Mtodof 1
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JERKE, Raquel B.
RU: 1810471
Orientadora: ALBRECHT, Ana Rosa Massolin
RESUMO
Através de uma pesquisa bibliográfica sobre a alfabetização no Brasil, fez-se um
estudo sobre os principais métodos usados nas escolas de todo o país, bem
como das orientações metodológicas nas políticas públicas das últimas décadas.
O objetivo principal da pesquisa foi avaliar o método fônico de alfabetização, em
busca de uma comprovação científica para o seu uso, já que esta técnica é a
mais nova indicação do Ministério da Educação e o seu uso está sendo
incentivado aos professores de escolas públicas e privadas, bem como aos pais
de crianças em idade pré-escolar. Esta abordagem do MEC tem gerado discórdia
entre os especialistas, pois, apesar de se tratarem de métodos e técnicas
tradicionais, elas vão de contramão ao que vinha sendo estabelecido
anteriormente. Desde os anos 1980, as teorias socioconstrutivistas e os métodos
globais de alfabetização substituíram o ensino tradicional, tomando conta de
todos os espaços educacionais. A principal proposta socioconstrutivista foi
transferir o foco do professor ao aluno na sala de aula, fazendo dele o grande
protagonista de sua própria aprendizagem. Desta forma, foi colocada sobre os
alunos, uma responsabilidade que, mais tarde, se comprovou extremamente
danosa, deixando grandes prejuízos no desempenho escolar de toda uma
nação. Em contrapartida, o método fônico e a consciência fonológica já possuem
eficácia comprovada e demonstram ser a melhor abordagem para o sucesso
acadêmico, principalmente aos alunos com dificuldade de aprendizagem.
Concluiu-se que esta abordagem pode ser a grande responsável por uma
melhora significativa da educação brasileira, mesmo que isso demore a
acontecer.
É fato que a educação no Brasil vem de mal a pior nos últimos anos.
Dentre os principais problemas da educação brasileira, obviamente se
encontram a “indisciplina e a incapacidade de leitura-escrita dos alunos”
(BENEDETTI, 2020, p.15). A isto, tem se atribuído constantemente “às políticas
públicas inadequadas e, principalmente, à falta de investimento na educação”
(ibid, p.41). Porém, segundo os estudos da OCDE de 2019, o Brasil é um dos
países que mais investe em educação em relação a proporção do PIB. A
pesquisa afirma que
4 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Por muito tempo, o processo de alfabetização foi colocado nas mãos dos
próprios alunos através de métodos globais e em nome da autonomia e
criatividade da criança. Sem o ensino sistemático e explícito do princípio
alfabético, muitas crianças acabam por se frustrarem pois, ao invés de
conseguirem decifrar o código alfabético, elas estão constantemente
adivinhando palavras, o que exige muito mais de sua memória. Se este processo
já é desgastante e frustrante para crianças consideradas “normais”, muito mais
então para as crianças com dificuldades de aprendizagem.
Como ficou claro, toda criança faz grande proveito do método fônico, pois
ele é organizado e progressivo, de forma que a criança aprende pouco a pouco
o código alfabético até que o domine por completo e, somente então, posso partir
para o significado de um texto. Crianças com dificuldades, por sua vez,
“necessitam ainda mais do auxílio de exercícios fonológicos” (BENEDETTI,
2020, p. 167). E é justamente por isso que “a abordagem global de ensino é tão
perniciosa: pois não permite a consolidação progressiva de conhecimento factual
de base para novos aprendizados” (ibid, p. 284) e nem permite as atividades
repetitivas e os treinos de caligrafia que sistematizam e organizam o processo
de aprendizagem. Também foi esclarecido que os métodos globais não só
dificultam o aprendizado, como também “deixam sequelas permanentes na
habilidade leitora dos alunos” (ibid, p. 144).
São inúmeros os estudos que comprovam os prejuízos dos métodos
globais, especialmente para as crianças com dificuldades de aprendizagem. Sob
o argumento de não tolher a autonomia da criança e de desenvolver práticas
significativas, os socioconstrutivistas deixaram de transmitir conteúdos
organizados e largaram as crianças por conta própria, negando completamente
todas as necessidades neurobiológicas das crianças no processo da
alfabetização (Ibid, p.269).
Neste processo desgastante de aprendizagem, algumas crianças, com
muito esforço, até conseguiam atingir a “hipótese alfabética”, mas
REFERÊNCIAS