovem bacharel Milton Tavares.
Mas, como a Reforma, autorizada no Capítulo de Educação da nova
Constituição baiana, dependeria da Lei Orgânica, que criava o
Departamento autônomo de Educação e Cultura, com um Conselho
gestor e supervisor do sistema, (e esta Lei ficara entravada na
Assembléia Legislativa), as atividades e funções da Secretaria tiveram
de ser operacionalizadas, através de Superintendências. Para ocupá-
las, ele escolheria, sem indicações partidárias, sem preocupação
ideológica, contrariando os "patrulhamentos", tanto de direita quanto
de esquerda, pessoas que, o seu tino seletivo havia identificado,
adequadas àquele momento de transição. Assim, Anísio reuniu uma
equipe em que se contavam nomes como Tobias Neto, Milton
Tavares, Jayme de Abreu, Adroaldo Ribeiro Costa, Vilgidásio Sena,
Tales de Azevedo, Denise Tavares, José Valadares, Diogenes
Rebouças, Hildérico Pinheiro, Fernando Santana, Wilde Lima, ou
nomes aproveitados dos quadros da Secretaria ou do ginásio da
Bahia e da Escola Normal, como Amália Lacerda, Álvaro Moreira,
Demóstenes Pinto de Carvalho, Armando Costa, para ficar com
alguns, apenas, que são recordados, sem desmerecimento dos que
tenham sido omitidos. (MATA, 1994, s/p).

Referindo-se aos dois períodos cronológicos, ou seja, 1924 a 1929 e 1947 a


1951, de gestões da educação de Anísio Teixeira na Bahia, Abreu (1961) chama
atenção para o fato de que “em função do tempo (intervalo de 18 anos) variaram,
em alguma medida, as condições socioculturais com que se deparou Anísio Teixeira e
certamente muito mais do que elas, evoluiu a sua filosofia de educador e de homem
público.” (ABREU, 1961, p.1) Referindo-se que “parece-lhe ser de Rui Barbosa a
advertência sobre a tristeza do homem que não muda, salvo quando muda para
pior”, (Abreu, 1961, p.4). Abreu (1961) destaca ainda:

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Foi assim, à base dessa formação intelectual lítero-jurídica e religiosa


de aplicado aluno dos jesuítas, de fervoroso congregado mariano na
Bahia e no Rio, de quase jesuíta, de bacharel em direito e daquela
emanada do ambiente doméstico de austero modêlo patriarcalista,
que Anísio Teixeira viveu o ciclo a que denominamos latino, de sua
formação.[...]Essa exposição do pensamento político-educacional de
Anísio Teixeira, pelos já longínquos idos de 1924, visa a caracterizar
não sòmente a posição com que ingressava na seara da educação,
como corolário necessário à formação àquele tempo processada, mas
principalmente demonstrar o que foi a extraordinária mudança que
nêle se processou, ao contato mais prolongado com a cultura norte-
americana, com as idéias renovadoras de um período ainda dinâmico
e progressista no "Teachers College" da "Columbia University.
(ABREU, 1961, p.1).

O Anísio Teixeira, dessas influências primeiras, era o de convicções filosófico -


políticas que admirava e citava Charles Maurras, da Action Française, e que Abreu
(1961) batizou como sendo período, “sem maior impropriedade, de um ponto de
vista culturalista, como o ciclo latino (francês, especialmente) humanista-clássico,
dedutivista, escolástico, de sua formação”. (ABREU, 1961, p.3). Foi o período em
que, enquanto diretor de Instrução Pública, foi contra a Escola Única, mas que,
apesar disso,

[…] na área do administrador educacional, a Lei nº 1846, de 14 de


agôsto de 1925, e o Decreto nº 4312, de 30 de dezembro de 1925, a
primeira reformando a Instrução Pública do Estado da Bahia e o
segundo aprovando o Regulamento do Ensino Primário e Normal,
como documentos inteiriços e acabados, dentro do estilo latino de
legislação, marcam positivamente a passagem de Anísio Teixeira de
tal modo que, salvo legislação sôbre aspectos parciais e
fragmentários, constituíram a lei educacional básica da Bahia
por trinta e dois anos, até que o mesmo Anísio a viesse reestruturar
fundamentalmente, no govêrno de Otávio Mangabeira, em 1947.
(ABREU, 1961, p.4).

Entretanto, ao retornar dos EUA em 1929, após a conclusão do Master of Arts,


agora sobre a influência de nova corrente filosófica, escreve um documento titulado
de Sugestões para reorganização progressiva do Sistema Educacional Baiano. Este
documento trata-se de um Plano de ação que, não sendo bem aceito pelo governo
de Vital Henrique Batista Soares, que substituiu Góes Calmon, mas que a revolução

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Linhas doutrinárias traçadas por Cubberley em gestões de Anísio Teixeira

vitoriosa de 1930 interromperia, leva Dr. Anísio a se exonerar do cargo, em


novembro do mesmo ano da conclusão do curso nos Estados Unidos da América
(ABREU, 1961).
Portanto, ao iniciar um novo período no comando da gestão da educação da
Bahia no governo de Otávio Mangabeira, o Estado passa a contar com um Anísio
Teixeira mais fortalecido intelectualmente e cujas coordenadas básicas do seu
pensamento passam a ser democracia e ciências a partir de influências anglo-
saxônica, amadurecidas no período de 1928 a 1929 (ABREU, 1961), consolidadas por
experiências da gestão do Departamento de Educação do Rio de Janeiro, conforme
endossa Anísio Teixeira, na carta enviada a Kenworthy e que reflete, conforme
reforça Abreu (1961),
[…] a extraordinária mudança que nêle [Anísio Teixeira] se
processou, ao contato mais prolongado com a cultura norte-
americana, com as idéias renovadoras de um período ainda dinâmico
e progressista no "Teachers College" da "Columbia University" e,
sobretudo, com o fato que positivamente deu rumos novos à sua
filosofia de vida: a descoberta de Dewey que o converteu no "Anísio
lapidado pela América", na expressão feliz de Monteiro Lobato, a que
se refere Fernando de Azevedo. Dewey seria, em relação a Anísio, a
suprema expressão daquela plêiade de professôres, Kilpatrik, Monroe,
Thorndicke, Kandel, Counts, Cubberley [grifo nosso], Alexander,
Rugg, cujas aulas freqüentara em período áureo do "Teachers
College" da Columbia University". (ABREU, 1961, p.6).

Este novo período de gestão da educação na Bahia, entre os anos de 1947 a


1951, contou com uma suplementação orçamentária do Ministério de Educação e
Saúde, que entre os anos de 1946 a 1950, foi dirigido pelo baiano Clemente Mariani.
Nesse período, Dr. Anísio elabora e tenta implantar um Plano de Edificação dos
Prédios Escolares, assim como elabora e tenta aprovar o projeto da Lei Orgânica de
Educação e Cultura do Estado da Bahia. Dinamiza o Instituto Gonçalo Muniz e cria a
Fundação para o Desenvolvimento da Ciência na Bahia (FDCB), que tem função
similar ao do IPE no Rio de Janeiro.
Considerações Finais

Portanto, ao fazermos uma triangulação do que explicita a carta encaminhada


a Leonard S. Kenworthy, com as gestões na Diretoria do Departamento de Educação

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Lívia Maria Goes de Britto; Jaci Maria Ferraz de Menezes

do Distrito Federal – Rio de Janeiro e na Secretaria de Educação e Saúde do Estado


da Bahia, governo de Otávio Mangabeira, fica patente a influência das linhas
doutrinárias traçadas pelo professor Cubberley sobre as reflexões e estratégias de
ação de Anísio Teixeira, em cada um dos períodos.
O grupo de pesquisa que desenvolve o Projeto Memória da Educação da Bahia
(PROMEBA), no presente momento, vem dando continuidade ao que revela a carta
em tela, buscando localizar de forma mais específica, os desdobramentos das
influências do estudioso americano na concepção e implementação do Centro
Educacional Carneiro Ribeiro, mais conhecido como Escola Parque, cujo desenho
institucional inicia sua implantação no período do governo de Otávio Mangabeira,
mas só vai ser concluído e colocado em pleno funcionamento com recursos do INEP,
quando Anísio Teixeira já encontrava-se como diretor desta Instituição. Cabe
acrescentar que esta Instituição, assim como a escola Guatemala do Rio de Janeiro,
funcionou, por alguns anos, como uma importante escola experimental para a
formação continuada de professores, na qual o eixo condutor foi predominantemente
permeado pelo ideário da Escola Progressiva americana, cujos teóricos que lhes
davam sustentação foram estudados, pesquisados e suas propostas cuidadosamente
adaptadas à realidade brasileira e disseminadas em muitas Instituições, por
influência de Anísio Teixeira e de ações executadas nas referidas gestões.

Referências

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Anísio Teixeira: pensamento e ação. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira,
1960. p.01-68.
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Peixoto-55f - reg. 13.316/94. Arquivo Hermes de Lima-21f - reg. 5.027/80.
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<http://www.bvanisioteixeira.ufba.br/artigos/boaventura4.html>. Acesso em: 02 de
abril de 2019.
CUBBERLEY, Ellwood P. Public Education in the United States: a study and
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1948.
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experimentais do Rio de Janeiro nos anos 1939. Hist. Educ. (Online) Porto
Alegre v. 20 n. 50 Set./dez., 2016 p. 177-191.

1
Esse artigo resulta da tese de doutorado defendida em 2018 no Programa de Pós-Graduação em
Educação e Contemporaneidade – PPGEduC/UNEB.
2
Professora Doutora do Departamento de Educação – Campos I - Universidade do Estado da Bahia
(UNEB) e-mail: llbritto@yahoo.com.br
3
Professora Doutora do Departamento de Educação – Campos I - Universidade do Estado da Bahia
(UNEB) e-mail: jacimnz@hotmail.com
4
Original em inglês, traduzido por Luiz Rogério Goes de Britto, bacharel em Línguas Estrangeiras
Modernas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

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