Capítulo 3 Metalurgia Da Conformação
Capítulo 3 Metalurgia Da Conformação
Capítulo 3 Metalurgia Da Conformação
Capítulo 3
(3.1)
Onde:
= temperatura homóloga
= temperatura de processamento do metal
= temperatura de fusão do metal
Se Th for menor que 0,5 o trabalho de conformação plástica é a frio e se for maior
que 0,5 o trabalho de conformação plástica é a quente (Figura 3.1).
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Tabela 3.1 – Temperaturas de recristalização para alguns metais e ligas de uso comum
A temperatura que define o limite superior para o trabalho a frio não pode ser
expressa com exatidão, pois depende, além da composição química do material
metálico, da intensidade e velocidade de deformação decorrente. De uma maneira
aproximada, pode-se afirmar que essa temperatura é inferior à metade da temperatura
de fusão do metal.
Vantagens:
1. Menor nível de energia requerido para deformar o metal, já que a tensão de
escoamento decresce com o aumento da temperatura (Figura 3.1);
2. Aumento da capacidade do metal para escoar sem se romper;
3. Refino da granulação grosseira (típicas de peças fundidas), proporcionando
grãos menores e recristalizados;
4. Eliminação de bolhas e poros;
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Desvantagens:
1. Necessidade de equipamentos especiais (fornos), e gasto de energia para o
aquecimento das peças;
2. Formação e incrustações de óxidos prejudiciais para o acabamento superficial;
3. O desgaste das ferramentas é maior e a lubrificação é difícil;
4. Necessita de grandes tolerâncias dimensionais por causa da expansão e
contração térmica.
trinca após alguma ou nenhuma deformação plástica, e fratura dúctil, com lenta
propagação da trinca precedida de intensa deformação plástica. Então, a principal
diferença entre os dois tipos é que a propagação da fratura dúctil está associada à
intensa deformação plástica.
A fratura frágil, nos materiais cristalinos, ocorre comumente através de
determinados planos cristalográficos, através do fenômeno de clivagem. A clivagem
consiste na separação de planos de átomos, através da solicitação mecânica, devido à
perda de coesão entre os átomos. A energia de fratura é então quase que totalmente
utilizada para vencer a força de coesão entre os átomos de cada lado do percurso da
trinca. Os planos de separação são denominados planos de clivagem, e a aparência
macroscópica da fratura é brilhante e granular, devido às diferentes posições dos
planos de clivagem dos diversos grãos. Contudo a fratura transcristalina (ou
transgranular) pode dar lugar à fratura transcristalina (ou intergranular), quando estão
presentes – nos contornos dos grãos – películas de comportamento frágil. A tensão
normal de tração define a condição mecânica para esse tipo de fratura.
A fratura dúctil, conduzida por tensões de cisalhamento que provocam
deformações plásticas, apresenta uma aparência macroscópica fosca e fibrosa, e os
mecanismos de nucleação e propagação estão intimamente ligados à presença de
vazios internos (poros), de inclusões e de barreiras ao movimento de discordâncias no
material do corpo solicitado.
Na conformação plástica dos metais o tipo de fratura que pode ocorrer é
normalmente de natureza dúctil. Deve-se, no entanto, diferenciar os mecanismos de
nucleação e de propagação das trincas que conduzem a fratura. Por exemplo, um metal
pode sofrer uma redução de secção de 40% e logo a seguir fraturar repentinamente.
Considerando-se todo o processo, a fratura é de natureza dúctil, pois foi precedida de
intensa deformação plástica. Analisando-se mais detalhadamente, entretanto, verifica-
se que a nucleação da trinca é, realmente, de natureza dútil, mas a propagação é de
natureza frágil.
A relação que se pode estabelecer entre fratura dútil e os processos de
conformação plástica é semelhante à relação existente entre fratura frágil e nível de
segurança e solicitação de construções de estrutura metálica: nas duas situações para
evitar, respectivamente, a fabricação de produtos conformados com trincas e o
surgimento de falhas de resistência na estrutura, deve-se procurar controlar o processo
de fratura.
A maneira mais comum de apresentar a aparência geométrica da fratura dútil é
através do ensaio de tração convencional de barras de secção circular. Pode-se, então,
observar quatro modos típicos de fratura (Figura 3.6):
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extremidades e nas
nervuras
Experimento
descontinuado
UNS N10001 1200 3 -
Elevada dificuldade de
preenchimento
UNS N10002 1180 4 - Idem anterior