Aula Enem 2022
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Redação
Macroestruturas
Introdução
Desenvolvimento
Desenvolvimento
Conclusão
Microestruturas
Contextualização do tema
Introdução
Explicitação da tese
Apresentação do projeto de texto
Agente
Conclusão Ação
Meio/modo
Detalhamento
Finalidade
Introdução
Contextualização do tema
Dado estatístico
Citação
Por exemplo:
“Navegar é preciso, viver não é preciso”. Com leve
estremecimento de susto, aplica-se o antigo verso do poeta
Fernando Pessoa ao sistema de informação, pesquisa e
correspondência por computador, a comunicação online, a Internet.
Definição, conceituação
Narração ficcional
Introdução
Tese
A tese é, basicamente, seu ponto de vista sobre o assunto
proposto. A partir dela, você tenta convencer o leitor por meio de
seus argumentos, comprovando-os com dados, fatos, citações,
exemplos etc.
Veja:
Exemplos:
Tema do Enem 2020: “O estigma associado às doenças mentais
na sociedade brasileira”
Exemplos:
Negativo + negativo (analogia)
De acordo com relatório da OMS, 39% dos idosos são vítimas
de violência em Portugal, um dos cinco países que pior tratam os
mais velhos na Europa. De forma análoga, no Brasil, a violência
contra esse grupo representa um desafio a ser enfrentado de forma
mais organizada pela sociedade.
Introdução
Projeto de texto
Argumentos explícitos
Enumeração final
Encaminhamento argumentativo
1. Argumentos explícitos:
Isso se evidencia não só por (Argumento 1), mas também por
(Argumento 2).
Exemplos:
"No filme estadunidense “Coringa”, o personagem principal,
Arthur Fleck, sofre de um transtorno mental que o faz ter episódios de
riso exagerado e descontrolado em público, motivo pelo qual é
frequentemente atacado nas ruas. Em consonância com a realidade de
Arthur, está a de muitos cidadãos, já que o estigma associado às
doenças mentais na sociedade brasileira ainda configura um desafio a
ser sanado. Isso ocorre, seja pela negligência governamental nesse
âmbito, seja pela discriminação desta classe por parcela da população
verde-amarela. Dessa maneira, é imperioso que essa chaga social seja
resolvida, a fim de que o longa norte-americano não mais reflita o
contexto atual da nação.
3. Encaminhamento argumentativo
Sob esse aspecto convém analisarmos as principais causas,
consequências e possíveis medidas relacionadas a esse fenômeno.
Exemplo:
O termo “imprensa” deriva da expressão “prensa móvel”,
processo gráfico aperfeiçoado por Johannes Gutenberg no século
XV e utilizado, a partir do século XVIII, como instrumento de
apoio à atividade jornalística de divulgação das informações que
não eram meramente propagandísticas. No Brasil, entretanto, seus
profissionais têm passado por grandes desafios, sobretudo durante
a atual pandemia para exercer seu ofício. Nesse sentido, convém
analisarmos as principais causas, consequências e possível medida
relacionada a esse perigoso fenômeno.
Retomada do projeto de texto
Desenvolvimento Comprovação do projeto de texto
(informatividade)
Posicionamento crítico (marca de autoria)
Desenvolvimento
Retomada do projeto de texto
Exemplo 1:
Exemplo 2:
"No filme estadunidense “Coringa”, o personagem principal,
Arthur Fleck, sofre de um transtorno mental que o faz ter episódios
de riso exagerado e descontrolado em público, motivo pelo qual é
frequentemente atacado nas ruas. Em consonância com a realidade
de Arthur, está a de muitos cidadãos, já que o estigma associado às
doenças mentais na sociedade brasileira ainda configura um
desafio a ser sanado. Isso ocorre, seja pela negligência
governamental nesse âmbito, seja pela discriminação desta classe
por parcela da população verde-amarela. Dessa maneira, é
imperioso que essa chaga social seja resolvida, a fim de que o
longa norte-americano não mais reflita o contexto atual da nação.
Nessa perspectiva, acerca da lógica referente aos transtornos
da mente, é válido retomar o aspecto supracitado quanto à omissão
estatal neste caso. Segundo a OMS (Organização Mundial da
Saúde), o Brasil é o país que apresenta o maior número de casos de
depressão da América Latina e, mesmo diante desse cenário
alarmante, os tratamentos às doenças mentais, quando oferecidos,
não são, na maioria das vezes, eficazes. Isso acontece pela falta de
investimento público em centros especializados no cuidado para
com essas condições. Consequentemente, muitos portadores,
sobretudo aqueles de menor renda, não são devidamente tratados,
contribuindo para sua progressiva marginalização perante o corpo
social. Este quadro de inoperância das esferas de poder exemplifica
a teoria das Instituições Zumbis, do sociólogo Zygmunt Bauman,
que as descreve como presentes na sociedade, mas que não
cumprem seu papel com eficácia. Desse modo, é imprescindível
que, para a refutação da teoria do estudioso polonês, essa
problemática seja revertida.
Paralelamente ao descaso das esferas governamentais nessa
questão, é fundamental o debate acerca da aversão de parte dos
civis ao grupo em pauta, uma vez que ambos são impasses para sua
completa socialização. Esse preconceito se dá pelos errôneos ideais
de felicidade disseminados na sociedade como metas universais.
Entretanto, essas concepções segregam os indivíduos entre os
“fortes” e os “fracos”, em que tais fracos, geralmente, integram a
classe em discussão, dado que não atingem essas metas
estabelecidas, como a estabilidade emocional. Por conseguinte,
aqueles que não alcançam os objetivos são estigmatizados e
excluídos do tecido social. Tal conjuntura segregacionista - os que
possuem algum tipo de transtorno, nesse caso - na teia social.
Dessa maneira, essa problemática urge ser solucionada para que o
princípio da alemã seja validado no país tupiniquim.
Exemplo 3:
Para o filósofo escocês David Hume, a principal característica
que difere o ser humano dos outros animais é o poder de seu
pensamento, habilidade que o permite ver aquilo que nunca foi
visto e ouvir aquilo que nunca foi ouvido. Sob essa ótica, vê-se que
o cinema representa a capacidade de transpor para a tela as ideias e
os pensamentos presentes no intelecto das pessoas, de modo a
possibilitar a criação de novos universos e, justamente por esse
potencial cognitivo, ele é muito relevante. É prudente apontar,
diante disso, que a arte cinematográfica deve ser democratizada,
em especial no Brasil – país rico em expressões culturais que
podem dialogar com esse modelo artístico –, por razões que dizem
respeito tanto à sociedade quanto às leis.
Em primeiro lugar, é válido frisar que o cinema dialoga com
uma elementar necessidade social e, consequentemente, não pode
ser deixada em segundo plano. Para entender essa lógica, pode-se
mencionar o renomado historiador holandês Johan Huizinga, o
qual, no livro “Homo Ludens”, ratifica a constante busca humana
pelo prazer lúdico, pois ele promove um proveitoso bem-estar. É
exatamente nessa conjuntura que se insere o fenômeno
cinematográfico, uma vez que ele, ao possibilitar a interação de
vários indivíduos na contemplação do espetáculo, faz com que a
plateia participe das histórias, de forma a compartilhar experiências
e vivências – o que representa o fator lúdico mencionado pelo
pensador. É perceptível, portanto, o louvável elemento benfeitor
dessa criação artística, capaz de garantir a coesão da comunidade.
Em segundo lugar, é oportuno comentar que o cenário do
cinema supracitado remete ao que defende o arcabouço jurídico do
país. Isso porque o artigo 215 da Constituição Federal é claro em
caracterizar os bens culturais como um direito de todos, concebidos
com absoluta prioridade por parte do Estado. Contudo, é
desanimador notar que tal diretriz não dá sinais de plena execução
e, para provar isso, basta analisar as várias pesquisas do Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN ) que
demonstram a lamentável distribuição irregular das práticas
artísticas – dentre elas, o cinema –, uma vez que estão restritas a
poucos municípios brasileiros. Vê-se, então, o perigo da norma
apresentada findar em desuso, sob pena de confirmar o que
propunha Dante Alighiere, em “A Divina Comédia”: “As leis
existem, mas quem as aplica?”. Esse cenário, certamente,
configura-se como desagregador e não pode ser negligenciado.
Exemplo 4:
A Constituição Federal de 1998, norma de maior hierarquia do
sistema jurídico brasileiro, assegura os direitos e o bem-estar da
população. Entretanto, quando se observa a deficiência de
visibilidade do registro civil como forma de garantir o acesso à
cidadania no Brasil, verifica-se que esse preceito é constatado na
teoria e não desejavelmente na prática. Dessa forma, essa realidade
se deve à inoperância estatal e à alienação social.
Primeiramente, vale ressaltar que à débil ação do Poder
Público, possui íntima relação com o revés. Acerca disso, Thomas
Hobbes, em seu livro “Leviatã” defende a obrigação do Estado em
proporcionar meios que auxiliem o progresso do corpo social. As
autoridades, todavia, vão de encontro com a ideia de Hobbes, uma
vez que possuem um papel inerte em relação a invisibilidade de
pessoas sem o registro civil e, por consequência disso, dados de uma
pesquisa estabelecida pelo IBGE, em 2015, estima-se que mais de 2
milhões de pessoas não possuem a certidão de nascimento,
mostrando um alto teor de cidadãos em maioria pobres e negros,
excluídos de existirem no corpo civil. Assim, parcela dessas vítimas
vive à margem da sociedade, pois não existem políticas públicas
eficazes como benefícios sociais.
Ademais, uma grande parcela da população se mostra alienada.
O intitulado “Paradoxo da Moral”, é um livro escrito pelo
musicólogo Vladimir Jankélévitch para exemplificar a cegueira ética
do homem moderno, ou seja, a passividade das pessoas frente aos
impasses enfrentados pelo próximo. De maneira análoga, percebe-se
que a garantia de acesso à cidadania, encontra um forte alicerce na
estagnação social. Essa situação ocorre porque, infelizmente, a
sociedade não se movimenta em prol da erradicação dessa
problemática, pelo contrário, ela adquire uma posição individualista
por não mensurar como a falta de um registro civil causa como a
impossibilidade de retirar outros documentos precisos. Logo, é
essencial superar esses preceitos que atestam, sobretudo, um cenário
intolerante.
Fica evidente, portanto, a necessidade de garantir o acesso à
cidadania para todos no Brasil. Destarte, o governo federal,
responsável por administrar o povo e os interesses públicos, com o
apoio do Ministério da Cidadania, a partir de medidas
governamentais destinadas à pasta, deve disponibilizar benefícios
financeiros sociais para cidadãos que não tenham como pagar a
retirada de um registro civil. Essa ação será realizada com o intuito
de custear a posse desse documento importante, para que também, a
sociedade não naturalize a intolerância que a permeia. Dessa
maneira, com a conjuntura de tais ações, os brasileiros verão o
direito garantido pela Constituição, como uma realidade.
Desenvolvimento
Comprovação do projeto de texto (informatividade)
Desenvolvimento
Posicionamento crítico (marca de autoria)
Marca de autoria
1. São palavras, frases ou expressões que demonstram
posicionamento crítico e evidenciam opinião, revelando ser o
texto argumentativo, não apenas expositivo.
2. É a crítica que se tece sobre o tema em análise e sobre o
argumento apresentado na frase de retomada do projeto de
texto.
3. É veiculada por meio de uma frase crítica em que manifesta
posicionamento sobre o repertório citado.
Portanto, é inaceitável...
É inadmissível que...
Desse modo, é imprescindível que...
Dessa maneira, é essencial...
Assim, é perceptível
Certamente, infelizmente, felizmente
Nocivo, contraditório, incoerente, alarmante
Agente
Conclusão Ação
Meio/modo
Detalhamento
Finalidade
Agentes Sociais
G overno (Estado, Ministério da Educação, Ministério da Saúde...)
O ngs
M ídia
I nstituições públicas/privadas/religiosas
F amília
E scola
S ociedade
Ações
Governo – aprovar leis; ampliar punições, criar projetos; capacitar
profissionais, direcionar recursos...
ONGs – desenvolver projeto social; criar campanhas de
assistência; promover debates; mobilizar grupos sociais...
Mídia – publicar; divulgar; veicular; esclarecer...
Instituições públicas/privadas/religiosas – direcionar seu
atendimento para; especificar seus serviços; orientar seus fiéis...
Família – educar; orientar; instruir; debater...
Escola – discutir; orientar; debater; criar projetos; mobilizar seus
professores...
Sociedade – mobilizar-se; mudar sua postura; buscar soluções
sustentáveis; protestar pacificamente.
Exemplo 1:
Nise da Silveira foi uma renomada psiquiatra brasileira que,
indo contra a comunidade médica tradicional da sua época, lutou a
favor de um tratamento humanizado para pessoas com transtornos
psicológicos. No contexto nacional atual, indivíduos com
patologias mentais ainda sofrem com diversos estigmas criados.
Isso ocorre, pois faltam informações corretas sobre o assunto e,
também, existe uma carência de representatividade desse grupo nas
mídias.
Primariamente, vale ressaltar que a ignorância é uma das
principais causas da criação de preconceitos contra portadores de
doenças psiquiátricas. Sob essa ótica, o pintor holandês Vincent
Van Gogh foi alvo de agressões físicas e psicológicas por sofrer de
transtornos neurológicos e não possuir o tratamento adequado. O
ocorrido com o artista pode ser presenciado no corpo social
brasileiro, visto que, apesar de uma parcela significativa da
população lidar com alguma patologia mental, ainda são
propagadas informações incorretas sobre o tema. Esse processo
fortalece a ideia de que integrantes não são capazes de conviver em
sociedade, reforçando estigmas antigos e criando novos. Dessa
forma, a ignorância contribui para a estigmatização desses
indivíduos e prejudica o coletivo.
Ademais, a carência de representatividade nos veículos
midiáticos fomenta o preconceito contra pessoas com distúrbios
psicológicos. Nesse sentido, a série de televisão da emissora HBO,
"Euphoria", mostra as dificuldades de conviver com Transtorno
Afetivo Bipolar (TAB), ilustrado pela protagonista Rue, que possui
a doença. A série é um exemplo de representação desse grupo, nas
artes, falando sobre a doença de maneira responsável. Contudo,
ainda é pouca a representatividade desses indivíduos em livros,
filmes e séries, que quando possuem um papel, muitas vezes, são
personagens secundários e não há um aprofundamento de sua
história. Desse modo, esse processo agrava os estereótipos contra
essas pessoas e afeta sua autoestima, pois eles não se sentem
representados.
Portanto, faz-se imprescindível que a mídia - instrumento de
ampla abrangência - informe a sociedade a respeito dessas doenças
e sobre como conviver com pessoas portadoras, por meio de
comerciais periódicos nas redes sociais e debates televisivos, a fim
de formar cidadãos informados. Paralelamente, o Estado - principal
promotor da harmonia social - deve promover a representatividade
de pessoas com transtornos mentais nas artes, por intermédio de
incentivos monetários para produzir obras sobre o tema, com o fato
de amenizar o problema. Assim, o corpo civil será mais educado e
os estigmas contra indivíduos com patologias mentais não serão
uma realidade do Brasil.
Exemplo 2:
No filme estadunidense “Coringa”, o personagem principal,
Arthur Fleck, sofre de um transtorno mental que o faz ter episódios
de riso exagerado e descontrolado em público, motivo pelo qual é
frequentemente atacado nas ruas. Em consonância com a realidade
de Arthur, está a de muitos cidadãos, já que o estigma associado às
doenças mentais na sociedade brasileira ainda configura um
desafio a ser sanado. Isso ocorre, seja pela negligência
governamental nesse âmbito, seja pela discriminação desta classe
por parcela da população verde-amarela. Dessa maneira, é
imperioso que essa chaga social seja resolvida, a fim de que o
longa norte-americano não mais reflita o contexto atual da nação.
Nessa perspectiva, acerca da lógica referente aos transtornos
da mente, é válido retomar o aspecto supracitado quanto à omissão
estatal neste caso. Segundo a OMS (Organização Mundial da
Saúde), o Brasil é o país que apresenta o maior número de casos de
depressão da América Latina e, mesmo diante desse cenário
alarmante, os tratamentos às doenças mentais, quando oferecidos,
não são, na maioria das vezes, eficazes. Isso acontece pela falta de
investimento público em centros especializados no cuidado para
com essas condições. Consequentemente, muitos portadores,
sobretudo aqueles de menor renda, não são devidamente tratados,
contribuindo para sua progressiva marginalização perante o corpo
social. Este quadro de inoperância das esferas de poder exemplifica
a teoria das Instituições Zumbis, do sociólogo Zygmunt Bauman,
que as descreve como presentes na sociedade, mas que não
cumprem seu papel com eficácia. Desse modo, é imprescindível
que, para a refutação da teoria do estudioso polonês, essa
problemática seja revertida.
Paralelamente ao descaso das esferas governamentais nessa
questão, é fundamental o debate acerca da aversão de parte dos
civis ao grupo em pauta, uma vez que ambos são impasses para sua
completa socialização. Esse preconceito se dá pelos errôneos ideais
de felicidade disseminados na sociedade como metas universais.
Entretanto, essas concepções segregam os indivíduos entre os
“fortes” e os “fracos”, em que tais fracos, geralmente, integram a
classe em discussão, dado que não atingem essas metas
estabelecidas, como a estabilidade emocional. Por conseguinte,
aqueles que não alcançam os objetivos são estigmatizados e
excluídos do tecido social. Tal conjuntura segregacionista - os que
possuem algum tipo de transtorno, nesse caso - na teia social.
Dessa maneira, essa problemática urge ser solucionada para que o
princípio da alemã seja validado no país tupiniquim.
Portanto, são essenciais medidas operantes para a reversão do
estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira. Para
isso, compete ao Ministério da Saúde investir na melhora da
qualidade dos tratamentos a essas doenças nos centros públicos
especializados de cuidados, destinando mais medicamentos e
contratando, por concursos, mais profissionais da área, como
psiquiatras e enfermeiros. Isso deve ser feito por meio de recursos
autorizados pelo Tribunal de Contas da União - órgão que opera
feitos públicos - com o fito de potencializar o atendimento a esses
pacientes e oferecê-los um tratamento eficaz. Ademais, palestras
devem ser realizadas em espaços públicos sobre os malefícios das
falsas concepções de prazer e da importância do acolhimento dos
vulneráveis. Assim, os ideais inalcançáveis não mais serão
instrumentos segregadores e, finalmente, a cotação de Fleck não
mais representará a dos brasileiros."
Exemplo 3:
A Constituição Federal de 1998, norma de maior hierarquia do
sistema jurídico brasileiro, assegura os direitos e o bem-estar da
população. Entretanto, quando se observa a deficiência de
visibilidade do registro civil como forma de garantir o acesso à
cidadania no Brasil, verifica-se que esse preceito é constatado na
teoria e não desejavelmente na prática. Dessa forma, essa realidade
se deve à inoperância estatal e à alienação social.
Primeiramente, vale ressaltar que à débil ação do Poder
Público, possui íntima relação com o revés. Acerca disso, Thomas
Hobbes, em seu livro “Leviatã” defende a obrigação do Estado em
proporcionar meios que auxiliem o progresso do corpo social. As
autoridades, todavia, vão de encontro com a ideia de Hobbes, uma
vez que possuem um papel inerte em relação a invisibilidade de
pessoas sem o registro civil e, por consequência disso, dados de uma
pesquisa estabelecida pelo IBGE, em 2015, estima-se que mais de 2
milhões de pessoas não possuem a certidão de nascimento,
mostrando um alto teor de cidadãos em maioria pobres e negros,
excluídos de existirem no corpo civil. Assim, parcela dessas vítimas
vive à margem da sociedade, pois não existem políticas públicas
eficazes como benefícios sociais.
Ademais, uma grande parcela da população se mostra alienada.
O intitulado “Paradoxo da Moral”, é um livro escrito pelo
musicólogo Vladimir Jankélévitch para exemplificar a cegueira ética
do homem moderno, ou seja, a passividade das pessoas frente aos
impasses enfrentados pelo próximo. De maneira análoga, percebe-se
que a garantia de acesso à cidadania, encontra um forte alicerce na
estagnação social. Essa situação ocorre porque, infelizmente, a
sociedade não se movimenta em prol da erradicação dessa
problemática, pelo contrário, ela adquire uma posição individualista
por não mensurar como a falta de um registro civil causa como a
impossibilidade de retirar outros documentos precisos. Logo, é
essencial superar esses preceitos que atestam, sobretudo, um cenário
intolerante.
Fica evidente, portanto, a necessidade de garantir o acesso à
cidadania para todos no Brasil. Destarte, o governo federal,
responsável por administrar o povo e os interesses públicos, com o
apoio do Ministério da Cidadania, a partir de medidas
governamentais destinadas à pasta, deve disponibilizar benefícios
financeiros sociais para cidadãos que não tenham como pagar a
retirada de um registro civil. Essa ação será realizada com o intuito
de custear a posse desse documento importante, para que também, a
sociedade não naturalize a intolerância que a permeia. Dessa
maneira, com a conjuntura de tais ações, os brasileiros verão o
direito garantido pela Constituição, como uma realidade.
Contextualização. (Entretanto, contudo, porém, todavia, no
entanto, apesar disso) ou (De forma análoga, semelhantemente,
analogamente, assim como) tese. (Nesse sentido; isso ocorre,
pois...; isso se evidencia não só por ..., mas também por) projeto
de texto.
(Diante desse cenário, frente a esse cenário, sob essa perspectiva,)
Retomada do projeto de texto. Informatividade (Com efeito, sob
esse viés, a partir disso. Marca de autoria (portanto, assim, desse
modo, dessa maneira, então, destarte)
(Ademais, além disso, / apesar disso, no entanto, contudo)
Retomada do projeto de texto. (Com efeito, sob esse viés, a partir
disso) Informatividade. Marca de autoria (portanto, assim, desse
modo, dessa maneira, então, destarte).
(Portanto, sendo assim, dessa forma).