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Casa de Vidro - Slide

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Casa de Vidro

Lina Bo Bardi
ARQUITETA MODERNISTA ÍTALO-BRASILEIRA

A biografia de Lina Bo Bardi começa em 1914, quando ela nasceu em Roma.


Onde teve a oportunidade de aprofundar seus estudos e formou-se em
arquitetura em 1939. Em seguida, mudou-se para Milão, onde trabalhou com
Carlo Pagani e com o estúdio de Gio Ponti, um dos designers mais influentes do
pós-guerra. Lina possuía uma personalidade multifacetada que lhe permitiu
dedicar-se ao mesmo tempo à edição, para a qual colaborará com várias
revistas femininas e de design, até ingressar na Domus. Em meados da década
de 1940, juntamente com Pagani, abriu outras publicações independentes,
inclusive seu próprio atelier de arquitetura. Isso será destruído pelos
bombardeios de 43, um evento que levará Lina Bo Bardi a se juntar à
resistência comunista italiana. Nos anos seguintes fundou o MSA e finalmente,
após a guerra, mudou-se com o marido para São Paulo, onde proporia sua
poética arquitetônica no exterior. Aqui, no início dos anos 1950, realiza suas
primeiras obras, inaugurando-as com a Casa de Vidro que hoje abriga a
fundação Instituto Bardi.
"A arquitetura é criada, ‘inventada de novo’,
por cada homem que anda nela, que percorre o
espaço, subindo as escadas, ou descansando
sobre um guarda-corpo, levantando a cabeça
para olhar, abrir, fechar uma porta, sentar-se
ou levantar-se e ter um contato íntimo e ao
mesmo tempo criar ‘formas’ no espaço; o ritual
primitivo do qual surgiu a dança, primeira
expressão do que viria a ser a arte dramática.
Este contato íntimo, ardente, que era outrora
percebido pelo homem, é hoje esquecido. A
rotina e os lugares comuns fizeram o homem
esquecer a beleza de seu ‘mover-se no espaço’,
de seu movimento consciente, dos mínimos
gestos, da menor atitude."
Lina Bo Bardi
A Casa de Vidro
Em 1951, Lina se naturaliza brasileira, ano que coincide com a Em 1987, a Casa de Vidro foi tombada pelo
inauguração da sua primeira obra construída, nada menos CONDEPHAAT como patrimônio histórico do
que a Casa de Vidro, localizada no bairro do Morumbi, zona estado de São Paulo e desde 1995 é sede do
sul de São Paulo. Inicialmente idealizada como residência do Instituto Lina Bo e P. M. Bardi e abriga parte da
casal e sede do Instituto de Arte Contemporânea, a Casa de coleção de arte adquirida pelo casal ao longo de
Vidro foi a primeira residência do bairro, até então dominado suas vidas.
pela Mata Atlântica, quando a expansão da cidade começava a
ocupar a outra margem do rio Pinheiros.

Seus primeiros croquis revelavam o que viriam a ser os


pontos centrais do edifício: a presença marcante do vidro e da
paisagem natural externa, e o plano aberto da sala. A partir
então do projeto arquitetônico de Lina, em 1950, Luigi Nervi
(engenheiro italiano) desenvolveu o projeto estrutural da casa,
que passou ainda por adaptações e contribuições do
engenheiro Túlio Stucchi, em 1951. A obra iniciou-se no
mesmo ano e foi totalmente finalizada em 1952.
Caracterização do projeto
Os sistemas estruturais de seção-ativa possuem,
predominantemente, uma forma retangular em plano e seção. A
simplicidade da geometria retangular para resolver problemas
estruturais e estéticos é uma vantagem dos sistemas estruturais
de seção-ativa e a razão de sua aplicação universal na edificação.

DEFINIÇÃO: sistemas estruturais de seção ativa, são sistemas


de estrutura de elementos lineares retos, sólidos e rígidos -
incluindo suas formas compactas como laje na qual a
redistribuição de forças é efetuada através da mobilização das
forças secionais.
FORÇAS: Os membros do sistema são principalmente submetidos à
isto é à compressão linear, tensão e cisalhamento: sistemas de
flexão.
CARACTERÍSTICAS: as características típicas destas estruturas são:
perfil secional e continuidade de massa.
Sobre o projeto estrutural
da Casa de Vidro
A Casa de Vidro é como uma caixa, flutuando de forma
equilibrada sobre finos pilares de aço e vigas delgadas de
concreto armado – isso faz referência aos cinco pontos
da arquitetura, propostos por Le Corbusier. Apesar do
projeto arquitetônico ser de Lina Bo Bardi, foi o
engenheiro Tullio Stucchi que executou os cálculos
estruturais. A ideia dos profissionais era aproveitar o
perfil natural do terreno inclinado para construir a zona
de 0 serviços, na parte de trás da residência, sobre muros
de contenção. Já o módulo principal, com planta baixa
livre e janelas em fita, foi dividido rigorosamente por
uma malha estrutural vertical, com quatro módulos de
largura por cinco de profundidade.
A estrutura vertical se compõe por esbeltos tubos de
aço, dispostos em um modulação de quatro módulos
de largura por cinco de profundidade. Formam o
pilotis da residência e avançam pela laje do piso
superior até alcançarem a laje de coberta, ambas de
concreto armado.
A laje piso é nervurada em concreto armado e
caixão perdido com forro – parte de baixo do caixão
– em argamassa armada. Laje de cobertura com
sistema de lajotas cerâmicas, vigotas recapeadas in
loco (laje-pré) e vigas invertidas de concreto
armado. No bloco da área de serviço a laje de
cobertura está apoiada diretamente sobre as
alvenarias.
Laje de concreto armado caixão perdido com o forro
em argamassa armada que oculta as
vigas/nervuras. Laje piso com 5 cm de espessura e a
laje de forro com 2 cm de espessura.
Volume e Espaço:
A primeira porção representa o salão de estar e jantar,
dominada pelas grandes aberturas de vidro. Ocupa
toda a largura e os dois primeiros módulos da
profundidade da residência.
Ao centro desse salão se encontra um pátio, no qual
foi mantida uma árvore remanescente da vegetação
local.
Além de servir como elemento de amenização
climática, possibilitando ventilação cruzada nos dias
quentes, esse elemento reforça o desejado contato com
a natureza, além de, mais uma vez, fazer menção aos
mestres modernos, através das casas-pátio de Mies
van der Rohe.
Uma escada aberta, feita com estrutura de aço e
degraus de granito, é o acesso principal ao andar
superior da casa. Seu desenho de linhas simples é o
único elemento que se sobressai no vazio do pilotis.
A segunda porção é formada pela área dos
dormitórios e de serviços, os quais ocupam os três
módulos posteriores e configuram a parte maciça e
opaca da casa.
Os dormitórios são adjacentes ao salão de estar e a
área de serviços forma o último módulo, a norte.
Conectando essas duas faixas está a cozinha, que
junto a outro patio aberto, mais amplo que aquele do
salão de estar, conformam a faixa central dessa
porção maciça da residência.
O patio é mais uma vez um elemento essencial para
o conforto da casa, permitindo a ventilação de todos
os dormitórios. No primeiro piso, além disso, se
encontram as zonas de máquinas e a garagem.
Nessa parte dos fundos, a casa também é acessada
diretamente do nível do terreno. Para acessar pela
frente, é preciso subir uma escada.
Estruturas e Materiais:
Vidro e aço são as marcas da Casa de Vidro, que assim
ganhou uma leveza impressionante, parecendo estar
flutuando sobre o terreno, quando, na verdade, é
sustentada por estacas de aço estrategicamente
dispostas.
Além disso, as amplas áreas envidraçadas e sem
paredes da Casa de Vidro promovem um duplo efeito: ao
mesmo tempo que permitem apreciar a beleza natural
do entorno, por parte de quem se encontra em seu
interior, também ressaltam ainda mais o aspecto de
uma construção criada para não se sobrepor a
paisagem, mas completá-la, sem roubar suas
características naturais.
E se as janelas da casa de Vidro de Lina Bo Bardi a
colocam como que inserida na natureza, isso se deve
também a mais um talento menos conhecido da
arquiteta: o paisagismo.
Universidade Evangélica de Goiás
Disciplina: Sistemas Estruturais
Orientador: Daniel Andrade
Tema: Estudo da concepção estrutural na arquitetura
Edifício: Casa de vidro (Lina Bo Bardi).
Alunos: Ana Laura Ferreira Lacerda, Ana Vitória
Barbosa, Kaillany Arantes Souza, Rosana Stuart Fontes,
Ericka Gabriela Viegas Lial, Rafael Diniz Costa Lima,
Letícia Rosa Lino

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