Estudo de Caso Meta
Estudo de Caso Meta
Estudo de Caso Meta
Estudo de caso Meta escancara uma vanguardista cujas premissas sempre foram antecipar desejos do
mercado, oferecendo uma experiência do usuário incrível e com uma estratégia de aquisição agressiva para
ganhar market share (grau de participação de uma empresa no mercado em termos das vendas de um
determinado produto; fração do mercado controlada por ela.) no disputado mercado da tecnologia.
Ao decorrer das páginas de “Hacking Growth”, obra dos autores Sean Ellis e Morgan Brown, publicada em
2017, o “à época Facebook” era citado frequentemente como um dos cases mais notórios da vanguarda da
mentalidade de growth hacking.
No ano da publicação do livro, o time de growth da rede social de Mark Zuckerberg completava dez anos de
vida. Em 2007, apenas cinco pessoas compunham o front encarregado de reverter a lenta adoção do
conceito de comunidade digital.
Hoje esse número se multiplicou: são várias equipes responsáveis por diversas iniciativas cujo objetivo é
manter o ciclo virtuoso de crescimento da empresa, ou seja, planejar além do dia seguinte, o olhar atento
para o longo prazo, com profundo foco em inovação.
Quem um dia diria que a um clique você se conectaria com uma pessoa do outro lado do mundo? Quem um
dia diria às marcas que seria possível obter acesso aos interesses dos consumidores para que elas
pudessem personalizar seus anúncios? O Facebook, dentro de uma década, tornou tudo isso possível.
A abordagem de growth hacking foi fundamental para a expansão da empresa ao longo dessa jornada,
rompendo com qualquer noção prévia que a sociedade tinha sobre o porte que poderia atingir uma rede
social.
Rompeu tanto que talvez tenha superado seu próprio teto. Precisou se reinventar. Facebook que hoje já não
é mais Facebook. Facebook que hoje é Meta. Meta de Metaverso, a próxima revolução humana, tal qual fora
sua ideia de comunidade digital. Não é multiverso ou universo digital: é Metaverso.
Esse é o poder da promessa do “novo Facebook”, ou simplesmente, Meta. Respaldando em números, com o
ano fiscal de 2021 fechado:
Receita total: US$ 117,9 bilhões;
Lucro líquido: US$ 39,4 bilhões;
Valuation: US$ 921,9 bilhões;
Preço das ações: US$ 336,4 em dezembro de 2021;
Força de trabalho: 71.970 funcionários;
Escritórios em mais de 80 países em todo o mundo;
Cerca de 3 bilhões de usuários;
Capacita mais de 200 milhões de empresas;
Market share de 26,6% em mídias sociais.
Há 10 anos, a receita total era apenas de US$ 5,1 bilhões; o lucro líquido, US$ 53 milhões; o preço das ações
US$ 38,3; seu contingente de
funcionários: 4,5 mil. Olhe o tamanho do
salto da empresa que sempre usou a
inovação para criar produtos que nunca
foram oferecidos antes. Olhe o tamanho
de liderar um movimento de vanguarda.
A empresa também fez pequenas, mas eficazes mudanças na forma como os usuários podiam se comunicar,
adicionando recursos como marcação de fotos e a opção de curtir comentários. Como resultado,
o Facebook quintuplicou sua base e chegou aos 500 milhões de usuários em 2010.
À época, o Facebook era avaliado em US$ 41 bilhões, a terceira empresa de tecnologia mais valiosa do
mundo, apenas atrás do Google e da Amazon.
A acquisition-led growth strategy do Facebook
Existem diversas perspectivas pela qual uma empresa pode optar por uma estratégia de M&A. Atingir novos
mercados, expandir para diferentes canais de vendas ou adquirir uma porção maior de market share.
O Facebook, especificamente, traçou uma estratégia corporativa voltada para aumentar sua participação de
mercado. Assim, a empresa começou a engolir com certa recorrência potenciais concorrentes para obter uma
vantagem competitiva colossal em relação a outros players que tentavam manter o páreo da disputa.
Entender a essência do comportamento humano na comunidade digital e entregar uma experiência acessível
é a primeira grande sacada do Facebook. A segunda é fazer aquisições extremamente estratégicas.
Em 2011, o Facebook adquiriu o Beluga,
serviço que deu a rede social acesso à
tecnologia necessária para desenvolver
o Facebook Messenger, que não demorou
muito para chegar ao mercado.
No ano seguinte, 2012, a primeira porrada: Facebook compra o Instagram, pela bagatela de US$ 1 bilhão. O
movimento vai muito além de uma aquisição de um concorrente que estava em ascensão: Zuckerberg tem
em seus domínios, à época, a principal força do que as pessoas consumiam na palma de suas mãos.
Segundo o gráfico elaborado
pelo Statista, em 2010, apenas 504,52
milhões de pessoas tinham acesso a
smartphones globalmente. Em 2012, ano
da aquisição do Instagram, esse número
já tinha dobrado, chegando à casa de 1
bilhão. No ano seguinte, 2013, o
crescimento é quase proporcional a
esses dois anos analisados
anteriormente.
https://youtu.be/pjNI9K1D_xo
A Meta não é mais apenas uma empresa de rede social, é uma empresa do metaverso, que está usando a
realidade virtual para revolucionar a interação humana.
O metaverso é uma experiência imersiva em que a linha entre o mundo físico e virtual se torna tênue. É uma
experiência de internet completamente diferente. Os usuários não vão mais olhar para uma tela para interagir
uns com os outros. Eles estarão dentro dessas experiências.
A Meta está planejando mudar a comunicação digital em três áreas principais:
Educação: a Meta está investindo na construção de recursos que mudarão a forma como as pessoas
aprendem. Visitas a museus, acesso a bibliotecas e ferramentas de pesquisa de última geração em
ambientes virtuais são propostas para o metaverso.
Trabalho: a Meta possui uma iniciativa chamada Horizon Workroom, cujo objetivo é ajudar empresas
e trabalhadores a colaborar em espaços virtuais. Cada pessoa é representada por um avatar e as
interações sociais propostas são como as usuais de um escritório físico.
https://youtu.be/lgj50IxRrKQ
Lazer: a Meta também está mudando a forma como as pessoas se socializam no ambiente digital. O
objetivo é construir um ecossistema de Realidade Virtual capaz de oferecer várias experiências
imersivas, como participar de equipes esportivas ou conhecer lugares mundo afora.
Os headsets Quest permitem que seus usuários experimentem mundos tridimensionais. O fone de ouvido
vem com controles de toque, que funcionam como extensões de suas próprias mãos no mundo virtual. No
“futuro consolidado” do metaverso, as pessoas poderão reproduzir todos os aspectos comportamentais da
vida humana dentro desse ambiente.
O que se promete de fato não é um futuro distópico. Mudanças sociocomportamentais são inevitáveis.
Aconteceram um abismo delas de 20 anos para cá. O Facebook teve que fazer a carta de vendas para
emplacar a ideia de comunidade digital. A Meta precisa fazer a carta de vendas para democratizar o conceito
de realidade virtual.
O que podemos aprender com o estudo de caso Meta? (desejo de mercado, demanda,
inovação, etc)