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Relatório 8 - F4

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Interferência e Difração

Arthur dos Santos Mohn, Felipe Miranda Cardoso de Sá, Kéthlyn Campos Silva,
Rafael Nunes Santana
Laboratório de Física 4 (Prof. Rafael de Morais Gomes)

RESUMO

Neste relatório apresentamos os resultados referentes ao estudo de interferência e


difração, no qual pudemos visualizar o espaçamento de uma rede de difração e os
comprimentos de onda de quatro linhas espectrais de uma lâmpada de mercúrio.

INTRODUÇÃO

Para identificar elementos químicos, o comprimento de onda possui grande


relevância, pois o espectro fornecido é único de cada elemento, e assim uma “Identificação”
do mesmo. Assim podemos identificar a composição química de diversos objetos, corpos
celestes, produtos químicos etc. Deste modo os fenômenos da difração e interferência
ondulatória serão explorados com o intuito de identificar os elementos. No momento em que
um feixe luminoso passa por uma fenda de largura “a” > λ (comprimento de onda do feixe),
o feixe passa sem alterações, reproduzindo sua imagem do tamanho da fenda. Entretanto,
se a largura for reduzida, para valores próximos a λ , (a = λ) teremos no anteparo, uma
imagem central de alta intensidade, e outras imagens de menor intensidade distribuídas
simetricamente. Desta forma analisaremos o efeito de difração nesta fenda como na
imagem:
Com o uso de diversas fendas, e a largura das fendas na ordem de grandeza dos
comprimentos de onda da luz visível, a luz atravessa as fendas formando distribuição de
intensidades distintas. Onde podemos analisar o fenômeno de interferência como na figura:

OBJETIVO

O objetivo desse experimento é medir o espaçamento de uma rede de difração dada


e medir os comprimentos de onda de quatro linhas espectrais de uma lâmpada de mercúrio.

METODOLOGIA

Os materiais utilizados neste experimento foram: 1 trilho de ferro laminado com


escala milimetrada e L = 1000mm AZEHEB; 1 lâmpada de vapor de mercúrio – 80 W, com
reator (IF-UFG); 1 lâmina 8 x 8 cm com uma fenda entalhada; 1 lente convergente
colimadora (f = 12,5 cm); 1 rede de difração de 80 fendas / mm em dispositivo de
sustentação especial; 1 rede de difração de 600 fendas / mm em suporte especial; 1
adaptador de latão para disco plástico; 4 suportes metálicos para trilho tipo “V”; 1 anteparo
de fórmica, 60 cm x 90 cm; 1 régua milimetrada de 50 cm.
O circuito foi montado de acordo com o esquema dado. Na primeira parte, foi
conectada uma lâmpada de mercúrio à rede elétrica. A fenda vertical juntamente com seu
suporte foi colocada sobre o trilho do banco óptico. Em seguida, foi colocado o anteparo
verticalmente na extremidade do trilho, a lente convergente foi colocada próxima da fenda e
a lente foi movida até que se conseguisse focalizar a imagem da fenda sobre o anteparo.
Logo após, colocou-se a rede de 80 fendas/mm, em seu suporte especial, sobre o trilho,
entre a lente e o anteparo, mais afastada possível do anteparo. Foi medida a separação
entre as duas linhas verdes das ordens um, dois, três e quatro.
Na segunda parte do experimento, foi substituída a rede de difração de 80
fendas/mm pela Rede de Rowland de 600 fendas/mm e foi medida a distância entre as duas
linhas azuis.

Esquema Experimental:

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Tabela I
Ordem m 2y (cm) D (cm) θ (graus) sen θ d (nm) N
(fendas/mm)

1 4,3 45 2,735 0,0477 11441 87,4


± 0,058 ± 0,058 ±0,074 ± 0,0013 ± 308 ± 2,3

2 8,5 45 5,395 0,0940 11614 86,1


± 0,058 ± 0,058 ±0,073 ± 0,0013 ±158 ± 1,2

3 13,1 45 8,281 0,1440 11372 87,93


± 0,058 ± 0,058 0,073 ± 0,0013 ± 100 ± 0,77

Média = 87,1
± 1,4

Tabela II
Cor m 2y (cm) D (cm) θ (graus) sen θ λ (nm)

Vermelha 1 43 50 23,628 0,39503 658,4


± 0,058 ± 0,058 ± 0,061 ± 0,00098 ± 1,5
Amarela 1 37 50 20,341 0,3470 578,3
± 0,058 ± 0,058 ± 0,062 ± 0,0010 ± 1,6

Verde 1 34,5 50 19,070 0,3261 543,6


± 0,058 ± 0,058 ± 0,062 ± 0,0010 ± 1,6

Azul 1 27 50 15,110 0,2607 434,4


± 0,058 ± 0,058 ± 0,064 ± 0,0011 ± 1,7

Para calcular as incertezas de 2y e D, assumamos que resolução efetiva da régua (∆𝑟) = 1


mm = 0,1 cm:
∆𝑟 0,1
𝑢2𝑦, 𝐷 = = = 0, 058
3 3

Para calcular θ:
𝑦 = 2𝑦/2
𝑢𝑦 = 𝑢2𝑦
𝑦
θ = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔( 𝐷 )

2
𝑢𝑦 2
∆θ = ( ) +( )𝐷
−𝑦 𝑢𝐷

𝐷
2

𝑢θ = ||𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( 𝑦
𝐷
+ ∆θ − 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ) ( 𝑦
𝐷 )
− ∆θ ||/2

Para calcular sen θ:


∆𝑠𝑒𝑛θ = 𝑢θ
|
𝑢𝑠𝑒𝑛θ = 𝑠𝑒𝑛(θ + ∆θ) − 𝑠𝑒𝑛(θ − ∆θ) /2 |
Para calcular d:
𝑚λ
𝑑= 𝑠𝑒𝑛θ

2
𝑢𝑑 = ( −𝑚 λ 𝑢𝑠𝑒𝑛θ

𝑑
2 )
Para calcular N:
1
𝑁= 6
𝑑.10

2
𝑢𝑁 = ( ) . 10
−𝑢𝑑

𝑑
2
−3

Para calcular λna Tabela II:


𝑑 = 1/𝑁 → 𝑑 = 1/600 = 1, 667 µ𝑚

λ = 𝑑 𝑠𝑒𝑛θ/𝑚, como m=1:


λ = 𝑑 𝑠𝑒𝑛θ
|
𝑢λ = 𝑑 𝑐𝑜𝑠θ 𝑢𝑠𝑒𝑛θ |

Atividade 1
Que alteração haveria no espectro de difração da fenda única, no que se refere ao
espaçamento entre as franjas, se a largura da fenda fosse duplicada?

O espaçamento entre as franjas é definido pelo ângulo θ, portanto vamos utilizar a


equação 𝑎 𝑠𝑒𝑛θ = 𝑚λ, e variar o valor de “a”, obtendo assim uma variação no ângulo θ:
𝑎1𝑠𝑒𝑛θ = 𝑚λ → 𝑠𝑒𝑛θ = 𝑚λ/𝑎1(I)
1 1

𝑎2𝑠𝑒𝑛θ2 = 𝑚λ → 𝑠𝑒𝑛θ = 𝑚λ/𝑎2 (II)


2

substituindo 𝑎2 = 2𝑎1(II), logo:

𝑠𝑒𝑛θ = 𝑚λ/2𝑎1 → 2𝑠𝑒𝑛θ = 𝑚λ/𝑎1 → 𝑠𝑒𝑛θ = 2𝑠𝑒𝑛θ


2 2 1 2

Se θ forem iguais, podemos concluir que quando a largura da fenda (a) é duplicada,
o espaçamento entre as franjas aumenta.

Atividade 2
Na experiência de Young, porque a franja central do espectro é um máximo?

Na experiência de Young o gerador de luz é posicionado de forma que as frentes de


onda passem pelo anteparo e cheguem à tela por um caminho óptico igual, logo a luz passa
pela fenda sem alterar o seu ângulo, assim não existe interferência dela sobre ela mesma, e
o anteparo receberá a luz mais completa.

Atividade 3
Calcule o número de fendas por milímetro da primeira rede utilizada. Explique seus
cálculos.

Para calcular o número de fendas por milímetro da primeira rede, fizemos:


𝑦
θ = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔( 𝐷 ), e calculamos 𝑠𝑒𝑛θ. Com essa informação podemos calcular d,
𝑚λ 1
fazendo: 𝑑 = 𝑠𝑒𝑛θ
. Com o valor de d, podemos calcular N: 𝑁= 𝑑
→ 𝑑 = 1/𝑁.
Após realizar esse cálculo para todos os dados da tabela fizemos uma média dos
valores de N para determinar um valor único:

𝑁 = (87, 15 ± 1, 4) 𝑓𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠/𝑚𝑚

|Nexperimental - Nteórico| Compatibilidade

|87, 15 − 85| = 2, 15 < 3 * 1, 4 =Compatível

Atividade 4
Calcule “d” para a rede de Rowland (600 fendas / mm), apresentando seus cálculos.

Para o cálculo de d, utilizamos a expressão:


𝑑 = 1/𝑁 → 𝑑 = 1/600
−3
𝑑 = 1, 7. 10 𝑚𝑚 → 𝑑 = 1, 667 µ𝑚

Atividade 5
Calcule o erro percentual entre os comprimentos de onda medidos e o tabelados para
as linhas medidas da 1a ordem do espectro do Hg.

|658,38−623,4|
Vermelho:
623,4
* 100 = 5, 61%
|578,35−577,0|
Amarelo:
577
* 100 = 0, 23%
|543,56−546,1|
Verde
546,1
* 100 = 0, 46%
|434,44−435,8|
Azul:
435,8
* 100 = 0, 31%

|λ𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 − λ𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜| Compatibilidade

|658,38 - 623,4| = 34,98 > 3*1,5 = 4,5 Incompatível

|578,35 - 577| = 1,35 < 3*0,93 = 2,79 Compatível

|543,56 - 546,1| = 2,54 < 3*0,94 = 2,82 Compatível


|434,44 - 435,8| = 1,36 < 3* = 2,85 Compatível

Atividade 6
Utilize seus dados experimentais para calcular o número de fendas por centímetro,
que deve ter uma rede de difração, de modo a obter, para o amarelo do Sódio (589
nm), um ângulo θ=10o para o máximo de primeira ordem.

Para máximo de primeira ordem, m = 1, λ= 589 nm e θ= 10°:

−9
λ𝑚 589.10 *1
𝑑= 𝑠𝑒𝑛θ
→ 𝑑 = 𝑠𝑒𝑛 10° = 3, 3919 µ𝑚
1 1
𝑁= 3 = 3,3919 𝑚𝑚 = 295 𝑓𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠/𝑚𝑚
𝑑*10

CONCLUSÃO

A partir dos experimentos realizados, concluímos que os valores teóricos do número


de fendas por milímetro condizem com os valores experimentais assim como os
comprimentos de onda λ previstos, compatíveis com os experimentais para as cores
amarelo, verde e azul, com exceção do vermelho, para o espectro de Hg.

REFERÊNCIAS

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 8. ed. Rio de
Janeiro, RJ: LTC, c2009 vol 4.

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