Yara Maria Garbelotto Revisada
Yara Maria Garbelotto Revisada
Yara Maria Garbelotto Revisada
SÃO PAULO
2017
YARA MARIA GARBELOTTO
SÃO PAULO
2017
É expressamente proibida a comercialização deste documento, tanto na sua
forma impressa como eletrônica. Sua reprodução, total ou parcial, é permitida
exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, desde que na reprodução
figure a identificação do autor, título, instituição e ano da dissertação.
Catalogação da Publicação
Serviço de Documentação
À minha orientadora, Profa. Dra. Sonia Maria Viggiani Coutinho, pelo apoio e
incentivo, pela dedicação e carinho nesta jornada de aprendizagem.
Aos professores Pedro Roberto Jacobi, Renata Ferraz de Toledo e Liège Mariel
Petroni, que contribuíram imensamente com novas reflexões e ponderações sobre
diversos aspectos desta pesquisa.
A todos “aqueles que passam por nós, não são sós, não nos deixam sós. Deixam
um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupéry).
EPÍGRAFE
Nas últimas décadas, os governos municipais brasileiros vêm adotando uma abordagem
participativa na elaboração, implementação e monitoramento de diversas políticas
públicas setoriais. Por indução das esferas governamentais superiores, por
financiamento de órgãos internacionais, ou pela autonomia jurídica que lhes foi
concedida pela Constituição de 1988, os municípios brasileiros criaram ou reproduziram
diversos mecanismos de participação social: ouvidorias, conselhos municipais,
conferências temáticas, orçamentos participativos, audiências públicas, etc. Porém, o
êxito desses mecanismos - no sentido de incluir os atores que estão à margem dos
processos decisórios - não depende unicamente de sua institucionalização. Diversos
fatores interferem na decisão de indivíduos e de organizações sociais em ocupar estes
espaços governamentais. Se há interesse em lograr êxito com essa abordagem, é
importante compreender como estes fatores atuam no território e o que o governo
municipal pode fazer para aprimorar suas práticas. Um diagnóstico correto é o primeiro
passo, e o uso de uma ferramenta específica - desenhada para o poder público e focada
nas iniciativas governamentais de participação - pode auxiliar no aperfeiçoamento das
práticas correntes e na seleção de melhores estratégias. Em não se encontrando
instrumentos brasileiros com estas características, a adaptação de instrumentos
estrangeiros pode ser uma alternativa. Com esse cenário, o objetivo dessa pesquisa é
validar uma ferramenta analítica, elaborada pela União Europeia, voltada ao diagnóstico
das iniciativas governamentais de participação: a ferramenta CLEAR. Para tanto,
utilizou-se de: i) levantamento bibliográfico e documental para embasamento
conceitual; ii) adaptação transcultural da ferramenta, incluindo oficina com especialistas
para validação do conteúdo; iii) estudo de campo para aplicação teste da ferramenta. O
estudo de campo ocorreu em Barueri, município do Estado de São Paulo, e a análise
centrou-se nas iniciativas participativas da Secretaria de Recursos Naturais e Meio
Ambiente. Constatou-se que a ferramenta é amigável para adaptação ao contexto
nacional. O processo de diagnóstico exige conhecimentos técnicos qualificados e um
tempo médio de seis meses para conclusão, mas promove uma reflexão positiva entre
seus participantes, fomentando a revisão das práticas participativas em curso. Os
resultados gerados pela aplicação-teste em Barueri indicam que a ferramenta CLEAR
pode ser válida para o contexto brasileiro, mas recomendam-se mais experiências para
ajustes finos à nossa realidade sociocultural.
Since the 1990s, several initiatives to improve citizen participation have been created by
local authorities in Brazil. Councils that monitore and propose public policies, thematic
conferences that make recommendations of public policies, participatory processes for
the definition of part of a municipality´s budget and public hearings to consult the
population on certain topics are the most widespread examples. However, getting
people to participate is not a simple task. Several factors interfere in the decision of
individuals and social groups to participate. Local authorities can strengthen citizen
participation, but they need to better understand the obstacles as well as the possible
boosters that exist in their localities. A good assessment is the first step. Using a specific
tool can help analyze various dimensions of engagement, which contribute to selecting
better strategies. As there are not any tools available in Brazil at the moment, foreign
instruments may be a viable alternative. This dissertation aims to validate an analytical
tool, which was developed by the Council of Europe to assess processes related to
public participation at the local level: the CLEAR tool. Therefore, this study relied
on: i) bibliographical and documental research; ii) cross-cultural adaptation, which was
done by translating and developing a workshop with experts; iii) pilot project in
Barueri, a city in the state of São Paulo. The pilot project focused on participatory
initiatives of the municipality’s environmental department: Secretaria de Recursos
Naturais e Meio Ambiente. The study demonstrates that the self-assessment process
requires qualified technical knowledge and takes an average time of six months. On the
other hand, it provides an opportunity for collective reflection, regarding current
practices. The CLEAR tool proved to be valid for the Brazilian context, but further
experiments are needed to ensure fine adjustments to our sociocultural reality.
INTRODUÇÃO
Em dezembro de 2015, a Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente, de
Barueri, organizou seu terceiro encontro municipal para apresentar os resultados de
mais um ano de trabalho dentro do Programa Cidades Sustentáveis 1. Mais do que um
momento de prestação de contas, os encontros eram concebidos desde o início como
uma oportunidade de ampliar o diálogo com a população e convidar mais interessados a
integrar o processo de execução do Programa na cidade.
Todos os preparativos foram previstos como nos anos anteriores, com presença
de um convidado externo para fazer uma palestra e também de breves apresentações de
boas práticas, para tornar a programação mais atrativa. Foi feita a divulgação no Jornal
Oficial e no portal da Prefeitura; convites impressos e digitais foram enviados a todos os
possíveis interessados para ampla divulgação. Escolheu-se um local no centro da cidade
com acesso fácil, via transporte público, e estacionamento para os veículos particulares.
A novidade era de que, por solicitação de diversos atores envolvidos, o evento não seria
durante o dia, em horário de trabalho, mas sim à noite, para que mais gente pudesse
participar.
Esse foi o evento que registrou o menor número de participantes, dos quatro
realizados entre 2013 e 2016. No ano seguinte, o evento voltou a ocorrer durante o dia.
Situações como essa podem ser interpretadas pelo poder público como o simples
desinteresse da população em participar. Afinal, é reconhecido que somente a existência
de espaços participativos não é garantia suficiente para que os atores preferenciais
participem de fato, uma vez que eles podem optar por não se envolver (CORTES,
2007).
Porém, a não participação individual ou de organizações sociais - em espaços
promovidos pelo poder público pode também ser reflexo de um pragmatismo da
sociedade em investir em outros espaços que retornem melhores resultados para suas
demandas (EMPINOTTI, 2011), ou mesmo de processos de exclusão (CONSELHO DA
EUROPA, 2008).
Estas três situações cotidianas ilustram níveis distintos de problemas
relacionados à participação, que Modesto (2005) identificou como apatia, abulia e
acracia.
Apatia política é a falta de estímulo para a participação. Relaciona-se à falta de
informação, de vias de comunicação diretas e ágeis, falta ou excessiva demora de
resposta às solicitações ou críticas, falta de tradição participativa.
1
Programa desenvolvido pela Rede Nossa São Paulo, baseado na elaboração e
monitoramento de indicadores e metas municipais. As prefeituras interessadas se vinculam
voluntariamente por meio da assinatura de uma Carta Compromisso. Mais informações em:
<www.cidadessustentaveis.org.br>.
17
2
Conferência do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos, realizada
em junho de 1996 em Istambul, Turquia.
3
Prof. do Centro Universitário FEI. Palestrante da Mesa Redonda “Dimensões
intraorganizacionais no setor público: planejamento governamental, inovação na
administração municipal e gestão de pessoas”, II Colóquio de Estudos em Gestão de Políticas
Públicas, Escola de Artes e Ciências Humanas – EACH/USP, 29 de setembro de 2016.
19
Trata-se de estudos relevantes, mas que não têm em seu escopo nem a pretensão
de realizar um diagnóstico nem o entendimento do poder público enquanto agente de
influência na participação.
Na busca por instrumentos estrangeiros, encontrou-se uma ferramenta analítica
desenvolvida pelo Comitê Europeu para Democracia Local e Regional (CDLR),
desenhada especificamente para governos locais mapearem os fatores existentes em
seus territórios que incidem sobre suas iniciativas participativas: a ferramenta CLEAR.
(CONSELHO DA EUROPA, 2008).
Em havendo um instrumento estrangeiro, não se deve desconsiderar o fato do
CDLR integrar o Conselho da Europa, instituição com longa tradição no fortalecimento
da democracia local e da participação, envolvida em diversas atividades teóricas e
empíricas nesses campos (CONSELHO DA EUROPA, 2008).
Não se deve desconsiderar também o vínculo histórico-cultural existente entre a
Europa e a América, em especial os países latino-americanos.
Milani (2008, p. 553-555) aponta que as sociedades latino-americanas e
europeias apresentam profunda variação em termos de cultura política, confiança nas
instituições, respeito às normas sociais e construção da cidadania. Porém,
OBJETIVO GERAL
Fazer adaptação transcultural e usar experimentalmente uma ferramenta analítica
voltada à compreensão dos fatores de engajamento social atuantes em uma
municipalidade, possibilitando ao poder público local moldar suas iniciativas de
participação.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conhecer as práticas participativas mais empregadas pelos municípios
brasileiros.
Conhecer os principais modelos teóricos que analisam a predisposição
individual e coletiva à participação.
Conhecer os procedimentos relacionados ao uso da ferramenta CLEAR e as
experiências realizadas em municípios europeus.
Analisar o uso e os resultados gerados pela ferramenta junto a um órgão
executivo municipal, para aperfeiçoamento ao contexto nacional.
ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO
O Capítulo 1 apresenta os conceitos que permeiam toda a dissertação. Inicialmente,
apresenta o campo de análise de políticas públicas e suas dimensões de análise.
Posteriormente, traz o processo histórico de concepção dos formatos institucionais de
participação, com foco nos governos municipais. Por último, apresenta as teorias mais
disseminadas sobre a propensão ao engajamento social. O Capítulo 2 apresenta a
ferramenta CLEAR, com seu contexto de desenvolvimento, seu embasamento
conceitual e as experiências desenvolvidas em municípios europeus. O Capítulo 3
apresenta o município de Barueri/SP, com suas principais características
socioeconômicas, e seu órgão gestor de meio ambiente, instituição na qual foi aplicada a
ferramenta CLEAR. O Capítulo 4 traz a abordagem metodológica adotada, partindo da
caracterização e delineamento da pesquisa, passando pela apresentação do objeto de
estudo, pelos levantamentos de literatura e documental, explicitando as técnicas de
coleta de dados e a indicação do método usado na análise dos resultados. O Capítulo 5
contém a apresentação e análise dos resultados, criando um diálogo triangulado entre os
autores consultados, os resultados obtidos e o contexto de realização da pesquisa.
Finalmente, no Capítulo 6 apresentam-se as considerações finais sobre os principais
resultados encontrados, as possibilidades de uso da ferramenta CLEAR nos municípios
brasileiros e apontam-se caminhos para novas pesquisas na área.
24
4
De acordo com Secchi (2010), o termo burocracia pode ter três conotações: disfunção
procedimental (conotação popular), modelo organizacional (conotação administrativa) e
corpo de funcionários públicos concursados (conotação das ciências políticas). Esta última
conotação é a utilizada neste trabalho.
29
IDENTIFICAÇÃO DO
PROBLEMA
FORMAÇÃO DE
EXTINÇÃO
AGENDA
ANÁLISE E
AVALIAÇÃO E
FORMULAÇÃO DE
AJUSTES
ALTERNATIVAS
TOMADA DE
MONITORAMENTO
DECISÃO
IMPLEMENTAÇÃO
Formato Participação
(consultivo ou (direta ou Relações com governo Permanente ou eventual Funcionamento Geral
deliberativo) representação)
38
39
(continuação do Quadro 1)
Formato Participação
(consultivo ou (direta ou Relações com governo Permanente ou eventual Funcionamento Geral
deliberativo) representação)
39
40
2) As pessoas são menos propensas a participar se elas acham que não há diferença
significativa entre as alternativas e, portanto, o que ela fizer não importará;
3) Um indivíduo é menos propenso a participar se ele entende que o que ele faz não
importa, porque de qualquer maneira ele não pode mudar significativamente o
resultado final;
5) Uma pessoa é menos propensa a participar se ela sente que seu conhecimento é
muito limitado para ser efetivo;
Este aspecto é considerado por Avritzer (2003), em seu estudo sobre processos
de orçamento participativo. Ele constata que cidades de pequeno e médio porte em geral
contam com pouca infraestrutura associativa, mas a ausência dessa infraestrutura parece
46
ser compensada, pelo menos nos casos estudados, pela questão da escala, sendo a
participação incentivada diretamente pelo poder público.
No caso de Porto Alegre/RS, cidade de grande porte, a densidade associativa é
alta e o autor demonstra que esse capital social é extremamente importante para o
sucesso do Orçamento Participativo local.
Por fim, o Modelo de Desenho Institucional aponta que existem elementos e
fatos da realidade que constrangem a capacidade de engajamento e participação, e são
chamadas de estruturas de oportunidade. O núcleo teórico aponta que as regras
informais interferem na decisão. Nesse sentido, as instituições podem fomentar a ação
coletiva criando “estruturas de oportunidade” política para grupos sociais (VAZ, 2013).
Vaz (2013), em um estudo comparativo de três instituições participativas
diferentes, demonstrou que o desenho institucional influencia diretamente no perfil dos
atores que participam.
Pires (2011) afirma que ações concretas que visam aperfeiçoar o desenho, as
regras e os procedimentos, no interior de mecanismos participativos, contribuem para
ampliar tanto sua efetividade quanto a legitimidade desses espaços.
Rennó (2003), em seu estudo sobre engajamento social nos países da América
Latina, aponta que a existência de canais e de garantias oferecidas pelas instituições
formais é fator preponderante sobre os aspectos vinculados ao modelo de capital social.
Para alguns autores, a decisão de participar advém muito mais do conjunto de
oportunidades abertas ao cidadão do que de outros fatores, como condições
socioeconômicas ou mesmo interesses específicos (VAZ, 2013).
Uma variável importante dentro desse modelo é a responsividade, ou seja, a
capacidade deliberativa de vincular as decisões das instâncias participativas a ações do
governo (VAZ, 2013).
Para Quintas (2006), qualquer processo coletivo de mobilização e discussão se
esgota, caso não hajam consequências práticas com algum retorno palpável que seja
percebido pelos seus participantes.
Em seus estudos sobre orçamento participativo, Avritzer (2003) aponta como
fator de fortalecimento, ou enfraquecimento da participação, a capacidade financeira do
município de implantar os resultados do processo participativo, ou seja, de responder
aos munícipes sobre as demandas recebidas.
Percebe-se que em todas as perspectivas apresentadas encontram-se argumentos
consistentes e amplamente reconhecidos como fatores determinantes do engajamento
político-social (VAZ, 2013).
47
atores governamentais se comportam faz mais diferença sobre a escolha das pessoas por
participar ou não, ou seja,
A participação
dos cidadãos
Os recursos
depende do
para participar Sentimento de A participação
Os cidadãos grau de retorno
contam pertencimento precisa de
participam se que eles
e ligação é uma oportunidades
são chamados esperam
O recurso premissa e canais
DESCRIÇÃO
individual que as
Mobilizar as Quando
pessoas têm de Comprometer-se A infraestrutura
pessoas para perguntadas, as
mobilizar e em participar social de grupos
participar, pessoas dizem
organizar (fala, requer uma e organizações
solicitando suas que vão
escrita e identificação faz diferença
contribuições, participar se
habilidades com a entidade porque cria ou
pode fazer uma forem ouvidas
técnicas, bem pública que é o bloqueia uma
grande (não
como confiança foco do oportunidade de
diferença. necessariamente
para usá-las) faz engajamento. participação.
atendidas) e
diferença.
capazes de ver
uma resposta.
Nível de
instrução Tipos de
VARIÁVEIS
Formas de Escuta
Emprego e Identidade organização
participação Equilíbrio e
classe social Homogeneidade social
Estratégia priorização
Demografia Confiança Atividades
Alcance e Feedback e
Recursos Cidadania Infraestrutura
Diversidade educação
Habilidades social
Conhecimentos
Fonte: Elaboração própria, com base em Conselho de Europa (2008).
50
C 17 15 32
L 28 10 9
E 22 25 14
A 17 30 14
R 17 20 32
Com estes valores atribuídos, foi construída uma representação visual que os
autores denominaram Perfil CLEAR do município. Estes perfis não devem ser
confundidos com um procedimento de pontuação pré-determinado (quando se plota
diretamente as respostas de um questionário, ou seus índices matematicamente
calculados). O chamado Perfil CLEAR é construído a partir das interpretações dos
resultados e, portanto, carrega em si os resultados de um processo deliberativo
5
Segundo Nascimento e Aires (2013), a formulação de tipos ideais é um procedimento
metodológico usado para garantir qualificação científica às ciências histórico-sociais e
cumpre duas funções básicas: fornecer um referencial para os fenômenos observados,
facilitando sua classificação e comparação, e servir de estrutura para generalizações,
permitindo a explicação causal das situações estudadas.
6
A soma pode não ficar em 100% por conta de arredondamento nos cálculos (CONSELHO
DA EUROPA, 2006b).
56
100
80
60
40
20
0
Málaga Bratislava Utrecht
C L E A R
7
Sua inauguração aconteceu na verdade em três etapas: 10 de novembro de 1968, com o
trecho de São Paulo a Torre de Pedra; 31 de janeiro de 1971, no trecho Torre de Pedra a
Avaré; e em abril de 1992, no trecho final (SÃO PAULO, 2016).
8
As terras na futura região de Alphaville, além de não fazerem parte do mercado de terras
urbanas, eram terras aforadas pertencentes à União, o que as tornava muito baratas
(GUERRA, 2013).
63
9
“Uma alternativa para a explosão das metrópoles”. Folha de S. Paulo, São Paulo, 8 jan.
1978. Local, Caderno 2, p.26.
64
10
Dados de 2010. O IDHM é uma adaptação da metodologia do IDH Global feita pelo PNUD
Brasil, Ipea e Fundação João Pinheiro. Considera três dimensões de avaliação: longevidade,
educação e renda. O IDHM é um número que varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1,
maior o desenvolvimento humano do município. Metodologia completa disponível em:
<http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/o_atlas/idhm/>.
11
Dados da Edição 2015 (ano-base 2013). O IFDM é um estudo do Sistema FIRJAN que
acompanha o desenvolvimento socioeconômico dos municípios brasileiros em três áreas:
Emprego & renda, Educação e Saúde. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo).
Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento da localidade. Metodologia completa
disponível em: <http://www.firjan.com.br/ifdm/consulta-ao-indice/>.
12
Dados da Edição 2014 (Ranking 2012). O IPRS é um indicador desenvolvido pela
Fundação SEADE e inspirado no IDH. Exprime sinteticamente as dimensões
riqueza, longevidade e escolaridade dos municípios do Estado de São Paulo, e quando
combinados geram uma tipologia que classifica estes municípios em cinco grupos, de 1
(melhor desempenho) a 5 (pior desempenho). Metodologia completa disponível em:
<http://indices-ilp.al.sp.gov.br/view/pdf/iprs/metodologia.pdf>.
13
Exercício 2015. O IEGM é um indicador concebido pelo Tribunal de Contas do Estado de
São Paulo que busca avaliar a efetividade das políticas e atividades públicas de 644
prefeituras paulistas. É composto por 7 índices setoriais, consolidados em um único indicador
final que varia de A (altamente efetiva) a C (baixo nível de adequação). Metodologia
completa disponível em: <http://www4.tce.sp.gov.br/sites/tcesp/files/manual-iegm-
tcesp_0_0.pdf>.
14
O índice de Gini é um instrumento para medir o grau de concentração de renda em
determinado grupo. Ele aponta a diferença de rendimento entre os 20% mais pobres e os 20%
65
Ainda assim, a SEMA empenhou-se nos últimos anos para criar fontes
alternativas de renda com recursos oriundos de serviços, taxas de fiscalização e
licenciamento, compensação ambiental e parcerias diversas (BARUERI, 2016a). A
construção do CETAS e a aquisição de um veículo adaptado para ações de educação
ambiental (chamada Base Móvel de Educação Ambiental) são dois exemplos de ações
realizadas graças a essas fontes alternativas.
Em termos de instituições participativas de iniciativa da SEMA, percebe-se a
realização de audiências públicas vinculadas às consultas públicas dos seguintes Planos
Municipais: Plano de Saneamento Básico – setorial limpeza urbana (em 2010), Projeto
da Unidade de Recuperação Energética – URE Barueri (2010), Política Municipal de
Educação Ambiental (2012), Plano de Saneamento Básico – setorial água e esgoto
(primeira versão em 2011, segunda versão em 2013) e Plano de Saneamento Básico –
setorial drenagem urbana (2013). As audiências ocorreram em sua maioria na Câmara
16
Dados do Ciclo 2016. O PMVA é um programa da Secretaria de Estado de Meio Ambiente
que avalia a gestão ambiental dos municípios paulistas por meio de 10 diretivas. A pontuação
varia de 0 a 100, sendo este último o melhor desempenho. Os municípios com mais de 80
pontos são certificados. Mais informações em:
<http://www.ambiente.sp.gov.br/municipioverdeazul/>.
17
Exercício 2015. Cf. nota 13.
70
O material de análise não foi enviado previamente, mas foi inserido em uma
matriz para facilitar as sugestões a cada questão individualmente e foi feita cópia
impressa para cada participante, entregue no dia.
A oficina foi elaborada para três horas de duração, sem uso de recursos
audiovisuais no intuito de tornar mais ágil o encontro. Organizou-se a programação em
três etapas: apresentação oral da origem e do embasamento teórico da ferramenta
CLEAR, apresentação e entrega do roteiro-base, e diálogo entre os participantes.
papel é conduzir todo o processo, a composição mínima deve contar com representantes
políticos e servidores públicos, mas recomenda-se a ampliação do grupo com
representantes da sociedade civil, pesquisadores (preferencialmente de instituições
locais de ensino) e mesmo com consultores externos. O grupo deve ser pequeno para
manter-se operacional e não precisa ser formalizado.
Em Barueri, optou-se pela composição ampliada do grupo de coordenação, com
representantes da sociedade civil e de instituição de ensino local somando-se aos
funcionários públicos locais e ao representante político.
O convite aos potenciais participantes foi feito seguindo uma amostragem por
conveniência e por julgamento (APPOLINÁRIO, 2012), amostragens não-
probabilísticas nas quais os sujeitos são escolhidos em função de sua disponibilidade
para participar e por serem considerados mais significativos dentro da população
amostral.
Terceira etapa: aplicação da ferramenta, ou seja, levantamento das informações
selecionadas na etapa anterior. Não há prescrição de uma metodologia única, e sim o
reconhecimento de que somente quando várias fontes e métodos são cruzados e usados
de forma complementar uma visão abrangente e válida do município pode ser obtida. A
combinação exata de fontes (bancos de dados, opinião popular, etc.) e métodos
(pesquisa documental, entrevista, questionário, grupos de discussão, etc.) a ser usada
depende dos recursos disponíveis e do esforço que se quer empenhar no diagnóstico.
Em Barueri, foram definidas três fontes de informações: bancos de dados
oficiais; servidores da SEMA; população residente do município, acima de 15 anos.
A coleta de dados secundários contou com apoio do Núcleo de Informações
Ambientais do Departamento de Planejamento Ambiental. Havia muitos dados
disponíveis, por conta especialmente de dois fatores: o Programa Cidades Sustentáveis,
do qual o município é signatário desde 2013 e cuja base de trabalho é uma ampla
plataforma digital de indicadores municipais; e a revisão decenal do Plano Diretor
Municipal, colocada para consulta pública em novembro de 2016.
Para coleta de dados junto à população e aos servidores, optou-se pelo
questionário, construído de acordo com a técnica do funil, segundo a qual cada questão
deve relacionar-se com a anterior apresentando maior especificidade (GIL, 2008). Desta
forma, uma vez selecionadas as questões que seriam usadas e determinado a quem
seriam aplicadas (algumas perguntas foram aplicadas tanto para a população quanto
para os servidores, com adequações de linguagem), elas foram reorganizadas em uma
ordem lógica, fora de sua dimensão CLEAR original. Para não haver perda de
informação, as perguntas mantiveram sua numeração original.
Com as versões preliminares dos questionários, foram feitos 06 testes de cada
um, por entrevista. Novas adequações foram feitas em ambos, chegando-se à versão
final.
O questionário final para a população foi composto por 13 perguntas abertas e
27 perguntas fechadas (de múltipla escolha ou de seleção de itens pré-definidos)
(Apêndice B). Pela natureza e diversidade de perguntas, manteve-se sua aplicação por
77
18
De acordo com a Lei Municipal nº. 1709, de 17 de abril de 2008, que dispõe sobre a
oficialização dos bairros do município de Barueri.
79
Tendo feita a análise e interpretação dos resultados, o grupo pode elaborar dois
materiais de síntese: o quadro-resumo e o perfil CLEAR. O quadro-resumo é somente a
transposição, para uma matriz, dos aspectos considerados mais relevantes dentro de
cada dimensão (exemplos no Quadro 4, p. 54).
A construção do perfil CLEAR exige a atribuição de valores ordinais para cada
dimensão, e a sugestão é partir de um valor total de 100 e distribuir proporcionalmente
esse total entre as cinco dimensões, seguindo critérios estabelecidos previamente pelo
grupo de coordenação. Com os valores atribuídos, cria-se um gráfico bidimensional em
80
barras, cujo eixo horizontal contém a identificação da dimensão por sua letra inicial e o
eixo vertical contém o valor atribuído (ver exemplos nas Figuras 3, 4 e 5, p. 56-57).
Em Barueri, as informações usadas para o preenchimento da coluna ‘Resultados’
(Quadro 6) foram posteriormente convertidas no quadro-resumo, e os valores obtidos na
coluna ‘Situação Atual’ (Quadro 6) foram trabalhados para a construção do perfil
CLEAR, que utilizou-se de dois cálculos.
Primeiro, utilizando o valor atribuído no campo ‘Situação Atual’ como uma
“nota obtida” dentro de uma “nota máxima possível”. Esta “nota máxima” é a soma dos
valores máximos de todas as variáveis dentro de uma dimensão. Lembrando que o valor
máximo de cada variável é o valor da situação ideal, ou seja, cinco (5). Ao dividir a
“nota obtida” pela “nota máxima”, resulta um valor fracionado que, no caso de Barueri,
foi usado como uma “nota de desempenho” da dimensão (Quadro 7).
análise. Não houve, infelizmente, retorno deste envio, justificado parcialmente pela
demora no envio do material, feito somente no início do mês de maio.
(continuação do Quadro 8)
3.10 Que tipo de apoio o município dá as 3.10 Que tipo de apoio o município dá às
organizações voluntárias e comunitárias? organizações sociais?
Houve uma primeira conversa individual com cada convidado, para explicação
do projeto e sondagem de interesse e disponibilidade. Após sinalizações positivas, os
convidados externos receberam uma carta convite e os convidados internos à SEMA
receberam uma mensagem de confirmação por correio eletrônico (Figura 10).
Da esquerda para a direita: Orlando (AREA), Marisa (Meninonas S.A.), Aparecido (Secretário
Adjunto da SEMA), Fernando (FIEB), Vanessa (Núcleo de Comunicação e Eventos), Ana Paula
(secretária ad hoc COMDEMA). Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 12. Distribuição dos questionários por gênero e faixa etária em Barueri.
Nível instrução
Não foram identificadas oportunidades de
Emprego e classe social
C melhoria.
(Podem participar) Demografia
Wi-Fi aberto nos prédios públicos e
Recursos
parques de responsabilidade da SEMA.
Identidade Mais divulgação da existência da SEMA.
Com a mesma intenção, uma cópia impressa do relatório foi entregue aos
representantes da sociedade civil, para que eles pudessem dar um retorno às suas
instituições de origem.
Da esquerda para a direita: Aparecido, Ricardo (Assessor técnico SEMA), Edson (Diretor do
Departamento de Qualidade Ambiental), Loilhana (Presidente do grupo Meninonas S. A.), Yara
(autora e Diretora do Departamento de Planejamento Ambiental), Eduardo Assarito (Secretário
de Meio Ambiente), Marisa, Orlando, Ana Paula e Ivan (Diretor do Departamento de
Biodiversidade). Fonte: arquivo pessoal.
sempre desatualizado, quanto ao Plano Diretor me parece estar bem próximo da nossa
realidade, mas ambos são bons.”19
Sobre os dados qualitativos, foram interpretados como fiéis e coerentes à
amostragem: “A pesquisa obteve uma amostragem fiel da opinião das pessoas que
responderam as pesquisas, tanto da população em geral quanto dos servidores da
SEMA”
Sobre os métodos escolhidos para coleta de dados, foram considerados
satisfatórios, objetivos e práticos.
Em relação aos respondentes dos questionários, tanto a população em geral
quanto os servidores da SEMA, houve o entendimento de que ficou bem representado:
“Acredito que a representação foi bem abrangente e positiva, pois alcançou público
diversificado”, “Entendo que a abrangência da pesquisa tenha atingido as pessoas
necessárias pra ser tratado dentro do conceito do trabalho”.
Sobre a composição do Grupo de Coordenação, uma resposta pode representar a
opinião geral: “Grupo heterogêneo composto por servidores municipais e membros da
iniciativa privada. Com diferentes formas de pensar, diferentes experiências de vida,
mas todos focados num só resultado”.
Questionados sobre as cinco dimensões da participação, entenderam que são
fatores inter-relacionados, mas não necessariamente interdependentes, e que todas são
relevantes.
O roteiro-base foi considerado como um delineamento inicial, a ser adaptado
necessariamente: “inicialmente confuso, mas adaptável à nossa realidade, assim como
ocorreu”.
O Perfil CLEAR gerado foi considerado muito bom e esclarecedor, “na minha
opinião, ilustra em uma só figura o resultado do trabalho”.
Sobre os possíveis benefícios do uso da ferramenta, o grupo citou o auxílio no
entendimento de distorções e na melhoria dos processos. “Acredito que servirá para
entendermos que o discurso da SEMA deverá ser adaptado ao público receptor da
informação”.
A última questão, aberta para opiniões e sugestões, trouxe a recomendação de se
repetir o processo em outras pastas da administração municipal.
O Grupo de Coordenação coloca em suas considerações finais (BARUERI,
2016b, p. 28-29):
19
Os textos entre aspas nesta seção referem-se à transcrição literal das respostas obtidas nos
questionários.
96
Importante lembrar aqui que a ferramenta foi desenhada para municípios e, nesta
pesquisa, foi aplicada de maneira setorial. Como afirma Secchi (2010),
independentemente do setor de intervenção, políticas públicas são desenhadas em
contexto institucionais com traços comuns. Os atores políticos comportam-se de
maneira semelhante e os conteúdos das políticas públicas podem ser analiticamente
reduzidos a poucas categorias gerais.
Desta forma, mesmo considerando que não foi o município todo envolvido nesse
processo, percebe-se que a construção dos dois formatos de síntese de resultados
99
20
35,2% de ‘Bastante’ e 48,1% de ‘Muito’ na questão 2.3 (Apêndice B).
21
29,9% de ‘Bastante’ e 39,3% de ‘Muito’ na questão 2.3a (Apêndice B).
22
Índice de respostas “Sempre” e “Frequentemente” nas questões 2.12 e 2.11a (Apêndice B).
101
23
60,9% dos respondentes que assinalaram identificar-se com um grupo em específico, na
questão 2.1 (Apêndice B).
24
Respostas espontâneas obtidas na terceira questão da p. 131 do Apêndice C.
102
formas de envolver a população, não há uma estratégia ampla, nem uma comunicação
institucional elaborada para direcionar os públicos específicos para canais específicos.
25
Houve uma única citação para a opção “Acionar Conselho Municipal” (0,9%) na questão
0.5 (Apêndice B).
26
75% de ‘Concorda totalmente’ e ‘Concorda’ na questão 5.6b; 51,1% de ‘Sim’ na questão
5.7a (Apêndice B).
104
Figura 16. Perfil CLEAR da Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente de Barueri
REFERÊNCIAS
CONSELHO DA EUROPA. How was it for you? A report on the CLEAR road test.
Tampere: 2006a. (Relatório preparado para a Conferência do Conselho da Europa
“Tools for strengthening democratic participation at local level”).
DAHL, R. A. Modern Political Analysis. 2nd ed. New Delhi: Yale University,
Prentice-Hall of India Private Limited, 1972.
116
GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6ª ed. São Paulo: Editora Atlas,
2008.
118
______. Produto Interno Bruto dos Municípios: 2010-2014. Rio de Janeiro: IBGE,
2016b.
______. Diagnosing and remedying the failings of official participation schemes: the
CLEAR framework. Social Policy and Society, United Kingdom, v. 5, n. 2, p. 281-291,
2006b.
TALARICO, P. Barueri pode eleger o mesmo prefeito pela 5ª vez. Folha de S. Paulo,
São Paulo, 24 set. 2016. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/poder/eleicoes-
2016/2016/09/1816431-barueri-pode-eleger-mesmo-prefeito-pela-5-vez.shtml>. Acesso
em: 05 jan. 2017.
Estamos convidando você a participar, voluntariamente, de uma pesquisa sobre Participação Social e
Políticas Públicas.
Esta pesquisa está sendo conduzida pela Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente de Barueri,
por meio de um Grupo de Coordenação formado por representantes do município e da sociedade civil.
Sinta-se à vontade para tirar suas dúvidas a qualquer momento. Durante o preenchimento do questionário,
caso você sinta constrangimento ou desconforto, pode deixar de participar do estudo.
Suas respostas serão mantidas em sigilo, e você poderá solicitar novas informações ao setor responsável
sempre que quiser:
Eu, abaixo assinado, fui informado(a) dos objetivos da presente pesquisa e esclareci minhas dúvidas,
concordando em participar deste estudo.
_________________________________________________________
Assinatura
REGISTRO DE PARTICIPAÇÃO
Obrigado por participar, voluntariamente, desta pesquisa sobre Participação Social e Políticas Públicas!
Esta pesquisa está sendo conduzida pela Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente de Barueri,
por meio de um Grupo de Coordenação formado por representantes do município e da sociedade civil.
Suas respostas serão mantidas em sigilo, e você poderá solicitar novas informações ao setor responsável
sempre que quiser:
Eu, abaixo assinado, informei dos objetivos da presente pesquisa e esclareci as dúvidas do respondente,
que concordou em participar voluntariamente deste estudo.
_________________________________________________________
Assinatura
126
1.8c Quando você quer entrar em contato com a Prefeitura, quais meios você usa?
Telefone Email / portal da Prefeitura
Rede Social (Facebook, Twitter..) Ouvidoria
Ganha Tempo APP Barueri
direto na SEMA ou Prefeitura Outro: ___________________
0.5 Quando você quer influenciar alguma ação ou decisão da Prefeitura, o que você faz?
Fazer um abaixo-assinado
Organizar manifestação
Acionar os meios de comunicação
Acionar um funcionário da Prefeitura
Acionar um político local
Acionar o Conselho Municipal competente
Entrar em contato com a Secretaria responsável
Acionar algum grupo ou entidade (ONG, Rotary, Igreja, Associação de bairro, etc)
Outro: ________________________________________________________
2.12 Você confia na prefeitura para tomar decisões que são de interesse da cidade como um
todo?
Sempre Frequentemente Às vezes Raramente Nunca
2.13 Você participa de algum grupo ou associação no seu bairro/comunidade? (Igreja, grupo
esportivo, associação cultural, etc)
2.14 Você acha que poderia ajudar de alguma forma na melhoria do seu bairro?
Bastante Muito Médio Pouco Muito Pouco
0.10a Quais são as duas questões ambientais que mais chamam a sua atenção?
______________________________________________________________________
0.10b Entre os temas abaixo, marque os 3 que mais chamam a sua atenção.
Água
Arborização (plantio de árvores, manutenção, quantidade)
Lixo/Resíduos
Coleta Seletiva
Poluição (do ar, do solo, sonora, das águas, etc)
Animais silvestres
Animais domésticos
Fiscalização
Licenciamento ambiental
Educação ambiental
128
5.7c Você já viu, pela cidade, campanhas com algum desses temas?
Sim Não Não sei
2.4a Você sabia que Barueri tem uma Secretaria Municipal de Meio Ambiente?
Sim (vai para questão seguinte) Não (vai para 2.4d)
2.4b Você conhece o trabalho da Secretaria de Meio Ambiente? Pode dar um exemplo?
Sim (vai para questão seguinte) Não (vai para 2.4d)
Exemplo: ________________________________________________________
2.4d Você gostaria de conhecer o trabalho da Secretaria de Meio Ambiente? (vai para 2.7a)
Sim Não Não sei / Indiferente
1.8b Você já solicitou algum serviço ou fez alguma reclamação/denúncia para a Secretaria de
Meio Ambiente? Se sim, como fez? _______________________________________________
_____________________________________________________________________________
2.11a Você confia na atuação da Secretaria de Meio Ambiente para tomar decisões que são do
interesse da cidade como um todo?
Sempre Frequentemente Às vezes Raramente Nunca
5.7a Você acha que a Secretaria de Meio Ambiente se preocupa em ter uma boa comunicação
com a população?
Sim Não Não sei
2.7b Quais devem ser as prioridades de uma secretaria de meio ambiente? _________________
_____________________________________________________________________________
2.17 Na sua opinião, o que faria as pessoas se comprometerem mais com o meio ambiente?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
0.2 Quais são os principais serviços sob responsabilidade da Secretaria de Recursos Naturais e
Meio Ambiente (SEMA)?
0.4 Quais os índices de abstenções, votos brancos e votos nulos das eleições locais (média das
últimas 4), em comparação com os índices estaduais e nacional?
Muito Alto Acima da média Na média Abaixo da média Muito Baixo
1. PODEM PARTICIPAR
O nível de instrução
1.1 Qual o perfil de escolaridade da população? (percentagem da população com 10 anos ou
mais, distribuída nas categorias: sem instrução/fundamental incompleto, fundamental completo,
ensino médio completo, superior completo)
Muito Alto Acima da média Na média Abaixo da média Muito Baixo
1.1c Como está o Ideb em relação à meta projetada? E em relação à média estadual?
Emprego / desemprego
1.2 Qual é a taxa de desemprego local em comparação com as médias estadual e nacional?
Muito Alto Acima da média Na média Abaixo da média Muito Baixo
Classe social
1.3 Qual é a proporção da força de trabalho nas seguintes ocupações? Como se compara com as
médias estadual e nacional?
Desempregado
Trabalho informal
Trabalho formal
138
Demografia
1.4 Qual é o perfil etário da população no município?
1.5 Qual a proporção da população pertence a grupos de alta e muito alta vulnerabilidade social?
(No Estado de São Paulo, a base de informações é o IPVS)
1.7a Qual o perfil de estrutura familiar do município? Como isso influencia a participação no
município?
Recursos
1.9 Considerando outros recursos que podem atuar como canal de participação (jornal local,
estação de rádio, estação de TV, redes sociais, revistas, etc), é possível quantificar? Estes
recursos demonstram interesse pelas questões ambientais locais?
3.1a Quantas organizações sociais existem na cidade e trabalham com questões ambientais?
3.1c Quantas e quais possuem convênio com repasse de verbas provenientes da SEMA?
Infraestrutura social
3.8 Existem organizações sociais que atuam especificamente para dar suporte ao
desenvolvimento ou crescimento de organizações locais? (p. ex., incubadoras sociais)
3.9 Se existem, estas organizações “guarda-chuva” tem recursos e capacidades suficientes para
alcançar uma série de organizações?
Formas de participação
4.1 De que forma a Secretaria de Meio Ambiente (SEMA) busca envolver os cidadãos nos
processos de tomada de decisão?
Realiza pesquisas de opinião
Realiza Audiências Públicas
Convida para participar de reuniões / comitês / comissões
Disponibiliza consulta pública a documentos
Outro: ______________________
Estratégia
4.3 A SEMA conta com uma estratégia de envolvimento ou são iniciativas mais pontuais?
Alcance e diversidade
4.7 Estas formas de engajamento são suficiente para alcançar todos os diferentes segmentos da
comunidade (grupos de jovens, idosos, etc.)?
4.8 Em que base as diferentes formas de participação são usadas (por exemplo, há formas
específicas para atingir determinados grupos)?
5. RETORNO DA PARTICIPAÇÃO
Escuta
5.1 Quais são os procedimentos adotados pela Secretaria de Meio Ambiente (SEMA) para
assegurar que a voz do cidadão é considerada na tomada de decisão?
140
5.2 Que mecanismos a SEMA utiliza para alimentar os resultados de consultas especiais ou
iniciativas de participação no processo de tomada de decisão?
Equilíbrio e priorização
5.3 Como as opiniões dos cidadãos se equilibram com as opiniões dos profissionais e membros
eleitos, especialmente nos pontos de divergência?
Feedback e educação
5.6 Até que ponto os cidadãos compreendem e aceitam as decisões tomadas pela SEMA?
5.7 Que esforços a SEMA está fazendo para melhorar a comunicação de suas decisões aos
cidadãos?
5.8 A SEMA conta com um programa de educação dos cidadãos em relação à participação?
5.9 A SEMA providencia suporte a políticos e/ou diretores para que eles aprendam a responder
de forma mais eficaz à participação?
1. PODEM PARTICIPAR
As perguntas são projetadas para ajudar os municípios a explorar os pontos fortes e as
limitações dos cidadãos a partir da perspectiva socioeconômica que tradicionalmente dominam
as explicações para as variações das taxas de participação local.
O nível de instrução
1.1 Qual é o nível de escolaridade de evasão escolar em comparação com a média nacional?
(Muito Alto/Acima da média/Média/Abaixo da média/Muito baixo)
27
CONSELHO DA EUROPA, 2008, p. 12-22, tradução nossa.
145
Emprego / desemprego
1.2 Qual é a taxa de desemprego em comparação com a média nacional? (Muito Alto/Acima da
média/Média/Abaixo da média/Muito baixo)
Classe social
1.3 Qual é a proporção da força de trabalho nas seguintes ocupações (e como ele se compara
com a média nacional)? (Desempregado/trabalho não qualificado/ trabalho
semiqualificado/trabalho qualificado/trabalho profissional)
Obs.: Outra maneira de fazer esta pergunta seria: qual é a proporção de trabalhadores
profissionais e qualificados em comparação com trabalhadores semi ou não qualificados, em
comparação com a média nacional?
Demografia
1.4 Qual é o perfil etário da população no município?
1.5 Qual a proporção da população pertence a um grupo étnico minoritário?
1.6 Quantos grupos étnicos minoritários significativos existem no município (ou seja, que o
município reconhece e inclui em suas comunicações com os cidadãos)?
1.7 Existem outros fatores demográficos que podem ser significativos para a participação (por
exemplo, estrutura familiar, concentração de estudantes, população flutuante)?
Recursos
1.8 Os cidadãos têm acesso fácil a recursos adequados para a participação política?
O que pode ser considerado particularmente relevante: Fácil acesso a um local de reunião
(centro comunitário, prefeitura, etc); Fácil acesso a fotocópia ou outra forma de reprodução de
materiais; Fácil acesso a um computador com software apropriado; Fácil acesso à internet banda
larga.
1.9 Existem outros recursos dentro da comunidade que pode atuar como um canal para
engajamento político? (Por exemplo, jornal local, estação de rádio, estação de TV, etc, que
mostrem interesse pelas questões políticas locais)
1.10 As pessoas têm tempo para participar? Quais são os principais fatores que restringem a
disponibilidade de tempo das pessoas?
Habilidades / Conhecimento
1.11 Os cidadãos têm as habilidades necessárias para a participação na vida política (por
exemplo, a capacidade de escrever cartas, falar em público, organizar reuniões, etc)?
1.12 Os cidadãos têm a competência para utilizar os recursos em sua comunidade (por exemplo,
para utilizar os computadores, a Internet, etc.)?
1.13 Quais habilidades são escassas?
1.14 Até que ponto essas habilidades e recursos estão distribuídos desigualmente pela
comunidade? (Ou seja, alguns grupos têm mais acesso a recursos e mais habilidade para usá-los
do que outros?)
2. GOSTAM DE PARTICIPAR
As perguntas desta seção focam especialmente o sentido de identidade e comunidade que existe
na região e os ‘estoques’ de capital social associados (em termos de confiança e reciprocidade).
146
Identidade
2.1 Qual é o principal ponto de identidade das pessoas? (Selecione um da lista abaixo ou
classifique-os em ordem de importância).
O bairro dentro do município
Uma comunidade de interesse/identidade que se estende por vários bairros (por
exemplo, comunidade étnica ou identidade cultural)?
A unidade administrativa do município (por exemplo, vila/cidade)?
Uma área maior do que o município (por exemplo, região/sub-região)?
O Estado-nação
2.2 Quão bem as pessoas no mesmo bairro se conhecem?
2.3 Quanto os cidadãos se identificam com o município (ou seja, tem sentimento de
identidade)?
2.4 Como as pessoas se sentem em relação à área em que vivem? (sugestão: escala de Likert,
com 5 graduações)
Homogeneidade
2.5 A comunidade é estável, com um forte senso de história e tradição? (Pode ser medido pela
análise do tempo em que as pessoas vivem no mesmo endereço ou por uma sensação mais
informal de quão homogênea é a comunidade).
2.6 Esta similaridade de identidade estende-se por toda a comunidade (ou seja, as pessoas são
basicamente as mesmas - e se não, onde estão as principais divergências)?
2.7 Os valores e prioridades são os mesmos em toda a comunidade - e se não, onde estão as
divergências principais?
Confiança
2.8 As pessoas desta comunidade são mais propensas a serem solidárias umas com as outras ou
são mais suscetíveis a colocarem seus próprios interesses em primeiro lugar? (sugestão: escala
de Likert, com 5 graduações)
2.9 A maioria das pessoas desta comunidade tentam ser justas ou elas vão tentar tirar proveito
de outros, dada a chance? (sugestão: escala de Likert, com 5 graduações)
2.10 Quanto os cidadãos confiam uns nos outros? (Por exemplo, um cidadão emprestaria uma
pequena quantidade de dinheiro, equivalente a uma passagem de ônibus, para outro?) (sugestão:
escala de Likert, com 5 graduações)
2.11 Quanto os cidadãos confiam no município para tomar decisões que são de interesse da
comunidade como um todo? (sugestão: escala de Likert, com 5 graduações)
2.12 Quanto os cidadãos confiam no governo nacional para tomar decisões que são do interesse
da comunidade como um todo? (sugestão: escala de Likert, com 5 graduações)
Cidadania
2.13 Existe um espírito de comunidade forte que apoia a ação da comunidade?
2.14 As pessoas possuem senso de responsabilidade para com a comunidade?
2.15 Existem grupos ou setores da comunidade suscetíveis a se sentirem excluídos?
2.16 Existe um sentimento no município que as vozes de alguns grupos são mais legítimas do
que a de outros?
147
Atividades
3.5 O setor de voluntariado e comunitário está ativo? (sugestão: escala de Likert, com 5
graduações).
3.6 Até que ponto estas organizações estão aumentando suas filiações na área?
3.7 Até que ponto as organizações voluntárias e comunitárias buscam influenciar as decisões ao
nível municipal? (sugestão: escala de Likert, com 5 graduações)
Infraestrutura cívica
3.8 Existem organizações de voluntários ou comunitárias específicas para dar suporte ao
desenvolvimento ou crescimento de organizações civis no local (por exemplo, organizações
“guarda-chuva”, tais como os Conselhos para Serviço Voluntário)?
3.9 Estas organizações “guarda-chuva” tem recursos e capacidades suficientes para alcançar
uma série de organizações?
3.10 Que tipo de apoio o município dá as organizações voluntárias e comunitárias?
(Ajuda financeira/Apoio com as equipes municipais/Uso de instalações municipais/Acesso a
outros recursos municipais/Acesso aos tomadores de decisão)
3.11 Quais são os principais pontos fracos do setor de voluntariado e comunitário na região?
3.12 Qual o papel que a mídia local desempenha em relação à participação?
Formas de participação
4.1 De que forma o município busca envolver os cidadãos nos processos de tomada de decisão?
Solicita comentários abertos sobre serviços
Realiza questionários / pesquisas de opinião
Realiza pesquisa com “painel de cidadãos” regulamente
148
4.2 O município procura usar a internet para o engajamento, por meio de:
Publicação de todas as agendas, relatórios e outros materiais online?
Fornecimento de endereços de e-mail dos membros eleitos?
Realização de consultas on-line?
Uso de meios eletrônicos para alertar os cidadãos para consultas?
Realização de fóruns de discussão on-line?
Outros ...............
Estratégia
4.3 O município conta com uma estratégia de engajamento ou são iniciativas mais pontuais?
4.4 O município colabora com outras organizações de consultoria pública ou de engajamento da
população?
4.5 O município oferece incentivos aos cidadãos para participar? (por exemplo, honorários,
presentes, equipamentos de TI, melhorias de serviços, descontos sobre as taxas)
4.6 As atividades participativas são normalmente realizada em instalações oficiais? O município
já experimentou locais menos comuns para incentivar a participação (por exemplo, as casas dos
cidadãos, escolas, supermercados)?
Alcance e diversidade
4.7 Estas formas de engajamento são suficiente para alcançar todos os diferentes segmentos da
comunidade (grupos de jovens / idosos, minorias étnicas, etc.)?
4.8 Em que base as diferentes formas de participação são usadas (por exemplo, há formas
específicas para atingir determinados grupos)?
4.9 Os atores políticos dão prioridade aos resultados provenientes de formatos participativos
sobre os outros formatos (por exemplo, aqueles que produzem preferências quantitativas)?
Escuta
5.1 Quais são os procedimentos para assegurar que a voz do cidadão é considerada na tomada
de decisão?
5.2 Que mecanismos são utilizados para alimentar os resultados de consultas especiais ou
iniciativas de participação no processo de tomada de decisão?
149
Equilíbrio e priorização
5.3 Como as opiniões dos cidadãos se equilibram com as opiniões dos profissionais e membros
eleitos, especialmente nos pontos de divergência?
5.4 Quão capazes são os tomadores de decisão para compreender e considerar a opiniões dos
cidadãos? (sugestão: escala de Likert, com 5 graduações)
Feedback e educação
5.5 Quão bom é o município para explicar aos cidadãos as razões para a decisão e as maneiras
pelas quais os pontos de vista dos cidadão foram levados em conta? (sugestão: escala de Likert,
com 5 graduações)
5.6 Até que ponto os cidadãos compreendem e aceitam as decisões tomadas pelo município?
5.7 Que esforços o município está fazendo para melhorar a comunicação de suas decisões aos
cidadãos?
5.8 O município conta com um programa de educação dos cidadãos em relação à participação?
5.9 O município providencia suporte a políticos e/ou diretores para que eles aprendam a
responder de forma mais eficaz à participação?
150