Atividades 4º BIM 6º Ano 2022.docx 2
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A ROMA ANTIGA
A Roma Antiga foi uma civilização da Itália que surgiu no século VIII a.C,
localizada ao longo do mar Mediterrâneo e tinha como centro a cidade
de Roma, na península Itálica. Posteriormente, essa civilização se
expandiu e se tornou um dos maiores impérios do mundo antigo.
Durante a monarquia romana, a sociedade era formada por três classes sociais:
Patrícios: a classe dominante, que era constituída por nobres e proprietários de terra;
Plebeus: constituídos por comerciantes, artesãos, camponeses e pequenos proprietários;
Clientes: viviam da dependência dos patrícios e dos plebeus, e eram prestadores de serviços.
O rei executava as funções judicial, executiva e religiosa. Os principais órgãos durante a monarquia romana
foram:
Assembleia Curiata: que era constituída por trinta chefes de famílias do povo e tinha por função a elaboração
de leis, recursos jurídicos e ratificação da eleição do rei.
Senado: composto pelos patrícios, era responsável por assessorar o rei e tinha o poder de vetar as leis
propostas pelo monarca.
Numa Pompílio (716 a 673 a.C.): foi o responsável pelo primeiro sistema de leis romanas, pela
elaboração do primeiro calendário da cidade e pela organização dos ofícios religiosos. Por conta
da “reforma religiosa”, os romanos consideraram que a cidade viveu uma época de paz e
prosperidade, garantindo a Numa Pompílio um grande reconhecimento após sua morte;
Túlio Hostílio (673 a 641 a.C.): foi o responsável por levar Roma à primeira expansão territorial,
conquistando territórios adjacentes. Túlio também organizou o primeiro exército romano, assim
como a vitória e destruição de Alba Longa;
Anco Márcio (641 a 616 a.C.): foi responsável por um período de paz, apesar dos embates com
as cidades de Ficana e de Politorium durante seu governo. Márcio cedeu terras do monte Aventino
aos derrotados dessas cidades, criando o primeiro núcleo da plebe romana;
Tarquínio Prisco (616 a 578 a.C.): Prisco manteve o processo de expansão territorial, fomentou
o comércio com as cidades próximas e foi responsável pela drenagem dos pântanos da região
em volta da cidade, além de algumas reformas estruturais que garantiram o crescimento da
cidade;
Sérvio Túlio (578 a 534 a.C.): Foi responsável por reorganizar o exército romano, que agora era
dividido em centúrias, cem homens liderados por um centurião, e por promover a primeira reforma
social, dividindo os romanos por classes, de acordo com a renda de cada um. Ele também
levantou a primeira muralha em volta de Roma, garantindo a defesa da cidade;
Tarquínio, o Soberbo (534 a 509 a.C.): Até promoveu novas obras estruturais na cidade,
mas confiscou inúmero bens de famílias romanas influentes, fazendo com que seu reinado fosse
a ruína da Monarquia e a principal causa do estabelecimento da República Romana.
República Romana (509 a.C. a 27 a.C.)
A fundação da república reafirmou o Senado, que era o órgão de
maior poder político entre os romanos. O poder executivo ficou nas
mãos das magistraturas, que eram ocupadas pelos patrícios.
A principal característica da república romana é a luta de
classes entre patrícios, que lutavam para preservar privilégios e
defender seus interesses políticos e econômicos, e plebeus, que não
queriam mais ser dominados.
Durante os anos de 449 e 287 a.C., cinco revoltas foram organizadas
pelos plebeus e que alcançaram vários resultados que fizeram com
que as duas classes praticamente se igualassem, tais como:
Tribunos da plebe;
Leis das XII tábuas;
Leis Licínias;
Lei Canuleia.
O império sucedeu a república, onde agora todo poder político era centrado no imperador, e o Senado agora
apoiava seu poder. O império se expandiu expressivamente e, até 117 d.C, cerca de seis milhões de
quilômetros quadrados estavam sob o governo do império romano.
O império possuía aproximadamente seis milhões de habitantes, sendo que um milhão habitava a cidade
de Roma. Um dos aspectos essenciais para o sucesso do império era o exército, que fez com que Roma
expandisse seu poderio até o Mediterrâneo.
Cultura Romana
A cultura romana teve bastante influência da cultura grega. Os romanos se basearam na cultura grega em
muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega. A língua falada era o latim, que se espalhou por todo o
império na Idade Média, originando línguas como português,
francês, italiano e espanhol. Os balneários romanos eram locais
bastante frequentados por senadores e membros da
aristocracia romana. Eles usavam estes locais para discutirem
política e aumentar seus relacionamentos pessoais.
A mitologia romana era utilizada para explicar a realidade que os
romanos não conseguiam explicar de maneira científica. A
mitologia também explicava a origem do povo e da cidade que
deu origem ao império, como vimos acima a lenda de Rômulo e
Remo.
(EF06HI12) Associar o conceito de cidadania a dinâmicas de inclusão e exclusão na Grécia e Roma antigas.
Por Professora Mary Alvarenga.
ATIVIDADE 2 – Leia o texto a Roma Antiga e marque corretamente as questões abaixo:
Questão 1 – (OSEC) – Sobre a ruralização da economia ocorrida durante a crise do Império Romano, podemos
afirmar que:
a) proporcionou às cidades o aumento de suas riquezas.
b) foi a causa principal da falta de escravos;
c) foi consequência da crise econômica e da insegurança provocada pelas invasões dos bárbaros;
Questão 2 – (UFV) – A respeito das classes que compunham a sociedade romana na Antiguidade, é
CORRETO afirmar que:
a) os “plebeus” podiam casar-se com membros das famílias patrícias, forma pela qual conseguiam quitar suas
pendências de terra e dinheiro, conseguindo assim certa ascensão social.
b) os “escravos” por dívida eram resultado da transformação de qualquer romano em propriedade de outrem, o
que ocorria para todos que violassem a obrigação de pagar os impostos que sustentavam o Estado
expansionista
c) os “plebeus” compunham a classe formada pelos camponeses, artesãos e alguns que conseguiam
enriquecer-se por meio do comércio, atividade que lhes era permitida.
Questão 3 – (UFSCAR) – Quando a notícia disto chegou ao exterior, explodiram revoltas de escravos em Roma
(onde 150 conspiraram contra o governo), em Atenas (acima de 1.000 envolvidos), em Delos e em muitos
outros lugares. Mas os funcionários governamentais logo as suprimiram nos diversos lugares com pronta ação e
terríveis torturas como punição, de modo que outros que estavam a ponto de revoltar- se caíram em si. (Diodoro
da Sicília, sobre a Guerra Servil na Sicília. 135-132 a.C.)
É correto afirmar que as revoltas de escravos na Roma Antiga eram:
Questão 4 – (UFRN) – Sidônio Apolinário, aristocrata da Gália romana, escrevendo a um amigo, num período
de grandes transformações culturais, assim se expressou:
O vosso amigo Eminêncio, honrado senhor, entregou uma carta por vós ditada, admirável no estilo […]. A língua
romana foi há muito tempo banida da Bélgica e do Reno; mas se o seu esplendor sobreviveu de qualquer
maneira, foi certamente convosco; a nossa jurisdição entrou em decadência ao longo da fronteira, mas
enquanto viverdes e preservardes a vossa eloquência, a língua latina permanecerá inabalável. Ao retribuir as
vossas saudações o meu coração alegra-se dentro de mim por a nossa cultura em desaparição ter deixado tais
traços em vós […].
Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. “História da Idade Média: textos e testemunhas”. São Paulo:
Editora UNESP, 2000. p. 42-43.
a) influências da cultura grega sobre a latina após a conquista da Grécia pelos romanos e sua anexação ao
Império
b). invasões dos territórios do Império Romano pelos povos germânicos, provocando mudanças nas instituições
imperiais.
c) vitórias dos romanos sobre Cartago nas chamadas Guerras Púnicas (264-146 a. C.), impondo a cultura do
Império a todo o norte da África.
Questão 5 – (UNAERP) – Na história de Roma, o século III da era cristã é considerado o século das crises. Foi
nesse período que:
a) As tensões geradas pelas conquistas se refletiram nas contendas políticas, criaram um clima de constantes
agitações, promovendo desordens nas cidades.
b) O exército entrou em crise e deixou de ser o exército de cidadãos proprietários de terras.
c) O império romano começou a sofrer a terrível crise do trabalho escravo, base principal de sua riqueza.
Questão 8 – (FGV/2016) Podendo-se encontrar na crise do mundo romano do século III o início da profunda
perturbação de que sairá o Ocidente medieval, é legítimo considerar as invasões bárbaras do século V como o
acontecimento que precipita as transformações, que lhes dá um aspecto catastrófico e que lhes modifica
profundamente a aparência.
LE GOFF, J. A civilização do Ocidente medieval. Trad. Lisboa: Estampa, 1983. v. 1, p. 29.
Questão 9 – (UEL/2018) Durante o século II, o Império Romano atingiu sua máxima extensão territorial,
dominando quase toda a atual Europa, o norte da África e partes do Oriente Médio. No final do século IV,
porém, essa unidade começaria a ser desfeita com a divisão do império em duas porções: a ocidental, com a
capital em Roma, e a oriental, com a capital em Bizâncio. Nos séculos IV e V, a fragmentação territorial
aprofundou-se ainda mais e o Império Romano do Ocidente acabou desaparecendo para dar lugar a diversos
reinos germânicos.
Quanto à desagregação e queda do Império Romano do Ocidente, assinale a alternativa correta:
a) O êxodo rural causado pelos ataques dos povos germânicos resultou num crescimento desordenado das
cidades, criando instabilidade e desordem política nos centros urbanos e forçando a abdicação do último
imperador romano.
b) O paganismo introduzido no Império Romano pelas tribos germânicas enfraqueceu o cristianismo e causou a
divisão entre cristãos católicos e ortodoxos, encerrando o apoio da Igreja ao imperador e, consequentemente,
fazendo ruir o império.
c) Com o fim das conquistas territoriais, o escravismo e a produção entraram em declínio, isso somado às
invasões bárbaras e à ascensão do cristianismo, que aceleraram a fragmentação e queda de Roma.
Questão 10 – (Gualimp – adaptado) Após elaborar uma série de medidas, o governo do imperador Otávio
Augusto inaugurou um período de estabilidade política conhecido como Pax Romana, que se prolongou por
mais de 200 anos.
Sobre esse período, é correto afirmar:
a) O Império Romano atingiu sua máxima extensão territorial, houve crescimento econômico, dinamização do
comércio e o uso de uma moeda unificada.
b) Abandonou-se completamente as conquistas imperialistas, povos conquistados puderam deixar as terras
romanas e voltar às suas origens.
c) Foram abolidos os espetáculos de gladiadores, o serviço militar obrigatório foi extinto, em contrapartida, o
comércio e a agricultura se expandiram.
ATIVIDADES 3 – Habilidades:
EF06HI17: Diferenciar escravidão, servidão e trabalho livre no mundo antigo.
EF06HI14: Identificar e analisar diferentes formas de contato, adaptação ou exclusão entre populações em
diferentes tempos e espaços.
EF06HI16: Caracterizar e comparar as dinâmicas de abastecimento e as formas de organização do trabalho e da
vida social em diferentes sociedades e períodos, com destaque para as relações entre senhores e servos.
1- Na imagem temos uma linha de tempo sucessória da História da humanidade. Identifique nela quando
e qual foi o evento que marca o fim do período denominado de Idade Antiga e início da Idade Média.
2- Este modelo de estabelecer uma linha de tempo sucessória de acontecimentos está presente na
nossa historiografia e é uma das maneiras mais utilizadas de estudar a História da humanidade. Segundo
o texto ela é baseada em que modelo historiográfico?
3- Das alternativas a seguir, marque (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas. Em relação aos
diversos fatores que explicam o declínio do Império Romano, podendo-se destacar:
( ) As dificuldade em manter um exército que custava caro aos cofres imperiais;
( ) As pestes que assolavam a população romana ocasionando em doenças e consequentemente em um
alto número de mortes;
( ) A crise financeira a cobrar mais impostos do povo;
( ) As reformas propostas pelos Imperadores, que surtiram os efeitos desejados e geraram mais
instabilidade;
( ) A ascensão de uma nova religião e as tentativas de combate-la, com perseguições.
4- Quais foram os dois eventos que provocaram na Europa Ocidental um clima de grande temor e
insegurança, gerando transformações no modo de vida das sociedades europeias e quais foram essas
transformações? Preencha o quadro a seguir:
Eventos Transformações
Herança/legado Especificação Romana ou Germânica
6- O poder da Igreja sofreu tensões durante o período medieval. Um bom exemplo foi o movimento
herege, que, inclusive, fez surgir
( ) a Santa Inquisição – em combater as heresias.
( ) o Celibato – proibindo casamento dos padres.
( ) a Querela - que colocou os Bispos sobre a autoridade da Igreja.
( ) a simonia – proibindo venda de bens da Igreja.
7- Com base no texto (mas sem copiar do texto) explique com suas palavras como se deu o processo
de fragmentação de poder e como se deu a relação de dependência neste período.
8- A Igreja foi reconhecida pelo Edito de Milão (313) pelo Império Romano e posta como oficial do
Estado Romano em 391, quando Teodósio aplicou o Edito de Tessalônica. Desde então, além de ser a
maior força centralizadora da Europa Medieval e maior proprietária de terras, a Igreja tinha o monopólio
cultural. Explique como o clero era dividido e como se dava a relação de poder entre os reis e o papa.
TEXTO PARA ESTUDO E REALIZAÇÃO DO EXECÍCIO ACIMA
No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em: Império Romano do
Ocidente, com capital em Roma. Império Romano do Oriente (Império Bizantino), com capital em
Constantinopla. O ano de 476 é o marco do fim do que conhecemos como Idade Antiga, dando início
ao período que costumamos chamar de Medieval, que será marcado pela formação do Império
Bizantino e pela propagação do cristianismo. Embora esses marcos estejam presentes na
historiografia até os nossos dias é preciso destacar que esse modelo que estabelecer uma linha do
tempo sucessória de acontecimentos é baseado na experiência europeia e na sua historiografia.
Assim, a queda do Império Romano do Ocidente foi um processo complexo e longo de declínio,
e não aconteceu da noite para o dia, repentinamente. Ocorreu devido a diversos fatores, quando não
foi mais possível manter um Império unificado, perdendo forças e território. Há diversos fatores que
explicam o declínio do Império Romano, podendo-se destacar a dificuldade em manter um exército
que custava caro aos cofres imperiais; as pestes que assolavam a população romana ocasionando
em doenças e consequentemente em um alto número de mortes; a crise financeira que assolou não
só a administração imperial como toda a população, tendo em vista que para sustentar o Império em
crise os Imperadores passavam a cobrar mais impostos do povo; as reformas propostas pelos
Imperadores, especialmente por Diocleciano, que não surtiram os efeitos desejados e geraram mais
instabilidade; a ascensão de uma nova religião e as tentativas de combate-la, com perseguições.
Ainda assim, embora a parte Ocidental tenha sido desintegrada, há aqueles que defendem que
o Império Romano existiu até o ano de 1453, quando o Império Bizantino caiu, tendo a cidade de
Constantinopla sido tomada pelos turcos otomanos. Há quem defenda essa versão porque, ainda
assim, este império continuou sendo reconhecido como Império Romano, e ocupava parte de um
território que compunha o Império Romano. Além disso, os homens e mulheres que lá viviam
reconheciam-se também como romanos. Mas, eles não utilizavam o latim como língua oficial.
Por fim cabe destacar que o processo que levou à queda do Império Romano do Ocidente
iniciou-se com a crise do terceiro século e as sucessivas tentativas de manter um império tão vasto,
com a maior extensão de terras do mundo antigo, de forma unificada, estável e coesa. As propostas
que se seguiram por parte de seus Imperadores não resolveram as crises, e o Império precisou lidar
com diversas outras questões, sendo as mais contundentes as invasões bárbaras e os saques a
Roma, que levaram, por fim, à desintegração do Império Romano do Ocidente.
Quem são os Bárbaros? Povos originários da Ásia (hunos). Leste europeu (eslavos). Norte da Europa
(Germânicos). Os Germânicos eram subdivididos em: Visigodos, Ostrogodos, Burgúndios, Vikings,
Vândalos, Suevos, Lombardos, Francos, etc... Formaram reinos instáveis de curta duração. Eram
rivais: disputavam entre si os mesmos territórios.
Disponível em: https://www.infoescola.com/historia/queda-do-imperio-romano-do-
ocidente/Acesso em 14 de set. de 2020.
Agora, conheça as heranças e a história do feudalismo.
HERANÇAS
As instituições feudais têm em sua gênese e processo de formação a queda do Império Romano no
século III, reinos germânicos V e VI e o Império Carolíngio no século IX. O legado marcante do Império
Romano é o:
• Colonato: Segundo Hilário Franco Junior o colonato é o aviltamento da condição do trabalhador
livre e por uma melhoria da do escravo. Eram vinculados a terra que não podia ser vendida sem ele,
nem o mesmo sem a terra. O colono era juridicamente um homem livre, mas escravo da terra. O
senhor lhe oferecia terra e proteção, porém recebia um rendimento do seu trabalho.
• Fragmentação do poder Político: Ao final do Império a administração romana não impunha mais a
sua autoridade em todas as regiões, desta forma, com o poder central enfraquecido, os servos
ampliaram seus poderes locais.
A herança germânica foi marcante quanto a privatização da defesa através do:
• Comitatus: Ou o companheirismo, tratava-se da ligação dos guerreiros ligados por juramento ao
chefe, em servi-lo até a morte, em troca de uma parte do saque e de seu comando.
• Beneficium: Era a recompensa dada pelos chefes militares germânicos aos guerreiros, davam-lhe
posse de terras, que mais tarde denominada de feudos, onde o guerreiro oferecia fidelidade ao
senhor.
• Bucellari: Presente desde o século IV, fortaleciam o Império contra as incursões Bárbaras.
• Economia Agropastoril: servia para a subsistência, a base da economia germânica era a agricultura,
criavam animais.
PODER POLÍTICO
Houve um enfraquecimento do poder político, o poder central se fragmentou, desta forma o poder
passou ser exercido pelos senhores feudais, donos de grandes porções de terras, que possuía
autoridade administrativa, judicial e militar. Feudo, palavra de origem germânica significa “bem oferecido
em troca de algo”, onde havia o direito de posse sobre um bem, em grande parte sobre a terra. No feudo
ocorriam as formas de produção e a maior parte das relações sociais.
Desde o Período de Carlos Magno, a relações de dependência deste com seus servidores estava
pautado na fidelidade através de laços pessoais. No feudo o senhor ou suserano (nobre) concedia o
feudo e proteção ao servo que, por conseguinte prestava-lhe serviços (de importância militar), fidelidade
e conselho. A cerimônia que os vinculava, no ato da transmissão do feudo constituía-se em dois
momentos: A homenagem (o vassalo jurava fidelidade) onde o vassalo se ajoelhava diante do suserano,
colocava sua mão na dele e prometia ser-lhe leal e servi-lo na guerra e a investidura (ato da transmissão
de feudo ao vassalo).
A relação de Suserania e Vassalagem era composta de direitos e deveres entre si. O Suserano
deveria proteger e dar assistência jurídica ao vassalo, como reaver o feudo do vassalo que morresse
sem herdeiro, e restringir o casamento do vassalo com pessoa que lhe fosse infiel. O Vassalo teria de
prestar serviço militar ao seu senhor, comparecer ao tribunal presidido pelo suserano toda vez que fosse
convocado, fidelidade e conselhos.
Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/historia/o-
feudalismo.htm. Acesso em: 15 de set. de 2020.
IGREJA
A Igreja foi reconhecida pelo Edito de Milão (313) pelo Império Romano e posta como oficial do
Estado Romano em 391, quando Teodósio aplicou o Edito de Tessalônica. Desde então, além de ser a
maior força centralizadora da Europa Medieval e maior proprietária de terras, a Igreja tinha o monopólio
cultural. Baseado no controle ideológico, onde a Igreja regulava as relações sociais, e da
Escolástica (submissão da filosofia clássica greco-romana aos dogmas da Religião Católica =
monopólio na tradução e interpretação das obras). O clero é dividido em duas partes o regular (abade e
monges) e o secular (papa, bispos e padres, ou seja, aqueles que possuem contato cotidiano com as
pessoas).
Um elemento político importante era a teoria dos dois gládios escrita por Papa Gelásio, em que o
poder era dividido em temporal (governo dos homens) e espiritual (poder religioso). Com isso, houve
sempre uma forte disputa entre os poderes pelo cesaropapismo (poder espiritual + poder temporal) entre
reis e o papa, mas, no medievo, o poder sempre tendia para força papal.
Entretanto, o poder da Igreja sofreu tensões durante o período medieval. Um bom exemplo foi o
movimento herege, que, inclusive, fez surgir a Santa Inquisição, em 1231, para punir os praticantes de
heresia. Exemplo de heresias, temos: o arianismo (Cristo não seria Deus, mas seu filho, com isso, sem
a mesma substância), albigenses (não acatava a autoridade da Igreja e os Sacramentos) e os valdenses
(defensores da pobreza do clero). Do ponto de vista político, um grande evento foi a Querela das
Investiduras (1085 – 1122), que gerou a tensão entre Henrique IV (Imperador do Sacro Império Romano
Germânico e o Papa Gregório VI, que colocou os Bispos sobre a autoridade da Igreja, defendendo
dogmas como celibato e combatendo a simonia (venda de bens da Igreja). Sendo assim, surgiu fortes
conflitos entre o Imperador e o Papa, que culminou no excomungar do Imperador. Posteriormente,
Henrique IV pede perdão e estabelecendo a Concordata de Worms (1122), que limitou o poder do
Imperador e reforçou a autoridade da Igreja.
IMPÉRIO BIZANTINO