13 Vida Na Agua
13 Vida Na Agua
13 Vida Na Agua
SUSTENTABILIDADE
ODS 14
VIDA NA ÁGUA
São Paulo
2019
1
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3
CAPÍTULO 1. A ÁGUA E SEUS BENEFÍCIOS ............................................................. 3
1.1 - Sobre a Água ............................................................................................................... 4
1.2 - Importância da Água ................................................................................................. 5
1.3 - Água no Brasil ............................................................................................................. 7
CAPÍTULO 2. POLUIÇÃO DA ÁGUA ............................................................................ 11
2.1 - Causas e Consequências da Poluição na Água ......................................................... 12
2.2.1 - Plásticos e Canudos .................................................................................................. 13
2.2 - Consequências para a Vida Marinha ....................................................................... 15
2.3 - Desperdício da Água ................................................................................................... 17
CAPÍTULO 3. TRATAMENTO DA ÁGUA .................................................................... 19
3.1 - Como Tratar a Água .................................................................................................. 19
3.2- A Água no Futuro ........................................................................................................ 21
3.3 - O Que a Sociedade Pode Fazer para Melhorar ....................................................... 22
CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 31
REFERÈNCIAS .................................................................................................................. 32
2
INTRODUÇÃO
A água é a principal substância responsável pelo planeta como o vemos hoje. Sem ela,
nenhuma forma de vida conhecida atualmente existiria ou sobreviveria. Tudo depende da água.
Tão importante sua conscientização que foi criado em setembro de 2015, uma ODS (14)
que tem como objetivo: Conservar e usar sustentavelmente os oceanos, os mares e os recursos
marinhos para o desenvolvimento sustentável. As ODS (Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável) são uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o
Desenvolvimento Sustentável composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até
2030.
Neste trabalho iremos discutir sobre a ODS 14, abordando: a importância do recurso
natural “água”, características sobre a água, nível da água no Brasil, as consequências da falta
de água, como a sociedade e as indústrias estão prejudicando esse recurso e quais são as
possíveis soluções para preservar a água, o quanto canudos/plásticos no oceano prejudica a vida
marinha, desperdício da água e como trata-la no futuro.
3
1.1 - Sobre a Água
Água é uma substância química cujas moléculas são formadas por
dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. É formada por uma ligação covalente entre um
átomo de oxigênio (O) e dois átomos de hidrogênio (H). Esses elementos unem-se graças
às ligações chamadas de covalentes ou moleculares, que são caracterizadas pelo
compartilhamento de elétrons presentes na última camada eletrônica para adquirir estabilidade.
A molécula da água é angular, e o ângulo formado entre os átomos é de 104,5 graus. Essa
angulação garante polaridade à molécula, que, por sua vez, faz com que a água
seja um dos principais solventes existentes no planeta podendo ser caracterizada como solvente
universal pois é capaz de dissolver grandes quantidades de substâncias como sais, gases,
açúcares, proteínas, ácidos nucléicos, etc...
As moléculas de água unem-se por ligações de hidrogênio. Essas ligações acontecem
em virtude da atração exercida pelos átomos de oxigênio aos átomos de hidrogênio das
moléculas vizinhas. Essa atração acontece, pois o hidrogênio é levemente positivo e é atraído
pelo oxigênio levemente negativo de outra molécula. A água no estado sólido apresenta ligações
mais duráveis. Já no estado líquido, as ligações de hidrogênio são desfeitas e refeitas
rapidamente, o que garante a fluidez da água. No estado gasoso, as moléculas não estão ligadas
por essas ligações, sendo encontradas, portanto, de maneira individual.
A água não é encontrada exclusivamente no meio ambiente, estando presente também
na composição dos seres vivos. É responsável por 70% da massa corporal e sua porcentagem
pode variar nos tecidos do nosso organismo (20% nos ossos e até 85% no cérebro).
A água está presente em 71% do planeta Terra mas desse total, 2,5% são de água doce,
que é a utilizada para consumo humano. Entretanto, nem toda água doce está disponível para
uso, uma vez que grande parte está no estado sólido em geleiras e calotas polares. Do total de
2,5%, apenas 0,77% está disponível, porém nem sempre atende às especificações para ser
considerada potável.
Infelizmente, o volume de água doce existente no planeta não se distribui
uniformemente no globo. Isso deve-se ao fato de que a distribuição de água varia e depende da
presença dos ecossistemas em cada lugar.
Curiosidades Sobre a Água
Em média, 2/3 da água do mundo é usada para a produção de alimentos, em
especial à agricultura e pecuária.
4
Apenas 3% da água do mundo é doce. Deste total, 70% está na forma de gelo ou
no solo.
12% da água doce do mundo está no Brasil. O país é privilegiado por seus
aquíferos, que armazenam a água no solo.
O brasileiro consome, em média, 159 litros diários. Mas há quem gaste até 200
litros/dia. O necessário, segundo a ONU, é 110 litros por pessoa diariamente;
10% da população brasileira não tem acesso a água tratada. Isso representa 19
milhões de pessoas.
44% dos brasileiros não contam com serviços de coleta de esgoto;
No país são descartados 5,4 bilhões de litros de esgoto que não recebem
tratamento;
Para fazer uma calça jeans são necessários, aproximadamente, dez mil litros de
água.
Para produzir um quilo de manteiga são necessários 18 mil litros de água e para
um quilo de carne gasta-se 15.400 litros.
Um banho de 15 minutos, com o registro meio aberto, consome 135 litros de
água. Uma mangueira aberta pelo mesmo tempo pode desperdiçar até 280 litros.
Para os animais a água corresponde a cerca de 50% a 80% do peso vivo. Segundo
Campos (2006), a água ingerida pelos bovinos tem a função de nutrição do tecido celular e
compensar as perdas ocorridas pelo leite, fezes, urina, saliva, evaporação (suor e respiração) e
também para manter a homeotermia (temperatura do corpo constante), regulando a temperatura
do corpo e dos órgãos internos.
6
Nas indústrias, ela também é amplamente utilizada para a produção de bens materiais,
medicamentos, etc.. É o ciclo da água, processo de evaporação, condensação em nuvens e que
resulta nas chuvas — que mantém a umidade do ar, abastece lençóis freáticos e conserva a vida
de plantas por todo o mundo.
7
Planejamento. Elabora ou participa de estudos estratégicos, como os Planos de Bacias
Hidrográficas, Relatórios de Conjuntura dos Recursos Hídricos, entres outros, em
parceria com instituições e órgãos do poder público.
Falando mais diretamente da lei, criada em 8 de janeiro de 1997, ela instituiu a Política
Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos (Singreh). Até então, a proteção legal das águas brasileiras seguiu um
caminho semelhante ao da proteção ao meio ambiente, ela se dava de forma indireta, a água era
acessória a outros interesses, assim seu uso era determinado por normas de caráter econômico
e sanitário, ou relativas ao direito de propriedade.
Numa fase posterior, a água ainda tratada como um bem, foi alvo de legislação própria,
o Código das Águas de 1934. Foi a partir da Constituição de 1988 e, mais tarde a lei de 1997,
que houve o reconhecimento da necessidade de proteger as águas dentro da estrutura global
ambiental, a partir da gestão que se preocupasse em integrar os recursos hídricos ao meio
ambiente, para garantir o desenvolvimento sustentável e à manutenção do meio ambiente.
A água deve ser gerida de forma a proporcionar usos múltiplos (abastecimento, energia,
irrigação, indústria) e sustentáveis, e esta gestão deve se dar de forma descentralizada, com
participação de usuários, da sociedade civil e do governo.
A Lei das Águas (Lei nº 9.433) surgiu em um contexto em que a água se torna cada vez
mais escassa, com a preocupação de que a sua distribuição seja equitativa.
O território brasileiro contém cerca de 12% de toda a água doce do planeta. Ao todo,
são 200 mil microbacias espalhadas em 12 regiões hidrográficas, como as bacias do São
Francisco, do Paraná e a Amazônica (a mais extensa do mundo e 60% localizada no Brasil).
É um enorme potencial hídrico, capaz de prover um volume de água por pessoa 19 vezes
superior ao mínimo estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) – de 1.700 m³/s
por habitante por ano.
Uma das grandes questões referentes à problemática da água no Brasil está na
localização geográfica da disponibilidade desse elemento. A distribuição da água no Brasil é
naturalmente desigual, de modo que justamente as áreas menos povoadas do país é que
concentram a maior parte dos recursos hídricos. A água não chega para todos na mesma
quantidade e regularidade: as diferenças geográficas de cada região e as mudanças de vazão dos
rios causadas pelas variações climáticas ao longo do ano afetam a distribuição. Outro ponto é o
uso indiscriminado tanto dos mananciais superficiais quanto dos subterrâneos.
8
Gráfico 1
Fonte IBGE / Agência Nacional das Águas - 2010
A região Norte, que é a mais pobre, possui uma densidade de apenas 4,12 habitantes
para cada quilômetro quadrado, concentra quase 70% de todos os recursos hídricos disponíveis
no Brasil. A maior parte desses recursos encontra-se nos rios da Bacia do Amazonas e,
principalmente, no Aquífero Alter do Chão, exclusivo dessa região e com um volume de água
4 vezes superior ao Aquífero Guarani, que se distribui entre as demais áreas.
Figura 1
Fonte : Aquífero Guaran,i es.wikipedia.org
Figura 2
Fonte: Aquifero Alter do Chao, g1.globo.com
9
A região nordestina, conta com uma densidade de 34,15 pessoas para cada quilômetro
quadrado, ao passo em que detém apenas 3,3% de todos os recursos hídricos do país, o que
seria mais do que suficiente se houvesse políticas públicas de combate à seca nessa área. Apenas
uma parte do Nordeste – a região do Polígono das Secas – é que eventualmente sofre com a
falta d'água, e não a região nordestina como um todo.
A região Centro-Oeste apresenta um melhor equilíbrio. Sua densidade demográfica
apresenta uma média de 8,75 habitantes para cada quilômetro quadrado, e sua população total
representa pouco mais que 6% do total da população brasileira. A região possui cerca de 15,7%
dos recursos hídricos do país, relativamente bem distribuídos em seu interior, embora o
Pantanal mato-grossense detenha a maior parte.
Já o Sudeste conta com apenas 6% dos recursos hídricos do país e uma densidade
demográfica superior aos 86 habitantes para cada quilômetro quadrado, média que se acentua
muito nas áreas das grandes cidades, principalmente Rio de Janeiro, São Paulo e Belo
Horizonte. A capital paulista é a que mais vem sofrendo com a seca que se iniciou no ano de
2014, embora as raízes do problema de baixa nos reservatórios sejam anteriores. Há, inclusive,
uma disputa política muito forte entre Rio e São Paulo envolvendo a transposição do Rio
Paraíba do Sul.
A região Sul do Brasil, por sua vez, apresenta um desequilíbrio menor, porém não menos
preocupante. Com uma densidade demográfica de 48,58 habitantes por quilômetro quadrado e
cerca de 15% da população brasileira, os sulistas detêm cerca de 6,5% da água potável do país.
O processo de urbanização acelerado que não apenas gerou um aumento da demanda
em áreas mais populosas, como também gerou a contaminação dos corpos hídricos por resíduos
domésticos e industriais. O crescimento da população concentrada em grandes centros urbanos,
principalmente no litoral do continente, gerou problemas de escassez localizada de água,
agravados por sistemas de saneamento básico deficientes - falta de sistemas de coleta,
tratamento e drenagem. Isso torna boa parte das águas impróprias para o uso humano.
No brasil, 72% da vazão consumida no país vai para a agricultura, especialmente para
as culturas irrigadas. 11% são para o consumo animal, 9% para o abastecimento urbano, 7%
para uso industrial e apenas 1% para abastecimento humano rural. Vale lembrar que existe
diferença entre vazão retirada e vazão consumida. A primeira se refere à água retirada dos
recursos hídricos com a finalidade de atender a população. Já a vazão consumida é a água
que de fato foi utilizada e que é devolvida ao meio ambiente após seu uso.
10
Um outro ponto muito importante é que quase 40% da água captada é perdida no
sistema de distribuição. Seja por ligações clandestinas, vazamentos, roubos ou falhas na
medição, e isso já representa uma boa parcela de investimentos financeiros perdido.
11
Poluição radioativa das águas. Ocorre por meio dos resíduos radioativos lançados no
ar e no solo por experiências nucleares, lixos atômicos gerados em usinas nucleares e
em hospitais.
Consequências: Desenvolvimento de deficiências, mutações gênicas e diversas
patologias, uma vez que essa energia produz elementos tóxicos para nosso organismo
Poluição química das águas. Ocorre por produtos químicos nocivos e indesejáveis,
sendo essa a mais problemática de todas as poluições das águas citadas, pois seus efeitos
podem ser sutis e demorar muito tempo para serem percebidos.
Consequências: Ela causa grandes danos para a vida marinha nos rios e lagos,
além de prejudicar animais que interagem com o ecossistema, como aves que se
alimentam dos peixes.
Poluição sedimentar das águas. Ocorre quando há o acúmulo de partículas em
suspensão, tais como do solo e de produtos insolúveis inorgânicos e orgânicos.
Consequências: impedem a entrada de luminosidade nos recursos hídricos, o que
dificulta a fotossíntese realizada pelas algas e a visualização da comida pelos animais
aquáticos.
12
resíduos sanitários, normalmente encaminhados para aterros públicos e outros depósitos
(“lixões”) a céu aberto, são responsáveis pela contaminação do lençol freático, especialmente
em função da penetração de chorume no solo.
As indústrias, por sua vez, também geram diversos efluentes e resíduos poluentes, que
são descartados nas águas fluviais, com risco de verdadeiros desastres ecológicos.
Infelizmente, é muito comum que as águas já usadas nas residências, contendo fezes
humanas, urina, restos de comida, sabões e detergentes, sejam despejadas nas águas de rios e
lagos, diretamente ou pelas redes de esgoto causando a poluição da água. Em pequenas
quantidades essas substâncias sofrem o processo da decomposição, isto é, biodegradação pelos
microrganismos decompositores. Entretanto, quando despejadas em grandes quantidades e sem
tratamento, provocam um aumento considerável na população desses microrganismos, que, ao
respirarem, consomem o gás oxigênio dissolvido na água.
Outro fator que contribui para a poluição da água são os adubos químicos, que contêm
principalmente nitrogênio e fósforo, eles são levados pelas chuvas e atingem rios e lagos.
Quando se juntam às substâncias existentes nos esgotos residenciais, nutrem as algas, que
também proliferam e, em grande quantidade, impedem a passagem da luz para a água.
13
Figura 3
Fonte: Prefeitura de Florianópolis - SC
14
Figura 4
Fonte: Mar de Plástico – Revista Planeta e folhape.com.br
15
Figura 5 Figura 6
Fonte : blueocean.net Fonte: Passportocean.com
16
conhecimento dessa informação: cerca de oito milhões de toneladas de lixo plástico são
lançadas nos oceanos anualmente.
Os resíduos descartados no oceano possuem origens distintas, como plásticos, papeis,
restos de alimentos, pneus, vidro, entre outros materiais, no entanto a fonte mais expressiva de
lixo depositado são os plásticos. Estima-se que cerca de 85% de todo lixo encontrado nos mares
e oceanos é composto por plásticos. Toda essa poluição, pode causar a morte dos animas
marinhos pois todos os resíduos fazem o animal confundir o plástico com água viva ou outro
tipo de alimento, ingerindo resíduo durante o processo de alimentação.
Há ainda outros resíduos que acabam sufocando, aprisionando ou machucando os
animais aquáticos; A poluição no oceano afeta as plantas, sendo muito ruim para a sociedade,
uma vez que os plânctons e as algas são os responsáveis pela grande produção de oxigênio na
terra e também de alimento para outros animais marinhos. Quando há crescimento desacelerado
de um animal ou a morte desproporcional de outro gera-se um desequilíbrio na cadeia. Por este
motivo, os resíduos jogados no oceano afetam diretamente a cadeia; Contaminação dos peixes
e outros animais marinhos que serão consumidos podendo trazer ao ser humano problemas
intestinais ou danos mais sérios a saúde; A água se torna impropria para o banho; Como os
peixes e outros animais marinhos são infectados pelos resíduos, a pesca sofrerá danos diretos,
resultando em perdas econômicas para o comercio e a população local; Multas para empresas
causadoras do rejeito de resíduos do mar; Danos aos pássaros que se alimentam dos peixes do
mar.
Foto 7
Fonte: Brazil Photo press
18
manejo incorreto na captação de sistemas locais de abastecimento também podem gerar uma
grande quantidade de desperdício. Por esse motivo, é importante haver uma grande fiscalização
das fábricas a fim de que elas também participem do processo de conservação dos recursos
hídricos, o que também vale para outros setores, tais como a construção civil, o comércio etc.
19
não eram visíveis a olho nu. No século XIX, Louis Pasteur demonstrou a teoria do germe da
doença, que explicou como os micro-organismos podiam transmitir doenças através de meios
como a água. No final do século XIX e início do século XX, as preocupações sobre a qualidade
da água para consumo humano continuaram a concentrar-se, em grande parte, nas doenças
causadas por micróbios conhecidos como bactérias patogênicas em locais públicos de
fornecimento de água.
O grau e o tipo de tratamento dependem da fonte de água, bem como do propósito para
que a água irá ser utilizada. Geralmente, a água encontrada à superfície é tratada
convencionalmente para a tornar adequada para o consumo humano e também para o consumo
industrial. A água proveniente do subsolo em regra geral pode ser ingerida, mas deve ser tratada
no caso do uso industrial, para remoção da dureza da água.
O tratamento da água para consumo humano é exigido por um número diverso de razões,
nas quais se incluem:
1. Para prevenir que microrganismos patogênicos causem doenças;
2. Para controlar o sabor desagradável e o aparecimento de partículas;
3. Para remover a cor excessiva da água e a turvação;
4. Para extrair os químicos e minerais dissolvidos.
Processos de Tratamentos da Água
Triagem. A maioria dos objetos grandes e visíveis, tais como árvores, galhos,
paus, vegetação, peixes, vida animal etc., presentes na água á superfície, podem
ser removidos através de operações de seleção e triagem. Este processo é
chamado triagem.
Sedimentação simples. O material suspenso de maior grossura pode depois ser
removido ao deixar a água repousar em bacias de sedimentação. Este processo
é chamado de sedimentação simples.
Coagulação e floculação. A eficácia da sedimentação poderá, no entanto, ser
aumentada pela mistura de determinados químicos com a água para formar
precipitados floculentos, que carregam as partículas em suspensão logo que se
instala. O processo é denominado coagulação química.
Desinfecção. À água filtrada que ainda pode conter bactérias patogênicas é
depois feito um tratamento da água à prova de bactérias que consiste na adição
de certos químicos como o cloro, entre outros. Este processo que visa matar os
germes, é chamado de desinfecção.
20
Filtração. Quanto às partículas mais finas em suspensão, o que pode evitar o
repouso em bacias de sedimentação mesmo após o uso da coagulação química,
podem depois ser removidas pela filtração da água através de filtros. Este
processo é chamado de filtração.
Absorção. A água resultante, apesar de agora ser segura, pode ainda não ser
atrativa para a língua dos consumidores. Gostos desagradáveis e odores, podem
então ter que ser removidos com a adição de certos compostos químicos como
o carvão ativado. Este processo é chamado de absorção.
Amolecimento. A água resultante pode ser por vezes muito mais dura do que o
nível permitido, e pode além disso, ter que ser amolecida através de um processo
chamado de amolecimento.
Fluoração – Por vezes, à água resultante pode ainda ser dado mais tratamento,
tal como a fluoração (em outras palavras, a adição de fluor solúvel para controlar
as cáries dentais)
Calagem. adição de cal de forma a controlar a acidez e reduzir a ação corrosiva
Recarbonização. Adição de dióxido de carbono para prevenir o depósito de
carbonato de cálcio
Dessalinização. Remoção de sal excessivo, caso esteja presente.
21
que a natureza consegue repor. Deste menor percentual (2,5%) cerca de dois terços existem na
forma de geleiras, o que nos deixa com menos de 1% de toda a água existente no globo
disponível para consumo. Infelizmente, a maior parte dessa água potável se apresenta
disponível em momentos inoportunos: monções e alagamentos. Além disso, 20% está
localizada em locais muito remotos, longe do nosso alcance.
O resultado final é que apenas 0,2% dos recursos hídricos mundiais está efetivamente
em uso, distribuído de modo bastante desigual, e um valor ainda menor, 0,13%, é renovável –
precipitação em direção ao solo e posterior evaporação. A utilização a níveis atuais é
insustentável e as previsões futuras, com aumento no consumo, tornam o cenário ainda mais
preocupante. Para garantir a disponibilidade da água serão necessários mecanismos de controle
e o desenvolvimento de tecnologias para aumento de eficiência.
De acordo com informações da OCDE, as principais atividades responsáveis pela
utilização dos recursos hídricos são a agricultura e a produção de alimentos (70%), seguidas
pela indústria (20%), o que inclui a geração de energia. Os 10% restantes são gastos através do
uso doméstico. O aumento populacional gerará uma pressão considerável na produção de
alimentos e espera-se um crescimento de demanda na casa de 90% até 2050. A produção
industrial não deve ficar muito atrás e só a geração de energia através da hidroeletricidade e
outras fontes renováveis deve subir em torno de 60%. O planeta pode enfrentar um déficit
de 40% no abastecimento de água até 2030 caso os modelos de consumo, utilização e descarte
da água não mudem, tanto na área doméstica quanto na da agricultura, da indústria e da energia.
Por este motivo, cada dia mais, torna-se necessária a implementação de efetivas políticas
públicas e privadas visando o bom uso da água em todas as relações sociais e humanas. É
necessário que a questão da responsabilidade ambiental se torne parte integrante de todas as
políticas econômicas e produtivas da humanidade. Somente assim, com uma efetiva gestão da
água é que as pessoas poderão afastar a escassez.
22
reforço da sua capacidade de resiliência, e tomar medidas para a sua restauração,
a fim de assegurar oceanos saudáveis e produtivos.
14.3 - Minimizar e enfrentar os impactos da acidificação dos oceanos, inclusive
por meio do reforço da cooperação científica em todos os níveis.
14.4 - Até 2020, efetivamente regular a coleta, e acabar com a sobrepesca, ilegal,
não reportada e não regulamentada e as práticas de pesca destrutivas, e
implementar planos de gestão com base científica, para restaurar populações de
peixes no menor tempo possível, pelo menos a níveis que possam produzir
rendimento máximo sustentável, como determinado por suas características
biológicas.
14.5 - Até 2020, conservar pelo menos 10% das zonas costeiras e marinhas, de
acordo com a legislação nacional e internacional, e com base na melhor
informação científica disponível.
14.6 - Até 2020, proibir certas formas de subsídios à pesca, que contribuem para
a sobre a capacidade e a sobre pesca, e eliminar os subsídios que contribuam
para a pesca ilegal, não reportada e não regulamentada, e abster-se de introduzir
novos subsídios como estes, reconhecendo que o tratamento especial e
diferenciado adequado e eficaz para os países em desenvolvimento e os países
menos desenvolvidos deve ser parte integrante da negociação sobre subsídios à
pesca da Organização Mundial do Comércio.
14.7 - Até 2030, aumentar os benefícios econômicos para os pequenos Estados
insulares em desenvolvimento e os países menos desenvolvidos, a partir do uso
sustentável dos recursos marinhos, inclusive por meio de uma gestão sustentável
da pesca, aquicultura e turismo.
14.a - Aumentar o conhecimento científico, desenvolver capacidades de
pesquisa e transferir tecnologia marinha, tendo em conta os critérios e
orientações sobre a Transferência de Tecnologia Marinha da Comissão
Oceanográfica Intergovernamental, a fim de melhorar a saúde dos
oceanos e aumentar a contribuição da biodiversidade marinha para o
desenvolvimento dos países em desenvolvimento, em particular os
pequenos Estados insulares em desenvolvimento e os países menos
desenvolvidos.
23
14.b - Proporcionar o acesso dos pescadores artesanais de pequena escala
aos recursos marinhos e mercados.
14.c - Assegurar a conservação e o uso sustentável dos oceanos e seus
recursos pela implementação do direito internacional, como refletido na
UNCLOS [Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar], que
provê o arcabouço legal para a conservação e utilização sustentável dos
oceanos e dos seus recursos.
Saneamento sustentável. A cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, possui atualmente
mais de 70% do esgoto tratado, um índice considerado alto se comparado aos demais
municípios brasileiros. Um dos responsáveis por essa realidade é o projeto Saneamento
Sustentável − a Utilização de Biossistemas e a Educação Ambiental em Comunidades
de Baixa Renda. A iniciativa busca solucionar problemas de saneamento com a
utilização de biodigestores em regiões de topografia acidentada e de difícil acesso do
município.
Os biodigestores possibilitam o reaproveitamento de detritos para gerar biogás
e adubo. O processo de tratamento por biodigestores é feito com câmaras sem luz ou
oxigênio que drenam a água do esgoto e usam bactérias naturais para digerir a massa
orgânica restante.
Em Petrópolis, os biodigestores são alimentados pelo esgoto das casas. O
processo é dividido em três etapas: o esgoto entra no sistema por um tanque que retém
o lixo; em seguida, um outro compartimento separa a gordura; e a última etapa ocorre
no biodigestor, onde as bactérias começam a agir e fazem cerca de 60% da limpeza.
Nesse processo, é produzido o biogás que pode ser usado nos fogões
residenciais.
Os biodigestores devolvem para o meio ambiente água com até 85% de pureza.
Nos filtros de tratamento, são usados pneus e garrafas pet, fazendo com que esses
materiais poluentes, que têm prolongado tempo de decomposição, desempenhem uma
função mais nobre.
De acordo com Márcio Salles Gomes, diretor da Águas do Imperador,
concessionária responsável pelo projeto, o objetivo é resgatar o uso de técnicas
biológicas limpas para gerar energia renovável enquanto protege o meio ambiente.
“Além da despoluição dos rios, a instalação de biodigestores proporciona uma série de
24
benefícios para a localidade. O biogás é oferecido para escolas, creches ou moradores
da região”, diz.
“O trabalho de tratamento de esgotos realizado por meio de biodigestores
tornou-se referência nacional e internacional. Comitivas de diversos países já nos
visitaram para conhecer este sistema”, explica o diretor do projeto.
Petrópolis tem 10 biodigestores instalados nos bairros de Caxambu, Quarteirão
Brasileiro, Córrego Grande, Vila Rica, Vila Ipanema, Independência, Siméria, Bonfim
e Nogueira, além de um biossistema no Vale do Carangola, que juntos beneficiam mais
de 92% da população da cidade. Diariamente 61,8 milhões de litros de água são tratados
por meio desse sistema. De acordo com Salles, desde o começo do projeto, esses
equipamentos garantiram o reaproveitamento de mais de 200 mil garrafas pet e quase
três mil pneus.
O projeto também tem buscado gerir os recursos hídricos da região de maneira
mais eficaz por meio da tecnologia. Um software é utilizado para regular o
bombeamento de água de acordo com a demanda. “Com a rede integrada podemos
controlar onde tem mais ou menos água e redirecionar os fluxos em tempo real, com
base nos dados apontados pelos algoritmos ao software”, explica.
“Soluções como essa são importantes para evitar uma futura crise hídrica”. É o
que acredita o professor de Engenharia Civil e Laboratório de Hidrologia e Hidrometria
da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Jefferson Nascimento de Oliveira. “As
soluções estão relacionadas não só ao déficit de entrada de água, mas também
desperdício gerado pelo mau gerenciamento e mau uso”, enumera.
Figura 8
Fonte: Biodigestores. Ebc.com.br
25
Tennis Adidas feito com plástico retirado dos oceanos. Produzir sapatos feitos de
plástico retirado dos oceanos é a nova aposta de sucesso da Adidas, que transformou
milhões de garrafas plásticas descartadas indevidamente em tênis de corrida de alto
desempenho. Com 11 garrafas recicladas, é possível produzir um par de tênis de corrida
pra lá de futuristas, incluindo na confecção da peça o revestimento dos calcanhares, das
capas dos forros das meias e o design externo.
Parece algo distante, mas o eco-tênis já é uma realidade bastante lucrativa,
inclusive, para a Adidas. A ideia surgiu em 2015, quando a multinacional alemã somou
forças ao grupo ambientalista Parley for The Oceans para desenvolverem, em conjunto,
o inovador calçado. O fundador da Parley, Cyrill Gutsch, comunicou à época que a
Adidas estava desenvolvendo dezenas de modelos de calçados que seriam produzidos
posteriormente com plástico retirado dos oceanos. Quatro anos depois, e o projeto foi
lançado.
Em 2016, a Adidas se comprometeu a parar de usar sacolas plásticas em suas
2.900 lojas de varejo espalhadas pelo mundo, com o objetivo de economizar 70 milhões
de sacolas plásticas por ano, trocando-as por sacolas de papel em sua rede de filiais. No
ano seguinte, em 2017, cerca de 5,5 milhões de garrafas de plástico foram usadas para
produzir 1 milhão de eco-tênis UltraBoost em três versões diferentes.
Figura 9
Fonte: eco-tênis, Adidas
Ilha do lixo – Thilafushi. Thilafushi é a faixa de terra mais desconhecida, controversa
e poluída do paraíso tropical das Ilhas Maldivas. Há apenas oito quilômetros à oeste da
capital Malé, cerca de meia hora de balsa, surge um gigantesco lixão flutuante a céu
aberto, a maior ilha de lixo do Oceano Índico, no meio deste arquipélago de 1200 ilhas
de corais, águas cristalinas e turismo de todos os tipos. Uma tira estreita de areia que se
estende por sete quilômetros de comprimento em meio ao oceano límpido e que recebe
via mar 400 toneladas de lixo todos os dias provindas de todas as ilhas do país,
especialmente de Malé e dos resorts turísticos espalhados pelos tantos atóis
26
maldivianos, onde mais de 850 mil turistas desembarcam nestas praias paradisíacas e
um tanto cobiçadas.
Antes de 1992, quando foi construída a ilha artificial de Thilafushi, neste mesmo
lugar encontrava-se uma deserta lagoa azul, daquelas que só se veem em filmes,
chamada Thifalhu. No início de suas operações, Thilafushi deveria servir como descarga
para resolver apenas o problema do lixo dos 100 mil habitantes da capital Malé. Hoje,
20 anos depois, o cenário mudou. Thilafushi é uma tira estreita de areia que se estende
por 7 quilômetros de comprimento em meio ao oceano límpido e recebe, via mar, 400
toneladas de lixo por dia, provindas de todas as ilhas do país, especialmente de Malé e
dos resorts turísticos espalhados pelos vários atóis maldivanos. Ou seja, dos mais de 850
mil turistas que a cada ano desembarcam nestas praias paradisíacas e um tanto
cobiçadas.
Segundo os dados da ONG ambiental local Blue Peace, que desde 1989 batalha
para manter as maravilhas do paraíso maldiviano, a superfície atual da ilha de lixo
compreende ao equivalente a 70 campos de futebol. Calcula-se que cada turista produza
todos os dias três quilos e meio de lixo, o dobro daquilo que produz um habitante da
capital e cinco vezes mais em relação a um maldiviano. Estatísticas indicam que
Thilafushi cresce em média um metro quadrado por dia.
Figura 10
Fonte: hardcore.com.br
27
Murucutu e Ilha Grande, em Belém. Atualmente, o projeto beneficia nove famílias
nessas duas ilhas.
O professor explica que o objetivo é recolher e tratar a água da chuva para que
possa ser reaproveitada. Ele explica que, das calhas, a água é direcionada para um filtro,
feito de areia fina e cascalho, que elimina a maior parte das impurezas. Em seguida,
segue para uma segunda caixa d’água. “Por último, os moradores recolhem e desinfetam
a água”, finaliza o professor.
Mendes conta que o projeto surgiu em 2007 para atender a demanda por água
potável de famílias da região. “Notamos que, apesar de ser uma região com abundância
em água, nem sempre essa água é potável devido à poluição ou à falta de tratamento
adequado”, relembra. Segundo o professor, o projeto se inspirou no uso de cisternas,
muito utilizadas na Região Nordeste, que tem como objetivo armazenar a água da chuva.
Os pesquisadores realizaram primeiramente um diagnóstico da situação hídrica
local. O levantamento inicial verificou que 43% dos ribeirinhos tinham suas
necessidades hídricas atendidas pela compra de água de poços sem qualidade
comprovada. Esse gasto gerava um impacto de cerca de 11% na renda familiar. “Os
moradores dessas regiões gastavam mais do que os de Belém com a água”, explica
Mendes.
A pesquisa revelou ainda que 45% da população de Ilha Grande não realizavam
o tratamento de água. Em Murucutu, o índice era de 30%.
Então, para a efetivação do projeto, além da instalação do sistema de captação,
Mendes destaca que foi feito um trabalho de educação ambiental com as famílias.
“Ensinamos sobre abastecimento, higiene, consumo consciente e doenças. Os
moradores participam da construção, instalação e eles mesmos são responsáveis pela
manutenção do equipamento”, complementa.
Figura 11
Fonte: UFPA
28
Organizações que Lutam para Salvar o Oceano
Os oceanos representam 72% do planeta Terra, contêm mais de 97% de sua
água e produzem metade do oxigênio que respiramos. De uma extensão de 360 milhões
de quilômetros quadrados, 95% é inexplorado, desconhecido e invisível aos olhos
humanos. Já o restante (5%) é, em grande parte, poluído.
Isto é, a poluição produzida pelos humanos sempre foi uma ameaça ao meio
ambiente e, particularmente, aos oceanos. Mas o cenário nunca foi tão grave como nos
dias de hoje. Estima-se que 5,25 trilhões de pedaços de plástico estão contaminando as
águas oceânicas, totalizando 269 mil toneladas de resíduos.
Para ilustrar: um número crescente de organizações tem apresentado esforços
para reduzir o problema da poluição dos oceanos. Segundo estimativas recentes, 5,25
trilhões de pedaços de plástico estão contaminando as águas do planeta, o que vem a
totalizar aproximadamente 269 mil toneladas de resíduos.
Embora os oceanos estejam enfrentando uma situação bastante crítica – sendo
ameaçados por fatores como pesca excessiva, aquecimento global
e acidificação (diminuição do pH nos oceanos) –, um número crescente de organizações
tem apresentado esforços para reduzir o problema:
Seabin. O Seabin Project foi fundado pelos surfistas Andrew Turton e Pete
Ceglinski, que decidiram largar seus empregos para criar “lixeiras flutuantes”
capazes de coletar lixo, óleo, combustível e detergentes. Os seabins capturam
em torno de 1,5 quilo por dia, o que representa cerca de meia tonelada de detritos
por ano. Com a missão de livrar os oceanos do planeta da poluição, a
organização tem instalado as lixeiras flutuantes em portos, marinhas e outros
pontos importantes. No entanto, o projeto acredita que a solução para a poluição
oceânica passa, necessariamente, pela educação e pela mudança sistêmica.
Figura 12
Fonte: Seabin Group
Figura 13
Fonte: Recycking /technologies
The Ocean Cleanup. Fundada por Boyan Slat, The Ocean Cleanup desenvolveu uma
tecnologia para erradicar os plásticos que poluem os mares de todo o
planeta. A organização pretende começar a limpar o Great Pacific Garbage Patch, no
Oceano Pacífico Norte, que abrange a maior coleção de detritos marinhos do mundo.
Figura 14
Fonte: The Ocean Cleanup
30
Visão. Se estabelecer como referência na produção de vídeos, documentários e
conteúdo de divulgação científica e educação ambiental sobre biodiversidade
marinha e conservação no prazo de cinco anos; Realizar pesquisas e projetos
inovadores para a conservação ambiental marinha; Se tornar referência em
projetos e atividades de educação e comunicação ambiental sobre conservação
da biodiversidade marinha; Prestar serviços de consultoria ambiental e criar
certificações para empresas e instituições interessadas em atuar de forma mais
direta na conservação de ambientes marinhos e costeiros.
Valores. Respeito mútuo para aqueles com quem trabalhamos e nos
relacionamos; Compaixão, honestidade e suporte em todas as nossas interações,
mantendo e desenvolvendo a cultura construída a base da paixão de nossas
pessoas; respeito pelo meio ambiente, minimizando o impacto e apoiando ações
ambientais sustentáveis; valorizar as crianças e jovens como ferramentas para a
conservação ambiental; sermos ativos nas comunidades onde atuamos.
Projeto: Eu Cato Lixo. Todos os meses nossos mergulhadores realizam ações de coleta
de detritos no fundo do mar e produzem relatórios com o objetivo de identificar as
principais origens da poluição marinha em cada local. Além de fazer o trabalho de
conscientização com os frequentadores da praia durante cada uma destas ações, com as
informações obtidas realizamos parcerias com universidades e institutos de pesquisa
para pensarmos em possíveis soluções para o problema.
Figura 15
Fonte: IMU – Verde Mar – março de 2019
CONCLUSÃO
31
Fabiano, da ficção de Vidas Secas (1932), costumava sonhar de olhos abertos.
Imaginava as crianças dele com outro futuro, fartando-se em água. Mas conviviam com a falta...
Não só no passado.
Com o seguinte trabalho relacionado a ODS 14, pode se concluir que infelizmente o
homem é o principal culpado pela poluição da água, que acaba prejudicando toda a vida marinha
e a sua própria existência, já que a água é usada para diversas atividades.
Ao desenvolvermos este trabalho ficamos mais preocupados ainda com a vida na água
e tudo o que lhe diz respeito. Conforme citado no parágrafo a cima, temos uma ação totalmente
errada há séculos, em relação á água e nós como seres humanos somos responsáveis por cuidar
não só da água, mas também do meio ambiente. Com nossas pesquisas vimos o quanto de lixo
que não tratamos e jogamos no oceano ou o quanto de informações que nós não sabemos a
respeito de cuidados e tratamentos da água.
É ingenuidade de se pensar que apenas pessoas não tão instruídas são os detratores das
águas, pois vemos muitas pessoas em nosso dia que têm faculdade, mestrado, MBA, estudaram
nas melhores escolas e mesmo assim têm atitudes vergonhosas, como jogar o plástico do picolé
no mar.
Apesar de termos muitas informações negativas, vemos um movimento de pessoas que
querem mudar o mundo e transformar este problema de poluição das águas em uma solução.
Um exemplo de uma boa ação é o Instituto Mar Urbano que foi citado no trabalho, eles
têm diversas ações de conscientização e ações de campo para pegar o lixo no mar. Além desta,
vemos ações de professores que ensinam alunos a tratarem as águas das chuvas ou até mesmo
desenvolver um saneamento básico que não agrida o meio ambiente.
Por fim, entendemos que já passamos pela etapa de alienação e ignorância da sociedade
em relação a este tema, agora o governo deveria investir na conscientização e criar ações de
consequência para pessoas física que jogam lixo no mar ou nas praias, por exemplo. O cuidado
com o oceano é responsabilidade de todos.
REFERÈNCIAS
[1] ABESSA, D. et. al. Pollution status of marine protected areas worldwide and the
consequent toxic effects are unknown. Enviromental Pollution, Volume 243, Part B, 2018
. Disponível em:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0269749118303488?via%3Dihub
32
[2] ANA. Sobre a Agencia Nacional das Aguas. Disponível em:
http://www3.ana.gov.br/portal/ANA/regulacao/institucional/sobre-a-ana
[3] BARBOSA, V. Há uma nova ameaça invisível na água potável — microplásticos. Exame,
2019. Disponível em: https://exame.abril.com.br/ciencia/ha-uma-nova-ameaca-invisivel-
na-agua-potavel-microplasticos/
[4] BLUEOCEAN.net. Cigarette-butts-the-worlds-greatest-source-of-ocean-pollution.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xrR9LrvNflE
[5] DE OLIVEIRA, L. Tratamento de agua. Disponível em:
https://www.infoescola.com/geografia/tratamento-de-agua/
[6] EBC. Soluções Sustentáveis para o uso da água. Disponível em:
http://www.ebc.com.br/especiais-agua/solucoes-hidricas/
[7] ESTRATÉGIAS ODS. O que são os ODS. Disponível em:
http://www.estrategiaods.org.br/o-que-sao-os-ods/
[8] GUIA DO SOBREVIVENTE. 9 formas de purificar e tratar água para sobreviver, 2014.
Disponível em: http://www.guiadosobrevivente.com.br/9-formas-de-purificar-e-tratar-
agua-para-sobreviver/
[9] IMU. Instituto Mar Urbano. Disponível em: https://www.institutomarurbano.com.br/
[10] _______. Projeto Verde Mar. Disponível em: https://www.projetoverdemar.com/
[11] MESQUITA, J.R. Bitucas de cigarros, maior fonte de poluição dos oceanos. Mar sem
fim, 2019. Disponível em: https://marsemfim.com.br/bitucas-de-cigarros-poluicao-dos-
oceanos/
[12] OCEAN Conservancy. The ocean starts with you . Disponível em:
https://oceanconservancy.org/
[13] OECO. O que é a Lei das Aguas, 2014 . Disponível em:
https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28797-o-que-e-a-lei-das-aguas/
[14] RAMOS, G. Vidas Secas, Record, ed. 140, 2019.
[15] _______. Filme Vidas Secas,1963 Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=m5fsDcFOdwQ
[16] RODRIGUE, R. Métodos De Tratamento Da Água Para Consumo Humano, Engiobra,
2013. Disponível em: https://engiobra.com/tratamento-da-agua/
[76] ONU, Agenda 2030. Disponível em: https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/
[18] _______. Informe mundial de las Naciones Unidas sobre el desarrollo de los recursos
hídricos
33
[19] TYREE, C, Morrison, D. Invisiveis. O plástico dentro de nós. Orbmedia, 2017.
Disponível em: https://orbmedia.org/stories/Invis%c3%adveis_pl%c3%a1stico/
[20] WILCOX, C. et al. A quantitative analysis linking sea turtle mortality and plastic debris
ingestion. Scientific Reports, 2018. Disponível em:
https://www.nature.com/articles/s41598-018-30038-z
[21] WWDR. 2019: No dejar a nadie atrás. Disponível em:
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000367304
34