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Física T4

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Sumário:

Caracterização do movimento do ponto material: vetor posição,


deslocamento, coordenada de posição sobre a trajetória,
velocidade média, velocidade escalar média, velocidade
instantânea, aceleração média e aceleração instantânea.

1
 Vetor Posicional

O movimento de uma partícula fica perfeitamente determinado se for


conhecida, em cada instante, a sua posição em relação ao sistema de
referência escolhido.

A posição de uma partícula pode ser especificada de duas formas diferentes:


 Através do vetor posicional (ou vetor posição).

 Utilizando a coordenada de posição sobre a trajetória.

2
 Vetor Posicional
y
No espaço, a posição de uma partícula, em A
B
cada instante t, pode ser definida,
relativamente a um referencial, pelo rA Trajectória
rB
respetivo vetor posicional.

vetor que une a origem do x


O
sistema de referência com a y
r (t )
posição da partícula no instante t A
yA
considerado.
 x  x (t ) rA

 y  y (t ) Equações paramétricas da
 z  z (t ) trajetória
 ĵ
O

xA
x

3
 Deslocamento
y
No instante tA, a partícula está no ponto A,
A
cuja posição é definida pelo vetor rA . B
r
No instante tB, a partícula está no ponto B,
cuja posição é definida pelo vetor rB . rA
rB
No intervalo de tempo Δt= tB- tA, o vector
deslocamento é,
x
r  rB  rA O

Dimensão:L
Unidade S.I.: m

Este vetor dá-nos informação sobre as posições extremas (inicial e final)


e não sobre a medida da trajetória descrita.
4
 Deslocamento

y
No intervalo de tempo Δt, a partícula
A
deslocou-se ao longo da sua trajetória, tendo B
r
descrito o arco 𝑨𝑩.
rA
O vetor  r representa o deslocamento de A rB

até B – vetor deslocamento ou simplesmente


deslocamento – é um vetor com origem em A x
e extremidade em B. O

5
 Coordenada da posição sobre a trajetória

Se a trajetória da partícula for conhecida à


priori, pode-se escolher sobre essa trajetória:
A
OS
(+)
Um ponto fixo e arbitrário (OS) que é tomado
como ponto de referência (origem dos arcos
descritos pela partícula sobre a trajetória).

Um sentido positivo - sentido dos arcos


x
crescentes.

6
 Coordenada da posição sobre a trajetória

A posição da partícula sobre a trajetória, num


determinado instante t, é definida pela abcissa A
OS
curvilínea s(t) (grandeza escalar) que representa (+)
o comprimento da porção de arco
compreendida entre a origem Os e a posição da
partícula no instante considerado, precedido do
sinal + ou – consoante a partícula se encontre
na parte positiva ou negativa da trajetória. x

7
 Coordenada da posição sobre a trajetória

A
OS S(t)
No instante t, a partícula encontra-se no ponto A (+)
B
S(t+Δt)
e a sua posição, nesse instante, é definida pela
coordenada de posição s(t), que representa o
comprimento do arco compreendido entre a
origem OS e o ponto A (a partícula encontra-se
na parte positiva da trajetória) 𝒔 𝒕 = 𝑶𝑺 𝑨 x

Num instante posterior t’ = t +Δt, a partícula encontra-se no ponto B e a sua


posição, nesse instante, é definida pela coordenada de posição s(t’), que
representa o comprimento do arco compreendido entre a origem OS e o ponto
B, s(𝒕 + ∆𝒕) = 𝑶𝑺 𝑩

8
 Coordenada da posição sobre a trajetória

A
OS S(t)
No intervalo de tempo Δt , a partícula vai do (+)
B
S(t+Δt)
ponto A ao ponto B, e o seu deslocamento ao
longo da trajetória, designado por
deslocamento escalar, é dado pelo comprimento
do arco 𝑨𝑩,
x
∆𝒔 = 𝑨𝑩 = 𝒔 𝒕 + ∆𝒕 − 𝒔(𝒕)

A coordenada de posição s(t) é um escalar positivo ou negativo.


O módulo do deslocamento escalar ( s ) só coincide com a distância percorrida pela
partícula, medida sobre a trajetória, se não existirem inversões de sentido do
movimento e se a trajetória for aberta.
Para calcular o deslocamento escalar Δs é necessário conhecer a trajetória descrita
pela partícula.
9
 Velocidade média
y
No instante tA, a partícula está no ponto A, S  AB
B
cuja posição é definida pelo vector rA . A
r
No instante tB, a partícula está no ponto B,
rB
cuja posição é definida pelo vector rB . rA
No intervalo de tempo Δt = tB-tA, o vector
deslocamento é r  rB  rA .
Define-se velocidade média como, x
O
r rB  rA
vmédia   Dimensão: L T-1
t t B  t A Unidade S.I.: ms-1

A velocidade média é uma grandeza vetorial que tem a mesma direção e


sentido de  r .
10
 Velocidade média

y
Esta grandeza mede a rapidez com que, em S  AB
B
média, a partícula muda de posição. A
r

Como, r  rB  rA rA
rB

Em que, rA  x A iˆ  y A ˆj e rB  x B iˆ  y B ˆj
x
Então, O

r  rB  rA  r  ( xB iˆ  yB ˆj )  ( x A iˆ  y A ˆj ) 
r  ( xB  x A )iˆ  ( yB  y A ) ˆj
11
 Velocidade média

y
Pelo que, S  AB
B
A
r rB  rA ( xB  x A )iˆ  ( y B  y A ) ˆj r
vmédia    vmédia  
t t B  t A tB  t A rB
rA
( xB  x A ) ˆ ( y B  y A ) ˆ x ˆ y ˆ
vmédia  i j  vmédia  i j
tB  t A tB  t A t t

x
E, o módulo da velocidade média é dado O
por:

r 2
 x   y 
2
vmédia   vmédia     
t  t   t 
12
 Velocidade escalar média

y
S  AB
B
Chama-se velocidade escalar média da partícula, A
r
no intervalo de tempo Δt, à seguinte grandeza
rB
escalar: rA

S S B  S A
vmédia v  
t tB  t A
x
O

A velocidade escalar média é um escalar positivo ou negativo, consoante o


movimento da partícula se efetua no sentido positivo ou negativo da trajetória.

13
 Velocidade escalar média

y
S S B  S A S  AB
vmédia  v   B
t tB  t A A
r

rB
Se Δs>0 , isto é, se o sentido do movimento da rA
partícula (neste caso de A para B) coincidir com
o sentido arbitrado como positivo (o sentido dos
arcos crescentes), então vmédia  0 x
O

Se Δs<0 , isto é, se o sentido do movimento da


partícula coincidir com o sentido contrário ao
arbitrado como positivo, então v 0
média

14
 Velocidade instantânea
y

Define-se velocidade instantânea (ou r3 B C


A r2
simplesmente velocidade) da partícula no instante
D
t (ou no ponto A) pelo vetor definido pela seguinte r1
rA
rB rC
expressão:
rD

r r r dr
v  lim vmédia  lim  lim B A  x
t 0 t 0 t t 0 t B  t A dt
dx
vx 
dr d ˆ d x d y dt
v  v  ( xi  y ˆj )  v  iˆ  ˆ ˆ
ˆj  v  vx i  v y j 
dt dt dt dt dy
vy 
dt
15
 Velocidade instantânea

O módulo do vetor velocidade é dado por: r3 B C


A r2
2 2
dx dy 
v  (v x )  (v y )  
2 2
   D
 d t   d t  vm3 vm2 vm1 r1

À medida que o intervalo de tempo Δt diminui,


r
as sucessivas posições D, C e B vão-se  r 1  AD  r (t  t1 )  r (t ) vm1  1
 t1
aproximando da posição A (posição ocupada pela
r2
partícula no instante t ).  r  AC  r ( t   t 2 )  r (t ) v m 2 
2
t 2

À medida que o intervalo de tempo Δt diminui, a  r  AB  r (t  t )  r (t ) v   r 3


3 m3
3
 t3
direção do deslocamento  r , portanto, da
velocidade média, tende para a tangente à
trajetória no ponto A.
16
 Velocidade instantânea

A Secante D
vmédia
O limite do vetor  r  t quando Δt tende para
zero, ou seja, a velocidade da partícula no Secante C
instante t – tem a direção da tangente à trajetória A
D
no ponto onde a partícula se encontra e o sentido vmédia
do movimento. B C
A
vmédia D

B C
A
v Tangente D

17
 Velocidade instantânea

dr
A equação, v pode ser escrita usando o deslocamento escalar Δs
como dt
 r  s   r   s  d r d s
v (t )  lim    lim   lim  
t  0   s  t   t  0   s   t  0   t  d s dt
No limite, quando Δt tende para zero, a
s
direção do vetor  r tende para a direção da û t
B
tangente à trajetória e o respectivo módulo r
A
tende para o valor do comprimento de arco
Δs, isto é:
lim  r  lim  s  d r  d s
 t 0  t 0
18
 Velocidade instantânea

Portanto, d r
ds
representa um vetor de módulo unitário e direção tangente à trajetória.

Definindo o vetor uˆ como um vetor unitário com a direção do vetor


t
velocidade instantânea:
dr dr
uˆt  
ds dr
ds
Pode escrever-se a velocidade instantânea v como v (t )  uˆt
dt
19
 Velocidade escalar instantânea

onde,
d s representa a velocidade escalar instantânea.
dt

Define-se velocidade escalar instantânea da partícula como a seguinte


grandeza escalar:
 s d s(t )
v(t )  lim 
t 0 t dt

O módulo do vetor velocidade confunde-se com a velocidade escalar média


porque, à medida que t tende para zero, os comprimentos das secantes vão-
se aproximando, cada vez mais, dos comprimentos dos arcos.

20
 Aceleração média

A grandeza física que traduz a variação da velocidade é a aceleração.


A velocidade pode variar, em geral, tanto em módulo como em direção.

y y
vA B vB vA B vB
A A amédia
v v A

x x

21
 Aceleração média

Define-se aceleração média da partícula, no intervalo de tempo Δt, como o


vector definido pela seguinte expressão: y
vA B vB
v vB  v A A amédia
amédia   v v A
t t
Dimensão: L T-2
Unidade S.I.: ms-2
x
Como,
v  vx iˆ  vy ˆj  v  vx iˆ  vy ˆj
v vx ˆ v y ˆ
amédia   i j
t t t
22
 Aceleração média

Como Δt é uma quantidade positiva, o vetor aceleração média tem a mesma


direção e o mesmo sentido do vetor v .

O módulo da aceleração média é dado por

2
v  vx   v y 
2
amédia      
t   t   t 

23
 Aceleração instantânea

Define-se aceleração média da partícula, no intervalo de tempo Δt, como o


vetor definido pela seguinte expressão:

v vB  vA dv
a  lim amédia  lim  lim 
t 0 t 0 t t 0 t B  t A dt

Dimensão: L T-2
Unidade S.I.: ms-2

A aceleração instantânea de uma partícula é a derivada em ordem ao tempo


da sua velocidade instantânea v (t ) (ou a segunda derivada, em ordem ao
tempo, do seu vetor posicional r (t )).

24
 Aceleração instantânea

O valor da aceleração não coincide, em geral, com a derivada do valor da


velocidade uma vez que, v  vtˆ e a direção do versor tˆ varia no tempo.

Como tˆ não é constante (a sua direção varia no tempo), então,

d v d (vtˆ) d v ˆ dtˆ
a   t v
dt dt dt dt
1 2
O vector aceleração tem duas componentes:
• a primeira componente é um vetor tangente à trajetória e
igual à variação do módulo da velocidade;
dtˆ
• a segunda componente v ;
dt
25
 Aceleração instantânea

Considere-se uma partícula com o movimento


indicado na figura.

Da definição de derivada;

Esta derivada tem direção normal à trajetória no ponto


que se calcula e sentido centrifugo.

Quando t 0 o arco PQ torna-se infinitamente pequeno. Aproximando-se


de um arco de circunferência de raio , nesse intervalo de tempo.

26
 Aceleração instantânea

Das igualdades anteriores temos

O movimento curvilíneo tem;


- uma componente na direcção da trajetória, que traduz a variação do
modulo da velocidade;
- e uma normal à trajetória, responsável pela mudança da direção do
movimento.
27
 Alguns tipos de movimentos: movimento retilíneo

O raio de curvatura da trajetória é infinito

28
 Alguns tipos de movimentos: movimento retilíneo

29
 Alguns tipos de movimentos: movimento retilíneo

30
 Alguns tipos de movimentos: movimento retilíneo

31
 Alguns tipos de movimentos: movimento retilíneo

32
 Alguns tipos de movimentos: movimento plano

33
 Alguns tipos de movimentos: movimento plano

34
 Alguns tipos de movimentos: movimento de projéteis

Lançamento horizontal

35
 Alguns tipos de movimentos: movimento de projéteis
Lançamento obliquo

36
 Alguns tipos de movimentos: movimento de projéteis
Lançamento obliquo

37
 Alguns tipos de movimentos: movimento de projéteis
Lançamento obliquo

38
 Alguns tipos de movimentos: Equação da trajetória

39
 Alguns tipos de movimentos: movimento de projéteis

40
 Alguns tipos de movimentos: movimento de projéteis

41
 Alguns tipos de movimentos: movimento de projéteis

41

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