BG11 Teste 5
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Grupo I
Recentemente foram descobertos, no Canadá, vestígios de microrganismos que podem
representar as provas mais antigas de vida na Terra. Segundo os investigadores, estes seres
vivos seriam semelhantes às atuais bactérias que prosperam em fontes hidrotermais existentes
nos fundos marinhos.
As marcas produzidas por estes microrganismos são constituídas por pequenos filamentos e
tubos de óxidos de ferro, formadas em camadas sedimentares de quartzo. Estudos
radiométricos dataram isotopicamente estas rochas entre os 3770 milhões e os 4280 milhões
de anos.
Considera-se que a Terra se formou há cerca de 4550 milhões de anos e os oceanos,
aproximadamente, há 4400 milhões de anos. Segundo um dos investigadores, se estes
microfósseis possuírem de facto 4280 milhões de anos, isso sugere “uma emergência da vida
quase instantânea” depois da formação dos oceanos. Os fósseis parecem ser mais antigos do
que os estromatólitos, descobertos em 2016 na Gronelândia, com aproximadamente 3700
milhões de anos.
Nas fontes hidrotermais, fluidos a elevadas temperaturas atravessam rochas da coluna
sedimentar ou basaltos da crusta oceânica, removendo elevadas quantidades de manganês.
Nas proximidades das
chaminés das fontes
hidrotermais formam-se
nódulos metálicos por
deposição concêntrica de
manganês e de ferro. Estes
nódulos têm uma taxa de
crescimento extremamente
baixa, da ordem de um
centímetro em alguns
milhões de anos (figura 1).
Figura 1
Baseado em www.publico.pt (consultado em 2 de março de 2017)
1. Os fósseis
(A) são restos de seres vivos ou vestígios da sua atividade que permitem datar as rochas
de modo relativo.
(B) são restos de seres vivos ou vestígios da sua atividade que permitem datar as rochas
de modo absoluto.
(C) surgem normalmente em rochas magmáticas, a partir da preservação das partes mais
duras dos seres vivos.
(D) surgem normalmente em rochas metamórficas, por preservação de estruturas de fácil
decomposição.
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4. Camadas sedimentares de quartzo que contêm fósseis poderão originar, por diagénese,
(A) depósitos não consolidados. (C) gesso.
(B) calcários. (D) arenitos.
10. Relacione, com base no texto, a formação dos nódulos de manganês com a atividade
vulcânica das fontes hidrotermais.
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Grupo II
A bacia Lusitaniana é uma bacia sedimentar que ocupa mais de 20 000 km2 e que se
desenvolveu na Margem Ocidental Ibérica (MOI) durante parte do Mesozoico. A dinâmica da
sua implementação enquadra-se no contexto da fragmentação da Pangeia durante a abertura
do Atlântico Norte.
Dois terços da bacia afloram em área continental emersa, encontrando-se a restante área na
plataforma continental (figura 2). Nesta bacia têm sido desenvolvidos trabalhos de investigação
integrados em equipas nacionais e internacionais, muitos deles ligados à indústria do petróleo.
Os depósitos mais antigos da Bacia Lusitaniana pertencem ao Triásico Médio/Superior
(247-201 M.a.) e assentam discordantemente sobre formações paleozoicas. Na base da coluna
estratigráfica observam-se, por exemplo, arenitos e siltitos avermelhados, por vezes com
intercalações de conglomerados. A sedimentação prolonga-se até ao Cretácico (145-66 M.a.),
sendo a maioria das rochas e sedimentos da bacia de idade Jurássica (201 a 145 M.a.). A
cobrir este conjunto sedimentar encontram-se rochas cenozoicas.
A falha Açores-Gibraltar constitui um limite transformante entre duas placas, que, numa fase
inicial da rotura da Pangeia, separou dois grandes continentes, a Laurásia, a norte, e a
Gondwana, a sul (figura 2).
Baseado em J.C. Kullberg et al. A Bacia Lusitaniana: Estratigrafia, Paleogeografia e Tectónica.
In R. Dias, A. Araújo, P. Terrinha e J.C. Kullberg Eds. Geologia de Portugal no contexto da Ibéria.
Univ. de Évora, pp. 317-368, 2006
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2. O estudo da área imersa da bacia Lusitaniana poderá ser efetuado recorrendo ________,
um método ________ que permite conhecer o interior da geosfera.
(A) a sondagens (…) indireto
(B) a sondagens (…) direto
(C) à gravimetria (…) direto
(D) a afloramentos (…) indireto
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9. Estabeleça a correspondência entre cada uma das afirmações da coluna A e uma das
rochas apresentadas na coluna B. Faça corresponder a cada letra apenas um número.
Coluna A Coluna B
a. Evaporito formado por cristais de cloreto de sódio. 1. Antracite
b. Rocha biogénica com elevado grau de incarbonização. 2. Gesso
c. Rocha quimiogénica resultante da precipitação de carbonato 3. Sal-gema
de cálcio. 4. Travertino
5. Lignito
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Grupo III
Desde maio de 1883 que vários registos indicavam que o vulcão Krakatoa vinha a aumentar a
sua atividade. Na noite do dia 26 de agosto, uma explosão inicial lançou uma nuvem de gás e
detritos com cerca de 24 km de altura. Pensa-se que os detritos de uma atividade eruptiva
anterior se devem ter acumulado na chaminé e na cratera, tapando a abertura do cone.
Na manhã do dia 27 de agosto, quatro violentas explosões destruíram parte da ilha. A explosão
inicial levou à rotura da câmara magmática, permitindo a entrada da água do mar. Esta água
criou uma almofada de vapor superaquecido que transportou, a grande velocidade, os fluxos
piroclásticos, provocando muitas vítimas nas ilhas vizinhas. As explosões libertaram cerca de
11 km3 de detritos para a atmosfera, provocando uma descida da temperatura média global
de1,2 oC. No entanto, a grande maioria das vítimas da erupção resultou do tsunami originado
pelo colapso deste vulcão.
O Krakatoa é um estratovulcão invulgar que parece percorrer fases basálticas, andesíticas e
dacíticas. Acredita-se que cada um destes ciclos culmine numa erupção dacítica destrutiva e
maciça, antes de o ciclo
recomeçar no estádio
basáltico. As erupções
dacíticas podem dar
origem a dacito, uma
rocha vulcânica de
composição intermédia
entre o riólito e o
andesito. O dacito possui
uma textura onde se
observam cristais de
plagioclase de grandes
dimensões inseridos
numa matriz de
microcristais.
Figura 3. Contexto tectónico da região onde se localiza a ilha de Krakatoa.
Baseado em http://www.livescience.com/28186-krakatoa.html (consultado em abril de 2017) e
Camus et al., Petrologic evolution of Krakatau (Indonesia): Implications for a future activity. J. Volc.
Geotherm,1987
2. Numa zona de subducção, a água presente nos materiais rochosos fica sujeita a _____
condições de pressão e temperatura, _____ a fusão dos materiais rochosos.
(A) elevadas (…) dificultando (B) baixas (…) dificultando
(C) elevadas (…) facilitando (D) baixas (…) facilitando
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6. A acumulação dos detritos na chaminé e na cratera, antes da crise vulcânica de 1883, pode
ter dado origem
(A) à entrada de uma maior quantidade de água na câmara magmática.
(B) à diminuição da pressão a que o magma está sujeito.
(C) à saída de gases da câmara magmática.
(D) ao aumento da pressão no interior da câmara magmática.
9. Estabeleça a correspondência entre cada uma das afirmações da coluna A e uma das
rochas apresentadas na coluna B.
Faça corresponder a cada letra apenas um número.
Coluna A Coluna B
a. Rocha intrusiva ácida de textura granular e leucocrática. 1. Gabro
b. Rocha de textura granular rica em minerais 2. Basalto
ferromagnesianos. 3. Diorito
c. Rocha extrusiva mesocrática de textura agranular, rica em 4. Andesito
plagióclases calcossódicas. 5. Riólito
6. Granito
10. Explique, de acordo com os dados do texto, de que modo a textura do dacito é conclusiva
acerca da ocorrência de duas fases distintas de arrefecimento do magma que o originou.
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