Hidro.-Pelágil e Seus Habitats-W
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Hidro.-Pelágil e Seus Habitats-W
Universidade Save
Chongoene
2021
2
3o ano
Universidade Save
Chongoene
2021
3
Índice
0.0. Introdução.........................................................................................................................4
2.0. Metodologia......................................................................................................................4
3.1. Plâncton.............................................................................................................................5
3.1.4. Fitoplâncton.................................................................................................................10
a) Distribuição Vertical...........................................................................................................11
b) Distribuição Horizontal......................................................................................................11
3.1.5. Zooplâncton.................................................................................................................12
3.1.6. Ictioplâncton................................................................................................................14
3.1.6.4. Mortalidade..............................................................................................................17
a) Vantagens...............................................................................................................................18
b) Desvantagens..........................................................................................................................19
3.2. Nécton.............................................................................................................................19
a) Flutuabilidade.....................................................................................................................21
b) Locomoção.........................................................................................................................21
c) Defesa e camuflagem..........................................................................................................22
e) Migrações...........................................................................................................................22
4.0. Constatação.....................................................................................................................24
0.0. Introdução
Os maiores oceanos (Antártico, Ártico, Atlântico, Índico e Pacifico) e seus conectores e suas
extensões cobrem aproximadamente 70% da superfície da terra. Os factores físicos dominam a
vida no oceano. Ondas, marés, correntes, salinidades, temperatura, pressão e intensidade da luz
determinam o estado das comunidades biológicas, que, por sua vez, têm influência considerável
na composição dos sedimentos e gazes das profundezas, em solução e na atmosfera. Mais
importante, os oceanos têm um papel destacado em moldar o tempo e o clima em todo o planeta.
Portanto, o presente trabalho tem em vista estudar o domínio pelágico do oceanos e os seus
habitantes destacando se o plâncton e o necton.
2.0. Metodologia
Segundo GIL (2002: 65) diz que o "método bibliográfico é desenvolvido a partir de material já
elaborado sobretudo os manuais e as teses científicas já publicadas que tem como vantagem
garantir que o investigador consiga fazer a colecta e a sistematização das matérias a serem
analisadas".
3.1. Plâncton
A palavra plancton é originaria do grego (plagktón), e significa, errante ao sabor das ondas e foi
pela primeira vez utilizada por Victor Hensen (1835 – 1924) em 1887. O plâncton é constituído
por animais e vegetais que não possuem movimentos próprios suficientemente fortes para vencer
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Figura 2: plâncton
Fonte: biologia NET, acessado em 01.06.2021
Holoplâncton (plâncton permanente) – constituído pelos planctontes que vivem no seio das
comunidades planctónicas durante todo o ciclo de vida.
A superfície de resistência pode igualmente ser aumentada tendo por resultado a diminuição da
velocidade de queda nomeadamente através:
Da diminuição das dimensões do organismo;
Do achatamento do corpo (aumento da superfície relativamente ao volume do
organismo);
Da existência d espinhos e apêndices plumosos;
Do batimento de flagelos ou bandas ciliares e movimentos natatórios.
A manutenção dos planctontes no seio da coluna de agua pode se associada a uma equação
simples que relaciona a velocidade de afundamento de organismos planctónico na coluna de
agua com alguns parâmetros físicos (RÉ, 2000).
3.1.4. Fitoplâncton
O Fitoplâncton ou fração vegetal do plâncton é capaz de sintetizar, de acordo com F.T.C. (2007),
matéria orgânica através da fotossíntese. O Fitoplâncton é responsável por grande parte da
produção primária nos oceanos (definida como a quantidade de matéria orgânica sintetizada
pelos organismos fotossintéticos e quimiosintéticos). Estudos recentes revelaram que a biomassa
de Bacterioplâncton nos oceanos está intimamente relacionada com a biomassa fitoplanctônica.
As bactérias podem utilizar 10 a 50% do carbono produzido através de atividade fotossintética.
O Fitoplâncton marinho e estuarino são constituídos essencialmente por Diatomáceas
(Bacillarophyceae) e Dinoflagelados (Dinophyceae). Outros grupos de algas flageladas podem
constituir igualmente uma fracção importante do Fitoplâncton, nomeadamente
Coccolithophoridae, Haptophyceae, Chrysophyceae (Silicofl agelados), Cryptophyceae e
algumas algas Chlorophyceae (F.T.C., 2007).
a) Distribuição Vertical
Desde o início das pesquisas sobre o fitoplâncton lacustre foi constatado que sua distribuição
espacial não é homogênea mas, sim, apresenta grande distribuição tanto ao longo da coluna
d’água (distribuição vertical) como ao longo da superfície (distribuição horizontal).
Segundo RUTTNER (1930) citado por Esteves (1998), que realizou uma das mais completas
pesquisas sobre a distribuição espacial do fitoplâncton lacustre, os principais fatores que podem
influenciar a distribuição vertical destes organismos são: densidade específica dos organismos,
composição química do meio, herbivoria, “seiches” internos (ondas paradas) turbulência da água,
taxa de renovação da água, radiação solar e temperatura da água.
A temperatura da água também tem grande influência sobre a distribuição vertical do
fitoplâncton, pois atua diretamente sobre a atividade dos organismos, especialmente sobre a
reprodução e movimentos intrínsecos e, indiretamente, alterando a densidade da água.
b) Distribuição Horizontal
Para Esteves (1998), a distribuição horizontal do fitoplâncton, como ocorre na vertical, também é
influenciada por um grande número de fatores que podem atuar isoladamente ou em conjunto.
Em uma detalhada pesquisa sobre a distribuição horizontal do fitoplâncton em vários lagos
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alemães, STANGE-BURSCHE (1963) citado por Esteves (1998), constatou que, em lagos
pequenos e médios, sem grandes ilhas ou baías, a distribuição horizontal do fitoplâncton é
praticamente uniforme. No entanto, em grandes lagos, com grandes ilhas e baías, a distribuição é
heterogênea. A mesma autora mostrou diferenças significativas na distribuição horizontal entre
espécies com movimentos próprios (e.g. flagelados) e as demais espécies fitoplanctônicas.
Enquanto estas últimas apresentam distribuição uniforme, as primeiras distribuem-se
heterogeneamente, mesmo em pequenos lagos.
GEORGE & HEAVEY (1978) reuniram os fatores que influenciam a distribuição horizontal do
fitoplâncton em dois grupos: a) fatores que produzem modificações locais na taxa de crescimento
da população, como concentração de nutrientes, herbivoria e diferenças de temperaturas; b)
fatores que são responsáveis pela redistribuição das populações no lago, como ventos e
correntes.
3.1.5. Zooplâncton
No Zooplâncton, podemos reconhecer organismos pertencentes à grande maioria dos Phyla do
reino animal, que são heterotróficos. (F.T.C., 2007)
Para Esteves (1998), Zooplâncton é um termo genérico para um grupo de animais de diferentes
categorias sistemáticas, tendo como característica comum a coluna d’água como seu habitat
principal. Na grande maioria dos ambientes aquáticos o zooplâncton é formado por protozoários
(flagelados, sarcodinas e ciliados) e por vários grupos metazoários. Entre estes destacam-se: os
Rotíferos (asquelniintes), Cladóceros e Copépodos (crustáceos) e larvas de dípteros (insetos) da
família C’haoboridae.
Actualmente, sabe-se que o zooplâncton possui um papel central na dinâmica de um ecossistema
aquático, especialmente na ciclagem de nutrientes e no fluxo de energia, desta maneira o seu
estudo é de fundamental importância para limnologia moderna.
Ao contrario do fitoplâncton cuja diversidade no ambiente lacustre é maior do que no marinho, o
zooplâncton de agua doce caracteriza-se pela baixa diversidade (Idem).
Segundo F.T.C. (2007), é possível, durante o período noturno, encontrar no Neuston numerosas
espécies zooplanctônicas que são bentônicas durante o período diurno e que realizam
importantes migrações verticais (bentohiponeuston).
Na maioria dos sistemas estuarinos a diversidade específica é geralmente mais elevada nas
regiões a jusante do estuário. Diversas espécies marinhas podem ocorrer nestas áreas.
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3.1.6. Ictioplâncton
O ictioplâncton é constituído, de acordo com RÉ (2000), pelos ovos e estados larvares
planctónicos dos peixes. A maioria dos Osteichthyes marinhos emite ovos planctónicos. Os ovos
pelágicos apresentam geralmente dimensões reduzidas (ca. 1mm). O diâmetro da cápsula pode
variar entre 0.5 e 5.5mm. Todos os ovos pelágicos são transparentes e a sua forma é geralmente
esférica. Alguns apresentam, no entanto, formas diversas (elipsoidal, ovóide, etc.). Os ovos
possuem uma membrana externa perfurada por um número variável de poros. No seio de uma
espécie as características do ovo (dimensões, número e dimensões das gotas de óleo,
pigmentação, morfologia e desenvolvimento do embrião) são pouco variáveis.
O início dos estudos dos ovos e estados larvares dos peixes situa-se no final do século XIX. Em
1865, G.O. Sars efectua as primeiras investigações sobre a pesca de Gadus morhua e verifica que
esta espécie possui ovos planctónicos. Esta descoberta põe fim à controvérsia gerada na época de
que as técnicas convencionais de arrasto de fundo levadas a cabo por embarcações comerciais
provocariam a destruição de posturas de certas espécies de interesse económico (RÉ, 2000).
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Estes factos contribuíram para que diversos autores se tenham debruçado sobre o estudo da
postura de algumas espécies comercializáveis, particularmente na Europa, no período que
decorreu de 1880 a 1900 (Idem).
Verificou-se deste modo que a maioria das espécies com interesse económico possuía ovos e
estados larvares planctónicos. Podem citar-se como pioneiros os trabalhos realizados por
investigadores ingleses (J.T. Cunningham, W.C. M'Intosh & A.T. Masterman, W.C. M'Intosh &
E.E. Prince, E.W.L. Holt) alemães (E. Ehrenbaum) e italianos (F. Raffaele). Através de
fecundações artificiais estes autores puderam descrever os ovos e os primeiros estados larvares
de cerca de 80% dos teleósteos com interesse económico com um pormenor suficiente para
permitir a identificação segura dos ictioplanctontes susceptíveis de serem capturados na área em
que efectuaram os seus estudos (RÉ, 2000).
sobrevivência dos estados larvares dos peixes, nomeadamente no que diz respeito às quantidades
de alimento disponíveis no momento da primeira alimentação exógeno (Idem).
3.1.6.4. Mortalidade
De acordo com RÉ (2000), a mortalidade dos ovos e estados larvares dos peixes é sobretudo
associada à escassez de alimento adequado, à predação e à existência de condições abióticas
desfavoráveis (condições oceanográficas). Podem considerar-se como causas de mortalidade
factores dependentes da densidade e independentes da densidade. As principais causas de
mortalidade dependente da densidade são a predação, a competição e o parasitismo.
Os factores independentes da densidade são geralmente considerados como uma causa
importante de mortalidade dos primeiros estados larvares dos peixes. De entre estes podem
referir-se fundamentalmente a alimentação, a predação e as condições oceanográficas (RÉ,
2000).
um outro tipo de amostragem tendente a avaliar a ocorrência e distribuição das formas jovens
(RÉ, 2000).
a) Vantagens
b) Desvantagens
Medições restringidas a fenómenos superficiais;
Resolução espacial e temporal limitada e pouco flexível;
Frequente falta de rigor (baixa resolução espacial, absorção espacial pelas partículas
atmosféricas).
3.2. Nécton
Segundo Dajoz (2008), o nécton é um conjunto de espécies que diferentemente dos planctontes,
podem se deslocar activamente e vencer a força das correntes, ou seja, possuem movimentos
próprios, o que faz com que sejam encontrados frequentemente na região profunda.
O esforço de locomoção pode ser direcionado a perseguição de presas, fuga de inimigos naturais,
bem como para cumprir grandes jornadas migratórias (Pereira & Gomes, 2009)
A maioria dos animais nectónicos são bem adaptados anatómica e fisiologicamente para
desenvolverem tais habilidades de locomoção.
Biologicamente, o nécton inclui apenas algumas espécies das taxas de animais, mas devido ao
seu maior tamanho individual, sua tendência em formar cardumes, sua grande influência em
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comunidades marinhas em termos de predação, e seu grande valor comercial, como fonte de
proteína para o consumo humano, legitima a criação da categoria nécton como um grupo
ecológico funcional de animais marinhos e ao contrário dos demais (bentos e plâncton), sofrem
grandes influências de factores económicos, por isso o seu estudo envolve a pesca e maricultura (
Pereira & Gomes, 2009).
Nécton holoepipelágico, organismos que passam toda sua existência no seio do nécton,
caso de tubarões, a maioria dos peixes voadores, tunídeos, estandartes, etc;
Nécton meroepipelágico, organismos que passam apenas parte da sua existência no
nécton, os peixes que passam parte do seu ciclo vital na zona epipelágica da província
oceânica, reproduzindo se em águas costeiras no meio marinho ou estatutário.
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b) Locomoção
A locomoção pode ser assegurada através de movimentos ondulatórios do corpo, ou
através de movimentos regulatórios das barbatanas, com excepção das baleias e das
serpentes marinhas;
A propulsão por jacto (usando água ), é exclusiva dos cefalópodes;
Possuem adaptações que tendem a diminuir a resistência à passagem da água, como a
textura lisa do corpo, frequentemente seus corpos são revestidos de muco, a não
existência de órgãos salientes, as barbatanas pélvicas peitorais podem ser recolhidas em
bolsas excepto quando não usadas, redução ou ausência de escamas;
De um modo idêntico nos mamíferos marinhos, as pilosidades são inexistentes ou
reduzidas , as glândulas adquirem uma forma achatada e os órgãos genitais não são
salientes, excepto quando em uso.
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c) Defesa e camuflagem
A fuga a eventuais predadores é assegurada pela aquisição de meios rápidos de
deslocação (defesa)
A camuflagem também é importante neste contexto;
e) Migrações
As migrações podem estar relacionadas com a reprodução ou a alimentação
(migração trófica)
Todos os aparelhos usados para a pesca apresentam certo grau de selectividade, exemplo, o
tamanho do anzol vai determinar os tamanhos mínimo e máximo dos peixes dos peixes a serem
fisgados, o tamanho da malha da rede vai determinar o tamanho mínimo do organismo a ser
capturado.
E para os estudos relacionados com a dinâmica da população referente a entrada que pode ser
através do crescimento somático e recrutamento de novos indivíduos para a população, e a saída
referente a perda devido a mortalidade que pode ser natural ou por pesca.
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4.0. Constatação
O ambiente pelágico, é um meio que são encontrados organismos que não dependem do fundo
do oceano, portanto eles são capazes de nadarem e se locomoverem formando comunicados
planctônicas e nectónicas.
O plâncton é diferenciado do nécton, devido a biodiversidade que cada um compacta, o plâncton
é constituído por um conjunto de organismos microscópios, as algas microscópicas, as bactérias,
protozoários, entre outros, que não têm movimentos suficientes para contrariar as correntes
contrariamente do nécton composto por répteis, aves, mamíferos marinhos e peixes, estes
últimos compondo a sua maioria, estes organismos possuem movimentos bem activos.
O plâncton constitui a base da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos, visto que serve de
alimentação para a organismos maiores, sendo a maioria do nécton, constituída por organismos
predadores que tem grande influência na cadeia alimentar.
A importância destes organismos parte desde a manutenção da cadeia alimentar, a produção de
oxigénio, pelos organismos planctônicos, o que é extremamente importante para o planeta em
geral, até a influência do nécton na economia.
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