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Trabalho de Espermatogenese

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SANTO ANDRÉ – UNIABC

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

ESPERMATOGÊNESE

Trabalho apresentado à unidade de


ensino Ciências Morfofuncionais
Veterinária Aplicadas ao Sistema Gênito
Urinário do Curso de Medicina Veterinária
da UNIABC, como requisito parcial a sua
integralização.

Prof. (a).: Gislaine

Acadêmico (a): Carolina Duarte F.Leite

Ana Carolina Rodrigues

Fabiana Manzi

Hortência Tavares Avelino

Maria Eduarda Costa Zem

Matheus F. Cardoso

Scarlett Lopes Duarte


Introdução à espermatogênese

A espermatogênese é um processo no qual ocorre a formação dos gametas


masculinos, os espermatozoides, durante a puberdade até o fim da vida do
indivíduo. A temperatura ideal para que aconteça é de 1ºC menor que a
temperatura corporal. O processo da espermatogênse é subdividido em
espermatocitogênese (divisões mitóticas) e espermiogênese. A eficiência da
espermatogênese aumenta progressivamente a partir da puberdade até ocorrer a
maturidade sexual, quando a interação entre células de sertoli e células
espermatogênicas se estabilizam.

Desenvolvimento das espermatogônias e túbulos seminíferos

Após chegar na gônada masculina em desenvolvimento, as células


germinativas primordiais localizam-se em cordões sólidos de células de
sustentação primitivas, as progenitoras das células de Sertoli, que se
desenvolvem do epitélio superficial da gônada. Pouco antes da puberdade, os
cordões celulares desenvolvem-se nos túbulos seminíferos dos testículos. Em
paralelo, as células de sustentação gradualmente assumem as características
das células de Sertoli e as células germinativas primordiais desenvolvem-se em
espermatogônias.
Espermatocitogênese

A Espermatocitogênese é a fase proliferativa, qual as espermatogônias


multiplicam-se por uma série de divisões mitóticas seguidas de divisões
meióticas, que formam a contagem haplóide. Durante a fase mitótica, as células
tronco dão origem a duas outras, uma vai servir para a renovação da população
de células tronco e a outra entra no processo espermatogênico seminíferos. As
espermatogônias estão localizadas nos túbulos seminíferos, próximas da
circulação sanguínea. São diferenciadas em três tipos: tipo A, intermediárias e
tipo B.

As espermatogônias tipo A sofrem divisão mitótica, até produzirem grandes


quantidades de espermatogônias do tipo B. Essas por sua vez, passam por
outras divisões mitóticas, formando os espermatócitos primários com dois
cromossomos (2n).

Os espermatócitos primários sofrem divisão meiótica, formando os


espermatócitos secundários, que também sofrem meiose e formam as
espermátides (metade da contagem de cromossomos, ou n).

Espermiogênese

Essa fase é responsável pela maturação das espermátides enquanto ainda


estão no compartimento adluminal. Aqui, ocorrem as modificações nucleares e
citoplasmáticas para formar os flagelos na célula. As espermátides maduras são
liberadas no lúmen dos túbulos seminíferos já na forma de espermatozoides.O
processo da espermiogênese se divide em quatro fases:

 Golgi- os espermatídeos, que até este ponto apresentam


maioritariamente uma simetria radiada, começam a desenvolver
polaridade. Os centríolos se posicionam no polo oposto ao da formação
do acrossoma.
 Capuz- o grânulo acrossômico achata-se e cobre uma porção maior do
núcleo da espermátide.
 Acrossômica- o grânulo acrossômico é reestruturado em um acrossomo,
o qual contém enzimas importantes para a penetração do espermatozoide
nos revestimentos do ovócito durante a fertilização.O citoplasma é
alocado para o desenvolvimento da cauda e a medida que essas
modificações ocorrem, a espermátide gira de forma que o acrossomo
fique voltado para a lâmina basal do túbulo seminífero e a cauda em
desenvolvimento fique voltada para a luz.
 Maturação- ocorre o desenvolvimento da cabeça e da cauda do
espermatozoide. A maior parte do citoplasma, incluindo a maioria das
organelas, é separada formando o corpo residual (o qual é fagocitado
pelas células de Sertoli), e as espermátides são desconectadas umas das
outras. Finalmente, o espermatozoide é liberado das células de Sertoli
para a luz dos túbulos seminíferos.

Esquema dos estágios da Espermatogênese


Transporte Epididimal

Os espermatozoides recém formados são praticamente imóveis, com isso, são


transportados ao epidídimo através das secreções liquidas dentro dos túbulos
seminíferos e da rede testicular e pela atividade dos elementos contrateis dos
testículos, que direcionam este líquido para a cabeça do epidídimo. O segmento
principal do epidídimo onde os espermatozoides são armazenados no trato
reprodutivo é a cauda (último segmento).

Espermatócitos

São as células da linhagem germinativa em meiose, formadas pela última divisão


espermatogonial. A meiose compreende duas divisões: as células da primeira
são chamadas de espermatócitos primários e como segunda, espermatócitos
secundários. Logo depois de sua formação, o núcleo dos espermatócitos primários é
muito semelhante ao de sua célula progenitora, uma espermatogônia B. Da forma que há
uma variação na configuração da cromatina da espermatogônia B, entre as espécies,
também vai haver uma variação correspondente na morfologia nuclear dos espermatócitos.

Espermatozóides

O comprimento do espermatozoide quando é liberado varia de acordo com a


espécie, mas varia de aproximadamente 60 μm no canino a 75 μm no bovino.
Ele apresenta duas estrutras: cabeça e cauda (subdividida em colo, peça
intermediária, peça principal e peça terminal).

O colo forma uma lâmina basal que interliga a cabeça à peça intermediária(onde
há grande presença de mitocôndrias espiraladas e axonema). Esta região é
muito frágil e contém uma estrutura complexa de onde partem as nove fibras
densas que se projetam por quase toda a extensão da cauda.
Controle hormonal

As células de Leydig e Sertoli são responsáveis por produzir hormônios nos


testículos. A produção de testosterona pelas células de Leydig é controlada pela
gonadotrofina conhecida como hormônio de estimulação das células intersticiais.

As células de Sertoli localizam-se junto à lâmina basal dos túbulos seminíferos,


e seu citoplasma envolve as células germinativas, estendendo-se até o lume
tubular. Tem como função a formação de uma barreira hemato-testicular,
controle da maturação e da migração das células germinativas, síntese de
proteínas e esteroides e controle da passagem das secreções.

Anormalidades espermáticas e suas causas

Gota citoplasmática proximal (GCP)- Em animais jovens ocorre devido a


incompleto desenvolvimento do epitélio epididimal. Nos adultos por degeneração
do epitélio seminífero causado por estresse térmico e doenças

Knobbed sperm- Estresse térmico (distúrbio de termorregulação testicular)


causado por transporte, doenças, genético e intoxicações

Cabeça piriforme- pode ser causada pela genética; estresse térmico (distúrbio
de termorregulação testicular); nutricional e uso de corticosteroides.

Estreito na base- também por genética; estresse térmico (distúrbio na


termorregulação testicular.

Vacúolos nucleares- Estresse térmico (distúrbio na termorregulação testicular);


distúrbios hormonais; nutricionais e genéticos

Cauda fortemente enrolada ou dobrada- Estresse térmico e distúrbio do epitélio


epididimal

Peça intermediária anormal- Incompleto desenvolvimento do epitélio epididimal;


imaturidade; solução hipotônica; distúrbios dos fluídos do epidídimo e das
glândulas anexas

Quebra de cromatina- Estresse térmico; causas genéticas

Gota citoplasmática distal (GCD)- Estresse térmico e incompleto


desenvolvimento do epitélio epididimal (imaturidade).

Cabeça isolada- Estresse térmico; laminites; toxemias; degeneração testicular;


hipoplasia; inflamações das glândulas anexas; animais com longo período sem
coletas de sêmen e manipulação errada do ejaculado
Cabeça microcéfala- Estresse térmico; febre; nutricional; adaptação ao
confinamento; distúrbio do epitélio seminífero (animais jovens) e obesidade
(animais adultos)
Conclusão

Ao que se refere espermatogênese, pode- se dizer que é um processo


complexo e fundamental na vida do indivíduo que possui diversas fases
interligadas. Para identificar e corrigir uma anomalia na formação da célula
reprodutora, é importante conhecer as condições necessárias para que esse
processo aconteça da forma ideal e o que pode influenciar o aparecimento de
alguma irregularidade.

Referências

REECE, William. Dukes – Fisiologia dos Animais Domésticos. 13. ed. (2017)
HYTTEL, Morten. Embriologia Veterinária. Ed única. (2012)

COLVILLE, Thomas. Anatômia e Fisiologia clínica para Medicina Veterinária.


2 ed. (2010)

Embriologia básica 8º edição


DUARTE, Eduardo. Características ultra-estruturais e diferenciativas das
espermátides de piracanjuba (Brycon orbignyanus) durante a
espermiogênese. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
95962000000300002

SAMPAIO, Deiler. Espermatogênese em mamíferos. [PDF file]. Disponível


em:https://www.researchgate.net/profile/Deiler_Costa/publication/294693135_E
spermatogenese_em_mamiferos/links/595b8b15458515117741a5e4/Espermat
ogenese-em-mamiferos.pdf

MARTINS, Carlos. Atlas de Morfologia Espermática Bovina. [PDF file]. 1 ed.


(2016)

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