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Distúrbios Cardiovasculares

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DISTÚRBIOS

CARDIOVASCULARES

Profª: Cristian Kelly Costa Santos

Sistema de Ensino Técnico Profissionalizante


COMPONENTES
Os principais componentes do sistema circulatório são: coração,
vasos sangüíneos, sangue, vasos linfáticos e linfa.
FUNÇÃO

➢ Transporte de gases
➢ Nutrientes
➢ Restos metabólicos
➢ Hormônios
➢ Substâncias sinalizadoras
➢ Transporte de células de defesa
ANATOMIA
PEQUENA
CIRCULAÇÃO

GRANDE CIRCULAÇÃO
CIRCULAÇÃO PULMONAR E CIRCULAÇÃO
SISTÊMICA
● Circulação pulmonar:
● Ventrículo direito à artéria
pulmonar e pulmões à veias
pulmonares e átrio esquerdo.

● Circulação sistêmica:
● Ventrículo esquerdo à artéria
aorta e sistemas corporais e
veias cavas è átrio direito.
Pressão arterial - PA

Ao passar dentro das artérias o sangue encontra uma


resistência (pressão), provocada pelo atrito.

Quanto mais estreita é a artéria, maior a resistência


(pressão) à passagem do sangue.
A força do coração para bombear o
sangue é chamada de pressão máxima,
ou sistólica.

A resistência que a artéria oferece à


passagem do sangue é chamada de
pressão mínima, ou diastólica.
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
A doença cardiovascular é dividida em doenças do coração
ou cardíacas, e doenças da circulação ou vasculares.

Entre as doenças do coração destacam - se:


• Infarto agudo do miocárdio;
• Insuficiência cardíaca congestiva;
• Hipertensão arterial;
• Arritmias cardíacas;
• Dislipidemias (HDL e LDL, triglicerídeo e
colesterol);
• Aterosclerose e arteriosclerose;
• Angina pectoris.
FATORES PREDISPONENTES
● Hereditariedade;

● Sexo
- Mais comuns no sexo masculino;
- Nas mulheres na pós –menopausa e após histerectomia
ocorre um aumento na incidência;

● Idade - Elas são mais frequentes após os 50 - 60 anos;

● Raça - mais comum na raça negra


FATORES PREDISPONENTES
Já outros fatores são adquiridos ou podem ser controlados:
● Tabagismo - fator importante na gênese da aterosclerose;

● Hipertensão arterial;

● Hiperlipidemia: o aumento das gorduras no sangue também costuma ter uma


origem familiar mas pode ser controlada;

● Diabetes: idem, como acima;

● Obesidade: pode também ser alterado, com um programa de dieta e exercícios


físicos.
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS)
A HAS é geralmente um distúrbio assintomático no qual a elevação
anormal da pressão nas artérias aumenta o risco de distúrbios
como o acidente vascular cerebral, ruptura de um aneurisma,
insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio e lesão renal.

A hipertensão tem sido denominada de “assassino silencioso”,


porque, em geral, ela não produz sintomas durante muitos anos
(até ocorrer lesão de um órgão vital). O problema ocorre mais
frequentemente entre os indivíduos da raça negra – 38% dos
adultos (principalmente mulheres) negros apresentam hipertensão
arterial, em comparação com 29% dos adultos da raça branca.
CLASSIFICAÇÃO DA HAS
PRINCIPAIS CAUSAS
Causas Primária Causas Secundária
● Hereditariedade; ● Origem endócrina - secreção inapropriada de
● Meio ambiente (mudanças de hábito de ADH; Hipo ou hipertireoidismo; Diabetes
vida e de condições gerais inerentes); mellitus;
● Influências renais; ● Origem renal: glomerulites agudas,
● Fatores hemodinâmicos (DC, RVP, glomerulonefrite crônica, pielonefrite crônica,
hipertrofia e contração muscular dos nefropatias associadas a doenças sistêmicas.
vasos); ● Origem vascular: coarctação da aorta,
● Sistema renina-angiotensina aneurisma da artéria renal, arteriosclerose.
● Sistema nervoso (hiperatividade); etc.
● substâncias hormonais vasoativas; ● Origem neurogênica: pós-trauma craniano,
● Condições clínicas associadas (obesidade, pós-acidente vascular cerebral hemorrágico,
tabagismo, diabetes mellitus, alcoolismo, etc.
etc) ● outras causas: estrógenos, doenças
hipertensivas específicas da gravidez, etc.
SINAIS E SINTOMAS
Na maioria dos indivíduos, a hipertensão arterial não produz sintomas. Os
sintomas apresentados abaixo estão associados a uma descompensação do
quadro hipertensivo.

● Alterações nas retinas: hemorragia, exsudatos, estreitamento das arteríolas;


● Nictúria e azotemia (Insuficiência Renal);
● comprometimento vascular cerebral com crise isquêmica: hemiplegia
temporária, perdas de consciência ou alterações da visão (visão turva);
● sintomas cerebrais: dores de cabeça (mecanismos desconhecidos), tonturas
intensas, etc;
● Falta de ar (dispneia) aos esforços; dores torácicas;
● Sangramentos nasais;
● Claudicação intermitente (comprometimento vascular nos MMII).
DIAGNÓSTICO

● Exame Clínico;
● Avaliação dos fatores de risco;
● Verificação da PA em todas as consultas;
● Mapa da PAS;
● Avaliação de órgãos alvo;
● Exames laboratoriais complementares (Colesterol total, HDL,
Triglicérides, Urina).
TRATAMENTO

A hipertensão arterial não tem cura, mas pode ser controlada para impedir
complicações.
Como a hipertensão arterial em si é assintomática, os médicos procuram evitar
tratamentos que provoquem mal-estar ou que interfiram no estilo de vida do
paciente
Alguns Medicamentos: Captopril, Enalapril, Metildopa; HCTZ, Furosemida; etc.

Tratamento não medicamentoso da Hipertensão Arterial


Promoção de Hábitos Saudáveis de Vida
ASSISTÊNCIA AO PACIENTE EM CRISE
HIPERTENSIVA
● Realizar exames: Hemograma completo, ureia, creatinina, eletrólitos (Na, K
e Mg), EAS, raio-x tórax, ECG e glicemia capilar, conforme a prescrição;
● Manter o ambiente calmo e tranquilo;
● Manter a permeabilidade do acesso venoso;
● Monitorar PA, FR, FC, ECG e débito urinário do paciente;
● Instalar medicação anti-hipertensiva em BIC (bomba de infusão contínua);
● Para pacientes em uso de vasodilatadores (nitroprussiato de sódio e
nitrogleicerina) é necessário obter parâmetros dos sinais vitais a cada 30
minutos até que a PA se reestabeleça;
● Avaliar estado neurológico do paciente sempre que necessário;
ASSISTÊNCIA AO PACIENTE EM CRISE
HIPERTENSIVA
● Atentar para sinais de confusão mental, irritabilidade, desorientação, cefaléia,
náuseas e vômito;
● Observar sinais de insuficiência cardíaca (taquicardia, agitação, cianose, dispnéia,
extremidades frias);
● Orientar o paciente quanto à necessidade de repouso;
● Observar a ocorrência de epistaxe e realizar as medidas de controle;
● Orientar quanto ao uso regular do medicamento prescrito;
● Orientar sobre possíveis efeitos colaterais dos medicamentos;
● Realizar balanço hídrico;
● Explicar a importância de aderir a um programa de exercícios;
● Orientar sobre a importância da dieta alimentar;
ASSISTÊNCIA AO PACIENTE EM CRISE
HIPERTENSIVA
● Oferecer dieta leve, fracionada, hipossódica, hipolipídica;
● Transmitir segurança na execução das atividades;
● Atentar para efeitos colaterais da farmacoterapia: podem ocorrer hipotensão,
sensação de desmaio, vertigem ao mudar de posição, perda de força, perda do
apetite, secura na boca, sonolência;
● Orientar o cliente sobre a doença e a importância do tratamento;
● Informar sobre os recursos da comunidade para o atendimento ao hipertenso.
● Orientar o paciente sobre a importância da perda de peso corpóreo, até o
nível desejado.
ANGINA PECTORIS
● Definição: A angina, também denominada angina pectoris, é uma dor
torácica transitória ou uma sensação de pressão que ocorre quando o
miocárdio não recebe oxigênio suficiente. As necessidades de oxigênio do
coração são determinadas pelo grau de intensidade de seu esforço, isto é,
pela rapidez e pela intensidade dos batimentos cardíacos.

● O esforço físico e as emoções aumentam o trabalho cardíaco e,


consequentemente, aumentam a demanda de oxigênio do coração.
Quando as artérias apresentam estreitamento ou obstrução de modo que
o fluxo sanguíneo ao músculo não pode ser aumentado para suprir a
maior demanda de oxigênio, pode ocorrer uma isquemia, acarretando
dor.
ANGINA PECTORIS

● Causas:
- Doença arterial coronariana – aterosclerose (estreitamento da luz do
vaso coronariano), arterite coronariana, espasmo arterial.
- Distúrbios circulatórios - estenose aórtica, hipotensão (diminui
retorno de sangue ao coração), espasmo arterial.
- Distúrbios sanguíneos: anemia, hipoxemia e policitemia.

● Fatores de risco
- Esforço físico;
- Emoções;
- Exposição a baixas temperaturas.
SINAIS E SINTOMAS
A isquemia do miocárdio provoca ataques de DOR de gravidade variável, desde a sensação
de pressão subesternal, até a dor agonizante com sensação de morte iminente. Tem as
seguintes características:
● Sensação: aperto, queimação, esmagamento, enforcamento, “gases”, etc.
● Intensidade: geralmente, discreta ou moderada. Raramente, forte.
● Localização: retroesternal ou discretamente para a esquerda do esterno.
● Irradiação: ombro esquerdo, braço esquerdo, cotovelo, punho, dedos, Pescoço, braço
direito, mandíbula, região epigástrica e peito.
● Duração: normalmente, dura 5 minutos (em média), podendo durar 15 a 20 minutos,
em caso de raiva extrema.
● Alívio: repouso e nitroglicerina.
● Outros sintomas: dispnéia, palidez, sudorese, tonturas, palpitações e distúrbios
digestivos (náuseas, vômitos).
Diagnóstico:
● Exame Clínico;
● Teste de esforço: esteira rolante ou bicicleta.
● ECG;
● Angiografia coronariana

Tratamento:
● Iniciado com medidas para se evitar a doença arterial coronariana, retardar sua
progressão ou revertê-la através do tratamento das causas conhecidas (fatores de risco).
● Os principais fatores de risco, como a hipertensão arterial e os elevados níveis de
colesterol, são tratados imediatamente.
● O tratamento da angina depende em parte da gravidade e da estabilidade dos sintomas.
Quando os sintomas pioram rapidamente, a hospitalização imediata e o tratamento
medicamentoso são usuais. Se os sintomas não forem substancialmente minimizados com
o tratamento medicamentoso, a dieta e a alteração do estilo de vida, a angiografia pode
ser utilizada para determinar a possibilidade de uma cirurgia de revascularização
miocárdica ou de uma angioplastia.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
● Avaliar as características da dor no peito e sintomas associados;
● Avaliar a FR, a pressão sanguínea e FC em cada episódio de dor torácica;
● fazer um ECG, cada vez que a dor torácica surgir, para evidenciar infarto
posterior;
● monitorizar a resposta ao tratamento medicamentoso;
● avisar o médico se a dor não diminuir;
● identificar junto ao cliente as atividades que provoquem dor;
● oferecer assistência de maneira calma e eficiente de modo a reconfortar o cliente
até que o desconforto desapareça;
● prover um ambiente confortável e silencioso para o cliente/família;
● ajudar o paciente a identificar seus próprios fatores de risco;
● ajudar o paciente a estabelecer um plano para modificações dos fatores de risco;
● providenciar orientação nutricional ao cliente/família.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
● esclarecer o cliente/família acerca dos medicamentos que deverão ser
tomados após a alta hospitalar;
● esclarecer o cliente acerca do plano terapêutico; e
● explicar a relação entre a dieta, atividades físicas e a doença.

Cuidados de enfermagem na administração do nitrato


● a nitroglicerina pode causar uma sensação de queimadura sob a língua
quando dor forte;
● orientar o paciente a não deglutir a saliva até que o comprimido esteja
totalmente diluído;
● para ação mais rápida, orientar o paciente a triturar o comprimido entre
os dentes (conforme prescrição médica);
● orientar repouso até o desaparecimento dos sintomas;
● comunicar qualquer alteração ao médico.
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM)
● É uma situação grave causado pelo estreitamento de uma
artéria coronária pela aterosclerose, ou pela obstrução total de
uma coronária por êmbolo ou trombo, ocasionando a necrose
de áreas do miocárdio
FATORES DE RISCO PARA
ATEROSCLEROSE (FATORES DE RISCO
CARDIOVASCULAR)
● O risco de ocorrer aterosclerose aumenta com a hipertensão
arterial;
● Níveis sanguíneos elevados de “colesterol ruim” (LDL-colesterol),
níveis baixos de “colesterol bom” (HDL-colesterol);
● Tabagismo;
● Diabetes mellitus;
● Obesidade (principalmente da cintura para cima ou abdominal);
● Sedentarismo;
● Estresse psicossocial,
● Envelhecimento e
● Hereditariedade.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA ATEROSCLEROSE
Para evitar a aterosclerose, devem ser eliminados os fatores de risco controláveis:
● níveis sanguíneos elevados de colesterol;
● hipertensão arterial;
● Tabagismo;
● obesidade e falta de exercício.
Medidas gerais:
● Reduzir a ingestão de gorduras e colesterol;
● Parar de fumar;
● Controle dietético;
● Tratamento de doenças como diabetes e hipertensão.

Complicações: angina, infarto do miocárdio, arritmias cardíacas, insuficiência


cardíaca, insuficiência renal, acidente vascular cerebral ou obstrução de artérias
periféricas.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO IAM
A dor torácica é o principal sintoma associado ao IAM. É descrita como uma dor
súbita, subesternal, constante e constritiva, que pode ou não se irradiar para
várias partes do corpo, como a mandíbula, costas, pescoço e membros
superiores (especialmente a face interna do membro superior esquerdo). Muitas
vezes, a dor é acompanhada de taquipneia, taquisfigmia, palidez, sudorese fria e
pegajosa, tonteira, confusão mental, náusea e vômito. A qualidade, localização e
intensidade da dor associada ao IAM pode ser semelhante à dor provocada pela
angina. As principais diferenças são: a dor do IAM é mais intensa; não é
necessariamente produzida por esforço físico e não é aliviada por nitroglicerina e
repouso.
DIAGNÓSTICO
● Clínico baseado na história da doença atual;
● Eletrocardiograma; e
● Dosagem dos níveis séricos (sanguíneos) das enzimas cardíacas.
O prognóstico depende da extensão da lesão miocárdica.

Tratamento:
Clínico ou cirúrgico, dependendo da extensão e da área acometida.

Os profissionais de saúde precisam estar atentos para um diagnóstico precoce, tendo


em vista que esta é uma das maiores causas de mortalidade. O atendimento imediato,
ao cliente infartado, garante a sua sobrevivência e/ou uma recuperação com um
mínimo de sequelas. O idoso nem sempre apresenta a dor constritiva típica associada ao
IAM, em virtude da menor resposta dos neurotransmissores, que ocorre no período de
envelhecimento, podendo assim passar despercebido.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM IAM
● Proporcionar um ambiente adequado para o repouso físico e mental;
● Fornecer oxigênio e administrar opiáceos (analgésico e sedativo) e ansiolíticos
prescritos para alívio da dor e diminuição da ansiedade;
● Prevenir complicações, observando sinais vitais, estado de consciência,
alimentação adequada, eliminações urinária e intestinal e administração de
trombolíticos prescritos;
● Auxiliar nos exames complementares, como eletrocardiograma, dosagem das
enzimas no sangue, ecocardiograma, dentre outros;
● Atuar na reabilitação, fornecendo informações para que o cliente possa dar
continuidade ao uso dos medicamentos, controlar os fatores de risco,
facilitando, assim, o ajuste interpessoal, minimizando seus medos e ansiedades;
● Repassar tais informações também à família.
ARRITMIAS CARDÍACAS
Definição: São distúrbios da frequência e do ritmo cardíaco, causados por alterações
no sistema de condução do coração. Podem ocorrer em pessoas com o coração
normal ou ainda como resposta a outras doenças, distúrbios eletrolíticos ou
intoxicação medicamentosa.

As arritmias de frequência podem apresentar-se como:


● Taquicardia (acima de 100 bpm);
● Bradicardia (abaixo de 60 bpm);
● Fibrilação; e
● Flutter atrial (frequência igual ou acima de 300 bpm).

Manifestações Clínicas: dor no peito, palpitações, dispneia, desmaio, alteração do


pulso e do ECG, hipotensão, insuficiência cardíaca e choque cardiogênico.
DIAGNÓSTICO
● Exame Clínico
● Eletrocardiograma (ECG): registra a atividade elétrica do
coração, permitindo diagnosticar uma vasta gama de distúrbios
cardíacos.

Tratamento:
O tratamento é feito com medicamentos antiarrítmicos, cardioversão elétrica e
implantação de marcapasso.
AÇÕES DE ENFERMAGEM EM
ARRITMIAS
● Transmitir segurança à pessoa que apresenta arritmia, estabelecendo diálogo,
possibilitando à mesma expor seus sentimentos de impotência e insegurança, a fim
de diminuir sua ansiedade;
● Proporcionar sono e repouso adequados, garantindo ambiente livre de ruídos;
● Monitorizar sinais vitais;
● Oferecer oxigênio, se necessário, para reduzir a hipóxia causada pela arritmia;
● Observar os cuidados com a administração de antiarrítmico (verificação de pulso
antes e após a dosagem prescrita);
● Orientar a família e a pessoa acometida sobre os procedimentos a serem
realizados;
● Destacar a importância do controle do estresse, de se evitar o uso do fumo e
reduzir a ingestão de cafeína (café, chá mate, chá preto, refrigerantes a base de
cola).
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
CONGESTIVA (ICC)
● Definição: A ICC é uma condição grave na qual a quantidade de sangue bombeada pelo
coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais
de oxigênio e de nutrientes do organismo.

● Causas: A insuficiência cardíaca tem muitas causas, incluindo várias doenças. Ela é muito
mais comum entre os idosos, pelo fato deles apresentarem maior probabilidade de
apresentar alguma doença que a desencadeie. Apesar de o quadro apresentar um
agravamento no decorrer do tempo, os indivíduos com insuficiência cardíaca podem
viver muitos anos.

● Qualquer doença que afete o coração e interfira na circulação pode levar à insuficiência
cardíaca, a exemplo da hipertensão arterial, arteriosclerose, infarto do miocárdio,
miocardite, endocardite reumática, insuficiência aórtica, hipervolemia, anemia,
deficiência alimentar prolongada e insuficiência renal.
MANISFESTAÇÕES CLÍNICAS
● Cansaço e fraqueza (a adrenalina e a noradrenalina fazem com que o coração trabalhe mais
vigorosamente, ajudando-o a aumentar o débito sanguíneo e, até certo ponto, compensando
o problema de bombeamento).

● O débito cardíaco pode retornar ao normal, embora, geralmente, à custa de um aumento da


frequência cardíaca e de um batimento cardíaco mais forte.

● Outro mecanismo corretivo consiste na retenção de sal (sódio) pelos rins. Para manter
constante a concentração de sódio no sangue, o organismo retém água concomitantemente.
Essa água adicional aumenta o volume sanguíneo circulante e, a princípio, melhora o
desempenho cardíaco.

● A insuficiência cardíaca direita tende a produzir acúmulo de sangue que flui para o lado
direito do coração. Esse acúmulo acarreta edema dos pés, tornozelos, pernas, fígado e
abdômen.
Diagnóstico
● Os sintomas geralmente são suficientes para o médico diagnosticar uma insuficiência cardíaca.

● Os eventos a seguir podem confirmar o diagnóstico inicial: pulso fraco e acelerado, hipotensão
arterial, determinadas anomalias nas bulhas cardíacas, aumento do coração, dilatação das
veias do pescoço, acúmulo de líquido nos pulmões, aumento do fígado, ganho rápido de peso e
acúmulo de líquido no abdome ou nos membros inferiores.

● Uma radiografia torácica pode revelar um aumento do coração e o acúmulo de líquido nos
pulmões.

● Frequentemente, o desempenho cardíaco é avaliado através de outros exames, como a


ecocardiografia, que utiliza ondas sonoras para gerar uma imagem do coração, e a
eletrocardiografia, a qual examina a atividade elétrica do coração. Outros exames podem ser
realizados para se determinar a causa subjacente da insuficiência cardíaca
Tratamento
O tratamento consiste em melhorar a qualidade de vida e prolongar a vida do paciente.
No entanto, não existe uma cura para a maioria das pessoas com insuficiência cardíaca.
Os médicos abordam a terapia através de três ângulos:
- tratamento da causa subjacente;
- remoção dos fatores que contribuem para o agravamento da insuficiência
cardíaca e tratamento da insuficiência cardíaca em si.
- uso de diuréticos, vasodilatadores, antagonistas neuro-hormonais e digitálicos
são uma alternativa no tratamento.

Cuidados na administração de digitálicos


● Verificar pulso e frequência cardíaca antes de administrar cada dose do
medicamento;
● Observar sintomas de toxidade digital: arritmia, anorexia, náuseas, vômito, diarreia,
bradicardia, cefaleia, mal-estar e alterações comportamentais;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
● Monitorizar a ingesta e a excreta a cada 2 horas;
● Manter a posição de Fowler para facilitar a respiração;
● Monitorizar a resposta ao tratamento diurético;
● Avaliar a distensão venosa jugular, edema periférico;
● Administrar dieta hipossódica;
● Promover restrição hídrica;
● Proporcionar conforto ao paciente e dar apoio emocional;
● Manter o paciente em repouso, observando o grau de atividade a que ele poderá
se submeter;
● Explicar antecipadamente os esquemas de rotina e as estratégias de tratamento;
● Incentivar e permitir espaços para o cliente exprimir medos e preocupações;
● Apoiar emocionalmente o cliente e familiares;
● Promover ambiente calmo e tranquilo;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
● Estimular e supervisionar a respiração profunda;
● Executar exercícios ativos e passivos com os MMII;
● Pesar o paciente diariamente;
● Realizar balanço hídrico;
● Oferecer dieta leve, fracionada, hipossódica, hipolipídica;
● Anotar alterações no funcionamento intestinal;
● Administrar medicamentos conforme prescrição médica, adotando cuidados
especiais;
● Observar o aparecimento de sinais e sintomas de intoxicação medicamentosa;
● Observar sinais de fraqueza, mal estar, câimbras musculares;
● Estimular a ingestão de alimentos ricos em potássio (laranja, limão, tomate),
desde que não aja contraindicação.
● Transmitir segurança na execução das atividades.

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