Unidade V - Medidas de Frequência de Doença e Indicadores de Saúde
Unidade V - Medidas de Frequência de Doença e Indicadores de Saúde
Unidade V - Medidas de Frequência de Doença e Indicadores de Saúde
SAÚDE
1. TERMINOLOGIA
● Indicador: maior abrangência, qualquer medida ou observação classificável
(qualitativa e quantitativa);
● Índices: medidas que integram múltiplas dimensões;
● Medidas do tipo proporção: numerador contido no denominador (subconjuntos);
● Coeficientes: tipo específico de proporção em que o denominador representa o
coletivo em risco;
● Medidas do tipo taxa: ocorrência de eventos incidentes por pessoa-time.
● Medidas do tipo razão: relação entre as “coisas” da mesma dimensão em que o
numerador e denominador pertencem a categorias mutuamente exclusivas, como
homens e mulheres.
● Chances/odds: razão que expressa relação entre probabilidades complementares e
contrárias, utilizadas na análise de estudos de caso-controle.
● A qualidade dos indicadores de saúde vai depender da sua validade (capacidade
de medir o que se pretende); confiabilidade (reprodutibilidade), mensurabilidade,
relevância e custo-efetividade.
● Para que sejam efetivamente utilizados, os indicadores precisam ser
organizados, atualizados, disponibilizados e comparados com outros
indicadores. No planejamento local, podem estar voltados para o interesse
específico da unidade de saúde que vai utilizá-los. Quem melhor define os
indicadores são os profissionais de saúde, a população e os gestores
diretamente envolvidos no processo de trabalho.
● Mortalidade: é uma medida muito utilizada como indicador de saúde; é calculada
dividindo-se o número de óbitos pela população em risco. Estudaremos mais
sobre essa medida na próxima unidade.
● Letalidade: é uma medida da gravidade da doença, calculada dividindo-se o
número de óbitos por determinada doença pelo número de casos da mesma
doença. Algumas doenças apresentam letalidade nula, como, por exemplo,
escabiose; já para outras, a letalidade é igual ou próxima de 100%, como a raiva
humana.
2. CONCEITOS
● Probabilidade: número de eventos que ocorrem dentro de um número de eventos
possíveis.
● Risco à saúde: probabilidade de experimentar efeito adverso ou dano
● Taxa: medida de velocidade de mudança de fenômeno dinâmico por unidade de
população e tempo (tempo-pessoa de exposição)
3. TAXA
● Medida clássica da epidemiologia, tendo três componentes:
1. Numerador: número de indivíduos que experimentam o evento de interesse;
2. Denominador: número total de indivíduos na população de expostos ou em
risco de apresentar o efeito.
3. Período de tempo específico: durante o qual foi observada a frequência do
evento de interesse e a população que ficou exposta efetivamente.
*Esses componentes são multiplicados por constante, a qual pode ser padronizada ou não.
MEDIDAS DE MORBIDADE
1. PREVALÊNCIA
● Proporção de uma população naquele estado e momento;
● Pode ser pontual ou período;
● Prevalência de uma doença é a proporção da população com a doença naquele
período especificado;
● São os casos/estados existentes, ou seja, “quem tem a doença”.
● A prevalência se refere ao número de casos existentes de uma doença em um dado
momento; é uma “fotografia” sobre a sua ocorrência, sendo assim uma medida
estática. Os casos existentes são daqueles que adoeceram em algum momento do
passado, somados aos casos novos dos que ainda estão vivos e doentes
(MEDRONHO, 2005, PEREIRA, 1995).
Hipóteses:
● Atenção aos doentes e medidas de controle inadequadas;
● Medidas de busca ativa permitiram um aumento na identificação dos casos;
● Fatores socioeconômicos;
● Aumento da população local por crescimento natural ou imigração;
2. INCIDÊNCIA
● Medidas de incidência se concentram em novos eventos ou mudanças nos estados
de saúde;
● Destaque para o fator temporal (velocidade importa)
● Taxa de incidência: densidade de incidência, conceito de pessoa-time;
● A incidência diz respeito à frequência com que surgem novos casos de uma doença
num intervalo de tempo, como se fosse um “filme” sobre a ocorrência da doença, no
qual cada quadro pode conter um novo caso ou novos casos (PEREIRA, 1995). É,
assim, uma medida dinâmica.
3. INCIDÊNCIA X PREVALÊNCIA
● Se casos incidentes não são envolvidos e continuam por todo o tempo, eles se
tornam casos prevalentes.
MEDIDAS DE MORTALIDADE
1. COEFICIENTE DE MORTALIDADE GERAL (CMG)
*DOC: declaração de óbito
- Em relação à população em geral.
Na tabela 1 notamos que o coeficiente geral de mortalidade de Santa Catarina é maior que
o do Acre, ainda que, em quase todos os estratos, os coeficientes específicos por idade
sejam menores. Percebemos que, embora à primeira vista, pelo coeficiente geral, a
mortalidade é maior em Santa Catarina (o que representaria, portanto, piores condições de
vida), isso não é verdadeiro, já que em quase todas as idades, especialmente nos mais
jovens, a mortalidade no Acre é maior. O coeficiente geral do Acre é menor porque depende
da composição etária da população, que difere bastante entre os estados, com maior
proporção de idosos em Santa Catarina e maior proporção de jovens no Acre.
● Portanto, não podemos comparar diretamente os coeficientes gerais de mortalidade
quando a estrutura etária das populações for diferente.
2. COEFICIENTE DE MORTALIDADE DE DOENÇA (CMD)
● É diferente da distribuição proporcional das causas de morte (% óbitos/causa)
MEDIDAS DE FREQUÊNCIA
Mortalidade e morbidade
Unidade de medida
Morte prematura
A parcela de mortalidade é medida pelos YLL ( Years of Life Lost ) ou anos de vida
perdidos por morte prematura. Por exemplo, se eu tenho uma expectativa de vida aos
quarenta anos de viver mais trinta anos e morro aos quarenta anos, perdi trinta anos.
A parcela de morbidade é medida pelos YLD ( Years Lived with Disability ) ou anos
vividos com incapacidade.
É preciso ponderar cada momento da vida onde a saúde não seja total.
Testes específicos
VALORES PREDITIVOS
● Odds ratio: A Razão de Chances (odds ratio) (RC) é a chance de doença (do evento
“desenvolver a doença”) entre indivíduos expostos dividido pela chance de doença
entre não-expostos.