Grandes Deformações - Usp Pascon 2012
Grandes Deformações - Usp Pascon 2012
Grandes Deformações - Usp Pascon 2012
Sobre modelos constitutivos não lineares para materiais com gradação funcional exibindo
São Carlos
2012
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR
QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA,
DESDE QUE CITADA A FONTE.
Aos meus pais José Roberto Pascon e Maria Cristina Salvestro Pascon, por terem me criado e
Aos meus irmãos José Roberto Pascon Júnior e Juliana Cristina Pascon Fidêncio, pelo
constante apoio.
À minha namorada Gizele Justo de Oliveira, pela paciência, pelo carinho, pela dedicação e
pelo apoio.
financeiro.
Aos professores Marta Cristina Cardoso de Oliveira e Luís Filipe Martins Menezes, do
orientação em Portugal.
Ao Prof. Dr. Rodrigo Ribeiro Paccola, pelo auxílio e pelos esclarecimentos de certas dúvidas.
São Paulo (USP) que contribuíram direta ou indiretamente para a realização do presente
trabalho.
Nenhum problema pode ser resolvido pelo mesmo grau de consciência que o gerou.
Albert Einstein
RESUMO
PASCON, J. P. Sobre modelos constitutivos não lineares para materiais com gradação
funcional exibindo grandes deformações: implementação numérica em formulação não
linear geométrica. 2012. Tese (Doutorado) - Departamento de Engenharia de Estruturas,
Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2012.
The main objective of this study is the computational implementation of elastic and
elastoplastic constitutive models for functionally graded materials in large deformation
regime. In order to numerically simulate a structural problem, the finite elements used are
solids (tetrahedric and hexahedric) of any order of approximation. Entities from Nonlinear
Continnum Mechanics, as strain and stress, are used in the present formulation. To reproduce
the finite displacements, the geometrically nonlinear analysis is employed. The description
adopted here is the total Lagrangian, and the structural equilibrium is expressed by means of
the Principal of Minimum Total Potential Energy. Regarding the elastic material response,
hyperelastic constitutive laws are used, in which the stress-strain relation is obtained from a
scalar potential. The elastoplastic material behavior is defined by the strain decomposition in
the elastic and plastic parts, by the von-Mises yield criterion, by the associative flow law, by
the consistency and complementarity conditions, by the isotropic hardening parameter, and by
the backstress tensor, related to the kinematic hardening. Two elastoplastic formulations are
used here: the Green-Naghdi one, in which the strain is additively decomposed; and the
hyperelastoplasticiy, in which the gradient is multiplicatively decomposed. The concept of
functionally graded (FG) material, in which the constitutive properties vary gradually
(continuous and smoothly), is also used. The numerical solution of the forces equilibrium is
obtained via Newton-Raphson iterative procedure. In order to satisfy the yield criterion, the
strategies of elastic prediction and plastic correction (via return algorithms) are used.
Basically, five computer codes have been developed: the automatic shape functions generator;
the solid mesh generator; the code for analysis of materials in the elastic regime; the code for
analysis of materials in the elastoplastic regime; and the post-processor. Besides these, the
student had contact with the programs EPIM3D and DD3IMP during his doctoral stage in the
University of Coimbra (Portugal). The programs EPIM3D and DD3IMP are employed to
analyze, respectively, materials in the elastoplastic regime, and sheet-metal forming
processes. For the problem of the bar under uniform uniaxial tension, equations and analytical
solutions are described for homogeneous and FG materials. To reduce the simulation time, the
parallel programming has been employed. According to the numerical simulation results, the
main conclusions are: the results accuracy is improved with mesh refinement for materials in
the elastic and elastoplastic regimes; the Green-Naghdi elastoplastic formulation and the
hyperelastoplasticity appear to be equivalent for small strains; the hyperelastoplastic
formulation is equivalent to the mechanical model of the programs EPIM3D and DD3IMP for
materials the small elastic strains regime; simulation time reduction has been obtained with
the parallelization of the computer codes for structural analysis; the developed programs are
capable of simulating, precisely, complex problems, such as the Cook’s membrane and the
pulled thin cylinder.
Keywords: Nonlinear analysis; solid finite elements; large displacements; large strains;
functionally graded materials; elastoplasticity.
LISTA DE SIGLAS
t tempo
x vetor posição inicial
y vetor posição atual
(x)
k
vetor posição inicial do nó k
(y)
k
vetor posição atual do nó k
ai componente i do vetor a
A ij componente ij da matriz A
( xi )
k
coordenada inicial do nó k ao longo da direção i
( yi )
k
coordenada atual do nó k ao longo da direção i
y1 , y 2 , y3 coordenadas atuais
A1 gradiente final
(
G A, A h ) função tensorial resposta do material (dependente do gradiente A e do
histórico de A )
(
F E, Eh ) função tensorial resposta do material (dependente da deformação E e do
histórico de E )
Ah histórico do gradiente A
Eh histórico da deformação E
Γe tensor elástico de quarta ordem
iiso
2 segundo invariante de Ciso
D taxa de dissipação interna
G módulo elástico de cisalhamento
ζ conjunto de variáveis internas
α conjunto dos parâmetros de encruamento
ε tensor infinitesimal de deformação
u i,j derivada da componente de deslocamento u i em relação à coordenada x j
( )( )
t
tentativa referente à previsão elástica
A0 e Af áreas inicial e final da seção transversal da barra sob tração uniaxial da figura
6.1
( )1 , ( )2 , ( )3 valores principais de um tensor de segunda ordem
u1 deslocamento longitudinal máximo para a barra sob tração uniaxial da figura
6.1
λ ei , λ pi alongamentos elástico e plástico de uma fibra material inicialmente na direção i
( fint )
J
vetor local de forças internas (elemento J)
( Ω0 )
J
domínio local inicial do elemento J
(H)
J
matriz Hessiana local (elemento J)
unidimensional
wgl ( ) pesos de integração para o elemento unidimensional
numérica do tetraedro)
{x,y,z} coordenadas que definem a região tetraédrica (no contexto da integração
numérica do tetraedro)
dxdydz elemento infinitesimal de volume na região tetraédrica (no contexto da
integração numérica do tetraedro)
dudvdw elemento infinitesimal de volume na região hexaédrica (no contexto da
integração numérica do tetraedro)
∆fext incremento de forças externas (aplicadas) em cada passo de carga
M dcoef matriz com os coeficientes das derivadas das funções de forma (Apêndice A)
( Fext )i
k
força externa, ao longo da direção i, atuante no nó k (Apêndice F)
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 33
1.1. Generalidades .................................................................................................................... 33
1.2. Proposta e objetivos ........................................................................................................... 37
1.3. Justificativas ...................................................................................................................... 38
1.4. Resumo dos capítulos ........................................................................................................ 39
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................... 43
2.1. MNLC ................................................................................................................................ 43
2.2. Materiais elásticos ............................................................................................................. 44
2.3. Elastoplasticidade .............................................................................................................. 46
2.4. MGFs ................................................................................................................................. 50
2.5. Análise não linear numérica via MEF ............................................................................... 52
2.6. Processamento paralelo ..................................................................................................... 59
3. CINEMÁTICA ................................................................................................................... 61
3.1. Posição ou configuração .................................................................................................... 61
3.2. Mudança de configuração .................................................................................................. 65
3.3. Gradiente ........................................................................................................................... 67
3.4. Deformação ....................................................................................................................... 68
3.5. Objetividade da medida de deformação ............................................................................ 69
3.6. Decomposição multiplicativa do gradiente ....................................................................... 70
3.7. Taxas de deformação ......................................................................................................... 72
4. TENSÃO E EQUILÍBRIO ................................................................................................ 75
4.1. Tensão ................................................................................................................................ 75
4.2. Comportamento mecânico ................................................................................................. 76
4.3. Elasticidade........................................................................................................................ 76
4.4. Inelasticidade ..................................................................................................................... 77
4.5. Tensor elástico ................................................................................................................... 78
4.6. Equilíbrio ........................................................................................................................... 79
5. HIPERELASTICIDADE ................................................................................................... 83
5.1. Definição ........................................................................................................................... 83
5.2. Modelos hiperelásticos adotados ....................................................................................... 84
5.3. Relação tensão-deformação ............................................................................................... 86
5.3.1. Tensão resultante para os modelos adotados ................................................................. 87
5.3.2. Tensor elástico resultante para os modelos adotados..................................................... 89
5.4. Condições de crescimento e incompressibilidade ............................................................. 92
5.5. Existência de solução ........................................................................................................ 93
6. ELASTOPLASTICIDADE ............................................................................................... 95
6.1. Definição ........................................................................................................................... 95
6.2. Elastoplasticidade para pequenas deformações ................................................................ 96
6.3. Aproximação de Green-Naghdi ...................................................................................... 100
6.4. Hiperelastoplasticidade ................................................................................................... 102
6.4.1. Relação tensão-deformação ......................................................................................... 103
6.4.2. Superfície de Plastificação ........................................................................................... 105
6.4.3. Leis de evolução........................................................................................................... 105
6.4.4. Determinação do multiplicador plástico ...................................................................... 107
6.4.5. Evolução da tensão....................................................................................................... 108
6.5. Modelos adotados ........................................................................................................... 109
6.5.1. Leis constitutivas elásticas ........................................................................................... 109
6.5.2. Critério de plastificação ............................................................................................... 110
6.5.3. Lei de fluxo .................................................................................................................. 111
6.5.4. Leis de encruamento isotrópico ................................................................................... 112
6.5.5. Leis de encruamento cinemático .................................................................................. 112
6.6. Previsão elástica e correção plástica ............................................................................... 113
6.6.1. Retorno para a aproximação de Green-Naghdi ............................................................ 115
6.6.2. Retorno para a hiperelastoplasticidade ........................................................................ 118
6.7. Formulação para barra prismática sob tração uniaxial.................................................... 120
6.7.1. Formulação de Green-Naghdi para barras sob tração uniaxial .................................... 124
6.7.2. Formulação hiperelastoplástica para barras prismáticas sob tração uniaxial............... 131
7. MATERIAIS COM GRADAÇÃO FUNCIONAL ........................................................ 139
7.1. Definição ......................................................................................................................... 139
7.2. Leis de GF adotadas ........................................................................................................ 139
7.2.1. Leis clássicas ................................................................................................................ 140
7.2.2. Leis propostas .............................................................................................................. 143
7.3. Modelos hiperelásticos com GF ...................................................................................... 145
7.4. Modelos elastoplásticos com GF .................................................................................... 147
7.4.1. Aproximação de Green-Naghdi ................................................................................... 147
7.4.2. Hiperelastoplasticidade................................................................................................. 149
7.5. Barras hiperelastoplásticas com GF sob tração uniaxial ................................................. 149
7.5.1. GF do módulo de Young .............................................................................................. 152
7.5.2. GF das constantes de encruamento isotrópico.............................................................. 155
8. CÓDIGOS COMPUTACIONAIS DESENVOLVIDOS ............................................... 159
8.1. Gerador de funções de forma........................................................................................... 159
8.2. Gerador de malhas ........................................................................................................... 160
8.3. Integração numérica ........................................................................................................ 161
8.3.1. Elemento finito sólido hexaédrico ................................................................................ 161
8.3.2. Elemento finito sólido tetraédrico ................................................................................ 162
8.4. Algoritmo de análise não linear geométrica de materiais em regime elástico ................ 164
8.5. Algoritmo de análise não linear geométrica de materiais em regime elastoplástico ....... 167
8.5.1. Estratégias de previsão elástica .................................................................................... 168
8.6. Processamento paralelo ................................................................................................... 174
8.7. Pós-processamento .......................................................................................................... 175
8.8. Programas EPIM3D e DD3IMP ...................................................................................... 176
8.8.1. Cinemática .................................................................................................................... 177
8.8.2. Comportamento elástico ............................................................................................... 177
8.8.3. Comportamento plástico ............................................................................................... 178
8.8.4. Elementos finitos .......................................................................................................... 179
8.8.5. Previsão elástica e correção plástica............................................................................. 179
8.8.6. Materiais com pequenas deformações elásticas ........................................................... 179
8.8.7. Barras sob tração uniaxial em regime de pequenas deformações elásticas .................. 181
8.8.7.1. Barras constituídas de material com encruamento isotrópico ................................... 182
8.8.7.2. Barras constituídas de material com encruamento cinemático de Prager ................. 184
8.8.7.3. Aproximação de Green-Naghdi ................................................................................. 186
8.8.7.4. Formulação dos programas EPIM3D e DD3IMP ..................................................... 187
9. EXEMPLOS NUMÉRICOS ............................................................................................ 189
9.1. Estruturas constituídas de material em regime elástico ................................................... 190
9.1.1. Problemas com deformação uniforme .......................................................................... 190
9.1.1.1. Tração uniaxial .......................................................................................................... 191
9.1.1.2. Compressão uniaxial ................................................................................................. 194
9.1.1.3. Cisalhamento simples ................................................................................................ 200
9.1.2. Obtenção do número necessário de pontos de integração ............................................ 203
9.1.3. Comparação do tipo de refinamento da malha............................................................. 215
9.1.4. Comparação do tempo de processamento para os elementos sólidos .......................... 218
9.1.5. Tração uniaxial de prisma com GF .............................................................................. 218
9.1.6. Vigas e pórticos planos ................................................................................................ 222
9.1.6.1. Viga prismática em balanço ...................................................................................... 223
9.1.6.2. Pórtico diamante ....................................................................................................... 236
9.1.6.3. Pórtico quadrado ....................................................................................................... 240
9.1.6.4. Viga semicircular em balanço ................................................................................... 242
9.1.6.5. Coluna engastada sob primeiro modo de flambagem ............................................... 245
9.1.6.6. Coluna engastada sob segundo modo de flambagem................................................ 249
9.1.6.7. Coluna engastada sob terceiro modo de flambagem ................................................. 250
9.1.7. Vigas tridimensionais ................................................................................................... 256
9.1.7.1. Viga circular em balanço .......................................................................................... 257
9.1.7.2. Flambagem lateral de viga engastada ....................................................................... 259
9.1.8. Chapas e cascas ............................................................................................................ 260
9.1.8.1. Membrana de Cook ................................................................................................... 262
9.1.8.2. Cilindro espesso sob linha de carga .......................................................................... 269
9.1.8.3. Casca hemisférica ..................................................................................................... 271
9.1.8.4. Placa engastada em forma de anel ............................................................................ 273
9.1.8.5. Cilindro fino com abas livres tracionado .................................................................. 274
9.1.9. Sólidos tridimensionais ................................................................................................ 276
9.1.9.1. Bloco parcialmente carregado ................................................................................... 277
9.1.9.2. Bloco cúbico em balanço .......................................................................................... 280
9.1.9.3. Sólido de Cook .......................................................................................................... 282
9.2. Estruturas constituídas de material em regime elastoplástico ......................................... 286
9.2.1. Comparação das estratégias de previsão elástica ......................................................... 286
9.2.2. Comparação dos algoritmos de correção plástica (retorno) ......................................... 290
9.2.3. Tração uniaxial ............................................................................................................. 295
9.2.3.1. Material homogêneo com encruamento isotrópico sob pequenas deformações elásticas
............................................................................................................................................ 295
9.2.3.2. Material homogêneo elastoplástico perfeito sob grandes deformações elastoplásticas
............................................................................................................................................ 299
9.2.3.3. Material com GF das constantes de encruamento em regime de pequenas deformações
elásticas .............................................................................................................................. 304
9.2.3.4. Material elastoplástico perfeito com GF do módulo de Young sob grandes
deformações elastoplásticas ................................................................................................ 309
9.2.3.5. Material com GF da constante K da lei de Swift sob grandes deformações
elastoplásticas ..................................................................................................................... 313
9.2.3.6. Material homogêneo com encruamento cinemático não linear sob grandes
deformações elastoplásticas ................................................................................................ 316
9.2.4. Compressão uniaxial..................................................................................................... 317
9.2.4.1. Material homogêneo com lei hiperelástica linear e lei de Swift................................ 319
9.2.4.2. MGF, lei hiperelástica linear e lei de Voce ............................................................... 320
9.2.5. Cisalhamento simples ................................................................................................... 322
9.2.5.1. Material homogêneo com lei hiperelástica linear e lei de Swift................................ 322
9.2.5.2. Material homogêneo com leis hiperelástica e de encruamento cinemático não lineares
............................................................................................................................................ 324
9.2.6. Viga em balanço com força prescrita ........................................................................... 326
9.2.7. Viga em balanço com deslocamento prescrito ............................................................. 327
9.2.8. Bloco parcialmente carregado ...................................................................................... 330
9.2.9. Indentação de bloco ...................................................................................................... 332
9.2.10. Chapa com orifício circular tracionada ...................................................................... 333
9.2.11. Achatamento de cilindro............................................................................................. 337
9.2.12. Achatamento de prisma .............................................................................................. 339
9.3. Tempo de processamento para as estratégias seqüencial e paralela ................................ 341
10. CONCLUSÕES............................................................................................................... 345
10.1. Tópicos do estudo .......................................................................................................... 345
10.2. Elementos finitos sólidos ............................................................................................... 345
10.3. Equilíbrio ....................................................................................................................... 346
10.4. Hiperelasticidade ........................................................................................................... 346
10.5. Elastoplasticidade .......................................................................................................... 346
10.6. GF .................................................................................................................................. 347
10.7. Regime de pequenas deformações elásticas .................................................................. 347
10.8. Resultados numéricos .................................................................................................... 348
10.9. Idéias para trabalhos futuros .......................................................................................... 349
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 351
ANEXO A .............................................................................................................................. 367
ANEXO B .............................................................................................................................. 369
APÊNDICE A ....................................................................................................................... 375
APÊNDICE B ....................................................................................................................... 397
APÊNDICE C ....................................................................................................................... 399
APÊNDICE D ....................................................................................................................... 403
APÊNDICE E ....................................................................................................................... 407
APÊNDICE F ....................................................................................................................... 425
1. INTRODUÇÃO
1.1. Generalidades
- revisão de Mecânica Não Linear do Contínuo (MNLC), que inclui os seguintes tópicos:
álgebras linear e tensorial; cinemática ou estudo do movimento; medidas de deformação e de
tensão; balanços e problemas de valor de contorno; leis constitutivas; equilíbrio de forças; e
princípios variacionais;
- estudo do conceito de GF, a qual é definida como a variação contínua e suave das
propriedades mecânicas do material ao longo do volume;
Outra justificativa deste estudo é que o grupo de pesquisa no qual se insere o aluno já
possui códigos computacionais de análise não linear geométrica com elementos finitos de
barra, de pórtico e de casca, limitados, contudo, a pequenas deformações. Portanto,
implementar a metodologia numérica do grupo com uso de elementos finitos sólidos para
materiais em regime de grandes deformações ampliaria as aplicações de tal metodologia. É
possível, futuramente, desenvolver programas de análise não linear - geométrica e física - nos
quais existam os mais diferentes tipos de elementos no mesmo código computacional, o que
seria bastante útil para o engenheiro de estruturas, já que este poderia ter, no mesmo
programa, várias opções de elementos finitos para modelar seus componentes estruturais.
É indiscutível a importância científica do aprofundamento no estudo de análises
numéricas não lineares para problemas complexos da engenharia estrutural. Isso é válido tanto
para o aluno quanto para o grupo de pesquisa e para a Universidade de São Paulo (USP).
Ademais, são encontradas aplicações de tais análises em diversas áreas da engenharia. Por
fim, pretende-se desenvolver programas cada vez melhores, ou seja, programas com
estratégias numéricas que possibilitem simulações computacionais mais rápidas e, ao mesmo
tempo, mais realistas.
Além da introdução, esta tese possui mais nove capítulos. No segundo capítulo, que é
a revisão bibliográfica, discorre-se brevemente sobre os seguintes tópicos da literatura
científica consultada, relacionados ao presente estudo: MNLC; elasticidade;
elastoplasticidade; MGFs; análise não linear numérica via MEF; e programação em paralelo.
Nesta seção, são descritos brevemente alguns dos inúmeros estudos consultados ao
longo da pesquisa, relacionados com a presente tese.
2.1. MNLC
Devido ao fato de a MNLC ser uma teoria já consagrada no meio acadêmico, não é
realizada aqui uma revisão bibliográfica sobre o assunto. Nesta seção, são citados alguns dos
trabalhos, relacionados à MNLC, que foram consultados ao longo da pesquisa.
De acordo com Holzapfel (2004), todo material hiperelástico, além de ser elástico, é
descrito por um potencial escalar chamado de energia livre de Helmholtz, definida por
unidade de volume inicial. O modelo de SVK também é chamado de lei hiperelástica linear,
pois estabelece uma relação linear entre tensão e deformação. Segundo Itskov e Aksel (2004),
tal modelo é a relação hiperelástica mais simples e, por isso, é bastante empregado em
análises de materiais elásticos em regime de grandes deslocamentos. Já os modelos
hiperelásticos em que a relação entre tensão e deformação não é linear são chamados de
modelos hiperelásticos não lineares (DÜSTER; HARTMANN; RANK, 2003; HARTMANN;
NEFF, 2003; PASCON, 2008).
Outros conceitos da teoria clássica da plasticidade podem ser usados para analisar
materiais elastoplásticos sob regime de grandes deformações como, por exemplo
(LUBLINER, 1990; MAUGIN, 1992; KHAN; HUANG, 1995): condições de carregamento
elástico, plástico e neutro, e condição de descarregamento; critério e superfície de
plastificação; condição de consistência; encruamentos cinemático e isotrópico; leis de
evolução da deformação plástica, também chamadas de leis de fluxo plástico; potencial e
trabalho plástico; associatividade; e regra da normalidade. Assim sendo, tais conceitos são
utilizados na formulação elastoplástica adotada na presente tese.
De acordo com Naghdi e Trapp (1975), baseado na hipótese de trabalho mecânico não
negativo em ciclos fechados de deformação, é possível concluir a existência da regra da
normalidade, em que é afirmado que a direção do fluxo plástico, no espaço das deformações
ou das tensões, é normal à superfície de plastificação. Essa regra da normalidade, empregada
no presente estudo, permite escrever a lei de fluxo plástico como sendo a derivada, em relação
ao tensor das tensões, da função escalar que descreve a superfície de plastificação. Contudo,
Houlsby e Puzrin (2000) afirmaram que não é possível provar teoricamente a regra da
normalidade, embora seja uma aproximação razoável.
2.4. MGFs
Segundo Woo e Meguid (2001), GhannadPour e Alinia (2006) e Oyekoya, Mba e El-
Zafrany (2009), o conceito de MGF surgiu em 1984 como proposta, durante o projeto espacial
japonês, para um material de barreira térmica capaz de suportar temperaturas de 2000 K em
uma das faces e um gradiente de 1000 K ao longo da seção transversal (menor que 10mm). A
placa deveria ter alta resistência térmica (propriedade das cerâmicas) na face externa, para
suportar o calor, e alta resistência mecânica (propriedade dos metais) na face interna, para
suportar os esforços mecânicos. A solução foi adotar uma placa com GF cuja face externa
fosse cerâmica e a interna fosse metálica. Tais estudos, porém, não fornecem o nome nem o
autor do artigo original em que foi introduzido o conceito de GF. Já o nome “functionally
graded material” (FGM) foi sugerido, segundo Arciniega e Reddy (2007), por Yamanouchi et
al. (1990) e Koizumi (1997).
Com relação às aplicações de materiais com GF, as mais usuais são aquelas em
ambientes com altas temperaturas como, por exemplo, reatores de fusão nuclear, usinas
químicas e aeronaves a grandes velocidades (ARCINIEGA; REDDY, 2007). Apenas para
exemplificar, é afirmado em Chen (2005) que, na combinação de metal e cerâmica em
componentes com GF, são aproveitadas a boa tenacidade à fratura do metal e as boas
resistências mecânica e térmica da cerâmica, o que aumenta a vida útil do material. De acordo
com Ben-Oumrane et al. (2009), materiais com GF também são usados nas indústrias
aeronáutica, automobilística, bélica e, mais recentemente, nas áreas eletrônica e biomédica.
Apesar de as principais aplicações de materiais com GF estarem em ambientes com altas
variações térmicas, um dos objetivos do presente estudo é realizar simulações numéricas de
materiais com GF das propriedades constitutivas elastoplásticas, já que a análise aqui é
isotérmica.
O MEF pode ser aplicado tanto para problemas estruturais lineares como não lineares.
Conforme afirmado em Crisfield (2000), o artigo mais antigo sobre elementos finitos para
análise estrutural não linear geométrica é o de Turner et al. (1960), em que são analisadas
estruturas da indústria aeronáutica com grandes deslocamentos. É afirmado em Belytschko,
Liu e Moran (2000) que simulações numéricas, via elementos finitos, para análise não linear
vêm substituindo testes experimentais com protótipos nas indústrias automotiva, de
manufatura e eletrônica, por exemplo. Isso porque, segundo tal livro, a simulação numérica é
mais rápida e menos dispendiosa do que os testes com protótipos, com relação ao
dimensionamento e ao projeto. O problema da análise não linear geométrica via MEF é que o
sistema global de equações que descreve o equilíbrio da estrutura possui caráter não linear.
Uma das maneiras de resolver tal inconveniente, usada nesta pesquisa, é empregar o método
de Newton (BELYTSCHKO; LIU; MORAN, 2000), também chamado de método de
Newton-Raphson (CRISFIELD, 2000).
É descrita, nos estudos de Coda e Greco (2004), Greco e Coda (2006), Coda e Paccola
(2007) e Coda (2009), a versão posicional do MEF para análise não linear geométrica. Em tal
formulação, os graus de liberdade são as posições finais dos nós, e não os deslocamentos dos
mesmos, como é feito usualmente (ZIENKIEWICZ; TAYLOR, 2005). Apesar dessa
diferença, a análise via MEF posicional deve, teoricamente, fornecer os mesmos resultados da
respectiva análise via MEF tradicional. O MEF posicional é utilizado em vários outros
estudos como, por exemplo: Minski (2008), que analisou impacto bidimensional entre
estruturas aneladas e anteparo rígido; Maciel (2008), que realizou análise não linear
geométrica de pórticos planos e sólidos tridimensionais; e Carrazedo (2009), que estudou
impacto entre estruturas constituídas de material elastoplástico com consideração de efeitos
térmicos. Além da formulação posicional do MEF, é descrito nos estudos supramencionados o
princípio da mínima energia potencial total, que é empregado nesta pesquisa para descrição
do equilíbrio estrutural (estático).
Vários tipos de elementos finitos são encontrados na literatura científica
(ZIENKIEWICZ; TAYLOR, 2005; BELYTSCHKO; LIU; MORAN, 2000; CRISFIELD,
2000). No presente estudo, são utilizados elementos finitos sólidos (tridimensionais).
Algumas vantagens e desvantagens de elementos finitos sólidos, em relação aos demais
elementos, são comentadas nos seguintes artigos, por exemplo: Düster, Bröker e Rank (2001),
Wang e Wagoner (2005), Petchsasithon e Gosling (2005) e Shepherd e Johnson (2008).
Contudo, não se pretende comparar - nesta pesquisa - vários tipos de elementos finitos entre
si, já que um dos objetivos iniciais é, apenas, a implementação computacional de elementos
tridimensionais para simulações numéricas de estruturas altamente deformáveis. Uma das
justificativas do presente estudo é a de que, de acordo com a pesquisa bibliográfica realizada,
não existem estudos sobre simulação numérica de estruturas altamente deformáveis
constituídas de material elástico e elastoplástico com GF via elementos finitos sólidos. Na
maior parte dos estudos sobre tais estruturas, são usados elementos finitos de casca
(GHANNADPOUR; ALINIA, 2006; ARCINIEGA; REDDY, 2007; ZHAO; LIEW, 2009;
HUANG; HAN, 2010). Além disso, com relação à análise via MEF de materiais com GF sob
regime de grandes deformações, existem pouquíssimos estudos como, por exemplo, o de
Bilgili (2002) e o de Batra e Bahrami (2009).
Dois problemas numéricos com relação ao MEF têm sido observados na literatura
científica. O primeiro deles é que elementos finitos com baixa ordem de aproximação
polinomial são mais suscetíveis a um fenômeno conhecido como travamento (FLANAGAN;
BELYTSCHKO, 1981; BACHRACH; BELYTSCHKO, 1986; SURI, 1996). Embora seja um
conceito confuso em boa parte dos artigos, o travamento pode ser entendido como sendo a
incapacidade de um elemento finito de reproduzir determinado modo de deformação. Três
tipos de travamento são abordados em Belytschko, Liu e Moran (2000): travamento
volumétrico, relacionado à incapacidade do elemento de reproduzir deformação isocórica, ou
seja, deformação sem alteração de volume; travamento por cortante, quando o elemento não é
capaz de apresentar deformações cisalhantes nulas; e travamento de membrana, quando o
elemento não consegue reproduzir flexão sem apresentar estiramento (ou encurtamento) das
fibras inicialmente paralelas entre si. De acordo com Suri (1996), Düster, Hartmann e Rank
(2003), Reddy (2004) e Arciniega e Reddy (2007), o emprego de elevadas ordens de
aproximação polinomial elimina o travamento, o que aumenta a confiabilidade dos resultados
fornecidos pela análise. Contudo, isso leva ao segundo problema numérico do MEF: o
elevado tempo de processamento exigido para análise com elementos de alta ordem, bem
como a grande capacidade de memória necessária. Para contornar os referidos problemas
numéricos do MEF, alguns pesquisadores têm proposto técnicas alternativas para elementos
de baixa ordem como, por exemplo: integração seletiva e reduzida (MALKUS; HUGHES,
1978a; MALKUS; HUGHES, 1978b); método do enriquecimento em deformação, o EAS
(SIMO; RIFAI, 1990; SIMO; ARMERO, 1992); método da deformação natural assumida, a
ANS (BATHE; DVORKIN, 1985; HUANG; HINTON, 1986); e métodos de estabilização dos
modos espúrios de energia, chamados de “hourglass modes” (KOSLOFF; FRAZIER, 1978;
BELYTSCHKO et al., 1984; REESE, 2007). Todavia, para o autor da presente tese, a
precisão obtida com essas técnicas alternativas, com relação aos campos de tensão, não é
garantida. Neste estudo, defende-se a ideia de que elevadas ordens de aproximação,
juntamente com integração completa das equações envolvidas e com malhas de elementos
suficientemente refinadas (ZIENKIEWICZ; TAYLOR, 2005), tendem a eliminar, por
completo, o travamento sem prejudicar a precisão dos resultados fornecidos. Ademais, para
reduzir o elevado tempo de processamento necessário, pode ser empregado o processamento
paralelo (ver item 2.6).
Sabe-se que na análise via MEF, é possível discretizar a mesma estrutura com malhas
de elementos finitos diferentes. O que diferencia tais malhas são a quantidade, a posição e a
ordem dos elementos finitos. Quanto maior a quantidade e a ordem dos elementos, maior é o
refinamento da malha, e maior é a ordem do sistema de equações a ser resolvido, isto é, maior
é o número de equações ou de incógnitas. Assim, para malhas de elementos muito refinadas, o
tempo de processamento necessário para solução do sistema se torna muito elevado. Para
tornar mais rápida a referida solução, vários métodos da literatura científica podem ser
usados. Um deles é o método direto multifrontal baseado na eliminação de Gauss, descrito por
Duff e Reid (1983). Tal procedimento é base para as sub-rotinas MA27 (DUFF; REID, 1982)
e MA57 (DUFF, 2004), as quais são usadas para resolução de sistemas lineares simétricos. Na
metodologia empregada no presente estudo para análise via MEF, tais características estão
presentes no sistema de equações resultante. Embora existam outras estratégias para solução
de sistemas lineares simétricos (TURNER, 1991; SCOTT; HU, 2007; POPA, 2008; RAO;
SARITA, 2008), a sub-rotina usada nos códigos computacionais desenvolvidos nesta pesquisa
é a MA57. Segundo Duff (2004), essa sub-rotina é mais eficiente, com relação ao tempo de
processamento, do que a MA27, a qual foi bastante utilizada pelo grupo de pesquisa do aluno.
x = ( x ) φk ( ξ )
k
(3.1.1)
y = ( y ) φk ( ξ )
k
(3.1.2)
ξ1
ξ = ξ 2 (3.1.3)
ξ
3
φ k ( ξ m ) = δ km (3.2)
x i = ( x i ) φk ( ξ )
k
(3.3.1)
yi = ( yi ) φk ( ξ )
k
(3.3.2)
onde a i é a componente do vetor a na direção i. Por exemplo, para descrever o vetor posição
atual de cada elemento finito, os valores nodais empregados são as três coordenadas atuais
( y1 , y 2 e y3 ) dos nós pertencentes a esse elemento. Nesta tese, tais valores são os graus de
liberdade (ZIENKIEWICZ; TAYLOR, 2005) da estrutura analisada, ou seja, as três
coordenadas atuais de todos os nós são os parâmetros nodais, usados para descrever a posição
atual de toda a estrutura.
Figura 3.1. Espaços auxiliares adimensionais para os elementos sólidos tetraédrico e hexaédrico.
onde φ é o vetor que contém todas as funções de forma; M coef é a matriz (quadrada) que
onde φTET
k e φHEX
k são, respectivamente, as funções de forma para os elementos tetraédrico e
hexaédrico; e cik representam os coeficientes das funções de forma φk (os índices i e k variam
de um até o número de nós por elemento). Todas as quatro funções de forma do elemento
tetraédrico linear podem ser escritas por meio da expressão (3.5.1), e todas as oito funções de
forma do elemento hexaédrico linear podem ser escritas por meio da expressão (3.5.2). Para
fins de esclarecimento, as referidas expressões podem ser expandidas:
φ1
TET
c11 c12 c13 c14 1
1
φ 2 c c 22 c32 c 24 ξ1
= 12 (3.6.1)
φ3 c3 c32 c33 c34 ξ 2
φ4 1
c 4 c 42 c34 c 44 ξ3
φ1
HEX
c11 c12 c13 c14 c15 c16 c17 c18 1
φ 1
2 c2 c 22 c32 c 24 c52 c62 c72 c82 ξ1
φ3 c13 c32 c33 c34 c53 c36 c37 c83 ξ 2
1
φ 4 c 42 c34 c 44 c54 c64 c74 c84 ξ3
= 14
c
c (3.6.2)
φ5 c52 c35 c54 c55 c56 c57 c85 ξ1ξ 2
15
φ6 c6 c62 c36 c64 c56 c66 c67 c86 ξ1ξ3
c1
φ7 c72 c37 c74 c57 c76 c77 c87 ξ2 ξ3
7
φ c88 ξ1ξ2 ξ3
c8
1
8 c82 c83 c84 c85 c86 c87
A primeira expressão é válida para o tetraedro linear, e a segunda para o hexaedro linear.
As fórmulas para determinação da matriz M coef e do vetor v ξ (ver equação 3.4), para
uma ordem de aproximação genérica, são fornecidas no Apêndice A desta tese. De posse da
matriz M coef e do vetor v ξ , é possível calcular, por meio da equação (3.4), os valores de
todas as funções de forma em qualquer ponto pertencente ao elemento finito com coordenadas
adimensionais ( ξ1 , ξ 2 e ξ3 ) conhecidas.
f = y ( x ) ou f i = yi ( x1 ,x 2 ,x 3 ) (3.7)
Na maior parte dos livros nos quais é abordada a cinemática do contínuo, como
Coimbra (1981), Marsden e Hughes (1983), Ogden (1984), Ciarlet (1988) e Holzapfel (2004),
a função mudança de configuração f é chamada de movimento, é dependente do tempo e é
representada pelo campo vetorial χ :
= ( x, t ) χ ( x, t ) ou χ i = yi ( x1 ,x 2 ,x 3 ,t )
y y= (3.8)
( x, t ) y ( x, t ) − x ou u ( x=) y ( x ) − =
u= x f ( x ) − x ou u i = yi − x i =fi − x i (3.9)
Já que a análise do presente estudo é estática, o tempo t foi retirado dos argumentos das
funções.
Com a aproximação adotada neste estudo (ver equações 3.1) e com o uso do
mapeamento duplo a partir do espaço adimensional (ver figura 3.1), a função mudança de
configuração pode ser calculada da seguinte forma (CODA; PACCOLA, 2007; PASCON,
2008):
( )
f = ( f1 ) f0 −1 (3.10.1)
f0 = x ( ξ ) ou ( f 0 )ξi ,ξ
= x,ξi ( 1 2 3 ) (3.10.3)
( )
−1
espaço adimensional ξ ; e o símbolo denota, neste caso, a inversa de uma função
vetorial. Pode-se notar que o vetor f0 faz a associação única entre as coordenadas
maneira única, pelo vetor f1 . A mudança de forma total (entre as posições inicial e atual),
representada por f , não é escrita explicitamente. Ela é obtida indiretamente com uso das
expressões (3.10). Uma interpretação geral das funções f0 , f1 e f , no que diz respeito ao
MEF posicional (CODA; GRECO, 2004), é dada na figura 3.2.
Figura 3.2. Funções mudança de forma (inicial, atual e total) no MEF posicional.
3.3. Gradiente
∂f ∂y ( x ) ∂f i ∂yi ( x1 ,x 2 ,x 3 )
A =∇f =Grad ( f ) = = ou =
A ij = (3.11)
∂x ∂x ∂x j ∂x j
∂a
onde ∇ ( • ) - ou Grad ( • ) - é o operador gradiente (HOLZAPFEL, 2004); e representa a
∂b
derivada do vetor a em relação ao vetor b . No caso acima, o gradiente é classificado de
material (ou Lagrangiano) já que a derivada é feita em relação à coordenada inicial. Na maior
parte dos estudos sobre MNLC, o tensor gradiente é representado pela letra maiúscula F .
Aqui, todavia, é seguida a notação utilizada em Pascon (2008). O gradiente determina a
maneira pela qual um segmento infinitesimal de linha na posição inicial se transforma no seu
correspondente segmento infinitesimal na posição atual, isto é, A é um operador linear entre
tais segmentos (HOLZAPFEL, 2004):
onde dV0 é o volume infinitesimal (na posição inicial) que se transforma, devido à mudança
Com uso das aproximações empregadas neste estudo para descrição das posições
inicial e atual (ver equações 3.1), e com a expressão resultante dessas aproximações para a
função mudança de configuração (ver equações 3.10), o gradiente pode ser obtido da seguinte
forma (CODA; PACCOLA, 2007; PASCON, 2008):
A = A1 ( A 0 )
−1
(
ou A ij = ( A1 )ik A 0 -1 ) kj
(3.15.1)
∂φk
( A 0 )ij = x ik (3.15.2)
∂ξ j
∂φk
( A1 )ij = yik (3.15.3)
∂ξ j
indica a inversa de uma matriz. Assim como a mudança de forma total ( f ), o gradiente total
( A ) não é expresso de forma explícita. Ele é obtido numericamente por meio do produto
matricial (3.15.1).
=
C A=
T
=
A I ou δ=
Cij A ki A kj ij (3.16)
E=
1
2
1
(
( C − I )= A T A − I=
2
)
ou E ij δ ( A ki A kj −
1
2
ij ) (3.17)
CT = C e ET = E ou C ji = Cij e E ji = E ij (3.18)
Outras grandezas que aparecem em modelos constitutivos hiperelásticos (PASCON,
2008), utilizados aqui, são os invariantes do tensor C (ver equações 3.13 e 3.16):
( C ) tr=
i1= ( C ) Cii (3.19.1)
i2 (C) =
1
2
2
( ) 1
2
2
( )
( trC ) + tr C2 = ( Cii ) + C2 ii (3.19.2)
i3 ( C ) det
= = (C) J2 (3.19.3)
A = RU (3.20.1)
RTR = I (3.20.2)
U T=
U U=
2
C (3.20.3)
onde R é um tensor relativo a movimento de corpo rígido (ver equação 3.16), também
chamado de tensor de rotação (COIMBRA, 1981); e U é o tensor de alongamento direito
(HOLZAPFEL, 2004), também chamado de tensor elongação direito (COIMBRA, 1981).
Segundo o referido teorema, essa decomposição é única, o tensor R é ortogonal, e o tensor
U é simétrico e positivo-definido (HOLZAPFEL, 2004).
=A A=
vol A iso ( J I )( J
1/3 −1/3
A ) (3.21.1)
mas não de formato, e que a parcela A iso provoca mudança de formato mas não de volume.
Por exemplo, um retângulo (no espaço bidimensional) submetido, apenas, à parcela
volumétrica do gradiente (equação 3.21.2) terá sua área alterada, porém continuará sendo um
retângulo, cujas arestas permanecerão perpendiculares entre si e com a mesma proporção de
tamanho. Caso o retângulo seja submetido, apenas, à parcela isocórica do gradiente (equação
3.21.3), ele poderá mudar de formato, porém sua área permanecerá a mesma. É possível
definir, também, as parcelas volumétrica e isocórica do tensor de Cauchy-Green direito (ver
equações 3.16 e 3.21):
=
Cvol A= T
vol A vol J 2/3I (3.22.1)
−2/3 T
=
Ciso A= T
iso A iso J= A A J −2/3C (3.22.2)
Por fim, uma das decomposições que aparecem nas análises estruturais de materiais
elastoplásticos sob grandes deformações, abordados aqui, é a de Kröner-Lee (KRÖNER,
1960; LEE, 1969):
A = A e A p ou A ij = ( A e )ik ( A p ) (3.23)
kj
onde A e e A p são, nesta ordem, as parcelas elástica e plástica do gradiente (3.11). Nessa
C = A Tp Ce A p (3.24.1)
Ce = A e T A e (3.24.2)
=
E A Tp Ee A p + Ep ≠ Ee + Ep (3.24.3)
1
=
Ee ( Ce − I ) (3.24.4)
2
=
Ep
1
2
( Cp − I ) (3.24.5)
Cp = A p T A p (3.24.6)
= (L)
D sim =
1
2
(
L + LT ) (3.25.2)
= (L)
W ant =
1
2
(L − LT ) (3.25.3)
• •
E = A T DA ou D = A -T E A -1 (3.26)
= Le + AeL p ( Ae )
-1
L (3.27.1)
•
L e = A e A e-1 (3.27.2)
•
L=
p A p A=
-1
p Dp + Wp (3.27.3)
D De + sim A e L p ( A e )
-1
= (3.27.4)
= ( Le )
De sim =
1
2
(
L e + LTe ) (3.27.5)
= ( Lp )
Dp sim =
1
2
(
L p + LTp ) (3.27.6)
= We + ant A e L p ( A e )
-1
W (3.27.7)
= ( Le )
We ant =
1
2
(L e − LTe ) (3.27.8)
= ( Lp )
Wp ant =
1
2
(
L p − LTp ) (3.27.9)
4.1. Tensão
Segundo Holzapfel (2004), mudanças de configuração que não sejam de corpo rígido
(equação 3.16) provocam interações entre os pontos materiais no interior do corpo. Uma das
consequências dessas interações é o aparecimento de forças ao longo das superfícies internas
de contato entre os pontos materiais. Para medir a relação entre essas forças e essas áreas
superficiais, são usadas as medidas de tensão. Sabe-se (HOLZAPFEL, 2004) que a tensão é a
causa da mudança de configuração em um corpo, e que o campo tensorial que descreve essa
grandeza ao longo de um corpo é chamado de campo de tensão.
Duas medidas de tensão são usadas neste estudo. A primeira é o tensor de tensão de
Cauchy, que representa a relação entre forças internas e áreas superficiais, ambas na posição
atual y (ver seção 3.1), por meio do teorema da tensão de Cauchy (COIMBRA, 1981;
HOLZAPFEL, 2004):
t ( y=
, n ) σ ( y ) ⋅ n ou tσi =n ij j (4.1)
( )
S = JA -1σA -T ou Sij =σJ AA-1
ik kl ( )
-1
jl
(4.3.1)
1 1
σ = ASA T ou σij = A ik Skl A jl (4.3.2)
J J
4.3. Elasticidade
σ ( y ) = G ( A, x ) ou σ ( y ) = F ( E, x ) (4.4)
onde G e F , neste caso, são chamadas de funções elásticas de resposta material. Quando a
função que descreve a resposta mecânica do material elástico não depende da posição inicial
x , ele é chamado de elástico homogêneo (HOLZAPFEL, 2004):
σ ( y ) = G ( A ) ou σ ( y ) = F ( E ) (4.5)
S = SE ( E) (4.6)
onde S E é a função tensorial que estabelece a relação entre a tensão S (ver equações 4.3) e a
deformação de Green-Lagrange ( E ).
4.4. Inelasticidade
Quando o campo de tensão (ver seção 4.1) em um ponto material depende, não apenas
da deformação, mas do histórico - ou do caminho - da deformação, esse ponto apresenta uma
parcela de deformação elástica e outra inelástica (HOLZAPFEL, 2004):
( ) (
σ ( y ) = G A, A h , x ou σ ( y ) = F E, Eh , x ) (4.7)
onde G e F são chamadas de funções de resposta material, as quais definem, neste caso, a
relação entre tensão, deformação e histórico de deformação; A h é o tensor que representa o
histórico do gradiente A (3.11); e Eh é o tensor que representa o histórico da deformação de
Green-Lagrange E (3.17). Usualmente, a parcela inelástica de deformação é associada a
fenômenos dissipativos.
No contexto dos materiais com parcela de deformação inelástica (ver equação 4.7),
aparece o conceito de variáveis internas (HOLZAPFEL, 2004), usadas para descrever - ou
quantificar - o processo de deformação inelástica. De modo geral, as variáveis que descrevem
a deformação são chamadas de externas quando podem ser medidas diretamente (como a
deformação total de Green-Lagrange ou a temperatura). Caso contrário, são chamadas de
variáveis internas. No caso geral da equação (4.7), as variáveis externas e internas são
empregadas para descrever as propriedades constitutivas do material.
∂S ∂S E ( E ) ∂ SE ( E ) ij
Γ= = ou ( Γ e )ijkl = (4.8)
∂E ∂E ∂E kl
e
4.6. Equilíbrio
∂u e ∂u
fint = ∫ dV0 ou ( f int )i = ∫ e dV0 (4.9.2)
Ω0
∂y Ω0
∂yi
onde fint e fext são, respectivamente, os vetores de forças internas e de forças externas (ou
infinitesimal do corpo na posição inicial. A grandeza u e , cuja dimensão é energia por unidade
de volume, representa a energia armazenada em um volume infinitesimal deformado
(HOLZAPFEL, 2004). Conforme será explicado no item 5.1 desta tese, a grandeza u e pode
ser empregada para caracterizar o comportamento mecânico do material e, assim, definir o
modelo constitutivo (ver item 4.2).
Com a aproximação numérica utilizada nesta tese (ver equações 3.1), o vetor posição
final y que aparece na expressão (4.9.2) passa a ser o vetor de parâmetros nodais, ou seja, y
é o vetor que contém todos os graus de liberdade, que são as (três) coordenadas finais dos nós.
Neste estudo, as forças externas são conservativas, isto é, seus valores independem da posição
final y . Ademais, fext é o vetor que contém as forças aplicadas nos nós (ao longo das três
direções). Por fim, a equação de equilíbrio (4.9) é chamada de local quando é aplicada a um
elemento finito, e global quando é aplicada a toda estrutura.
a função fint = fint ( y ) é conhecida, mas a sua inversa y = y ( fint ) não é. Para contornar este
∂r0
Taylor, de r0 em torno de y = y 0 e linearização do problema: r0 + ⋅ Δy =
0 , onde 0 é o
∂y
vetor nulo (HOLZAPFEL, 20004); e cálculo do incremento Δy e da nova posição tentativa
−1
∂r
y1 : Δy =
y1 − y 0 =
− 0 ⋅ r0 . O processo é iterativo, ou seja, a posição final y é atualizada
∂y
até que o vetor resíduo de forças =
r fint − fext seja suficientemente pequeno. No método de
Newton-Raphson, o resíduo r e a derivada ∂r / ∂y devem ser calculados em cada iteração.
No presente estudo, o método iterativo descrito neste parágrafo, apesar de não ser
necessariamente incremental, é aplicado com divisão do carregamento em passos (ou
incrementos finitos) de carga. Isso é feito para facilitar a convergência de cada iteração e para
mostrar o caminho - ou a trajetória - de equilíbrio.
∂u e ∂u e ∂u
=r ∫ −ξfext
dV0 = ∫ ∂y fext ou ri ξ∫ fe J 0 d − (
J 0 d −= ) (4.10.1)
∂y ∂yi
ext i
Ω0 ξ ξ
∂2ue ∂2ue
H=∫ J 0 dξ ou H ij =ξ ∫ J 0d (4.10.2)
ξ
∂y∂y ξ
∂yi ∂y j
∂u e ∂E ∂u e ∂E kl
=r ∫ ∂E : ∂yξ J=
d − f ou r ξ∫ f J 0d − ( ) (4.11.1)
∂E kl ∂y i
0 ext i ext i
ξ ξ
∂ 2 u e ∂E ∂E ∂u e ∂ 2 E
=H ∫ : ξ : + J 0 d ou
ξ
∂E∂E ∂y ∂y ∂E ∂y∂y
∂ 2 u e ∂E kl ∂E mn ∂u e ∂ 2 E kl
=H ij ξ ∫ +
∂E kl ∂E mn ∂yi ∂y j ∂E kl ∂yi ∂y j 0
Jd (4.11.2)
ξ
onde o símbolo : denota a contração entre dois tensores (HOLZAPFEL, 2004). As derivadas,
em notação indicial, da deformação de Green-Lagrange ( E ) em relação ao vetor que contém
os graus de liberdade ( y ), para os elementos finitos sólidos hexaédrico e tetraédrico, são
dadas no Apêndice B desta tese. Ademais, conforme será descrito no item 5.1 desta tese, as
derivadas de u e em relação à deformação E correspondem ao modelo constitutivo adotado.
5. HIPERELASTICIDADE
5.1. Definição
pode ser substituída por ψ (HOLZAPFEL, 2004; PASCON, 2008). Assim sendo, a energia
armazenada em um volume infinitesimal passa a ser dada pela energia livre de Helmholtz
( ψ ). Com a referida substituição, as expressões (4.11) empregadas para cálculo do vetor
resíduo de forças e da matriz Hessiana (ver seção 4.6) podem ser reescritas da seguinte forma:
∂ψ ∂E ∂ψ ∂E kl
=r ∫ ∂E : ∂yξ J=
d − f ou r ξ∫ f J 0d − ( ) (5.1.1)
∂E kl ∂y i
0 ext i ext i
ξ ξ
∂ 2 ψ ∂E ∂E ∂ψ ∂ 2 E
=H ∫ξ ∂E∂E : ∂yξ : ∂y + ∂E ∂y∂y J0d ou
∂ 2 ψ ∂E kl ∂E mn ∂ψ ∂ 2 E kl
=H ij ξ ∫ +
∂E kl ∂E mn ∂yi ∂y j ∂E kl ∂yi ∂y j 0
Jd (5.1.2)
ξ
λ
SVK ( E ) ( )
tr ( E ) + μ tr E2
2
ψSVK ψ=
= (5.2.1)
2
νE
λ= (5.2.2)
(1+ν )(1-2ν )
E
μ= (5.2.3)
2 (1+ν )
onde λ > 0 e μ > 0 são as constantes de Lamé (CIARLET, 1988); e E e ν são, nesta ordem,
o módulo de Young e o coeficiente de Poisson (CIARLET, 1988). Neste caso, a energia é
escrita em função da deformação de Green-Lagrange E (3.17).
= (
ψ RS ψ RS J,i1iso=
,i 2iso )
U vol ( J ) + ψiso
RS i1 ,i 2
iso iso
( ) (5.3.1)
(
U vol ( J )= k J 2n + J -2n − 2 ) (5.3.2)
( ) ∑ c ( i ) (i −3 )
i j
ψiso
RS i1 ,i 2 =
iso iso iso
−3 iso
(5.3.3)
i,j
ij 1 2
= ( Ciso )
i1iso tr= ( Ciso )ii (5.3.4)
=i 2iso
1
2 (
( trCiso ) + tr Ciso 2
2
) (5.3.5)
onde J é o Jacobiano (3.13), utilizado como medida de alteração de volume; i1iso e iiso
2 são os
isocóricos. A expressão (5.3.3) é geral, ou seja, não há uma quantidade pré-definida para os
coeficientes cij . Podem existir, por exemplo, modelos com apenas um coeficiente não nulo
= (
ψ HN ψ HN J,i1iso=
,i 2iso )
U vol ( J ) + ψiso
HN i1 ,i 2
iso iso
( ) (5.4.1)
ψiso ( )
HN i1 ,i 2= α i1
iso iso
( ) i0 1 (
∑ )
0j 2 ( )
iso 3 − 27 + c i iso − 3 i + c iiso3/2 − 32/3 j
∑
(5.4.2)
i j
kμ
( J,i1 ) ln ( J ) + i1 − 3 − 2 ln ( J )
2
ψ nH ψ nH=
= (5.5.1)
2 2
i1 = tr ( C ) (5.5.2)
Todos os quatro modelos hiperelásticos descritos neste item (equações 5.2, 5.3, 5.4 e
5.5) satisfazem a condição de normalização da energia de Helmholtz (HOLZAPFEL, 2004):
A relação entre energia livre de Helmholtz (ver seção 5.1), tensão (ver seção 4.1) e
deformação (ver seção 3.4) pode ser encontrada por meio da segunda lei da termodinâmica
(MARSDEN; HUGHES, 1983) e do procedimento de Coleman-Noll (HOLZAPFEL, 2004):
• • • ∂ψ • • ∂ψ ( E ) ∂ψ ( C )
D= ψ S : E:− = S : E− 0, E= ∀ E ⇒ S= S ( E )= 2 = (5.7)
∂E ∂E ∂C
onde D é a taxa de dissipação interna (HOLZAPFEL, 2004), que é nula para os materiais
elásticos (ver seção 4.3); S é o segundo tensor de tensão de Piola-Kirchhoff (ver equação
•
4.3); o símbolo ( ) denota taxa de variação (temporal); e ψ = ψ ( E ) e ψ = ψ ( C ) são,
∂E ∂E kl
=r ∫ S : ∂yξ J d=
− f ou r ∫ξS f J0d − ( ) (5.8.1)
∂yi
0 ext i kl ext i
ξ ξ
∂E ∂E ∂ 2E
=H ∫ξ e ∂y ∂y ∂y∂y J0d ou
Γ : ξ : + S :
∂E ∂E ∂ 2 E kl
=H ij ξ∫ ( Γ e )klmn kl mn + Skl J 0 d (5.8.2)
ξ
∂y i ∂y j ∂y i ∂y j
Para os modelos hiperelásticos adotados neste estudo (ver equações 5.2, 5.3, 5.4 e 5.5),
o segundo tensor de tensão de Piola-Kirchhoff ( S ) pode ser determinado via equação (5.7).
Para o modelo hiperelástico linear de Saint Venant-Kirchhoff (equações 5.2), representado
aqui por SVK, a tensão S resulta em:
S11 α β β 0 0 0 E11
S β α β 0 0 0 E 22
22
S33 β β α 0 0 0 E 33
= (5.9.1)
S12 0 0μ 00 0 E12
S13 0 0μ 0 0 0 E13
S23 SVK 0 0 μ0 0 0 E 23
E (1ν − )
α= (5.9.2)
(1ν+ 1)( 2v
− )
Eν
β= (5.9.3)
(1ν+ 1)( 2v
− )
E
μ= (5.9.4)
(1 + v )
As componentes restantes do tensor S ( S21 , S31 e S32 ) não são dadas pois esse tensor é
simétrico: S21 = S12 , S31 = S13 e S32 = S23 . Uma forma alternativa para as expressões (5.9) é a
seguinte (CODA; PACCOLA, 2009):
S=
SVK E+
2Gλtr (E) I ou ( SSVK
= )ijλE 2GE
δ ij + kk ij (5.10.1)
E
G= (5.10.2)
2 (1 + ν )
2Gν
λ= (5.10.3)
1 −ν2
onde G , E e ν são, respectivamente, o módulo elástico de cisalhamento, o módulo de
Young e o coeficiente de Poisson (CIARLET, 1988).
=S RS 2
∂U ( J ) ∂ψiso
vol
+
RS i1 ,i 2
iso iso
( ) =
ou ( S ) 2
∂U ( J ) ∂ψiso
vol
+
(
RS i1 ,i 2
iso iso
) (5.11.1)
∂C ∂C ∂Cij ∂Cij
RS ij
∂U vol
=
∂J k 2nJ − 2nJ
2n-1
(-2n-1
) (5.11.3)
∂ψiso ∂ψiso
RS ∂i1
iso
∂ψiso
RS ∂i 2
iso
∂ψiso ∂ψiso
RS ∂i1
iso
∂ψiso
RS ∂i 2
iso
= RS
+ =
ou RS
+ (5.11.4)
∂C ∂i1iso ∂C ∂iiso 2 ∂C ∂Cij ∂i1iso ∂Cij ∂iiso2 ∂Cij
∂ψiso
∑ c ( i ) ( i ) (i −3 )
i −1 j
= RS iso
−3 iso
(5.11.5)
∂i1iso i,j
ij 1 2
∂ψiso
∑ c ( j) ( i ) (i )
i j−1
= RS iso
−3 iso
−3 (5.11.6)
∂iiso
2 i,j
ij 1 2
=S HN 2
∂U ( J ) ∂ψiso
vol
+
HN i1 ,i 2
iso iso
( ) =
ou ( S ) 2
∂U ( J ) ∂ψiso
vol
+
(
HN i1 ,i 2
iso iso
) (5.12.1)
∂C ∂C ∂Cij ∂Cij
HN ij
∂ψiso
( )
α 3 i1iso + ∑ ci0 ( i ) i1iso − 3 ( )
2 i −1
HN
= (5.12.3)
∂i1
iso
i
∂ψiso 3 iso1/2
∑ c ( j) ( i )
j−1
= HN iso3/2
− 33/2 i1 (5.12.4)
∂i 2
0j 1
2
iso
j
Por fim, para o modelo hiperelástico não linear acoplado neo-Hookeano (equações
5.5), a tensão resultante (equação 5.7) é:
S nH = 2
{
∂ k lnμ( Ji) 3+ 2 ln
2
1 −J − ( )} ou
∂C
(SnH )ij = 2
{
∂ k lnμ( Ji) 3+ 2 ln
2
1 −J − }
( )
(5.13.1)
∂Cij
∂ k ln ( J ) ∂ k ln ( J )
2 2
∂ = 2k ln J ∂J
( ) ou
= 2k ln J J
( ) (5.13.2)
∂C ∂C ∂Cij ∂Cij
{
∂ μ i1 − 3 − 2 ln ( J )
= μ 1 −
}
∂i 2 ∂J
ou
∂C ∂C J ∂C
{ = μ 1 −
}
∂ μ i1 − 3 − 2 ln ( J ) ∂i 2 ∂J
∂Cij J ∂Cij
(5.13.3)
∂Cij
Cauchy-Green direito ( C ) são dadas no Apêndice C desta tese, mas podem ser encontradas
também em Pascon (2008).
Para os modelos hiperelásticos adotados neste estudo (equações 5.2, 5.3, 5.4 e 5.5), o
cálculo do tensor elástico de quarta ordem (ver seção 4.5) é realizado com auxílio das
expressões (4.8) e (5.7). Para o modelo hiperelástico linear de Saint Venant-Kirchhoff
(equações 5.2 e 5.10), o tensor elástico resultante é:
Γ=
SVK
Γ=
SVK
Γ=
SVK (1 − v ) E (5.14.1)
e 1111 e 2222 e 3333
(1 + v )(1 − 2v )
vE
Γ=
SVK
Γ=
SVK
Γ=
SVK
Γ=
SVK
Γ=
SVK
Γ=
SVK
(5.14.2)
e 1122 e 1133 e 2211 e 2233 e 3311 e 3322
(1 + v )(1 − 2v )
E
Γ=
SVK
Γ=
SVK
Γ=
SVK
Γ=
SVK
Γ=
SVK
Γ=
SVK
(5.14.3)
e 1212 e 1313 e 2121 e 2323 e 3131 e 3232
(1 + v )
=Γ 4
∂ 2 U ( J ) ∂ 2 ψiso
RSvol
+
RS i1 ,i 2
iso iso
( ) ou
∂C∂C ∂C∂C
e
∂ 2 U ( J ) ∂ 2 ψiso
RS i1 ,i 2
iso iso
( )
Γ
= 4 ( RS
)
vol
∂Cij∂Ckl
e ijkl
+
∂Cij∂Ckl
(5.15.1)
∂ 2 U vol
∂J∂J
= {k 2n ( 2n − 1) J 2n − 2
}
+ 2n ( 2n + 1) J −2n − 2 (5.15.3)
∂ 2 ψiso ∂ 2 ψiso
RS ∂i1 ∂i1
iso iso
∂ψiso
RS ∂ i1
2 iso
∂ 2 ψiso
RS ∂i1 ∂i 2
iso iso
∂ 2 ψiso
RS ∂i 2 ∂i 2
iso iso
=RS
+ + +
∂C∂C ∂i1iso ∂i1iso ∂C ∂C ∂i1iso ∂C∂C ∂i1iso ∂iiso 2 ∂C ∂C ∂iiso 2 ∂i 2
iso
∂C ∂C
∂ψiso
RS ∂ i 2
2 iso
∂ 2 ψiso
RS ∂i 2 ∂i1
iso iso
+ + ou
∂iiso
2 ∂C ∂ C ∂i 2 ∂
iso iso
i1 ∂C ∂C
∂ 2 ψiso ∂ 2 ψiso
RS ∂i1
iso
∂i1iso ∂ψiso ∂ 2i1iso ∂ 2 ψiso
RS ∂i 2 ∂i 2
iso iso
∂ψiso ∂ 2iiso
RS
= + RS
+ + isoRS 2
∂Cij∂Ckl ∂i1iso ∂i1iso ∂Cij ∂Ckl ∂i1iso ∂Cij∂Ckl ∂iiso
2 ∂ i iso
2 ∂C ij ∂C kl ∂i 2 ∂C ∂
ij C kl
∂ψiso
∑ c ( j)( j − 1) ( i ) (i )
i j− 2
=
RS iso
−3 iso
−3 (5.15.6)
∂i 2 ∂i 2
iso iso
i,j
ij 1 2
∂ 2 ψiso
∑ c ( i )( j)( i − 1)( j − 1) ( i ) (i )
i −1 j−1
= RS iso
−3 iso
−3 (5.15.7)
∂i1 ∂i 2
iso iso
i,j
ij 1 2
=Γ
∂ 2 U ( J ) ∂ 2 ψiso
4 vol
HN
+
HN i1 ,i 2
iso iso
( ) ou
∂C∂C ∂C∂C
e
∂ 2 U ( J ) ∂ 2 ψiso
HN i1 ,i 2
iso iso
( )
Γ
= (
4 HN vol
∂Cij∂Ckl
e ijkl
) +
∂Cij∂Ckl
(5.16.1)
∂ 2 ψiso ∂ 2 ψiso
HN ∂i1 ∂i1
iso iso
∂ψiso
HN ∂ i1
2 iso
∂ 2 ψiso
HN ∂i 2 ∂i 2
iso iso
∂ψiso
HN ∂ i 2
2 iso
=
HN
+ + + ou
∂C∂C ∂i1iso ∂i1iso ∂C ∂C ∂i1iso ∂C∂C ∂iiso 2 ∂i 2
iso
∂C ∂C ∂iiso 2 ∂C∂C
∂ 2 ψiso ∂ 2 ψiso
HN ∂i1 ∂i1
iso iso
∂ψiso ∂ 2i1iso ∂ 2 ψiso
HN ∂i 2 ∂i 2
iso iso
HN
= + HN
+ +
∂Cij∂Ckl ∂i1iso ∂i1iso ∂Cij ∂Ckl ∂i1iso ∂Cij∂Ckl ∂iiso2 ∂i 2 ∂Cij ∂C kl
iso
∂ψiso
HN ∂ 2iiso
2
(5.16.2)
∂iiso
2 ∂C ∂
ij C kl
∂ 2 ψiso
( )
= α 6 i1iso + ∑ ci0 ( i )( i − 1) i1iso − 3 ( )
i−2
HN
(5.16.3)
∂i1 ∂i1
iso iso
i
Por fim, o tensor elástico para o modelo neo-Hookeano (equações 5.5 e 5.13) é:
Γ nH
=4
{
∂ 2 k lnμ( Ji) 3+ 2 ln
2
1 −J − ( ) } ou
∂C∂C
e
( Γ enH ) =4
{
∂ 2 k lnμ( Ji) 3+ 2 ln
2
1 −J − }
( )
(5.17.1)
ijkl ∂Cij∂Ckl
∂ 2 kln ( J )
2
1 ∂J ∂J ∂2J
= 2k + ln ( J ) ou
∂C∂C J ∂C ∂C ∂C∂C
∂ 2 kln ( J )
2
1 ∂J ∂J ∂2J
= 2k + ln ( J ) (5.17.2)
∂Cij∂Ckl J ∂Cij ∂Ckl ∂Cij∂C kl
{
∂ 2 μ i1 − 3 − 2 ln ( J )
= μ
}
∂ 2i1 2 ∂J ∂J
− 2 ou
∂C∂C ∂C∂C J ∂C ∂C
{
∂ 2 μ i1 − 3 − 2 ln ( J )
= μ
}
∂ 2i1 2 ∂J ∂J
− 2 (5.17.3)
∂Cij∂Ckl
∂Cij∂Ckl J ∂Cij ∂Ckl
Assim como as primeiras (ver seção 5.3.1), as segundas derivadas das grandezas
escalares J , i1 , i 2 , i1iso e iiso
2 em relação ao tensor de Cauchy-Green direito ( C ) são dadas no
Apêndice C desta tese, mas podem ser encontradas também em Pascon (2008).
Jψ→ +∞ ⇒ → +∞ (5.18.1)
ψ 0+ ⇒
J→ → +∞ (5.18.2)
Conforme dito anteriormente (ver equação 3.14), o Jacobiano J representa a razão entre os
volumes atual e inicial. Dessa forma, as condições (5.18) significam que para aniquilar o
material ( J = 0 ) ou para expandi-lo a um volume infinito ( J → +∞ ), é necessária uma quantia
infinita de energia de deformação. Conforme afirmado em Ciarlet (1988), o modelo
constitutivo deve fornecer valores extremos de tensão para valores extremos de deformação.
Os modelos hiperelásticos RS, HN e nH (ver equações 5.3, 5.4 e 5.5) satisfazem essas
condições de crescimento. Já o modelo linear SVK (ver equações 5.2) não está de acordo com
tais condições, pois é possível obter, com esse modelo, valores de tensão que tendem para
zero à medida que o Jacobiano J tende a zero, já que este não aparece explicitamente na lei
constitutiva (HOLZAPFEL, 2004). Por essa razão, é afirmado que o modelo SVK é adequado
para modelar materiais sob grandes deslocamentos, mas não é recomendado para materiais
sob grandes deformações de compressão.
6.1. Definição
σ ( y ) = F ( ε, ζ ) (6.1.1)
ζ = {ε p , α} (6.1.2)
Nos próximos itens serão descritos alguns modelos elastoplásticos, bastante comuns
na literatura científica, e os modelos adotados nesta tese.
Segundo Proença (2006), o modelo elastoplástico pode ser resumido aos seguintes
conceitos: decomposição da deformação total nas parcelas elástica e plástica; energia livre de
Helmholtz e tensão resultante (ver equação 5.7); critério de plastificação; lei de evolução da
deformação plástica; lei de evolução do encruamento; e condições de complementaridade e
consistência. Tais conceitos podem ser aplicados para materiais sob pequenas e sob grandes
deformações (KHAN; HUANG, 1995).
ε= ε e + ε p ou (=
ε )ij ( ε e )ij + ( ε p )ij (6.2.1)
• • •
• • •
ε= ε e + ε p ou =
ε εe + εp (6.2.2)
ij ij ij
ε ij
=
1
2
( u i,j + u j,i ) (6.2.3)
ψ ψe + ψ p
= (6.3.1)
= ε e ) ψe ( ε − ε p )
ψe ψe (= (6.3.2)
p (ζ )
ψ p ψ=
= ψp ( ε p , α ) (6.3.1)
Nesse caso, a relação tensão-deformação (ver equação 5.7) passa a ser dada por meio da
tensão de engenharia (PASCON, 2008) e da deformação infinitesimal (KHAN; HUANG,
1995):
• •
• • ∂ψ • ∂ψ p • ∂ψ p •
D ψ σ eng : ε −
= := σ eng ε e + :ε p − e : ε e − : ε p −0 α≥ (6.4.1)
∂ε e ∂ε p ∂α
• ∂ψe • ∂ψ • • ∂ψ ∂ψe
σ eng : ε e − : ε e = σ eng − e : ε e = 0, ∀ ε e ⇒ σ eng = e ou ( σ eng ) = (6.4.2)
∂ε e ∂ε e ∂ε e ij ∂ ( ε e )ij
∂ψ p • ∂ψ p •
D= σ eng − : ε p − :α ≥ 0 (6.4.3)
∂ε p ∂α
onde o símbolo : denota contração entre dois tensores de segunda ordem (HOLZAPFEL,
2004). Na expressão (6.4.3), pode-se notar facilmente que essa taxa só é nula quando não
ocorre evolução dos parâmetros plásticos ( ε p , α ). Além disso, a taxa de dissipação de energia
( D ) causada pela evolução da deformação elástica ( ε e ) é nula por definição (ver seção 4.3).
onde Φ é a função que descreve a superfície de plastificação. Tal função pode ser descrita em
termos da tensão ou da deformação, isto é (ver expressões 6.3 e 6.4):
Φ = Φ ( σ eng , ε p , α ) ≤ 0 ou Φ = Φ ( ε, ε p , α ) ≤ 0 (6.6)
• •
ε p = γ R ou ( ε p ) = γ ( R )ij
• •
(6.7)
ij
• •
onde ε p é a taxa de variação da deformação plástica; o parâmetro escalar γ é o multiplicador
plástico (KHAN; HUANG, 1995); e R é o tensor (de segunda ordem) que estabelece a
“direção” do fluxo plástico.
• •
κ = γ rκ (6.8.1)
• • • •
X = γ R X ou Xγij =R ( )
X ij (6.8.2)
•
γ Φ =0 (6.10)
• •
γ Φ =0 (6.11)
•
onde Φ ≤ 0 é a taxa de variação (temporal) de Φ . Em outras palavras, só ocorre evolução das
variáveis plásticas quando o ponto que define o estado de tensões permanece na superfície de
• •
plastificação Φ =0 , ou seja, γ > 0 se, e somente se, Φ =0 . Ademais, Φ < 0 se, e somente
•
se, γ = 0 , isto é, o ponto que define o estado de tensões e que estava na superfície de
plastificação ( Φ =0 ) só se desloca para o interior do domínio elástico ( Φ < 0 ) se não houver
evolução das variáveis plásticas ( ε p , κ , X ).
• ∂Φ • ∂Φ • ∂Φ • ∂Φ •
Φ= : ε+ : εp + κ+ : X= 0 ⇒
∂ε ∂ε p ∂κ ∂X
∂Φ • • ∂Φ ∂Φ ∂Φ
:γε + : R+ r κ +: R X 0 =⇒
∂ε ∂ε p ∂κ ∂X
•
γ= −
( Φ, ε ) •
:ε (6.12)
( Φ, εκpκ) :r R + ( Φ, , ):X + ( Φ X ) R
Assim, a taxa de variação da tensão é dada por (ver equações 6.4.2, 6.7 e 6.8 e 6.12):
• ∂σ eng • ( Φ, ε ) •
σ eng = : ε− : ε R ⇒
∂ε e ( Φ, εκpκ) :r R + ( Φ, , ):X + ( Φ X ) R
• •
σ eng = Γ ep : ε (6.13.1)
∂2ψ R ⊗ ( Φ, ε )
Γ ep = : II − (6.13.2)
∂ ( εe ) ∂ ( εe ) ( Φ, εκpκ) :r R + ( Φ, , ): X + ( Φ X ) ( R )
•
∂2ψ kl ( )mn
( σeng )ij ∂ ( ε ) ∂ ( ε ) δkmδln −
•
RΦ,ε
= ( ε )mn (6.13.3)
e ij e kl ( Φ,ε p )opκ R op + ( Φ,κ ) rX + ( Φ,X )op ( R )op
Segundo Green e Naghdi (1965) e Khan e Huang (1995), uma aproximação razoável
para materiais elastoplásticos em regime de grandes deformações é a decomposição aditiva da
deformação de Green-Lagrange (3.17), similar à decomposição descrita pelas equações (6.2):
E =Ee + Ep ⇒ Ee =E − Ep (6.14)
ψ= ψe ( Ee ) + ψ p ( Ep , X, κ )= ψe ( E − Ep ) + ψ p ( Ep , X, κ ) (6.15.1)
- Segundo tensor de tensão de Piola-Kirchhoff (ver equações 6.4):
∂ψ ∂ψ ∂ψ ∂ψ ∂ψ
=
S = ou=
Sij = = (6.15.2)
∂E ∂Ee ∂E ij ∂ ( E e )ij ∂ ( E − E p )
ij
Φ = Φ ( S,κ, X ) ≤ 0 ou Φ = Φ ( E, E
κ,p , X0) ≤ (6.15.3)
• •
E p )γ R (=
γ R ou (= Dp )
• •
E=
p D=
p ij (6.15.4)
ij ij
• •
κ = γ rκ (6.15.5)
• • • •
X = γ R X ou Xγij =R ( X ij ) (6.15.6)
• •
γ ≥ 0 , Φ ≤ 0 , γ Φ =0 (6.15.7)
• • • •
γ ≥ 0 , Φ ≤ 0 , γ Φ =0 (6.15.8)
•
- Parâmetro escalar γ ≥ 0 (ver equação 6.12):
•
γ= −
( Φ, E ) :E
•
(6.15.9)
( Φ, Eκpκ)r: R + ( Φ
, , ): X + ( Φ X ) R
•
R ⊗ ( Φ, E ) •
S = Γ e : II − : E (6.15.10)
( Φ, Eκpκ)r: R + ( Φ
, , ): X + ( Φ X ) R
∂2ψ
Γe = (6.15.11)
∂Ee ∂Ee
∂ψ p • ∂ψ p • ∂ψ p •
κ S 0
D =− : Ep − : X− ≥ (6.15.12)
∂Ep ∂X ∂κ
6.4. Hiperelastoplasticidade
•
ψ = ψ E, ζ , E (6.16)
• •
onde E é a taxa de variação (temporal) de E . No caso em que ψ não depende de E (“rate-
independent plasticity”), a expressão (6.16) se reduz a:
ψ = ψ ( E, ζ ) (6.17)
Ademais, de acordo com Svendsen (1998), pode-se decompor ψ nas parcelas elástica e
inelástica. Nesse caso, a energia de Helmholtz ψ descreve duas parcelas da energia de
deformação: a armazenada e a dissipada. Uma decomposição bastante utilizada, baseada em
modelos reológicos (DOGUI; SIDOROFF, 1985; DETTMER; REESE, 2004), é a
decomposição aditiva:
ψ = ψ e ( Ee ) + ψi ( ζ ) = ψ e ( Ee ) + ψi ( E p , α ) (6.18)
ψe ( E=
e ) 0
O= (6.19)
ψi ≥ 0 (6.20)
Em outras palavras, a energia armazenada no material, que retorna a zero quando este é
descarregado, corresponde - apenas - à parcela de deformação elástica, já que a parcela
inelástica de energia se dissipa.
• •
D= ψ S :0E− ≥ (6.21)
No caso elastoplástico, a taxa de dissipação interna de energia D pode não ser nula devido ao
caráter dissipativo da deformação plástica (KHAN; HUANG, 1995). Com a decomposição
•
multiplicativa de Kröner-Lee (ver equações 3.23, 3.24 e 3.27), o termo S : E da expressão
(6.21) resulta em:
{ }
•
= ( ) (
: A T DA S : A Tp A Te De + sim A e L p A e-1 A e A p
S : E S= )
( ) (
= S : A Tp A Te De A e A p + S : A Tp A Te sim A e L p A -1e A e A p )
•
1
=
2
( )
S : A Tp Ee A p + S : A Tp A Te A e L p A -1e A e A p + A Tp A eT A e-T L p A eT A e A p
•
1
= (
A pSA Tp : Ee + S : A Tp Ce L p A p + A Tp LTpCe A p
2
)
• 1 1 •
=
A pSA Tp : Ee + Ce A pSA Tp : L p + A pSA Tp Ce : LTp =
A pSA Tp : Ee + Ce A pSA Tp : L p (6.22)
2 2
( )
−T
onde o símbolo indica a inversa da transposta de uma matriz (HOLZAPFEL, 2004).
∂ψe • ∂ψi T ∂ψ •
= : Ee + A p A p : Dp + i : α (6.23)
∂Ee ∂Ep ∂α
A combinação das equações (6.21), (6.22) e (6.23) resulta na seguinte expressão para a
taxa de dissipação interna:
∂ψ • ∂ψi T ∂ψ •
D = A pSA Tp − e : Ee + Ce A pSA p : L p − A p
T
A p : Dp − i : α ≥ 0 (6.24)
∂Ee ∂Ep ∂α
∂ψe -1 ∂ψ e
=S e A=
p SA p =
T
ou S A= A -T A -1p S e A -T (6.25.1)
∂Ee ∂Ee
p p p
∂ψi T ∂ψ •
D = Me : Lp − Ap A p : Dp − i : α ≥ 0 (6.25.2)
∂Ep ∂α
M e = Ce S e (6.25.3)
é um tensor análogo ao tensor das tensões de Mandel (HOLZAPFEL, 2004). Tanto S e como
demonstrar (SVENDEN, 1998) que o tensor M e = CeS e é simétrico. Dessa forma, pode-se
6.25.2):
∂ψi •
D=( M e − χ ) : Dp − :α ≥ 0 (6.26.1)
∂α
∂ψi T
χ = Ap Ap (6.26.2)
∂Ep
= κ (κ M0e − χ ) − f
Φ f MX ( )≤ (6.27)
•
Ap = Lp Ap (6.28.1)
• • • • •
L p= γ R L= γ ( R P + R W ) ⇒ A p= γ R L A p= γ ( R P + R W ) A p (6.28.2)
•
Dp = γ R P (6.28.3)
•
Wp = γ R W (6.28.4)
onde os tensores (de segunda ordem) R L , R P e R W são os tensores que definem a “direção”
•
χ = γ Rχ (6.29)
Pode-se definir, na configuração inicial (ver figura 3.3), uma variável tensorial análoga ao
tensor das tensões inversas χ :
X = A -1p χA -T
p ou χ = A p XA p
T
(6.30)
•
χ=
χ − Wp χ + χWp (6.31.1)
( )
Wp =ant ( L p ) = L p − LTp =L p − Dp
1
(6.31.2)
2
É possível demonstrar (DETTMER; REESE, 2004) que a combinação das expressões (6.28),
(6.29), (6.30) e (6.31) resulta em:
•
) A
=
(
χ A p X+ sim 2C-1p A Tp Dp A p X T
p (6.32.1)
•
( ) ( )
• •
A -1p χ Aχ-Tp −p sim γ2C-1p ApTp Dpp APp Xsim
X= p =2 A -1p RX A -T − γ -1A T R A X =
C R (6.32.2)
2 2
( ) 2 2
• • • •
=κ = Dp κ D=p : D p γ ( R=P : R P ) γ ( R ) =
P ij ( R )
P ij γ r (6.33)
3 3 3 3
onde rκ á função escalar que define a evolução do parâmetro κ . Com a adoção desse
parâmetro de encruamento isotrópico, para o caso da aproximação de Green-Naghdi para
pequenas deformações (ver seção 6.3), a função escalar rκ (ver equação 6.15.5) é dada por
2
rκ = ( R : R ) (ver equação 6.15.4).
3
Assim como em pequenas deformações (ver seções 6.2 e 6.3), no regime de grandes
deformações, a função que descreve o critério de plastificação (6.27) também deve satisfazer
as condições de complementaridade e consistência (ver equações 6.10 e 6.11):
•
γ Φ =0 (6.34.1)
• •
γ Φ =0 (6.34.2)
6.32.2 e 6.33):
∂Φ • ∂Φ • ∂Φ • ∂Φ • ∂Φ • ∂Φ
( L γAr ) + ∂Φ • ∂Φ •
•
=Φ : Eκ+ ::A p + κ :: X+ = : γE+ R X +
∂E ∂A p ∂X ∂κ ∂E ∂A p ∂X ∂κ
p p
∂Φ • ∂Φ • ∂Φ • ∂Φ •
= γ+
:E : R L:Aκpγ + Rγ r
X +
∂E ∂A p ∂X ∂κ
∂Φ • ∂Φ ∂Φ ∂Φ
(R Aκp ) + :
•
=:γE+ : RX + r 0 =⇒
∂E ∂A p ∂X ∂κ
L
• ∂Φ / ∂E • •
γ=− :E =
B : E (6.35.1)
( ∂Φ / ∂Aκp )r: (κ R L A p ) + ( ∂Φ / ∂X ) : R X + ( ∂Φ / ∂ )
∂Φ / ∂E ij
Bij = − (6.35.2)
( ∂Φ / ∂A p ) κ( R κL ) r ( A p ) + ( ∂Φ / ∂X ) ( R X ) + ( ∂Φ / ∂ )
kl km ml kl kl
• ∂ -1 ∂ -1 • ∂ -T •
=
S
∂t
( p=
A p S e A -T )
∂t
A p S A( )
e p
-T
+ A -1
p S e A -T
p + A -1
S
p e
∂t
A p= Γ :
h pe( )
E (6.36.1)
∂S e •
• ∂ 2 ψe • •
=Se = : Ee = : Ee Γ e : Ee (6.36.2)
∂Ee ∂Ee ∂Ee
• ∂ -T ∂ A -T • •
=
E A p ( E − Ep ) A -1p= ( ) (E − E ) A
∂t p
-1
+ A -1p E− Ep A -T
p +
∂t
e p p
∂
p ( E − Ep )
A -T ( )
A -1p (6.36.3)
∂t
∂ •
( )
∂ A -1p ∂ ( A p ) ∂ A -1p ( )
•
∂t
A=
p( )
-1
A=-1
p
∂ ( Ap )
:
∂t
=
∂ ( Ap )
: Ap (6.36.4)
∂ • ∂ A -T ( ) ( )
∂ A Tp ∂ A -T •
( )
A=( )
-T
A=-T p
: =
p
: A T
(6.36.5)
∂t
p p
∂ Ap T
( )∂t ∂ Ap T p
( )
onde o tensor de quarta ordem Γ hep =
∂S / ∂E é o operador tangente consistente elastoplástico
(SIMO; TAYLOR, 1985; CRISFIELD, 2000). As taxas presentes nas equações (6.36) são
dadas por (ver expressões 6.28 e 6.35):
•
•
•
( )
•
=
A p L=A γ R= A B : E R=A
L p L p
R A ⊗ B : E (6.37.1)
p p L p
•
•
T T T T •
( )
•
=
A Tp A=
T T
L γ A=T T
R B : E A= R A R ⊗ B : E (6.37.2)
p p p L
p L p L
• •
•
•
p E p A=
A -T -1
D= γ R= B : E R= (RP ⊗ B) : E (6.37.3)
p p P P
Com relação aos modelos para materiais elastoplásticos usados neste estudo, quatro
relações, análogas às leis hiperelásticas (5.2), (5.3), (5.4) e (5.5), foram adotadas. Em todas
essas relações, a parcela elástica da energia de Helmholtz é descrita em função da parcela
elástica de deformação (ver equação 6.18). O primeiro modelo é a lei elastoplástica de Saint
Venant-Kirchhoff (ver equações 5.2):
λ
SVK ( Ee ) ( )
tr ( Ee ) + μ tr Ee 2
2
ψSVK
=EP
ψ=
EP
(6.38)
2
ψ EP
= RS
EP
ψ RS
e 1 e 2 e ( ) ( )
i iiso , iU vol ( J e ) +
J , i isoψ , = iso
RS
( ) ( )
1
iso
e 2
iso
e
(6.39)
ψ EP
= HN ψ EP
HN J e , i1
iso
( ) ( )
e
i 2iso U vol ( J e ) + ψiso
,=
e
iso , i 2iso
HN i1 e
( ) ( )
e
(6.40)
Por fim, o quarto modelo é a lei elastoplástica neo-Hookeana (ver equações 5.5):
e , ( i1 )e
k ln ( J e ) + μ ( i1 )e − 3 − 2ln ( J e )
2
=ψ EP
nH ψ EP =
nH J (6.41)
Para a decomposição aditiva da deformação (ver seção 6.3), os valores de Ce , J e ,
(i ) , (i )
1
iso
e 2
iso
e
e i1 ( Ce ) são dados pelas expressões a seguir (ver equações 3.16, 3.17 e 3.19):
( Ce − I ) = ( C − I ) − ( Cp − I ) ⇒ Ce =C − Cp + I
1 1 1
Ee =E − Ep ⇒ (6.42.1)
2 2 2
(J ) tr ( C − Cp + I )
−1/3
i1iso ( Ce ) = J -2/3
e tr ( Ce ) =
2
− J 2p + 1 (6.42.3)
{( }
-4/3
i 2iso ( Ce )=
1
) (
+ tr Ciso )
= J e ( trC )2 + tr C 2 = ( )
2 2
trCiso
2
e
e 2
e e
(J )
−2/3
− Jp2 + 1
{( trC − trC + 3) + tr (C − C + I ) }
2
2 2
p p (6.42.4)
2
Já para os modelos hiperelastoplásticos (ver seção 6.4), devem ser usadas as expressões gerais
(3.23) e (3.24).
2 2
Φ ( S, X ) Sefκ,( S X ) − σ κ ( =)|| dev
κ, = ( Sκ − X|| ) − σ κ ( )0≤ (6.43.1)
3 3
dev ( S − X
= ) dev ( S − X ) : dev ( S − X=
) dev ( S − X ) dev ( S − X ) (6.43.2)
ij ij
1 1
dev ( • ) = ( • ) − tr ( • ) I ou dev ( • )=
δ ij ( • )ij − ( • )kk ij (6.43.3)
3 3
(HOLZAPFEL, 2004).
2 2
Φ ( M e , χκκ=
, ) M efe ( M, ee χ ) − σ κ=
( κ )|| dev (M − χ||) − σ κ( ) 0≤ (6.44)
3 3
A lei de plastificação empregada neste estudo é associativa, isto é, essa lei obedece à
regra da normalidade (PROENÇA, 2006). Para a aproximação de Green-Naghdi (ver seção
6.3), a lei de fluxo associativa é dada por (ver equação 6.15.4):
∂Φ ( S ) • • ∂Φ ( S )
=
R ⇒E
= γ (6.45)
∂S ∂S
p
∂Φ • ∂Φ
RP= ⇒ Dp = γ (6.46)
∂M e ∂M e
Para definir a evolução da parcela plástica do gradiente ( A p ), resta definir o tensor R W (ver
equações 6.28). Neste estudo, foi empregada a seguinte relação (ETEROVIC; BATHE, 1991):
∂Φ • • ∂Φ
Wp =R W =O ⇒ R L =R P = ⇒ A p =γ Ap (6.47)
∂M e ∂M e
A derivada da norma de um tensor, que aparece na lei de fluxo associativa com critério
de von-Mises (ver equações 6.43 ou 6.44), é dada por:
∂ • ∂ (•)
= ( • ) :=
( • ) (6.48)
∂ (•) ∂ (•) •
Para estabelecer a função σ κ ( κ ) (ver equações 6.43 ou 6.44), foram adotados três
modelos de encruamento isotrópico: polinomial, Swift e Voce. Para a lei polinomial, a função
escalar σ κ ( κ ) é dada por:
NC −1
σκ ( κ ) = ∑ a ( κ )
n
(6.49)
n =0
n
κ (κ)
σ= K ( E0 + κ )
n
(6.50)
Por fim, a lei de encruamento isotrópico de Voce é expressa por (ALVES, 2003):
σ κ ( κ ) =σ 0 + ( σsat − σ 0 ) 1 − e( -CκY ) (6.51)
• • 2 • 2
κ= γ = γ rκ ⇒ rκ = (6.53)
3 3
Com relação ao encruamento cinemático, foram adotados três modelos para definir a
evolução do tensor das tensões inversas, representado por X (ver equações 6.15.6 e 6.29): os
modelos lineares de Prager e de Ziegler, e o modelo não linear de Armstrong-Frederick. Para
o modelo de Prager, é usada a seguinte expressão (ALVES, 2003):
• • •
X = γ R X = cDp = c γ R P ⇒ R X = cR P (6.54)
• • •
X =γ R X =γ ( S − X ) ⇒ R X =S − X (6.55)
Por fim, para o modelo não linear de Armstrong-Frederick, a evolução de X é
expressa por (DETTMER; REESE, 2004):
• • • • •
X = γ R X = cDp − γ bX = c γ R P − γ bX ⇒ R X = cR P − bX (6.56)
equação (6.32.2).
6.15.4, 6.15.5 e 6.15.6) são dadas na forma de taxas, elas permitem calcular as variações
infinitesimais de tais variáveis ( dEp , dκ e dX ). Assim, para encontrar os valores
correspondentes ao final do incremento ∆E= E(1) − E( 0) , essas variações devem ser integradas
E(1)
∂Ep
∆Ep = Ep (1) − Ep ( 0) = ∫ dE = ∫ ∂E : dE
Ep
p
E( 0 )
(6.57.1)
E(1)
∂κ
∆κ= κ (1) − κ ( 0)= ∫ dκ= ∫ ∂E : dE
κ E( 0 )
(6.57.2)
E(1)
∂X
∆X= X(1) − X( 0)= ∫ dX= ∫ ∂E : dE
X E( 0 )
(6.57.3)
Para realizar estas integrações, surgem dois problemas: não se conhece previamente a
evolução da deformação ao longo do incremento ∆E ; e as leis de evolução ( dEp / dE ,
quais variam ao longo do incremento ∆E . Para resolver tais problemas, pode-se estimar a
deformação ao final do incremento ( E(1) ) e atualizar as variáveis plásticas ( Ep , κ e X ) de
Na etapa de previsão elástica, as variáveis plásticas não variam ao longo do passo, isto
é (ver expressões 6.15):
(E )p n+1 = ( Ep )
n
(6.58.2)
κ n+1 = κ n (6.58.3)
X n+1 = X n (6.58.4)
S(n+1
t)
= S En+1 , ( Ep ) (6.58.5)
n
Φ (n+1
t)
Φ S(n+1
= t)
,κ n, X n (6.58.6)
( )( )
t
onde o símbolo indica que a grandeza faz parte da tentativa elástica; e os índices n e
(E=
) (E )
p n+1 p n + ∆γ (1 − η )( R )n + η ( R )n+1 (6.59.1)
( κ )=
n+1
( κ )n + ∆γ (1 − η )( rκ )n + η ( rκ )n+1 (6.59.2)
( X=
)n+1 ( X )n + ∆γ (1 − η )( R X )n + η ( R X )n+1 (6.59.3)
•
onde ∆γ é a variação do multiplicador plástico ( γ ) ao longo do passo; os índices n e n+1
denotam, respectivamente, o início e o final do passo; e η é um parâmetro. Segundo Alves
(2003), a escolha do parâmetro η influencia a precisão do cálculo do incremento de
deformação plástica ∆=
Ep (E )
p n+1 − ( Ep ) . Quando η = 0 , o retorno é chamado de
n
(E=
) (E )
p n+1 p n + ∆γ ( R )n (6.60.1)
( κ )=
n+1
( κ )n + ∆γ ( rκ )n (6.60.2)
( X=
)n+1 ( X )n + ∆γ ( R X )n (6.60.3)
∂Φ ∂Φ ∂Φ
Φn + :κ∆Ep + : ∆ +0 ∆X = ⇒
∂Ep ∂κ ∂X
∂Φ ∂Φ ∂Φ
Φ En+1 , (κE
κ p, ) n , X n :+ γX ∆ ( R )n +γ r ∆ ( )n: + γ ∆ ( R0 )n =⇒
n ∂E ∂κ ∂X
p
Φ En+1 , (κEp, ) , n X n
∆γ =− n (6.60.4)
∂Φ ∂Φ ∂Φ
: ( R )n + ( rκ )n + : ( R X )n
∂Ep ∂κ ∂X
Φ En+1 , (κEp ), ,
Φ n+1 = 0X n+1 =. As derivadas da função escalar Φ em relação às
n+1 n+1
variáveis plásticas Ep , κ e X , para os modelos elastoplásticos adotados (ver seção 6.5), são
dadas no Apêndice E.
(E=
) (E )
p n+1 p n + ∆γ ( R )n+1 (6.61.1)
( κ )=
n+1
( κ )n + ∆γ ( rκ )n+1 (6.61.2)
( X=
)n+1 ( X )n + ∆γ ( R X )n+1 (6.61.3)
Φ En+1 , (κEp ), ,
Φ n+1 = 0X n+1 = (6.61.4)
n+1 n+1
r T = {r1 , r2 , r3 , r4 } (6.62.1)
− ( E ) + ( E ) + ∆γ ( R )
p 11 p 11 n 11
− ( Ep )12 + ( Ep )12 n + ∆γ ( R12 )
− ( Ep )13 + ( Ep )13 + ∆γ ( R13 )
n
− ( E ) + ( E ) + ∆γ ( R )
p 21 p 21 n 21
r1 = − ( E p )22 + ( E p )22 + ∆γ ( R 22 ) (6.62.2)
n
− ( Ep ) + ( Ep ) + ∆γ ( R 23 )
23 23 n
− E
( p )31 + ( Ep )31 n + ∆γ ( R 31 )
− ( Ep )32 + ( Ep )32 + ∆γ ( R 32 )
n
− ( Ep ) + ( Ep ) + ∆γ ( R 33 )
33 33 n
κ +
2 κ=−
rκ n γ+ (r∆ ) (6.62.3)
r4 = Φ (6.62.5)
Nestas expressões, o índice n+1 foi eliminado, e as variáveis com índice n são fixas. Se o
vetor resíduo ( r ) não for suficientemente pequeno, deve-se determinar um novo vetor
=zT {E ,κ, X, ∆γ } via expansão em série de Taylor e linearização:
p
−1
∂r ∂r
r + ⋅ ∆z = 0 ou ∆z =− ⋅ r =0 (6.63)
∂z ∂z
Esse vetor z é atualizado até que o resíduo (6.62) seja suficientemente pequeno. As derivadas
do resíduo ( r ) em relação ao vetor z , para os modelos elastoplásticos adotados (ver seção
6.5), são dadas no Apêndice E.
( A=
) (A )
p n+1 p n {
+ ∆γ ( R P )n + ( R W )n ( A=
p )n } (A ) p n + ∆γ ( R AP )n (6.64.1)
( κ )=
n+1
( κ )n + ∆γ ( rκ )n (6.64.2)
( X=
)n+1 ( X )n + ∆γ ( R X )n (6.64.3)
Φ A n+1 , (κA p ), ,
Φ n+1 = 0X n+1 =.
n+1 n+1
r T = {r1 , r2 , r3 , r4 } (6.65.1)
− ( A ) + ( A ) + ∆γ ( R )
p 11 p 11 n AP 11
− ( A p )12 + ( A p )12 n + ∆γ ( R AP )12
− ( A p ) + ( A p ) + ∆γ ( R AP )13
13 13 n
− ( A ) + ( A ) + ∆γ ( R )
p 21 p 21 n AP 21
r1 = − ( A p )22 + ( A p )22 + ∆γ ( R AP )22 (6.65.2)
n
− ( A p ) + ( A p ) + ∆γ ( R AP )
23 23 n 23
− A
( p )31 + ( A p )31 n + ∆γ ( R AP )31
− ( A p )32 + ( A p )32 + ∆γ ( R AP )32
n
− ( A p ) + ( A p ) + ∆γ ( R AP )
33 33 n 33
κ +
2 κ=−
rκ n γ+ (r∆ ) (6.65.3)
r4 = Φ (6.65.5)
=zT {A ,κ, X, ∆γ }
p (6.65.6)
−1
∂r ∂r
r + ⋅ ∆z = 0 ou ∆z =− ⋅ r =0 (6.65.7)
∂z ∂z
onde as variáveis com índice n são fixas. As derivadas do resíduo ( r ) em relação ao vetor z
são fornecidas no Apêndice E.
6.7. Formulação para barras prismáticas sob tração uniaxial
Figura 6.1. Barra prismática sob tração uniaxial. Os campos vetoriais x e y são, respectivamente, os
vetores posição inicial e final (ver seção 3.1). F1 é a força aplicada na direção longitudinal ( x1 ou y1 ),
com distribuição uniforme ao longo da seção transversal cuja área final é A f .
Lf 0 0
L0
λ1 0 0
∂y ( x )
A = 0λ 2 0= 0 bf
= 0 (6.66.1)
∂x b0
0 λ 0
3 hf
0 0
h 0
Lf
-1 x1
L0
u1 ( x ) y1 ( x ) − x1
bf
u u 2 ( x )=
= y 2 ( x ) − x 2=
-1 2
x (6.66.2)
u ( x ) y (x) − x b0
3 3 3
h f -1 x 3
h 0
λ12 − 1 0 0
1
=E
1 T
2
A A=(
−I
2
0λ) 12 − 0
2
⇒
0 λ 10
3 −
2
L 2
f − 1 0 0
L 0
1
E 0 0 2
E = 0 E 2 0
1 b
= 0 −1
f
0 (6.66.3)
0 0 E 3
2
b0
hf
2
0 0 − 1
h0
1 1
00 0 0
λ1 σ1 0 0 λ1
0
0 0 0 0
1 1
= A -1λσλA -T 0
=
S Jλ 3 0 ⇒
λ2 λ2
1 2
0 0 0
1 1
0 0 0 0
λ3 λ3
λ 2 λ 3
σ1 0 0
S1 0 0 λ1
=
S = 0 S2 0 0 0 0 (6.67)
0 0 S3 0 0 0
De acordo com a figura 6.1, a componente do vetor tensão de Cauchy t1 possui o mesmo
sentido da força aplicada F1 , isto é, t1 é positiva para as faces cujo vetor normal unitário é
Lλf =L 1 0 (6.68.1)
bλf =b 2 0 (6.68.2)
hλf =h 3 0 (6.68.3)
λ 2 λ3 λ 2 λ3 F1 F1
=Sσ = 1 = ou F1 =λ SA1 (6.69)
λ1 λ1 λ 2 λ 3 b0 h 0 λ1A 0
1 1 0
Para a barra da figura 6.1, a relação entre suas dimensões iniciais e finais com a
deformação, e a relação entre a medida de tensão adotada com a força aplicada são definidas,
respectivamente, nas equações (6.66) e (6.69). Resta estabelecer a relação entre tensão e
deformação, ou entre a força aplicada e as dimensões inicias e finais da barra. Para isso, deve
ser definida a lei constitutiva do material. Para materiais em regime elástico (ver equação 4.4),
a lei constitutiva pode ser expressa pela seguinte relação hiperelástica entre tensão,
deformação e energia de Helmholtz (ver equação 5.7):
∂ψ ( E ) ∂ψ ( E )
S= ou Sij = (6.70)
∂E ∂E ij
Com isso, para a barra prismática sob tração uniaxial da figura 6.1 em regime elástico, a única
componente não nula do segundo tensor de Piola-Kirchhoff é (ver equações 6.66.3 e 6.67):
∂ψ ( E )
S1 = (6.71)
∂E1
∂ψ ( E ) ∂ψ ( E ) Lf
=F1 λ SA
= λA = b h (6.72)
∂E1 ∂E1 L0
1 1 0 1 0 0 0
Esta expressão relaciona, para materiais homogêneos em regime elástico (ver equação 4.5), as
dimensões iniciais da barra ( L0 , b0 e h 0 ), o comprimento final ( Lf ) da barra, a lei
E , dado na equação (6.66.3). Com a equação (6.72), conhecidas as dimensões inicias da barra
e a lei constitutiva, pode-se determinar a relação F1 versus Lf , para o caso de barras
prismáticas homogêneas sob tração uniaxial em regime elástico. Ademais, chamando o
deslocamento da face extrema com coordenada x1 = L0 de u1 , temos:
Lf
u1 = u1 ( L0 ) = y1 ( L0 ) − L0 = L0 − L0 = Lf − L0 (6.73)
L0
∂ψ ( E ) L0 + u1
= 1 ( u1 )
F1 F= b0 h 0 (6.74)
∂E1 L0
Para simplificar o equacionamento, será adotada aqui a lei hiperelástica linear de Saint
Venant-Kirchhoff (ver equações 5.2, 5.9 e 6.38). Com essa lei, a componente S1 do segundo
tensor de Piola-Kirchhoff (ver expressão 6.67), as deformações transversais (ver equação
6.66.3) e as dimensões finais da seção transversal da barra (ver figura 6.1) resultam em:
E L f
2
= ( E1 ) − 1
S1 E= (6.75.1)
2 L 0
1 b f L 2
2
1 h f L 2
2
E=
3 νE h
h
− 11 −2νE1 ⇒ h =
= f 1 0ν − 1= 1 0 − f − (6.75.3)
2 h 0 L0
E L f L f
3
Lf
=F1 E ( E1 ) = b0 h 0 − b 0 h 0 (6.76.1)
L0 2 L 0 L 0
E u1
3
L 0 + u1 u1
F=
1 E ( E )
1 0 0
b h= 1 + − 1 + b0 h 0 (6.76.2)
L0 2 L 0 L 0
Para o caso de barras homogêneas sob tração uniaxial em regime elastoplástico (ver
seção 6.1), as equações (6.66), (6.67), (6.68) e (6.69) também podem ser utilizadas. Nesse
caso, porém, a relação entre a tensão S1 e a deformação (total) E1 passa a ser diferente da
•
Φ =Φ =0 (6.77.1)
∂Φ ∂Φ
= : dE dE ij > 0 (6.77.2)
∂E ∂E ij
Por definição, a função Φ é negativa antes de o material atingir o limite elástico, e a condição
(6.77.2) é chamada de carregamento plástico.
caso de barras prismáticas sob tração uniaxial (ver figura 6.1 e equações 6.66) em regime
elastoplástico (ver equações 6.77), a parcela elástica de deformação é dada por:
E e1 0 0 E1 0 0 E p1 0 0
Ee =E − Ep ⇒ 0 E e2 0 = 0 E2 0 − 0 E p2 0 ⇒
0 0 E e3 0 0 E 3 0 0 E p3
E1 − E p1 0 0
=Ee 0 E 2 − E p2 0 (6.78)
0 0 E 3 − E p3
Neste caso, assumindo que a resposta elástica é descrita pela lei hiperelástica linear (5.9), o
segundo tensor de Piola-Kirchhoff ( S ) e as deformações elásticas transversais resultam em
(ver equações 6.15.2 e 6.75):
S1 0 0 1 L 2
S = 0 0 0 , S=
1 ) E ( E1 − E p1=) E − 1 − E p1
E ( E e1= f
(6.79.1)
0 0 0 2 L0
νE
E 2 E p2ν =
E e2 =− − (
E− Ee1 = 1 − p1 ) (6.79.2)
νE
E 3 E p3ν =
E e3 =− − (
E− Ee1 = 1 − p1 ) (6.79.3)
encruamento isotrópico κ e do tensor das tensões inversas X (ver equações 6.15.4, 6.15.5 e
6.15.6). Para o critério de von-Mises (ver equações 6.43), deve ser determinada a parcela
desviadora (PROENÇA, 2006) da diferença entre o segundo tensor de Piola-Kirchhoff ( S ) e
o tensor das tensões inversas ( X ). No caso da barra sob tração uniaxial (ver figura 6.1, e
equações 6.66, 6.67 e 6.79.1), temos:
X1 0 0
X = 0 X2 0 , trX = X1 + X 2 + X 3 (6.80.1)
0 0 X 3
2 1
3 S1 0 0 X1 − trX 0 0
3
dev ( S − X )= devS − devX= 1
0 − S1 0 − 0
1
X 2 − trX 0 ⇒
3 3
0 1 1
0 − S1 0 0 X3 − trX
3 3
2 2
1 1
2
1 1 1
2
dev ( S =
− X) 1 1
S − X + trX + − S1 − X 2 + trX + − S1 − X 3 + trX (6.80.2)
3 3 3 3 3 3
Φ (, E E )|| = 2
Φ ( S, X
κ, )= , pκ, X
κ dev ( S − X|| ) − σ κ ( )0≤ (6.80.3)
3
• • ∂Φ • ∂ dev ( S − X ) • dev ( S − X ) •
=
E γ = γ = γ = γR ⇒
∂S ∂S dev ( S − X )
p
dev ( S − X )1 0 0
1
R 0 dev ( S − X )2 0 (6.81)
dev ( S − X )
0 0 dev ( S − X )3
onde o tensor de segunda ordem dev ( S − X ) é dado na expressão (6.80.2). As demais leis de
• •
evolução κ e X são dadas nas expressões genéricas (6.53) e (6.15.6), respectivamente.
•
Para calcular o parâmetro escalar γ > 0 via equação (6.15.9), é necessário determinar
as derivadas da função que define o critério de plastificação ( Φ ) em relação às variáveis E ,
Ep , κ e X . No caso da barra sob tração uniaxial (ver equações 6.78, 6.79 e 6.80) temos:
∂Φ / ∂E1 0 0 E 0 0
∂Φ ∂Φ ∂S ∂Φ ∂S1 dev ( S − X )1
= 0 ∂Φ / ∂E 2 =0 ∂= : = 0 0 0 ⇒
∂E S ∂E ∂S1 ∂E dev ( S − X )
0 0 ∂Φ / ∂E 3 0 0 0
∂Φ dev ( S − X )1 ∂Φ ∂Φ
=E , = = 0 (6.82.1)
∂E1 dev ( S − X ) ∂E 2 ∂E 3
∂Φ ∂Φ ∂S ∂Φ ∂S1 ∂Φ ∂S1 ∂Φ
=: = = − =− ⇒
∂Ep ∂S ∂Ep ∂S1 ∂Ep ∂S1 ∂E ∂E
∂Φ dev ( S − X )1 ∂Φ ∂Φ
= −E , = = 0 (6.82.2)
∂E p1 dev ( S − X ) ∂E p2 ∂E p3
∂Φ 2 ∂σ κ
= − (6.82.3)
∂κ 3 ∂κ
•
No caso das barras sob tração uniaxial, o cálculo do parâmetro escalar γ > 0 é feito da
seguinte forma (ver expressões 6.12, 6.15.9, 6.81 e 6.82):
• ∂Φ • ∂Φ • ∂Φ • ∂Φ • ∂Φ • ∂Φ • 2 ∂σ κ • ∂Φ •
Φ= E1 +κ E: p1 + 0 + E X = ⇒γR 1− γ :−γ 0− RX = ⇒
∂E1 κ ∂E p1 ∂ E∂X E ∂ 13 κ ∂ 1 ∂ ∂S
1
• Φ, E1 • •
γ = E1 B1 E1 (6.83.1)
1 κ 1 3 ( )
( Φ, E )σR , κ+ 2 , : + ( Φ X ) R
X
Φ, E1
B1 = (6.83.2)
( Φ, E )σR , κ+ 2 ,
1 κ 1 3 ( ) : + (Φ X) RX
t1 t1 E1(1)
• •
∆Ep = Ep (1) − Ep ( 0) = ∫E p dtγ= ∫dt R = B∫ ( 1R )
dE 1 (6.84.1)
t0 t0 E1( 0 )
E1(1)
t1
•
t1
• 2
∆κ= κ (1) − κ ( 0)= ∫ κ dt= ∫ γ r dt= ∫ κ B1
E1( 0 )
3
dE1 (6.84.2)
t0 t0
t1 t1 E1(1)
• •
∆X= X(1) − X( 0)= ∫ X dtγ= ∫ dtR X = B∫ ( 1 dEX )
R 1 (6.84.3)
t0 t0 E1( 0 )
onde os índices 0 e 1 representam os respectivos valores das variáveis no início e no final do
incremento ∆E= E(1) − E( 0) . O objetivo da análise dos materiais em regime elastoplástico é o
Φ E( 0 ) , E
κ p ( 0,) , X(00) =
, determinar o novo conjunto E 1 , E
κ ,, X(1) ou
( 0) ( ) p (1) (1)
E 0 + ∆E, E
κ p (1) + ∆κ,
Ep , + ∆ X( 0) + ∆X de modo a obter Φ E(1) , E
κ p (1,) , X(10) =
ou
() ( 0) (1)
Φ E( 0) + ∆E, E
κ p (1) + ∆κ,
Ep , + ∆ X0( 0) + ∆X = . Pode-se notar, mesmo para o caso da
( 0)
tração uniaxial, a complexidade na determinação dos incrementos (6.84.1), (6.84.2) e (6.84.3)
no caso geral, já que as variáveis a serem integradas variam ao longo do incremento ∆E .
Porém, uma vez determinados tais incrementos e, portanto, o novo conjunto
E 1 , E
κ ,, X(1) , as relações elastoplásticas da força aplicada ( F1 ) com o comprimento
( ) p (1) (1)
final da barra ( Lf ) e com o deslocamento longitudinal da face extrema com coordenada
x1 = L0 ( u1 ) são, para a barra da figura 6.1 com resposta elástica descrita pela lei linear (5.9):
1 L 2 L
=F1 E f − 1 − E p1 f b0 h 0 (6.85.1)
2 L0 L0
1 u1
2
u
=F1 E 1 + − 1 − E p1 1 + 1 b0 h 0 (6.85.2)
2 L0 L0
Sabe-se que o traço de um tensor desviador é nulo (HOLZAPFEL, 2004). Além disso,
de acordo com a regra da normalidade, expressa em (6.81) para a barra sob tração uniaxial, as
seguintes expressões podem ser escritas (ver equações 6.15.4, 6.33 e 6.78):
•
tr Ep = tr ( Dp ) = E p1 + E p2 + E p3 = 0
• • •
(6.86.1)
• • 1 • 1
E p2 =
E p3 =
− E p1 ⇒ E p2 =
E p3 =
− E p1 (6.86.2)
2 2
• 2 • 2 3 •
=κ =
Ep E p1 =
⇒ κ E p1 (6.86.3)
3 3 2
Para barras sob tração uniaxial constituídas de materiais em regime elastoplástico com
encruamento isotrópico apenas, considerando o critério de von-Mises (6.43), lei de fluxo
associativa (6.45) e parâmetro de encruamento isotrópico dado em (6.53), temos as seguintes
expressões (ver equações 6.80, 6.81, 6.82 e 6.83):
•
X =R X =∆X =O (6.87.1)
2 0 0 2 0 0
3 3
S1 0 e − 1
d vS =
0 = E ( E1 − E p1 ) 0 −1 0 (6.87.2)
3 3
0 0
−1 0 0 − 1
3 3
2 2 2
=
Φ S −
devσ = Sκ σ1 − 0 κ ≤ (6.87.3)
3 3 3
∂Φ ( devS)1 2 ∂Φ ∂Φ
= E= E , = = 0 (6.87.4)
∂E1 devS 3 ∂E 2 ∂E 3
∂Φ ∂Φ ( devS)1 2 ∂Φ ∂Φ
=
− =
−E =
−E , = = 0 (6.87.5)
∂E p1 ∂E1 devS 3 ∂E p2 ∂E p3
2 0 0 2 0 0
3 3
• • devS •
Ep γ = γ 0
= − 1 0 ⇒ =
R 0 − 1 0 (6.87.6)
6 6
devS
0 0 − 1 0 0 − 1
6 6
• Φ, E1 • •
=γ = E1 B1 E1 (6.87.7)
1 κ 1 ( )
( Φ, E )σR ,κ+ 2
3
Φ, E1
B1 = (6.87.8)
1 κ 1 ( )
( Φ, E )σR ,κ+ 2
3
• Φ, E1 • 1 • 3 • •
=γ = E1 = E1 = E1 B1 E1 (6.88.3)
( Φ, E1 ) R1 R1 2
3
B1 = (6.88.4)
2
E1(1)
3 2 1(1) E
∆E p1 =
E p1(1) − E p1( 0) =∫
E1( 0 )
2 3
1 ∫ dE1 =
dE = ∆E1 (6.89)
E1( 0 )
( )
S1( 0) = σE E1( 0) − E p1( 0) = 0 . Assim sendo:
Φ= E0 E
1(1) − =
(1) Sσ ( E −
1(1) σ −=
p1(1) )
E0 E ( E+ ∆E1 −
1(1) E− ∆ p1
p1(1) σ − ) 0 ⇒
Φ= ( σ ∆E1E− E
(1) E E1(1) + Ep1(1) −E∆E1 − =
σ0 ) (
0 1( 0 ) − p1( 0 ) ) −=
0 (6.90)
constante e igual a σ 0 . Assim, a força aplicada na barra passa a ser dada por (ver figura 6.1, e
expressões 6.69 e 6.73):
Lf u
F1 λ SA1 =
= 1 0σ λ A01 σ
0 = 0 b h =
0 0σ 10 + b1 h 0 0 (6.91)
L0 L0
Φ<0 (6.92.1)
∂Φ
: dE < 0 (6.92.2)
∂E
Ao longo dessa fase, a força aplicada na barra também pode ser determinada a partir da
equação (6.85), sendo que a deformação plástica permanece constante.
O limite elástico da barra sob tração uniaxial, representado aqui pelo alongamento
longitudinal λ LE , é o ponto (ou instante) em que a tensão atinge o limite inicial de
escoamento. Assim, para a aproximação de Green-Naghdi (6.14), o referido limite pode ser
determinado a partir das equações (6.80), considerando E=
p X= O , E = Ee e Φ = κ = 0 :
σ ( 0)
Φ=
2
1κ−
Sσ
2
0 = λLE
⇒
E
(1 2
)
σ−κ 0= (λLE) ⇒ 1= 2 + κ (6.93)
3 3 2 E
Em suma, a relação geral entre a força aplicada e o comprimento final (ou deslocamento
longitudinal máximo) da barra sob tração uniaxial da figura 6.1 é calculada por (ver expressão
6.66.1):
A mesma sequencia adotada na seção 6.7.1 é utilizada aqui, ou seja, inicialmente são
descritas as equações gerais para barras hiperelastoplásticas (ver seção 6.4) sob tração
uniaxial e, posteriormente, as simplificações para os casos com encruamento isotrópico e
elastoplástico perfeito.
( A p ):
A = Ae Ap (6.94.1)
λ1 0 0 λ e1 0 0 λ p1 0 0 λ e1λ p1 0 0
= 0λ 2 0 0 λ e2= 0 0 λ p2 0 0 λ λ e2 p2 0 ⇒
0 λ 0
30
0 λ 0e3 0 λ
p3 0
0 λ λ e3 p3
λ e1 0 0 λ1 λ p1 0 0
=A e = 0λ e2 0 0 λ λ2 p2 0 (6.94.2)
0 λ 0
0
e3
0 λ λ
3 p3
(ver figura 6.1). Com esta decomposição, chamada de decomposição de Kröner-Lee (ver
equação 3.23), as parcelas elásticas dos tensores de Cauchy-Green direito e de Green-
Lagrange (ver expressões 3.17 e 3.24) são:
( λ λ ) 2 0 0
λ 0 0 1 p1
e1
2
( )
2
=
Ce A=T
e Ae 0λ e2
2
0 = 0 λ λ 2 p2 0 (6.95.1)
0 λ 0 2
2
e3
0 λ λ 0 ( 3 p3 )
( λ λ ) 2 − 1 0 0
λ − 1
e1
2
0 0 1 p1
1 1
λ λ( 1) −
2
=
Ee 0λ 1e2 2 − 0 = 0 0 (6.95.2)
2 2
2 p2
0 λ 10 −
2
( p3 ) −
2
e3
0 λ λ 10
3
S1 0 0 Se1 0 0
0 A p 0 0 0 , S=
Se1
=S e A= Ap 0 0 = e1 λ S1 S ⇒=
T T 2
p SA (6.96)
λ p12
p p1 1
0 0 0 0 0 0
Ademais, considerando a resposta elástica linear (ver equações 5.2, 5.9 e 6.38), a relação entre
Se1 e E e1 , e as deformações elásticas transversais são, respectivamente (ver expressão 6.95.2):
E λ1
2
E
Se1 λE ( E=
= 1) e1 −=
2
1 − (6.97.1)
2 λ 2 p1
e1
1ν λ 2 λ 2
2
E e2ν=
E − 1 =− (1 e1 ) =− 1 − (6.97.2)
2λ p2 2 λ p1
1ν λ 3 λ 2
2
E e3ν=
E − 1 =− (1 e1 ) =− 1 − (6.97.3)
2λ p3 2 λ p1
λ e12 0 0 Se1 0 0 M e1 0 0
=
M e C=
eS e 0λ e2 0
2
0 0 0 = 0 0 0
(6.98.1)
0 λ 0 0 e320 0 0 0
0
E λ1 λ1
4 2
M e1 = λCe1Se1λ = (
E
2 λ
e1 −
4
e1
2
= ) −
λ 2 p1 p1
(6.98.2)
Assim, a relação (6.69) pode ser substituída por (ver equações 6.95.1 e 6.96):
Se1 M e1 M e1
=F1 λ SA
= λ2 A = 2 λ2 A = λ2 A ⇒
λ p1 λ e1 λ p1 λ1
1 1 0 1 0 1 0 1 0
E λ1 λ1
4 2
M e1
=F1 = b0 h 0 − b0 h 0 (6.99)
λ1 2λ1 λ p1 λ p1
χ1 0 0
χ = 0χ 2 0 , trχχ = χ1 + χ2 + 3 (6.100.1)
0 χ 0
3
λ p1 0 0 X1 0 0 λ p1 0 0
=χ A= 0λ p2 0 0 X 2 0 0 λ p2 0 ⇒
T
p XA p
0 λ 0 0 p3 0 X 0 3 0 λ
p3
λ p12 X1 0 0
χ = 0λ X p2 2 2 0 (6.100.2)
0 λ X0 2
p3 3
2 1
3 M e1 χ 0 tr 00 1 − 0 χ
3
χ 0 0 0 − 0 ⇒
1 1
dev ( M e − =
χ ) dev
χ M e −trdev= − M e1 − χ
3 2
3
0 1 1
χ 0 tr − M e1 0 0 − χ
3 3
3
Φ (,A )||= 2
Φ ( M e , χκκ, )= A, p ,Xκ dev ( M e − χ||) − σ κ( ) 0≤ (6.100.4)
3
Com relação à lei de fluxo plástico associativa (6.47), é possível escrever a seguinte
expressão para a evolução do gradiente plástico (ver equações 6.94 e 6.48):
• • • ∂Φ • dev ( M − χ )
A p γ=
= RL γ =Ap γ e
Ap ⇒
∂M e dev ( M e − χ )
• dev ( Mχ e −λ )1 p1 0 0
• γ
Ap 0 χ λdev ( M e − )02 (6.101.1)
dev ( M e − χ )
p2
0 χ λ 0 dev ( M e − )3
p3
dev ( Mχ e −λ )1 p10 0
1
RL 0 χ λdev ( M e − )02 (6.101.2)
dev ( M e − χ )
p2
0 χ λ 0 dev ( M e − )3
p3
Alternativamente, a evolução do gradiente plástico e a taxa de deformação plástica,
considerando a regra da normalidade, são dadas por:
•
λ p1 0 0
D p1 λ 0 0 0 0 p1
• •
A p = Dp A p ou 0λ p2 0 =0 D p2 0 0 λ p2 0 (6.102.1)
• 0 0λ D p3 0 0
0 λ 0 p3
p3
dev ( M
χe − )1 0 0
• 1
Dp γ 0 dev ( M e − χ )2 0 (6.102.2)
dev ( M e − χ )
0 χ 0 dev ( M e − )3
De acordo com Holzapfel (2004), o traço de um tensor desviador é nulo. Assim, é possível
relacionar os alongamentos plásticos:
• • •
λ p1 λ p2 λ p3
D p1 + D p2 + D p3 = + + =0 (6.103)
λ p1 λ p2 λ p3
Multiplicando ambos os lados desta equação por Jλp =λ p1λ p2 p3 (onde J p é o Jacobiano
plástico):
• • •
λ p2 λ p3 λ p1 + λ p1λ p3 λ p2 + λ p1λ p2 λ p3 =
0 (6.104)
∂
Jλp =λ λ( λ p3λ) =λ
• • • •
λp3 λp1 +λ λ λp2 +λ (6.105)
∂t
p1 p2 p2 p1 p3 p1 p2 p3
•
λ 0 λ⇒ λJ p =1p1
Jp = p2 p3 = (6.106)
Dessa forma, o gradiente plástico para a barra sob tração uniaxial da figura 6.1 (ver equações
6.94) resulta em:
λ 0 0
λ p1 0 0 p1
0 λ ( )
−1
=A p = 0λ p2 0 p1
2
0 (6.108)
0 λ 0 −1
p3
0 λ 0 ( p1 ) 2
As leis de evolução gerais dos tensores das tensões inversas χ e X são dadas pelos
{λ , λ
1 p1 , X, κ} define a função Φ (ver equações 6.98, 6.100 e 6.101), já que os alongamentos
Φ = Φ ( λ1 , λ p1 , X, κ ) = 0 (6.109.1)
• ∂Φ • ∂Φ • ∂Φ • ∂Φ •
Φ= λ1 + λ p1 + : X+ κ= 0⇒
∂λ1 ∂λ p1 ∂X ∂κ
∂Φ • • ∂Φ ∂Φ 2 ∂σ
λ1 + γ ( R L )1 + : R X + κ = 0⇒
∂λ1 ∂λ p1 ∂X 3 ∂κ
•
γ=−
( Φ,λ 1 ) •
λ1 =
•
B1 λ1 (6.109.2)
2 ∂σ κ
( Φ,λ p1 ) ( R L )1 + ( Φ, X ): R X + 3κ ∂
B1 = −
( Φ,λ 1 ) (6.109.3)
2 ∂σ κ
( Φ,λ p1 ) ( R L )1 + ( Φ, X ): R X + 3κ ∂
onde o tensor (de segunda ordem) R L é dado na expressão (6.101.2).
Para o caso da barra sob tração uniaxial com encruamento isotrópico apenas, temos
(ver equações 6.100):
• •
X =χ =R Xχ =R =∆X =∆χ =O (6.110.1)
2 0 0 2 0 0
3 2 3
E λ1 λ1
4
d vM e =M e1 e 0 − 1
0 = − 0 − 1 0 (6.110.2)
3 2λ p1 λ p1 3
0
0 −
1
0 0 −
1
3 3
2 2 2
=Φ M e1
M eκ − =
devσ σ κ −0 ≤ (6.110.3)
3 3 3
∂Φ 2 ∂Mλe1 ∂ e1 ∂Φ ∂Φ
= , = = 0 (6.110.4)
∂λ1 3 ∂λ e1 ∂λ1 ∂λ 2 ∂λ 3
∂Φ 2 ∂Mλe1 ∂ e1 ∂Φ ∂Φ
= , = = 0 (6.110.5)
∂λ p1 3 ∂λ e1 ∂λ p1 ∂λ p2 ∂λ p3
∂M e1 ∂ E
=
∂λ e1 ∂λ e1 2
(
λ e14 − λ e12 )= E ( 2λ e1
3
− λ e1 ) (6.110.6)
∂λ e1 ∂ λ1 1
= = (6.110.7)
∂λ1 ∂λ1 λ p1 λ p1
∂λ e1 ∂ λ1 λ
= = − 12 (6.110.8)
∂λ p1 ∂λ p1 λ p1 λ p1
2 0 0
3
• devM •
=Dp γ = e
γ 0 − 1 0 (6.110.9)
6
devM e
0 0 − 1
6
2 λ 0 0
3 p1
• •
=
A p D=
p Ap γ 0 − 1 λ p2 0 (6.110.10)
6
0 λ 0 − 1 p3
6
• •
κ=γ 2 (6.110.11)
3
•
γ=−
( Φ,λ 1 ) •
λ1 =
•
B1 λ1 (6.110.12)
2 ∂σ κ
( Φ,λ p1 ) ( R L )1 + 3κ ∂
B1 = −
( Φ,λ 1 ) (6.110.13)
2 ∂σ κ
( Φ,λ p1 )D p1λ p1 + 3κ ∂
•
λ p1(1)
t1
• λ p1 2
t1
1
=∆κ ∫ γ =2 dt ∫ 3 =dλ ∫ = dλ p1 ln λ p1(1) − ln λ p1( 0) (6.111.1)
3 2 λ p1 3 p1 λ p1
t 0λ t0
p1( 0 )
Por fim, simplificando para o caso da barra sob tração uniaxial constituída de material
elastoplástico perfeito (PROENÇA, 2006), é possível ainda simplificar algumas das equações
(6.110):
2 2
=Φ Mσe1 − 0 0 ≤ (6.112.2)
3 3
2 2 1
• ( M λ ,
e1 e1 )(
λ ,λ
e1 1 ) • 3λ p1 •
•
3 λ1
γ=− 3 λ1 =
− λ1 = (6.112.3)
2 2 2 λ1
( M e1λ, e1 )λ( ,λ
e1 p1 )
2λ 1
λ p1 −
3 3 3λ p1
onde a constante σ 0 é a tensão limite de escoamento. Assim sendo, o incremento do
alongamento plástico longitudinal é (ver equação 6.105.1):
λ1(1)
t1
2•
t1
• 3 1 2
∆λ p1= λ p1(1) − λ p1( 0) = ∫ λ p1 dt= ∫ γ λ p1dt= ∫ 2 1 λ p1 dλ1 ⇒
t 0λ t0
3 λ 3 1( 0 )
λ1(1)
1
∆λ p1 =∫ λ1( 0 )
λ e1
dλ1 (6.113)
Mλe1=
E
2
(
λ e1
4
− σ e12 = ) 0 (constante) ⇒ λ e constante (6.114)
1
∆λ p1 = ∆λ1 (6.115)
λ e1
Ademais, com a expressão (6.113), a força aplicada na barra sob tração uniaxial da figura 6.1
é (ver equação 6.99):
1
1 =b h
Fσ (6.116)
λ1
0 0 0
χ= X= O e Φ = κ = 0 :
Φ=
2
3
Mσe1κ− 0
2
3
= λ⇒
LE
E
2
( )
λ LE 4 − σ κ 2 0= ( ) (6.117)
Resumindo, a relação geral entre a força aplicada e o comprimento final (ou deslocamento
longitudinal máximo) da barra sob tração uniaxial da figura 6.1 é calculada por (ver expressão
6.66.1):
7.1. Definição
= ( x ) η ( x1 ,x 2 ,x 3 )
η η= (7.1)
onde η é a propriedade constitutiva que varia gradualmente de acordo com a posição inicial
( x ) dos pontos materiais. Leis de GF desse tipo podem ser classificadas como Lagrangianas
(ver seção 3.1), já que a propriedade η , neste caso, depende da configuração inicial x . De
acordo com a definição de GF dada na seção 7.1, a função η = η ( x ) deve ser contínua e
suave, ou seja, essa função não deve apresentar alterações abruptas nem descontinuidades. As
cinco leis de GF utilizadas aqui são descritas a seguir.
η η(=
= x ) η1f1 ( x ) + η2 f 2 ( =
x ) η1f1 ( x ) + η2 1 − f1 ( x=
) η2 + ( η1 − η2 ) f1 ( x ) (7.2)
f1 η= 0 ⇒
η = 2 (7.3.1)
η η⇒ =
f1 =1 =100% 1 (7.3.2)
De acordo com a expressão (7.2), nota-se que a lei de GF baseada na regra da mistura
é definida pela escolha da função f1 , que varia com a posição inicial ( x ) dos pontos
materiais. Além disso, conforme o conceito de GF da seção 7.1, a função f1 ( x ) deve ser
contínua e suave. Para a lei de potência (P-FGM), a referida função é dada por (CHI;
CHUNG, 2006; KIM; LOMBOY; HAN, 2008):
p
ζ
fζ
= f=( )
P-FGM P-FGM
(7.4)
ζ max
1 1
onde ζ , que varia entre 0 e ζ max , é a coordenada na qual a propriedade constitutiva η varia
Figura 7.1. Variação de uma propriedade constitutiva ( η ) de acordo com a lei de potência (equações
7.2 e 7.4) ao longo da coordenada inicial ζ . A variável p é o coeficiente de GF da expressão (7.4).
Para a lei sigmoidal (S-FGM), a fração volumétrica f1 ( x ) é descrita pela expressão a
s
1ζ ζ max
fζ
= f2=
1 ( )
S-FGM
1
S-FGM
, 0ζ≤ ≤ (7.5.1)
2ζ max 2
s
1ζ ζ max
fζ
1
S-FGM
f 2 (2 ) =
1=1
S-FGM
− − , ≤ ζ ≤ ζ max (7.5.2)
2ζ max 2
onde ζ , que varia entre 0 e ζ max , é a coordenada na qual a propriedade constitutiva η varia
A partir das expressões (7.2) e (7.4), pode-se concluir que quando o coeficiente de GF
para a lei de potência ( p ) tende para zero, f1 também tende a zero e, consequentemente, η
tende para η2 para qualquer valor de ζ . Quando o coeficiente p tende a infinito, f1 tende
Para a lei exponencial de GF (E-FGM), a regra da mistura (7.2) não é usada, e não há
coeficiente de GF. Nesse caso, a função que descreve a variação gradual da propriedade
constitutiva η é (CHI; CHUNG, 2006; KIM; LOMBOY; HAN, 2008):
ζ η
ηE-FGM = η2 exp ln 1 (7.6)
ζ max η2
onde ζ , que varia entre 0 e ζ max , é a coordenada na qual a propriedade constitutiva η varia
Figura 7.3. Variação de uma propriedade constitutiva ( η ) de acordo com a lei exponencial (equação
7.6) ao longo da coordenada inicial ζ .
Além das leis descritas no item 7.2.1, é possível propor outras leis de GF. Neste
estudo, são propostas duas leis de GF: a senoidal (Sn-FGM); e a logarítmica (L-FGM).
Figura 7.4. Variação de uma propriedade constitutiva ( η ) de acordo com a lei senoidal (equação 7.7)
ao longo da coordenada inicial ζ .
Por fim, para a lei logarítmica de GF (L-FGM), na qual também se usa a regra da
mistura (7.2), vale a seguinte expressão:
ζ
= ζ logf1=
f1L-FGM 9 ( ) +1
L-FGM
(7.8)
ζ max
10
Em todas as leis de GF usadas aqui, pode-se notar, com as expressões (7.2), (7.4),
(7.5), (7.6), (7.7) e (7.8) e com as figuras (7.1), (7.2), (7.3), (7.4) e (7.5), que a propriedade
constitutiva variável η é igual a η2 quando ζ = 0 , e igual a η1 quando ζ = ζ max (ou
ζ / ζ max = 1 ).
Figura 7.5. Variação de uma propriedade constitutiva ( η ) de acordo com a lei logarítmica (equação
7.8) ao longo da coordenada inicial ζ .
É possível propor outras leis para descrever a variação gradual (contínua e suave) das
propriedades constitutivas de um MGF. Além disso, podem ser adotadas diferentes leis de GF
para descrever duas ou mais propriedades variáveis no mesmo material. Com relação à análise
via elementos finitos de MGFs, um exemplo bastante comum na literatura científica é a
variação do módulo de Young (ver equações 5.2) ao longo da espessura de uma placa ou de
uma casca, cuja face inferior é 100% metálica, a face superior é 100% cerâmica, e no interior
as propriedades variam contínua e suavemente (WOO; MEGUID, 2001; GHANNADPOUR;
ALINIA, 2006; ARCINIEGA; REDDY, 2007; KHABBAZ; MANSHADI; ABEDIAN,
2009).
7.3. Modelos hiperelásticos com GF
λ (x)
( )
tr ( E ) + μ ( x ) tr E2
2
ψSVK,GF
= (7.9.1)
2
ν ( x ) E ( x )
λ (x) = (7.9.2)
1ν+ ( x )1 2ν
− ( x )
E (x)
μ (x) = (7.9.3)
2 1ν + ( x )
=
U vol,GF (
( J ) k ( x ) J 2n + J -2n − 2 ) (7.10.2)
( ) ∑ {c ( x ) ( i ) (i )}
i j
ψiso
RS,GF i1=
iso
,i 2iso ij 1
iso
−3 2
iso
−3 (7.10.3)
i,j
onde k ( x ) e cij ( x ) são as funções que descrevem, nesta ordem, a GF do módulo de
compressão volumétrica (“bulk modulus”) e dos coeficientes isocóricos. Assim como na lei
de Saint Venant-Kirchhoff com GF (7.9), para descrever a GF dos coeficientes do material ( k
e cij ), pode ser empregada uma das cinco leis de GF usadas neste estudo (ver seções 7.2.1 e
7.2.2).
=
U vol,GF (
( J ) k ( x ) J 2n + J -2n − 2 ) (7.11.2)
ψiso (
i1iso ,i 2iso
HN,GF = )
α ( x ) i1iso
( )
3
{ (
− 27 + ∑ ci0 ( x ) i1iso − 3
i ) }+
i
∑ {c ( x ) ( i )}
j
0j
iso3/2
2 − 32/3 (7.11.3)
j
Por fim, a lei hiperelástica não linear neo-Hookeana com GF é descrita por (ver
equação 5.5):
1 1
( J,i1 ) k ( x ) ln ( J ) + μ ( x ) i1 − 3 − 2 ln ( J )
2
ψ nH,GF ψ nH,GF
= = (7.12)
2 2
onde k ( x ) e μ ( x ) são as funções que descrevem a GF, de acordo com a posição inicial x ,
∑ {a ( x ) ( κ ) }
NC-1
σκ ( κ ) =
n
n (7.13)
n=0
onde a n ( x ) é a função que descreve a GF, em relação à posição inicial ( x ) dos coeficientes
A lei de encruamento isotrópico de Swift com GF é dada por (ver equação 6.50):
{ }
σ κ ( κ ) = K ( x ) ⋅ E 0 ( x ) + κ
n ( x )
(7.14)
onde K ( x ) , E 0 ( x ) e n ( x ) são as funções que descrevem a GF, com relação à posição inicial
{ }{
σ κ ( κ ) =σ 0 ( x ) + σsat ( x ) − σ 0 ( x ) 1 − e
−CκY ( x )
} (7.15)
acordo com a posição inicial x , dos coeficientes de encruamento isotrópico de Voce ( σ 0 , σsat
e CY ).
• • •
X = γ R X = c ( x ) Dp = c ( x ) γ R P ⇒ R X = c ( x ) R P (7.16)
onde c ( x ) é a função que descreve a GF, de acordo com a posição inicial x , do coeficiente
de Prager ( c ).
• • • • •
c ( x ) Dp − γ b ( x ) X =
γ RX =
X= c ( x ) γ R P − γ b ( x ) X ⇒
=R X c ( x ) R P − b ( x ) X (7.17)
onde c ( x ) e b ( x ) são as funções que descrevem a GF, de acordo com x , dos coeficientes da
lei de Armstrong-Frederick ( c e b ).
7.4.2. Hiperelastoplasticidade
6.32.2).
As equações da seção 6.7 desta tese foram determinadas para o caso da barra
prismática sob tração uniaxial (ver figura 6.1) constituída de material homogêneo. Neste item,
são descritas as equações para a referida barra constituída, porém, de material
hiperelastoplástico heterogêneo com GF (ver item 7.1) e com encruamento isotrópico apenas.
Basicamente, dois casos são analisados: variação gradual do módulo (elástico) de Young (ver
equações 7.9), e variação gradual das constantes de encruamento isotrópico (ver equações
7.13, 7.14 e 7.15). Antes de descrever tais casos, é dada a fórmula geral para cálculo da força
longitudinal aplicada, e são descritos os conceitos de limites elástico e plástico.
Fσ ∫
1 =dA
Af
1 (7.18)
onde σ1 é a tensão normal de Cauchy ao longo da direção x1 (ver equações 4.1, 4.2 e figura
λ
σ1 = 1 S1 (7.19)
λ 2 λ3
= =
dA dyλ2 dyλ 3dx dx λ2 λ 3dA
2 3 = 2 3 0 (7.20)
λ1
=F1 λ ∫λ dA
=FS1 2 λ3 S dA
0 ⇒ 1 ∫ (7.21)
λ 2 λ 3
1 1 0
A0 A0
b0
=Fλ
1 1 1 ( dx
S∫ x= 2 ) dx2 3λ h S∫ x1 (=
1 0 2)
dx F 1λ h
2 ⇒ S ∫ x1 ( dx
1 0 2) 2 (7.22)
A0 x2 0
b0
h
F1 = 0
λ1 ∫ M ( x ) dx
0
e1 2 2 (7.23)
onde M e é o tensor elástico de Mandel, dado na expressão (6.98) para o caso da barra sob
tração uniaxial. Além disso, para o critério de plastificação de von-Mises (6.44), dado nas
expressões (6.100) para a referida barra, se a GF se dá ao longo do eixo x 2 , então:
2
Φ ( x2 ) =
κΦκxM e (2x d2 ) ,veχ ( x 2 ) ,x ( 2 ) x= M eσ( 2 κ) −xχ ( 2 )0 − ( ) ≤ (7.24.1)
3
2 2
2 1 1 1
|| dev M e ( xχ2 ) x− χ ( x 2 )tr ||2 =x M e1 ( x 2 M
) − 1 x( 2)+
χ xχ ( 2 ) tr +
x− e1 ( 2 ) − 2 ( 2 ) + χ( 2 ) +
3 3 3 3
2
1 1
− 3 M e1χ( x 2x) − 3 ( tr2 ) +x
3
χ( 2 )
(7.24.2)
De acordo com estas equações, no caso geral a tensão M e1 e a tensão limite de escoamento
1) Fase elástica:
2) Fase intermediária:
∆λ1 > 0 , λ LE < λ1 < λ LP , Φ ≤ 0 (7.25.2)
3) Fase plástica:
•
∆λ1 > 0 , λ1 > λ LP , Φ = Φ = 0 ( ∀x 2 ) (7.25.3)
•
∆λ1 < 0 , Φ < 0 ( ∀x 2 ), Φ < 0 ( ∀x 2 ) (7.25.4)
Para a barra da figura 6.1, adotando a lei de potência de GF (7.4) para o módulo de
Young (ver equações 7.9) ao longo do eixo x 2 , a tensão elástica de Mandel M e1 é (ver
equações 7.2 e 6.98):
1 λ1 λ1
4 2
M e1 ( x 2 ) E ( x 2 )
= − (7.26.1)
2λ p1 λ p1
p
x
E ( x 2 ) = E2 + ( E1 − E2 ) 2 (7.26.2)
b0
definição dada no último parágrafo antes das equações (7.25), o limite elástico, representado
pelo alongamento longitudinal λ LE , é atingido quando a maior norma, neste caso,
dev M e ( b0 ) atinge o limite inicial de escoamento=
2 σ 2 σ ( κ 0 ) , o qual (neste
=
3 0κ 3
caso) é constante para todo o material, isto é (ver equações 6.98, 7.24 e 7.26):
E1
2
(
λ LE 4 − λ LE 2 =
σ0 ) (7.27)
quando a menor norma, neste caso, dev M e ( 0 ) atinge o limite inicial de escoamento
2 σ :
3 0
E2
2
(
λ LP 4 − λ LP 2 =
σ0 ) (7.28)
Para a fase elástica (7.25.1), temos as seguintes igualdades (ver equações 3.11, 3.16,
3.23, 3.24 e 6.25):
A = A e , C = Ce , A=
p C=
p I (7.29.1)
Se1 = S1 (7.29.2)
=
M e1 C=
e1Se1 C1S1 (7.29.3)
h0 0 E ( x2 )
b
hλ0 13λ− ( ) b0
=Fλ
1
λ1 ∫0 2
λ dx ( 1
4
− =2 E x
1
2
)
dx
2
1
∫ ( ) 2 2 (7.30)
0
Com a lei de GF de potência (7.26.2), a integral acima ao longo dos limites z1 e z 2 resulta
em:
z2 z2
x2
p
∫ E ( x 2 ) dx 2= z∫ E2 + ( E1 − E2 ) b0 dx 2 ⇒
z1 1
z2
( E1 − E2 ) z 1+p − z 1+p
∫ E ( x 2 ) dx=2 E2 ( z 2 − z1 ) + (
(1 + p ) b0 p 2 1 ) (7.31)
z1
1=
Fλ
b0 h 0
λ ( 1
3
− 1 ) E + E1 −+ pE
2
1 2
(7.32)
2
Para a fase intermediária (7.25.2), existem pontos em regime elástico ( Φ < 0 ) e pontos
em regime elastoplástico ( Φ =0 ). De acordo com as equações (7.26), se E1 > E2 então
consequentemente, de Φ . Assim, existe uma coordenada limite X2 , sendo que Φ < 0 para
x 2 < X2 , e Φ =0 para x 2 > X2 . Portanto, a coordenada limite X2 pode ser calculada a partir
da igualdade 2 M ( X2
σ )= 2 ou M e1 ( X2
σ )= (ver expressões 7.26 e 7.28):
3 e1 3 0 0
X2
p
M e1 ( X2
λ ) =λ
1
( 1
4
− 1
2
) E2 + ( E1 − E2 ) σ =
0 ⇒
2 b0
1
1 2σ 0 p
=X2 b0 4 − E2 (7.33)
E1 − E2 λ1 − λ1
2
Nesse caso, a força longitudinal aplicada pode ser decomposta aditivamente em duas parcelas:
a força relativa à porção de material em regime elástico ( F1EL ); e a força correspondente à
parte em regime elastoplástico ( F1ELP ). Assim, como a força relativa à porção de material em
regime elástico pode ser determinada com a equação (7.31) para z 2 = X2 , na fase
intermediária (7.25.2) a força total é:
=
F1 F1EL + F1ELP (7.34.1)
hλ0 ( 3
λ− ) X2 E1 − E2 X2
p
F= λ
EL 1
λ
1 h X2
∫0 E ( x 2 ) dx=2 02 ( 3
− ) E2 + (7.34.2)
1 + p b0
1 1 1
2
b b0
h0 0 h0
= 2 ∫xM
F1ELP κ σ= dx( x 2 ) dx 2
2 e1 ∫ ( ) (7.34.3)
λ1 X2 λ1 X2
1 λ1
4 2
λ1
=M e1 ( x 2 ) E ( x 2 ) − (7.34.4)
2λ xp1 ( 2) λ x p1 ( 2)
σ κ ( x 2 ) = σ κ κ ( x 2 ) (7.34.5)
onde κ é o parâmetro de encruamento isotrópico (6.33), utilizado para definir a tensão limite
de escoamento σ κ ; e λ p1 é o alongamento longitudinal plástico, variável com a coordenada
x 2 . De acordo com a expressão (6.111.2), para determinar analiticamente o valor das integrais
caso de o material da barra ser elastoplástico perfeito, a parcela F1ELP resulta em:
h 0 ( b0σ− X2 )
Mσe1 = (constante) ⇒ F1ELP = 0
(7.35)
λ1
0
b b0
h0 0 h0
=
F1 F=
κ1
ELP
σ2 dxe1 ( x 2 ) dx
x 2∫ M = ∫ ( ) (7.36)
λ1 0 λ1
2
0
Para materiais elastoplásticos perfeitos, a equação acima pode ser simplificada para:
h 0 bσ0
=
F1 F=ELP 0
(7.37)
λ1
1
b0 λ 4
λ1
2
h0 dx 2
=F1 ∫0 E ( x 2 ) λ p1max1 − max (7.38.1)
2λ1 λ p1
p1 = λ p1 ( x 2 )
λ max max
(7.38.2)
onde λ max
p1 λ1 λ1max > λ LP , que depende
é o alongamento longitudinal plástico alcançado em=
F1 =
(
Eλ 1
3
−λ 1 )h b (7.39)
0 0
2
de encruamento isotrópico (6.33). De modo similar ao item 7.5.1, os limites elástico e plástico
podem ser determinados com a igualdade Mσe1κ= 0 ( ) . Assumindo que a tensão inicial de
escoamento é igual a σ1 ( 0 ) em x 2 = b0 , e igual a σ 2 ( 0 ) > σ1 ( 0 ) em x 2 = 0 , para um
E
2
( )
σ1 ( 0 )
λ LE 4 − λ LE 2 = (7.40.1)
E
2
( )
σ2 ( 0)
λ LP 4 − λ LP 2 = (7.40.2)
Para a lei de encruamento isotrópico polinomial com GF (7.13), os valores limites para
a tensão inicial de escoamento são:
σ1 ( 0 ) = a 0 ( b0 ) (7.41.1)
σ2 ( 0) = a 0 ( 0) (7.41.2)
n ( b0 )
σ1 ( 0 ) = K ( b0 ) E 0 ( b0 ) (7.42.1)
n( 0)
σ 2 ( 0 ) = K ( 0 ) E 0 ( 0 ) (7.42.2)
σ1 ( 0 ) = σ 0 ( b0 ) (7.43.1)
σ 2 ( 0 ) = σ0 ( 0 ) (7.43.2)
x 2 = b0 .
Assim como é feito no item 7.5.1, para a fase intermediária (7.25.2), pode-se
determinar a coordenada limite X2 , sendo que os pontos com coordenada x 2 < X2 estão em
regime elástico, e os pontos com x 2 > X2 estão em regime elastoplástico. Para isso, basta
Mλe1=
E
λ
2
( 1
4
)
−σ 12X2
= 0 ( ) (7.44)
Para a lei de encruamento isotrópico polinomial (7.13), adotando a lei de GF de potência (7.4)
para o coeficiente a 0 ao longo de x 2 , o valor de X2 é determinado da seguinte forma (ver
expressão 7.41):
p
X2
(
E 4
)
λ1 − λ12 = a 0 ( 0 ) + a 0 ( b0 ) − a 0 ( 0 ) ⇒
2 b0
1
E p
( )− ( )
1
X2 λb0 λ
= a −0
4 2
(7.45)
a 0 ( b0 ) − a 0 ( 0 )
1 1 0
2
Já para a lei de Swift (7.14), adotando a lei de GF de potência (7.4) ao longo de x 2 para o
coeficiente K apenas, a coordenada limite X2 é calculada com auxílio da expressão (7.42):
X2 n
p
(
E 4
λ1 − λ12 = ) K ( 0 ) + K ( b0 ) − K ( 0 ) E0 ⇒
2
b 0
1
E p
Por fim, para a lei de Voce (7.15), considerando a lei de GF de potência (7.4) ao longo de x 2
p
X2
(
E 4
)
λ1 − λ12 = σ 0 ( 0 ) + σ 0 ( b0 ) − σ 0 ( 0 ) ⇒
2 b0
1
E 4 p
X2 λb0 λ
= 1σ − 01
2
(
− 0 ( ) ) (
1
(7.47)
2σ b σ 0 0 0)− 0 ( )
=
F1 F1EL + F1ELP (7.48.1)
F EL
=
h 0 X2λ ( 1
3
λ− E
1) (7.48.2)
1
2
b b0
h0 0 h0
=F 2 ∫xM
σ= dx( x 2 ) dx 2
2 e1
ELP
κ ∫ ( ) (7.48.3)
λ1 X2 λ1
1
X2
E λ1
4 2
λ1
M e1 ( x 2 )
= − (7.48.4)
2λ xp1 ( 2) λ x p1 ( 2)
σ κ ( x 2 ) = σ κ κ ( x 2 ) (7.48.5)
p
x
0 0 ( a) + b 0 ( a0 ) −0 0 (
a0 =
Mσe1 = ) 2 (7.49.1)
b0
h
b0 x 2
p
F= 0 ∫ a 0 ( 0 ) + a 0 ( b0 ) − a 0 ( 0 ) b0 d 2 x⇒
ELP
λ1
1
X2
b0 a 0 ( b0 ) − a 0 ( 0 ) X2
1+p
h0
= a 0 ( 0 )( b0 − X2 ) + 1 − (7.49.2)
ELP
F
λ1 1 + p b
1
0
Na fase plástica (7.25.3), o cálculo da força longitudinal aplicada é realizado com as
equações (7.36) e (7.48.4) (ou 7.48.5). Tal força pode ser determinada analiticamente para o
caso de material elastoplástico perfeito (ver expressões 7.49):
h0 0 x 2
b p
F = ∫ a 0 ( 0 ) + a 0 ( b0 ) − a 0 ( 0 ) d 2 x⇒
F1 = ELP
λ1 0 b0
1
h 0 b0 a 0 ( b0 ) − a 0 ( 0 )
=F1 a 0 ( 0 ) + (7.50)
λ1 1+ p
Por fim, para a fase de descarregamento elástico (7.25.4), o cálculo da força aplicada é
realizado de modo análogo ao procedimento das expressões (7.38):
4
λ1
2
λ1
b0 b0
h0 h E dx 2 ⇒
F=
λ1 ∫0 M e1 ( x 2 ) dx=2 λ10 ∫0 2 λ max − max
λ p1
1
p1
b
h 0 0 λ1
4 2
λ1
=F1 E ∫ max − max dx 2 (7.51.1)
2λ1 0 λ p1 λ p1
p1 = λ p1 ( x 2 )
λ max max
(7.51.2)
seguintes elementos finitos: barra unidimensional; triangular plano; quadrilateral plano; sólido
tetraédrico; e sólido hexaédrico (ZIENKIEWICZ; TAYLOR, 2000). Os elementos finitos de
barra, triangular e quadrilateral não são usados neste estudo. Porém, os algoritmos de geração
das funções de forma de tais elementos são descritos para facilitar o entendimento da referida
geração para os elementos tridimensionais (tetraédrico e hexaédrico), os quais são utilizados
no presente estudo.
Neste estudo, define-se malha de elementos como sendo a discretização adotada para
simulação numérica, via Método dos Elementos Finitos (MEF), de determinada estrutura. Em
tal malha, devem existir as seguintes informações: número e coordenadas dos nós (CHEN,
2005); e incidência dos elementos finitos, que é a relação entre as numerações local (para
cada elemento) e global dos nós. Para realizar a simulação numérica de qualquer problema
estrutural, é preciso gerar a malha de elementos a ser usada durante essa simulação. Assim
como o gerador automático das funções de forma (ver seção 8.1), desenvolver um gerador de
malhas de elementos sólidos também não é um dos objetivos iniciais deste estudo (ver seção
1.2). Porém, para possibilitar a geração de malhas de elementos finitos sólidos com diferentes
quantidades de elementos e distintos graus de aproximação, foi desenvolvido um algoritmo
generalizado para geração dessas malhas, isto é, a ordem de aproximação polinomial (ver
equações 3.1) e a quantidade de elementos sólidos podem ser quaisquer. Neste estudo, a
referida geração começa a partir das informações de uma malha, chamada aqui de malha base.
Essa malha é constituída de elementos hexaédricos de aproximação linear (CHEN, 2005),
cujas coordenadas dos vértices são conhecidas. Outra informação necessária para a geração
das malhas é o número de divisões das arestas da malha base. Com esse número, é
determinada a quantidade total de elementos finitos da malha. Por fim, com essa quantidade e
com a ordem de aproximação polinomial desejada, o gerador de malhas calcula o número e as
coordenadas de todos os nós, assim como a incidência de todos os elementos. O gerador de
malhas desenvolvido também determina quais nós possuem alguma restrição de deslocamento
e quais nós estão carregados. Detalhes da geração das malhas são fornecidos no Apêndice F.
J
npin ∂ψ
J
∂ψ ∂ψ
( fint ) = ∫ ∂y ∫ ∑ J 0 w ( p )
J
= dV = J d ξ (8.1.1)
ξ ∂y ∂y ξ =ξ( p )
0 0
( Ω 0 )J p=1
J
J
npin ∂ 2 ψ
J
∂2ψ ∂2ψ
( H ) ∫= dV0 ∫ ∑ w ( p )
J
= = J d ξ J0 (8.1.2)
J ∂y∂y ξ ∂y∂y p=1 ∂y∂y ξ =ξ( p )
0
( Ω0 )
onde ( fint ) é o vetor local de forças internas para o elemento J; ( Ω 0 ) representa o domínio
J J
inicial do elemento J; npin é o número de pontos de integração numérica para cada elemento
finito; ξ ( pξ) = p{ 1,ξ( )p 2,ξ( )p 3 ( )} representa as coordenadas adimensionais ( ξ1 , ξ 2 e ξ 3 ) do
ponto de integração p; w ( p ) é o respectivo peso de integração numérica; e ( H ) é a matriz
J
Ciclo k = 1,np1
Ciclo j = 1,np1
Ciclo i = 1,np1
ξ1 ( p ) = gl ( i ) (8.2.2)
ξ 2 ( p ) = gl ( j) (8.2.3)
ξ 3 ( p ) = gl ( k ) (8.2.4)
u=x (8.3.1)
y= (1 − u ) v (8.3.2)
(1 u )(1 − v ) w
z =− (8.3.3)
resulta em:
∂x ∂x ∂x
∂u ∂v ∂w
∂ ( x,y,z ) ∂y ∂y ∂y
= (1 − u ) (1 − v )
=
2
det (8.4.1)
∂ ( u,v,w ) ∂u ∂v ∂w
∂z ∂z ∂z
∂u ∂v ∂w
∂ ( x,y,z )
(1 − u ) (1 − v ) dudvdw
2
dxdydz = dudvdw = (8.4.2)
∂ ( u,v,w )
npin
∫ ∫
x y
∫ f ( x,y,z )dxdydzξ ,ξ= ∑
z
,ξ fw(
n =1
1 2 3 ) (8.5.2)
ξ1 = u (8.6.1)
ξ 2= (1 − u ) v (8.6.2)
(1 u )(1 − v ) w
ξ 3 =− (8.6.3)
(1 − u ) (1 − v ) wgl
2
w= (8.6.4)
Número de pontos de
Precisão da integração integração por Referência
elemento tetraédrico
2 4 Keast (1986)
3 5 Jinyun (1984)
4 11 Keast (1986)
5 15 Keast (1986)
6 24 Keast (1986)
7 31 Keast (1986)
8 45 Keast (1986)
É apresentada, neste item, a estrutura geral dos códigos computacionais para análise
não linear geométrica de materiais hiperelásticos (ver capítulo 5) via elementos finitos
sólidos. Todas as simulações podem ser divididas em três etapas, independente do elemento
usado (tetraedro ou hexaedro): pré-processamento, simulação do carregamento e pós-
processamento.
c) determinação dos coeficientes das funções de forma e dos coeficientes das derivadas dessas
funções (ver seção 8.1 e Apêndice A);
e) cálculo, para o caso de materiais com gradação funcional (MGFs), das constantes elásticas
(ver seção 7.2) nos pontos de integração de todos os elementos, as quais variam de acordo a
lei de GF adotada (seção 7.2);
Com relação aos dados de entrada do código desenvolvido neste estudo, eles devem
conter as seguintes informações: número de nós e de elementos; ordens de aproximação
polinomial e de integração numérica (ver tabela 8.1); número de passos (ou incrementos
finitos) de carga; tolerância para o erro, ou para a dimensão máxima do resíduo de forças;
frequência de impressão das posições finais no arquivo de saída; coordenadas iniciais dos nós;
incidência dos elementos, que é a relação entre as numerações local e global dos nós; lei
constitutiva adotada e constantes do material; carregamento externo nos nós; e restrições de
deslocamento dos nós.
onde fext ( i ) é o vetor de forças externas no passo i; e o dado de entrada ∆fext é o incremento
de força externa em cada passo de carga. Para determinação do sistema (ver figura 8.1), são
calculados os vetores de forças internas locais de todos os elementos (ver equação 8.1.1), e as
matrizes Hessianas locais de todos os elementos (ver equação 8.1.2). A montagem do vetor
global de forças internas e da matriz Hessiana global é feita do modo tradicional de acordo
com o conhecimento da incidência dos elementos (ZIENKIEWICZ; TAYLOR, 2005). O
vetor resíduo de forças global (ver equação 4.10.1 ou 5.8.1) é calculado da seguinte forma:
=
rG ( fint )G − fext ( i ) (8.8)
onde ( fint )G é o vetor global de forças internas. O sistema global a ser resolvido é o seguinte:
H G ⋅ ∆y = −rG (8.9)
(=
H G )mi (=
H G ) jm 0 ( i , j = 1, ntgl ) (8.10.1)
( H G )mm = 1 (8.10.2)
( rG )m = 0 (8.10.3)
onde ntgl é o número total de graus de liberdade. Para tornar mais rápida a montagem do
sistema, são calculados - apenas - os termos que correspondem aos graus de liberdade livres,
isto é, são determinados somente os termos do sistema global (8.9) que não sofrem as
modificações (8.10).
Figura 8.1. Procedimento incremental e iterativo de aplicação do carregamento para análise não linear
geométrica de materiais elásticos.
A solução do sistema global (8.9) é feita com a sub-rotina MA57, que se trata de um
método multifrontal direto, baseado na eliminação de Gauss (DUFF, 2004). Após resolver o
sistema, é determinado o erro com a expressão a seguir:
norma1
ERRO = abs (8.11.1)
norma2
norma1 = ∑ ( rG )i
2
(8.11.2)
norma2 = ∑ ( x i )
2
(8.11.3)
onde os valores norma1 e norma2 são calculados, apenas, para os graus de liberdade livres;
rG é o vetor resíduo de forças global (8.8); e x é o vetor que contém todas as coordenadas
iniciais dos nós (ver equação 3.1.1). Quando o erro (8.11) é maior do que a tolerância adotada,
a posição atual y deve ser atualizada, ou seja, deve ser calculada a nova posição atual
tentativa. Esse cálculo é feito com a equação a seguir (ver expressão 8.9):
y1= y1 + ∆y 0= y1 − ( H G ) ⋅ rG
−1
(8.12)
Na etapa de saída (ver figura 8.1), as posições atuais de equilíbrio de todos os nós, no
final de determinados passos de carga, são impressas no arquivo de saída. Com esse arquivo,
o programa de pós-processamento determina os campos de deslocamento, de deformação e de
tensão ao longo de toda a estrutura. Com os valores dos deslocamentos de todos os nós, é
possível, com auxílio de um programa desenvolvido no departamento (AcadView), visualizar
as configurações de equilíbrio ao final de determinados passos de carga.
Neste estudo foram adotadas três estratégias com relação à primeira etapa do
algoritmo de previsão elástica e correção plástica (CRISFIELD, 2000) descrito na seção 6.6
desta tese: previsão puramente elástica; método da Secante; e previsão elastoplástica. Em
todas as três estratégias, é assumido inicialmente que as variáveis plásticas não variam ao
longo do incremento, é verificado o critério de plastificação, e são atualizadas as referidas
variáveis com o método de retorno descrito nas seções 6.6.1 e 6.6.2.
y t1 = (
y ( 0) − H −1 )( ) ⋅ f
0 int ( 0 ) − fext (1)
(8.13.1)
∂E
fint ( 0) = ∫ S: J 0 dξ (8.13.2)
ξ
∂y ( 0)
∂S ∂E ∂E ∂ 2E
=H ( 0) ∫ : : + S: J 0 dξ (8.13.3)
ξ
∂E ∂y ∂y ∂y∂y ( 0)
∂Ep ∂X
= = O( 4) (8.13.4)
∂E ∂E
∂κ
=O (8.13.5)
∂E
relativa à primeira tentativa elástica; e O ( 4) denota o tensor nulo de quarta ordem. A posição
atual y , o vetor de forças internas fint , a matriz Hessiana H e as variáveis plásticas ( Ep , κ e
( fint )s1 = ( fext )(1) , e as variáveis plásticas são atualizadas de forma que Φ ( E,Ep , κ , X ) =
0. A
s1
y s2= y s1 + ∆y s12= y s1 − H −1 ( ) s1
⋅ rs1 (8.14.1)
=
rs1 ( fint )s1 − ( fext )(1) (8.14.2)
∆y s
H s1= rs1 ⋅ (8.14.3)
∆y s
∆y s = y s1 − y ( 0) (8.14.4)
∆y s= (y s1 )( ) (y
− y ( 0) ⋅ y s1 − y ( 0) = s1 − y( 0 ) ) (y
i
s1 − y( 0 ) ) i
(8.14.5)
Φ E( s2) , Ep ( s1) , κ ( s1) , X( s1) > 0 , são corrigidas as variáveis plásticas para obter
Φ ( E,Ep , κ , X ) =
0 . Caso o resíduo de forças rs2 não seja suficientemente pequeno,
s2
∂ ∂E
Γ= S ( E , E )
= ∂S + ∂S : p (8.15.1)
∂E ∂E ∂E ∂E
ep p
p
∂S ∂S ∂Ep ∂E ∂E ∂ 2E
∫ξ ∂E + ∂Ep : ∂E
H= : : + S: J 0 dξ (8.15.2)
∂y ∂y ∂y∂y
Assim como nas duas primeiras estratégias, a correção plástica é aplicada no final da obtenção
de cada posição tentativa. O algoritmo e um exemplo unidimensional da estratégia de
previsão elastoplástica são ilustrados nas figuras 8.6 e 8.7, respectivamente.
Figura 8.6. Fluxograma do procedimento incremental e iterativo, para a estratégia da previsão
elastoplástica.
Figura 8.7. Exemplo unidimensional do método da previsão elastoplástica. Nesta figura o objetivo é o
mesmo da figura 8.3. Os índices t1 , t2 ,... referem-se às tentativas. Etapa (a): previsão elástica via
Newton-Raphson (equação 8.13.3) para obtenção de y t1 . Etapa (b): correção plástica com alteração na
força ( Ft1 ). Etapa (c): previsão elastoplástica via Newton-Raphson (equações 8.13.3 e 8.15) para
obtenção de y t2 . Etapa (d): correção plástica com alteração na força ( Ft2 ). Neste caso o segmento de
reta correspondente à etapa (c) é tangente à curva F = F ( y ) no ponto ( y t1 , Ft1 ).
Sabe-se que, para realizar simulação numérica de qualquer problema estrutural, quanto
maior o refinamento da malhas de elementos finitos (ZIENKIEWICZ; TAYLOR, 2000) e/ou
a ordem de aproximação polinomial, maior é o tempo de processamento. Neste estudo, para
tornar mais rápida as simulações numéricas, foi empregado o processamento paralelo (UKTU
et al., 1982). O computador utilizado possui oito processadores. Entre eles, existem o
processador central, chamado de mestre, e os processadores restantes chamados de escravos.
Nos códigos computacionais desenvolvidos nesta pesquisa, é paralelizada apenas a
determinação do sistema (ver figura 8.1). Cada processador, incluindo o mestre, calcula o
vetor local de forças internas (ver equação 8.1.1) e a matriz Hessiana local (ver equação 8.1.2)
de seus respectivos elementos finitos. O mestre, sozinho, monta e resolve o sistema global de
equações (8.9), realiza o teste (ver figura 8.1), e atualiza as posições atuais referentes aos
graus de liberdade livres (ver seção 3.1). No caso do código de análise de materiais em regime
elastoplástico, a correção plástica também é paralelizada, ou seja, cada processador realiza, se
necessário, a atualização das variáveis plásticas nos pontos de integração de seus respectivos
elementos finitos.
No código paralelo, apenas o mestre faz a leitura dos dados de entrada. Com esses
dados, ele realiza a separação de tarefas por processador, ou seja, o mestre determina qual
processador realiza os cálculos necessários para cada elemento. Definida essa separação de
tarefas, o mestre transfere aos escravos, apenas, os dados de entrada correspondentes, isto é,
cada escravo possui, somente, os dados necessários para os cálculos de seus respectivos
elementos finitos. Só o mestre armazena todas as informações de toda a estrutura. Caso o erro
(8.11) seja maior do que a tolerância, após atualizar as posições atuais de toda a estrutura, o
processador central transfere aos escravos as posições atuais dos nós de seus respectivos
elementos.
8.7. Pós-processamento
Na etapa de saída (ver figura 8.1), são impressas, em arquivos de texto, as posições
finais de todos os nós da estrutura ao final de determinados passos de carga. Com essas
posições é possível - com o programa de pós-processamento desenvolvido neste estudo -
determinar os campos de deslocamento, deformações e tensões em toda a estrutura. Tais
campos podem ser visualizados com auxílio de outro programa, desenvolvido no
departamento (AcadView). Para visualização neste último programa, é necessário calcular os
valores nodais da variável em questão, ou seja, os valores da variável nos nós. Para
determinação do campo de deslocamento ao longo da estrutura, são usadas as aproximações
descritas nas equações (3.1), e a relação entre as numerações local e global dos nós, chamada
de incidência dos elementos. O cálculo do campo de deformações (de Green-Lagrange) é
realizado via expressões (3.15) e (3.17). A determinação do campo de tensões de Cauchy,
para o caso de materiais em regime elástico (ver item 8.4 desta tese), é realizada nas equações
(5.7) e (4.3.2). No caso de materiais em regime elastoplástico (ver item 8.5 desta tese), para
determinar o campo de tensões, torna-se necessário conhecer as seguintes variáveis: tensor
gradiente plástico A p (3.23), tensor das tensões inversas χ (ver equações 6.27 e 6.29), e
parâmetro de encruamento isotrópico κ (ver equações 6.27 e 6.33). Tais variáveis são
armazenadas em arquivos de texto, ao final de determinados passos, para cada ponto de
integração de todos os elementos. O cálculo das tensões de Cauchy, em cada ponto de
integração, é realizado nas seguintes etapas: cálculo da deformação total de Green-Lagrange
E via equação (3.17); cálculo da parcela elástica da deformação de Green-Lagrange Ee (ver
∂ψe / ∂Ee , onde ψe é a parcela elástica da energia livre de Helmholtz (ver equação 6.18);
cálculo do segundo tensor de Piola-Kirchhoff S via expressão (6.25.1); cálculo do gradiente
(total) A e de seu determinante J (ver equações 3.11 e 3.13); e cálculo da tensão de Cauchy
via expressão (4.3.2). Para determinação dos valores nodais, é adotado o seguinte
procedimento para cada um dos nós: determinação dos elementos finitos aos quais o nó
pertence; cálculo do valor nodal com os valores armazenados nos pontos de integração de
todos os elementos que contêm o respectivo nó:
nel⋅npin
∑ vi d i
( v NOD )k = i =1
nel⋅npin
(8.16)
∑i =1
di
variável nos pontos de integração dos elementos que contêm o nó k; nel é o número de
elementos aos quais o nó k pertence; npin é o número de pontos de integração de cada
elemento; d i é a distância de cada ponto de integração ao nó k.
8.8. Programas EPIM3D e DD3IMP
8.8.1. Cinemática
D ≈ De + D p (8.17.1)
W ≈ We (8.17.2)
onde D e W são os tensores taxa de deformação e de rotação (ver equações 3.25 e 3.27).
• •
σJ = Γ e:εJ (8.18.1)
• •
σJ =
σ + σW − Wσ (8.18.2)
• •
ε =+
ε ε e W − Wε e
J e
(8.18.3)
• •
onde σ e ε são, respectivamente, as taxas objetivas de Jaumann (HOLZAPFEL, 2004) do
J J
tensor das tensões de Cauchy (ver equação 4.1) e do tensor das deformações elásticas ( ε e ); e
Γ e é o tensor elástico de quarta ordem (5.14). A medida de deformação empregada nos
programas EPIM3D e DD3IMP é a deformação logarítmica (ALVES, 2003). Pode-se notar,
nas expressões (8.18), que é utilizada a formulação co-rotacional (CRISFIELD, 2000).
8.8.3. Comportamento plástico
Φ σ ( σ − X ,α ) − Y ( κ ) ≤ 0
= (8.19)
onde σ e Y são funções escalares; X é o tensor das tensões inversas, o qual descreve o
encruamento cinemático; α representa os parâmetros de isotropia ou de anisotropia; e κ é o
parâmetro de encruamento isotrópico. A expressão (8.19) é descrita na configuração
intermediária (ver figura 3.3). A lei de fluxo plástico associativa, definida pela regra da
normalidade (PROENÇA, 2006), também é empregada nos programas EPIM3D e DD3IMP:
• ∂Φ
Dp = γ (8.20)
∂ (σ − X)
•
onde o escalar γ ≥ 0 é o multiplicador plástico (ver equações 6.45 ou 6.46).
=
M e C=
eS e (A -T
p )( =
CA -1p A p SA)T
p A -T T
p CSA p (8.21)
Para o caso hiperelastoplástico (ver seção 6.4), sabe-se (CRISFIELD, 2000) que o uso do
critério de von-Mises (6.44) faz com que a deformação plástica seja isocórica, isto é:
det ( A p ) = 1 . Com esse resultado e com a hipótese de pequenas deformações elásticas, podem
A ≈ A p ou A e ≈ I (8.22.1)
det ( A e ) ≈ 1 (8.22.2)
= =
J det ( A ) det ( A e ) det ( A p ) ≈ 1 (8.22.3)
Com estas aproximações, os tensores de Mandel (8.21) e de Cauchy (4.3.2) resultantes são,
respectivamente:
1
=σ ASA T ≈ ASA T ⇒ σ ≈ M e (8.23.2)
J
• 2 •
κ= εp (8.24)
3
Dp = ε p (8.25)
onde ε p é uma taxa objetiva (HOLZAPFEL, 2004) de ε p . Ademais, se as rotações plásticas
•
εp = εp (8.26)
Assim sendo, é possível escrever a seguinte equivalência, válida para o caso de grandes
deformações elastoplásticas, mas com pequenas rotações plásticas (ver equações 6.33, 6.47 e
8.24):
• • •
Dp =ε p ⇒ κ HEP =κ EPIM3D ⇒ κ HEP =κ EPIM3D (8.27)
Ae ≈ I ⇒ A ≈ Ap (8.28.1)
λ e1 0 0 1 0 0 λ1 0 0 λ p1 0 0
0λ
e2 0 0≈ 1 0 ⇒0 λ 20 ≈0 λ p2 0 (8.28.2)
0 λ 0 0e3 0 1 0 0 λ 03 0 λ
p3
λ p1 0 0 λ1 0 0
−1
−1
=A p 0λ p1 = 2
0 ⇒ A 0 λ 1
2
0 , J ≈ Jp =
1 (8.29)
−1
−1
0 λ 0 p1
2
0
0 λ 1
2
O cálculo da força longitudinal aplicada na barra da figura 6.1, para o caso de material
heterogêneo com GF ao longo do eixo x 2 , é realizado com a equação (7.23). A seguir, são
analisados dois casos com a referida GF para barras sob tração uniaxial em regime de
pequenas deformações elásticas (ver equações 8.28 e 8.29): material hiperelastoplástico com
encruamento isotrópico; e material hiperelastoplástico com encruamento cinemático de Prager
(6.54).
8.8.7.1. Barras constituídas de material com encruamento isotrópico
Para barras sob tração uniaxial constituídas de material com encruamento isotrópico
apenas, são utilizadas as equações (6.110). Se as deformações elásticas são pequenas, assume-
se que o material da barra encontra-se sempre em regime elastoplástico, ou seja (ver
expressão 6.110.3):
2 2
Φ= Mσe1κ− 0 M
= e1 ⇒σ κ = (8.30)
3 3
Além disso, com o resultado da expressão (6.111.2) e com a aproximação (8.28), pode-se
escrever a seguinte equação (ver expressões 8.28):
=κ ln ( λ p1 ) ≈ ln ( λ1 ) (8.31)
b b b0
h0 0 h0 0 h
=F1 κ= ∫
σ Mκ,x( x
2 e1 2 2 )
dxdx κ= ∫ 1(
σ ln λ2 ),x 2 dx 0 ∫ ( ) (8.32)
λ1 0 λ1 0 λ1
2
0
onde b0 e h 0 são as dimensões iniciais da seção transversal da barra (ver figura 6.1).
NC −1 x2
p
n
σ κ ( κ,x
= 2) ∑ n2 ( n1 n2 ) ( )
a + a − a κ (8.33)
n =0 b0
F1 κ ∫ dx∑ n2 n1 n2 b 2 λ ∑
( a ) a a ( ) κ dx ∫0 n2 + ( n1 − n2 )
( )
n
= a + a − a = ⇒
λ1 0 n 0= b0
2
0 1 n 0
h b NC −1 a n1 − a n2
∑ a ln ( )
n
=F1 λ 0 0 + (8.34)
λ1 1+ p
n2 1
n =0
Para a lei de GF de potência (7.4) ao longo do eixo x 2 (ver figura 6.1) aplicada ao
coeficiente K da lei de Swift (6.50), é possível escrever a seguinte expressão (ver equação
8.31):
x2
p
σ κ ( κ,x 2 ) = K 2 + ( K1 − K 2 ) E 0 + ln ( λ1 )
n
(8.35)
b0
coeficientes E 0 e n , neste caso, são constantes. Com isso, a força longitudinal aplicada (8.32)
é:
h0
b0 x2
p
∫0 λK 2 + (dxK1 − K 2 ) b0 E0 + ln ( 1 )
n
=F1 ⇒
λ1
2
h 0 b0 K − K2
E 0 + ln ( )
n
F1 = λ K2 + 1 (8.36)
λ1 1+ p
1
Por fim, adotando a lei de potência de GF (7.4) ao longo de x 2 (ver figura 6.1) para a
constante σ 0 da lei de Voce (6.51), a tensão limite de escoamento σ κ resulta em (ver equação
8.31):
x 2 −
{ }
p
λ( ) − lnY λ ( )
σ κ ( κ,x 2 ) = σ 02 + ( σ 01 − σ 02 ) e Y
C
+ σsat 1 − e
C ln 1 1
(8.37)
b0
coeficientes σsat e CY , neste caso, são constantes. Assim sendo, a força longitudinal aplicada
(8.32) é determinada com a seguinte expressão:
h 0 0 − C lnλ
p
x
b
)
σ σ02 + ( e) 2 σ ( Y1 1 )e+ ( −C
λ1 ∫0
lnλ
=Fσ 01 − 02 sat − dx ⇒
Y 1
b0
1 2
h 0 bσ0 σ 01 − 02 ( − CY ln )
= 02 +e σ 1λ 1 )e+
−
( −C lnλ
1 + p
Fσ Y 1
(8.38)
λ1
1 sat
Para a barra sob tração uniaxial da figura 6.1, se o encruamento cinemático é definido
pela lei linear de Prager (6.54), então:
•
χ1 0 0 D p1 0 0
• •
χ=χ=cDχp ⇒ 0 0 c 2 0 D= 0 p2 (8.39)
• 0 0 D p3
0 χ 0 3
•
Deve ser lembrado que a aproximação χ = χ pode ser realizada se a parcela plástica da taxa
de rotação ( Wp ) for considerada nula (ver expressões 6.31 e 6.47), o que é válido para a barra
da figura 6.1. Além disso, com o critério de plastificação de von-Mises (6.44) e lei de fluxo
associativa (6.46), conforme a expressão (6.103):
D p1 + D p2 + D p3 =
0 (8.40)
1 0 0
1
D p2 =
D p3 = D p1 0 − 1
− D p1 ⇒ Dp = 0 (8.41.1)
2 2
0 0 −
1
2
1 0 0
•
= Dp cD p1 0 − 1
χ c= 0 (8.41.2)
2
0 0 −
1
2
2 2
(1) + − + −=
• 2 2 1 1 2 3 •
κ D p1
2
= = Dp D p1 = ⇒ κ D p1 (8.42)
3 3 2 2 3 2
• ∂
=κ = ln ( λ1 ) D p1 (8.43)
∂t
1 0 0 1 0 0
• ∂χ ∂
χ= = c λln ( 01 ) − 10 ⇒c χln= λ
( 01 ) − 102 (8.44)
∂t ∂t 2
0 0 −1 0 0 −1
2 2
Assim, o tensor desviador que aparece no critério de plastificação de von-Mises para a barra
sob tração uniaxial (ver equação 6.100.3) é:
1 0 0
2 ⇒
dev ( M e − =
χ ) dev
λ M e0− dev
=χ 0M e1 − cln ( 1 ) − 1
3 2
0 0 −1
2
2 2
2 1 1 2
( 1 )
3
χ ) 1 M e1 − cln (
dev ( M e −λ= 1 ) ()
2
+ M
− cln
+ −λ=
− ⇒
2 2 3
e1
3 2
2 3
dev ( M e −λ χ=
) M e1 − cln ( 1 ) (8.45)
3 2
Por fim, a função escalar que define o critério de plastificação de von-Mises (6.44) com
encruamento cinemático apenas é:
2 2 3 2
=Φ devσ( M eκ− χ )M− =
e1 cln λ 1 − σ 00( )− ≤ (8.46)
3 3 2 3
onde σ 0 é a tensão limite de escoamento, constante neste caso. Para a barra sob tração
uniaxial em regime elastoplástico:
3
Φ = 0 ⇒σM e1 = cln0 +λ ( 1) (8.47)
2
b b
h 0
( 1 )
h0 0 3
F1 = σ∫ M e1 (cln
x 2 ) dx dx 0 ∫
λ 2= + ⇒
λ1 0 λ1 0 2
0 2
h bσ h 0 3
b0
= x dxln (
F1 λ 0 0 c0 + ) ∫ ( 2 ) (8.48)
λ1 λ1 2
1 2
0
h bσ h 3
b0 x2
p
F1 λ 0 0 c0 + c0 ln
= c ( ) +( 1 −
1 ∫ 2dx 2 ) ⇒
λ1 λ1 2 b0
2
0
h 0 b0 3 c1 − c 2
1 = ln λ0 + c
Fσ ( 1 ) + (8.49)
λ1 2 1 + p
2
Com a decomposição aditiva da deformação (6.14), para a barra sob tração uniaxial da
figura 6.1 constituída de material homogêneo em regime elastoplástico com encruamento
isotrópico apenas, podem ser escritas as seguintes expressões (ver equações 6.15, 6.45, 6.69 e
6.87):
E(p1 − σκ )κ= ( )
2 2
Φ= 1κ−
Sσ 0 = S1 ⇒E E1= (8.50.1)
3 3
• 2 2 • 2 • 3
=κ =
Dp =
Ep E p1 ⇒ κ E p1
= (8.50.2)
3 3 3 2
= 1 1 01σ 0 κ (λ A
F1 λκSA
= ) (8.50.3)
κ E p1 ≈ E1
= (8.51)
Por exemplo, para a lei de Swift (6.50), a força longitudinal aplicada na barra em regime
elastoplástico, mas com pequenas deformações elásticas, é (ver expressão 6.69.3):
n
F1 = K λ( EA0 + EK
1 ) E1
n
0
1
2
( )
= λ 01 + λ A12 −
1 0 (8.52)
8.8.7.4. Formulação dos programas EPIM3D e DD3IMP
Para a barra sob tração uniaxial da figura 6.1 constituída de material homogêneo em
regime elastoplástico, mas com pequenas deformações elásticas, a força longitudinal aplicada
considerando a formulação dos programas EPIM3D e DD3IMP é (ver itens 8.8.1, 8.8.2 e
8.8.3, e expressões 8.23.2, 8.30, 8.31 e 8.32):
A0
1κ= κ
Fσ ( ) (8.53.1)
λ1
κ = ln ( λ1 ) (8.53.2)
A0
F1 K λE 0 + ln ( )
n
= (8.54)
λ1
1
De acordo com o resultado da expressão (8.23.2), as equações (8.53) e (8.54) também podem
ser utilizadas para o caso da barra sob tração uniaxial da figura 6.1 constituída de material
hiperelastoplástico homogêneo em regime de pequenas deformações elásticas (ver equação
8.32).
9. EXEMPLOS NUMÉRICOS
Tabela 9.1. Número de nós e de graus de liberdade por elemento finito sólido para as várias ordens de
aproximação polinomial (ver seção 3.1) adotadas neste estudo.
1 4 12 8 24
2 10 30 27 81
3 20 60 64 192
y1 ( x ) L F1x1
= ( x ) y2 (=
f y= x )
2L F2 x 2 (9.1.1)
y ( x ) 2L x
3 F3 3
u1 ( x ) ( L F1 − 1) x1
u u ( x=
= ) y ( x ) −=
x u 2 ( x )= ( 2L F2 − 1) x 2 (9.1.2)
u ( x ) ( 2L − 1) x
3 F3 3
λ1 0 0 L F1 0 0
∂f ∂y ( x )
A == = 0 λ2 0 = 0
2L F2 0 (9.1.3)
∂x ∂x
0 0 λ 3 0 0 2L F3
L F12 − 1 0 0
1
=E
1 T
2
A A=(
−I
2 )0 4L F2 2 − 1 0 (9.1.4)
0 0 4L 2
− 1
F3
∂ψ 1 ∂ψ
=
F1 t1= (
S0 2S0 λ1 − λ1−2 + ) (9.2.1)
∂i1 λ1 ∂i 2
L F1 L I1 + u1
λ=
1 = (9.2.2)
L I1 L I1
2
i1 =λ12 + (9.2.3)
λ1
1
i 2= + 2λ1 (9.2.4)
λ12
(ver equação 9.1.3); o escalar ψ é a energia livre de Helmholtz (ver seção 5.1); i1 e i 2 são os
dois primeiros invariantes (HOLZAPFEL, 2004) do tensor alongamento de Cauchy-Green
direito C (ver equações 3.16 e 3.17); L F1 e L I1 são, respectivamente, os comprimentos final e
E ( S0 ) u1 u1
3 2
u1
( F1=
)SVK + 3 + 2 (9.3.1)
2 L I1 L I1 L I1
L + u L + u −2
( F1 )RS 2 (S0 ) I1 1 − I1 1 ∑ ( i ) cij i1iso − 3 ( ) (i )
−3 +
i −1 j
= iso
L I1 L I1 i, j
2
L I1
( ) (i )
j−1
∑ ( j) cij i1 − 3
i
iso iso
−3
(9.3.2)
L I1 + u1 i, j
2
L + u L + u −2
( ) + ∑ ( i ) c ( i ) +
i −1
( F1 )HN 2 (S0 ) I1 1 − I1 1 3α i1iso
2
= iso
−3
L I1 L I1 i
i0 1
L I1 3
( ) (i )
j−1
∑ ( j) c 0 j i 2 − 3
1/2
iso iso
+
2 (9.3.3)
I1 1 j
L u 2
L + u L + u −2
( F1 )nH µ ( S0 ) I1 1 − I1 1
= (9.3.4)
L I1 L I1
Figura 9.1. Prisma sob tração uniaxial (geometria e condições de contorno). As linhas tracejadas se
referem à parte discretizada, e as linhas tracejadas e pontilhadas representam a posição final do prisma.
Os resultados das simulações numéricas realizadas com o código desenvolvido neste
estudo (ver seção 8.4) estão de acordo com as respectivas soluções analíticas (ver figura 9.2).
De acordo com a figura 9.3, na comparação das simulações com os dados experimentais, são
grandes as discrepâncias para os modelos de Saint Venant-Kirchhoff (5.2) e neo-Hookeano
(5.5). Ademais, os resultados referentes ao gráfico força versus deslocamento corroboram os
resultados numéricos de Pascon (2008), o qual utilizou elementos finitos triangulares de casca
com aproximação cúbica (ver figura 9.4). São ilustradas, na figura 9.5, as posições inicial e
final do prisma sob tração uniaxial para o modelo de Rivlin-Saunders (5.3).
Tabela 9.2. Constantes hiperelásticas do material para o prisma sob tração uniaxial.
E = 0,10701025
SVK (equação 5.2)
ν = 0,001
k = 1000,0
n = 1,0
c20 = 0,00054257
c30 = 0,00006962
k = 1000,0
n = 1,0
c01 = 0,01142455
α = 0,00007671
k = 1000,0
nH (equação 5.5)
μ = 0,68350404
9.1.1.2. Compressão uniaxial
O prisma do primeiro exemplo numérico (ver figura 9.1) foi empregado para analisar o
caso da compressão uniaxial. Neste problema, as expressões (9.1), (9.2) e (9.3), válidas para
barras sob tração uniaxial, também podem ser utilizadas. Para simulação numérica do prisma
sob compressão uniaxial, foram utilizados os coeficientes hiperelásticos presentes na tabela
9.3, e a carga superficial de compressão avança até ( t1 )max = −6, 0 . Assim como no exemplo
da tração uniaxial (ver item 9.1.1.1), tais coeficientes foram interpolados via método dos
mínimos quadrados por PASCON (2008) para os resultados experimentais de um polímero
sob compressão presentes em YEOH (1997).
Figura 9.2. Carga superficial versus deslocamento longitudinal do ponto A para o prisma sob tração
uniaxial com os modelos: (a) Saint Venant-Kirchhoff (ver equações 5.2 e 9.3.1); (b) Rivlin-Saunders
(ver equações 5.3 e 9.3.2); (c) Hartmann-Neff (ver equações 5.4 e 9.3.3); (d) neo-Hookeano (ver
equações 5.5 e 9.3.4).
Figura 9.3. Comparação com os dados experimentais de Yeoh (1997) para o prisma sob tração
uniaxial.
Figura 9.4. Comparação com os resultados numéricos de Pascon (2008) para o prisma sob tração
uniaxial com os modelos: (a) Saint Venant-Kirchhoff (SVK) e Rivlin-Saunders (RS); (b) Hartmann-
Neff (HN) e neo-Hookeano (nH).
Figura 9.5. Posições inicial e final do prisma sob tração uniaxial com o modelo de Rivlin-Saunders
(5.3). A legenda se refere aos deslocamentos longitudinais.
Tabela 9.3. Constantes hiperelásticas do material para o prisma sob compressão uniaxial.
E = 21,8947
SVK (equação 5.2)
ν = 0,001
k = 1000,0
n = 1,0
c20 = -0,00440558
c30 = -0,00152442
k = 1000,0
n = 1,0
c01 = -0,00621006
α = -0,00009288
k = 1000,0
nH (equação 5.5)
μ = 0,69255694
Assim como no primeiro exemplo, os resultados das simulações, em termos do gráfico
força versus deslocamento, estão de acordo com as soluções analíticas (9.3) (ver figura 9.6),
com os dados experimentais de Yeoh (1997) (ver figura 9.7), e com os resultados numéricos
de Pascon (2008) (ver figura 9.8). Pode-se notar, nos gráficos das figuras 9.6, 9.7 e 9.8, que o
modelo hiperelástico linear de Saint Venant-Kirchhoff (5.2) é o único incapaz de impedir o
aniquilamento e a inversão do material, os quais ocorrem, respectivamente, quando
u1 ( A ) = −1, 0 (comprimento final L F1 = 0, 0 ) e u1 ( A ) < −1, 0 (comprimento final L F1 < 0, 0 ).
Por essa razão, não é conveniente empregar tal modelo em casos de elevados níveis de
compressão. São ilustradas, na figura 9.9, as posições inicial e final do prisma sob compressão
uniaxial para o modelo de Rivlin-Saunders (5.3).
y1 ( x ) x1 + x 2 tan θ
= ( x ) y2 (=
f y= x )
x2
(9.4.1)
y ( x )
3 x3
u1 ( x ) x 2 tan θ
u u ( x=
= ) y ( x ) −=
x u 2 ( x )= 0 (9.4.2)
u ( x ) 0
3
1 tan θ 0 1 γ 0
∂f ∂y ( x ) 0 1 0
=
A = = 0 1 0= (9.4.3)
∂x ∂x
0 0 1 0 0 1
0 γ 0
1
( ) 0
1 T
E= A A−I = γ γ2 (9.4.4)
2 2
0 0 0
∂ψ ∂ψ
F1 =
t1S0 =
2γ + (9.5.1)
∂i1 ∂i 2
u1 ( 25 )
=
γ tan=
θ (9.5.2)
25
i1 = 3 + γ 2 (9.6.2)
Figura 9.10. Prisma sob cisalhamento simples (geometria, condições de contorno e lei constitutiva).
As linhas tracejadas e pontilhadas representam a posição final do prisma.
Figura 9.12. Posições inicial e final do prisma sob cisalhamento simples. A legenda se refere aos
deslocamentos ao longo do eixo x1 .
9.1.2. Obtenção do número necessário de pontos de integração
onde res1 e res 2 são os resultados fornecidos por duas quadraturas de integração
consecutivas, sendo o número de pontos da segunda maior que o da primeira. Tais resultados
são comparados para a mesma estratégia de integração.
Figura 9.13. Viga em balanço utilizada para determinação do número de pontos de integração por
elemento finito. As linhas pontilhadas representam a parte discretizada da viga. Para o caso com
gradação funcional (GF), os limites ( )1 e ( )2 correspondem aos valores das constantes
hiperelásticas em x 3 = 0,50 e x 3 = 0, 0 , respectivamente.
Tabela 9.4. Deslocamentos transversais ( u 2 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica linear (5.2), material homogêneo, elemento finito sólido tetraédrico e quadratura
Gaussiana (anexo B).
1 0.821 0.821
5 X X X X X 8.99 X 8.60
Tabela 9.5. Deslocamentos longitudinais ( u1 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica linear (5.2), material homogêneo, elemento finito sólido tetraédrico e quadratura
Gaussiana (anexo B).
1 -0.074 -0.074
5 X X X X X -7.52 X -7.28
Tabela 9.6. Deslocamentos transversais ( u 2 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica linear (5.2), material homogêneo, elemento finito sólido tetraédrico e estratégia de
Rathod, Venkatesudu e Nagaraja (2007).
1 0.821
Tabela 9.7. Deslocamentos longitudinais ( u1 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica linear (5.2), material homogêneo, elemento finito sólido tetraédrico e estratégia de
Rathod, Venkatesudu e Nagaraja (2007).
1 -0.074
Tabela 9.8. Deslocamentos transversais ( u 2 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica linear (5.2), material homogêneo, elemento finito sólido hexaédrico e quadratura
tridimensional de Gauss-Legendre (ver equações 8.2 e anexo A).
5 X X X X X 8.63 8.62
Tabela 9.9. Deslocamentos longitudinais ( u1 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica linear (5.2), material homogêneo, elemento finito sólido hexaédrico e quadratura
tridimensional de Gauss-Legendre (ver equações 8.2 e anexo A).
5 X X X X X -7.30 -7.29
Tabela 9.10. Deslocamentos transversais ( u 2 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica não linear (5.3), material homogêneo, elemento finito sólido tetraédrico e quadratura
Gaussiana (anexo B).
1 0.0792 0.0792
5 X X X X X 4.077 X X
Tabela 9.11. Deslocamentos longitudinais ( u1 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica não linear (5.3), material homogêneo, elemento finito sólido tetraédrico e quadratura
Gaussiana (anexo B).
1 -0.0057 -0.0057
5 X X X X X -1.382 X X
Tabela 9.12. Deslocamentos transversais ( u 2 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica não linear (5.3), material homogêneo, elemento finito sólido tetraédrico e estratégia de
Rathod, Venkatesudu e Nagaraja (2007).
Tabela 9.13. Deslocamentos longitudinais ( u1 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica não linear (5.3), material homogêneo, elemento finito sólido tetraédrico e estratégia de
Rathod, Venkatesudu e Nagaraja (2007).
Tabela 9.14. Deslocamentos transversais ( u 2 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica não linear (5.3), material homogêneo, elemento finito sólido hexaédrico e quadratura
tridimensional de Gauss-Legendre (ver equações 8.2 e anexo A).
1 X 0.155 0.155
4 X X X X 4.061 4.056
5 X X X X X X X X
Tabela 9.15. Deslocamentos longitudinais ( u1 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica não linear (5.3), material homogêneo, elemento finito sólido hexaédrico e quadratura
tridimensional de Gauss-Legendre (ver equações 8.2 e anexo A).
1 X -0.013 -0.013
4 X X X X -1.387 -1.385
5 X X X X X X X X
Tabela 9.16. Deslocamentos transversais ( u 2 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica linear (5.2), material com gradação funcional (MGF), elemento finito sólido tetraédrico e
quadratura Gaussiana (anexo B).
5 X X X X X 8.54 X 8.36
Tabela 9.17. Deslocamentos longitudinais ( u1 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica linear (5.2), MGF, elemento finito sólido tetraédrico e quadratura Gaussiana (anexo B).
5 X X X X X -6.91 X -6.85
Tabela 9.18. Deslocamentos transversais ( u 2 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica linear (5.2), MGF, elemento finito sólido tetraédrico e estratégia de Rathod, Venkatesudu
e Nagaraja (2007).
Tabela 9.19. Deslocamentos longitudinais ( u1 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica linear (5.2), MGF, elemento finito sólido tetraédrico e estratégia de Rathod, Venkatesudu
e Nagaraja (2007).
1 X 1.225 1.218
5 X X X X X 8.39 8.37
Tabela 9.21. Deslocamentos longitudinais ( u1 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica linear (5.2), MGF, elemento finito sólido hexaédrico e quadratura tridimensional de
Gauss-Legendre (ver equações 8.2 e anexo A).
1 X -0.167 -0.165
5 X X X X X -6.87 -6.86
Tabela 9.22. Deslocamentos transversais ( u 2 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica não linear (5.3), MGF, elemento finito sólido tetraédrico e quadratura Gaussiana (anexo
B).
5 X X X X X 2.7469 X 2.7275
Tabela 9.23. Deslocamentos longitudinais ( u1 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica não linear (5.3), MGF, elemento finito sólido tetraédrico e quadratura Gaussiana (anexo
B).
3 X X X X -0.4989 -0.4967
5 X X X X X -0.6716 X -0.6690
Tabela 9.24. Deslocamentos transversais ( u 2 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica não linear (5.3), MGF, elemento finito sólido tetraédrico e estratégia de Rathod,
Venkatesudu e Nagaraja (2007).
5 X X X 2.7598 2.7251
Tabela 9.25. Deslocamentos longitudinais ( u1 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica não linear (5.3), MGF, elemento finito sólido tetraédrico e estratégia de Rathod,
Venkatesudu e Nagaraja (2007).
5 X X X -0.6792 -0.6669
Tabela 9.26. Deslocamentos transversais ( u 2 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica não linear (5.3), MGF, elemento finito sólido hexaédrico e quadratura tridimensional de
Gauss-Legendre (ver equações 8.2 e anexo A).
4 X X X X 2.6270 2.6271
5 X X X X X X X X
Tabela 9.27. Deslocamentos longitudinais ( u1 ) do ponto A da viga em balanço (figura 9.13): lei
hiperelástica não linear (5.3), MGF, elemento finito sólido hexaédrico e quadratura tridimensional de
Gauss-Legendre (ver equações 8.2 e anexo A).
4 X X X X -0.6320 -0.6321
5 X X X X X X X X
As quadraturas de integração numérica fornecidas nas tabelas 9.30 e 9.31, para lei
hiperelástica de Rivlin-Saunders (5.3), também foram adotadas para as outras leis
hiperelásticas não lineares (5.4) e (5.5). As quadraturas das tabelas 9.29 e 9.31, válidas para
material heterogêneo com GF definida pela lei de potência (ver equações 7.2 e 7.4), também
foram adotadas para materiais heterogêneos cuja variação dos coeficientes hiperelásticos é
definida pelas outras leis de GF (7.5), (7.6), (7.7) e (7.8).
Tabela 9.28. Quadratura de integração numérica adotada para os elementos finitos sólidos tetraédrico e
hexaédrico (lei hiperelástica linear 5.2 e material homogêneo).
Ordem de Estratégia de
Elemento finito Número de pontos
aproximação integração
1 Gauss 1
2 Gauss 11
Tetraedro 3 Gauss 15
4 Gauss 24
5 Gauss 45
1 Gauss-Legendre 3D 8
2 Gauss-Legendre 3D 64
4 Gauss-Legendre 3D 125
5 Gauss-Legendre 3D 256
Tabela 9.29. Quadratura de integração numérica adotada para os elementos finitos sólidos tetraédrico e
hexaédrico (lei hiperelástica linear 5.2 e MGF).
Ordem de Estratégia de
Elemento finito Número de pontos
aproximação integração
1 Gauss 4
2 Gauss 11
Tetraedro 3 Gauss 15
4 Gauss 24
5 Gauss 45
1 Gauss-Legendre 3D 8
2 Gauss-Legendre 3D 64
4 Gauss-Legendre 3D 125
5 Gauss-Legendre 3D 256
Tabela 9.30. Quadratura de integração numérica adotada para os elementos finitos sólidos tetraédrico e
hexaédrico (lei hiperelástica não linear 5.3 e material homogêneo).
Ordem de Estratégia de
Elemento finito Número de pontos
aproximação integração
1 Gauss 1
2 Gauss 11
Tetraedro 3 Gauss 24
4 Gauss 24
5 Gauss 45
1 Gauss-Legendre 3D 8
2 Gauss-Legendre 3D 64
Hexaedro
3 Gauss-Legendre 3D 125
4 Gauss-Legendre 3D 125
5 Gauss-Legendre 3D 256
Tabela 9.31. Quadratura de integração numérica adotada para os elementos finitos sólidos tetraédrico e
hexaédrico (lei hiperelástica não linear 5.3 e MGF).
Ordem de Estratégia de
Elemento finito Número de pontos
aproximação integração
1 Gauss 4
2 Gauss 11
Tetraedro 3 Gauss 15
4 Gauss 24
5 Gauss 45
1 Gauss-Legendre 3D 8
2 Gauss-Legendre 3D 64
4 Gauss-Legendre 3D 125
5 Gauss-Legendre 3D 256
De acordo com esta seção, pode-se notar que a integração numérica adotada no
presente estudo é a integração completa (ZIENKIEWICZ; TAYLOR, 2005). Conforme
mencionado anteriormente (ver seção 2.5), não foram adotadas aqui as seguintes técnicas:
integração seletiva e reduzida (MALKUS; HUGHES, 1978a; MALKUS; HUGHES, 1978b),
enriquecimento em deformação (SIMO; RIFAI, 1990; SIMO; ARMERO, 1992), método da
deformação natural assumida (BATHE; DVORKIN, 1985; HUANG; HINTON, 1986), e
técnicas de estabilização dos modos espúrios de energia, chamados de “hourglass modes”
(KOSLOFF; FRAZIER, 1978; BELYTSCHKO et al., 1984; REESE, 2007).
9.1.3. Comparação do tipo de refinamento da malha
Tabela 9.32. Deslocamentos verticais finais do ponto A da viga em balanço (ver figura 9.13) com as
diversas malhas utilizadas (ver figura 9.14), para o elemento sólido tetraédrico.
Ordem de Malha
aproximação 1 2 3 4 5 6
Ordem de Malha
aproximação 1 2 3 4 5 6
Além do tipo de refinamento da malha (seção 9.1.3), foi comparado também o tempo
de processamento das simulações numéricas do problema estrutural da figura 9.13 com os
elementos sólidos tetraédrico e hexaédrico. A malha base utilizada no gerador de malhas (ver
Apêndice F) é a malha 4 da figura 9.14. O grau de aproximação polinomial usado varia de um
a cinco. O modelo constitutivo adotado é a lei linear de Saint Venant-Kirchhoff (5.2) para
material homogêneo. O número de pontos de integração é dado na tabela 9.28. Neste caso, as
simulações foram realizadas com o código sequencial (ver item 8.4).
Tabela 9.34. Comparação entre as simulações numéricas da viga em balanço (figura 9.13) com os
elementos finitos sólidos.
E1 = 0,10701025 E2 = 0,53505125
SVK (equações 7.9)
ν = 0,001
menos rígido ( E1 = 0,10701025 ), o que pode ser notado nas expressões (7.2) e (7.4). O
mesmo padrão da resposta do prisma com GF de potência (7.4) é obtido para os prismas com
GF sigmoidal (7.5) e senoidal (7.7), isto é, quanto maiores os coeficientes de GF s e sn ,
maior é a rigidez do material e, portanto, menores são os deslocamentos longitudinais (ver
figuras 9.16a e 9.17a). Com relação aos deslocamentos transversais do ponto A para os
prismas homogêneos, o mais rígido ( E = E 2 ou p → ∞ ) apresenta maiores deslocamentos
transversais (ver figuras 9.15b, 9.16b e 9.17b). Ao contrário dos deslocamentos longitudinais,
os deslocamentos transversais do ponto A, para os prismas com GF, não se situam entre os
referidos deslocamentos para os prismas homogêneos. Ademais, apenas para a GF sigmoidal
(7.5), existe um padrão: quanto maior o coeficiente de GF ( s ), maiores os deslocamentos
transversais do ponto A (ver figuras 9.15b, 9.16b e 9.17b). Em relação à distribuição final de
tensão longitudinal, ela parece seguir a variação do módulo de Young ( my ), definida pela lei
de GF adotada (ver figura 9.18). Por fim, a deformação longitudinal final é uniforme para os
prismas homogêneos, e linearmente variável ao longo do eixo x 2 para os prismas com GF
(ver figura 9.19).
Figura 9.15. Força aplicada versus deslocamento do ponto A do prisma da figura 9.1 com GF definida
pela lei de potência (7.4): (a) deslocamento longitudinal u1 ; (b) deslocamento transversal u 2 . O
coeficiente p é o coeficiente de GF da lei de potência (7.4).
Figura 9.16. Força aplicada versus deslocamento do ponto A do prisma da figura 9.1 com GF definida
pela lei sigmoidal (7.5): (a) deslocamento longitudinal u1 ; (b) deslocamento transversal u 2 . O
coeficiente s é o coeficiente de GF da lei sigmoidal (7.5).
Figura 9.17. Força aplicada versus deslocamento do ponto A do prisma da figura 9.1 com GF definida
pela lei senoidal (7.7): (a) deslocamento longitudinal u1 ; (b) deslocamento transversal u 2 . O
coeficiente sn é o coeficiente de GF da lei senoidal (7.7).
Figura 9.18. Distribuições finais da tensão longitudinal de Cauchy σ11 (ver equações 4.1 e 4.2) ao
longo do segmento de reta x=
1 x=
3 0, 0 e 0, 0 ≤ x 2 ≤ 0,5 do prisma da figura 9.1: (a) lei de
potência (7.4); (b) lei sigmoidal (7.5); (c) lei senoidal (7.7).
Figura 9.19. Distribuições finais da deformação longitudinal de Green-Lagrange E11 (ver equação
3.17) ao longo do segmento de reta x=
1 x=
3 0, 0 e 0, 0 ≤ x 2 ≤ 0,5 do prisma da figura 9.1: (a) lei
de potência (7.4); (b) lei sigmoidal (7.5); (c) lei senoidal (7.7).
9.1.6.1. Viga prismática em balanço
Figura 9.20. Viga prismática em balanço (geometria, condições de contorno e lei constitutiva). As
linhas tracejadas representam a parte discretizada e a geometria da malha base.
A primeira tarefa realizada, para este exemplo numérico, foi encontrar a melhor
proporção dos números de divisões das arestas da malha base (ver figura 9.20). O número
mínimo de tetraedros, neste caso, é 18 (ver figura F8). Para cada quantidade de elementos
finitos tetraédricos, a viga da figura 9.20 foi simulada numericamente com todas as possíveis
proporções de números de divisões das arestas da malha base. O número de tetraedros, que
começou em 18, foi dobrando até 288, e o grau de aproximação polinomial (ver seção 3.1) é o
linear. Para simular esta viga, foram utilizados 100 passos de carga. Os resultados indicam
que a melhor proporção do esquema de divisão da malha base, para os materiais homogêneo e
com GF, é aquela em que a divisão na direção longitudinal da viga (ver figura 9.20) é a maior
possível (ver tabelas 9.36 e 9.37). Tal esquema de divisão também foi adotado para as malhas
de elementos de ordem superior.
Tabela 9.36. Comparação do esquema de divisão das arestas da malha base da viga prismática em
balanço (figura 9.20), para material homogêneo ( E = 1200, 0 ).
18 16 1 1 1 -2.029 -0.019
28 2 1 1 -7.431 -0.282
36 24 1 2 1 -2.066 -0.010
24 1 1 2 -2.022 -0.008
52 4 1 1 -22.301 -2.607
40 1 4 1 -2.078 -0.010
40 1 1 4 -2.019 -0.008
72
42 2 2 1 -7.927 -0.279
42 2 1 2 -7.309 -0.232
36 1 2 2 -2.055 -0.009
72 1 8 1 -2.081 -0.010
72 1 1 8 -2.019 -0.008
78 4 2 1 -26.416 -3.525
144
60 1 4 2 -2.064 -0.010
70 2 1 4 -7.272 -0.229
78 4 1 2 -21.412 -2.275
70 2 4 1 -8.084 -0.292
60 1 2 4 -2.051 -0.009
63 2 2 2 -7.785 -0.268
ND3 = números de divisões das arestas da malha base nas direções x1, x2 e x3 (figura
Tabela 9.37. Comparação do esquema de divisão das arestas da malha base da viga prismática em
balanço (figura 9.20), para material com GF de potência (7.4) com os valores E1 = 1200, 0 ,
E 2 = 2000, 0 e p = 0, 25 .
18 16 1 1 1 -1.789 -0.014
28 2 1 1 -6.575 -0.219
36
24 1 2 1 -1.819 -0.006
24 1 1 2 -1.782 -0.004
52 4 1 1 -19.876 -2.060
40 1 4 1 -1.830 -0.006
40 1 1 4 -1.780 -0.004
72
42 2 2 1 -6.997 -0.210
42 2 1 2 -6.468 -0.175
36 1 2 2 -1.810 -0.005
72 1 8 1 -1.834 -0.006
72 1 1 8 -1.780 -0.004
78 4 2 1 -23.534 -2.766
60 1 4 2 -1.819 -0.006
144
70 2 1 4 -6.436 -0.173
78 4 1 2 -19.081 -1.786
70 2 4 1 -7.132 -0.220
60 1 2 4 -1.806 -0.005
63 2 2 2 -6.873 -0.202
ND3 = números de divisões das arestas da malha base nas direções x1, x2 e x3 (figura
Com o esquema de divisão das arestas da malha base escolhido (ver parágrafo
anterior), a viga da figura 9.20 foi simulada numericamente com diferentes graus de
aproximação polinomial e quantidades de elementos finitos sólidos tetraédricos. São
ilustradas, na figura 9.21, as malhas com 18 tetraedros empregadas, em que o grau de
aproximação varia de um a cinco. Para as cinco leis constitutivas empregadas, o número de
elementos tetraédricos aumentou até que houvesse convergência dos deslocamentos finais do
ponto A (ver figura 9.20). Para este exemplo, adotou-se a hipótese de que ocorre convergência
quando o erro (9.7) é menor do que 1%, sendo que neste caso res1 e res 2 são,
respectivamente, os valores dos deslocamentos para duas malhas de elementos consecutivas
do mesmo grau de aproximação. A análise de convergência, em relação aos deslocamentos
finais do ponto A, para cada um dos cinco valores do coeficiente de potência p (ver figura
9.20) é dada nas tabelas 9.38-42. Pode-se notar, em tais tabelas, que o aumento da ordem de
aproximação e/ou do número de elementos finitos conduz a maiores deslocamentos finais do
ponto A e, assim, a um menor travamento da malha, para as vigas homogêneas e com GF.
Para as vigas homogêneas ( E = 1200, 0 e E = 2000, 0 ), os resultados obtidos aqui foram
comparados com a solução analítica de Pai e Palazotto (1996), os quais utilizaram uma
formulação tridimensional para vigas homogêneas elásticas nas seguintes condições: regime
de grandes deslocamentos, mudança de comprimento e possível curvatura inicial do eixo
central, e possibilidade de ocorrência de empenamentos da seção transversal. Além dessa,
existem outras referências analíticas para esta viga como, por exemplo, Sinclair (1979),
Mattiasson (1981), Chen (2010) e Mutyalarao, Bharathi e Rao (2010). Para as malhas com 18
e com 36 tetraedros, os deslocamentos do ponto A convergem, com aumento da ordem de
aproximação, para a solução analítica da referência (ver figuras 9.22 e 9.23).
Figura 9.21. Malhas com 18 elementos finitos sólidos tetraédricos (sem escala) para simulação da viga
prismática em balanço (ver figura 9.20).
16 18 -2.0 0.0
28 36 -7.4 -0.3
52 72 -22.3 -2.6
63 18 -73.8 -36.1
Tabela 9.39. Análise de convergência dos deslocamentos finais do ponto A da viga em balanço com
coeficiente de GF p = 0, 25 .
16 18 -1.8 0.0
28 36 -6.6 -0.2
52 72 -19.9 -2.1
63 18 -55.8 -18.3
Tabela 9.40. Análise de convergência dos deslocamentos finais do ponto A da viga em balanço com
coeficiente de GF p = 1, 0 .
16 18 -1.5 0.0
28 36 -5.6 -0.2
52 72 -17.0 -1.5
2 63 18 11 -53.3 -16.4
117 36 -78.8 -42.9
Tabela 9.41. Análise de convergência dos deslocamentos finais do ponto A da viga em balanço com
coeficiente de GF p = 4, 0 .
16 18 -1.3 0.0
28 36 -4.8 -0.1
1 52 72 4 -14.8 -1.1
63 18 -51.3 -15.1
16 18 -1.2 0.0
28 36 -4.5 -0.1
52 72 -13.7 -1.0
63 18 -64.8 -26.2
Figura 9.22. Gráfico força aplicada versus deslocamentos do ponto A para a viga homogênea mais
flexível ( E = 1200, 0 ): (a) deslocamentos transversais; (b) deslocamentos longitudinais. A legenda se
refere à ordem de aproximação dos elementos. Estes resultados foram obtidos a partir de malhas com
18 elementos finitos sólidos tetraédricos.
Figura 9.23. Gráfico força aplicada versus deslocamentos do ponto A para a viga homogênea mais
flexível ( E = 1200, 0 ): (a) deslocamentos transversais; (b) deslocamentos longitudinais. A legenda se
refere à ordem de aproximação dos elementos. Estes resultados foram obtidos a partir de malhas com
36 elementos finitos sólidos tetraédricos.
Figura 9.24. Configurações inicial e final da viga prismática em balanço mais refinada (1116 nós e 36
tetraedros do quinto grau). A legenda de valores se refere aos deslocamentos verticais finais.
Figura 9.25. Distribuições finais de deformações de Green-Lagrange (ver equação 3.17) e tensões reais
de Cauchy (ver equações 4.1 e 4.2) ao longo do segmento de reta x1 = 10, 0 , x 2 = 0, 0 e
0, 0 ≤ x 3 ≤ 1, 0 para a viga prismática em balanço: (a) deformação normal E11 ; (b) tensão normal
σ11 . O número de elementos tetraédricos é 36, o grau de aproximação é variável e o material é o
homogêneo mais flexível ( E = 1200, 0 ).
Figura 9.26. Distribuições finais de deformações de Green-Lagrange (ver equação 3.17) e tensões reais
de Cauchy (ver equações 4.1 e 4.2) ao longo do segmento de reta x1 = 10, 0 , x 2 = 0, 0 e
0, 0 ≤ x 3 ≤ 1, 0 para a viga prismática em balanço: (a) deformação normal E11 ; (b) tensão normal
σ11 . O número de elementos tetraédricos é 36, o grau de aproximação é constante e igual a cinco, e o
coeficiente de GF p (ver equações 7.4 e 7.9) é variável.
9.1.6.2. Pórtico diamante
Figura 9.29. Deslocamentos do pórtico diamante com GF ( s = 1 3 ) para as malhas com 60 sólidos
tetraédricos. Na legenda, os símbolos w e u são os deslocamentos finais mostrados na figura 9.27, e
os símbolos [T] e [C] denotam, respectivamente, os casos de tração e de compressão.
Figura 9.30. Deslocamentos do pórtico diamante com GF ( s = 3, 0 ) para as malhas com 60 sólidos
tetraédricos. Na legenda, os símbolos w e u são os deslocamentos finais mostrados na figura 9.27, e
os símbolos [T] e [C] denotam, respectivamente, os casos de tração e de compressão.
Figura 9.33. Configurações inicial e final do pórtico diamante homogêneo mais flexível ( E = 1200, 0 )
discretizado com 1836 nós e 60 elementos finitos sólidos tetraédricos do quinto grau: (a) tração; (b)
compressão. A legenda se refere aos deslocamentos na direção x 2 .
Figura 9.35. Gráficos força versus deslocamento para o pórtico quadrado da figura 9.34 discretizado
com 66 elementos sólidos tetraédricos: (a) caso homogêneo mais flexível E = 1200, 0 ; (b) caso com
GF exponencial (7.6); (c) caso homogêneo mais rígido ( E = 2000, 0 ).
9.1.6.4. Viga semicircular em balanço
Figura 9.36. Posições finais para o pórtico quadrado (ver figura 9.34) discretizado com a malha de 66
tetraedros do quinto grau: (a) tração; (b) compressão. A legenda de valores se refere aos
deslocamentos na direção x 2 .
Como a malha base é prismática (ver figura 9.37), foram aplicadas as seguintes
mudanças de coordenadas:
x 3 = X3 (9.8.3)
Figura 9.37. Viga semicircular em balanço (geometria, condições de contorno e lei constitutiva).
Os resultados das simulações numéricas mostram, mais uma vez, que o aumento da
ordem de aproximação polinomial dos elementos tetraédricos melhora a precisão da análise
em termos dos deslocamentos do ponto A da viga semicircular, sendo que é possível notar o
excessivo travamento das malhas de aproximação linear (ver figuras 9.37, 9.38 e 9.39). A
influência do coeficiente de GF senoidal ( sn ) nos deslocamentos finais do ponto A pode ser
observada na figura 9.38. De acordo com tal figura, o aumento do coeficiente sn enrijece a
estrutura, ou seja, os deslocamentos diminuem à medida que sn aumenta.
Figura 9.38. Deslocamentos finais do ponto A da viga semicircular em balanço: (a) deslocamentos na
direção x1 ; (b) deslocamentos na direção x 2 . O termo sn é o coeficiente de GF senoidal (ver
equação 7.7).
Figura 9.39. Gráficos força aplicada versus deslocamento do ponto A na direção x1 , para a viga
semicircular em balanço, e para os casos homogêneos: (a) sn → 0, 0 ( E = 1200, 0 ); (b) sn → ∞
( E = 3600, 0 ).
9.1.6.5. Coluna engastada sob primeiro modo de flambagem
π2 EI
Pcr = (9.9)
4L2
Figura 9.40. Coluna sob primeiro modo de flambagem (geometria, condições de contorno e lei
constitutiva). As linhas tracejadas denotam a malha base (ver apêndice F).
Com relação aos deslocamentos finais do ponto A (ver figura 9.40), o refinamento da
malha, em termos de ordem de aproximação e de número de elementos, melhora a precisão
dos resultados para os casos homogêneos e com GF (ver figura 9.41). Para este problema, as
malhas de aproximação linear não foram capazes de reproduzir a flambagem. Assim como no
caso do prisma com GF sob tração uniaxial (ver item 9.1.5), o aumento do coeficiente de GF
de potência p enrijece a coluna (ver figura 9.42), já que com aumento desse coeficiente, a
parcela volumétrica do material mais rígido ( E = 2000, 0 ) aumenta em relação ao menos
rígido ( E = 1200, 0 ). Em outras palavras, quanto maior o coeficiente de GF p , maior é a carga
crítica de flambagem. Para ilustrar o comportamento da coluna antes e depois da
instabilidade, algumas das configurações da malha mais refinada são mostradas na figura
9.43.
Figura 9.41. Deslocamentos finais do ponto A da coluna sob primeiro modo de flambagem: (a), (b),
(c) e (d) deslocamentos finais na direção x1 para, respectivamente, os coeficiente p → 0, 0
( E = 1200, 0 ), p = 1,50 , p = 2,50 e p → ∞ ( E = 2000, 0 ); (e), (f), (g) e (h) deslocamentos finais
na direção x 2 para, respectivamente, os coeficiente p → 0, 0 ( E = 1200, 0 ), p = 1,50 , p = 2,50 e
p → ∞ ( E = 2000, 0 ). As legendas se referem à ordem de aproximação polinomial dos elementos.
Figura 9.42. Gráficos força aplicada versus deslocamentos do ponto A da coluna sob primeiro modo
de flambagem. O termo p se refere ao coeficiente de GF de potência (ver equação 7.4). Os símbolos
“Ref”, “inf” e “Pcr” significam, nesta ordem, a referência bibliográfica Pai e Palazotto (1996), o valor
infinito para o coeficiente p e carga crítica de flambagem. Estes resultados foram obtidos com a
malha de 9625 nós e 576 elementos tetraédricos de quarto grau.
Figura 9.43. Configurações de equilíbrio para a coluna sob primeiro modo de flambagem para alguns
níveis de carregamento. A malha possui 9625 nós e 576 elementos tetraédricos de quarto grau. P1 é a
carga aplicada.
9.1.6.6. Coluna engastada sob segundo modo de flambagem
Além do primeiro (ver item 9.1.6.5), o segundo modo de flambagem de uma coluna
engastada também foi analisado. Neste caso, para induzir o segundo modo, foi utilizada a
excentricidade mostrada na figura 9.44. O caso homogêneo é extraído de Pai e Palazotto
(1996). Assim como no caso anterior, devido à simetria em relação ao eixo x 3 = 0, 0 , apenas
uma metade da coluna foi discretizada, e o refinamento da malha é feito ao longo da direção
longitudinal. Para o caso homogêneo, a carga crítica de flambagem para o segundo modo é
(TIMOSHENKO; GERE, 1961):
9π2 EI
Pcr = (9.10)
4L2
Figura 9.44. Coluna sob segundo modo de flambagem (geometria, condições de contorno e lei
constitutiva). A inclinação no plano x1 , x 2 ao longo da direção longitudinal é de 1% até
x1 = 66, 6667 e de -1% a partir de x1 = 66, 6667 . As linhas tracejadas denotam as divisões da malha
base (ver Apêndice F).
É possível notar, na figura 9.45, que para os casos homogêneos e com GF, as malhas
de elementos lineares utilizadas não foram capazes de reproduzir o segundo modo de
flambagem, e que as malhas de tetraedros cúbicos e de quarto necessitam de poucos
elementos para reproduzir os valores para os quais os deslocamentos finais do ponto A
convergem. Para a malha mais refinada, o aumento do coeficiente de GF s enrijece a coluna,
e os resultados dos deslocamentos para o caso homogêneo s → 0, 0 ( E = 1200, 0 ) corroboram
a referência (ver figura 9.46). Algumas configurações da referida malha são ilustradas na
figura 9.47. Deve ser lembrado que, neste estudo e na referência, não é realizada análise de
contato.
O último problema estrutural de viga plana com instabilidade analisada aqui é a coluna
sob terceiro modo de flambagem mostrada na figura 9.48. Pode-se observar, em tal figura, a
excentricidade adotada para induzir o terceiro modo. Assim como nos dois exemplos
anteriores, o caso homogêneo é analisado por Pai e Palazotto (1996), é discretizada apenas
uma metade da coluna, e o refinamento da malha de elementos é feito na direção longitudinal.
Para o caso homogêneo, a carga crítica de flambagem para o terceiro modo é
(TIMOSHENKO; GERE, 1961):
25π2 EI
Pcr = (9.11)
4L2
Figura 9.47. Configurações para a coluna sob segundo modo de flambagem para alguns níveis de
carregamento. A malha possui 6025 nós e 360 elementos tetraédricos de quarto grau. P1 é a carga
aplicada.
Figura 9.48. Coluna sob terceiro modo de flambagem (geometria, condições de contorno e lei
constitutiva). As linhas tracejadas denotam a malha base (ver Apêndice F).
De acordo com as tabelas 9.43, 9.44 e 9.45, algumas das malhas não foram capazes de
reproduzir o terceiro modo de flambagem. Isso pode ser verificado pela dimensão excessiva
dos deslocamentos. Para exemplificar o que ocorreu com tais malhas, é ilustrada na figura
9.49 a posição final da malha com 104 nós e 150 tetraedros lineares para o caso homogêneo
mais flexível ( E = 1200, 0 ). Conforme a figura, a referida malha reproduziu o primeiro modo
de flambagem. Para o caso homogêneo mais flexível e para a malha mais refinada, os
resultados em termos de deslocamentos estão de acordo com a referência (ver figura 9.50).
Para o referido caso, algumas das configurações de equilíbrio são mostradas na figura 9.51.
Tanto na referência quanto neste estudo, não foi realizada análise de contato.
Tabela 9.43. Deslocamentos finais da coluna sob terceiro modo de flambagem, para o caso
homogêneo mais flexível ( E = 1200, 0 ).
Tabela 9.44. Deslocamentos finais da coluna sob terceiro modo de flambagem, para o caso com GF
exponencial (ver equações 7.6).
Tabela 9.45. Deslocamentos finais da coluna sob terceiro modo de flambagem, para o caso
homogêneo mais rígido ( E = 1800, 0 ).
Figura 9.50. Gráfico carga aplicada versus deslocamento do ponto A da coluna sob terceiro modo de
flambagem, para o caso homogêneo mais flexível ( E = 1200, 0 ). Estes resultados foram obtidos com
a malha de 4816 nós e 600 elementos sólidos tetraédricos de ordem cúbica.
Figura 9.51. Configurações para a coluna sob terceiro modo de flambagem para alguns níveis de
carregamento. A malha possui 4816 nós e 600 elementos tetraédricos de ordem cúbica. P1 é a carga
aplicada.
Nos exemplos do item 9.1.6, foram analisadas estruturas sob grandes deslocamentos
com predomínio da flexão em apenas um plano. Nesta seção, são apresentados os principais
resultados de vigas tridimensionais em regime de grandes deslocamentos.
x2 = Y (9.12.2)
3 3
σeq ( B )= devσ : devσ= ( devσ )ij ( devσ )ij (9.13)
2 2
onde devσ é a parcela desviadora (HOLZAPFEL, 2004) do tensor da tensão de Cauchy σ
(ver equações 4.1 e 4.2).
Os resultados obtidos aqui indicam que o refinamento da malha, em termos do número
de elementos tetraédricos, melhora a precisão dos resultados finais (ver figura 9.53), para os
casos homogêneos e com GF. Para a malha de elementos mais refinada, os deslocamentos
estão de acordo com a referência (ver figura 9.54).
Figura 9.52. Viga curva em balanço (geometria, condições de contorno, lei constitutiva e malha base).
Figura 9.53. Análise de convergência dos resultados finais para a viga curva em balanço (ver figura
9.52): (a) deslocamentos para a viga homogênea mais flexível ( E = 1200, 0 ); (b) deslocamentos para
a viga com GF logarítmica (7.8); (c) deslocamentos para a viga homogênea mais rígida
( E = 3600, 0 ); (d) tensão equivalente (9.13) no ponto B.
Figura 9.54. Gráfico carga aplicada versus deslocamentos do ponto A da viga curva em balanço (ver
figura 9.52), para o caso homogêneo mais flexível ( E = 1200, 0 ) e para a malha com 3465 nós e 1152
elementos tetraédricos de ordem quadrática. A sigla “Ref” se refere à referência Bathe e Bolourchi
(1979).
9.1.7.2. Flambagem lateral de viga engastada
A segunda viga tridimensional sob grandes deslocamentos analisada aqui é a viga sob
flambagem lateral mostrada na figura 9.55. Para que fosse possível reproduzir a instabilidade
lateral e analisar o comportamento pós-crítico da viga, foi utilizada uma rotação da seção
transversal que varia linearmente ao longo da direção longitudinal. Segundo a referência da
qual se extraiu este problema estrutural (MACIEL, 2008), a carga crítica de flambagem neste
caso é dada por (TIMOSHENKO; GERE, 1961):
EIGJ
Pcr = 4, 013 (9.14.1)
L2
bh 3
I= (9.14.2)
12
hb3
J= (9.14.3)
3
E
G= (9.14.4)
2 (1 − ν )
Figura 9.55. Flambagem lateral de viga engastada (geometria, lei constitutiva e condições de
contorno).
A comparação dos resultados da referência com os deslocamentos do ponto de
aplicação da carga obtidos com as malhas empregadas neste estudo é mostrada na figura 9.56,
onde é possível notar que o refinamento da malha melhora a precisão dos resultados. Na
referência Maciel (2008), são utilizados elementos finitos sólidos tetraédricos isoparamétricos
de ordem cúbica, e a lei constitutiva elástica é escrita em termos da deformação de engenharia
e da tensão nominal (PASCON, 2008). As configurações inicial e final da malha mais
refinada são ilustradas na figura 9.57.
Neste item são apresentados os principais resultados das estruturas em forma de chapa
e de casca simuladas numericamente com o código computacional desenvolvido no presente
estudo para análise de materiais em regime elástico (ver item 8.4).
Figura 9.56. Gráficos carga aplicada versus deslocamentos do ponto de aplicação da carga para a viga
sob flambagem lateral: (a) deslocamentos ao longo de x1 ; (b) deslocamentos ao longo de x 2 ; (c)
deslocamentos ao longo de x 3 . Os números na legenda se referem ao número de nós, à quantidade de
elementos tetraédricos e à ordem de aproximação polinomial, respectivamente.
Figura 9.57. Configurações inicial e final da viga sob flambagem lateral discretizada com a malha
mais refinada (1125 nós e 72 elementos tetraédricos do quarto grau). A legenda se refere aos
deslocamentos finais na direção x 3 .
1365 8 1 1 x x
2709 16 1 1 x x
2475 4 4 1 x x
ND3 = números de divisões das arestas da malha base nas direções x1, x2 e x3 (figura
Tabela 9.47. Comparação do esquema de divisão das arestas da malha base da membrana de Cook
(figura 9.58), para MGF ( p= s= 0, 20 ).
NEL = número de elementos finitos tetraédricos. NN = número de nós. ND1, ND2, ND3 =
números de divisões das arestas da malha base na direção longitudinal, na altura e na espessura
(figura 9.58). u1, u2 = deslocamentos finais do ponto A nas direções x1 e x2 (figura 9.58).
Tabela 9.48. Esquemas de divisão das arestas da malha base para a membrana de Cook (figura 9.58).
72 1 1 1
144 2 1 1
288 2 2 1
576 4 2 1
1152 4 4 1
NEL = número de elementos finitos sólidos tetraédricos.
espessura.
Figura 9.61. Amplificação da região em torno do ponto B da membrana de Cook (figura 9.58), para o
caso homogêneo mais flexível ( p, s → 0, 0 ), e para a malha com 2145 nós e 144 elementos finitos
tetraédricos de quarto grau. As legendas se referem aos valores dos deslocamentos verticais finais.
Figura 9.62. Análise de convergência da tensão equivalente final (9.13) no ponto C da membrana de
Cook homogênea mais flexível (ver figura 9.58). O símbolo “Ref” denota a referência Düster,
Hartmann e Neff (2003).
Figura 9.63. Distribuição final da tensão equivalente (9.13) ao longo do segmento de reta x1 = 35, 2 ,
x 2 = 44, 0 e 0, 0 ≤ x 3 ≤ 0,5 . Estes resultados foram obtidos com a malha de 2145 nós e 144
elementos finitos tetraédricos de quarto grau.
O cilindro espesso da figura 9.64 é analisado aqui. Este exemplo, extraído de Sze,
Zheng e Lo (2004), pode ser utilizado para verificar a ocorrência de travamento em estruturas
tridimensionais curvas. Na referência são empregados elementos finitos sólidos do tipo casca
de aproximação quadrática (18 nós). Devido à dupla simetria em relação aos planos x 3 = 0, 0
e x1 = 15, 0 , apenas um quarto do cilindro foi discretizado. Para gerar as malhas de elementos
finitos tetraédricos a partir da malha base prismática (ver figura 9.64 e Apêndice F), foram
empregadas as seguintes mudanças de coordenadas:
x=
1 1,5 ⋅ X 2 (9.15.1)
x=
2 (8, 0 + 2 ⋅ X3 ) cos ( πX1 /10 ) (9.15.2)
x=
3 (8, 0 + 2 ⋅ X3 ) sen ( πX1 /10 ) (9.15.3)
Para simular este exemplo foram empregados 384 elementos finitos sólidos
tetraédricos com várias ordens de aproximação (ver item 3.1). Para as malhas utilizadas, o
deslocamento vertical do ponto A do cilindro (ver figura 9.64) converge, com aumento do
grau de aproximação, para a solução da referência (ver figura 9.65). A posição final do
cilindro, para a malha de tetraedros do quinto grau, é ilustrada na figura 9.66. Deve ser
mencionado que o contato que ocorre entre duas partes do cilindro não é analisado neste
estudo, nem na referência.
Figura 9.65. Deslocamentos verticais do ponto A do cilindro (figura 9.64) para os seguintes casos: (a)
homogêneo mais flexível ( c10 = 3000, 0 ); (b) heterogêneo (GF exponencial de c10 ); (c) homogêneo
mais rígido ( c10 = 6000, 0 ). Os números na legenda denotam, respectivamente, o número de nós e a
ordem de aproximação dos elementos. A sigla “Ref” corresponde à referência Sze, Zheng e Lo (2004).
Estes resultados foram obtidos a partir de malhas com 384 elementos tetraédricos.
Figura 9.66. Deslocamentos verticais finais do cilindro espesso mais flexível ( c10 = 3000, 0 ). Estes
resultados foram obtidos a partir da malha com 10086 nós e 384 elementos tetraédricos do quinto
grau.
Outro exemplo de casca extraído de Sze, Zheng e Lo (2004) é a casca hemisférica com
abertura de 18 graus. Devido à dupla simetria em relação aos eixos x1 = 0, 0 e x 2 = 0, 0 ,
apenas um quarto dela é ilustrado na figura 9.67. De acordo com Korelc, Solinc e Wriggers
(2010), é possível verificar, com este exemplo numérico, a ocorrência de travamento em
elementos com dupla curvatura submetidos a grandes rotações. Como a malha base é
prismática (ver figura 9.67), foram empregadas as seguintes mudanças de coordenadas:
π 72 π
=
x1 ( 9,98 + 0, 04X3 ) cos
X 2 cos X1 (9.16.1)
20 90 20
π 72 π
=
x1 ( 9,98 + 0, 04X3 ) cos
X 2 sen X1 (9.16.2)
20 90 20
π 72
=
x3 ( 9,98 + 0, 04X3 ) sen X2 (9.16.3)
20 90
onde x1 , x 2 e x 3 são as coordenadas da casca; e X1 , X 2 e X 3 são as coordenadas da malha
base (ver figura 9.67). Assim como no exemplo numérico anterior, o refinamento da malha
base é maior nas regiões próximas às bordas.
Figura 9.67. Casca hemisférica com abertura de 18 graus (geometria, condições de contorno, lei
constitutiva e malha base). Nesta figura é ilustrado apenas um quarto da casca.
Figura 9.68. Gráficos carga aplicada versus deslocamentos para a casca hemisférica da figura 9.67: (a)
deslocamentos do ponto A na direção x1 ; (b) deslocamentos do ponto B na direção x 2 . A legenda se
refere ao grau de aproximação polinomial dos elementos tetraédricos, e a sigla “Ref” corresponde à
referência Sze, Zheng e Lo (2004).
Figura 9.69. Configurações de equilíbrio para a casca hemisférica da figura 9.67: (a) P = 0, 0 ; (b)
P = 120, 0 ; (c) P = 240, 0 ; (d)=
P P= max 400, 0 . Os valores das legendas se referem aos
deslocamentos na direção x1 . Estes resultados foram obtidos com a malha de 4056 nós e 150
tetraedros do quinto grau.
A placa em forma de anel mostrada na figura 9.70 é analisada aqui. Uma das
extremidades é engastada e a outra é carregada, sendo que tais extremidades são separadas por
um corte (segmento AB da figura 9.70), isto é, embora as faces extremas tenham as mesmas
coordenadas, elas não possuem ligação entre si. De acordo com Sansour e Kollmann (2000) e
Petchsasithon e Gosling (2005), este problema estrutural, proposto inicialmente por Basar e
Ding (1992), é utilizado para testar elementos finitos de casca submetidos a grandes rotações.
Assim como nas referências supramencionadas, apenas o caso homogêneo é analisado neste
estudo. Para simular numericamente este exemplo, foram empregadas as seguintes
quantidades de elementos sólidos tetraédricos com grau de aproximação variável (ver item
3.1): 72, 144 e 1152.
Figura 9.70. Placa engastada em forma de anel (geometria, condições de contorno e lei constitutiva).
O problema estrutural da figura 9.73 é analisado aqui. Este exemplo foi extraído de
Arciniega e Reddy (2007), em que são empregados elementos finitos quadrilaterais de casca
com ordem de aproximação variável (de um a oito), e GF ao longo da espessura do cilindro.
Devido à simetria em relação aos eixos x1 = 5,175 , x 2 = 0, 0 e x 3 = 0, 0 , apenas um oitavo do
cilindro é discretizado (ver figura 9.73). Para simular numericamente este problema, foram
empregados 600 elementos finitos sólidos tetraédricos com ordem de aproximação variável.
Figura 9.71. Deslocamentos verticais finais, para a placa engastada em forma de anel (figura 9.70), dos
pontos: (a) A; (b) B; e (c) C.
Figura 9.72. Configuração de equilíbrio final da placa engastada em forma de anel (figura 9.70). A
legenda se refere aos deslocamentos verticais (na direção x 3 ). Estes resultados foram obtidos com a
malha 4356 nós e 144 elementos finitos sólidos tetraédricos do quinto grau.
x1 = 0,5175X1 (9.17.1)
Figura 9.73. Cilindro fino com abas livres tracionado (geometria, condições de contorno, lei
constitutiva e malha base). As linhas tracejadas ( ) correspondem à parte discretizada.
Tabela 9.49. Análise de convergência dos deslocamentos finais dos pontos A e B do cilindro da figura
9.73. As malhas possuem 600 elementos sólidos tetraédricos.
2 2.89 4.74 2.81 4.56 2.78 4.51 2.75 4.44 2.70 4.40
3 2.92 4.80 2.85 4.69 2.83 4.65 2.80 4.60 2.74 4.50
4 2.94 4.82 2.87 4.72 2.83 4.66 2.81 4.61 2.75 4.51
Ref 2.92 4.73 2.86 4.67 2.80 4.60 2.74 4.47 2.70 4.43
OPA = ordem do polinômio aproximador dos tetraedros. p = coeficiente de potência (equação 7.4).
A sigla "Ref" corresponde aos resultados obtidos com a análise de convergência da referência
Figura 9.74. Gráficos carga aplicada versus deslocamentos do cilindro da figura 9.73: (a)
deslocamento do ponto A na direção x 2 ; (b) deslocamento do ponto B na direção x 3 . Estes resultados
foram obtidos a partir da malha de 8405 nós e 600 elementos finitos tetraédricos do quarto grau.
Figura 9.75. Configuração de equilíbrio final do cilindro homogêneo mais rígido (ver figura 9.73): (a)
deslocamentos na direção x 2 ; (b) deslocamentos na direção x 3 . Estes resultados foram obtidos a
partir da malha de 8405 nós e 600 elementos finitos tetraédricos do quarto grau.
Figura 9.76. Bloco parcialmente comprimido (geometria, condições de contorno, lei constitutiva e
malha base).
Em relação ao deslocamento vertical final do ponto A (ver figura 9.76), para os quatro
valores do coeficiente de GF p , as malhas de elementos tetraédricos de ordem linear não são
capazes de reproduzir o comportamento do bloco mesmo com grande número de elementos, e
as malhas de elementos quadráticos precisam de um número muito elevado de tetraedros para
fornecer resultados próximos aos das malhas de aproximação cúbica e do quarto grau (ver
tabelas 9.50-53). Na figura 9.77 é ilustrada a configuração de equilíbrio final do bloco
homogêneo mais flexível ( p → 0, 0 ), discretizado com uma das malhas.
Tabela 9.50. Deslocamentos verticais finais do ponto A para o bloco homogêneo parcialmente
carregado mais flexível ( p → 0, 0 ).
OAP NN NE u1 (A)
Tabela 9.51. Deslocamentos verticais finais do ponto A para o bloco parcialmente carregado com GF
( p = 0, 20 ).
OAP NN NE u1 (A)
Tabela 9.52. Deslocamentos verticais finais do ponto A para o bloco parcialmente carregado com GF
( p = 5, 0 ).
OAP NN NE u1 (A)
Tabela 9.53. Deslocamentos verticais finais do ponto A para o bloco homogêneo parcialmente
carregado mais rígido ( p → ∞ ).
OAP NN NE u1 (A)
Figura 9.77. Deslocamentos verticais finais para o bloco homogêneo parcialmente carregado mais
flexível (ver figura 9.76). Estes resultados foram obtidos a partir de uma malha com 4864 nós e 900
elementos tetraédricos de ordem cúbica.
Figura 9.78. Bloco cúbico em balanço (geometria, condições de contorno, lei constitutiva e malha
base).
Figura 9.79. Deslocamentos verticais do ponto A do bloco da figura 9.78 para: (a) material homogêneo
mais flexível ( s → 0, 0 ); (b) material com GF ( s = 1/ 3 ); (c) material com GF ( s = 3, 0 ); (d) material
homogêneo mais rígido ( s → ∞ ). Os valores nas legendas correspondem, respectivamente, ao número
de nós, de elementos finitos sólidos tetraédricos e à ordem de aproximação polinomial.
Figura 9.80. Carga superficial aplicada versus deslocamentos do ponto A do bloco da figura 9.80: (a)
deslocamento ao longo de x1 ; (b) deslocamento ao longo de x 2 . A variável s se refere ao coeficiente
de GF (GF) sigmoidal (7.5). Estes resultados foram obtidos a partir de uma malha com 8125 nós e
1536 elementos finitos sólidos tetraédricos de ordem cúbica.
Figura 9.81. Sólido de Cook (geometria, condições de contorno, lei constitutiva e malha base).
Com relação aos resultados das simulações numéricas, a norma Euclideana dos
deslocamentos do ponto H e a tensão equivalente no ponto I convergem com refinamento da
malha de elementos tetraédricos (ver figuras 9.81 e 9.82). A referida norma é calculada com a
seguinte expressão:
u= (u 2
1 + u 22 + u 32 ) (9.18)
Lei Coeficientes
K = 500
n = 0,25
Armstrong-Frederick c = 200
(6.56) b = 50
F
σ1eng =1 (9.19.1)
S0
u (A)
ε1eng =1 (9.19.2)
L0
comprimento inicial. Já no cisalhamento simples (ver figura 9.10), os valores obtidos são a
tensão cisalhante de engenharia ( τ12
eng
) e a distorção de engenharia ( γ12
eng
):
F
τ12
eng
=1 (9.20.1)
S0
u ( 25 )
γ12
eng
=1 (9.20.2)
L0
de x1 .
Na tração uniaxial (ver figura 9.1) e no cisalhamento simples (ver figura 9.10), podem
ser observados os seguintes aspectos: os gráficos tensão versus deformação de engenharia
(ver expressões 9.19 e 9.20) são praticamente os mesmos, exceto para a simulação com 10
incrementos por fase, previsão elastoplástica e material hiperelastoplástico (ver figura 9.85); e
o tempo de simulação e o número total de iterações são sempre menores para a estratégia de
previsão elastoplástica (ver tabelas 9.55 e 9.56). Esse ganho, em termos de tempo de
simulação, com a previsão elastoplástica já era esperado, visto que ao considerar, ao longo da
tentativa, a possível variação dos parâmetros plásticos a convergência das iterações via
método de Newton-Raphson (ver item 4.6) é melhorada (CRISFIELD, 2000). Pode-se notar,
contudo, que o tempo médio de cada iteração é, de modo geral, maior para a estratégia de
previsão elastoplástica, em relação às demais previsões, e é maior para a análise de materiais
hiperelastoplásticos, em relação aos materiais com aproximação de Green-Naghdi (ver tabela
9.57). Isso porque, para realizar a previsão elastoplástica, é necessário calcular o operador
tangente consistente elastoplástico, o que envolve grande número de cálculos (ver Apêndice
D). Ademais, o número de cálculos também é maior para análise de materiais
hiperelastoplásticos, em relação à aproximação de Green-Naghdi (ver seções 6.3 e 6.4).
Assim sendo, para simulação dos próximos exemplos numéricos, os quais envolvem materiais
em regime elastoplástico (ver item 6.1), foi decidido utilizar grande número de pequenos
incrementos, e previsão elastoplástica (ver figuras 8.6 e 8.7).
Figura 9.85. Comparação das estratégias de previsão elástica do item 8.5 - tensão versus deformação
de engenharia: (a) tração uniaxial com aproximação de Green-Naghdi; (b) cisalhamento simples com
aproximação de Green-Naghdi; (c) tração uniaxial com material hiperelastoplástico; (d) cisalhamento
simples com material hiperelastoplástico. Na legenda dos gráficos, os números entre parêntesis
denotam a quantidade de incrementos empregada na simulação numérica, e as siglas EL, SC e ELP
correspondem, nesta ordem, às seguintes previsões: puramente elástica (ver figuras 8.2 e 8.3), método
da secante (ver figuras 8.4 e 8.5), e elastoplástica (ver figuras 8.6 e 8.7). Para a tração uniaxial, a
geometria é dada na figura 9.1, e os valores obtidos são calculados via equações (9.19). Para o
cisalhamento, a geometria é dada na figura 9.10, e os valores obtidos são calculados via equações
(9.20).
Tabela 9.55. Comparação das estratégias de previsão elástica do item 8.5 - tempo de simulação (em
centésimos de segundo).
Tabela 9.56. Comparação das estratégias de previsão elástica do item 8.5 - número total de iterações.
Tabela 9.57. Comparação das estratégias de previsão elástica do item 8.5 - tempo médio (em
centésimos de segundo) de cada iteração.
As discrepâncias observadas nos gráficos das figuras 9.85c e 9.85d ocorrem quando o
número de incrementos é baixo (ou quando esses incrementos são muito grandes). Assim, tais
discrepâncias parecem estar relacionadas ao acúmulo de erros decorrentes da fase de correção
plástica (ver item 6.6). Isso porque, ao longo dessa fase, as variáveis plásticas não são
exatamente calculadas, e sim aproximadas via algoritmo de retorno (implícito ou explícito).
Dessa forma, os erros numéricos cometidos dependem, obviamente, do tamanho do
incremento. Para analisar a influência do tamanho do incremento no cálculo das variáveis
plásticas, via retornos implícito e explícito, foi utilizado o exemplo da tração uniaxial do item
9.2.1 (ver figura 9.1 e expressões 9.1). Neste caso, a barra tem seu comprimento multiplicado
por 1,60, e as quantidades de incrementos de deslocamento longitudinal, aplicados na face
x1 = 1, 0 , são: 1, 10, 100 e 1000. Assim, os tamanhos dos incrementos de deslocamento são:
0,6; 0,06; 0,006; e 0,0006. Os coeficientes do modelo constitutivo são fornecidos na tabela
9.54, e é empregado aqui apenas o caso da aproximação de Green-Naghdi (ver seção 6.3). De
acordo com o item 9.2.1, a estratégia de previsão elástica (ver item 8.5) adotada aqui é a
elastoplástica (ver figuras 8.6 e 8.7). Assim como no item anterior, foram utilizados seis
tetraedros de aproximação linear (ver item 6.1).
A partir das figuras 9.86, 9.87 e 9.88, podem ser tiradas as seguintes conclusões: a
força longitudinal e as variáveis plásticas E p11 , κ e X11 ao final da simulação numérica
)
(9.21.1)
dev S X n
( κ )n +1 = ( κ )n + ∆γ ( rκ )n = ( κ )n + ∆γ 2
3
(9.21.2)
dev ( S − X )
( X=
1 ) n +1 ( X1 )n + ∆γ ( R=
X1 ) n ( X1 )n + ∆γ c 1
− bX1 (9.21.3)
dev ( S − X ) n
dev ( S − X )
( X=
2 ) n +1 ( X 2 )n + ∆γ ( R=
X2 ) n ( X 2 )n + ∆γ c 2
− bX 2 (9.21.4)
dev ( S − X ) n
dev ( S − X )
( X=
3 ) n +1 ( X3 )n + ∆γ ( R=
X3 ) n ( X3 )n + ∆γ c 3
− bX 3 (9.21.5)
dev ( S − X ) n
∂Φ ∂Φ ∂Φ
Φn + ∆E p1 + ∆κ + : ∆X= 0 ⇒
∂E p1 ∂κ ∂X
Φ E n +1 , ( E p ) , κ n , X n
∆γ = − n (9.21.6)
∂Φ dev ( S − X )1 ∂Φ 2 ∂Φ dev ( S − X )
+ + : c − bX
∂E p1 dev ( S − X ) ∂κ 3 ∂X dev ( S − X ) n
n
onde os índices n e n+1 representam, nesta ordem, os respectivos valores no início e no final
do incremento de deformação total ∆E= En +1 − En .
Figura 9.86. Variáveis plásticas ao final da simulação numérica com retorno implícito, para a barra sob
tração uniaxial. E p11 é a deformação plástica longitudinal, κ é o parâmetro de encruamento
isotrópico (6.33), X11 é a componente longitudinal do tensor das tensões inversas, e F1 é a força
longitudinal aplicada.
atualizadas com as expressões (9.21). Se o valor de Φ for menor do que certa tolerância,
então a fase de correção plástica termina. Caso contrário, devem ser calculados os novos
valores das funções R , rκ e R X , as quais definem a evolução das variáveis plásticas, e deve
ser determinado mais uma vez o valor de ∆γ , via (9.21.6). Esses cálculos são realizados até
que se obtenha um valor suficientemente pequeno para a função escalar Φ .
Figura 9.87. Variáveis plásticas ao final da simulação numérica com retorno explícito, para a barra sob
tração uniaxial. E p11 é a deformação plástica longitudinal, κ é o parâmetro de encruamento
isotrópico (6.33), X11 é a componente longitudinal do tensor das tensões inversas, e F1 é a força
longitudinal aplicada.
Figura 9.88. Diferenças absolutas, com relação aos retornos implícito e explícito, entre as variáveis
plásticas ao final da simulação numérica, para a barra sob tração uniaxial. E p11 é a deformação
plástica longitudinal, κ é o parâmetro de encruamento isotrópico (6.33), X11 é a componente
longitudinal do tensor das tensões inversas, e F1 é a força longitudinal aplicada.
Já para o retorno implícito de Euler, no caso da barra sob tração uniaxial (ver item
6.7.1), para realizar a correção plástica, o seguinte resíduo deve ser suficientemente pequeno
(ver equações 6.61):
dev ( S − X )
( E p1 ) − ( E p1 ) − ∆λ 1
n
dev ( S − X )
κ − ( κ )n − ∆λ 2
( E p1 ) − ( E p1 ) − ∆λ ( R1 ) 3
n
dev ( S − X )
κ − ( κ )n − ∆λ ( rκ ) ( X1 ) − ( X1 ) − ∆λ c 1
− bX 1
( X1 ) − ( X1 )n − ∆λ ( R X1 )
n
dev ( S − X )
(9.22)
=r =
( X 2 ) − ( X 2 )n − ∆λ ( R X 2 ) dev ( S − X )
( X ) − ( X ) − ∆λ ( R ) ( X 2 ) − ( X 2 )n − ∆λ c − bX 2
2
3 3 n X3
dev ( S − X )
Φ
dev ( S − X )
( X 3 ) − ( X 3 )n − ∆λ c dev ( S − X ) − bX 3
3
dev ( S − X ) − 2 K ( E 0 + κ )
n
3
onde o índice n corresponde aos valores fixos das variáveis no início do incremento de
deformação total ∆E= En +1 − En ; e as variáveis sem índice representam os respectivos valores
uniaxial com aproximação de Green-Naghdi (ver seção 6.7.1), para ambos os algoritmos de
retorno implícito e explícito, as deformações plásticas transversais ( E p2 e E p3 ) podem ser
A barra prismática sob tração uniaxial da figura 6.1 foi simulada numericamente com
os códigos computacionais desenvolvidos neste estudo (ver item 8.5) e com o programa
EPIM3D (ver item 8.8). As várias situações analisadas são descritas a seguir. Para todos os
casos, são adotados o critério de plastificação de von-Mises (6.43 ou 6.44), a lei de fluxo
plástico associativa (6.45 ou 6.46) e a lei de evolução do parâmetro de encruamento isotrópico
(6.53).
9.2.3.1. Material homogêneo com encruamento isotrópico sob pequenas deformações
elásticas
E 0 = 0, 010343987 (9.23.4)
n = 0, 2589 (9.23.5)
Para a aproximação de Green-Naghdi, da seção 6.3, e para os coeficientes (9.23) a tensão
longitudinal de engenharia atuante na barra da figura 6.1, para pequenas deformações
elásticas, é (ver equação 8.52):
0,2589
σκ ( 0 ) 565,32 ( 0, 010343987 )
0,2589
λ LE = 1 + 2 = 1 + 2 = 1,00083994 (9.26)
E 206000
onde λ LE é o alongamento longitudinal (9.24.2) a partir do qual o material entra em regime
elastoplástico. Pode-se observar que o limite elástico acima é atingido para um alongamento
muito pequeno ( λ1 ≈ 1 ). Ademais, sabe-se que, em regime elastoplástico, a variação da
deformação plástica longitudinal, ao longo do incremento de deformação total
∆E1= E1(1) − E1( 0) , é (ver expressões 6.84.1 e 6.87):
∂Φ
E1(1)
∂E1 dE ⇒
∆E p1= E p1(1) − E p1( 0) = ∫ 2
∂Φ 2 2 ∂σ κ 3 1
E1( 0 )
+
3 3 ∂κ
∂E1
E1(1) E 2
3
∆E p1 =∫
E1( 0 )
2
2
3 dE1 (9.27)
E 2 2 + Kn ( E 0 + κ )
n −1
3 3 3
Se o módulo elástico de Young E é muito maior do que os coeficientes da lei de Swift (6.50)
K , E 0 e n , como é o caso dos coeficientes (9.23), então a expressão acima se reduz,
aproximadamente, ao caso de material elastoplástico perfeito (ver equações 6.88 e 6.89):
E1(1)
E 2
E1(1)
∆E p1 ≈ ∫ 3
E1( 0 ) E 3 1 ∫
2 dE = dE =
1 ∆E1 (9.28)
2 2 E1( 0 )
3 3
Assim, a variação da parcela de deformação elástica longitudinal ( ∆E e1 = ∆E1 − ∆E p1 ) é muito
material hiperelastoplástico (ver seção 6.4), pode-se mostrar que as deformações elásticas na
barra, com adoção dos coeficientes (9.23), também serão pequenas (ver equações 6.110 e
6.112).
A partir das figuras 9.89 e 9.90, podem ser tiradas as seguintes conclusões: para a
decomposição aditiva de Green-Naghdi, da seção 6.3, e para a hiperelastoplasticidade, da
seção 6.4, a simulação numérica está de acordo com a respectiva solução analítica; os
resultados numéricos do código computacional desenvolvido neste estudo (ver item 8.5)
baseado na hiperelastoplasticidade são praticamente os mesmos do programa EPIM3D, o que
esta de acordo com o item 8.8.6; e os resultados analíticos e numéricos, para todas as
formulações, são próximos para pequenas deformações ( λ1 ≈ 1 ).
Figura 9.89. Tensão longitudinal de engenharia (9.19.1) versus alongamento longitudinal (9.24.2) para
a barra da figura 6.1 com lei hiperelástica linear (6.38) e lei de Swift (6.50) sob pequenas deformação
elásticas. As siglas SA, SN, GN, HEP e EP3 denotam, nesta ordem, a solução analítica (9.24) ou
(9.25), a simulação numérica, a aproximação de Green-Naghdi (ver seção 6.3), a
hiperelastoplasticidade (ver seção 6.4) e o programa EPIM3D (ver seção 8.8).
Figura 9.90. Parâmetro de encruamento isotrópico (6.86.3) ou (6.111.2) versus alongamento
longitudinal (9.24.2) para a barra da figura 6.1 com lei hiperelástica linear (6.38) e lei de Swift (6.50)
sob pequenas deformação elásticas. As siglas SA, SN, GN, HEP e EP3 denotam, nesta ordem, a
solução analítica (6.86.3) ou (6.111.2), a simulação numérica, a aproximação de Green-Naghdi (ver
seção 6.3), a hiperelastoplasticidade (ver seção 6.4) e o programa EPIM3D (ver seção 8.8).
O segundo caso analisado, para a barra da figura 6.1, é aquele com os seguintes
coeficientes do material:
E = 200, 0 (9.29.1)
ν =0, 010 (9.29.2)
a 0 = 100, 0 (9.29.3)
E
2
( )
λ LE 4 − λ LE 2 = σ κ ( 0 ) ⇒
200
2
( )
λ LE 4 − λ LE 2 = 100 ⇒ λ LE ( HEP ) = 1,272020 (9.30.2)
∆E p1 =
∆E1 (9.31.1)
1
∆λ= ∆λ1 (9.31.2)
λ e1
p1
κ ( GN ) = E p1 = E1 − E e1 =
2
(
1 2 1
) (
λ1 − 1 − λ LE 2 − 1 =
2 2
)
1 2
(
λ1 − 1 −
1
2
) (9.33)
Esta equação é válida para a aproximação de Green-Naghdi, dada na seção 6.3, e para a
hiperelastoplasticidade, dada na seção 6.4.
Para a formulação do programa EPIM3D, é possível escrever as seguintes expressões
para a barra da figura 6.1 em regime elástico (ver item 8.8.2):
ln ( λ1 ) 0 0 ln ( λ1 ) 0 0
=εL 0 ln ( λ 2 ) = 0 0 −ν ln ( λ1 ) 0 (9.36.1)
0
0 ln ( λ )
3
0 0 −ν ln ( λ )
1
ln ( λ 2 ) = ln ( λ 3 ) = −ν ln ( λ1 ) ⇒ λ 2 = λ 3 = λ1−ν (9.36.2)
F1 F1 F1 F E ln ( λ1 )
σ= = = = E ( ε L1 =
−2 ν ) E ln ( λ1 ) ⇒ σ1eng= 1= (9.36.3)
A f A 0 λ 2 λ 3 A 0 λ1 λ12ν
1
A0
a
σ1= E ln ( λ LE ) = a 0 ⇒ λ LE= exp 0 (9.36.4)
E
onde ε L é a deformação logarítmica (ALVES, 2003); ν é o coeficiente de Poisson; σ1 é a
tensão longitudinal de Cauchy (ver equações 4.1 e 4.2); A f é a área final da seção transversal;
100
=
λ LE exp=
1, 648721 (9.37.2)
200
Em regime elastoplástico, isto é, para alongamentos longitudinais λ1 maiores do que o
0,5 0 0
= 0 −0, 005 0 (9.40)
0 0 −0, 005
ε p1 0 0 ln ( λ p1 )
0 0 ln ( λ p1 ) 0 0
ε p = 0 ε p2 0 = 0 ln ( λ p2 ) 0 = 0 − ln ( λ p1 )
1 0
2
0 ε p2 0
0
0 ln ( p3 ) 0
λ 0 − ln ( λ p1 )
1
2
1 0 0
ln ( p1 ) 0 −0,5
=λ 0 (9.41)
0 0 −0,5
F1λ1 ( λ LE )
−1− 2 ν
F1 F1 a 0
( λ LE ) ⇒
1+ 2 ν
σ1= =
−1
= a 0 ⇒ σ1eng= =
λ1 A0 A 0 λ1
A 0 ( λ LE )
−2 ν
λ LE
100
σ1eng = (1, 648721)
1,02
(9.43)
λ1
Com o resultado (9.42), o parâmetro de encruamento isotrópico (6.111.2) no programa
EPIM3D é:
λ1
κ ( EPIM3D ) = ln ( λ p1 ) = ln = ln ( λ1 ) − 0,5 (9.44)
1, 648721
A simulação numérica da barra da figura 6.1, constituída de material elastoplástico
perfeito com resposta elástica linear, foi realizada via controle de deslocamento. Para isso, o
comprimento da barra foi duplicado, isto é, o alongamento longitudinal máximo é λ1max =
2, 0 .
Com relação à divisão em incrementos de deslocamento, foram adotados 1000 passos, ou
seja, o deslocamento longitudinal da face x1 = L0 (ver figura 6.1) aumenta 0,001 em cada
incremento.
De acordo com as figuras 9.91 e 9.92, a evolução da tensão longitudinal de engenharia
(9.19.1) e a evolução do parâmetro de encruamento isotrópico (6.33), para a barra sob tração
uniaxial da figura 6.1, corroboram os resultados analíticos dados nesta seção, para as três
formulações utilizadas: a de Green-Naghdi, da seção 6.3; a hiperelastoplástica, da seção 6.4; e
a do programa EPIM3D, da seção 8.8. Para simulação com os códigos computacionais do
presente estudo, foram utilizados seis elementos finitos sólidos tetraédricos de aproximação
linear, e no programa EPIM3D foi utilizado um elemento hexaédrico de aproximação linear
(ver item 3.1).
Figura 9.91. Tensão longitudinal de engenharia (9.19.1) versus alongamento longitudinal para a barra
sob tração uniaxial da figura 6.1 com lei elástica linear (6.38 ou 8.18) e material elastoplástico
perfeito. As siglas SA, SN, GN, HEP e EP3 denotam, nesta ordem, a solução analítica, a simulação
numérica, a aproximação de Green-Naghdi (ver seção 6.3), a hiperelastoplasticidade (ver seção 6.4) e
o programa EPIM3D (ver seção 8.8). Neste caso, as expressões que definem as soluções analíticas
“SA (GN)”, “SA (HEP)” e “SA (EP3)” são dadas nas tabelas 9.58 e 9.59.
Tabela 9.58. Soluções analíticas, em termos da tensão longitudinal de engenharia (9.19.1), para a barra
da figura 6.1 sob alongamento longitudinal (9.24.2) crescente, com lei elástica linear e material
elastoplástico perfeito em regime de deformações elastoplásticas finitas.
GN 9.35 9.38
GN (κ=0) 9.33
A terceira situação analisada para a barra da figura 6.1 é aquela na qual o material
possui GF (ver item 7.1) das constantes de encruamento ao longo da direção x 2 , e as
deformações elásticas são pequenas. O motivo da presente análise é a verificação numérica
das equações descritas nos itens 8.8.7.1 e 8.8.7.2 desta tese. Foi adotada, aqui, apenas a
formulação hiperelastoplástica da seção 6.4. Para modelar o comportamento plástico do
material, foram empregadas quatro leis de encruamento: elastoplástico perfeito (7.13) com GF
do único coeficiente não nulo a 0 ; lei de Swift (7.14), com GF do coeficiente K apenas; lei de
Voce (7.15), com GF do coeficiente σ0 apenas; e lei de Prager (7.16), com GF do coeficiente
Tabela 9.60. Valores limites dos coeficientes de encruamento da barra sob tração uniaxial do item
9.2.3.3.
a01 = 20,0
Elastoplástico perfeito 7.13
a02 = 100,0
K1 = 500,0
K2 = 1000,0
Swift 7.14
E0 = 0,001
n = 0,25
σ01 = 20,0
σ02 = 200,0
Voce 7.15
σsat = 500,0
Cy = 1,50
a0 = 20,0
c2 = 500,0
F1 1 500
σ1eng ( SW ) = 0, 001 + ln ( λ1 )
0,25
= 1000 − (9.45.2)
A0 λ1 1+ p
F 1 180 ( −1,5ln λ1 )
σ1eng ( VC ) = 1 = 200 − e + 500 1 − e( −1,5ln λ1 ) (9.45.3)
A0 λ1 1+ p
F 1 3 400
σ1eng ( PR ) = 1 = 20 + ln ( λ1 ) 500 − (9.45.4)
A0 λ1 2 1 + p
Figura 9.93. Malhas de tetraedros utilizadas para simulação numérica da barra sob tração uniaxial do
item 9.2.3.3.
Conforme as figuras 9.94, 9.95, 9.96 e 9.97, os resultados obtidos a partir das
simulações numéricas estão de acordo com as respectivas soluções analíticas descritas em
(9.45). Ademais, pode-se notar, em tais figuras, que o aumento do coeficiente de GF p faz
com que o material se torne mais rígido, para as quatro leis de encruamento adotadas.
Figura 9.94. Tensão longitudinal de engenharia (9.19.1) versus alongamento longitudinal (9.24.2) para
a barra do item 9.2.3.3 com material elastoplástico perfeito com GF (ver expressão 7.13). O
coeficiente p é o coeficiente de GF de potência (7.4). As siglas SA e SN denotam, nesta ordem, a
solução analítica (9.45.1) e a simulação numérica.
Figura 9.95. Tensão longitudinal de engenharia (9.19.1) versus alongamento longitudinal (9.24.2) para
a barra do item 9.2.3.3 com lei de Swift com GF (ver expressão 7.14). O coeficiente p é o coeficiente
de GF de potência (7.4). As siglas SA e SN denotam, nesta ordem, a solução analítica (9.45.2) e a
simulação numérica.
Figura 9.96. Tensão longitudinal de engenharia (9.19.1) versus alongamento longitudinal (9.24.2) para
a barra do item 9.2.3.3 com lei de Voce com GF (ver expressão 7.15). O coeficiente p é o coeficiente
de GF de potência (7.4). As siglas SA e SN denotam, nesta ordem, a solução analítica (9.45.3) e a
simulação numérica.
Figura 9.97. Tensão longitudinal de engenharia (9.19.1) versus alongamento longitudinal (9.24.2) para
a barra do item 9.2.3.3 com lei de Prager com GF (ver expressão 7.16). O coeficiente p é o
coeficiente de GF de potência (7.4). As siglas SA e SN denotam, nesta ordem, a solução analítica
(9.45.4) e a simulação numérica.
9.2.3.4. Material elastoplástico perfeito com GF do módulo de Young sob grandes
deformações elastoplásticas
E2 = 2, 777778 (9.46.2)
ν =0,1 (9.46.3)
a 0 = 100, 0 (9.46.4)
2, 777778
2
(
λ LP 4 − λ=
LP )
2
100, 0 ⇒=
λ LP 3, 0 (9.47.2)
elástico. Já para alongamentos 2, 0 < λ1 < 3, 0 , parte do material está em regime elástico e
parte está em regime elastoplástico. Por fim, para alongamentos λ1 > 3, 0 , todo o material está
em regime elastoplástico.
Com relação à simulação numérica, foram utilizados 1000 incrementos de
deslocamento na face x1 = L0 (ver figura 6.1) até atingir um alongamento longitudinal
λ1 =5, 0 , uniforme em toda a barra. As malhas de elementos finitos são mostradas na figura
9.93. A lei de GF empregada aqui é a lei de potência (7.4), e os valores adotados para o
coeficiente p são: 0,0; 0,20; 1,0; 5,0; e infinito.
Na fase elástica ( λ1 < λ LE ), de acordo com a equação (7.32) e os coeficientes (9.46), a
tensão longitudinal de engenharia (9.19.1) é:
13,888889
σ1eng=
1 3
( )
λ1 − λ1 2, 777778 +
1+ p
(9.48)
2
onde p é o coeficiente de GF. Já na fase elastoplástica ( λ LE < λ1 < λ LP ), conforme as
expressões (7.33), (7.34) e (7.35), e os coeficientes (9.46), a coordenada limite X2 e a tensão
longitudinal de engenharia (9.19.1) são, respectivamente:
1
1 200, 0 p
=X2 b0 4 − 2, 777778 (9.49.1)
13,888889 λ1 − λ1
2
( ) ( )
EL EP
σ1eng = σ1eng + σ1eng (9.49.2)
13,888889 X2
p
( )
1 X2 3
( )
EL
σ=
eng
λ1 − λ1 2, 777778 + (9.49.3)
1 + p b0
1
2 b0
1 − X2
b0
(σ ) 100, 0
EP
eng
= (9.49.4)
λ1
1
Nessa fase, o material está em regime elástico para os pontos com coordenada 0 ≤ x 2 < X2 , e
em regime elastoplástico para X2 < x 2 ≤ b0 . Por último, na fase plástica ( λ1 > λ LP ), a tensão
longitudinal de engenharia (9.19.1) é (ver expressões 7.37 e 9.46):
100, 0
σ1eng = (9.50)
λ1
As simulações numéricas realizadas estão de acordo com as respectivas soluções
analíticas para os casos homogêneos e com GF (ver figura 9.98). Para os casos homogêneos,
são ilustradas, nas figuras 9.99 e 9.100, a evolução dos alongamentos longitudinais total,
elástico e plástico (ver expressões 6.94), e da tensão longitudinal elástica de Mandel (ver
expressões 6.98). As distribuições finais do parâmetro de encruamento isotrópico κ
(6.111.2), ao longo da coordenada x 2 (ver figura 6.1), são mostradas na figura 9.101.
Figura 9.98. Tensão longitudinal de engenharia (9.19.1) versus alongamento longitudinal (9.24.2) para
a barra do item 9.2.3.4: material elastoplástico perfeito com GF do módulo de Young (ver coeficientes
9.46). O coeficiente p é o coeficiente de GF de potência (7.4). As siglas SA e SN denotam, nesta
ordem, a solução analítica (ver equações 9.48, 9.49 e 9.50) e a simulação numérica.
Figura 9.99. Evolução de algumas variáveis para a barra homogênea do item 9.2.3.4 ( p → 0, 0 ou
E = 16, 666667 ): (a) alongamentos longitudinais total, elástico e plástico (ver expressões 6.94); (b)
tensão longitudinal elástica de Mandel (ver expressões 6.98).
Figura 9.100. Evolução de algumas variáveis para a barra homogênea do item 9.2.3.4 ( p → inf ou
E = 2, 777778 ): (a) alongamentos longitudinais total, elástico e plástico (ver expressões 6.94); (b)
tensão longitudinal elástica de Mandel (ver expressões 6.98).
No quinto caso da barra sob tração uniaxial da figura 6.1, foi adotada GF de potência
(7.4), apenas, da constante K da lei de Swift (ver equação 7.14). Os coeficientes utilizados na
simulação numérica do presente caso são:
E = 100, 0 (9.51.1)
ν =0, 05 (9.51.2)
K1 = 297,38566784 (9.51.3)
K 2 = 1268,84551613 (9.51.4)
E 0 = 0, 05 (9.51.5)
n = 0, 25 (9.51.6)
Com os coeficientes (9.51), os limites elástico e plástico são, respectivamente (ver equações
7.27 e 7.28):
100, 0
=
2
( )
λ LE 4 − λ LE 2 297,38566784
= ( 0, 05) ⇒ λ LE 1,50
0,25
(9.52.1)
100, 0
=
2
( )
λ LE 4 − λ LE 2 1268,84551613
= ( 0, 05) ⇒ λ LP 2, 0
0,25
(9.52.2)
Ademais, na fase elastoplástica ( λ LE < λ1 < λ LP ), de acordo com os coeficientes (9.51) e com
a expressão (7.46), a coordenada limite X2 é:
1
50, 0 p
=X2 b0 ( )
λ14 − λ12 − 1268,84551613
1
(9.53)
[ -971,45984829]
0,25
0, 05
onde p é o coeficiente de GF de potência (7.4). Nessa fase, analogamente ao caso anterior, os
pontos materiais com coordenada x 2 < X2 estão em regime elástico, e os pontos com
Figura 9.102. Tensão longitudinal de engenharia (9.19.1) versus alongamento longitudinal total
(9.24.2) para a barra do item 9.2.3.5: material com encruamento isotrópico e com GF da constante K
da lei de Swift (6.50). A letra p se refere ao coeficiente de GF de potência (7.4). Estes resultados
foram obtidos a partir das simulações numéricas.
Figura 9.103. Evolução dos alongamentos longitudinais total, elástico e plástico (ver expressões 6.94)
para a barra homogênea do item 9.2.3.5. A letra p se refere ao coeficiente de GF de potência (7.4).
Figura 9.104. Tensão longitudinal elástica de Mandel (ver expressões 6.98) versus alongamento
longitudinal total (9.24.2) para a barra homogênea do item 9.2.3.5. A letra p se refere ao coeficiente
de GF de potência (7.4).
Figura 9.105. Distribuição do parâmetro de encruamento isotrópico κ (6.111.2), ao longo do eixo x 2
(ver figura 6.1), para a barra do item 9.2.3.5: (a) passo 350 ( λ1 =1, 70 ); (b) passo 450 ( λ1 =1,90 ). A
letra p se refere ao coeficiente de GF de potência (7.4). A coordenada limite X2 é calculada via
equação (9.53) para os casos com GF.
Figura 9.106. Distribuição da função escalar que define o critério de plastificação Φ (6.110.3), ao
longo do eixo x 2 (ver figura 6.1), para a barra do item 9.2.3.5: (a) passo 350 ( λ1 =1, 70 ); (b) passo
450 ( λ1 =1,90 ). A letra p se refere ao coeficiente de GF de potência (7.4). A coordenada limite X2
é calculada via equação (9.53) para os casos com GF.
9.2.3.6. Material homogêneo com encruamento cinemático não linear sob grandes
deformações elastoplásticas
c = 1900, 0 (9.54.4)
b = 8,5 (9.54.5)
Figura 9.107. Tensão longitudinal de Cauchy (ver figura 6.1) versus alongamento longitudinal total
(9.24.2) para a barra do item 9.2.3.6: material homogêneo com lei hiperelástica neo-Hookeana (5.5) e
lei de encruamento cinemático de Armstrong-Frederick (6.56). Na legenda, as siglas GN, HEP e REF
denotam, nesta ordem, a formulação de Green-Naghdi da seção 6.3, a formulação hiperelastoplástica
da seção 6.4, e a referência Dettmer e Reese (2004).
Figura 9.108. Tensão inversa X11 , definida na configuração inicial (ver figura 3.3 e equação 6.30),
para a barra sob alongamento longitudinal do item 9.2.3.6: (a) λ1 =1,50 ; (b) λ1 =1, 0 ; (c)
λ1 =0, 75 ; (d) λ1 =1, 0 .
Para a primeira barra sob compressão uniaxial, as constantes do material são dadas em
(9.23). A malha possui seis tetraedros (ver figura 9.93), e a simulação numérica é realizada
com controle de deslocamento. O comprimento da barra é reduzido pela metade em 100
passos, o que equivale a dizer que o alongamento longitudinal decresce de 1,0 até 0,50 com
incrementos de 0,005. Para analisar numericamente este exemplo, foram empregadas três
formulações: a de Green-Naghdi, da seção 6.3; a hiperelastoplástica, da seção 6.4; e o
programa EPIM3D, do item 8.8.
De acordo com a figura 9.109, os resultados numéricos obtidos com a formulação
hiperelastoplástica e com o programa EPIM3D são praticamente os mesmos, e a formulação
de Green-Naghdi apresenta grandes discrepâncias exceto para deformações muito pequenas
( λ1 ≈ 1 ).
Figura 9.109. Força longitudinal versus alongamento longitudinal (9.24.2) para a barra homogênea da
figura 6.1 sob compressão uniaxial. Na legenda, as siglas GN, HEP e EP3 denotam, respectivamente, a
formulação de Green-Naghdi da seção 6.3, a hiperelastoplasticidade da seção 6.4, e o programa
EPIM3D do item 8.8.
Para o segundo caso da barra da figura 6.1 sob compressão uniaxial, foi adotada a lei
hiperelástica linear (5.2) e a lei de encruamento isotrópico de Voce (6.51). O material possui
GF, ao longo do eixo x 2 , dos coeficientes de encruamento isotrópico. Os valores limites de
tais coeficientes são dados a seguir (ver equação 7.15):
( σ0 )1 =
123, 6 (9.55.1)
( σsat )1 =
370,9 (9.55.2)
( CY )1 = 10,8 (9.55.3)
( σ0 )2 =
330,3 (9.55.4)
( σsat )2 =
846, 7 (9.55.5)
( CY )2 = 16,3 (9.55.6)
onde os limites com índice 1, referentes aos pontos materiais com coordenada x 2 = b0 ,
correspondem ao aço doce DC06; e os limites com índice 2, referentes aos pontos materiais
com coordenada x 2 = 0 , correspondem ao aço de dupla fase DP600 (OLIVEIRA; ALVES;
CHAPARRO; MENEZES, 2007). Neste caso, a GF é definida pela lei sigmoidal (7.5), e os
valores adotados para o coeficiente s são: 0,0; 1/3; 1,0; 3,0; e infinito. As malhas de
elementos tetraédricos são mostradas na figura 9.93. A simulação numérica foi feita via
controle de deslocamento, com 100 incrementos, até reduzir o comprimento da barra pela
metade. Para analisar este exemplo, apenas o código computacional com a formulação
hiperelastoplástica (ver seção 6.4) foi utilizado.
Conforme a figura 9.110, o caso homogêneo s → 0, 0 é mais flexível do que o caso
homogêneo s → ∞ , e o valor do coeficiente s , para os casos com GF, não altera
significativamente os valores de força aplicada. Ademais, a distribuição final do parâmetro de
encruamento isotrópico κ (6.111.2) segue a distribuição dos valores dos coeficientes de
encruamento isotrópico (ver figura 9.111).
Figura 9.110. Força longitudinal versus alongamento longitudinal (9.24.2) para a barra sob
compressão uniaxial do item 9.2.4.2. A letra s se refere ao coeficiente de GF sigmoidal (7.5).
Figura 9.111. Distribuição final do parâmetro de encruamento isotrópico κ (6.111.2) para a barra da
figura 6.1 sob compressão uniaxial do item 9.2.4.2. A letra s se refere ao coeficiente de GF sigmoidal
(7.5).
O prisma sob cisalhamento simples (ver figura 9.10 e equações 9.4) é simulado aqui
em regime elastoplástico. Para isso, dois casos com material homogêneo são analisados:
material com a lei hiperelástica linear (5.2) e a lei de encruamento isotrópico de Swift (6.50);
e material com a lei hiperelástica neo-Hookeana (5.5) e com a lei de encruamento cinemático
de Armstrong-Frederick (6.56).
9.2.5.1. Material homogêneo com lei hiperelástica linear e lei de Swift
γ tan (=
avança até= θ ) 10, 0 . Assim como nas simulações numéricas do item 9.1.1, a malha
de elementos finitos empregada aqui também possui seis tetraedros de aproximação linear.
Conforme as figuras 9.112 e 9.113, mais uma vez a formulação hiperelastoplástica
está de acordo com o programa EPIM3D, e a formulação de Green-Naghdi fornece grandes
discrepâncias exceto para deformações muito pequenas. Na figura 9.112, a razão pela qual os
dados são interrompidos na formulação de Green-Naghdi é que os valores resultantes de força
aplicada se tornam muito elevados, o que dificulta a comparação entre as outras duas
formulações.
Figura 9.112. Força cisalhante aplicada (9.5.1) versus quantidade de cisalhamento (9.5.2) para o
prisma sob cisalhamento simples do item 9.2.5.1. Na legenda, as siglas GN, HEP e EP3 denotam,
respectivamente, a formulação de Green-Naghdi da seção 6.3, a hiperelastoplasticidade da seção 6.4, e
o programa EPIM3D do item 8.8.
Figura 9.113. Parâmetro de encruamento isotrópico (6.33) ou (8.24) versus quantidade de
cisalhamento (9.5.2) para o prisma sob cisalhamento simples do item 9.2.5.1. Na legenda, as siglas
GN, HEP e EP3 denotam, respectivamente, a formulação de Green-Naghdi da seção 6.3, a
hiperelastoplasticidade da seção 6.4, e o programa EPIM3D do item 8.8.
Para o segundo exemplo do prisma sob cisalhamento simples da figura 9.10 em regime
elastoplástico, apenas a formulação hiperelastoplástica (ver seção 6.4) é empregada. O
material utilizado é um polímero vítreo (PET ou polietileno tereftalato orientado), cujos
coeficientes são (DETTMER; REESE, 2004):
µ =80, 0 (9.56.1)
k = 320, 0 (9.56.2)
a 0 = 35, 0 (9.56.3)
c = 100, 0 (9.56.4)
b = 2, 7 (9.56.5)
onde µ e k são as constantes da lei hiperelástica neo-Hookeana (5.5); a constante a 0 é o
Figura 9.114. Tensão cisalhante de Cauchy σ12 = t1 (ver figura 9.10) versus quantidade de
cisalhamento γ (9.5.2) para o prisma sob cisalhamento simples do item 9.2.5.2. As siglas HEP e REF
denotam, respectivamente, os resultados numéricos deste estudo com a formulação hiperelastoplástica
da seção 6.4, e os dados numéricos da referência Dettmer e Reese (2004).
Figura 9.115. Tensão inversa X12 , definida na configuração inicial (ver figura 3.3 e equação 6.30),
para o prisma sob cisalhamento simples do item 9.2.5.2: (a) γ =4, 0 (passo 200); (b) γ =0, 0 (passo
400); (c) γ = −2, 0 (passo 500); (d) γ =0, 0 (passo 600). A variável γ é a quantidade de
cisalhamento (9.5.2).
eixo x 3 , apenas uma metade da viga é discretizada. A malha base (ver Apêndice F) é a malha
número 4 da figura 9.14, e o refinamento em termos do número de elementos finitos é
realizado ao longo da direção longitudinal, conforme o item 9.1.6.1. Com relação à lei
constitutiva, são adotados os coeficientes (9.23), e é utilizada apenas a formulação
hiperelastoplástica da seção 6.4.
De acordo com a análise de convergência da figura 9.116, o refinamento da malha em
termos do número de elementos finitos tetraédricos e em termos da ordem de aproximação
melhora a precisão dos resultados, já que a rigidez excessiva da malha é eliminada com o
refinamento e, assim, os deslocamentos das malhas mais refinadas são maiores (ver último
parágrafo do item 9.1.3).
Figura 9.116. Força aplicada versus deslocamento do ponto central da face da extremidade livre da
viga em balanço do item 9.2.6. Na legenda os valores correspondem, respectivamente, ao número de
nós, à quantidade de elementos finitos sólidos tetraédricos, e à ordem de aproximação polinomial dos
tetraedros (ver item 3.1).
da aresta com coordenadas x1 = 10, 0 e x 2 = 1, 0 (ver figura 9.14) avança até 4,0 em 800
incrementos. Os graus de liberdade restritos são os mesmos do exemplo anterior, e apenas
uma metade da viga é discretizada devido à simetria em relação ao eixo x 3 . O material é o
aço doce DC06 cujos coeficientes são (OLIVEIRA; ALVES; CHAPARRO; MENEZES,
2007):
E = 206000, 0 (9.57.1)
ν =0,30 (9.57.2)
K = 529,5 (9.57.3)
E 0 = 0, 0043889446 (9.57.4)
n = 0, 2680 (9.57.5)
Para simular numericamente este problema estrutural, foram empregados três códigos
computacionais: aquele com a formulação de Green-Naghdi, da seção 6.3; aquele com a
formulação hiperelastoplástica, da seção 6.4; e o programa EPIM3D, da seção 8.8. Nos dois
primeiros casos, é utilizada a malha base 4 da figura 9.14 com divisão dos três hexaedros em
seis tetraedros, o que resulta em 18 elementos finitos sólidos tetraédricos. Além disso, ordem
de aproximação é variável (de um a quatro). Já no programa EPIM3D, são utilizados três
elementos finitos hexaédricos de ordem linear com integração reduzida seletiva (MALKUS;
HUGHES, 1978a; MALKUS; HUGHES, 1978b). O objetivo aqui é comparar as três
formulações elastoplásticas para problemas estruturais com grandes deslocamentos e
pequenas deformações.
As seguintes conclusões podem ser tiradas a partir da figura 9.117: as malhas de
elementos lineares apresentam grande travamento, devido à excessiva rigidez resultante; os
valores da força aplicada, quando se compara as formulações de Green-Naghdi e a
hiperelastoplástica, são bastante diferentes para as malhas lineares, são próximos para as
malhas quadráticas, e são praticamente os mesmos para as malhas cúbica e do quarto grau.
Ademais, de acordo com a figura 9.118, as distribuições finais do parâmetro de encruamento
isotrópico κ , obtidas com as formulações de Green-Naghdi e hiperelastoplástica, são
praticamente as mesmas para as malhas do quarto grau. Assim sendo, para pequenas
deformações, as duas formulações supracitadas parecem ser equivalentes. Por fim, os
resultados numéricos obtidos com o programa EPIM3D estão de acordo com as simulações
numéricas com os elementos tetraédricos (ver figura 9.119).
Figura 9.117. Força aplicada versus deslocamento transversal da viga em balanço do item 9.2.7. Na
legenda, as palavras se referem à ordem de aproximação polinomial dos elementos finitos tetraédricos,
e as siglas GN e HEP correspondem às formulações de Green-Naghdi (seção 6.3) e hiperelastoplástica
(seção 6.4).
Figura 9.118. Distribuição final do parâmetro de encruamento isotrópico κ (6.33) para a viga em
balanço do item 9.2.7: (a) formulação hiperelastoplástica; (b) formulação de Green-Naghdi. Estes
resultados numéricos foram obtidos a partir da malha com 18 elementos finitos tetraédricos do quarto
grau.
Figura 9.119. Força aplicada versus deslocamento transversal da viga em balanço do item 9.2.7. Na
legenda, as palavras se referem à ordem de aproximação polinomial dos elementos finitos tetraédricos,
e as siglas HEP e EP3 correspondem, nesta ordem, aos resultados numéricos obtidos com a
formulação hiperelastoplástica (seção 6.4) e com o programa EPIM3D (seção 8.8).
O mesmo bloco do item 9.1.9.1 (ver figura 9.76) é analisado aqui em regime
elastoplástico via controle de carga. Neste caso, contudo, o material é o polímero vítreo do
item 9.2.5.2 (ver coeficientes 9.56), a malha base (ver Apêndice F) é mostrada na figura
9.120, e a carga superficial evolui da seguinte forma:
- etapa 1 (100 passos): carga decresce até -88,0;
- etapa 2 (200 passos): carga cresce até 88,0;
- etapa 3 (100 passos): carga decresce até 0,0.
Devido à simetria em relação aos planos x 2 = 10, 0 e x 3 = 10, 0 , apenas um quarto do bloco é
discretizado. Cada um dos quatro hexaedros da malha base da figura 9.120 é dividido em seis
tetraedros, o que resulta em 24 elementos finitos sólidos tetraédricos. A ordem de
aproximação é variável (de um a quatro). Para simular numericamente este exemplo, é
empregada apenas a formulação hiperelastoplástica da seção 6.4.
Figura 9.120. Malha base do bloco parcialmente carregado do item 9.2.8.
Figura 9.121. Carga superficial aplicada versus deslocamento do ponto A na direção x1 (ver figura
9.120) para o bloco parcialmente carregado em regime elastoplástico. As palavras na legenda
correspondem à ordem de aproximação polinomial dos elementos finitos sólidos tetraédricos.
Figura 9.122. Deslocamentos ao longo de x1 para o bloco parcialmente carregado em regime
elastoplástico (ver figura 9.120) ao final do passo: (a) 100 ( p1 = −88, 0 ); (b) 200 ( p1 = 0, 0 ); (c) 300
( p1 = 88, 0 ); (d) 400 ( p1 = 0, 0 ). Estes resultados numéricos foram obtidos a partir da malha com 24
elementos tetraédricos do quarto grau.
n = 0,1870 (9.58.5)
Para analisar este exemplo com a formulação hiperelastoplástica da seção 6.4, foram
empregadas as mesmas malhas de elementos finitos do item 9.2.8. Este problema estrutural
também foi simulado numericamente com o programa DD3IMP (ver seção 8.8). Para isso, foi
necessário, além de especificar a malha de elementos hexaédricos lineares, definir a geometria
da ferramenta que realiza a compressão (ver figura 9.123). No programa DD3IMP, assume-se
que tal ferramenta possui uma rigidez infinita, isto é, a ferramenta não se deforma. As
imagens das malhas foram geradas com o programa GID, utilizado pelo aluno durante seu
estágio de Doutorado na Universidade de Coimbra. Os resultados numéricos do programa
com a formulação hiperelastoplástica da seção 6.4 estão de acordo com os resultados do
programa DD3IMP da seção 8.8 (ver figura 9.124). Na figura 9.125, são mostradas as
distribuições do parâmetro de encruamento isotrópico κ , para as malhas mais refinadas, ao
final do passo 100, isto é, para um deslocamento na direção x1 igual a -5,0. Nessa figura,
Figura 9.123. Geometria da ferramenta e malhas de elementos finitos hexaédricos lineares para
simulação da indentação do bloco com o programa DD3IMP.
Figura 9.124. Força total aplicada versus deslocamento do ponto A na direção x1 (ver figura 9.120)
para o bloco sob indentação em regime elastoplástico: (a) todas as malhas; (b) malhas mais refinadas.
Na legenda, as palavras denotam a ordem de aproximação dos elementos tetraédricos para simulação
com a hiperelastoplasticidade (HEP) da seção 6.4, e os números representam a quantidade de
hexaedros lineares para simulação com o programa DD3IMP (DD3) da seção 8.8.
Figura 9.125. Distribuição do parâmetro de encruamento isotrópico κ (6.33) ou (8.24) para as malhas
mais refinadas do bloco sob indentação da figura 9.123, ao final do passo 100 (deslocamento na
direção x1 igual a -5,0): (a) 24 elementos tetraédricos do quarto grau (programa com a formulação
hiperelastoplástica deste estudo); (b) 128 elementos hexaédricos lineares (programa DD3IMP).
Figura 9.126. Chapa com orifício circular tracionada (geometria, lei constitutiva, condições de
contorno e malha base). A parte hachurada representa a parte discretizada da chapa.
Figura 9.128. Posição de equilíbrio final da chapa da figura 9.125. Os valores correspondem aos
deslocamentos finais na direção do eixo: (a) x1 ; (a) x 2 ; (a) x 3 . Estes resultados numéricos foram
obtidos a partir da malha com 78 elementos finitos tetraédricos de ordem cúbica.
9.2.11. Achatamento de cilindro
Figura 9.129. Achatamento de cilindro (geometria, lei constitutiva e condições de contorno). As linhas
tracejadas denotam a parte discretizada do cilindro.
Figura 9.131. Configuração inicial e deslocamentos verticais finais para o cilindro da figura 9.129.
Estes resultados numéricos foram obtidos com a malha de 78 tetraedros do quarto grau.
9.2.12. Achatamento de prisma
Figura 9.132. Achatamento de prisma (geometria, condições de contorno e lei constitutiva). A parte
hachurada denota a parte do prisma com deslocamento prescrito, ou seja, é a parte que entra em
contato com a ferramenta de compressão.
Figura 9.133. Malhas de elementos hexaédricos utilizadas no programa DD3IMP (ver seção 8.8), e
distribuições finais do parâmetro de encruamento isotrópico κ (8.24).
Figura 9.134. Força aplicada versus deslocamento na direção x1 da face com coordenada x1 = 1, 0 do
prisma sob achatamento da figura 9.132. Na legenda, os números e a sigla Hex correspondem à
quantidade de elementos finitos sólidos hexaédricos lineares.
Conforme o item 8.6 desta tese, os códigos computacionais deste estudo foram
paralelizados (UKTU et al., 1982). Para mostrar a influência dessa paralelização no tempo de
simulação numérica, foram comparados os tempos de processamento para dois problemas
estruturais. O primeiro é a viga em balanço da figura 9.20 em regime elástico. O segundo
problema é a barra sob tração uniaxial da figura 6.1 em regime elastoplástico. O material
dessa barra é o aço doce DC06 (ver coeficientes 9.57), e o comprimento dela é duplicado em
1000 incrementos. Para a comparação dos tempos de processamento, foi utilizado o chamado
“speedup” (RAO; RAO; DATTAGURU, 2003):
TPSEQ
SU = (9.59)
TPPAR
onde TPSEQ e TPPAR são, respectivamente, os tempos da simulação numérica com os códigos
Figura 9.135. Comparação entre as estratégias sequencial e paralela para a viga em balanço em regime
elástico: (a) deslocamento final u 3 do ponto A (ver figura 9.20); (b) tempo de simulação numérica
(em segundos); (c) “speedup” (9.59).
Figura 9.136. Comparação entre as estratégias sequencial e paralela para a barra sob tração uniaxial
em regime elastoplástico: (a) força longitudinal final aplicada (ver figura 6.1); (b) tempo de simulação
numérica (em segundos); (c) “speedup” (9.59).
10. CONCLUSÕES
Neste último capítulo, são feitos alguns comentários gerais sobre o trabalho, e são
descritas as conclusões do presente estudo tiradas, principalmente, dos resultados numéricos
do capítulo 9.
Neste estudo, é descrita uma formulação numérica para simulação computacional, via
Método dos Elementos Finitos (MEF), de estruturas constituídas de materiais homogêneos ou
heterogêneos com gradação funcional (GF) em regime elástico ou elastoplástico, com
deslocamentos finitos e com deformações pequenas ou grandes. Além disso, os objetivos
deste estudo, descritos no item 1.2, foram alcançados.
10.4. Hiperelasticidade
Para modelar a resposta elástica dos materiais, foram empregadas aqui leis
constitutivas hiperelásticas, cujas equações foram descritas pelo aluno em sua dissertação de
mestrado. Assim, não foi necessário desenvolver novamente os cálculos da tensão e do tensor
elástico de quarta ordem. Tais cálculos, implementados em sub-rotinas do código
computacional desenvolvido pelo aluno no mestrado, foram aproveitados neste estudo.
10.5. Elastoplasticidade
10.6. GF
Neste estudo é utilizado o conceito da GF, a qual pode ser definida como a variação
gradual (contínua e suave) da composição do material e, portanto, de suas propriedades
constitutivas. Além disso, leis de GF são empregadas aqui para definir a variação gradual dos
coeficientes da lei constitutiva do material ao longo de uma das três direções. Para simular
numericamente estruturas constituídas de materiais com GF, como o cálculo das forças
internas e das matrizes Hessianas é realizado via integração numérica, é necessário calcular os
coeficientes com GF do material em cada ponto de integração. Esse cálculo, feito de forma
analítica, está armazenado em sub-rotinas dos códigos computacionais desenvolvidos. Para o
caso da barra sob tração uniaxial, são dadas no item 7.5 algumas equações e soluções
analíticas para o caso de materiais com GF.
A partir dos resultados das simulações numéricas, dados no capítulo 9, podem ser
tiradas as seguintes conclusões:
- para os casos de deformação uniforme (como a tração uniaxial, a compressão uniaxial e o
cisalhamento simples), os resultados numéricos deste estudo estão de acordo com as
respectivas soluções analíticas e com os respectivos dados experimentais;
- para o elemento finito tetraédrico, a quadratura Gaussiana é mais eficiente do que a
estratégia de integração numérica de Rathod, Venkatesudu e Nagaraja (2007), já que a
primeira fornece praticamente os mesmos resultados com menor número de pontos de
integração;
- para o caso da tração uniaxial, é mostrada no item 9.1.5 a influência dos coeficientes de GF
no comportamento da barra, em termos do gráfico força versus deslocamento e da distribuição
da tensão e da deformação longitudinais;
- embora o elemento finito da presente formulação numérica seja sólido (tridimensional), o
refinamento da malha de elementos melhora a precisão dos resultados para problemas
estruturais de pórticos planos e de vigas tridimensionais com grandes deslocamentos;
- para os problemas estruturais dos dois itens anteriores com materiais em regime elástico, é
mais eficiente refinar a malha na direção longitudinal do que refiná-la na transversal;
- os códigos computacionais desenvolvidos aqui também podem ser empregados para simular
numericamente problemas estruturais com chapas e cascas finais, como é caso da membrana
de Cook e do cilindro transversalmente tracionado; a única ressalva a isso é o elevado número
de graus de liberdade necessário para a correta simulação numérica;
- para análise de materiais em regime elastoplástico, a estratégia de previsão elastoplástica,
com cálculo do operador tangente elastoplástico de quarta ordem, melhora a convergência do
método de Newton-Raphson para obtenção do equilíbrio de forças;
- para o caso da barra sob tração uniaxial, não foram constatadas diferenças significativas
entre os métodos de retorno explícito e implícito, desde que os incrementos de força (ou de
deslocamento) sejam pequenos;
- os resultados numéricos deste estudo corroboram as equações e soluções analíticas para
vários casos da barra sob tração uniaxial em regime elastoplástico e constituída de material
homogêneo e com GF;
- as simulações numéricas da viga em balanço em regime elastoplástico indicam que as
formulações de Green-Naghdi e a hiperelastoplástica são equivalentes para problemas
estruturais com grandes deslocamentos e pequenas deformações;
- para o regime de pequenas deformações elásticas, os resultados numéricos deste estudo
estão de acordo com os resultados numéricos dos programas EPIM3D e DD3IMP;
- foram constatados ganhos significativos, em relação aos tempos de simulação, com a
paralelização dos códigos computacionais; esse ganho, contudo, é maior para análise de
materiais em regime elástico;
- a convergência dos resultados com o refinamento da malha de elementos finitos é clara para
as simulações numéricas de estruturas em regime elástico; já para simulação de materiais em
regime elastoplástico, é necessário refinar as malhas utilizadas para se obter uma melhor
convergência dos resultados, o que demanda um tempo de processamento muito grande.
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Número de
i gl (i) wgl (i)
Pontos
1 1 0.500000000000000 1.000000000000000
1 0.211324865405187 0.500000000000000
2
2 0.788675134594813 0.500000000000000
1 0.112701665379258 0.277777777777776
3 2 0.500000000000000 0.444444444444444
3 0.887298334620742 0.277777777777776
1 0.069431844202974 0.173927422568724
2 0.330009478207572 0.326072577431273
4
3 0.669990521792428 0.326072577431273
4 0.930568155797026 0.173927422568724
1 0.046910077030668 0.118463442528091
2 0.230765344947158 0.239314335249683
5 3 0.500000000000000 0.284444444444444
4 0.769234655052841 0.239314335249683
5 0.953089922969332 0.118463442528091
1 0.033765242898424 0.085662246189581
2 0.169395306766868 0.180380786524069
3 0.380690406958402 0.233956967286345
6
4 0.619309593041598 0.233956967286345
5 0.830604693233132 0.180380786524069
6 0.966234757101576 0.085662246189581
1 0.025446043828621 0.064742483084431
2 0.129234407200303 0.139852695744638
3 0.297077424311301 0.190915025252560
7 4 0.500000000000000 0.208979591836735
5 0.702922575688699 0.190915025252560
6 0.870765592799697 0.139852695744638
7 0.974553956171379 0.064742483084431
1 0.019855071751232 0.050614268145185
2 0.101666761293187 0.111190517226687
3 0.237233795041836 0.156853322938944
4 0.408282678752175 0.181341891689181
8
5 0.591717321247825 0.181341891689181
6 0.762766204958164 0.156853322938944
7 0.898333238706813 0.111190517226687
8 0.980144928248768 0.050614268145185
ANEXO B
Quadratura Gaussiana para o Elemento Finito Sólido Tetraédrico (ver tabela 8.1)
Número
ξ1 (p) ξ2 (p) ξ3 (p) w (p)
de Pontos
(continua)
(continuação)
Número
ξ1 (p) ξ2 (p) ξ3 (p) w (p)
de Pontos
(continua)
(continuação)
Número
ξ1 (p) ξ2 (p) ξ3 (p) w (p)
de Pontos
(continua)
(continuação)
Número
ξ1 (p) ξ2 (p) ξ3 (p) w (p)
de Pontos
(continua)
(continuação)
Número
ξ1 (p) ξ2 (p) ξ3 (p) w (p)
de Pontos
(continua)
(conclusão)
Número
ξ1 (p) ξ2 (p) ξ3 (p) w (p)
de Pontos
O primeiro valor a ser determinado é o número de nós por elemento finito. No caso da
barra unidimensional (ZIENKIEWICZ; TAYLOR, 2005), esse valor, representado por nn , é
calculado da seguinte forma:
nn = 1 + gpa (A1)
onde gpa é o grau do polinômio aproximador do elemento unidimensional, ou seja, é o grau -
ou a ordem - das funções de forma (equações 3.1).
O segundo passo é adotar um padrão generalizado para numeração interna dos nós,
isto é, um padrão para numeração dos nós no elemento finito para qualquer ordem de
aproximação. O esquema de numeração interna dos nós, no caso da barra unidimensional, é
mostrado na figura A1.
Figura A1. Padrão de numeração interna dos nós ( ) para o elemento finito unidimensional. O valor
gpa é o grau do polinômio aproximador do elemento, e o eixo ξ representa a coordenada
adimensional em relação ao primeiro nó.
Após definir o padrão de numeração interna dos nós, devem ser calculadas as
coordenadas adimensionais dos nós, ou seja, as coordenadas em relação ao eixo ξ (ver figura
A1). Neste estudo foram adotadas as seguintes hipóteses: o primeiro nó (1) possui coordenada
adimensional ξ = 0 ; o último nó ( nn ) possui coordenada adimensional ξ = 1 ; os nós são
onde δ ki é o delta de Kronecker (HOLZAPFEL, 2004). O sistema (A4) pode ser escrito na
1 0 0
0 1 0
= (A5.1)
0 0 1
M coefξM = I (A5.2)
onde φk ξ ( i ) é o valor da função de forma k no nó i; e ξ k é a coordenada adimensional do
nó k. A matriz dos coeficientes das funções de forma pode ser determinada via equação
(A5.2), isto é:
M coefξ = ( M )
−1
(A6)
( vξ) = ( )
ξ i P
i −1
(A8)
Por fim, para cálculo das derivadas das funções de forma do elemento de barra em
relação à coordenada adimensional ξ (ver equações 3.15.2 e 3.15.3), deriva-se a equação
(A3) em relação a ξ :
∂φk ( ξ ) gpa −1
∂ξ
( ) ( ) (
= c1k + 2c k2 ξ + 3c3k ξ 2 + ... + gpa ⋅ cgpa
k
)
ξgpa −1= ∑ d ( ξ )
k
n
n
(A9)
n =0
∂φ
( ξ P ) ξ M coef
= d
⋅ vd (A11.1)
∂ξ
∂φ1 / ∂ξ
∂φ / ∂ξ
∂φ
2
= ∂φ3 / ∂ξ (A11.2)
∂ξ
∂φnn / ∂ξ
1
ξ
P
v dξ = ξ P 2 (A11.4)
gpa −1
ξ P
(1 + gpa )
2
nn= (A12)
{( ξ , ξ ) ∈
1 2
2
}
/ 0 ≤ ξ1 , ξ 2 ≤ 1 ; e os nós pertencentes à mesma reta são igualmente espaçados.
Com isso, as coordenadas dos nós são determinadas com o algoritmo computacional a seguir:
Ciclo i = 0, gpa
Ciclo j = 0, gpa
1 ( gpa + 1) i + j
k =+
j
ξ1 ( k ) = (A13)
gpa
i
ξ2 ( k ) =
gpa
Fim do ciclo j = 0, gpa
Fim do ciclo i = 0, gpa
A interpretação geométrica dos índices i e j do algoritmo acima é dada na figura A3.
Figura A3. Interpretação geométrica dos índices i e j do algoritmo A13. O valor gpa é o grau do
polinômio aproximador do elemento finito, e as linhas tracejadas passam pelos nós com mesmo índice
(i ou j).
Neste estudo todas as funções de forma do elemento finito quadrilateral são expressas,
para qualquer grau do polinômio aproximador ( gpa ), da seguinte maneira:
c(kgpa +1) ξ 2 + c(kgpa + 2) ξ1ξ2 + c(kgpa +3) ξ12 ξ 2 + ... + c(k2gpa +1) ξ1gpa ξ 2 +
c(k2gpa + 2) ξ 22 + c(k2gpa +3) ξ1ξ22 + c(k2gpa + 4) ξ12 ξ22 + ... + c(k3gpa + 2) ξ1gpa ξ 22 +
Ciclo i = 0, gpa
Ciclo j = 0, gpa
1 ( gpa + 1) i + j
k =+
Ciclo l = 1, nn
M ξ ( l, k ) =
ξ ( l )i ξ ( l ) j (A15.1)
1 2
Fim do ciclo l = 1, nn
Fim do ciclo j = 0, gpa
Fim do ciclo i = 0, gpa
M coefξ = ( M )
−1
(A15.2)
O vetor de potências adimensionais, necessário para cálculo das funções de forma via
equação (3.4) num ponto qualquer do elemento quadrilateral, é dado pelo seguinte algoritmo:
Ciclo i = 0, gpa
Ciclo j = 0, gpa
1 ( gpa + 1) i + j
k =+
(v ) ξ1 ( P ) ξ 2 ( P )
i j
ξ k = (A16)
quadrilateral.
Ao derivar a equação (A14) em relação às coordenadas adimensionais ξ1 e ξ 2 , é
possível determinar os coeficientes das derivadas das funções de forma com o algoritmo
computacional a seguir:
Ciclo l = 1, nn
m=0
=
Ciclo i 0, ( gpa − 1)
Ciclo j = 0, gpa
1 ( gpa + 1) i + j
k =+
m= m + 1
coef ( m ,=
M d1 l ) M coef ( k + gpa + 1, l )( i + 1)
=
Fim do ciclo i 0, ( gpa − 1)
m=0 (A17)
Ciclo i = 0, gpa
=j 0, ( gpa − 1)
Ciclo
1 ( gpa + 1) i + j
k =+
m= m + 1
M dcoef
2
(m
= , l ) M coef ( k + 1, l ) ⋅ ( j + 1)
=j 0, ( gpa − 1)
Fim do ciclo
∂φ1 / ∂ξ1
∂φ / ∂ξ
∂φ
2 1
= ∂φ3 / ∂ξ1 (A18.3)
∂ξ1
∂φnn / ∂ξ1
∂φ1 / ∂ξ 2
∂φ / ∂ξ
∂φ
2 2
= ∂φ3 / ∂ξ 2 (A18.4)
∂ξ1
∂φnn / ∂ξ 2
Para o elemento finito bidimensional triangular, o número de nós por elemento é dado
por:
1
nn = ( gpa + 1)( gpa + 2 ) (A19)
2
onde gpa é o grau do polinômio aproximador do elemento triangular.
O padrão generalizado para numeração interna dos nós do elemento triangular,
juntamente com os eixos de coordenadas adimensionais ξ1 e ξ 2 , é mostrado na figura A4.
Figura A4. Padrão de numeração interna dos nós ( ) para o elemento finito triangular. O valor gpa é
o grau do polinômio aproximador do elemento, os eixos ξ1 e ξ 2 representam a coordenadas
adimensionais em relação ao primeiro nó, e o asterisco ( * ) denota multiplicação.
{( ξ , ξ ) ∈
1 2
2
}
/ 0 ≤ ξ1 , ξ 2 , ξ1 + ξ 2 ≤ 1 ; e os nós pertencentes à mesma reta são igualmente
i ( i − 1)
k = i + j+
2
i − j +1
ξ1 = (A20)
gpa
j −1
ξ2 =
gpa
Fim do ciclo =j 1, i + 1
Fim do ciclo i = 0, gpa
A interpretação geométrica dos índices i e j no algoritmo acima é dada na figura A5.
Figura A5. Interpretação geométrica dos índices i e j do algoritmo A20. O valor gpa é o grau do
polinômio aproximador do elemento finito, e as linhas tracejadas passam pelos nós com mesmo índice
(i ou j).
Ciclo i = 0, gpa
Ciclo =j 1, i + 1
i ( i − 1)
k = i + j+
2
Ciclo l = 1, nn
M ξ ( l, k ) =
ξ ( l )i − j+1 ξ ( l ) j−1 (A22)
1 2
Fim do ciclo l = 1, nn
Fim do ciclo =j 1, i + 1
Fim do ciclo i = 0, gpa
i ( i − 1)
k = i + j+
2
(v )
ξ k
ξ ( P )i − j+1 ξ ( P ) j−1
=
1 2
(A23)
Fim do ciclo =j 1, i + 1
Fim do ciclo i = 0, gpa
triangular.
O cálculo generalizado dos coeficientes das derivadas das funções de forma do
elemento triangular, em relação às coordenadas adimensionais, é realizado com o seguinte
algoritmo computacional:
Ciclo l = 1, nn
=
Ciclo i 0, ( gpa − 1)
Ciclo =j 1, i + 1
i ( i − 1)
k = i + j+
2
M d1 ( k , l ) M coef ( k + i + 1, l ) ⋅ ( i − j + 2 )
coef = (A24)
M dcoef
2
( k , l ) M coef ( k + i + 2, l ) ⋅ ( j)
=
Fim do ciclo =j 1, i + 1
=
Fim do ciclo i 0, ( gpa − 1)
Fim do ciclo l = 1, nn
(1 + gpa )
3
nn= (A25)
Figura A6. Padrão de numeração interna dos nós ( ) para o elemento finito hexaédrico de
aproximação quadrática. Os eixos ξ1 , ξ 2 e ξ3 representam a coordenadas adimensionais em relação
ao primeiro nó, e as linhas tracejadas indicam os planos, definidos à direita da figura, cuja intersecção
é o nó 14.
{( ξ , ξ , ξ ) ∈
1 2 3
3
}
/ 0 ≤ ξ1 , ξ 2 , ξ3 ≤ 1 ; e os nós pertencentes à mesma reta são igualmente
espaçados. Assim sendo, as coordenadas dos nós são determinadas, de forma generalizada,
com o algoritmo computacional a seguir:
Ciclo i = 0, gpa
Ciclo j = 0, gpa
Ciclo k = 0, gpa
l = 1 + i ⋅ ( gpa + 1) +j ⋅ ( gpa + 1) +k
2
k
ξ1 ( l ) =
gpa
j
ξ2 ( l ) = (A26)
gpa
i
ξ3 ( l ) =
gpa
Fim do ciclo k = 0, gpa
Fim do ciclo j = 0, gpa
Fim do ciclo i = 0, gpa
Na figura A7 é fornecida a interpretação geométrica dos índices k, j e i do algoritmo acima.
Figura A7. Interpretação geométrica dos índices k, j e i do algoritmo A26. O valor gpa é o grau do
polinômio aproximador do elemento finito, e as linhas tracejadas passam pelos nós com mesmo índice
(k, j ou i).
Todas as funções de forma do elemento hexaédrico são aqui expressas pela seguinte
forma, para qualquer grau do polinômio aproximador ( gpa ):
c(k2gpa + 2) ξ 22 + c(k2gpa +3) ξ1ξ22 + c(k2gpa + 4) ξ12 ξ22 + ... + c(k3gpa + 2) ξ1gpa ξ 22 + ... + c kgpa +1 2 −1ξ1gpa ξgpa
2 +
( )
Ciclo i = 0, gpa
Ciclo j = 0, gpa
Ciclo k = 0, gpa
l=
1 + (gpa + 1)2 ⋅ i + (gpa + 1) ⋅ j + k
Ciclo m = 1, nn
M ξ ( m, l ) =
ξ ( m ) k ξ ( m ) j ξ ( m )i (A28)
1 2 3
Fim do ciclo m = 1, nn
Fim do ciclo k = 0, gpa
Fim do ciclo j = 0, gpa
Fim do ciclo i = 0, gpa
A26). A determinação da matriz dos coeficientes das funções de forma ( M coef ) para o
elemento hexaédrico é realizada com as equações (A28) e (A15.2).
O vetor de potências adimensionais, necessário para cálculo das funções de forma via
equação (3.4) num ponto qualquer do elemento hexaédrico, é dado pelo seguinte algoritmo:
Ciclo i = 0, gpa
Ciclo j = 0, gpa
Ciclo k = 0, gpa
l=
1 + (gpa + 1)2 ⋅ i + (gpa + 1) ⋅ j + k
Ciclo j = 0, gpa
Ciclo k = 0, gpa
l=
1 + (gpa + 1)2 ⋅ i + (gpa + 1) ⋅ j + k
s= s + 1
coef ( s=
, m ) M coef l + ( gpa + 1) , m ⋅ ( i + 1)
2
M d1
Fim do ciclo k = 0, gpa
Fim do ciclo j = 0, gpa
=
Fim do ciclo i 0, ( gpa − 1)
s=0
Ciclo i = 0, gpa
=j 0, ( gpa − 1)
Ciclo
Ciclo k = 0, gpa
l=
1 + (gpa + 1)2 ⋅ i + (gpa + 1) ⋅ j + k
s= s + 1
M dcoef
2
( s=
, m ) M coef l + ( gpa + 1) , m ⋅ ( j + 1) (A30)
=
Ciclo k 0, ( gpa − 1)
l=
1 + (gpa + 1)2 ⋅ i + (gpa + 1) ⋅ j + k
s= s + 1
m ) M coef [ l + 1, m ] ⋅ ( k + 1)
coef ( s, =
M d3
=j 0, ( gpa − 1)
Fim do ciclo
M d3
coef são as matrizes que contêm os coeficientes das derivadas das funções de forma em
∂φ
( ξ P ) M d2coef ⋅ v ξ
= (A31.2)
∂ξ 2
∂φ
( ξ P ) M d3coef ⋅ v ξ
= (A31.3)
∂ξ 3
∂φ1 / ∂ξ1
∂φ / ∂ξ
∂φ
2 1
= ∂φ3 / ∂ξ1 (A31.4)
∂ξ1
∂φnn / ∂ξ1
∂φ1 / ∂ξ 2
∂φ / ∂ξ
∂φ
2 2
= ∂φ3 / ∂ξ 2 (A31.5)
∂ξ 2
∂φnn / ∂ξ 2
∂φ1 / ∂ξ3
∂φ / ∂ξ
∂φ
2 3
= ∂φ3 / ∂ξ3 (A31.6)
∂ξ 3
∂φnn / ∂ξ3
{( ξ , ξ , ξ ) ∈
1 2 3
3
}
/ 0 ≤ ξ1 , ξ 2 , ξ3 , ξ1 + ξ 2 + ξ3 ≤ 1 ; e os nós pertencentes à mesma reta são
igualmente espaçados.
Figura A8. Padrão de numeração interna dos nós ( ) para o elemento finito sólido tetraédrico de
aproximação cúbica. Os eixos ξ1 , ξ 2 e ξ3 representam a coordenadas adimensionais em relação ao
primeiro nó.
Ciclo=j 0, ( i − k )
( )( ) + j + i + 1 ⋅ k − ( k − 1) ⋅ k
i −1 m + 1 ⋅ m + 2
l =1 + ∑ ( )
m =0 2 2
i − j− k
ξ1 ( l ) =
gpa
j
ξ2 ( l ) = (A33)
gpa
k
ξ3 ( l ) =
gpa
Fim do ciclo=j 0, ( i − k )
Fim do ciclo k = 0, i
Fim do ciclo i = 0, gpa
Na figura A9 é dada a interpretação geométrica dos índices k, j e i do algoritmo acima.
Figura A9. Interpretação geométrica dos índices k, j e i do algoritmo A33. O valor gpa é o grau do
polinômio aproximador do elemento finito, os números à esquerda correspondem ao índice i, e as
linhas tracejadas à direita passam pelos nós com mesmo índice (k ou j).
Para o elemento tetraédrico, todas as funções de forma são aqui expressas pela
seguinte forma, para qualquer grau do polinômio aproximador ( gpa ):
φk ( ξ ) = c0k + c1k ξ1 + c 2k ξ 2 + c3k ξ3 + c 4k ξ12 + c5k ξ1ξ 2 + c6k ξ1ξ3 + c7k ξ 22 + c8k ξ 2 ξ3 + c9k ξ32 +
k 3
c10 ξ1 + c11ξ1 ξ 2 + c12
k 2 k 2
ξ1 ξ3 + c13
k
ξ1ξ 22 + c14
k
ξ1ξ 2 ξ3 + c15
k
ξ1ξ32 + c16
k 3
ξ 2 + c17
k 2
ξ 2 ξ3 + c18
k
ξ 2 ξ32 +
k 3
c19 ξ3 + ... + c(knn −1) ξ3gpa (A34)
Ciclo=j 0, ( i − k )
( m + 1) ⋅ ( m + 2 )
i −1
( k − 1) ⋅ k
l =1 + ∑ + j + ( i + 1) ⋅ k −
m =0 2 2
Ciclo m = 1, nn
M ξ ( m, l ) =
ξ ( m ) i − j− k ξ ( m ) j ξ ( m ) k (A35)
1 2 3
Fim do ciclo m = 1, nn
Fim do ciclo=j 0, ( i − k )
Fim do ciclo k = 0, i
Fim do ciclo i = 0, gpa
A33). A determinação da matriz dos coeficientes das funções de forma ( M coef ) para o
elemento tetraédrico é realizada com as expressões (A35) e (A15.2).
O vetor de potências adimensionais, necessário o para cálculo das funções de forma
via equação (3.4) num ponto qualquer do elemento tetraédrico, é dado pelo seguinte
algoritmo:
Ciclo i = 0, gpa
Ciclo k = 0, i
Ciclo=j 0, ( i − k )
( )( ) + j + i + 1 ⋅ k − ( k − 1) ⋅ k
i −1 m + 1 ⋅ m + 2
l =1 + ∑ ( )
m =0 2 2
(v )
ξ l
ξ ( P ) i − j− k ξ ( P ) j ξ ( P ) k
=
1 2 3
(A36)
Fim do ciclo=j 0, ( i − k )
Fim do ciclo k = 0, i
Fim do ciclo i = 0, gpa
Ciclo k = 0, i
Ciclo=j 0, ( i − k )
( )( ) + j + i + 1 ⋅ k − ( k − 1) ⋅ k
i −1 m + 1 ⋅ m + 2
l =1 + ∑ ( )
m =0 2 2
i ( n + 1) ⋅ ( n + 2 ) ( k − 1) ⋅ k
s = 1+ ∑ + j + (i + 2) ⋅ k −
n =0 2 2
( )( ) + j + i + 2 ⋅ k + 1 − ( k + 1) ⋅ k
i n +1 ⋅ n + 2
t = 1+ ∑ ( )( )
n =0 2 2
Ciclo m = 1, nn
coef ( l, m )
M= M coef ( s, m ) ⋅ (1 + i − j − k )
d1
M dcoef
2
( l=
, m ) M coef ( s + 1, m ) ⋅ (1 + j) (A37)
=
M d3
coef ( l, m ) M coef ( t , m ) ⋅ (1 + k )
Fim do ciclo m = 1, nn
Fim do ciclo=j 0, ( i − k )
Fim do ciclo k = 0, i
Fim do ciclo i = 0, gpa
M d3
coef são as matrizes que contêm os coeficientes das derivadas das funções de forma em
∂E kl ∂E kl ∂A mn ∂E kl ∂A mn ∂ ( A1 )op
= = (B1.1)
∂yi ∂A mn ∂yi ∂A mn ∂ A1 ∂yi ( ) op
∂E kl 1
=
∂A mn 2
(
II pkmn A pl + A pk II plmn ) (B1.2)
∂A mn
= II mkop ( A 0 )
−1
(B1.3)
∂ ( A1 )op kn
∂ 2 E kl ∂ ∂E kl ∂A mn ∂ ( A1 )op
= =
∂yi ∂y j ∂y j ∂A mn ∂ ( A1 )op ∂yi
∂E kl ∂A mn ∂ ( A1 )op
2
(B1.4)
∂A mn ∂ ( A1 )op ∂yi ∂y j
∂ 2 E ij
=
1
∂A mn ∂A op 2
(
II kimn II kjop + II kiop II kjmn ) (B1.5)
∂ 2 A ij
=0 (B1.6)
∂ ( A1 )mn ∂ ( A1 )op
liberdade do elemento finito; A , A 0 e A1 são, nesta ordem, os gradientes total, inicial e final
(equações 3.15); e II é o tensor identidade de quarta ordem (HOLZAPFEL, 2004). Os índices
dos tensores E , II , A , A 0 e A1 variam de um a três, e os índices do vetor y variam de um
até o número de nós do elemento. Para obter as derivadas do gradiente final A1 em relação ao
vetor de graus de liberdade y , escreve-se tal vetor por meio de uma forma alternativa. Sabe-
se que as posições finais, para cada elemento finito, são dadas por:
y1 = y11φ1 + y12 φ2 + y13φ3 + ... + y1N φ N (B2.1)
( )
T
onde o símbolo representa, neste caso, a transposta de um vetor (HOLZAPFEL, 2004).
finito. Com isso, o gradiente final A1 (3.15.3) e suas derivadas em relação a y resultam em:
∂yi ∂φ
( A1=
)ij = y3L − 2+i L (B5.1)
∂ξ j ∂ξ j
∂ ( A1 )ij ∂ ∂φ ∂φ
= y3L − 2+i L = δ(3L − 2+i )k L (B5.2)
∂y k ∂y k ∂ξ j ∂ξ j
δ(3L − 2+i )k =
1 , se 3L − 2 + i =k (B5.3)
δ(3L − 2+i )k =
0 , se 3L − 2 + i ≠ k (B5.4)
∂ 2 ( A1 )ij
=0 (B5.5)
∂y k ∂yl
Neste caso, os índices i e j variam de um a três, e os índices k e L variam de um até o
número de nós por elemento finito.
APÊNDICE C
Derivadas em relação ao tensor de Cauchy-Green direito
Jacobiano ( J ):
=J =
J2 det ( C ) (C1.1)
∂J ∂J ∂J 2 1 2 − T ∂J
= =
∂ C ∂J ∂ C 2J
2
J=
C
J −1
2
C ou ( J
= C−1
∂Cij 2
) ( ) ij
(C1.2)
∂i1 ( C ) ∂ ∂i
= = ( tr C ) I ou 1 = δij (C2.2)
∂C ∂C ∂Cij
Segundo invariante de C :
i2 =
1
2
(
2
( ) 1
2
2
( )
tr C ) + tr C2 = ( Cii ) + C2
ii
(C3.1)
∂i 2 ( C ) 1 ∂ 1 ∂ C2
∂C
=
2 ∂C
2
( )
( tr C ) + tr C = 2tr ( C ) I + I :
2
2 ∂C
ou
∂i 2 ( C ) 1 ( )
∂ C2
ij
= 2Cmm δij + δkl (C3.2)
∂Cij 2 ∂Ckl
( )
∂ C2
=
δik Clj + Cik δ jl
ij
(C3.3)
∂Ckl
= ( Ciso ) J −2/=
i1iso tr= 3
tr ( C ) J −2 / 3i1 (C4.1)
∂i1iso 2 ∂J ∂i ∂iiso 2 ∂J ∂i
− J −5/ 3
= i1 + J −2 / 3 1 ou 1 = − J −5/ 3 i1 + J −2 / 3 1 (C4.2)
∂C 3 ∂C ∂C ∂Cij 3 ∂Cij ∂Cij
∂iiso 4 ∂J ∂i ∂iiso 4 ∂J ∂i
2
− J −7 / 3
= i 2 + J −4 / 3 2 ou 2 = − J −7 / 3 i 2 + J −4 / 3 2 (C5.2)
∂C 3 ∂C ∂C ∂Cij 3 ∂Cij ∂Cij
Jacobiano ( J ):
−1
∂2J J 2 −1 −1 J ∂ C−1 ∂2J J 2 −1 −1 J ∂Cij
= C C + ou= Cij Ckl + (C6.1)
∂C∂C 4 2 ∂C ∂Cij∂Ckl 4 2 ∂Ckl
∂Cij−1
∂Ckl
=
1
2
(
− Cil −1Ckj−1 + Cik −1Clj−1 ) (C6.2)
∂ ∂i1 ∂ ∂ ∂i1
=
= ( I ) O(4 ) ou =0 (C7)
∂C ∂C ∂C ∂Cij ∂Ckl
Segundo invariante de C :
∂ 2i 2 ( C ) 1
= 2 I⊗ I + I :
∂ 2 C2 ∂ 2i 2 ( C ) 1
= 2δijδkl + δmn
( )
∂ 2 C2
mn
ou (C8.1)
∂C∂C 2 ∂C∂C ∂Cij∂Ckl 2 ∂Cij∂Ckl
( )
∂ 2 C2
=δik δlm δ jn + δim δkn δ jl
ij
(C8.2)
∂Ckl ∂Cmn
∂ 2i1iso ∂
1 −8/ 3 0J ∂J 2 ∂2J 2 ∂J ∂i
= J ⊗ i1 − J −5/ 3 i1 − J −5/ 3 ⊗ 1 −
∂C∂C 9 ∂C ∂C 3 ∂C∂C 3 ∂C ∂C
2 −5/ 3 ∂J ∂i ∂ 2i1
J ⊗ 1 + J −2 / 3 ou
3 ∂C ∂C ∂C∂C
∂ 2i1iso ∂ ∂J
1 −8/ 3 0J 2 ∂2J 2 ∂J ∂i1
= J i1 − J −5/ 3 i1 − J −5/ 3 −
∂Cij∂Ckl 9 ∂Cij ∂C kl 3 ∂Cij∂C kl 3 ∂Cij ∂C kl
∂ 2iiso 28 −1 03 ∂J ∂J 4 ∂2J 4 ∂J ∂i
= 2
J / ⊗ i 2 − J −7 / 3 i 2 − J −7 / 3 ⊗ 2 −
∂C∂C 9 ∂C ∂C 3 ∂C∂C 3 ∂C ∂C
4 −7 / 3 ∂J ∂i 2 ∂ 2i 2
J + J −4 / 3 ou
3 ∂C ∂C ∂C∂C
∂ 2iiso 28 −1 03/ ∂J ∂J 4 ∂2J 4 ∂J ∂i 2
2
= J i 2 − J −7 / 3 i 2 − J −7 / 3 −
∂Cij∂Ckl 9 ∂Cij ∂Ckl 3 ∂Cij∂Ckl 3 ∂Cij ∂Ckl
4 −7 / 3 ∂J ∂i 2 ∂ 2i 2
J + J −4 / 3 (C10)
3 ∂Cij ∂Ckl ∂Cij∂Ckl
APÊNDICE D
Operador Tangente Consistente Hiperelastoplástico
Γh p =
−1
∂S ∂ A p −T ( )
−1 ∂S e −T −1
∂ A p− T ( )
e =S e A p + A p A p + A p Se ou
∂E ∂E ∂E ∂E
∂Sij ∂ A p im ( ) -1
∂ ( Se )mn
(Γ )hep ijkl =
∂E kl
=
∂E kl
(Se )mn A-1p ( ) + (A )
jn
-1
p im
∂E kl
(A )
-1
p jn +
( )
∂ A -T
( A ) (S )
p nj
-1
(D2)
∂E kl
p im e mn
( ) = ∂ ( A ) ∂A
∂ A p−1 −1
p p
(D3.1)
∂E ∂A p ∂E
•
• •
•
A p = L p A p = γ R L A p = B : E R L A p = R L A p ⊗ B : E ⇒
( )
∂A p ∂A p
⇒
∂E
= (R )
A p ⊗ B ou = ( R L )im A p ( ) Bkl (D3.2)
∂E ijkl
L mj
(
∂ A −p T ) = ∂ ( A ) ∂A
−T
p
T
p
(D3.3)
∂E ∂A Tp ∂E
• • ∂A Tp
p
T T
p p
(
A = A L = Ap R L ⊗ B : E ⇒
T T T
∂E
= ) ( A R ) ⊗ B ou
T
p
T
L
∂A Tp
= A p ( ) (R ) Bkl (D3.4)
∂E
mi L jm
ijkl
−T
∂Ee ∂A p ∂Ep −1 ∂A −p1
∂E
=
∂E
( )
E − Ep A p−1 + A p− T II −
∂E
p
A + A −T
p E − E(p
∂E
)
ou
∂ ( E e )ij ( )
∂ A -T ∂E p
∂E mn
=
p
∂E mn
ik
(E − E ) (A ) + (A )
p kl
-1
p lj
-1
p ki II −
∂E klmn
( )
A -1p +
lj
( )
∂ A -1p
( ) (
A -1
p ki E − Ep ) kl ∂E mn
lj
(D5.2)
Lagrange ( E ):
•
•
•
( )
Ep= A Tp Dp A p= A Tp B : E R P A p= A Tp R P A p ⊗ B : E ⇒
∂Ep ∂ Ep( )
⇒=
∂E
( )
A Tp R P A p ⊗ B ou
∂E kl
ij
( ) (R ) (A )
= Ap
mi P mn p nj Bkl (D6)
onde R P é o tensor que define o tensor taxa de deformação plástica Dp (ver equações 3.26 e
6.28).
APÊNDICE E
Derivadas do Algoritmo de Retorno Implícito de Euler
{( ) , ( E ) , ( E ) , ( E ) , ( E ) , ( E ) , ( E ) , ( E ) , ( E ) }
ep T = E p
11 p 12 p 13 p 21 p 22 p 23 p 31 p 32 p 33 (E1.2)
{
rxT = ( R X )11 , ( R X )12 , ( R X )13 , ( R X )21 , ( R X )22 , ( R X )23 , ( R X )31 , ( R X )32 , ( R X )33 } (E1.5)
∂r1 ∂rr ∂ ( r1 )i ∂ ( rr )i
= −I 9 x 9 + ∆γ ou = − ( I 9 x 9 )ij + ∆γ (E1.6)
∂ep ∂ep ∂ ( ep ) j ∂ ( ep ) j
∂r1 ∂rr ∂ ( r1 )i ∂ ( rr )i
= ∆γ ou = ∆γ (E1.7)
∂κ ∂κ ∂κ ∂κ
∂r1 ∂rr ∂ ( r1 )i ∂ ( rr )i
= ∆γ ou = ∆γ (E1.8)
∂xx ∂xx ∂ ( xx ) j ∂ ( xx ) j
∂r1 ∂ ( r1 )i
= rr ou = ( rr )i (E1.9)
∂ ( ∆γ ) ∂ ( ∆γ )
∂r2 ∂r ∂r2κ ∂r
= ∆γ κ ou = ∆γ (E1.10)
∂ep ∂ep ∂ ( ep )i ∂ ( ep )i
∂r2 ∂r
= ∆γ κ (E1.11)
∂κ ∂κ
∂r2 ∂r ∂r2 ∂rκ
= ∆γ κ ou = ∆γ (E1.12)
∂xx ∂xx ∂ ( xx )i ∂ ( xx )i
∂r2
= rκ (E1.13)
∂ ( ∆γ )
∂r3 ∂rx ∂ ( r3 )i ∂ ( rx )i
= ∆γ ou = ∆γ (E1.14)
∂ep ∂ep ∂ ( ep ) j ∂ ( ep ) j
∂r3 ∂rx ∂ ( r3 )i ∂ ( rx )i
= ∆γ ou = ∆γ (E1.15)
∂κ ∂κ ∂κ ∂κ
∂r3 ∂rx ∂ ( r3 )i ∂ ( rx )i
= −I 9 x 9 + ∆γ ou = − ( I9x9 )ij + ∆γ (E1.16)
∂xx ∂xx ∂ ( xx ) j ∂ ( xx ) j
∂r3 ∂ ( r3 )i
= rx ou = ( rx )i (E1.17)
∂ ( ∆γ ) ∂ ( ∆γ )
∂r4 ∂Φ ∂r4 ∂Φ
= ou = (E1.18)
∂ep ∂ep ∂ ( ep )i ∂ ( ep )i
∂r4 ∂Φ
= (E1.19)
∂κ ∂κ
∂r4 ∂Φ
= (E1.20)
∂xx ∂xx
∂r4 ∂Φ
= (E1.21)
∂ ( ∆γ ) ∂ ( ∆γ )
onde as componentes do vetor resíduo ( r1 ,r2 ,r3 ,r4 ) são dadas nas expressões (6.62); z é o
∂Φ ∂
=
rr = dev ( S − X ) (E2.2)
∂s ∂s
s T = {S11 ,S12 ,S13 ,S21 ,S22 ,S23 ,S31 ,S32 ,S33 } (E2.3)
∂R ∂R ∂S ∂ 2 Φ ∂S ∂ dev ( S − X )
= = : =: : ( −Γ e ) ou
∂Ep ∂S ∂Ep ∂S∂S ∂Ep ∂S dev ( S − X )
∂R ij ∂ dev ( S − X )ij
= ( −Γ e )mnkl (E2.4)
( )
∂ Ep
kl
∂Smn dev ( S − X )
∂ 2Φ ∂ dev ( S − X ) ∂ 1
= = dev ( S − X ) −
∂S∂S ∂S dev ( S − X ) ∂S dev ( S − X )
1 ∂ dev ( S − X )
dev ( S − X ) ⊗ ou
dev ( S − X ) ∂S
2
∂ 2Φ ∂ dev ( S − X )ij ∂ 1
= = dev ( S − X )ij −
∂Sij∂Smn ∂Smn dev ( S − X ) ∂Smn dev ( S − X )
1 ∂ dev ( S − X )
dev ( S − X )ij (E2.5)
dev ( S − X ) ∂Smn
2
∂ ∂ 1 1
dev ( S − X ) = ( S − X ) − ( trS − trX ) I =II − I ⊗ I ou
∂S ∂S 3 3
∂ 1
dev ( S −δ Xδ)ij = δimδ jn − (E2.6)
∂Smn ij mn
3
∂R ∂R ij
= O ou =0 (E2.7)
∂κ ∂κ
∂R ∂ 2 Φ ∂ dev ( S − X ) 1 ∂
= = = dev ( S − X ) −
∂X ∂S∂X ∂X dev ( S − X ) dev ( S − X ) ∂X
1 ∂ dev ( S − X )
dev ( S − X ) ⊗ ou
dev ( S − X ) ∂X
2
∂R ij ∂ 2Φ ∂ dev ( S − X )ij 1 ∂
= = = dev ( S − X )ij −
∂X kl ∂Sij∂X kl ∂X kl dev ( S − X ) dev ( S − X ) ∂X kl
1 ∂ dev ( S − X )
dev ( S − X )ij (E2.8)
dev ( S − X ) ∂X kl
2
∂ ∂ 1 1
dev ( S − X ) = ( S − X ) − ( trS − trX ) I =−II + I ⊗ I ou
∂X ∂X 3 3
∂ 1
dev ( S −δ Xδ)ij =
δ δik
− + (E2.9)
∂X kl jl ij kl
3
∂R ∂R ij
= O ou =0 (E2.10)
∂ ( ∆γ ) ∂ ( ∆γ )
∂rκ ∂rκ
= = 0 (E3.2)
∂κ ∂ ( ∆γ )
∂Φ ∂
=
rx c= c dev ( S − X ) (E4.2)
∂s ∂s
∂R X ∂ ∂Φ ∂ 2 Φ ∂S ∂ 2Φ
= c= = : ( −Γ e ) ou
∂Ep ∂S
c : c
∂Ep ∂S∂S ∂Ep ∂S∂S
∂ ( R X )ij ∂ 2Φ
=c ( −Γ e )mnkl (E4.3)
( )
∂ Ep
kl
∂Sij∂Smn
∂R X ∂ ( R X )ij
= O ou =0 (E4.4)
∂κ ∂κ
∂R X ∂ ∂Φ ∂ 2Φ ∂ 2Φ ∂ ( R X )ij ∂ 2Φ
= c = = − = −
∂X ∂S
c c ou c (E4.5)
∂X ∂S∂X ∂S∂S ∂X kl ∂Sij∂Skl
∂R X ∂ ( R X )ij
= O ou =0 (E4.6)
∂ ( ∆γ ) ∂ ( ∆γ )
E.1.4. Derivadas do tensor R X para a lei de encruamento cinemático de Ziegler (equações
6.15.6 e 6.55) com lei de fluxo associativa (equação 6.45):
R X= S − X ou ( R X )=
ij
Sij − X ij (E5.1)
rx= s − xx (E5.2)
∂R X ∂S ∂S ∂R ij
= = = −Γ e ou = − ( Γ e )ijkl (E5.3)
∂Ep ∂Ep ∂Ep ∂ Ep ( ) kl
∂R X ∂ ( R X )ij
= O ou =0 (E5.4)
∂κ ∂κ
∂R X
= −II (E5.5)
∂X
∂R X ∂ ( R X )ij
= O ou =0 (E5.6)
∂ ( ∆γ ) ∂ ( ∆γ )
∂Φ ∂
rx= c − bX= c dev ( S − X ) − bX (E6.2)
∂s ∂s
∂R X ∂ ∂Φ ∂X ∂ 2 Φ ∂S ∂ 2Φ
= c −b= c := c : ( −Γ e ) ou
∂Ep ∂Ep ∂S ∂Ep ∂S∂S ∂Ep ∂S∂S
∂R ij
= − ( Γ e )ijkl (E6.3)
( )
∂ Ep
kl
∂R X ∂ ( R X )ij
= O ou =0 (E6.4)
∂κ ∂κ
∂R X ∂ ∂Φ ∂ 2Φ ∂ ( R X )ij ∂ 2Φ
= − =
− − =
− δ δ −b
∂X ∂S
c b II c b II ou c (E6.5)
∂X ∂S∂S ∂X kl ∂Sij∂Skl
ik jl
∂R X ∂ ( R X )ij
= O ou =0 (E6.6)
∂ ( ∆γ ) ∂ ( ∆γ )
E.1.6. Derivadas da função Φ para o critério de von-Mises (equação 6.43) com lei de
encruamento isotrópico polinomial (equação 6.49):
2 2 NC ≤
efκ( S, X ) −dev =
( κ) ( S − Xα)n −κ ∑ 0 ( )
n −1
=Φ Sσ (E7.1)
3 3 n =1
∂Φ ∂Φ ∂S ∂Φ ∂Φ ∂Φ
= = : : ( −Γ e ) ou = − ( Γ e )klij (E7.2)
∂Ep ∂S ∂Ep ∂S ∂ Ep ( ) ij
∂Skl
∂Φ 2 ∂σ κ 2 NC n −2
= = ∑ α n ( n − 1)( κ ) (E7.3)
∂κ 3 ∂κ 3 n =2
∂Φ ∂Φ ∂Φ ∂Φ
= − ou = − (E7.4)
∂X ∂S ∂X ij ∂Sij
∂Φ
=0 (E7.5)
∂ ( ∆γ )
E.1.7. Derivadas da função Φ para o critério de von-Mises (equação 6.43) com lei de
encruamento isotrópico de Swift (equação 6.50):
2 2
ef ( S, X ) −dev =
κ ( κ) ( SK− XE ) 0( + κ) ≤
n
=Φ Sσ − (E8.1)
3
0
3
∂Φ ∂Φ ∂S ∂Φ ∂Φ ∂Φ
= = : : ( −Γ e ) ou = − ( Γ e )klij (E8.2)
∂Ep ∂S ∂Ep ∂S ∂ Ep ( ) ij
∂Skl
∂Φ 2 ∂σ κ 2
nK ( E 0 + κ )
n −1
= = (E8.3)
∂κ 3 ∂κ 3
∂Φ ∂Φ ∂Φ ∂Φ
= − ou = − (E8.4)
∂X ∂S ∂X ij ∂Sij
∂Φ
=0 (E8.5)
∂ ( ∆γ )
∂Φ ∂Φ ∂S ∂Φ ∂Φ ∂Φ
= = : : ( −Γ e ) ou = − ( Γe )klij (E9.2)
∂Ep ∂S ∂Ep ∂S ∂ Ep ( ) ij
∂Skl
∂Φ 2 ∂σ κ 2
Y( σ− e0 ) ( − CκY )
= = Cσ (E9.3)
∂κ 3 ∂κ 3
sat
∂Φ ∂Φ ∂Φ ∂Φ
= − ou = − (E9.4)
∂X ∂S ∂X ij ∂Sij
∂Φ
=0 (E9.5)
∂ ( ∆γ )
{
z T = ap T , κ, xxT , ∆γ } (E10.1)
{( ) , ( A ) , ( A ) , ( A ) , ( A ) , ( A ) , ( A ) , ( A ) , ( A ) }
ap T = A p
11 p 12 p 13 p 21 p 22 p 23 p 31 p 32 p 33 (E10.2)
{
raT = ( R AP )11 , ( R AP )12 , ( R AP )13 , ( R AP )21 , ( R AP )22 , ( R AP )23 , ( R AP )31 , ( R AP )32 , ( R AP )33 } (E10.4)
{
rxT = ( R X )11 , ( R X )12 , ( R X )13 , ( R X )21 , ( R X )22 , ( R X )23 , ( R X )31 , ( R X )32 , ( R X )33 } (E10.5)
∂r1 ∂ra ∂ ( r1 )i ∂ ( ra )i
= −I 9 x 9 + ∆γ ou = − ( I9x9 )ij + ∆γ (E10.6)
∂ap ∂ap ∂ ( ap ) j ∂ ( ap ) j
∂r1 ∂ra ∂ ( r1 )i ∂ ( ra )i
= ∆γ . ou = ∆γ (E10.7)
∂κ ∂κ ∂κ ∂κ
∂r1 ∂ra ∂ ( r1 )i ∂ ( ra )i
= ∆γ ou = ∆γ (E10.8)
∂xx ∂xx ∂ ( xx ) j ∂ ( xx ) j
∂r1 ∂ ( r1 )i
= rr ou = ( ra )i (E10.9)
∂ ( ∆γ ) ∂ ( ∆γ )
∂r2
= rκ (E10.13)
∂ ( ∆γ )
∂r3 ∂rx ∂ ( r3 )i ∂ ( rx )i
= ∆γ ou = ∆γ (E10.14)
∂ap ∂ap ∂ ( ap ) j ∂ ( ap ) j
∂r3 ∂rx ∂ ( r3 )i ∂ ( rx )i
= ∆γ ou = ∆γ (E10.15)
∂κ ∂κ ∂κ ∂κ
∂r3 ∂rx ∂ ( r3 )i ∂ ( rx )i
= −I 9 x 9 + ∆γ ou = − ( I9x9 )ij + ∆γ (E10.16)
∂xx ∂xx ∂ ( xx ) j ∂ ( xx ) j
∂r3 ∂ ( r3 )i
= rx ou = ( rx )i (E10.17)
∂ ( ∆γ ) ∂ ( ∆γ )
∂r4 ∂Φ ∂r4 ∂Φ
= ou = (E10.18)
∂ap ∂ap ∂ ( ap )i ∂ ( ap )i
∂r4 ∂Φ
= (E10.19)
∂κ ∂κ
∂r4 ∂Φ
= (E10.20)
∂xx ∂xx
∂r4 ∂Φ
= (E10.21)
∂ ( ∆γ ) ∂ ( ∆γ )
dev ( M
χe − )ik
( R AP )ij =
dev ( M e − χ )
( A p )kj (E11.1)
∂R AP ∂dev ( M e − χ ) ∂ ( M e − χ ) Ap
: −
∂A p ∂ (Me − χ) ∂A p dev ( M e − χ )
∂ • (•) ∂ • ( • )ij
= ou = (E11.4)
∂ (•) • ∂ ( • )ij •
∂M e ∂ ∂A -T ∂A -1p -1 ∂S e
=
-T -1
A p CA p S e =
p
CA p S e + A p C
-1 -T
S e + A -T
p CA p ou
∂A p ∂A p ∂A p ∂A p ∂A p
∂ ( M e )ij( ) ∂ A -1p ( ) S
∂ A -1p
∂ (A )
=
∂ (A )
ki
Ckl A( ) (S ) + ( A )
-1
p lo e oj
-1
p ki Ckl
∂ (A )
( ) lo
e oj +
p mn p mn p mn
∂ ( Se )oj
(A ) -1
( )
Ckl A -1p (E11.5)
p ki lo
∂ Ap ( ) mn
∂S e ∂Ee ∂ -T ∂A -T
∂A p
= Γ e:
∂A p
= Γ e:
∂A p
-1
(
A p E − Ep A p = Γ e :
∂
p
)
E − E p A -1p − ( )
p
A
∂Ep ∂A -1p
A -T
p
∂A p
A -1p + A -T
p E − Ep( ) ∂A p
ou
∂ ( Se )ij ∂ A -1p ( ) E − E A − A ∂ (E ) A
= ( Γ e )ijop ( ) ( ) ( ) ∂A ( )
ko -1 -1 p kl -1
+
( )
∂ Ap
mn
∂ Ap
( ) mn
( ) p kl p lp p ko
p mn
p lp
( ) ∂ A -1p
(A ) (E − E
-1
) ∂A lp (E11.6)
p ko p kl
( ) p
mn
∂χ ∂ ∂A Tp
= A=
T
p XA p ( II ) XA T
+ Ap X ou
∂A p ∂A p ∂A p
p
∂χ ij
= δim δ kn X kl A p ( ) + (A ) X kl δ jm δln (E11.7)
∂ Ap ( ) mn
jl p ik
∂R AP ∂ ( R AP )ij
= O ou =0 (E11.8)
∂κ ∂κ
∂R AP ∂dev ( M e − χ ) ∂ ( M e − χ ) Ap
: −
∂X ∂ (Me − χ) ∂X dev ( M e − χ )
dev ( M e − χ ) ∂ dev ( M e − χ ) ∂ ( M e − χ )
: A p ou
dev ( M e − χ )
2
∂ (Me − χ) ∂X
∂ (Me − χ) ∂χ ∂
∂X
=
−
∂X
=
−
∂X
A p XA Tp = (
− A p ( II ) A Tp ou )
∂ ( M e − χ )ij
∂X mn
( )
= − Aδp δ km Aln
ik
( )
p jl (E11.10)
∂R AP ∂ ( R AP )ij
= O ou =0 (E11.11)
∂ ( ∆γ ) ∂ ( ∆γ )
X ki ( R AP )mk A p ( ) (C ) mn
-1
p nj (E13.1)
∂R X
= c
( )
∂ A -1p ∂Φ
-1 ∂ ∂Φ -T -1 ∂Φ
∂ A -T ( ) −
p + Ap Ap + Ap
p
A -T
∂A p ∂A p ∂M e ∂A p ∂M e ∂M e ∂A p
∂C-1p T ∂A Tp ∂R AP ∂R TAP
A p R AP X + Cp
-1
R AP X + C-1p A Tp X + XT A p C-1p +
∂
p
A ∂A p ∂A p ∂A p
∂C-1p
XT R TAP ( II ) C-1p + XT R TAP A p ou
∂A p
∂ ( R X )ij ∂ A -1 ( ) ∂Φ A + A ∂ ∂v
c
=
p
(
ik
) ( ) -1 -1
Ap
-1
( ) +
( )
∂ Ap
op
∂ Ap
( ) ∂ (M )op
∂ (A )
e kl
p jl p ik
p op ∂M e kl
jl
∂Φ ∂ A p
-1
( ) ∂ C-1 ( ) A R
(A )-1
jl − p
( ) ( )ik
X nj +
p ik
∂M e kl ∂ A p ( ) ∂ Ap
op
( ) op
p lk AP ln
∂ ( R AP )ln
( Cδ )δ
-1
R ( X) C+ ( A) ( ) -1
X X+ ( δ )kiδ R ( C) ( )
-1
+
p ik lo kp AP ln nj p ik p lk
∂ Ap( ) op
nj lo kp AP ln p nj
∂ ( R AP )ln ( )
∂ C-1p
( X )ki ( A p )lk (C ) + (X) (A ) (R
-1
) nj (E13.2)
( )
∂ Ap
op
p nj ki p lk AP ln
∂ (A ) p
op
∂ ∂Φ ∂ dev ( M e − χ ) ∂dev ( M e − χ ) ∂ ( M e − χ ) 1
= = : −
∂A p ∂M e ∂A p dev ( M e − χ ) ∂ (Me − χ) ∂A p dev ( M e − χ )
dev ( M e − χ ) ∂ dev ( M e − χ ) ∂dev ( M e − χ ) ∂ ( M e − χ )
: : ou
dev ( M e − χ ) ∂dev ( M e − χ ) ∂ (Me − χ) ∂A p
2
∂C-1p
=
∂C-1p ∂Cp
: ou
∂ C-1p ( ) ik
=
( ) ∂ (C )
∂ C-1p
ik p mn
(E13.4)
∂A p ∂Cp ∂A p ∂ Ap ( ) op
∂ (C ) ∂ (A ) p mn p op
∂Cp ∂A Tp ∂ Cp ( )
= A p + A Tp ( II ) ou
= mn
δ ko δ mp A p ( ) + Ap( ) δ ko δ np (E13.5)
∂A p ∂A p ∂ Ap ( ) op
kn km
∂R X ∂ ( R X )ij
= O ou =0 (E13.6)
∂κ ∂κ
∂R X ∂ ∂Φ -T -1 T ∂R AP ∂XT T
= c A -1p A −
p p p
C A X + C -1 T
A R ( II ) + R AP A pC-1p +
∂X ∂X ∂M e ∂ ∂
p p AP
X X
∂R TAP
T
X A pC-1p ou
∂X
∂ ( R X )ij ∂ ∂Φ -1 ∂ ( R AP )ln
∂X op
= c A -1p ( ) Ap
∂X op ∂M e kl
-1
( ) ( ) (A )
− Cp p lk
∂X op
X nj +
ik jl
ik
( C ) δ( Aδ ) (δR δ )
-1
p ik p lk AP ln Ano jp +R ko ip (C ) (
p lk AP ln) ( ) -1
p nj +
∂ ( R AP )ln
( )
X ki A p
∂X op
(C ) -1
p nj (E13.7)
lk
∂ ∂Φ ∂dev ( M e − χ ) ∂ ( M e − χ ) 1
: −
∂X ∂M e ∂ (Me − χ) ∂X dev ( M e − χ )
∂R X ∂ ( R X )ij
= O ou =0 (E13.9)
∂ ( ∆γ ) ∂ ( ∆γ )
X ki ( R AP )mk A p ( ) (C ) mn
-1
p nj (E14.1)
∂R X ∂ A p
-1
( ) ∂ ∂ A -T ( )
= (Me − χ) A + A ( Me − χ) Ap + Ap ( Me − χ)
p
-T -T -1-1
−
∂A p ∂A p ∂A p ∂A p
p p
∂C-1p T ∂A Tp ∂R AP ∂R TAP
A p R AP X + Cp
-1
R AP X + C-1p A Tp X + XT A p C-1p +
∂
p
A ∂A p ∂A p ∂A p
∂C-1p
XT R TAP ( II ) C-1p + XT R TAP A p ou
∂A p
∂ ( R X )ij ∂ A -1p ( ) M ∂
= ( ik
( ) + (A )
− χ )kl A -1p -1
( M e − χ )kl ( A -1p ) jl +
∂ Ap ( ) ∂ Ap
op
( ) op
e jl p ik
( )
∂ Ap
op
( ) ∂ A -1p ∂ C-1( ) A R
(A ) (M − χ) ∂ A
-1 jl − p
( ) ( )
ik
X nj +
p ik
( )
e kl
p
∂ Ap
op
( ) op
p lk AP ln
∂ ( R AP )ln
( Cδ )δ
-1
lo Rkp ( X)ln C+ ( A) ( )-1
X X+ ( δ )kiδ R ( C) ( )
-1
+
p ik AP nj p ik p lk
( )
∂ Ap
op
nj lo kp AP ln p nj
∂ ( R AP )ln ( )
∂ C-1p
( X )ki ( A p )lk (C ) + (X) (A ) (R
-1
)
nj
(E14.2)
( )
∂ Ap
op
p nj ki p lk AP ln
∂ (A ) p
op
∂R X ∂ ( R X )ij
= O ou =0 (E14.3)
∂κ ∂κ
∂R X ∂ ∂R ∂XT T
= A -1p ( M e − χ ) A -Tp − C-1p ATp AP X + C-1p ATp R AP ( II ) + R AP A pC-1p +
∂X ∂X ∂X ∂X
∂R TAP
XT A pC-1p ou
∂X
∂ ( R X )ij ∂ ∂ ( R AP )ln
=
∂X op
(A )-1
p ik
∂ op
( M e − χ )kl A -1p ( ) ( ) (A )
− C-1p p lk
∂X op
X+
X jl
ik
( C ) δ( Aδ ) (δR δ )
-1
p ik p lk AP ln Ano jp +R ko ip (C ) (
p lk AP ln ) ( ) -1
p nj +
∂ ( R AP )ln
( )
X ki A p
∂X op
(C ) -1
p nj (E14.4)
lk
∂R X ∂ ( R X )ij
= O ou =0 (E14.5)
∂ ( ∆γ ) ∂ ( ∆γ )
X ki ( R AP )mk A p ( ) (C ) mn
-1
p nj (E15.1)
=
-1
( )
∂R X ∂ A p ∂Φ -T -1 ∂
− bχ A p + A p
∂Φ -T -1
− bχ A p + A p c
∂Φ ∂ Ap
− bχ
-T
−
( )
c c
∂A p ∂A p ∂M e ∂A p ∂M e ∂M e ∂A p
∂C-1p T ∂A Tp -1 T ∂R AP T ∂R AP
T
A R X + C -1
R X + C A X + X A p C-1p +
∂A p ∂A p ∂A p ∂A p
p AP p AP p p
∂C-1p
XT R TAP ( II ) C-1p + XT R TAP A p ou
∂A p
∂ ( R X )ij ∂ A -1p ( ) ∂Φ ∂ ∂Φ
= ik
c − χbχ AA -1p ( ) + (A ) -1
c −b ( ) -1
+
∂ Ap ( ) ∂ Ap
op
( ) op
∂M e kl
jl p ik
∂ Ap ( ) op
∂M e kl
p jl
∂Φ ∂ Ap
-1
( ) ∂ C-1 ( ) A R
(A ) -1
c − bχ
jl − p
( ) ( )
ik
X nj +
p ik
∂M e kl ∂ A p ( ) ∂ Ap
op
( ) op
p lk AP ln
∂ ( R AP )ln
( Cδ )δ
-1
R ( X) C+ ( A) ( )
-1
X X+ ( δ )kiδ R ( C) ( )-1
+
p ik lo kp AP ln nj p ik p lk
( )
∂ Ap
op
nj lo kp AP ln p nj
∂ ( R AP )ln ( )∂ C-1p
( X )ki ( A p )lk (C ) + (X) (A ) (R
-1
) nj (E15.2)
( )
∂ Ap
op
p nj ki p lk
∂ (A )
AP ln
p
op
∂R X ∂ ( R X )ij
= O ou =0 (E15.3)
∂κ ∂κ
∂R X -1 ∂ ∂Φ -T -1 T ∂R AP ∂XT T
= Ap c − bχ A p − C p A p X + Cp A p R AP ( II ) +
-1 T
R AP A pC-1p +
∂X ∂X ∂M e ∂X ∂X
∂R TAP
XT A pC-1p ou
∂X
∂ ( R X )ij ∂ ( R AP )ln
=
∂X op
( A )χ ∂X∂ A c ∂∂Φ
-1
p ik C
−b A( ) -1
p jl − ( )X( )
-1
p ik p lk
∂X op
nj +
M op e kl
( C ) δ( Aδ ) (δR δ )
-1
p ik p lk AP ln Ano jp +R ko ip (C ) ( p lk AP ln) ( -1p )nj +
∂ ( R AP )ln
( )
X ki A p
∂X op
(C ) -1
p nj (E15.4)
lk
∂χ ∂ (Me − χ) ∂χ ij ∂ ( Mχe − )ij
= − ou = − (E15.5)
∂X ∂X ∂X kl ∂X kl
∂R X ∂ ( R X )ij
= O ou =0 (E15.6)
∂ ( ∆γ ) ∂ ( ∆γ )
2
=Φ devσ( M eκ0− χ ) − ≤ (E16.1)
3
∂Φ dev ( M e − χ ) ∂dev ( M e − χ ) ∂ ( M e − χ )
= : : ou
∂A p dev ( M e − χ ) ∂ (Me − χ) ∂A p
∂Φ 2 ∂σ κ
= − (E16.3)
∂κ 3 ∂κ
∂Φ dev ( M e − χ ) ∂dev ( M e − χ ) ∂ ( M e − χ )
= : : ou
∂X dev ( M e − χ ) ∂ (Me − χ) ∂X
∂Φ
=0 (E16.5)
∂ ( ∆γ )
∂σ κ ∂ NC n −1
NC
= ∑ α n ( κ ) = ∑ ( n − 1) α ( κ )n − 2
n 2
(E17.2)
∂κ ∂κ n 1 =
n
=
( κ ) K ( E0 + κ )
n
σ κ= (E18.1)
∂σ κ ∂
K ( E 0 +=
κ ) Kn ( E 0 + κ )
n n −1
= (E18.2)
∂κ ∂κ
σ κ ( κ ) = σ0 + ( σsat − σ0 ) 1 − e( )
− CκY
(E19.1)
∂σ κ
=
∂
∂κ ∂κ
{
( σsat − σ0 ) 1 − e( −=
CY κ )
}
CY ( σsat − σ0 ) e( − CY κ )
(E19.2)
APÊNDICE F
Geração das Malhas de Elementos Finitos Sólidos
O código computacional para geração das malhas de elementos finitos sólidos tem
início com a leitura da malha base, a qual é constituída de elementos sólidos hexaédricos com
aproximação polinomial linear (CHEN, 2005). É ilustrado um exemplo tridimensional de
malha base na figura F1, o qual será utilizado, ao longo deste Apêndice, para explicar o
algoritmo de geração. As faces dos hexaedros da malha base podem não ser perpendiculares
entre si.
Cada elemento hexaédrico da malha base, chamado aqui de elemento principal, é
mapeado a partir do espaço adimensional hexaédrico definido pelo conjunto
{( ξ , ξ , ξ ) ∈
1 2 3
3
/ 0 ≤ ξ1 , ξ2 , ξ3 ≤ 1} (ver figura 3.1), onde ξ1 , ξ 2 e ξ3 são as três
coordenadas adimensionais, e a partir das coordenadas de seus oito vértices, chamados aqui
de nós principais (ver figura F2). Assim, as coordenadas dos pontos pertencentes a cada
elemento principal, em relação ao sistema de coordenadas x1 , x 2 , x 3 (ver figura F1), é dado
por:
( xi ) φk ( ξ1 , ξ 2 , ξ3 ) ( i = 1, 3) ( k = 1, 8)
k
=
xi (F1)
onde ( x i ) é a coordenada, na direção i, do nó k; e φk é a função de forma (ASSAN, 2003)
k
Figura F1. Exemplo tridimensional de malha base (neste caso são quatro elementos sólidos
hexaédricos de aproximação linear, e dezoito nós). Os eixos x1 , x 2 e x 3 denotam o sistema (global)
de coordenadas, e os números no centro do círculo se referem ao número do elemento.
Nó ξ1 ξ2 ξ3
1 0.0 0.0 0.0
2 1.0 0.0 0.0
3 0.0 1.0 0.0
4 1.0 1.0 0.0
5 0.0 0.0 1.0
6 1.0 0.0 1.0
7 0.0 1.0 1.0
8 1.0 1.0 1.0
modo similar, com a malha base da figura F1, é possível aplicar, por exemplo, as seguintes
forças externas: força concentrada na direção x1 atuante no ponto com coordenadas (10, 8, 0 ) ;
pontos {( x , x , x ) ∈
1 2 3
3
/ x1 = 1 00 }
, ≤ x 2 ≤ 6, 0 ≤ x 3 ≤ 2 ; e força linear na direção x 3
{( x , x , x ) ∈
1 2 3
3
}
/ x1 = 2, x 2 = 0, 0 ≤ x 3 ≤ 2 . No código computacional desenvolvido neste
estudo para geração das malhas, os segmentos de reta com pontos restritos ou carregados
devem ser paralelos a um dos eixos x1 , x 2 e x 3 , e os planos com pontos restritos ou
carregados devem ser normais a um desses eixos. Detalhes da identificação dos nós restritos e
dos nós carregados são dados, respectivamente, nos itens F.5 e F.6 deste Apêndice.
Figura F3. Exemplos de malhas de elementos finitos hexaédricos gerados a partir da malha base da
figura F1. Os números de divisões correspondem, respectivamente, aos números de divisões das
arestas nas direções 1, 2 e 3, o valor gpa é o grau do polinômio aproximador, e os valores entre
parênteses correspondem ao número total de elementos hexaédricos e de nós gerados.
F.3. Incidência dos elementos
1 + ( gpa ⋅ ndv2 )
nn2 = (F2.2)
1 + ( gpa ⋅ ndv3)
nn3 = (F2.3)
(1 + gpa )
3
nnpe= (F2.7)
onde ndv1 , ndv2 e ndv3 denotam o número de divisões das arestas nas direções 1, 2 e 3,
respectivamente; e nepr é o número de elementos principais.
Cada elemento principal será dividido em ne hexaedros (equação F2.5). Com a
incidência dos elementos principais (ver seção F.1) e com os valores calculados nas equações
(F2), é determinada a incidência do primeiro hexaedro de cada elemento principal. Essa
determinação é realizada com o seguinte algoritmo:
Ciclo n = 1, ne
Ciclo k = 0, gpa
Ciclo j = 0, gpa
Ciclo i = 0, gpa
l = 1 + i + j ⋅ nn1 + k ⋅ nn1 ⋅ nn2
m =1 + j ⋅ (1 + gpa ) + k ⋅ (1 + gpa )
2
(F3)
inc 1 + ( n − 1) ⋅ ne, m = ( n − 1) ⋅ nn + l
onde inc [ a,b ] é a variável, no código computacional, que denota o nó de número (local) b do
elemento sólido hexaédrico de número a . Assim, a variável inc é a incidência dos elementos
hexaédricos gerados a partir da malha base. Com a incidência do primeiro hexaedro de cada
elemento principal, determina-se a incidência dos demais hexaedros de todos os elementos
principais com o algoritmo a seguir (ver equações F2):
Ciclo n = 1, ne
Ciclo k = 1, ndv3
Ciclo j = 1, ndv2
Ciclo i = 1, ndv1
Ciclo r = 1, nnpe
O cálculo das coordenadas de todos os nós dos hexaedros gerados a partir da malha
base (ver seção F.1) é realizado com a expressão (F1). Para isso, divide-se o espaço
adimensional hexaédrico {( ξ , ξ , ξ ) ∈
1 2 3
3
}
/ 0 ≤ ξ1 , ξ 2 , ξ3 ≤ 1 (figura 3.1) de acordo com o
i −1
ξ1 ( l ) = (F5)
nn1 − 1
j −1
ξ2 ( l ) =
nn2 − 1
k −1
ξ3 ( l ) =
nn3 − 1
Fim do ciclo i = 1, nn1
Fim do ciclo j = 1, nn2
Fim do ciclo k = 1, nn3
onde nn1 , nn2 e nn3 são, respectivamente, o número de nós nas direções 1, 2 e 3 em relação
ao espaço adimensional hexaédrico (ver figura 3.1). Com as coordenadas adimensionais dos
nós (algoritmo F5), são determinadas os valores das funções de forma em todos os nós. Para
isso, são empregadas as equações (E28), (E15.2), (E29) e (3.4). Por fim, com a expressão
(F1), são calculadas as coordenadas de todos os nós com relação ao sistema (global) de
coordenadas ( x1 , x 2 , x 3 ).
Figura F5. Eliminação dos nós repetidos para a malha base da figura F1.
X13 e X 32 , e todos os nós pertencentes a esse segmento de reta são impedidos de se deslocarem
na direção correspondente. Por fim, se a restrição é na área definida, por exemplo, pelas
expressões x1 = X1 , X12 ≤ x 2 ≤ X 22 e X13 ≤ x 3 ≤ X 32 , devem ser informados os valores X1 , X12 ,
X 22 , X13 e X 32 , e os nós pertencentes a essa área não podem se deslocar na respectiva direção.
x x x ξ
Jξ =
dx d (1)
=
dξ dξ
x 3 (1 − ξ ) + x 3( ) ( ξ ) =
2
d (1)
dξ ( 1
)
x 3 − x 3( ) ( ξ ) = L
(F6.2)
∂ ( TFext )
( Fext )i= pi ∫ φk J ξ =
dξ p i L ∫ φ k dξ
k
= (F6.3)
∂ ( yi )
k
ξ ξ
onde TFext é o trabalho da força externa (CODA, 2003; PASCON, 2008); p é o vetor de força
distribuída ao longo da aresta cujo eixo longitudinal é x e o comprimento é L (ver figura
F6); y é o vetor posição final (seção 3.1); o vetor ( y ) representa as três coordenadas do nó
k
direção i, atuante no nó k. O cálculo das integrais das funções de forma (equação F6.3) é
realizado numericamente com a quadratura unidimensional de Gauss-Legendre (ver Anexo
A). São descritos, na tabela F2, os valores das referidas integrais, isto é, as proporções de
forças nodais para cada trecho com carga linear uniformemente distribuída.
Figura F6. Aresta com carga linear uniformemente distribuída ( p ), e pertencente a elementos finitos
sólidos. Os vetores x( ) e x( ) representam as três coordenadas dos nós 1 e 2, respectivamente (neste
1 2
dA dx1dx 2 L 0
=
Jξ = = det 1 = L=
1L 2 A (F7.2)
dξ1dξ 2 dξ1dξ2 0 L2
∂ ( TFext )
( Fex )i t= = pi ∫ φk J ξ dξ1dξ= pi A ∫ ( φk ) dξ1dξ2
k
(F7.3)
∂ ( yi )
k 2
ξ ξ
onde TFext é o trabalho da força externa (CODA, 2003; PASCON, 2008); p é o vetor de força
uniformemente distribuída sobre a face (retangular) cuja área é igual a A e que está no plano
definido pelos eixos x1 e x 2 (ver figura F7); y é o vetor posição final (seção 3.1); o vetor
(y)
k
representa as três coordenadas do nó k; φk é a função de forma do elemento finito
quadrilateral (plano) relativa ao nó k; dA = dx1dx 2 = J ξ dξ1dξ 2 é um elemento infinitesimal de
x x ( ξ , ξ )
área (ver figura F7); J ξ é o determinante da transformação 1 = 1 1 2 (ver figura
x 2 x 2 ( ξ1 , ξ 2 )
F7); dξ é um elemento infinitesimal de área no espaço adimensional bidimensional quadrado
(ver figura F6); L1 e L 2 são as dimensões da face retangular na qual é aplicada a carga (ver
figura F6); e ( Fext )i é a força externa, ao longo da direção i, atuante no nó k. O cálculo das
k
integrais das funções de forma (equação F7.3) é realizado numericamente com a quadratura
bidimensional de Gauss-Legendre (ASSAN, 2003).
Figura F7. Face com carga superficial uniformemente distribuída ( p ), e pertencente a elementos
()
1 ( )
2 ( )
3
finitos sólidos. Os vetores x , x e x representam as três coordenadas dos nós 1, 2 e 3,
respectivamente (neste caso, a face carregada é normal ao eixo x 3 e, portanto, os comprimentos L1 e
L 2 são, respectivamente, a diferença entre as coordenadas dos nós 1 e 2 na direção x1 , e a diferença
entre as coordenadas dos nós 1 e 3 na direção x 2 ).
Ciclo=j 0, ( i − k )
( )( ) + j + i + 1 ⋅ k − ( k − 1) ⋅ k
i −1 m + 1 ⋅ m + 2
l =1 + ∑ ( )
m =0 2 2
k ⋅ gpa ]
inc tetr [ 6 jj −
= 4, l] inc jj,1 + ( gpa + 1) ⋅ gpa − i ⋅ ( gpa + 1) + j +
k − k ⋅ ( gpa + 1)
2
inc tetr [ 6 jj − 2, l=
] inc jj,1 + gpa ⋅ ( gpa + 1) + i + i ⋅ ( gpa + 1) −
2
k − k ⋅ (1 + gpa ) + (1 + gpa )
2
inc tetr [=
6 jj, l] inc jj,1 + gpa + i ⋅ ( gpa + 1) + i ⋅ ( gpa + 1) −
2
j ⋅ ( gpa + 1) − k − k ⋅ (1 + gpa )
2 2
Fim do ciclo=j 0, ( i − k )
onde nte é o número total de elementos finitos hexaédricos (equação F2.6); a variável inc [ ]
é a incidência dos elementos hexaédricos (ver algoritmo F3); e inc tetr [ ] é a incidência dos
elementos finitos tetraédricos. Como cada hexaedro é dividido em seis tetraedros, o número
total de elementos finitos tetraédricos é:
= ( nte ) 6 ( nepr=
nte tetr 6= )( ne ) 6 ( nepr )( ndv1)( ndv2 )( ndv3) (F9)
onde nepr é o número de elementos principais (ver seção F.1); ne é o número de hexaedros
em cada elemento principal; e ndv1 , ndv2 e ndv3 denotam o número de divisões das arestas
dos elementos principais nas direções 1, 2 e 3, respectivamente (ver seção F.2).
No caso do elemento finito sólido tetraédrico, as forças superficiais são distribuídas
sobre as faces triangulares dos tetraedros (ver figura F8). Assim, as integrais (F7.3) são
calculadas no espaço adimensional triangular definido pelo conjunto de pontos
{( ξ , ξ ) ∈
1 2
2
}
/ 0 ≤ ξ1 , ξ 2 , ξ1 + ξ2 ≤ 1 . São descritas, na tabela F3, as proporções de forças
nodais para cada área triangular com carga superficial uniformemente distribuída.
Tabela F3. Proporções de forças para carga superficiais uniformemente distribuídas nas faces
triangulares dos elementos sólidos tetraédricos.
(continua)
(conclusão)