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Artigo Cama de Aves Kemely Publicado

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FAUNA EPIEDÁFICA SOB APLICAÇÃO DE CAMA DE AVES E


ADUBAÇÃO MINERAL

Dinéia Tessaro1*, Kemely Alves Atanazio2, Carlos Alberto Casali3, Laércio Ricardo Sartor4, Elisandra
Pocojeski5, Jéssica Camile da Silva6

1*
Dra em Engenharia Agrícola, professor Adjunto Universidade Tecnológica Federal do Paraná– Câmpus Dois Vizinhos
(UTFPR-DV); Email: dtessaro@utfpr.edu.br. 2Mestre em Engenharia Florestal; 3Dr. em Ciência do Solo, professor Adjunto
UTFPR-DV; 4Dr em Agronomia, professor Adjunto UTFPR-DV 5Dra em Ciência do Solo, professor Adjunto UTFPR-DV;
6
Mestranda em Agroecossistemas, UTFPR-DV.

RESUMO: O uso da fauna edáfica como bioindicadora da qualidade do solo vem


crescendo nos últimos anos por sua capacidade de responder às mudanças
impostas ao solo. No entanto, ainda são escassos os estudos que relacionam esses
organismos com aplicação de resíduos orgânicos no solo. O objetivo deste trabalho
foi avaliar a fauna edáfica em solo cultivado com milho e fertilizado com doses de
cama de aviário, na cultura de milho. Os tratamentos testados foram: 0 t ha -1, 6 t ha-
1, 12 t ha-1, 18 t ha-1 de cama de aviário e adubação mineral contendo N-P O -K O.
2 5 2
Para a coleta da fauna foram utilizadas armadilhas tipo Provid, as quais
permaneceram no campo por quatro dias. Os organismos coletados foram
classificados ao menor nível taxonômico possível, sendo os resultados avaliados
quanto à riqueza e pelos índices de diversidade de Shannon, uniformidade de Pielou
e análise de Cluster. Os valores totais dos organismos distribuídos entre os grupos
foram comparados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Não houve
diferenças significativas na abundância de organismos entre os diferentes
tratamentos, contudo os tratamentos com cama de aviário reduzem a diversidade de
Shannon e a uniformidade de Pielou, em relação à adubação mineral.
Palavras-chave: entomofauna; biologia de solo; resíduos orgânicos.

EPIDHAPIC FAUNA INFLUENCED BY POULTRY LITTER


AND MINERAL FODDER APPLICATION
ABSTRACT: The use of edaphic fauna as a bioindicator of soil quality has been
increasing in recent years due to its capacity to respond to the changes imposed on
the soil. However, there are still few studies that relate these organisms to the
application of organic residues in the soil. The objective of this work was to evaluate
the soil fauna in cultivated soil with application of poultry litter in the maize crop. The
treatments tested were 0 t ha-1, 6 t ha-1, 12 t ha-1, 18 t ha-1 of poultry litter and mineral
fertilization containing N-P2O5-K2O. For the collection of the fauna were used traps
type Provid, which remained in the field for four days. The collected organisms were
Revista Científica Rural, Bagé-RS, volume21, nº2, ano 2019
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classified to the lowest possible taxonomic level, and the results were evaluated for
richness and for the diversity indices of Shannon, Pielou uniformity and Cluster
analysis. The total values of the organisms distributed between the groups were
compared by the Tukey test at 5% probability. There were no significant differences
in the abundance of organisms between the different treatments, however the
treatments with avian litter reduced the diversity of Shannon and the uniformity of
Pielou in relation to the mineral fertilization.
Keywords: entomofauna; soil biology; organic waste.

INTRODUÇÃO

O Paraná se destaca na produção brasileira de aves, sendo em 2015 o maior


produtor e abatedor, tendo o Sudoeste do Estado como principal região produtora
(ABPA, 2015). Os animais são criados em aviários sobre substratos tais como casca
de arroz, casca de amendoim, maravalha de madeira entre outros, os quais têm por
função promover a absorção da umidade e fezes, proporcionar uma superfície
macia, bem como garantir conforto térmico aos animais, devendo ser
adequadamente manejada buscando evitar a proliferação de insetos e de agentes
transmissores de doenças (HERNANDES et al., 2002). Em função desse manejo,
esse resíduo torna-se um importante fertilizante orgânico, pois tem grande
disponibilidade, baixo custo e elevado teor de nutrientes, podendo ser viabilizado na
adubação de culturas (COSTA et al., 2009).
O uso adequado da cama de aves melhora as características químicas,
físicas e biológicas do solo (COSTA et al., 2009; SILVA et al., 2011; SILVA et al.,
2015), elevando a produtividade de culturas como milho (NOVAKOVISKI et al.,
2013), cana de açúcar (GUIMARÃES et al., 2016), feijão vagem (MAGALHÃES et
al., 2017), dentre outras. No entanto, seu aproveitamento ou tratamento incorreto,
pode promover modificações no solo e água (OVIEDO-RONDON, 2008), ou interferir
na composição da fauna edáfica (GEREMIA et al., 2015).
A fauna edáfica é composta por organismos invertebrados que vivem no solo
durante toda a vida ou em algum estágio do seu desenvolvimento (AQUINO, 2006),
atuando em processos do solo como a decomposição da matéria orgânica e
ciclagem de nutrientes, elevando a disponibilidade de nutrientes assimiláveis pelas
plantas (YANG & CHEN, 2009; BARETTA et al., 2011; PEREIRA et al., 2015).

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Em virtude de seu íntimo contato com o solo, estes organismos podem ser
utilizados como bioindicadores em ecossistemas naturais e agrícolas, pois são
influenciados por fatores físicos e químicos do solo, bem como pela temperatura,
umidade e quantidade de matéria orgânica (IRMLER, 2006; CAO et al., 2011;
BARETTA et al., 2014). Brown et al. (1995), enfatizam que alterações em sua
abundância e diversidade podem medir a perturbação do ambiente, apresentando
respostas mais rápidas que outros atributos pedológicos. Neste sentido, vários foram
os trabalhos desenvolvidos que utilizaram a fauna edáfica como indicadora da
qualidade em diferentes condições de uso e manejo do solo (BRITO et al,. 2016;
SANTOS et al., 2016; SCORIZA e CORREIA, 2016; RODRIGUEZ et al., 2016;
CARVALHO et al., 2016; MARTINS et al., 2017).
Outros autores, por sua vez, estudaram a interação da fauna edáfica sob a
aplicação de diferentes resíduos orgânicos, os quais se tornam fonte alternativa de
nutrientes para as plantas, minimizando custos de produção e, garantindo
destinação final para estes resíduos. Neste escopo, destacam-se os trabalhos
utilizando dejetos de origem animal (TESSARO et al., 2013; SILVA et al., 2014;
CASTALDELLI et al., 2015; PANIAGO et al., 2016, SILVA et al., 2016), indicando
que a fauna edáfica é responsiva a estes efluentes. Contudo, apesar da importância
destes trabalhos para área, são insipientes do ponto de vista da variedade de
resíduos orgânicos de origem animal passíveis de uso na agricultura.
Neste sentido, considerando a possibilidade do uso da cama de aves como
fertilizante na agricultura e seus possíveis impactos ambientais quando utilizada em
excesso, sem critério e tratamento adequado, principalmente em organismos não
alvo como a fauna edáfica, o presente estudo teve como objetivo avaliar a
comunidade da fauna epiedáfica, sob doses de cama de aviário na cultura de milho.

MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi conduzido na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, no


município de Dois Vizinhos, Paraná - Brasil, com altitude de 520 m, situada a 25º,
42’, 52’’ de latitude S e longitude de 53º, 03’, 94” W. O clima da região segundo
classificação de Köppen é do tipo Cfa (clima subtropical úmido mesotérmico), com
verões quentes, com temperaturas superiores a 22 °C, e invernos com temperatura
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média do mês mais frio inferior a 18 °C. O verão é o período de maior pluviosidade,
embora haja boa distribuição das chuvas ao longo do ano com média de 2.250 mm
ano-1 (IAPAR, 2010). O solo dá área é classificado Nitossolo Vermelho, de textura
argilosa (EMBRAPA, 2013), cultivado com culturas anuais sob sistema plantio direto,
cuja caracterização química inicial é apresentada na tabela 1.

Tabela 1. Caracetrização química do solo da área experimental no ano da implantação do estudo (2012)
Table 1. Chemical soil characterization of the experimental area in the year of study implantation (2012)

Profundidade PH MO Ca Al3+ Mg2+ K+ P Fe Zn V


(CaCl2)
(gdm3) _______ cmol dm-3_______ _______ gdm-3 _______
0-10 cm
5,40 41,55 5,07 0,00 3,26 0,15 3,58 64,07 1,53 61,32

Em março de 2012 implantou-se o experimento com os tratamentos: 0 t ha-1


(T1); 6 t ha-1 (T2); 12 t ha-1 (T3) e 18 t ha-1 de cama de aves de frango de corte, (T4)
com 75% de matéria seca e, adubação mineral para a cultura do milho, seguindo-se
a recomendação a partir dos resultados obtidos na análise do solo da área - 100 kg
ha-1 P2O5; 100 kg ha-1 K2O e 200 kg ha-1 N (T5). A aplicação da cama de aves e
adubação mineral foi realizada manualmente seguindo as proporções para cada
tratamento. O delineamento experimental foi de blocos casualizados com três
repetições, compostos por parcelas de 49m², totalizando 15 parcelas experimentais.
Em setembro de 2014, um mês após a aplicação da cama de aves, quimicamente
caracterizada na tabela 2, semeou-se via plantio direto mecanizado, milho (Zea
mays L.) cv. híbrido, com população de 70 mil plantas/ha-1. Durante seu
desenvolvimento realizou-se o controle de plantas daninhas, pragas e doenças,
conforme recomendações agronômicas preconizadas.

Tabela 2: Teores de nitrogênio, fósforo, e potásio presesntes a cama de aves de frango de corte
Table 2: Nitrogen, phosphorus, and potassium contents of the poultry litter
Ano N P P2O5 K K2O
2014 g kg-1
35,10 8,68 19,87 22,48 26,86

Em janeiro de 2015, 5 meses após aplicação da cama de aves, durante o


estádio V3 de enchimento dos grãos, coletou-se a fauna epiedáfica, utilizando
armadilhas do tipo Provid (ANTONIOLLI et al., 2006). Cada armadilha foi instalada
no campo por período de quatro dias, contendo em seu interior 100 mL de solução

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formol 4%. Após a coleta, o conteúdo de cada armadilha foi analisado


individualmente com o auxílio de microscópio esteroscópico e a classificação
realizada ao menor nível taxonômico possível, segundo Triplehorn e Johnson, 2011.
Para a análise da diversidade da fauna, utilizou-se o software DivEs-
Diversidade de espécies, versão 3.0 (RODRIGUES, 2007). A comunidade da fauna
edáfica foi avaliada quanto aos parâmetros: riqueza de grupos e os índices de
diversidade de Shannon e uniformidade de Pielou. Os valores totais de organismos
distribuídos entre os grupos foram comparados pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade, pelo programa ASSISTAT, versão 7.7 beta. A abundância da fauna
nos diferentes tratamentos foi também analisada pela análise de agrupamento
(Cluster) por ligação completa, utilizando o software SPSS.

RESULTADOS

Durante o período de estudo, foram amostrados 1143 organismos, com maior


densidade de indivíduos nos tratamentos T3 (12 t ha-1) e T4 (18 t ha-1) (Tabela 3).

Tabela 3 – Número de organismos epiedáficos coletados em armadilhas Provid, em Nitossolo Vermelho com
doses de cama de aves e adubação mineral.
Table 3 - Number of epiphytic organisms collected in Provid traps, in Red Nitosol with doses of poultry litter and
mineral fertilization.
Grupos edáficos T1 (0 t ha-1) T2 (6 t ha-1) T3 (12 t ha-1) T4 (18 t ha-1) T5 (Adubaçaõ mineral) Total*
Coleoptera 25 17 10 10 14 76
Isopoda 30 66 114 93 71 374
Hymenoptera 15 0 3 0 2 20
Orthoptera 13 8 19 24 12 76
Diptera 7 4 11 15 13 50
Hemiptera 4 2 0 1 2 9
Diplura 3 0 0 2 1 6
Protura 3 0 0 1 0 4
Aranae 15 5 8 8 7 43
Gastropoda 2 0 2 1 1 6
Oligoqueta 1 5 5 4 2 17
Collembola 3 21 8 2 24 58
Acari 3 0 10 3 2 18
Formicidae 71 68 72 87 54 352
Larvas 13 3 4 7 7 34
Total 208 199 266 258 212 1143
*Considerando a soma dos tratamentos.

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Os organismos distribuíram-se em 15 grupos edáficos, sendo: Coleoptera,


Isopoda, Hymenoptera, Acari, Orthoptera, Diptera, Formicidae, Hemiptera, Diplura,
Aranae, Gastropoda, Oligoqueta, Collembola, Protura e larvas de diferentes
invertebrados. Dentre estes, a ordem Isopoda seguida da família Formicidae foram
mais representativos numericamente, correspondendo a 32,7% e 30,8% do total de
organismos amostrados, respectivamente. Verificou-se maior abundância de
organismos da ordem Isopoda no tratamento T3 (12 t ha -1), totalizando 30,5% do
total amostrado para o grupo. A família Formicidae por sua vez, apresentou maior
abundância no tratamento T4 (18 t ha-1), totalizando 24,7% dos organismos.
Embora Formicidae e Isopoda tenham se destacado numericamente, verifica-
se pelo teste de médias (Tabela 4), que não houve diferença estatística significativa
entre os tratamentos em relação aos grupos edádicos amostrados.

Tabela 4 - Médias dos organismos da fauna epiedáfica coletados por armadilhas Provid na cultura do milho, em
Nitossolo Vermelho com doses de cama de aves e adubação mineral.
Table 4 - Means of epiphyseal fauna organisms collected by Provid traps in maize culture, in Red Nitosol with
doses poultry litter and mineral fertilization.
T5 (Adubação
Grupos edáficos T1 (0 t ha-1) T2 (6 t ha-1) T3 (12 t ha-1) T4 (18 t ha-1)
mineral)
Coleoptera 8,3ns 5,6ns 3,3ns 3,3ns 4,6ns
Isopoda 13,3 22,0 38,0 31,0 23,6
Hymenoptera 5,0 0,0 1,0 0,0 0,6
Orthoptera 4,3 2,6 6,3 8,0 4,0
Diptera 2,3 1,3 3,6 5,0 4,3
Hemiptera 1,3 0,6 0,0 0,3 0,6
Diplura 1,0 0,0 0,0 0,6 0,3
Protura 0,6 0,0 0,0 0,3 0,0
Araneae 3,6 2,3 3,0 2,3 3,3
Gastropoda 0,6 0,0 0,6 0,3 0,3
Oligochaeta 0,3 1,6 1,6 1,3 0,6
Colembola 1,0 7,0 2,6 0,6 8,0
Acari 1,0 0,0 3,3 1,0 1,3
Formicidae 23,6 22,6 24,0 29,0 18,0
Larvas 4,3 3,0 2,0 4,6 3,6
ns: Resultado não significativo a nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

A fauna edáfica foi ainda avaliada quanto a riqueza de grupos e índices de


diversidade de Shannon e uniformidade de Pielou (Tabela 5). A riqueza variou entre
8 e 11 grupos edáficos, sendo o maior número encontrado no tratamento T5
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(adubação mineral) e o menor em T2 (6 t ha-1), enquanto os demais tratamentos


apresentaram a mesma riqueza.

Tabela 5 - Riqueza de grupos, índices de diversidade de Shannon e uniformidade de Pielou em solo tratado com
doses de cama de aves e adubação mineral.
Table 5 - Group richness, diversity indexes of Shannon and Pielou uniformity in treated soil with doses of poultry
litter and mineral fertilization.
T1 (0 t ha-1) T2 (6 t ha-1) T3 (12 t ha-1) T4 (18 t ha-1) T5 (Adubação mineral)
Riqueza grupos 10 8 10 10 11
Diversidade de Shannon (H) 0,79 0,64 0,76 0,67 0,81
Uniformidade de Pielou (e) 0,81 0,70 0,74 0,70 0,78

A diversidade de Shannon (H) variou de 0,64 a 0,81 entre os tratamentos,


sendo os menores índices observados para as parcelas receptoras de cama de
aves. Da mesma forma, a uniformidade de Pielou (e) foi inferior nos tratamentos com
cama de aves e mais uniforme no tratamento T1 (0 t ha-1).
Considerando a análise de agrupamento (Figura 1A e 1B) evidenciam-se
similaridades entre os tratamentos.

Figura 1 - Dendrograma apresentando as distâncias de ligação entre os tratamentos (A), por meio da abundância
dos grupos da fauna epiedáfica (B).
Figure 1: Dendrogram showing the distances between the treatments (A), by means of the abundance of
epiedaphic fauna groups (B).

A
B
Nota: T1: 0 t ha-1; T2: 6 t ha-1 ; T3: 12 t ha-1 ; T4: 18 t ha-1; T5: adubação mineral (100 kg ha-1 P2O5; 100 kg ha-1
K2O e 200 kg ha-1 N). Dip: Diplura; Prot: Protura; Gast: Gastropoda; Hem: Hemypetra; Acar: Acari; Olig:
Oligochaeta; Aran: Aranae; Lar: Larvas; Hym: Hymenoptera; Orth: Orthoptera; Dip: Diptera; Cole: Coleoptera;
Coll: Collembola; Iso: Isopoda; form: Formicidae.

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Os tratamentos T3 e T4 são similares entre si, formando um grupo isolado,


enquanto os tratamentos T2, T5 e T1 formaram outro agrupamento. Quanto ao
arranjo dos grupos da fauna (Figura 1B) verifica-se que os grupos Isopoda e
Formicidae formaram um grupo isolado, enquanto os demais grupos taxonômicos
formaram outros dois grupos, sendo um deles composto por Orthoptera, Diptera,
Coleoptera e Collembola, enquanto o segundo grupo foi formado pelos demais
organismos amostrados, os quais menores valores de distância de ligação, sendo,
portanto, similares entre si.

DISCUSSÃO

Foram amostrados diversos grupos edáficos nos tratamentos testados, sendo


a ordem Isopoda e família Formicidae os grupos mais representativos em termos
numéricos, contudo sem diferença estatística entre si. Estudo semelhante foi
desenvolvido por Sautter et al. (1998), comparando a adubação mineral e esterco
bovino, não sendo encontradas diferenças entre os organismos edáficos. Da mesma
forma, Venturini (2003) constatou que as adubações química e orgânica
(vermicomposto) não promoveram modificações significativas na estrutura da
população da mesofauna do solo. Contudo, embora sem diferença estatística
(Tabela 4), a maior abundância nos tratamentos com maiores doses de cama de
aves (T3 e T4), indica possíveis benefícios deste fertilizante sobre o componente
biológico do solo em estudos de longa duração.
A ordem Isopoda e muitos representantes da família Formicidae fazem parte
da macrofauna, sendo responsáveis por importantes papéis no ambiente. No
presente estudo, as formigas apresentaram distribuição similar entre os tratamentos,
sendo este um resultado esperado, considerando-se que estes organismos
constituem o grupo dominante em grande parte dos ecossistemas terrestres, em
número de indivíduos, biomassa e funções ecológicas (KORASAKI et al., 2013),
colonizando, inclusive, ambientes com parcos recursos (BIGNELL et al., 2010). As
formigas estão diretamente relacionadas à bioturbação do solo, constituindo o grupo
de organismos denominados “engenheiros do solo”, juntamente com as minhocas,
cupins e besouros (KORASAKi et al., 2013),

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A ordem Isopoda, por sua vez, atua na quebra do material vegetal da


superfície em fragmentos menores favorecendo a atividade microbiana e, por
consequência, a ciclagem de nutrientes (VASCONCELLOS et al., 2015). Estes
organismos, respondem bem à adição de matéria orgânica ao solo, colonizando
rapidamente pilhas de esterco e resíduos de cultura (LOUREIRO et al., 2006),
justificando a tendência de maior ocorrência numérica, nos tratamentos com maiores
doses de cama de aves. Esta hipótese é viável, considerando-se o trabalho
desenvolvido por Vasconcellos et al. (2015), em que não houve a adição de
fertilizantes orgânicos, não foi verificada a ocorrência de representantes da ordem
Isopoda em áreas cultivadas com soja, milho, azevém e feijão. Segundo os autores,
tal resultado justifica-se pela reduzida variabilidade de serrapilheira em
monocultivos, e o uso de insumos agrícolas que podem alterar a qualidade dos
resíduos vegetais e, consequentemente a atividade detritívora. Considerando o
exposto e a condição da condução do atual estudo em cultivo de milho, a adição da
cama de aviário pode ser um fator diferencial na ocorrência da ordem Isopoda em
sistemas de monocultivo.
As ordens Coleoptera e Orthoptera apresentaram a mesma abundância total
de indivíduos (6,5%) (Tabela 3), verificando-se maior percentual de Coleoptera no
tratamento T1 (0 t ha-1), com 32,9% do total de coleópteros, enquanto a ordem
Orthoptera foi verificada em maior abundância no tratamento T4 (18 t ha-1),
totalizando 31,6% dos organismos da ordem. A presença de besouros no solo é de
grande importância, pois algumas famílias escavam o solo formando galerias e
incorporam matéria orgânica em profundidades variadas, enquanto outros atuam de
forma direta na decomposição de resíduos de origem animal e vegetal e na aeração
do solo pelo revolvimento das partículas (ALMEIDA; LOUZADA, 2009).
Juntos, as ordens Isopoda, Coleoptera, Orthoptera e a família Formicidae
totalizaram 76,5% de todos os organismos coletados (Tabela 3), enquanto os
demais grupos taxonômicos encontrados apresentaram baixa ocorrência, porém,
são importantes na manutenção do equilíbrio do solo e da cadeia alimentar, como
Araneae e Collembola. As aranhas estão envolvidas em vários processos no
ecossistema, pois são predadores em ambientes terrestres, atuando diretamente na
transferência de energia na cadeia alimentar (DIAS, 2005), alimentando-se de vários

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invertebrados do solo, representando um importante fator de mortalidade de insetos


pragas em lavouras (LILJESTHROM et al., 2002).
Os colêmbolos, por sua vez, desempenham papel funcional no solo
alimentando-se de fungos, bactérias, algas e matéria vegetal morta, além de fazer
parte da cadeia de detritos, junto com outros invertebrados do solo, contribuindo
para o processo de ciclagem da matéria (PAUL; NONGMAITHEM, 2011;
MAUNSELL et al., 2012).
Em relação aos índices de diversidade, o menor índice de Shanon (H)
associado as parcelas receptoras de cama de aves, sugere efeito negativo sobre a
diversidade de organismos pelo uso de doses progressivas de resíduo, fato
reforçado pelos maiores valores para o índice nos tratamentos sem adubação e com
adubação mineral.
Da mesma forma, a uniformidade de Pielou (e) inferior nos tratamentos com
cama de aviário e mais uniforme no tratamento T1 (0 t ha -1) indica que houve
dominância de um ou mais grupos edáficos sobre as demais nos tratamentos T2, T3
e T4. Os grupos dominantes nestes tratamentos foram Formicidae e Isopoda,
totalizando 69,2% de todos os organismos amostrados, justificando o índice
encontrado. Este resultado corrobora com Lima et al. (2010), os quais relatam os
sistemas de manejo e de preparo do solo afetam a estrutura dos grupos
taxonômicos dominantes da macrofauna edáfica. Em contrapartida, Geremia et al.,
(2015) encontraram maior diversidade de Shannon e uniformidade de Pielou nos
tratamentos com cama de aves em relação a adubação mineral. Contudo, os
autores utilizaram doses menores do resíduo, indicando que a mesma pode ser
benéfica para a fauna do solo, mas em doses menores que as utilizadas no atual
estudo.
Ao que tange a análise de agrupamento, o agrupamento dos tratamentos T3 e
T4 podem estar associados a maior abundância de organismos nestes tratamentos,
os quais receberam maiores doses de cama de aves, contudo, representados por
menor diversidade e pela dominância das ordens Isopoda e Formicidae. Quanto ao
arranjo dos grupos, separação de Isopoda e Formicidae provavelmente se dê pela
maior abundância de organismos destas ordens.

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Diante de todo o exposto, os resultados sugerem que o uso da cama de aves


como fertilizante deve ser utilizado com cautela, pois doses acima de 6,0 t ha-1
podem alterar a diversidade da fauna epiedáfica, prejudicando processos biológicos
no solo que dependem da biota edáfica para ocorrer.

CONCLUSÕES

A cama de aviário não influencia significativamente a abundância de


organismos da fauna epiedáfica no cultivo do milho, nas doses, período e condições
testadas, contudo verifica-se mento índice de Shannon nos tratamentos com doses
de 6, 12 e 18 t ha-1, podendo este resultado estar associado a sua composição
química;

REFERÊNCIAS

Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Relatório anual 2015. 2015.


Disponível em: <http://abpa-
br.com.br/files/RelatorioAnual_UBABEF_2015_DIGITAL.pdf.>. Acesso em: 15 de
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