Contabilidade de Empresas Seguradoras
Contabilidade de Empresas Seguradoras
Contabilidade de Empresas Seguradoras
Entende-se por seguro, o contrato pelo qual o segurador se obriga para com o segurado, mediante o pagamento de
um prémio, a indemniza-lo pela perda sofrida, dano ou privação do lucro esperado. Pode-se definir ainda o contrato
de seguro, como sendo um contrato estabelecido entre o segurador e o segurado, com firme propósito de reparar por
uma indemnização o prejuízo verificado ao dar-se um acontecimento previsto e especificado.
O seguro é uma operação pela qual é transferida para o segurador a gestão empresarial, organizada em moldes
científicos e baseadas em leis estatísticas, de determinados riscos aleatórios, comuns a mutualidade de seguros,
através de contratos bilaterais pelos quais o contratante segurador se compromete, perante o contratante segurado, a
liquidar ao(s) beneficiário(s) do contrato prestações em dinheiro, espécie ou serviços, no caso e na medida dos danos
originados pela concretização desses riscos, ou liquidar em capital ou renda de acordo com o que prévia e
convencionalmente tiver sido estipulado em modalidades de natureza não indemnizatória, obrigando-se cada
contratante segurado ao pagamento de certa importância em dinheiro, correspondente à sua quota-parte na gestão
dos riscos em causa e/ ou das responsabilidades assumidas (Santos, 1991).
O seguro é a opção moderna e mais usada de gestão do risco. Envolve a transferência do risco de perda de uma
entidade (empresa ou individuo) para outra entidade (seguradora) que assume os riscos e recebe em troca um
prémio. O conjunto dos prémios sem sinistros, permite `as seguradoras formar reservas para pagar os sinistros.
Para que o seguro seja realizável, devem ser satisfeitas quatro condições de ordem jurídica:
1. Vontade de contratar, o consentimento das partes é necessária para a subscrição do contrato. O que na
prática os segurados aderem as condições apresentadas pelos seguradores;
2. Capacidade jurídica para celebração do contrato;
3. Risco deve ser real e realizável, quer dizer, não é possível segurar objectos que não existem, nem é possível
fazer;
4. Risco lícito, só é possível segurar coisas legais.
Por outro lado é necessário reunir algumas condições técnicas que permitem realizar o contrato de seguro. Para que
o risco seja segurável, é necessário obedecer duas condições fundamentais:
É importante salientar que as condições técnicas não têm fronteiras, isto é, a medição da frequência não termina nos
sinistros que ocorrem dentro das fronteiras nacionais.
O risco pode ser considerado como qualquer resultado diferente do esperado. Neste caso, o risco pode ser
especulativo ou puro.
O risco especulativo apresenta a probabilidade, tanto de perda, quanto de ganho. Entretanto, o risco puro admite,
apenas, a probabilidade de perda ou não perda.
Somente os riscos puros são passíveis de serem segurados, desde que atendam os requisitos de segurabilidade.
O risco pode ser dinâmico ou estático. O risco dinâmico resulta de alterações na economia de mercado: o nível de
preços, distribuição de renda, variações de bolsa. O risco estático envolve perdas que ocorreriam, mesmo se não
houvesse alterações na economia. As perdas estáticas compreendem a destruição dos activos e as mudanças na sua
posse, sejam ou não consequências de falhas humanas ou de actos dolosos. Os seguros destinam-se a recompor os
prejuízos consequentes do risco estático, embora não se possa, em hipótese alguma, deixar de se levar em
consideração a influência directa ou indirecta, do risco dinâmico sobre as ocorrências em geral.
O risco é ordinário quando a sua ocorrência for susceptível de medição estatística e não apresentar desvios
consideráveis. Este tipo de risco é facilmente previsível. Por outro lado, será extraordinária, quando ocorrer de
maneira irregular e a sua magnitude exceder a possibilidade de um seguro dentro das condições usuais. As
catástrofes oriundas de fenómenos da natureza, são exemplos característicos deste tipo de risco. Isto não implica que
não possam ser objecto de cobertura de seguro.
CONTRATO DE SEGURO
O contrato de seguro é um contrato entre um indivíduo ou uma empresa (segurado) e uma seguradora. O segurado
paga um preço chamado “prémio” e a companhia, em troca, compromete-se pagar a eventual perda financeira
correspondente, durante o período da apólice. O risco é transferido do segurado para a seguradora e o documento
que formaliza esse contrato se chama apólice. O princípio da boa-fé O seguro é um contrato inevitavelmente
especulativo. A seguradora recebe as informações do segurado e, com base nelas, traça um perfil do risco e calcula a
perda esperada e o prémio. Se o segurado omite informações que agravariam o risco, ameaçando de prejuízo a
seguradora, ele falta com o principio da boa-fé. O mesmo ocorre se a empresa, aproveitando-se do desconhecimento
da maioria dos segurados a respeito das tecnicalidades do mercado, deliberadamente usa de terminologias vagas na
apólice de modo a, por exemplo, esconder certas exclusões. Nesses casos, a lei diz que o contrato é nulo. A lei
Segurado
Segurado é a pessoa física ou jurídica que, possuindo interesse segurável, contrata o seguro, em seu benefício
pessoal ou de terceiros. É a parte na relação contratual que paga prémio à seguradora, para assim ter direito de
receber uma indemnização, se ocorrer o sinistro resultante do risco previsto no contrato. O segurado compra à
seguradora o direito de receber uma eventual indemnização, pagando um preço que se denomina prémio ou quota
(António Carlos Otoni Soares, p.34).
O segurado é a denominação técnica e jurídica do titular do risco. E o seguro que ele faz se diz por conta própria em
oposição ao seguro por conta de outrém, seja expressamente por declaração do contratante, seja taticamente por suas
disposições (Pedro Alvim, p. 547)
Seguradora
“A sociedade seguradora é a parte que na relação contratual se obriga a efectuar uma indemnização, resultante do
prejuízo de um sinistro. Só pode ser pessoa jurídica, legalmente autorizada para operar no ramo de seguros. Exercem
com exclusividade as operações de seguros privados, compreendendo os seguros de coisas, bens, pessoas,
obrigações, responsabilidades, direitos e garantias, mas não actual com seguros sociais, os quais ficam a cargo do
INSS” (António carlos Otoni Soares, p. 34).
Na generalidade, as operações de seguro desenvolvidas actualmente em todo o mundo, dividem-se em dois grandes
grupos: os ligados e os não ligados à vida humana. Para efeito de simplificação, os seguros são divididos em “vida”
e “não-vida”.
A diferença na administração desses dois tipos de seguro é bastante grande. A morte não é um facto excepcional,
embora grave e irreparável. É previsível, razão porque no caso do seguro de vida, a seguradora só trabalha com uma
variável: a duração da vida do segurado. O seguro de vida é, portanto, mais uma operação de poupança, do que
propriamente de risco para a seguradora.
Tradicionalmente, as empresas de seguro de vida são mais ligadas à administração de recursos financeiros, enquanto
as do ramo não-vida são mais ligadas à gerência de riscos.
Em Moçambique, estão definidos como obrigatórios alguns seguros, como é o caso do seguro de responsabilidade
civil automóvel e o seguro de acidentes de trabalho. Esta obrigatoriedade, que tem sido implementada ao longo dos
anos em diversos ramos, está no âmbito da componente social, como defesa dos cidadãos em geral, que o Estado
pretende salvaguardar através da transferência de responsabilidade.
Os seguros obrigatórios são uniformes em todas as companhias de seguros, uma vez que todas seguram os mesmos
riscos nas mesmas condições, variando essencialmente no preço e nos serviços prestados.
Os ramos que têm mais peso na carteira de seguros das companhias, segundo o relatório do IGS são:
Seguro de Vida – o seguro de vida é um seguro efectuado sobre a vida de uma ou várias pessoas seguras, que
permite garantir, como cobertura principal, o risco de morte ou de sobrevivência, ou ambas.
Esta cobertura pode ainda ser integrada ou complementada por uma operação financeira (Bandeira, 1995).
O seguro de vida quando procura resolver os problemas emergentes da morte de uma pessoa, nomeadamente os
relacionados com as dificuldades económicas dos seus descendentes é designado seguro de vida em caso de morte
ou seguro de risco e quando resolve os problemas relacionados com a incapacidade de obter rendimentos em troca
do trabalho o seguro é designado seguro de vida de capitalização ou seguro de poupança.
Seguro de Acidentes de Trabalho – Em Moçambique este seguro é obrigatório e tem por objectivo reparar os
danos emergentes dos acidentes de trabalho e doenças profissionais. A obrigatoriedade de segurar recai sobre todas
as entidades empregadoras, visando assegurar os trabalhadores por conta de outrem e seus familiares, e sobre os
trabalhadores independentes, aqueles que exercem uma actividade por conta própria.
Seguro de Transportes – Actualmente tem se verificado uma grande movimentação de mercadorias, que têm de ser
transportadas por várias formas, tais como navio, camião, comboio ou avião, entre vários países ou dentro do mesmo
país. Porém este transporte de mercadorias está fortemente sujeito a riscos, tais como o roubo, o desaparecimento, os
fenómenos da natureza ou as greves. Como resposta a estes riscos, as seguradoras desenvolvem o seguro de
transportes, que garante os danos verificados nas mercadorias ou objectos quando transportados.
Seguro de Roubo – De acordo com O IGS o seguro de roubo garante a indemnização por perda, destruição ou
deterioração dos bens seguros por furto ou roubo ou por tentativa de furto ou roubo, no local de risco indicado no
contrato.
Seguro de Incêndio e Elementos da Natureza – Este seguro garante a cobertura de danos directamente causados
ao edifício, fracção ou conteúdo, pela ocorrência do incêndio ou elementos da natureza tais como a tempestade,
inundações, fenómenos sísmicos ou aluimentos de terra.
É através do contrato de seguro que se quantifica o dano que poderia ocorrer se o dano acontecesse. Depois disso a
seguradora assume a gestão financeira do evento incerto, em troca do pagamento de um prémio. Se o evento ocorre,
a eempresa pagará um montante fixo ou de uma nauidade, dependendo dos acordos que forma assinados no início do
contrato de seguro.
São elementos do contrato de seguro são definidos como sendo: as partes da relação jurídica, o objecto e a forma
como é formado o negócio jurídico.
1. Partes
O objecto do seguro é a própria coisa, mas a doutrina maioritária pondera o contrário, ou seja que o
objecto reside no interesse segurado, no risco, citando-se entre outros Pontes de Miranda, Fran Martins,
Orlando Gomes, Caio.
3. Forma
Prémio de Seguros
O prémio é a importância que o segurado paga ao segurador em virtude do que este se obriga a pagar a
indemnização usando se der as condições fixadas no contrato que determinam esse pagamento. Pode se dizer que o
prémio é o valor actual ou provável do risco pelo qual a seguradora toma a responsabilidade num período
determinado. O prémio classifica-se:
• Prémio Puro – é o prémio calculado com base nas taxas encontradas, é o preço do risco. Se a seguradora
recebesse o prémio puro, não perdia nem ganhava, recebia apenas o essencial para o pagamento da
indemnização;
• Prémio Comercial – é o prémio efectivo que o seguradora cobra ao segurado, é o prémio puro adicionado
das comissões, das despesas de aquisição, etc.
DIVISÃO DO RISCO
As seguradoras utilizam diversos processos na gestão da sua carteira de riscos. Um dos mais importantes e também
mais antigo é a fragmentação desses riscos, isto é, a divisão do risco por outras entidades. Actualmente existem dois
mecanismos aplicados nesta divisão de responsabilidades: o co-seguro e o resseguro (Silva, 1994).
Co-seguro
O co-seguro caracteriza-se pela participação de várias seguradoras na garantia de um mesmo risco (uma apólice),
através de um acordo prévio, assumindo cada uma delas uma quota-parte do risco coberto ou do capital garantido:
recebem uma parte do prémio pago pelo segurado e indemnizam na mesma proporção.
O co-seguro é criado para uma apólice em particular, em que a companhia que recebe a proposta verifica que não
pode suportar financeiramente o capital em risco e procura outras companhias para distribuir proporcionalmente os
ganhos e despesas.
O resseguro é a denominação dada à operação de fazer transferir para uma seguradora ou resseguradora todos ou
parte dos riscos aceites directamente por uma empresa seguradora. O resseguro é a execução do princípio de
previdência na divisão dos riscos, pela qual se pretende que estas se diluam até ao infinito, visto que o ressegurador
por sua vez se faz ressegurar e assim em diante até que a responsabilidade própria de cada sociedade interessada
seja, uma coisa mínima, que em caso de sinistro não possa destruir a situação económica e financeira de cada uma
delas.
O resseguro consiste no segurador se segurar a si próprio junto de outros seguradores, podendo estes efectuarem
novo resseguro noutra entidade e assim sucessivamente. Pode-se dizer que o resseguro é o seguro das seguradoras.
O resseguro pode ser praticado por empresas especializadas que só exploram o resseguro ou por seguradoras
“normais”. Para além da divisão do risco, o resseguro é procurado para a troca de experiências e para a conquista de
novos mercados. O resseguro é um contrato feito com várias entidades, normalmente para um ano civil, em que a
companhia de seguros cede uma parte do capital de todas as apólices efectuadas nesse período de tempo e que
seguram os riscos do tratado. Como contrapartida as seguradoras recebem um prémio correspondente ao risco aceite
(Mendes, 2005).
Na prática, os seguradores procuram ressegurar-se junto de empresas estrangeiras, não só devido ao princípio da
divisão de riscos por áreas geográficas diversificadas, mas fundamentalmente porque o ressegurador pode tornar-se
concorrente no plano directo do seguro (Silva, 1994).
Enquanto, no co-seguro, o cliente que contrata o seguro sabe que existem várias companhias a partilharem o rico,
embora o seu relacionamento seja apenas com a companhia líder, no resseguro não há relação directa entre este e o
ressegurador e não há conhecimento da partilha do risco. O tomador sabe apenas que possui um contrato com a
companhia de seguros e que esta se compromete a indemnizá-lo no caso de sinistro. Não sabe que a seguradora, por
sua vez, também faz vários contratos com outras entidades, denominadas resseguradoras, para distribuir a
responsabilidade.
Uma das fases mais delicadas do negócio de seguro é a regularização do sinistro. O sinistro é o factor gerador da
obrigação da seguradora de indemnizar o segurado e/ou o terceiro lesado, pagando-lhe o valor dos prejuízos sofridos
pela ocorrência do facto previsto na apólice. Mas não é qualquer sinistro que deve ser indemnizado, mesmo estando
previsto e, em princípio, parecendo coberto. É por isso que cada sinistro deve ser apurado criteriosamente, num
processo que se chama regulação do sinistro. Para uma boa regulação do sinistro é necessário que a apólice tenha
regras claramente definidas para esse procedimento, em linguagem de fácil compreensão para o segurado - o que,
infelizmente, nem sempre acontece.
Antes de definir claramente os procedimentos necessários para regulação do sinistro e as obrigações das duas partes,
a apólice deve definir mais claramente ainda, os riscos cobertos e os excluídos. Deste modo, um eventual processo
de regulação correrá de forma harmoniosa, baseado no princípio da boa fé objectiva, pacificamente aceite como
parte obrigatória e integrante do contrato.
A indemnização do sinistro regula-se pelo valor do objecto, na data do sinistro, salvo no que respeita a seguros de
colheitas em que o valor da indemnização se determina pelo valor que os frutos de uma produção teriam a tempo em
que devia colher-se se não tivesse sucedido o sinistro.
A avaliação é feita por um perito da seguradora que, verificando os objectos sinistrados e respectivos salvados, em
concordância com o que para seguro constante da apólice ajusta com o segurado o valor aproximado dos prejuízos a
indemnizar.
Todo o sinistro é uma violência contra o segurado e nenhum seguro consegue reparar todas as perdas consequentes.
Dificilmente, um prejuízo coberto por uma apólice de seguro se limita a uma perda económica directa. Além disso é
comum o choque causado pelo facto em si: um pequeno acidente de trânsito ou um incêndio. A impossibilidade de
reposição do valor afectivo de um bem, ou até pela sensação de impotência diante da inexorabilidade da vida, na
morte de um parente querido, responsável pelo sustento da família é efeitos que não têm reparação possível. É neste
cenário que acontece a regulação do sinistro e é por isso que ela deve ser feita com todo o cuidado, obedecendo ao
principio de que ninguém sofre um sinistro porque quer. Por outro lado, o negócio da seguradora é pagar as
indemnizações dos sinistros decorrentes.
Imposto de selo
O imposto do Selo incide sobre todos os documentos, contratos, livros, papéis e outros actos desde que emitidos,
celebrados ou realizados em território nacional.
Imposto de selo sobre Apólices de Seguros – sobre a soma do prémio do seguro, do custo da apólice e de quaisquer
outras importâncias que constituam receita das empresas seguradoras, cobradas juntamente com esse prémio ou em
documento separado:
Isenções objectivas
As isenções objectivas, são as que são concedidas em função do tipo de acto. Assim, identificam-se abaixo seguintes
os actos isentos de IS relacionados com contratos de seguros:
Em 16 de Maio de 2014 a seguradora Olipiha, SA com sede em Maputo emitiu o recibo de premio nº 010 referente a
apólice nº 250 do ramo automóvel, a cobrar pela Sede em que o premio total para um capital seguro de 1.500.000 foi
calculado com base nos seguintes elementos:
Pede-se:
Resolução
b) Contabilização
O valor do prémio que o segurado deve desembolsar para que o contrato do seguro esteja vigente é de 5,880.00 mas
apenas 5,600.00 constitui a receita da seguradora isto porque o valor de 280.00 reverte-se a favor do estado a título
de imposto de selo sobre a apólice. E os lançamentos de emissão e cobrança do prémio são:
Os canais tradicionais incluem, mediadores e venda directa e os modernos compreendem bancos comerciais,
telemarketing e Internet (ebusiness). Se o canal de distribuição usado pela seguradora envolver terceiro, resultará
num encargo, designado por comissão.
Agentes de seguro, apresenta, propõe e prepara a celebração de contratos de seguro. A sua actividade pode ser
exercida junto das seguradoras ou de corretores.
Corretor de seguros é um mediador tecnicamente qualificado, que para além de intermediação pode exercer
funções de consultoria em matéria de seguros junto dos tomadores.
Angariadores de seguros são normalmente funcionários da seguradoras afectos a área comercial, com a função de
atrair negócio para a empresa.
As comissões pagas ou creditadas aos intermediários podem ser em forma de: Comissão de angariação, comissão de
corretagem e comissão de cobrança.
Exemplo:
mediação – 10% e
No dia 20 Stanley efectuou o depósito do valor líquido do prémio cobrado após a dedução do valor da comissão.
Valor do Prémio
Premio Puro/ Simples (1.500.000,00x3‰) 4.500,00
Encargos (4.500,00x20%) 900,00
Premio Comercial 5.400,00
Custo da Apólice 200,00
Premio Bruto 5.600,00
Selo da Apolice (5600x5%) 280,00
Premio Total 5.880,00
Valor da Comissão
Comissão de angariação (4.500,00x10%) 450,00
Comissão de cobrança 117,60
Total 567,60
IRPS (567.60x20%) 113,52
Comissão liquida do premio a receber 454,08
Valor do prémio a receber 5.425,92
Neste exemplo a cobrança do prémio é feito por terceiros por isso não é uma cobrança directa
41 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros mediadores de seguro
41040 Remunerações a pagar - Stanley 567,60
41 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros mediadores de seguro
41042 Contas correntes - Stanley 454,08
46 ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS E TAXAS
4600 Activos e passivos por impostos e taxas correntes
46001 Retencao de imposto na fonte 113,52
P/ Credito ao Mediador pelo valor das comissoes
______________________ // ____________________
11 DEPOSITO A ORDEM
1100 Em moeda nacional 5.425,92
41 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros mediadores de seguro
41042 Contas correntes - Stanley 5.425,92
P/ Deposito do valor liquido dos premios
__________________ // ____________________
Cada co-seguradora reconhecerá como receita apenas a parte correspondente a sua quota pno valor do prémio.
Exemplo:
No dia 30 de Março corrente, a GBF celebrou um contrato de seguro com apólice no 654321 do ramo ferroviário
com as seguradoras Olipa Seguros, SA e Save Seguros, SA, ambas sediadas em Maputo, tendo elas assumido os
riscos com base nas proporções abaixo:
Olipa Seguros…………………………………60% (Líder)
Save Seguros…………………………………..40%
No dia 1 de Abril a Olipa Seguros emitiu o recibo de prémio n o 432,cujo prémio total para o capital seguro de
2.000.000,00 foi calculado tendo em consideração os elementos abaixo:
Taxa de risco……………………………………….0,3%
Encargos……………………………………………20%
Custo da Apólice…………………………………..1.500,00
Selo da apólice………………………………………2%
No dia 6 de Abril, a correctora cobrou o valor do recibo tendo emitido o cheque no 555444 sobre Banco Alfa pelo
valor líquido das comissões a que tem direito.
No dia 10 do mesmo mês a Olipa emitido o cheque nr 322500 a ordem da Save Seguros pelo valor líquido da
comissão de gestão.
42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS
4204 Outras co-empresas de seguros
42044 Remuneracoes a receber - Save Seguros SA 115,20
79 OUTROS RENDIMENTOS
7900 Tecnicos
79001 Relativos ao ramo “não vida”
790010 Comissoes de gestao de co-seguro 115,20
P/ Comissão de gestao e organizacao do co-seguro
_____________________ // ____________________
41 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros mediadores de seguro
41040 Remunerações a pagar - Seguro Facil, Lda 900,00
41 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros mediadores de seguro
13 Por Wilson Matuta & Inácio Tsope
41042 Contas correntes - Seguro Facil, Lda 900,00
P/ Credito ao mediador pelo valor das comissoes
_____________________ // ____________________
10 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES
1000 Sede 7.974,00
41 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros mediadores de seguro
41042 Contas correntes - Seguro Facil, Lda 7.974,00
P/ Cheque n 555444 do corrector
______________________ // ____________________
42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS
4204 Outras co-empresas de seguros
42047 Contas correntes - Save Seguros SA 360,00
42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS
4204 Outras co-empresas de seguros
42044 Remuneracoes a receber - Save Seguros SA 360,00
P/ Debito das comissoes de mediador ao Co-segurador
__________________ // ____________________
42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS
4204 Outras co-empresas de seguros 115,20
42047 Contas correntes - Save Seguros SA
42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS
4204 Outras co-empresas de seguros
42044 Remuneracoes a receber - Save Seguros SA 115,20
P/ Debito da comissao de gestao do Co-segurador
__________________ // ____________________
42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS
4204 Outras co-empresas de seguros
42040 Premios a pagar - Save Seguros SA 2.880,00
42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS
4204 Outras co-empresas de seguros
42047 Contas correntes - Save Seguros SA 2.880,00
P/ Credito do valor dos premios de co-seguro
_____________________ // ____________________
42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS
4204 Outras co-empresas de seguros
42047 Contas correntes - Save Seguros SA 2.404,80
11 DEPOSITOS A ORDEM
1100 Em moeda nacional 2.404,80
P/ Cheque 322500 a favor de Save seguros
_____________________ // ____________________
42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS
4204 Outras co-empresas de seguros
42047 Contas correntes - Olipa Seguros SA 2.880,00
40 TOMADORES DE SEGUROS
4008 Contas de cobrança
40081 Cobrança indirecta
400810 Correctores - Seguro Facil, Lda 2.880,00
P/ Cobranca do recibo no 432
______________________ // ____________________
63 CUSTOS DE EXPLORAÇÃO
6302 Custos Administrativos
63022 De seguro directo “não vida”
630226 Remunerações e comissões 120,00
42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS
4204 Outras co-empresas de seguros
42043 Remuneracoes a pagar - Olipa Seguros SA 120,00
P/ Comissão de Cobranca
__________________ // ____________________
69 OUTROS CUSTOS
6900 Tecnicos
69001 Relativos ao ramo “não vida” 115,20
690010 Comissoes de gestao de co-seguro
42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS
4204 Outras co-empresas de seguros
42043 Remuneracoes a pagar - Olipa Seguros SA 115,20
P/ Comissão de gestao e organizacao do co-seguro
_____________________ // ____________________
42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS
4204 Outras co-empresas de seguros
42043 Remuneracoes a pagar - Olipa Seguros SA 360,00
42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS
4204 Outras co-empresas de seguros
42047 Contas correntes - Olipa Seguros SA 360,00
P/ Credito das comissoes de mediador ao Co-segurador
__________________ // ____________________
42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS
4204 Outras co-empresas de seguros
42043 Remuneracoes a pagar - Olipa Seguros SA 115,20
42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS
4204 Outras co-empresas de seguros
42047 Contas correntes - Olipa Seguros SA 115,20
P/ Credito da comissao de gestao do Co-segurador
__________________ // ____________________
10 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES
1000 Sede
42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 2.404,80
4204 Outras co-empresas de seguros
42047 Contas correntes - Save Seguros SA 2.404,80
P/ Cheque 322500 de Olipa seguros
_____________________ // ____________________
Na contabilização do resseguro, haverá, tanto na contabilidade do ressegurador assim como do ressegurado, lugar ao
registo das seguintes transacções:
EXEMPLO:
Entre a Seguradora Moçambicana e a Escrita da seguradora estrangeira, foi celebrado um contrato de resseguro, nos
seguintes termos: excedente de capitais no ramo fogo, com um pleno de retenção 750.000 Meticais e pleno de
aceitação de 15.000.000 de Meticais, mediante uma comissão de 20%.
No dia 10 de Janeiro a Seguradora Moçambicana, celebrou um contrato do ramo fogo, da angariação dos Corretores
Nacionais, Lda., cobrindo riscos de incêndio de um imóvel no valor de 9.000.000 de Meticais. O recibo será cobrado
pela corretora e os elementos do cálculo do mesmo foram os seguintes:
Taxa de risco 1%
Encargos diversos 15%
Custo da apólice 500 MT
Selo da apólice 2,5%
Taxa de supervisão 5%
Os encargos de mediação foram calculados na base das seguintes taxas:
Mediação 10%
Cobrança 5%
Corretagem 2%
RESOLUÇÃO
Exercicio
Entre as seguradoras Tokoza Seguros, SA e Madala Seguros, SA, foram estabelecidos os seguintes contratos de
resseguro:
a) De quota-parte no ramo Automóvel, que obriga a primeira (Tokoza) a ceder e a segunda (Madala) a aceitar, 40%
da responsabilidade assumida, em seguro directo, prevendo comissões de 25%.
b) De excedente de capitais no ramo Incêndio e Outros Danos/Incêndio e Elementos da Natureza, com um pleno de
conservação de 25 000,00 e um pleno de aceitação de 500 000,00, prevendo comissões de 30%.
Admita, que a seguradora Tokoza Seguros, SA (Ressegurada), celebrou dois novos contratos de seguro, que
comunicou, de imediato, à Madala Seguros, SA (Resseguradora), sendo
i) Um do ramo Incêndio e Outros Danos / Incêndio e Elementos da Natureza, cobrindo o risco de incêndio de um
imóvel no valor de 500 000,00, ao qual corresponde um prémio puro/prémio simples de 1 000,00 (Taxa de risco
2‰);
ii) Outro do ramo Automóvel, ao qual corresponde um prémio puro/prémio simples de 5 000,00.
Efectuar:
b) Contabilização dos factos acima descritos na contabilidade da Tokoza Seguros, SA e da Madala Seguros, SA.
Posteriormente, em 20 de Dezembro do ano seguinte o tomador de seguro daquele contrato participou a seguradora
um sinistro cujo custo total foi estimado em 2.000,00MT. O processo de sinistro viria a ser encerado em 18 de
Janeiro do ano 2011 com o pagamento ao tomador de seguro da importância de 1.800,00MT, mediante a emissão do
cheque nº 2365 sobre o Banco Mali.