A Casa de Vidro foi projetada por Lina Bo Bardi em 1951 em São Paulo. É considerada a primeira obra da arquiteta no Brasil e é caracterizada por sua estrutura leve de pilares de aço e grandes áreas de vidro que permitem a integração com a paisagem natural. A casa teve projeto estrutural desenvolvido por Luigi Nervi e adaptações de Túlio Stucchi.
A Casa de Vidro foi projetada por Lina Bo Bardi em 1951 em São Paulo. É considerada a primeira obra da arquiteta no Brasil e é caracterizada por sua estrutura leve de pilares de aço e grandes áreas de vidro que permitem a integração com a paisagem natural. A casa teve projeto estrutural desenvolvido por Luigi Nervi e adaptações de Túlio Stucchi.
A Casa de Vidro foi projetada por Lina Bo Bardi em 1951 em São Paulo. É considerada a primeira obra da arquiteta no Brasil e é caracterizada por sua estrutura leve de pilares de aço e grandes áreas de vidro que permitem a integração com a paisagem natural. A casa teve projeto estrutural desenvolvido por Luigi Nervi e adaptações de Túlio Stucchi.
A Casa de Vidro foi projetada por Lina Bo Bardi em 1951 em São Paulo. É considerada a primeira obra da arquiteta no Brasil e é caracterizada por sua estrutura leve de pilares de aço e grandes áreas de vidro que permitem a integração com a paisagem natural. A casa teve projeto estrutural desenvolvido por Luigi Nervi e adaptações de Túlio Stucchi.
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Casa de Vidro
Lina Bo Bardi ARQUITETA MODERNISTA ÍTALO-BRASILEIRA
A biografia de Lina Bo Bardi começa em 1914, quando ela nasceu em Roma.
Onde teve a oportunidade de aprofundar seus estudos e formou-se em arquitetura em 1939. Em seguida, mudou-se para Milão, onde trabalhou com Carlo Pagani e com o estúdio de Gio Ponti, um dos designers mais influentes do pós-guerra. Lina possuía uma personalidade multifacetada que lhe permitiu dedicar-se ao mesmo tempo à edição, para a qual colaborará com várias revistas femininas e de design, até ingressar na Domus. Em meados da década de 1940, juntamente com Pagani, abriu outras publicações independentes, inclusive seu próprio atelier de arquitetura. Isso será destruído pelos bombardeios de 43, um evento que levará Lina Bo Bardi a se juntar à resistência comunista italiana. Nos anos seguintes fundou o MSA e finalmente, após a guerra, mudou-se com o marido para São Paulo, onde proporia sua poética arquitetônica no exterior. Aqui, no início dos anos 1950, realiza suas primeiras obras, inaugurando-as com a Casa de Vidro que hoje abriga a fundação Instituto Bardi. "A arquitetura é criada, ‘inventada de novo’, por cada homem que anda nela, que percorre o espaço, subindo as escadas, ou descansando sobre um guarda-corpo, levantando a cabeça para olhar, abrir, fechar uma porta, sentar-se ou levantar-se e ter um contato íntimo e ao mesmo tempo criar ‘formas’ no espaço; o ritual primitivo do qual surgiu a dança, primeira expressão do que viria a ser a arte dramática. Este contato íntimo, ardente, que era outrora percebido pelo homem, é hoje esquecido. A rotina e os lugares comuns fizeram o homem esquecer a beleza de seu ‘mover-se no espaço’, de seu movimento consciente, dos mínimos gestos, da menor atitude." Lina Bo Bardi A Casa de Vidro Em 1951, Lina se naturaliza brasileira, ano que coincide com a Em 1987, a Casa de Vidro foi tombada pelo inauguração da sua primeira obra construída, nada menos CONDEPHAAT como patrimônio histórico do que a Casa de Vidro, localizada no bairro do Morumbi, zona estado de São Paulo e desde 1995 é sede do sul de São Paulo. Inicialmente idealizada como residência do Instituto Lina Bo e P. M. Bardi e abriga parte da casal e sede do Instituto de Arte Contemporânea, a Casa de coleção de arte adquirida pelo casal ao longo de Vidro foi a primeira residência do bairro, até então dominado suas vidas. pela Mata Atlântica, quando a expansão da cidade começava a ocupar a outra margem do rio Pinheiros.
Seus primeiros croquis revelavam o que viriam a ser os
pontos centrais do edifício: a presença marcante do vidro e da paisagem natural externa, e o plano aberto da sala. A partir então do projeto arquitetônico de Lina, em 1950, Luigi Nervi (engenheiro italiano) desenvolveu o projeto estrutural da casa, que passou ainda por adaptações e contribuições do engenheiro Túlio Stucchi, em 1951. A obra iniciou-se no mesmo ano e foi totalmente finalizada em 1952. Caracterização do projeto Os sistemas estruturais de seção-ativa possuem, predominantemente, uma forma retangular em plano e seção. A simplicidade da geometria retangular para resolver problemas estruturais e estéticos é uma vantagem dos sistemas estruturais de seção-ativa e a razão de sua aplicação universal na edificação.
DEFINIÇÃO: sistemas estruturais de seção ativa, são sistemas
de estrutura de elementos lineares retos, sólidos e rígidos - incluindo suas formas compactas como laje na qual a redistribuição de forças é efetuada através da mobilização das forças secionais. FORÇAS: Os membros do sistema são principalmente submetidos à isto é à compressão linear, tensão e cisalhamento: sistemas de flexão. CARACTERÍSTICAS: as características típicas destas estruturas são: perfil secional e continuidade de massa. Sobre o projeto estrutural da Casa de Vidro A Casa de Vidro é como uma caixa, flutuando de forma equilibrada sobre finos pilares de aço e vigas delgadas de concreto armado – isso faz referência aos cinco pontos da arquitetura, propostos por Le Corbusier. Apesar do projeto arquitetônico ser de Lina Bo Bardi, foi o engenheiro Tullio Stucchi que executou os cálculos estruturais. A ideia dos profissionais era aproveitar o perfil natural do terreno inclinado para construir a zona de 0 serviços, na parte de trás da residência, sobre muros de contenção. Já o módulo principal, com planta baixa livre e janelas em fita, foi dividido rigorosamente por uma malha estrutural vertical, com quatro módulos de largura por cinco de profundidade. A estrutura vertical se compõe por esbeltos tubos de aço, dispostos em um modulação de quatro módulos de largura por cinco de profundidade. Formam o pilotis da residência e avançam pela laje do piso superior até alcançarem a laje de coberta, ambas de concreto armado. A laje piso é nervurada em concreto armado e caixão perdido com forro – parte de baixo do caixão – em argamassa armada. Laje de cobertura com sistema de lajotas cerâmicas, vigotas recapeadas in loco (laje-pré) e vigas invertidas de concreto armado. No bloco da área de serviço a laje de cobertura está apoiada diretamente sobre as alvenarias. Laje de concreto armado caixão perdido com o forro em argamassa armada que oculta as vigas/nervuras. Laje piso com 5 cm de espessura e a laje de forro com 2 cm de espessura. Volume e Espaço: A primeira porção representa o salão de estar e jantar, dominada pelas grandes aberturas de vidro. Ocupa toda a largura e os dois primeiros módulos da profundidade da residência. Ao centro desse salão se encontra um pátio, no qual foi mantida uma árvore remanescente da vegetação local. Além de servir como elemento de amenização climática, possibilitando ventilação cruzada nos dias quentes, esse elemento reforça o desejado contato com a natureza, além de, mais uma vez, fazer menção aos mestres modernos, através das casas-pátio de Mies van der Rohe. Uma escada aberta, feita com estrutura de aço e degraus de granito, é o acesso principal ao andar superior da casa. Seu desenho de linhas simples é o único elemento que se sobressai no vazio do pilotis. A segunda porção é formada pela área dos dormitórios e de serviços, os quais ocupam os três módulos posteriores e configuram a parte maciça e opaca da casa. Os dormitórios são adjacentes ao salão de estar e a área de serviços forma o último módulo, a norte. Conectando essas duas faixas está a cozinha, que junto a outro patio aberto, mais amplo que aquele do salão de estar, conformam a faixa central dessa porção maciça da residência. O patio é mais uma vez um elemento essencial para o conforto da casa, permitindo a ventilação de todos os dormitórios. No primeiro piso, além disso, se encontram as zonas de máquinas e a garagem. Nessa parte dos fundos, a casa também é acessada diretamente do nível do terreno. Para acessar pela frente, é preciso subir uma escada. Estruturas e Materiais: Vidro e aço são as marcas da Casa de Vidro, que assim ganhou uma leveza impressionante, parecendo estar flutuando sobre o terreno, quando, na verdade, é sustentada por estacas de aço estrategicamente dispostas. Além disso, as amplas áreas envidraçadas e sem paredes da Casa de Vidro promovem um duplo efeito: ao mesmo tempo que permitem apreciar a beleza natural do entorno, por parte de quem se encontra em seu interior, também ressaltam ainda mais o aspecto de uma construção criada para não se sobrepor a paisagem, mas completá-la, sem roubar suas características naturais. E se as janelas da casa de Vidro de Lina Bo Bardi a colocam como que inserida na natureza, isso se deve também a mais um talento menos conhecido da arquiteta: o paisagismo. Universidade Evangélica de Goiás Disciplina: Sistemas Estruturais Orientador: Daniel Andrade Tema: Estudo da concepção estrutural na arquitetura Edifício: Casa de vidro (Lina Bo Bardi). Alunos: Ana Laura Ferreira Lacerda, Ana Vitória Barbosa, Kaillany Arantes Souza, Rosana Stuart Fontes, Ericka Gabriela Viegas Lial, Rafael Diniz Costa Lima, Letícia Rosa Lino