Artigo Biogeog Pandemia
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Meio Ambiente, Paisagem e Qualidade Ambiental Submissão: 01/06/2020 | Aprovação: 29/06/2020 Publicação: 08/07/2020
RESUMO
A presença dos vírus no Planeta Terra é anterior a nossa existência. Vírus são seres parasitas, e sua sobrevivência depende
de outro ser vivo, como também sua dispersão só ocorre mediante a circulação do hospedeiro. A Biogeografia é a ciência
que estuda a distribuição dos seres vivos, no entanto, raros são os estudos que vinculam esta ciência com a dinâmica de
difusão destes microrganismos. O presente artigo objetiva-se estabelecer reflexões biogeográficas no contexto dos vírus e
sua distribuição pela superfície terrestre, dando enfoque a pandemia do Sars-Cov-2, a fim de avançar as discussões para
uma possível “Biogeografia dos Vírus”. A partir do método analítico descritivo, três fases de disseminação viral do Sars-Cov-2
são discutidas, abrangendo a origem, dispersão e distribuição global, no período de dezembro de 2019 a maio de 2020.
Primeira fase, Centro de Origem na China Continental com dispersão progressiva viral na Ásia. Segunda fase, dada a rede de
fluxos globais (aviação), ocorre a geração de epicentros na Europa Ocidental e EUA, com ampla dispersão viral, iniciando a
globalização do vírus. Terceira fase, caráter pandêmico com distribuição global, controle interno da China e dispersão
terrestre a partir dos epicentros intercontinentais, na Europa, EUA, Oriente Médio, Brasil e Rússia. A incorporação da
dinâmica viral na Biogeografia reforça o papel do homem como hospedeiro, pertencente a uma biocenose, que dita
padrões de distribuição espacial os quais associam a relação homem e natureza, no contexto do avanço tecnológico.
Palavras-Chaves: Biogeografia dos Vírus; Pandemia; Dispersão; Distribuição Geográfica; Patógenos
ABSTRACT
The presence of virus on Planet Earth precedes our existence. Virus are parasitic beings, and their survival depends on
another living creature, as well as their dispersion only occurs through the circulation of a host. Biogeography is the science
that studies the distribution of living beings, however, there are few studies that link this science with the diffusion dynamics
of these microorganisms. This article objective to establish biogeographic reflections in the context of virus and their
distribution over the Earth's surface, focusing on the Sars-Cov-2 pandemic, in order to advance the discussions towards a
possible “Virus Biogeography”. From the descriptive analytical method, three phases of viral spread of Sars-Cov-2 are
discussed, covering origin, dispersion and global distribution, from December 2019 to May 2020. First phase, Center of Origin
in Mainland China with progressive viral dispersion in Asia. Second phase, given the global flows network (aviation),
epicenters are formed in Western Europe and the USA, with wide viral dispersion, initiating the globalization of the virus.
Third phase, pandemic character with global distribution, China's internal control and land dispersion from the
intercontinental epicenters, in Europe, USA, Middle East, Brazil and Russia. The incorporation of viral dynamics in
Biogeography reinforces the role of man as a host, belonging to a biocenosis, which stablishes spatial distribution patterns,
associating the relationship between man and nature, in the context of technological advancement.
Keywords: Virus Biogeography, Pandemic, Dispersion, Geographic Distribution, Pathogens
I
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - karibvargas@yahoo.com.br https://orcid.org/0000-0001-7998-8522
II
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. sarahgeoprof@gmail.com. https://orcid.org/0000-0002-0583-101X
2 | Reflexões Biogeográficas acerca da origem
1. INTRODUÇÃO
se enquadrando no domínio dos seres vivos denominado Archaea, por não possuir núcleo
elementos necessários para sua reprodução e sua dispersão irá depender da circulação do
hospedeiro.
(Marques Neto, 2018), tendo como principal objetivo entender a distribuição espacial dos
como os vírus?
De acordo com Freitas Junior (2011) desde os séculos XVIII e XIX, os biogeógrafos
seres vivos pelo Planeta Terra, em escala geológica e ecológica de tempo, a fim de
Biogeografia ser os seres vivos, percebe-se uma imensa área de atuação para os estudos
pesquisadores no passado foram resistentes a concepção dos vírus como um ser vivo,
atualmente nos deparamos com uma outra realidade, revelada pela presença massiva de
vírus em todos os reinos do mundo natural, sua origem aparentemente tão antiga como a
própria vida e sua importância na história natural de todos os outros organismos não
podem ser descartadas (UJVARI, 2012). A análise filogenômica descobriu uma árvore da
vida universal e revelou que os vírus modernos foram reduzidos a partir de várias células
antigas que abrigavam genomas de RNA segmentado e coexistiam com os ancestrais das
2015). Vale destacar que os vírus possuem linhagens contínuas de espécies virais, as quais
como qualquer ser vivo, e de qualquer modo, só pelo fato de depender do sistema
maioria discípulos de Vidal de La Blache, entre eles Jean Brunhes e Max Sorre, vale
bactérias e outros parasitas, bem como, sua origem (localização), distribuição, conexão e
ordem espacial.
doenças de origem zoonóticas (relação homem x animal), numa forma integradora entre
Geografia Física e a Geografia Humana, ou seja, uma visão geossistêmica entre as relações
Para Moreira (2003), a proposta de geografia médica criada por Max Sorre é a que
meio, uma geografia de fluxos com o processo biogeográfico da vida no centro, numa
complexos patogênicos.
entre o homem e o meio, e compreendem a ação da natureza sobre o homem, bem como
autores consideram o século XXI como “Século do Genoma” diante as várias descobertas
passadas, ou seja, nossas pegadas ancestrais até chegar à origem inicial (ponto de partida)
de muitos vírus, bactérias e outros parasitas. A compreensão das rotas de circulação e sua
geográfica não só dos microrganismos, mas também nos fez conhecer um pouco de nossa
história evolutiva.
microrganismos, se faz mais do que nunca necessária, a qual necessita expandir sua
patógenos.
pelo Centro de Pesquisas sobre o Corona vírus ligado à Universidade Jonhs Hopkins, a
pandemia provocada pelo Sars-Cov-2 atingiu 185 países em apenas 3 meses de seu surto
inicial, na China (JHU, 2020). Vale destacar que o padrão viral apresentado, está
retração viral, pelo que tem se observado. Logo, os vírus têm seu ponto de origem,
assim, o objetivo do presente artigo consiste na reflexão acerca dos principais conceitos da
uma possível Biogeografia dos Vírus, como também de outros microrganismos. Para Kaz
(2020) os vírus são uma ameaça à humanidade, mas também, em certo sentido, um elo
com a nossa versão celular mais arcaica, já que no princípio, antes do verbo, nós talvez
fôssemos um tipo de vírus. A metodologia para a construção desse artigo se baseou numa
conduzido a uma reflexão acerca da Biogeografia como conceito, objeto e diálogo com a
possível Biogeografia dos Vírus e por fim, um capítulo destinado ao olhar biogeográfico
milhões de anos. Há muitas teorias que levantam hipóteses sobre o surgimento dos
cápsula de proteína que envolve o ácido nucleico do vírus, o qual possui um pequeno
registro de material genético (DNA e/ou RNA). Como os vírus não produzem proteína
qual possua metabolismo completo, seja bactéria, animal, planta ou humano ( Homo
sapiens) para que seja possível reproduzir novos capsídeos virais, ocorrentes a partir
da penetração do vírus na célula de outro indivíduo, muitas vezes facilitado pela
estrutura proteica que o envolve. Desse modo, podemos considerar que os vírus são
parasitas, já que sua sobrevivência depende de outro ser vivo, como também sua
disseminação viral, essa ocorre por meio da expulsão do vírus do indivíduo infectado,
ou seja, sendo eliminado pelo hospedeiro, por meio de secreções, relações sexuais,
saliva e/ou partículas em suspensão no ar, sangue, urina e fezes, sendo essas as
formas mais comuns de dispersão viral. Vale destacar, que muitas vezes o vírus ao ser
Baltimore (1971) criou um dos sistemas de classificação viral que ainda hoje é
sete tipos, baseado nas características moleculares em que cada vírus usa para
armazenar sua informação genética. De acordo com autor, os vírus com DNA de fita
dupla podem expressar e duplicar sua genética por processos que são idênticos aos
usados pelas células. Já os vírus com outros tipos de genomas requerem sistemas
especiais para replicação e transcrição, sendo possível agrupar vírus de acordo com
O RNA vírus ao ter contato com um determinado tipo de animal pode sofrer
pegaram carona, e por ser seres ubíquos, possuem capacidade de ocupar grande
deixa de ser nômade, e começa a construir seu próprio espaço territorial, tendo a
dominados, pois sem enxergar os agentes infecciosos, estes utilizam nosso corpo
como residência, repassando seus descentes para novas moradas, até formar um
contaminação de novas vítimas por bactérias e vermes fecais, juntando fezes e urina
afirma que:
vírus Retroviridae é uma das grandes responsáveis por isso, diante a capacidade de
inserção de material genético no DNA de seu hospedeiro, sendo este vírus da mesma
de anos, sendo, portanto, registros de nossa história evolutiva. Seus traços genéticos
ainda presentes, são fósseis vivos, porém estes perderam a capacidade de causar
Segundo Macfarlan et al. (2012), mais de 100 genes são promotores e responsáveis
por dar início ao processo de transcrição embrionária, devendo esses ser ativados
ciência. Uma das frases mais celebres frases de Louis Pasteur é “a vida não seria
sobre o papel desses seres microscópicos sobre a vida, observamos que a vida possui
controle biológico.
espaços globais. Desde a sua sistematização no século XIX, muito impulsionada pela
dos seres vivos, buscando respostar para a questão geral: “por que os organismos
espécies e incluindo o papel da escala temporal, Dansereau (1957) define que ela
distribuição dos seres vivos no espaço, através do tempo. Princípio para se pensar o
próprio Darwinismo com base na evolução, seleção natural e adaptação das espécies
estudos biogeográficos.
e evolução dos seres vivos (plantas e animais) na superfície da Terra. Enfoque dado a
superfície da Terra entendida como parte da biosfera, ou seja, palco das relações
são os seres vivos, inclusive o homem, quando visto como participante de uma
Até que ponto os biótopos influenciam a distribuição da vida na Terra interagindo nas
vicariancista.
FIGUEIRÓ, 2015). Porém, como aponta Figueiró (2015) pode-se considerar a espécie
sistemas ambientais. Relação de causa e consequência que pode gerar danos, dentre
o atual momento de Pandemia por Corona vírus, a ser tratado mais adiante.
que para entende-la é preciso explicar a distribuição dos seres vivos na superfície da Terra,
em diferentes escalas de tempo e espaço.
divisão dos grupos e correntes dentro desta ciência sempre estiveram ligadas ao
ainda a vegetação apresenta-se mais estática que os animais na paisagem, talvez seja
grande parte, para sua alimentação e, também, não apresentam tão estreitas
agente antrópico, pois, modifica e interfere na dinâmica das paisagens. Assim, pode-
extinções.
descreve que aparte dela pode ser destacada a sua grande contribuição para a
alterações nos ecossistemas, hábitos e modo de vida, além das formas tradicionais de
doença, está o homem, que hospeda uma série de “micróbios” como vírus, bactérias e
parasitas que estiveram presente em toda história evolutiva da terra, combinada com
dos homens nos últimos 12 mil anos ou mais longe, 2 milhões de anos desde a
Muitos cientistas (Ujvari, 2012; Diamond, 2008; Wallace, 2016) afirmam que mais
taxas de infecções e mortes anuais, os três vírus mais perigosos ainda hoje são
Mundial da Saúde de 2018, sete das doenças infecciosas mais fatais do mundo
(2016) em sua obra “ Big Farms make big flu ” traduzindo para o português
produção de alimentos para a saúde pública, a qual deve vir em primeiro plano.
economias.
qualidade de vida, saúde e ambiente, uma vez que estas criações poluem o
Este é o nome popular dos vírus da família Coronaviridae, a qual possui sete
Coronavírus não são recentes, estes foram registrados em 1930 como vírus da
dentre outros, e o Grupo III é representado pelos protótipos MHV, OC43, HKU1 e
Sars-Cov (STEFANS et al. 2009). O que se observa de comum nos três tipos
doença, tendo seus vírus transmitidos por animais (Figura 01). No caso do Mers ,
pesquisas indicam que o foco da infecção se deu por camelos (Zaki et al., 2012);
(Bell et al., 2004) e o Sars-Cov-2, indica-se também que foram por morcegos
(Chan et al., 2020) pela maior proximidade genética, o qual será melhor
com o tempo pode vir a tornar-se ainda mais nocivo, sendo um dos motivos que
silvestres são vendidos em todo o mundo, e a maioria das vezes esse comércio
A cobertura vegetal dos trópicos tem sido destruída para sustentar essa
dieta crescentemente carnívora, não apenas na China, mas em vários
países do mundo e particularmente entre nós. No Brasil, a remoção de
mais de 1,8 milhão de km2 da cobertura vegetal da Amazônia e do
Cerrado nos últimos cinquenta anos, para converter suas magníficas
pessoas, podendo ser esses a causa de futura crises globais, potencialmente mais
para a crise atual e o futuro das pandemias, sendo elas: avaliação do uso sustentável
no Reino Unido, afirma que precisamos evitar que novas epidemias ocorram,
estamos misturamos eles em uma espécie de caldeirão”, caso essas ações continuam
ocorrem nosso futuro será trágico. Em uma pesquisa publicada após o surto do Sars
De acordo com Miller e Spoolman (2016) uma das razões pelas quais as doenças
infecciosas ainda são uma grave ameaça é que muitas bactérias portadoras de
tornaram-se imunes aos pesticidas mais usados, como o DDT, que já́ chegaram a
serviços ecossistêmicos vitais para toda a vida na Terra afim de garantir o bem-estar
humano.
caráter pandêmico. Cabe destacar que em apenas 3 meses, a Covid-19 atingiu 185
Bubônica que dizimou 1/3 da população europeia da época (próximo a 200 milhões
como o atual cenário de Pandemia do Sars-Cov-2. Outro fator, para além do aspecto
al., 2020; LI X, et al., 2020) e o rato de bambu (Rhizomys sinensis), como possíveis
homem. Este contato seria feito pelo confinamento de animais silvestres distintos em
níveis elevados de contato e stress como aponta Chan et al. (2020) nos estudos que
testaram intermediários.
como um possível como transmissor primário do vírus, segundo Lam et al. (2020) é
Não apenas o Sars-Cov-2 tem origem associada aos morcegos (ZHOU et al.
mercado atacadista de animais silvestres de Wuhan. Porém, outros não, o que abriu a
qual apresentava similaridade de 85,5% a 92% com o genoma do Sars-Cov-2 (LU et al.,
Hipóteses ainda buscam a chave principal deste hospedeiro, com apontamentos mais
voltados no momento para os ratos bambu (Rhizomys sinensis) que são criados em
grandes fazendas e capturados em seus habitats. Isto pode ser entendido na seguinte
passagem:
O genoma do Sars-CoV-2 apresenta 96% de similaridade com o do vírus
RaTG13, obtido do morcego Rhinolophus affinis, valor bastante
superior à similaridade observada com vírus de pangolins, o que sugere
que o pangolim não tenha transmitido o vírus diretamente ao homem.
O RBD do SARS-CoV-2 é capaz de aderir com alta afinidade no receptor
ACE2 humano, mas, dos seis resíduos de aminoácidos identificados
como essenciais para a ligação, somente um é compartilhado com o
Sars-CoV, causador da Sars, ou com o RaTG13. Isso indica que o Sars-
CoV-2 desenvolveu através da seleção natural um novo sítio otimizado
para a interação com o receptor humano (GRUBER, 2020, p. 02).
natureza pode ser o ponto de origem da pandemia, não tendo os animais como
doença vai se distribuir regionalmente (Ásia) e globalmente. E por fim, o mês de maio
de 2020 com fechamento no dia 28, o qual atinge caráter pandêmico com distribuídos
casos de Sars-Cov-2 saltando para 9826 em menos de um mês, a data final para este
recorte.
Fonte: Adaptado de https://www.bing.com/covid Legenda: Centro de Origem (China) e dispersão inicial da Covid-19
para diferentes regiões do planeta em dois momentos, 31 de janeiro e 29 de fevereiro de 2020
Como pode ser visto, a alta transmissão somado as aglomerações típicas do
uma nova patologia, contribuíram para a dispersão inicial na China Continental, Sul e
dispersão da doença para outras regiões e continentes. O foco estava centrado ainda
exponencial do número de afetados pela doença, não tendo mais a China como
dispersão, justificada pela integração dos países no Bloco Europeu, alta circulação
países fora do território europeu, pelo tráfego aéreo. A entrada no Brasil se fez pelo
Reino Unido, os quais totalizaram nos dados de 31 de março de 2020, mais de 300 mil
al. (2020) e mesmo sendo centro de origem, entra em estado de equilíbrio para o
contágio.
continentes, observa-se este pequeno intervalo entre uma região e outra, permitindo
92% dos casos confirmados no mundo e em 30 de abril (apenas dois meses depois) o
centro de origem passa a representar 2,5% dos casos e os outros epicentros, como
EUA margeiam 32%, Europa Ocidental atinge 27% e Oriente Médio, em ascensão,
6,6% dos casos, como destacado na figura 4. A distribuição mundial altera a dinâmica
de dispersão e a mesma passa a ser regional, devido a contenção dos fluxos aéreos
Rússia e Brasil, destacados na legenda da figura. Observa-se que EUA possui 29,67%
seguido de Europa com 16,9%, Oriente Médio com Índia, 9,35%, Rússia com 6,5%,
Brasil 7,24% e por fim, a China, centro de origem com 1,4%. A América passa a ser o
microrganismo invisível aos nossos olhos, mas que circulante através de seu
geração da patologia.
como da biodiversidade como um todo. Será que não viveremos a era dos
microrganismos? Pode a Biogeografia contribuir para uma era viral englobando este
ruptura epidemiológica onde os olhares fixam na redução dos danos à saúde física,
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
De tal modo, os patógenos passam a ser analisados a partir da natureza dos lugares,
do meio vivo e do meio social, num sistema sócio ecológico dinâmico, o qual é
importância de uma geografia não dicotômica, já que os vírus como parte da natureza
futuro.
AGRADECIMENTOS
reflexão.
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