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PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM URGÊNCIA E

EMERGÊNCIA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SOBRAL/UNINTA

ARKILA PINHEIRO RODRIGUES DE SOUSA

CONSTRUÇÃO DE UMA FERRAMENTA PERSONALIZADA DO USO DE


ANTIBIOTICOTERAPIA EM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE

SOBRAL - CE
2019
2

Arkila Pinheiro Rodrigues de Sousa

CONSTRUÇÃO DE UMA FERRAMENTA PERSONALIZADA DO USO DE


ANTIBIOTICOTERAPIA EM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE

Projeto de Pesquisa apresentado como


requisito parcial para aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão de
Residência Multiprofissional em Urgência e
Emergência.

Orientador: Prof. Dr. Tiago Sousa de Melo

Co-orientador: Prof. Esp. Fábio Frota de


Vasconcelos

SOBRAL
2019
3

1 INTRODUÇÃO

Nota-se na prática cotidiana o uso desenfreado de antibióticos e um


crescimento significativo de prescrições desses antibióticos para microrganismos
considerados multirresistentes. Estudos comprovam que a atuação do Farmacêutico
tem contribuído fortemente para o acompanhamento e monitorização do uso racional
de antimicrobianos, resultando em um impacto positivo, podendo restringir o
consumo, garantindo assim a segurança terapêutica desses pacientes (AVILA;
AGUILERA; RIGO, 2019).
Podemos perceber que cada dia o papel do Farmacêutico tem se difundido
em relação ao cuidado com paciente, deixando assim de ser o profissional apenas
administrativo, voltado para o medicamento e organização de recursos financeiros,
possibilitando assim a busca pelo atendimento que possa melhorar a qualidade de
vida do paciente e prevenir erros e danos relacionados a terapia medicamentosa
(BOTELHO; ROESE, 2019).
Torna-se indispensável a Farmácia Clínica e a Atenção Farmacêutica para
que haja segurança na prescrição e uso correto de antimicrobianos. É considerado
importante o papel do Farmacêutico dentro do Programa de Gerenciamento do uso
de antimicrobianos para garantir melhores resultados em relação a saúde e
qualidade de vida do paciente. Para tanto necessita que o Farmacêutico Clínico seja
atuante, e tenha formação e experiência nessa área (ANVISA, 2017).
Algumas atribuições do Farmacêutico voltadas para o uso de antimicrobianos
conforme a Diretriz Nacional para Elaboração de Programa de Gerenciamento do
Uso de Antimicrobianos em Serviços de Saúde, regulamentada pela Anvisa (2017),
dentre elas citamos: Detecção precoce e prevenção de interações medicamentosas,
identificação de reações adversas, otimização e ajuste de dose do antimicrobianos
de acordo com as particularidades do paciente, principalmente ajuste quando há
alterações na função renal, descalonamento. Ajuste de terapia, bem como
participação no desenvolvimento de protocolos e atualização, orientações ao
paciente.
Enfrentamos um grande desafio na área da saúde que é a resistência
antimicrobiana. É preocupante e vem progredindo o aumento do número de cepas
bacterianas cada vez mais resistentes ao arsenal disponível de medicamentos,
dessa forma tornando maior o tempo de permanência no ambiente hospitalar,
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consequentemente exigindo medicamentos de alto custo e internações e Unidade


Terapia Intensiva (UTI). Dados apresenta que no Brasil entre 5 e 15% dos pacientes
que estão hospitais e 25 a 35% dos pacientes que vão para o setor de UTIs estão
mais susceptíveis a adquirir infecção hospitalar, sendo esta considerada a quarta
causa de mortalidade (REIS et al, 2013).
Destacamos uma atenção maior em relação as UTIs, pois rotineiramente são
observados resistência antimicrobiana, causado por fatores diversos como amplo
espectro de antibióticos, pacientes que possuem histórico de internações
prolongadas, além disso uso de dispositivos invasivos que são determinantes para
promover resistência antimicrobiana. Por isso deve ser levado em consideração
medidas efetivas na prevenção da resistência antimicrobianos e devem ser
implantadas ( CABRAL, et al, 2018).
É de suma importância a restrição do uso desses antimicrobianos para que
possam ser otimizados os efeitos clínicos, reduzindo assim as graves
consequências como toxicidade, seleção de micro-organismos patogênicos e
resistência microbiana. Garantir a segurança do paciente e proporcionar um controle
do uso de antimicrobianos devem ser metas impostas através de educação e
estratégias que garantam a racionalização do uso destes (SANTOS, et al, 2016).
Com essa compreensão, decidiu-se a elaboração de um instrumento eficaz
que auxilie na busca da excelência e melhorias como uma ferramenta necessária no
processo de acompanhamento farmacoterapeutico, sendo este formulário integrante
do prontuário contribuindo para redução na seleção de microrganismos resistentes,
minimizando os custos hospitalares e garantindo ao paciente uma melhor efetividade
terapêutica e minimizando os riscos.

2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Propor a estruturação de uma ficha de avaliação personalizada de antibioticoterapia


em uma UTI adulto no setor emergência da Santa Casa de Misericórdia de Sobral.

2.2 Específicos
5

 Realizar uma revisão de literatura acerca do tema proposto de estudo


buscando identificar instrumentos existentes e embasamento para a produção
da ficha;
 Encaminhar dados da construção da ficha de avaliação para coordenação do
setor, para correção e revisão
 Apresentar aos profissionais a ficha, realizando orientação e ressaltando a
finalidade e importância do uso.

3 METODOLOGIA

3.1 Tipo de estudo

O presente trabalho será do tipo prospectivo, descritivo, com abordagem qualitativa,


através de uma pesquisa exploratória.

3.2 Local de estudo

O estudo será realizado na Santa Casa de Misericórdia de Sobral – SCMS é uma


instituição filantrópica de referência regional e estadual para atendimento em saúde
de Alta Complexidade em Traumato-ortopedia, Obstetrícia, Neurocirurgia,
Oncologia, Cardiologia e Terapia Renal Substitutiva, sendo certificado como Hospital
de Ensino pelos Ministério da Educação e da Saúde desde 2007.

3.3 Período do estudo

O estudo será realizado durante o período de março de 2020 a novembro de 2020.

3.4 População e amostra

3.5 Fluxo da coleta de dados

O desenvolvimento da pesquisa será em três etapas distintas na primeira etapa será


feito um levantamento através de revisão narrativa sobre o processo de elaboração
de novos instrumentos.
Na segunda etapa, após compilação dos dados, será confeccionada a ficha com
embasamento na necessidade de promover o uso seguro e racional de
antimicrobianos.
Em seguida encaminhada para Coordenação do setor para verificar e fazer
correção, revisão do material. Na terceira etapa, será feita a apresentação para os
profissionais (delimitar, quais os profissionais) ressaltando a importância do uso, e
sua finalidade.

3.6 Análise de dados

3.7 Aspectos éticos


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O estudo será submetido à Comissão de Pesquisa Científica do Hospital


Santa Casa de Misericórdia de Sobral, atendendo as recomendações da Resolução
466/12 do Conselho Nacional de Saúde, que regulamenta as diretrizes e normas da
pesquisa em seres humanos, sendo preservada a identidade dos sujeitos do estudo.
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REFERÊNCIAS

REIS, H. P. L. C.; VIEIRA, J.B.; MAGALHÃES, D.P.; SARTORI, D.P.; FONSECA, D.


B.; VIANA, J.M.; CUNHA, F.A. Avaliação da resistência microbiana em hospitais
privados de Fortaleza – Ceará. Revista Brasileira de Farmácia. v. 94, n.1, p. 83-87,
2013.

BOTELHO, J. D. A.; ROESE, F. M. Intervenções realizadas pelo farmacêutico em


uma unidade de pronto atendimento médico. Revista Brasileira de Farmácia
Hospitalar e Serviços de Saúde, v. 8, n. 1, 11 mar. 2019.

AVILA, A. N.; AGUILERA, C. S.; RIGO, H. Evolução do consumo de antibióticos e


resistência a antimicrobianos em um hospital da Argentina. Revista Brasileira de
Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde, v. 5, n. 2, 11 mar. 2014.

ANVISA. Diretriz Nacional para Elaboração de Programa de Gerenciamento do Uso


de Antimicrobianos em Serviços de Saúde. Brasília, 28 de dezembro de 2017.
Disponível
em:<https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/
diretriz-nacional-para-elaboracao-de-programa-de-gerenciamento-do-uso-de-
antimicrobianos-em-servicos-de-saude>. Acesso em: 18 out. 2019.

SANTOS, R.G.; ALVES, C.D.S.; LEMOS, L.B.; LEMOS, G.S.; JESUS, I. S.


Prescrições de antimicrobianos de uso restrito de pacientes internados em um
hospital de ensino. Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de
Saúde, v. 7, n. 1, p. 8-12, jan- mar. 2016.

CABRAL, et al. Racionalização de antimicrobianos em ambiente hospitalar. Revista


Sociedade Brasileira de Clínica Médica, v. 1, n.16, p. 59-63, jan-mar. 2018.

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