Dimensao Antropologica
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FILOSOFIA
11ª Classe
2.º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO GERAL
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O homem é por natureza um ser que diz “eu “um ser pensante; e é
desde o pensar que se distingue de outros seres. Quer isto, que a essência
do homem é pensar a pensar-se, isto é antropocentrismo. É bem
verdade que o homem não só pensa-se em si, também pensa fora de si.
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2. A PESSOA HUMANA
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produto da cultura onde está inserido que por sua vez vai acrescentar as
suas contribuições tornando-se assim produtor de cultura.
Nos referimos acima que a cultura, é aquilo que é criado pelo homem.
No entanto, a palavra cultura pode também, exprimir a totalidade, ou uma
parte do pensamento e das ações que distinguem uma sociedade de outras.
Assim, podemos dizer que o fator cultural na vida dos povos, é o que de
mais essencial faz perpetuar a sua maneira de ser e de estar no mundo.
Deste modo, podemos afirmar que há uma pluralidade de culturas que com
vivem em diferentes tempos e lugares.
A cultura em si, é aquilo que faz com que o homem seja aquilo que é,
numa sociedade específica e num tempo próprio. Falar de cultura é
essencialmente, falar do homem, das suas faculdades, do seu
desenvolvimento, da sua maneira de ver e entender o cosmos, de
compreender o sobrenatural.
Mas, de certo é que tal ser, possui grande porção de energia que lhe
permite a libertação, percepção e transmissão por intermédio de uma ação
social e cultural. Como o homem não vive sozinho, tal ação é uma interação
por se tratar de uma ação conjugada, de esforços congregados. Por isso se
tem afirmado que o “mundo da sociedade implica cultura, e o homem
é um conjunto uma unidade individualizada na qual se integra.”11.
O homem vive dentro de uma dimensão se sociocultural e a cultura se
compreende dentro de uma sociedade antropológica.
Estes mundos (cultural e antropológico) não se compreendem de
forma separado mas sim articulam-se e se compreendem conjuntamente.
“Só o homem é produtor e portador de cultura não apenas um
ser social, mas também um ser cultural, visto que a cultura, neste
termo, é atributo exclusivo das sociedades humanas e não das
sociedades animais ou vegetais”.12
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Importa fazer compreender que o valor moral tem dois aspectos que
são o objetivo e o subjectivo.
No valor objetivo encontramos a ação moral concreta e exteriorizada.
É aqui onde se situa a ética. No objetivo encontramos a boa ou mal vontade
que faz referência a ação humana, exemplo: não gosto de assistir ao
telejornal, ou ainda, gosto de novelas. O específico do valor moral está no
compromisso intencional do sujeito o qual subjectiviza tanto a dimensão a
dimensão subjectiva como a ação subjectiva da moral.
O valor moral faz referência direta e imediata a subjectividade
humana, no modo entender a realidade. Esta subjectividade é entendida
como intencionalidade, como liberdade e como compromisso interno.
Uma vez que “facto” se relaciona com objectividade e “valor” implica
subjectividade, a relação entre os dois conceitos é de fundamental
importância para uma teoria objectiva do valor e dos juízos de valor.
Enquanto as ciências descritivas como a Sociologia, a Psicologia e a
Antropologia procuram determinar com critérios práticos o que é dotado de
valor e as qualidades do que é valorizado, a Filosofia permanece dedicada a
tarefa de questionar a qualidade objetiva daqueles critérios.
Algo tem valor porque é desejado ou se é desejado porque tem
valor? Ambas as abordagens supõem que os juízes de valor têm uma
propriedade cognitiva. Elas divergem quanto a existência
independentemente do valor como atributo de um objeto, sem interferência
do interesse humano. Os não-cognitivistas negam a qualidade cognitiva aos
juízos de valor e atribuem a eles uma função emotiva. Os existencialistas,
como Jean- Paul Sartre, destacam a liberdade de escolha dos valores de
cada pessoa e rejeitam uma relação lógica ou ontológica entre facto e
valores.
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homem como indivíduo; como sendo aquele que diz “eu sou”, isto é, o
indivíduo capaz de escolher ou nomear os seus desejos autonomamente.
O que seria o suporte que dá sentido à vida tornando-a serena, apesar
dos condicionamentos e circunstâncias naturais dos indivíduos, é perjurado.
A vida hoje, se refere mais num viver de conformismo, que numa relação
humana que faz coabitar os indivíduos a um único destino, sem a alienação
da realidade pessoal como ela mesma. Quer dizer, unir esforço para em
conjunto se edificar a humanidade sem perder de vista o homem na sua
singularidade que também tem os seus deveres apesar dos deveres
comunitários; todo o homem em particular, deve fazer suas opções
responsavelmente, mas tendo em vista a humanidade. Este, sim, é o
caminho que nos dirige a uma humanidade mais humana, uma vez que nela
encontramos o outro que é o nosso espelho, capaz de nos mostrar a
mancha que em nós se encontra, antes de sairmos a caminho, e que uma
vez dirimida com jovialidade caminhamos, sem preconceitos, sem medos e
sem desconfiança.
Parafraseando Heidegger, a existência do homem é sempre
coexistência e que no entanto a sua vida é na relação com outras pessoas;
relações estas que já não devem se limitar ao nível da banalidade do dia-a-
dia, do mesquinho conformismo que exclui a verdadeira comunicação e faz
da pessoa uma simples palha de tal modo que, para recuperar a verdadeira
autenticidade humana, só torna-se possível ao homem o caminho da solidão
em confronto com a morte. Pois, o único é o destino da humanidade guiado
pelos próprios homens, este destino é que impulsiona o homem a uma
solidariedade sublime na vida quotidiana; mas este destino, é só impessoal
curso da história, que o homem pode reconhecer ou ignorar, mas não
modificar.
Perante esta decadência dos valores humanizadores na sociedade
actual, a filosofia terá sempre a expressão última, por isso, afirma Hegel
que a filosofia chega sempre muito tarde, para dizer como é que deve ser o
mundo, pois chega somente depois dos factos consumados, como a coruja
de Minerva.
Isso não significa que a filosofia é apática, amórfica, passiva porque
ela não se concebe só na sua manifestação pública, mas desde o silêncio, a
solidão que é o estado puro da filosofia.
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Liberdade
As nossas ações envolvem
ou implicam consequências
Responsabilidade
para outros
outros
Eu Mundo
(Agente da Outro (Humanidade)
ação)
Dever moral
As nossas ações são
enquadradas por leis,
Consciência moral instituições, etc.
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Direitos humanos são aqueles que o homem possui pelo simples facto
de existir. São inerentes a pessoa e se proclamam sagrados, inalienáveis,
imprescritíveis, fora do alcance de qualquer poder político.
Quanto ao seu fundamento para alguns afirmam que são uma
constante histórica, com nítida raiz no mundo clássico; para outros são
provenientes do cristianismo e da defesa que realizou da pessoa e da sua
dignidade. Para os demais, são direitos surgidos na Idade Moderna.
A medida que se consolida o Estado Moderno, começa-se a falar-se em
Direitos Humanos decorrentes dos períodos de conflitos colectivos.
Consolidam-se, mais adiante, em declaração de direitos, permitindo sua
inclusão aos direitos fundamentais, dotados de garantias. Estabelecem-se
no direito internacional na época da II Guerra Mundial, a partir da qual são
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6. EXPERIÊNCIA RELIGIOSA
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1. O que é a axiologia?
2. Que tipo de valores conheces?
3. O que é que caracteriza o valor ético?
4. Dê um exemplo de valores que sofreram uma evolução nas
relações sociais.
5. O que são direitos humanos?
6. Desenvolva as etapas fundamentais da defesa dos direitos
humanos.
7. Como se origina o sentimento de pertença religiosa?
8. O que é a experiência religiosa?
9. Que significado possui a auto-transcendência?
10. Qual o modo do homem manifestar o
conhecimento de Deus?
11. Qual é a base dos direitos humanos?
12. Em que consiste o problema ético. Quais
são os seus aspectos principais?
13. Quais são as questões que se lastima o ser
humano ou que entendemos por uma interrogação radical?
14. Como se forma o sujeito moral a
consciência?
15. Tudo o que gostar, serve. Se serve, está
bem. Eu faço o que me agrada; isto é, o que está bem.
16. Quando é que um acto humano pode ser
considerado moralmente bom?
17. Um bom fim justifica a utilização de
qualquer meio para consegui-lo?
18. Não faço mal a ninguém. Então é bom?
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