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Laminação

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AULA 10

LAMINAÇÃO
LAMINAÇÃO
• Processo responsável pela modificação da geometria/dimensões de um
corpo metálico através de sua passagem entre dois cilindros laminadores.
• O metal sai do laminador com uma velocidade maior que a de entrada.
• Os cristais são alongados na direção da laminação.
• Na laminação a quente os cristais começam a se reconstituir após deixar
a zona de tensão, mas na laminação a frio eles mantêm a forma
alongada, obtida pela ação dos cilindros.
• O metal é submetido a altas tensões compressivas, e a tensões
cisalhantes superficiais, resultantes do atrito entre os cilindros e o metal.
• As forças de atrito são também responsáveis pelo ato de puxar o metal.
Velocidade do metal durante o processo
Terminologia:

R – raio do rolo
L – comprimento do arco de contato
Vf – velocidade do material laminado na saída dos rolos
N – ponto neutro
Lp – comprimento projetado do arco de contato
h0 (ou hi) – espessura inicial do material
hf – espessura final do material
α – angulo de mordedura
Vr – velocidade do rolo
V0 – velocidade do material na entrada dos rolos

• O Ponto Neutro N é o ponto de contato onde as superfícies do material


e do cilindro movem-se com a mesma velocidade.

• Devido a essas características de velocidades as forças de atrito


convergem para o ponto N.
Velocidade do metal durante o processo
Tensões no material na região de entrada dos rolos

Tensões no material na região de saída dos rolos

Vf > Vr > V0
Processo de Laminação

Processo pode ser realizado:

• continuo ou em etapas;
• com uma ou mais ferramentas rotativas (cilindros de laminação);
• com ou sem ferramentas adicionais (ex.: mandris, calços ou hastes).

Permitindo:

• alcançar as dimensões dos produtos semi-acabados ou da peça pronta;


• caldeamento de rechupes e poros provenientes do processo de lingotamento;
• conformação da estrutura de solidificação do lingote;
• melhora das propriedades mecânicas.
Processo de Laminação

Após fundição, os lingotes são laminados em três formas intermediárias chamadas


blocos, tarugos, e placas.

• Blocos (Blooms) tem seção transversal 6” x 6” ou mais larga. Geralmente, eles são
laminados para obter perfis estruturais.

• Tarugos (Billets) tem seção retangular 1.5” x 1.5” ou mais larga. Eles são laminados
para obter hastes, barras, vergalhões, etc.

• Placas (Slabs) tem seção transversal retangular 10” x 1.5” ou mais larga. Eles são
laminados para obter placas grossas, chapas, chapas finas, tiras, fitas.
Fabricação de produtos planos e não-planos
Laminação a quente

• Utilizada para materiais que tenham baixa plasticidade a frio;


• Serve como etapa de preparação para laminação final, a frio;
• Permite grandes reduções de espessura;
• Forças de laminação menores que as da laminação a frio;
• Produz acabamento superficial pobre;
• Resulta em tolerâncias dimensionais largas.
Lingotamento contínuo – produção de chapas por laminação a
quente
Produtos obtidos por laminação a quente, após o lingotamento
Laminação a frio

• Requer material com boa plasticidade a frio;

• É precedida por laminação a quente;

• As reduções de espessura são limitadas pelo encruamento;

• As forças de laminação são bem maiores que as da laminação a quente;

• Produz acabamento superficial bom ou ótimo;

• Resulta em tolerâncias dimensionais mais estreitas que a laminação a quente.


Laminação a frio

Laminação de chapas a frio Produtos obtidos por laminação de chapas a frio


Laminação

Classificação quanto a cinemática

Longitudinal Transversal Oblíquo


Laminação de tubos

Ilustração esquemática de
vários processos de
produção de tubos por
laminação:

a)Com mandril fixo;

b)Com mandril móvel;

c) Sem mandril;

d)Rolo piloto sobre um


mandril e um par de rolos
com formato definido.
Tubo laminado sem costura

Laminador Oblíquo
Laminação de roscas

(a) e (c) matrizes planas


recíprocas;

Parafusos e fixadores com


rosca produzidos de forma
econômica por este
processo, a altas taxas de
produção.
Laminação de roscas

(a) e (c) matrizes planas


recíprocas;

Parafusos e fixadores com


rosca produzidos de forma
econômica por este
processo, a altas taxas de
produção.
Diferenças das roscas obtidas por diferentes métodos de
produção

(a) Parâmetros das roscas

(b) Direção dos grãos em roscas usinadas;

(c) Direção dos grãos en roscas obtidas por laminação


Laminação de perfil metálico
Tipos de laminadores para laminação convencional
Laminação Tandem
Laminação Tandem
Relações geométricas na laminação
Relações geométricas na laminação
Condição de laminação
Ângulo Neutro (αN)
Laminação x Forjamento
Presença de tração avante e/ou a ré no plano da chapa
Cálculo da força de laminação (F)
Tensão de Escoamento Média
Torque

Potência do motor do laminador


Flexão nos rolos ou cilindros de laminação

(a) Flexão de rolos cilindricos retos, causada pela força de laminação,


produzindo uma tira com espessura central maior;

(b) Flexão de rolos cilindricos retificados com curvatura, produzindo uma


tira com espessura uniforme
Redução da força de laminação

• Forças de laminação podem causar deflexão e achatamento nos rolos.

• As colunas de apoio dos rolos podem defletir sob altas forças de laminação.

• Forças de laminação podem ser reduzidas por:

1. Reduzindo o atrito na interface rolo-peça.

2. Usando rolos de diâmetro menor.

3. Reduzindo a área de contato.

4. Laminação a altas temperaturas.

5. Aplicando tensões a frente e/ou a ré na chapa.


Redução da força de laminação

Defeitos em laminação podem ser tanto superficial quanto estrutural:

• Defeitos superficiais incluem marcas de rolo e de escala.

• Defeitos estruturais (ver figuras) incluem:


1. Ondas laterais: flexão dos rolos causam afinamento nas laterais, a qual tendem a
alongar mais. Desde que os cantos estão restritos pelo material do centro, eles
tendem a empenar e formar ondas laterais;

2. Trincas centrais e de canto;

3. Fendilhamento: resultados de deformação não homogênea ou defeitos no lingote


fundido.

• Outros defeitos incluem: tensão residual (em alguns casos tensões residuais são
desejáveis).
Tensões residuais desenvolvidas na laminação

(a)Tensões residuais desenvolvidas na laminação com rolos de pequenos diâmetros ou


para pequenas redução de espessura por passe.

(b) Tensões residuais desenvolvidas na laminação com rolos de grandes diâmetros ou a


alta redução de espessura por passe. Observe a reversão dos padrões de tensão residual.
Defeitos na laminação

Defeitos por falta de curvatura nos rolos Defeitos por excesso de curvatura nos rolos
Deformação elástica dos rolos ou cilindros de laminação

Equação de Hitchcock

A análise mais frequentemente utilizada para definir a deformação elástica dos cilindros é aquela
desenvolvida por Hitchcock.
De acordo com essa análise o raio de curvatura aumenta de R para R`.
Limite de Espessura

Quando se lamina uma chapa fina , conclui-se experimentalmente que não é possível reduzir sua
espessura abaixo de um certo valor. Tal tentativa resultará numa deformação maior dos rolos e
nenhuma deformação plástica da chapa.
Laminação a quente
Exemplo

Cálculo da Força e do Torque de laminação


Uma tira de cobre recozido com largura de 228 mm e 25 mm de espessura é laminado para uma
espessura de 20 mm em um único passe. O raio do laminador é 300 mm, e o rolo gira a 100 rpm.
Calcule a força e potência requerida na operação. Dado que a tensão de escoamento média em
estado plano de deformação (EPD) nessa etapa é 180 MPa.
Exercícios
Exercícios

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