RECON MT - Subestação Com Compartilhamento de Transformador FINAL
RECON MT - Subestação Com Compartilhamento de Transformador FINAL
RECON MT - Subestação Com Compartilhamento de Transformador FINAL
SUMÁRIO GERAL
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................... 03
DEFINIÇÃO ............................................................................................................................... 04
PROCEDIMENTO ....................................................................................................................... 06
ARRANJO .................................................................................................................................. 07
DOCUMENTAÇÃO ..................................................................................................................... 18
3 RECON – MT Anexo 01/2021 – Procedimentos para compartilhamento de transformador
APRESENTAÇÃO
Visando atender os requisitos Regulatórios, a Light está disponibilizando o referido Anexo com o conceito e
arranjo para essa solução, onde o mesmo deverá ser utilizado em conjunto com as definições contidas na
RECON – MT, bem como as Normas Técnicas Brasileiras atinentes.
Quaisquer sugestões e comentários pertinentes à presente regulamentação poderão ser enviados através
do endereço eletrônico:
GR_DDE_ENGENHARIA_CONSUMIDORESMT@light.com.br
Rio de Janeiro, agosto de 2021.
HISTÓRICO DE ATUALIZAÇÕES
Abaixo segue a tabela com as últimas alterações realizadas no documento:
CONTROLE DE ALTERAÇÕES
DATA ALTERAÇÕES
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Aplica-se a todos os Consumidores que desejam utilizar o conceito de subestação compartilhada, conforme
previsto no Artigo 16 da Resolução 414 de 2010 da ANEEL, incluindo o transformador, para atendimento de
subestações com conjuntos blindados no nível de tensão primária nominal de 6,3kV, 13,8kV e 25/34,5kV na
área de Concessão da Light.
ASPECTOS LEGAIS
Para o projeto da subestação transformadora compartilhada, deverão ser atentadas as prescrições previstas
em Resoluções, Normas Técnicas Brasileiras e da Concessionária, que são:
DEFINIÇÃO
Carga instalada
Somatório das potências nominais de todos os equipamentos elétricos e de iluminação existentes na
unidade consumidora, definida em múltiplos de VA.
Grupo A
Grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão igual ou superior a 2,3 kV
ou atendidas a partir de sistema subterrâneo de distribuição em tensão secundária, caracterizado pela tarifa
binômia.
Grupo B
Grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão inferior a 2,3 kV,
caracterizado pela tarifa monômia.
5 RECON – MT Anexo 01/2021 – Procedimentos para compartilhamento de transformador
Pela definição da Resolução 414 da ANEEL, subestação é composta por medição, proteção (padrão de
entrada) e transformador, sendo assim o compartilhamento é integral destas estruturas.
Demais Conceitos
Outros conceitos necessários estão definidos no artigo 2o da Resolução Normativa no 414, de 9.9.2010, da
ANEEL.
6 RECON – MT Anexo 01/2021 – Procedimentos para compartilhamento de transformador
PROCEDIMENTO
O fornecimento de energia elétrica a mais de uma unidade consumidora do Grupo A pode ser efetuado por
meio de subestação transformadora compartilhada, desde que atendidos os requisitos técnicos da
distribuidora e observadas as seguintes condições:
e) O acordo celebrado entre unidades Consumidoras do Grupo A ou entre o Consumidor responsável pela
unidade do Grupo A e a Distribuidora deve estabelecer, entre outros pontos, as responsabilidades pela
operação e manutenção da subestação transformadora compartilhada.
7 RECON – MT Anexo 01/2021 – Procedimentos para compartilhamento de transformador
ARRANJO
Para potência total do transformador de entrada até 300kVA: É caracterizado pela adoção de uma
subestação simplificada em poste ou em pedestal, para uso externo, com arranjo elétrico e construtivo
de acordo com a RECON – MT, onde a jusante do padrão de entrada deverá possuir um arranjo
eletromecânico de painel coletivo, composto de caixa metálica contendo um disjuntor geral de baixa
tensão, barramento geral para distribuição para as caixas CMPS individualizadas para cada unidade
Consumidora do Grupo A, sendo que no interior de cada caixa CMPS haverá uma medição de
faturamento e proteção geral de entrada, ambos em baixa tensão, de forma individualizada, sempre
tendo como limite a potência do transformador da subestação simplificada, no máximo de 300kVA,
tendo como tensão secundária os valores de 220/127V, 380/220V e 440/254V.
O uso da subestação simplificada é restrito ao sistema de distribuição primária com tensão nominal de
13,8kV e 6,3kV.
Para potência total do transformador de entrada superior a 300kVA: É caracterizado pela adoção de
uma subestação blindada convencional ou compacta, de uso abrigado, nos arranjos de entrada simples
ou de dupla entrada, com a instalação de um ou mais transformadores a serem compartilhados a
jusante do conjunto blindado.
Sempre que a demanda provável para a unidade consumidora do Grupo A for superior aos 300kW,
deverá ser prevista a utilização de transformador individualizado com medição em média tensão e
proteção geral de entrada para cada unidade Consumidora.
8 RECON – MT Anexo 01/2021 – Procedimentos para compartilhamento de transformador
Notas:
1. As subestações com cubículos blindados ou subestações blindadas, deverão ser previamente validadas
pela Light, em processo específico de validação, na qual é contemplada a análise técnica, arranjo
eletromecânico, documentação legal, avaliação de protótipo e ensaios de conformidade com as
Normas atinentes.
2. Para as caixas a serem adotadas no arranjo eletromecânico de baixa tensão, deverão ser utilizados
materiais e Fabricantes validados pela Light de acordo com os critérios adotados na RECON – BT e na
RECON – MT, na qual poderá ser previamente consultado no site da Light em: www.light.com.br.
3. Quaisquer alterações no padrão de entrada deverão ser realizadas com prévia anuência da Light, onde
eventuais adequações e ônus decorrentes por alterações não autorizadas, serão de integral
responsabilidade do profissional técnico contratado pelo Consumidor.
DIAGRAMA UNIFILAR
Nota: Nessa configuração com atendimento através de subestação simplificada, a proteção geral poderá
ser instalada na caixa CMPS do padrão de entrada ou no arranjo eletromecânico do painel coletivo que
atenderá as unidades Consumidoras.
9 RECON – MT Anexo 01/2021 – Procedimentos para compartilhamento de transformador
A interligação elétrica entre o transformador e o conjunto de proteção geral e caixas CMPS deverá
ser realizado através de cabos, sendo que estes deverão seguir os critérios de ampacidade de
acordo com a Norma Brasileira ABNT NBR5410.
O disjuntor geral de baixa tensão deverá ser dimensionado de acordo com a demanda de todas as
unidades Consumidoras que constituem o compartilhamento do respectivo transformador.
O barramento geral que agrupará as caixas CMPS destinadas a medição de faturamento e proteção
geral de forma individualizada de cada unidade Consumidora do Grupo A deverá ser especificado
de acordo com a tabela do Anexo II da RECON – BT, bem como as demais preconizações previstas
no Normativo da Light.
1 25 x 3 15 x 3 15 x 2
75 kW 246 142 123
2 15 x 3 12 x 2 12 x 2
1 30 x 5 20 x 3 20 x 2
112,5 kW 369 214 185
2 20 x 3 15 x 2 12 x 2
1 40 x 5 20 x 5 20 x 5
150 kW 492 285 246
2 20 x 5 15 x 3 15 x 3
1 40 x 10 40 x 5 30 x 5
225 kW 738 427 369
2 40 x 5 25 x 3 20 x 3
1 60 x 10 25 x 5 40 x 5
300kW 984 570 492
2 50 x 5 40 x 5 20 x 5
Tabela 1 de dimensionamento das barras dos barramentos no interior das Caixas CMPS para cada unidade Consumidora
11 RECON – MT Anexo 01/2021 – Procedimentos para compartilhamento de transformador
Notas:
1. Tabela 1 extraída do Anexo II da RECON – BT, onde foi considerado o valor de 1,25 vezes da corrente
da demanda máxima prevista para o material, de forma a apresentar a suportabilidade ao nível de
curto-circuito máximo previsto, considerando inclusive seus efeitos térmicos e dinâmicos, conforme
apresentado no Fascículo 5 da RECON – BT.
Exemplificando: Para uma demanda de 75kW com nível de tensão de 220V e com fator de potência
igual a 1, teríamos uma corrente de 197A, onde o barramento deverá ser dimensionado para um valor
de 246 A, que corresponde a 1,25 vezes o valor inicial de 197 A. Para esse exemplo, a proteção geral
em baixa tensão seria de 200 A.
2. Nesta tabela foram consideradas:
Temperatura ambiente – 35° C.
Temperatura do barramento – 65° C.
3. As barras do feixe devem conservar entre si espaçamento igual ou maior que sua espessura, exceto no
feixe de 4 (quatro) barras onde o espaçamento entre a segunda e a terceira barras deve ser de 50 mm.
4. O afastamento mínimo entre barras de diferentes fases e entre estas e estruturas de montagens deve
ser tal que, quando da ocorrência de flechas máximas provenientes dos esforços eletrodinâmicos, esses
valores não sejam inferiores a 60 mm para tensões até 300V e 100 mm para tensões superiores.
5. Para barramentos com a maior dimensão (largura) na posição horizontal ou para barramentos verticais
com mais de 2 (dois) metros, devem ser aplicados os fatores de correção da tabela do Anexo III da
RECON – BT.
6. Para o barramento geral localizado na parte superior do arranjo eletromecânico das Caixas CMPS, os
mesmos deverão ser dimensionados de acordo com os critérios da tabela do Anexo II da RECON – BT.
12 RECON – MT Anexo 01/2021 – Procedimentos para compartilhamento de transformador
Diagrama 1: Unifilar para atendimento de transformador compartilhado até 300kVA com a proteção geral
na caixa CMPS no padrão de entrada
Diagrama 2: Unifilar para atendimento de transformador compartilhado até 300kVA com a proteção geral
no arranjo eletromecânico do padrão coletivo
Nota: Para transformadores do tipo pedestal derivados de rede aérea, não haverá chaves fusíveis e para
raios no padrão de entrada do consumidor, apenas os fusíveis no primário dos transformadores
(baioneta), havendo chave de faca e para raios no poste de derivação do ramal da Light para rede aérea e
chave a gás para os casos de atendimento de rede subterrânea.
13 RECON – MT Anexo 01/2021 – Procedimentos para compartilhamento de transformador
Nota: Nos casos em que os transformadores estiverem instalados em ambientes diferentes da subestação
blindada de média tensão, será obrigatória a instalação de chave seccionadora de abertura sob carga, com
posição de aterramento voltado para o lado da carga, fisicamente após o disjuntor de proteção geral.
Para os casos de instalações que possuam transformadores localizados no mesmo ambiente da subestação
blindada de média tensão, poderá ser dispensada a chave seccionadora de saída na subestação blindada,
desde que exista uma chave no lado primário do transformador.
14 RECON – MT Anexo 01/2021 – Procedimentos para compartilhamento de transformador
Para as unidades Consumidoras do Grupo A com demandas superiores a 300kW, deverá ser prevista a utilização de transformador individualizado
com medição em média tensão e proteção geral de entrada para cada unidade Consumidora de forma individualizada, conforme ilustrado no
Diagrama 4:
Diagrama 4: Unifilar para compartilhamento de transformador para unidades Consumidoras do Grupo A com demanda de no máximo 300kW de
forma individualizada e com transformador individualizado para unidades Consumidoras com demandas superiores a 300kW.
15 RECON – MT Anexo 01/2021 – Procedimentos para compartilhamento de transformador
Nota: Nos casos em que os transformadores estiverem instalados em ambientes diferentes da subestação
blindada de média tensão, será obrigatória a instalação de chave seccionadora de abertura sob carga, com
posição de aterramento voltado para o lado da carga, fisicamente após o disjuntor de proteção geral.
Para os casos de instalações que possuam transformadores localizados no mesmo ambiente da subestação
blindada de média tensão, poderá ser dispensada a chave seccionadora de saída na subestação blindada,
desde que exista uma chave no lado primário do transformador.
Nota: Nos casos onde os transformadores estiverem instalados em ambientes diferentes da subestação
blindada de média tensão, será obrigatória a instalação de chave seccionadora de abertura sob carga, com
posição de aterramento voltado para o lado da carga, fisicamente após o disjuntor de proteção geral.
Para os casos de instalações que possuam transformadores localizados no mesmo ambiente da subestação
blindada de média tensão, poderá ser dispensada a chave seccionadora de saída na subestação blindada,
desde que exista uma chave no lado primário do transformador.
DIAGRAMA TRIFILAR
Deverá ser instalado o conjunto de proteção geral de entrada, barramento geral e caixas CMPS para
atendimento individualizado de cada unidade Consumidora, módulos integrados, contíguos de forma a ser
composto um único conjunto para esse tipo de atendimento, onde a quantidade de caixas CMPS dependerá
da quantidade de unidades Consumidoras que participam do compartilhamento do transformador.
17 RECON – MT Anexo 01/2021 – Procedimentos para compartilhamento de transformador
Notas:
1. Para a conexão entre o transformador a ser compartilhado e o disjuntor geral de baixa tensão, deverão
ser adotados os condutores de acordo com os critérios preconizados na Norma Brasileira ABNT NBR
5410, tendo como parâmetro os valores expostos nas tabelas 36 e 37 da referida norma.
2. Para o dimensionamento do disjuntor geral de baixa tensão, deverão seguir as orientações prescritas
no Fascículo 06 da RECON – BT.
3. Para o dimensionamento do barramento geral e dos barramentos individualizados de cada Caixa CMPS,
deverão ser adotados os valores e dimensões preconizados no Anexo II da RECON – BT.
18 RECON – MT Anexo 01/2021 – Procedimentos para compartilhamento de transformador
DOCUMENTAÇÃO
Visando atender aos requisitos Regulatórios, o Consumidor que optar por esse tipo de atendimento, deverá
manifestar o interesse para a Light e encaminhar a documentação Comercial e Técnica para avaliação, onde
se faz necessário existir um Responsável pela instalação em média tensão, subestação blindada e
transformador compartilhado, podendo ser um dos Consumidores compartilhantes ou não.
Dessa forma, para a abertura de processo Comercial, deverá ser apresentada dois fluxos de documentação,
a saber:
Diagrama unifilar geral das instalações contemplando a o arranjo elétrico subestação blindada de
entrada de energia (compatibilizado com o caderno da blindada), o(s) transformador(es), os
painéis de medição (CMPS) e as unidades Consumidoras.
Diagrama Unifilar Geral das instalações contemplando a o arranjo elétrico subestação blindada de
entrada de energia, o(s) transformador(es), os painéis de medição (CMPS) e as unidades
Consumidoras.
Os Formulários CTC e CTS, bem como a lista de documentos e dos Fabricantes validados de acordo a RECON
BT e a RECON – MT se encontram disponibilizados no site da Light em www.light.com.br.
20 RECON – MT 2020
RECON-MT
ANEXO 01/2021
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