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Aula 01 - EAM 2024 PDF

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EAM 2023

Física

AULA 01
Os princípios da Dinâmica e Estática
Prof. Toni Burgatto

www.estrategiamilitares.com.br
SUMÁRIO
Introdução 3

1. Os princípios da Dinâmica 4

1.1. Massa de um corpo 4

1.2. Conceito de força e força resultante 5

1.3. Equilíbrio de um ponto material 6

1.4. Conceito de Inércia 7

1.5. A 1ª Lei de Newton – Princípio da Inércia 8

1.6. A 2ª Lei de Newton – O Princípio Fundamental da Dinâmica 8

1.7. O Peso 𝑷 9

1.8. A 3ª Lei de Newton – O princípio da Ação e da Reação 13

1.9. Fios e polias ideais 18

1.10. Plano inclinado 21

1.11. Referenciais Inerciais 22

1.12. Elevadores acelerados 23

2. Equilíbrio de um ponto material 24

3. Corpos extensos 26

3.1. Momento de uma força 27

3.2. Equilíbrio de corpos extensos 29

3.3. Máquinas simples - Alavancas 35

4. Lista de questões de Dinâmica 39

5. Gabarito sem comentários da lista de Dinâmica 53

6. Lista de questões de Dinâmica comentada 54

7. Lista de exercícios de Estática 85

8. Gabarito sem comentários da lista de Estática 90

9. Lista de exercícios de Estática comentada 91

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 2


10. Versões de aulas 99

11. Referências bibliográficas 101

12. Considerações finais 101

Introdução
Nessa aula iniciaremos o estudo da Dinâmica da partícula. Estudaremos conceitos os Princípios da
Dinâmica, os tipos de forças e como resolver questões envolvendo bloquinhos.
Este assunto é muito abordado na EAM não apenas em questões propriamente ditas, mas de
forma interdisciplinar. É muito importante ter os conceitos bem embasados, pois usaremos muito no
decorrer do curso.
A EAM gosta de cobrar aquela questão sem muitas complexas, geralmente em movimento
verticais ou horizontais, mas nada impede de vir questões envolvendo plano inclinado, por exemplo, já
que o nível da prova subiu um pouco.
Além de fazer as questões da EAM, não deixe de fazer as questões das outras instituições que
construirão seu conhecimento.
Caso tenha alguma dúvida entre em contato conosco através do fórum de dúvidas do Estratégia
ou se preferir:

@proftoniburgatto

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 3


1. Os princípios da Dinâmica
No estudo da Cinemática nosso objetivo era descrever os tipos de movimentos, sem nos
preocuparmos com os agentes causadores das mudanças no movimento. A partir de agora, estudaremos
os movimentos com foco naquilo que os produzem ou modificam.

Basicamente, foi o italiano Galileu Galilei (1564-1642) personagem fundamental na revolução


científica e quem fundou as bases da Dinâmica. Ele foi responsável pelos primeiros estudos do movimento
uniformemente variado e do movimento do pêndulo simples.

Ele enunciou a lei dos corpos, enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial.
Mais tarde, o inglês Isaac Newton (1642-1727) formalizou as ideias introduzidas por Galileu e as publicou
em sua obra principal obra Philosophie Naturalis Principia Mathematica.

O sucesso da Mecânica Newtoniana reinou por cerca de 200 anos. Somente no início do século XX
surgiram novos ramos da Física: Mecânica Quântica e Mecânica Relativística.

As leis propostas por Newton precisavam de alguns ajustes para corpos com velocidades muito
altas, próximas a velocidade da luz dando início a Mecânica Relativística e para estudos de fenômenos
atômicos necessitamos recorrer as leis da Mecânica Quântica.

1.1. Massa de um corpo


O conceito de massa vai muito além da medida de quantidade de matéria. Atualmente este
conceito está “errado". A massa de um corpo é uma propriedade da energia nele contida (Baierlein, 1991).
Essa definição não era ainda conhecido por Newton.

Por fins didáticos, diremos que a massa de um corpo é medida através da comparação desse corpo
com corpos padrão, utilizando balanças de braços iguais como instrumento de medida.

Figura 1: Balança de braço iguais utilizada para comparar massas.

O quilograma padrão é um bloco pequeno composto de platina (90%) e irídio (10%) mantido no
Instituto Internacional de Pesos e Medidas, em Sévres, próximo a Paris.

Na física muitas vezes aparece o submúltiplo grama (símbolo 𝑔) e o múltiplo tonelada (símbolo 𝑡),
na qual estão relacionados da seguinte forma:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 4


1
1𝑔 = 𝑘𝑔 = 10−3 𝑘𝑔
{ 1000
1𝑡 = 1000 𝑘𝑔 = 103 𝑘𝑔

No SI a unidade de massa é o quilograma (𝑘𝑔).

1.2. Conceito de força e força resultante


Para Newton, força é o agente causador de deformação. Ela é responsável pela variação de
velocidade do corpo. Dado que velocidade e aceleração são grandezas vetoriais, quando falamos em
variação da velocidade, essa alteração pode ser no módulo, na direção ou no sentido do vetor.

As forças podem ser de contato, como por exemplo quando empurramos um carro, ou de ação a
distância, também chamada de forças de campo, como por exemplo a força com que uma carga elétrica
exerce em outra a uma determinada distância.

Considere um objeto sendo puxado por duas cordas, em uma superfície sem atrito, numa mesa
horizontal, onde podemos representar as forças da seguinte forma:

Figura 2: Representação de duas forças atuando em um corpo.

Nesse bloco, vemos uma força 𝐹⃗1 na direção horizontal e para a esquerda e outra força 𝐹⃗2 na
direção horizontal e para a direita. São duas forças aplicadas por operadores que estão próximos ao bloco.
Para determinar para onde o bloco irá se mover é necessário determinar o que vai resultar da aplicação
dessas forças.

Na Figura 2, por construção, o vetor de 𝐹⃗2 é maior que o vetor de 𝐹⃗1 , isto quer dizer que o módulo
de 𝐹⃗2 é maior que o módulo de 𝐹⃗1 . Matematicamente, representamos por |𝐹⃗2 | > |𝐹⃗1 |. Se isso ocorre,
então dizemos que a resultante das forças que atuam no bloco estará para a direita e a aceleração
resultante do bloco também.

Note que se |𝐹⃗2 | = |𝐹⃗1 |, os vetores se anulariam, e o vetor resultante seria o vetor nulo. Assim, o
bloco permaneceria sem aceleração.

Vale a pena ressaltar que força é um vetor, então é muito importante saber qual a direção e o
sentido, além do módulo da força. Por isso, se tivéssemos uma força de 10 newtons para a esquerda e
uma força de 20 newtons para a direita, a força resultante é de 20 − 10 = 10 𝑛𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛𝑠 para a direita.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 5


Cuidado! Força resultante (resultante das forças) não é uma nova força, ela é apenas o resultado
da soma das forças que já atuam nos corpos.

1.3. Equilíbrio de um ponto material


Nos livros de ensino médio brasileiro, é muito comum trazer essa nomenclatura para quando a
resultante das forças que atuam em um ponto material for igual a zero. Então, é possível que essa
nomenclatura apareça na sua prova. Portanto, é importante nós termos ciência disso.

Um ponto material está em equilíbrio em relação a um dado referencial, quando a resultante das
forças que agem nele é nula.

Existem dois tipos de equilíbrios para um ponto material: equilíbrio estático e equilíbrio dinâmico.

1.3.1. Equilíbrio estático

Um ponto material está em equilíbrio estático em relação a um dado referencial quando se


apresenta em repouso. Assim, se um corpo em equilíbrio estático apresenta velocidade constante e igual
a zero, ou seja, 𝑣⃗ = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = ⃗⃗
0.

Podemos imaginar um exemplo onde temos uma lâmpada pendurada no centro de uma sala. Se
adotarmos um sistema de coordenadas com origem em um dos cantos da sala, temos que a posição da
lâmpada segue invariável em relação a esse referencial, isto é, ele permanece em repouso com o decorrer
do tempo (𝑣⃗ = ⃗⃗
0). Portanto, podemos dizer que a resultante das forças que agem nele é nula e que
constitui um equilíbrio estático.

Além disso, definimos o equilíbrio estático em outras três categorias:

a) Equilíbrio estável: a tendência do ponto material é voltar à posição inicial. Por exemplo, uma
bola solta dentro de uma cuba esférica:

Figura 3: Exemplo de conjunto em equilíbrio estável.

b) Equilíbrio instável: a tendência do ponto material é afastar-se ainda mais da posição inicial.
Por exemplo, uma bola solta do lado de fora de uma cuba esférica:

Figura 4: Exemplo de conjunto em equilíbrio instável.

c) Equilíbrio indiferente: o ponto material permanece em equilíbrio na próxima posição. Por


exemplo, uma bola solta em uma superfície reta horizontal:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 6


Figura 5: Exemplo de conjunto em equilíbrio indiferente.

1.3.2. Equilíbrio dinâmico

Um ponto material está em equilíbrio dinâmico em relação a um dado referencial inercial quando
ele está em um movimento retilíneo e uniforme (MRU).

Nesse caso, temos que a velocidade é constante e diferente de zero (𝑣⃗ = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 ≠ ⃗0⃗),
característica de um MRU.

Para ilustrar essa situação, vamos analisar o movimento de um objeto deslizando sobre uma mesa
de madeira. Sabemos que devida a superfície da mesa possuir certas imperfeições existem forças
resistivas atuando no corpo. Por isso, existem forças contrárias atrapalhando o movimento até o
momento em que o corpo para.

Entretanto, podemos repetir o mesmo experimento em uma mesa de gelo, suposta perfeitamente
lisa, onde não existiria nenhuma força resistente. Assim, não existiria força contrária ao movimento e a
velocidade do móvel permaneceria invariável ao longo do tempo, realizando um MRU.

Outro exemplo onde podemos aplicar esse conceito é o lançamento de um foguete. Inicialmente,
gasta-se muito combustível para manter o movimento acelerado do foguete para que ele possa vencer a
atração gravitacional da Terra.

Após esta fase inicial, quando o foguete está no espaço as forças gravitacionais são quase
desprezíveis e o corpo passa a estar livre da ação de forças. Nesse momento, desliga-se os motores
propulsores e móvel passa a descrever um MRU.

1.4. Conceito de Inércia


Inicialmente, dizemos que inércia é a resistência que os corpos oferecem às mudanças da
velocidade vetorial (𝑣⃗: trata-se de um vetor, por isso, temos sempre que analisar módulo, direção e
sentido).

Em outras palavras, dizemos que um corpo em repouso tende a permanecer em repouso, ou ainda,
um corpo em MRU tende a continuar em MRU, por inércia.

Um caso clássico da aplicação da inércia é o passageiro em pé no corredor do ônibus. Imagine um


ônibus viajando a 50 km/h em uma avenida. O passageiro no corredor também está com essa velocidade
no mesmo sentido do ônibus. Entretanto, ao fechar o semáforo, o motorista do ônibus pisa nos freios e
impõe uma força contrária ao movimento no móvel e este começa a frear.

Pelo conceito de inércia, o passageiro tende a continuar com sua velocidade de 50 km/h para
frente e, por isso, sente-se lançado para a frente, sendo obrigado a vencer essa inércia aplicando uma
força contrária ao se apoiar em alguma parte do ônibus.

Somente com aplicação de uma força pode-se vencer a tendência de inércia,

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 7


O mesmo efeito ocorre quando o semáforo fica verde e o ônibus começa a aumentar sua
velocidade. Nesse momento, nosso corpo, que estava parado, sente-se atirado para trás, pois, pelo
conceito de inércia nosso corpo tenderia a ficar em repouso.

1.5. A 1ª Lei de Newton – Princípio da Inércia


A primeira Lei de Newton pode ser enunciada de duas formas:

Se a resultante das forças em uma partícula é nula, então ele permanece em repouso ou em MRU, pelo
princípio da inércia.

Ou ainda:

Uma partícula livre da ação da resultante das forças externas é incapaz de alterar sua própria velocidade
vetorial.

Para melhor compreender a primeira lei, vamos utilizar dois exemplos. O primeiro trata-se de um
carrinho sobre uma pista de gelo. Se consideramos que não existe atrito entre os pneus e a pista de gelo,
então, quando ligamos o carrinho, o móvel fica patinando e não sai do lugar pois não existe força
resultante na direção do movimento capaz de alterar sua velocidade que era nula.

Agora, imagine que o carrinho chegue à pista de gelo com uma velocidade 𝑣⃗ = 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 ≠ ⃗⃗ 0. Ao
tentar qualquer alteração na velocidade do móvel, o motorista não terá êxito, pois não existe atrito entre
os pneus e a superfície, então, não há forças atuando na direção do movimento, isto é, a resultante das
forças nessa direção é nula. Logo, o móvel descreverá um MRU.

1.6. A 2ª Lei de Newton – O Princípio Fundamental da


Dinâmica
A segunda lei anunciada por Newton possui um enunciado muito mais complexo, não sendo
didático apresentá-la agora. No capítulo de quantidade de movimento e impulso, enunciaremos
novamente a segunda lei segundo Newton. Nesse momento, apresentaremos de forma mais simplificada.

De uma forma geral, a segunda lei diz que se a resultante das forças que atua em um corpo for
diferente de zero, então a partícula adquire uma aceleração proporcional a essa força resultante.

A segunda lei pode ser expressa matematicamente por:

𝐹⃗𝑅 = 𝑚 ⋅ 𝑎⃗

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 8


Essa lei também é conhecida como Lei Fundamental da Dinâmica ou Princípio fundamental da
Dinâmica.

Dado que massa é uma grandeza escalar positiva, podemos concluir que 𝐹⃗𝑅 e 𝑎⃗ sempre possuem
a mesma direção e o mesmo sentido. Se 𝐹⃗𝑅 for nula, então 𝑎⃗ também é nula e recaímos na primeira lei.

No SI, a unidade de força é o newton (N). Ela é definida a partir da segunda lei:

Um newton é a intensidade de força aplicada a um ponto material de massa 1,0 kg que produz uma
aceleração de módulo igual a 1m/s².

Pela segunda lei, temos que:

𝐹𝑅 = 𝑚 ∙ 𝑎 ⇒ 𝐹𝑅 = (1 𝑘𝑔) ∙ (1𝑚/𝑠 2 ) = 1𝑁

Ou seja:

1𝑁 = 1𝑘𝑔 ∙ 𝑚/𝑠 2

Observação: o instrumento mais comum utilizado na medição de forças é o dinamômetro. Seu


princípio básico de funcionamento está na lei de Hooke para molas, assunto que não é estudado nesse
curso.

1.7. O Peso ⃗𝑷
⃗⃗
É conhecimento de todos que quando soltamos um objeto próximo a superfície da Terra, este cai
em direção ao solo. Tal fato é explicado pela teoria da Gravitação de Newton. Veremos esse capítulo mais
à frente e detalharemos muito mais o que é a força peso.

Por agora, apenas diremos que a força peso de um corpo é a força de atração gravitacional que a
Terra exerce sobre ele.

Pela definição, a força gravitacional comunica uma aceleração denominada aceleração da


gravidade (𝑔⃗) que denota o vetor que representa o campo gravitacional. Este vetor 𝑔⃗ é orientado de modo
igual ao peso, ou seja, é radial e orientado para o centro da Terra.

Sabe-se que a aceleração da gravidade diminui à medida que nos afastamos do centro da Terra,
radialmente, mostrando que |𝑔⃗| varia com a altitude. Além disso, experimentalmente sabe-se que |𝑔⃗|
aumenta quando vamos do equador para os polos. Em outras palavras, o módulo do campo gravitacional
varia com a latitude.

Por intermédio de experimentos, pode-se verificar que, ao nível do mar e num local de latitude de
45°, |𝑔⃗| (normal) é:

|𝑔⃗𝑁 | = 𝑔𝑁 = 9,80665 𝑚/𝑠 2

Experimentalmente, abandona-se um corpo de certa altura, em um lugar sem resistência do ar e


de modo que a única força atuando no corpo seja a força de atração gravitacional, observa-se que a

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 9


aceleração do corpo não depende da massa nem do tamanho nem do formato do corpo. Pela 2ª lei de
Newton, temos que:

𝐹⃗𝑅 = 𝑚 ∙ 𝑎⃗

Como nesse caso a força resultante é a força peso e a aceleração é a da gravidade, podemos
escrever que:

𝑃⃗⃗ = 𝑚 ∙ 𝑔⃗

Futuramente, vamos ampliar nossos conceitos de peso e definir o peso de um corpo em relação a
um planeta (ou satélite) como a força de atração exercida pelo planeta sobre o corpo. De imediato,
notamos que a aceleração da gravidade (𝑔⃗) depende do planeta.

Para os nossos problemas, consideramos que os movimentos ocorrem próximo a superfície da


Terra e que aceleração da gravidade terá a mesma direção e sempre o sentido para baixo.

1)
Um bloco de 5 kg está parado em repouso sobre uma superfície perfeitamente lisa. Em um dado
momento, uma força de 10 𝑁 começa a agir para a direita e paralelamente a superfície horizontal.
Determine a velocidade e a distância percorrida pelo bloco após 5 segundos. Não há atrito entre a
superfície e o bloco.

Comentários:
Inicialmente, vamos colocar as forças que atuam no corpo. Coloque todas as possíveis forças e
depois analisa o possível movimento do corpo.

Embora não exista movimento na vertical, devido a presença da superfície horizontal (o bloco não
está pulando sobre o plano horizontal e não está afundando na superfície horizontal), ainda existe a força
peso, devido ao campo gravitacional terrestre e a força de contato que a superfície horizontal faz com o
solo, força que é normal (perpendicular) a superfície horizontal e ao bloco. A força de contato normal

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 10


NÃO é par ação e reação da força peso. Estudaremos isso no próximo tópico. Como não há movimento
na vertical, então a resultante nessa direção deve ser nula. Portanto:
𝑁−𝑃 =0
𝑁=𝑃
Esse resultado apenas mostra que a intensidade da força normal que chão faz sobre o bloco é igual
ao peso. Para calcular o módulo da força peso, devemos conhecer o valor da aceleração da gravidade no
local onde foi feito o experimento. Como não estamos interessados nesse valor, não foi informado o valor
da aceleração da gravidade no local. Estamos apenas interessado no movimento horizontal do corpo.
Apenas curiosidade, já que força de atrito não cai no nosso concurso, a força normal é uma das
forças que compõe a força de contato entre o bloco e a superfície. A outra força que compõe a força de
contato entre bloco e superfície é a força de atrito que nesse caso não existe, pois o atrito foi desprezado.
Como não há atrito, então a única força de contato é a força normal, por isso, dizemos que a força de
contato é normal ao bloco, pois não há força de atrito na direção paralela ao plano.
Agora, vamos analisar a direção do movimento, direção que é paralela à superfície horizontal.
Como só existe a força de 10 N para a direita atuando nessa direção, ela desempenhará o papel de
resultante. Portanto, aplicando a segunda lei de Newton nessa direção, temos:
𝐹𝑅 = 𝑚 ⋅ 𝑎
𝐹𝑅 = 10 𝑁
10 = 5 ⋅ 𝑎
𝑎 = 2 𝑚/𝑠 2
Portanto, ao aplicar a única força de 10 N para a direita nesse bloco que possui 5 kg de massa, ele
estará sujeito a uma aceleração de 2 m/s². Como a força é constante, então a aceleração é constante.
Dessa forma, o corpo deve descrever um MRUV na direção horizontal.

Por isso, a função horária da velocidade é dada por:


𝑣 = 𝑣0 + 𝑎𝑡
Inicialmente o corpo está em repouso, isto é, 𝑣0 = 0. Portanto, após 5 segundos a velocidade é
de:
𝑣 = 0+2⋅𝑡
𝑣(5) = 0 + 2 ⋅ 5
𝑣(5) = 10 𝑚/𝑠
Para determinar o deslocamento, podemos utilizar a equação de Torricelli, a função horária do
espaço ou ainda nossa equação coringa para o MRUV (exclusivamente para o MRUV). Vamos fazer das
três formas.
Por Torricelli:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 11


𝑣 2 = 𝑣02 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ Δ𝑠
102 = 02 + 2 ⋅ 2 ⋅ Δ𝑠
100 = 4 ⋅ Δ𝑠
Δ𝑠 = 25 𝑚
Por função horária você precisa definir um espaço inicial, isto é, definir onde começa seu eixo de
referência. Vamos dizer que a origem do nosso eixo do espaço é o ponto onde o bloco está em repouso.
Nesse caso, o espaço inicial é nulo e a posição final do bloco já diz quem é o deslocamento que ele sofreu.
Portanto:
𝑎𝑡 2
𝑠 = 𝑠0 + 𝑣0 𝑡 +
2
2 ⋅ 52
𝑠 = 0+0⋅5+
2
2 ⋅ 25
𝑠= ∴ 𝑠 = 25 𝑚
2
Por fim, pela equação coringa no MRUV e, apenas no MRUV, temos:
Δ𝑠 𝑣 + 𝑣0
=
Δ𝑡 2
Δ𝑠 10 + 0
=
5 2
Δ𝑠 10 Δ𝑠
= ⇒ =5
5 2 5
Δ𝑠 = 25 𝑚
Fique à vontade para escolher a forma que você está mais familiarizado.

2)
Um bloco de 2 kg repousa em uma superfície horizontal, perfeitamente lisa (sem atrito). Nesse bloco são
aplicadas 3 forças, conforme figura abaixo. Determine qual é a aceleração do bloco. Adote que a
aceleração da gravidade no local é igual a 10 m/s². Considere que o bloco não perde contato com o solo.

Comentários:
Primeiramente, devemos colocar as forças que atuam no corpo.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 12


Inicialmente, devemos notar que não há movimento na direção vertical. Portanto, nessa direção,
temos:
𝐹𝑅 = 0
𝑁 + 𝐹3 − 𝑃 = 0
A intensidade da força peso é calculado por:
𝑃 =𝑚⋅𝑔
𝑃 = 2 ⋅ 10
∴ 𝑃 = 20 𝑁
Logo, a força normal que a superfície faz no bloco é igual a:
𝑁 + 10 − 20 = 0
𝑁 = 10 𝑁
Agora, vamos analisar o movimento na direção horizontal. Na direção horizontal temos 𝐹1 de 20
N para a esquerda e 𝐹2 de 10 N para a direita. Portanto, a força resultante deve ser de 20 − 10 newtons
para a esquerda. Assim:
𝐹𝑅 = 𝐹1 − 𝐹2
𝐹𝑅 = 20 − 10
∴ 𝐹𝑅 = 10 𝑁
Esse é o módulo da força resultante. Nota que a força resultante não é uma nova força, é apenas
a soma das forças que atuam no corpo. Se desejamos encontrar a aceleração que o bloco fica sujeito,
quando aplicadas essas forças, então devemos aplicar a segunda lei de Newton:
𝐹𝑅 = 𝑚 ⋅ 𝑎
10 = 2 ⋅ 𝑎
∴ 𝑎 = 5 𝑚/𝑠 2

1.8. A 3ª Lei de Newton – O princípio da Ação e da Reação


Na terceira lei, nosso objetivo é analisar o sentido da força em cada corpo que compõe o sistema.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 13


Considere um homem empurrando um caixote com uma força 𝐹⃗𝐻𝐶 , que vamos chamar de força
de ação.

Figura 6: Homem empurrando caixote para a direita.

Por outro lado, o caixote exerce alguma força sobre o homem? A resposta é sim. O caixote aplica
ao homem uma força de mesmo módulo e sentido contrário e a chamamos de força de reação. Dizemos
que:

𝐹⃗𝐻𝐶 = −𝐹⃗𝐶𝐻

Figura 7: Reação do caixote aplicada no homem.

Note que as forças de ação e de reação estão em corpos diferentes. O homem aplica uma força ao
caixote, essa forma está no caixote. Da mesma forma, o caixote aplica uma força no homem e essa força
está no homem.

Dessa forma, podemos enunciar o Princípio da Ação e da Reação como:

Para toda força de ação existe uma força de reação correspondente, de modo que essas forças possuem
o mesmo módulo, a mesma direção e os sentidos contrários, estando aplicadas em corpos diferentes.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 14


Devido ao fato de estarem aplicadas em corpos diferentes, os pares ação e reação nunca se anulam
mutuamente. Para Newton a reação era instantânea, mas hoje sabemos que a informação viaja à
velocidade da luz, como exemplo, se o sol “sumir” momentaneamente, demoraria o tempo que a luz leva
para percorrer a distância Sol-Terra para a Terra sair pela tangente, mostrando que não seria
instantaneamente como pensava Newton.

Exemplos de aplicação da 3ª Lei:

1) Força peso: se nas proximidades da Terra um corpo sofre uma força de atração 𝑃⃗⃗, pela terceira
lei dizemos que a Terra também é atraída pelo corpo.

Figura 8: Par Ação e Reação da força peso.

Note que as forças possuem o mesmo módulo. Entretanto, a massa da Terra é muito maior
que a massa dos corpos que analisaremos nos nossos problemas, por isso, a aceleração da
Terra será desprezível em relação à do corpo.

2) Movimento de um pedestre: quando um pedestre caminha para frente, ele está empurrando
o chão para trás (ação) por intermédio do atrito. Pela 3ª lei, o chão empurra o pedestre para
frente (reação), resultando no movimento da pessoa.

Figura 9: Força de atrito responsável pelo movimento de uma pessoa para frente.

3) Objeto sobre uma mesa: quando colocamos um objeto sobre uma mesa, podemos decompor
a força que age em cada corpo da seguinte forma:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 15


Figura 10: Objeto sobre uma mesa. A figura está fora de escala, apenas para dar ideia da representação das forças.

Inicialmente, notamos que existe uma força peso sobre o objeto e a reação desta força está
próximo ao centro da Terra.

Figura 11: Par Ação e Reação do bloco sobre a mesa.

⃗⃗𝐴𝑀 e a reação desta força é 𝑁


O bloco empurra a mesa fazendo uma força 𝑁 ⃗⃗𝑀𝐴 que está aplicada
ao objeto.

Figura 12: Diagrama de forças de contato entre o bloco e a mesa.

3)

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 16


Dois blocos possuem massa 2𝑚 e 𝑚 e é aplicada uma força 𝐹, conforme figura abaixo. Determine o
módulo da força de contato entre os blocos. Despreze os atritos.

Comentários:
Diagrama de forças para cada um dos blocos:

Dado que o conjunto bloco A + bloco B andam juntos, podemos determinar a aceleração do
sistema, para força 𝐹⃗ aplicada:

𝐹 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 ) ∙ 𝑎
𝐹 = (2𝑚 + 𝑚) ∙ 𝑎
𝐹
𝑎=
3𝑚
Conhecendo a aceleração, podemos aplicar a 2ª na direção do movimento para cada bloco:
Bloco A:
𝐹 − 𝐹𝐵𝐴 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎
𝐹
𝐹 − 𝐹𝐵𝐴 = 2𝑚 ∙
3𝑚
𝐹
𝐹𝐵𝐴 =
3
Bloco B:
𝐹𝐴𝐵 = 𝑚𝐵 ∙ 𝑎
𝐹
𝐹𝐴𝐵 = 𝑚 ∙
3𝑚
𝐹
𝐹𝐴𝐵 =
3

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 17


Note que o módulo da força que A aplica em B (𝐹⃗𝐴𝐵 ) é igual ao módulo da força que B aplica em A
(𝐹⃗𝐵𝐴 ). Resultado esperado, pois, eles constituem um par ação e reação, conforme a 3ª lei.

1.9. Fios e polias ideais


Nos nossos exercícios, os fios e as polias são ditos ideais. Então, eles não possuem massa para o
problema e isso tem como uma consequência bem interessante nos fios. Para um fio ideal, tudo se passa
como se a força de tração estivesse em todo fio. Cada parte do mesmo fio que você tomar terá a mesma
força de tração.

Vamos ver um exemplo logo abaixo.

4)
Na montagem abaixo, o fio que liga os blocos A e B é inextensível e sua massa é desprezível. A polia gira
sem atrito e seu momento de inércia é desprezível. Os blocos possuem massas 𝑚𝐴 e 𝑚𝐵 e não existe atrito
entre A e a superfície. Em um dado instante, o sistema é abandonado à ação da gravidade.

Determine a aceleração do sistema e a tração no fio.

Comentários:
Inicialmente, vamos desenhar o diagrama de forças em cada bloco:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 18


Aplicando o Princípio Fundamental da Dinâmica a cada um dos blocos, temos:
Bloco A:
𝑁𝐴 − 𝑃𝐴 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎𝑦
Mas neste bloco apenas existe movimento na horizontal:
𝑎𝐴𝑦 = 0
∴ 𝑁𝐴 = 𝑃𝐴
Na direção horizontal:
𝑇 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎𝐴𝑥 (i)
Bloco B:
Só existe movimento na vertical e dado que o fio é inextensível, o deslocamento sofrido pelo bloco
A na horizontal é o mesmo sofrido por B na vertical. Assim, os blocos terão os mesmos deslocamentos
nos respectivos intervalos de tempo, ou seja, eles terão a mesma velocidade.
Pensando analogamente para as variações de velocidade, vemos que eles têm as mesmas
acelerações também:
Δ𝑠𝐴𝑥 = Δ𝑠𝐵𝑦 ⇒ 𝑣𝐴𝑥 = 𝑣𝐵𝑦 ⇒ 𝑎𝐴𝑥 = 𝑎𝐵𝑦 = 𝑎 (ii)
Assim, podemos escrever a 2ª lei para o bloco B:
𝑃𝐵 − 𝑇 = 𝑚𝐵 ∙ 𝑎 (iii)
A partir das equações, temos o sistema:
𝑇 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎
{ ⇒ 𝑃𝐵 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )
𝑃𝐵 − 𝑇 = 𝑚𝐵 ∙ 𝑎
𝑚𝐵
𝑎= ∙𝑔
𝑚𝐴 + 𝑚𝐵
Logo, pela equação (i), temos que a tração é:
𝑇 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎
𝑚𝐴 ∙ 𝑚𝐵
𝑇= ∙𝑎
𝑚𝐴 + 𝑚𝐵
5) (EsPCEx – 2009)
Um trabalhador utiliza um sistema de roldanas conectadas por cordas para elevar uma caixa de massa
𝑀 = 60 𝑘g. Aplicando uma força 𝐹⃗ sobre a ponta livre da corda conforme representado no desenho
abaixo, ele mantém a caixa suspensa e em equilíbrio. Sabendo que as cordas e as roldanas são ideais e
considerando a aceleração da gravidade igual a 10 𝑚/𝑠 2, o módulo da força 𝐹⃗ vale

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 19


a) 10 N b) 50 N c) 75 N d) 100 N e) 150 N

Comentários:
Como a força de tração é a mesma ao longo de todo o fio e dado que a polia não tem massa, então,
podemos escrever o seguinte diagrama de forças:

Note que para o primeiro fio, a força é 𝐹. Além disso, temos um roldana que está presa ao teto
(roldana 𝐴) e portanto ela não se movimenta. Entretanto, a roldana 𝐵 é móvel e a força que quer puxar
ela para cima é 𝐹 + 𝐹 = 2𝐹. Portanto, tudo se passa como se a roldana 𝐵 estivesse sendo puxada com
2𝐹 para cima. Logo, no fio que passa pela roldana móvel 𝐵 temos uma força de 2𝐹 e, assim
sucessivamente, até a roldana 𝐷 que está presa ao bloco de massa 𝑀.
Logo, para manter o bloco em equilíbrio, a mínima força tem que ser tal que a força resultante
sobre o bloco seja nula. Portanto:
𝐹𝑅 = 8𝐹 − 𝑀 ⋅ 𝑔 e 𝐹𝑅 = 0
Logo:
8𝐹 − 𝑀 ⋅ 𝑔 = 0
𝑀⋅𝑔
𝐹=
8

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 20


60 ⋅ 10
⇒𝐹=
8
𝐹 = 75 𝑁

1.10. Plano inclinado


Para fazer o estudo de um corpo em um plano inclinado, vamos tomar o seguinte exercício: Um
bloco de massa 𝑚 é solta em um plano inclinado fixo, onde desce em movimento acelerado. O ângulo de
inclinação do plano com a horizontal vale 𝜃. Desprezando os atritos e a resistência do ar, determine o
módulo da aceleração na direção do movimento.

Figura 13: Corpo em plano inclinado, livre de qualquer força de atrito.

Vamos considerar os eixos do sistema na direção do movimento da partícula e na direção normal.


A partir disso, vamos decompor nossas forças e aplicar a 2ª lei em cada componente:

Figura 14: Força que atuam em um corpo em um plano inclinado.

Tenha em mente que a força 𝑁 representa a força que o plano exerce no corpo na direção normal.
Quando representamos a decomposição da força peso 𝑃𝑥 e 𝑃𝑦 , nós deixamos de representar a força peso,
por isso a força peso 𝑃 ficou tracejada. Pela trigonometria podemos determinar cada projeção:

𝑐𝑎𝑡 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑃𝑥
𝑠𝑒𝑛(𝜃) = =
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎 𝑃

𝑃𝑥 = 𝑃 ⋅ cos(𝜃)

𝑐𝑎𝑡 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑃𝑦
cos(𝜃) = =
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎 𝑃

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 21


𝑃𝑦 = 𝑃 ⋅ cos(𝜃)

Em que 𝑃𝑥 representa a componente da força peso na direção tangente ao plano e 𝑃𝑦 representa


a componente da força peso na direção normal ao plano.

Na direção 𝑦 (direção normal ao plano inclinado):

𝑁 − 𝑃𝑦 = 𝑚 ⋅ 𝑎𝑦

Como o corpo apenas desliza pelo plano inclinado, ou seja, só se move na direção tangente, então
não existe aceleração ou movimento qualquer na direção normal. Por isso, 𝑎𝑦 = 0 e temos que:

𝑁 − 𝑃 ⋅ 𝑐𝑜𝑠(𝜃) = 0

∴ 𝑁 = 𝑃 ⋅ 𝑐𝑜𝑠𝜃

Com este resultado podemos ver claramente que força peso e força normal não são par ação e
reação mesmo. Note que o módulo da força peso é 𝑃 e o módulo da força normal é 𝑃 ⋅ 𝑐𝑜𝑠(𝜃). Nem em
módulo elas são iguais.

Na direção 𝑥(direção tangente ao plano inclinado), a única força que existe é a componente da
força peso para baixo ao plano. Então, esta componente será a resultante na direção tangente do plano.
Dessa forma, podemos encontrar o módulo da aceleração que o corpo ficará submetido na direção do
plano inclinado:

𝐹𝑅 = 𝑃𝑥 = 𝑃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃

𝑚 ∙ 𝑎 = 𝑚 ∙ 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃

𝑎 = 𝑔 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃

Notamos que a aceleração na direção do movimento independe da massa do corpo.

IMPORTANTE! Para a analise da aceleração do bloco, não importa o lado que o plano inclinado, a
força na direção tangente sempre será 𝑃𝑥 = 𝑃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃) e 𝑃𝑦 = 𝑃 ⋅ cos(𝜃).

1.11. Referenciais Inerciais


Dizemos que um referencial é inercial quando ele executa um MRU – movimento retilíneo
uniforme. Por exemplo, um vagão de trem que se move com velocidade constante ao longo de um
trajetória retilínea (executa um MRU) é um referencial inercial.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 22


Em um referencial inercial, a resultante das forças que agem em um corpo é igual a zero, por isso,
o corpo tem velocidade vetorial constante e, assim, executa um MRU.
Nós podemos aplicar as leis de Newton apenas em referenciais inerciais. Cuidado, não é estudado
no nosso curso para a EAM o movimento circular uniforme. Apenas como curiosidade, embora o
movimento circular uniforme apresente velocidade constante em módulo, o vetor velocidade muda
constantemente de direção, pois existe uma força resultante não nula atuando no corpo.
Se um corpo executa um MCU (movimento circular uniforme), ele não é um referencial inercial.
Pode ser que isso apareça em pegadinha de prova, falando sobre referencial inercial e não abordando o
MCU propriamente dito.
Afinal, como encontrar esses referenciais? Usualmente, adota-se como inercial um sistema de
referências que está em repouso em relação as estrelas fixas (bem distantes) e, dessa forma, terá um
referencial inercial qualquer outro referencial que se mova em relação a ele quando descrever um MRU.
Apenas curiosidade, a Terra não é um referencial inercial, já que possui movimento de rotação e
movimento de translação circular em torno do Sol. Contudo, para a maioria das nossas aplicações,
podemos considerar a Terra próximo de um referencial inercial.

1.12. Elevadores acelerados


Imagine uma pessoa no interior de um elevador subindo com aceleração constante de módulo 𝑎.

Figura 15: Uso de gravidade aparente para resolução de problemas no elevador acelerado.

Podemos decompor fazer o diagrama de forças que atua na pessoa e escrever a segunda lei de
Newton para ela.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 23


Figura 16: Diagrama de forças para uma pessoa em um elevador acelerado para baixo.

Se o corpo está descendo, então a resultante das forças que atuam no corpo está para baixo. Logo:

𝐹𝑅 = 𝑃 − 𝑁

𝐹𝑅 = 𝑚 ⋅ 𝑎

Portanto:

𝑃−𝑁 =𝑚⋅𝑎

𝑚⋅𝑔−𝑁 =𝑚⋅𝑎

𝑁 = 𝑚 ⋅ (𝑔 − 𝑎)

Assim, se colocássemos uma balança no piso do elevador, quando ele está descendo com
aceleração 𝑎, a normal que ele exerce sobre o piso (ou sobre os pratos da balança, caso colocássemos
uma ali) seria menor que aquela caso o elevador estivesse em MRU ou em repouso (𝑎 = 0).

Sempre que formos trabalhar com problemas envolvendo elevadores, devemos escrever as forças
que agem nos corpos e escrever a segunda lei de Newton para a situação proposta em questão. Não se
apegue ao resultado pronto.

2. Equilíbrio de um ponto material


Chamamos de ponto material o corpo que possui dimensões desprezíveis nos nossos problemas.

Para que um ponto material esteja em equilíbrio, é necessário que a soma das forças que atuam
no corpo seja igual a zero.

Outra forma de dizer que um corpo está em equilíbrio é dizer que ele está se movendo com
velocidade constante em um MRU, pois nesse caso, como o corpo realiza um MRU, então a velocidade
não varia, ou seja, não há força resultante capaz de mudar a velocidade.

Vamos trabalhar numa questão o equilíbrio do ponto material.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 24


6)
Uma luminária cujo peso é 𝑃 está suspensa por duas cordas 𝐴𝐶 e 𝐵𝐶 que (conforme a figura) formam
com a horizontal ângulos iguais a 𝜃. Determine a força de tensão 𝑇 em cada corda.

𝑃
a) 𝑇 = 2 cos 𝜃
𝑃
b) 𝑇 = 2𝑠𝑒𝑛𝜃
𝑃
c) 𝑇 =
2𝑡𝑔𝜃
𝜃
d) 𝑇 = 𝑃𝑐𝑜𝑠 2
e) nenhuma das anteriores

Comentários:
Vamos adotar o nosso eixo de coordenadas ortogonal com origem no ponto C. Escolhemos o ponto
C pois nele podemos relacionar o maior número de forças do nosso sistema.
Escrevendo as forças que agem no ponto C, temos:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 25


Escrevendo a condição de equilíbrio para o ponto C, de acordo com sistema de coordenadas
adotado, temos:
𝐸𝑚 𝑥: 𝑇2 ⋅ cos 𝜃 − 𝑇1 ⋅ cos 𝜃 = 0
{
𝐸𝑚 𝑦: 𝑇1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 + 𝑇2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 − 𝑇3 = 0
Como o sistema está em equilíbrio, podemos afirmar que 𝑇3 = 𝑃. Assim, na direção 𝑥 vemos que
𝑇1 = 𝑇2 e passaremos a chamar apenas de 𝑇. Pela equação em 𝑦 podemos determinar 𝑇:
𝑇 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 + 𝑇 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 − 𝑃 = 0
⇒ 2𝑇 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = 𝑃
𝑃
⇒ 𝑇 = 2𝑠𝑒𝑛 𝜃

3. Corpos extensos
Vimos, nas aulas anteriores, que para que um corpo esteja em equilíbrio, ele deveria estar em
repouso ou em movimento retilíneo e uniforme.

Nesta aula, ampliaremos essa noção. Isso porque, para que um corpo extenso esteja em equilíbrio,
é necessário que a resultante das forças sobre ele seja nula, e que o momento resultante seja nulo. Mas,
afinal, o que é o momento de uma força?

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 26


3.1. Momento de uma força
Vou lhe trazer esse conceito de maneira intuitiva. Até então, estudamos apenas a aplicação de
forças em corpos cujo comprimento era irrelevante, como partículas. Imagine um corpo extenso, como
uma barra de ferro. Nesse caso, o comprimento do corpo não é desprezível.

Veja um esquema de duas forças, 𝐹⃗𝑎 e 𝐹⃗𝑏 , atuando de diferentes maneiras em uma barra de 4
metros de extensão. Suponha que essa barra seja homogênea, ou seja, que seja feita do mesmo material
por todo a sua extensão.

Além disso, imagine que ela esteja fixada em uma parede por um prego colocado exatamente em
seu centro. Você é capaz de identificar, intuitivamente, em quais situações a barra girará?

Figura 17: Situação A.

Instintivamente, podemos afirmar que na situação A, a barra irá girar no sentido anti-horário, visto
que as forças foram aplicadas no mesmo ponto, porém com sentidos opostos. Como 𝐹⃗𝑏 tem módulo maior
que 𝐹⃗𝑎 , teremos uma resultante vertical com sentido para cima que criará torque na barra.

Figura 18: Situação B.

Figura 19: Situação C.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 27


E quanto às situações B e C? Estarão elas em equilíbrio quanto aos momentos?

O momento de uma força, ou torque, é responsável por gerar rotação em um corpo, e é definido
pelo produto da força pela distância entre o local de aplicação e algum ponto de referência do corpo.

⃗⃗⃗ | = |𝑭
|𝑴 ⃗ |∙𝒅 Momento de uma força

⃗⃗⃗ ] = 𝐍 ∙ 𝐦
[𝑴 ⃗ ]=𝐍
[𝑭 [𝒅] = 𝐦

Observação: Momento ou torque de uma força é uma grandeza vetorial.

Perceba que, ao adotarmos o centro da barra como nossa referência, nas situações B e C o
momento das forças 𝐹⃗𝑎 e 𝐹⃗𝑏 será nulo. Consequentemente, a barra não girará.

Figura 20: Situação D.

Por fim, vamos fazer uma análise dos momentos na situação D. Perceba que a força 𝐹⃗𝑎 irá produzir
torque horário, por outro lado, a força 𝐹⃗𝑏 , anti-horário.

Quem produzir maior torque irá definir o sentido de rotação do corpo. Para a força 𝐹⃗𝑎 , temos:

⃗⃗⃗𝑎 | = |𝐹⃗𝑎 | ∙ 𝑑𝑎
|𝑀

⃗⃗⃗𝑎 | = 5 ∙ 2 = 10 𝑁 ∙ 𝑚
|𝑀

Vamos fazer o mesmo para a força 𝐹⃗𝑏 :

⃗⃗⃗𝑏 | = 𝐹⃗𝑏 ∙ 𝑑𝑏
|𝑀

⃗⃗⃗𝑏 | = 10 ∙ 1 = 10 𝑁 ∙ 𝑚
|𝑀

Como o torque produzido pela força 𝐹⃗𝑏 é de mesmo modulo do torque produzido pela força 𝐹⃗𝑎 , o
torque resultante é nulo e a barra não gira na situação A. Podemos falar que o momento resultante é,
nesse caso, nulo.

Agora já somos capazes de efetuar uma análise mais profunda para a situação C. O momento
gerado nessa situação pela força 𝐹⃗𝑎 será de:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 28


⃗⃗⃗⃗𝑎 = 𝐹
𝑀 ⃗⃗𝑎 ∙ 𝑑

⃗⃗⃗⃗𝑎 = 5 ∙ 2 = 10 𝑁 ∙ 𝑚
𝑀

Vamos fazer o mesmo para a força 𝐹⃗𝑏 :

⃗⃗⃗⃗𝑏 = 𝐹
𝑀 ⃗⃗𝑏 ∙ 𝑑

⃗⃗⃗⃗𝑏 = 𝐹
𝑀 ⃗⃗𝑏 ∙ 𝑑

Com isso, sendo o torque produzido pela força 𝐹⃗𝑏 de modulo maior do que o torque produzido
pela força 𝐹⃗𝑎 , o momento resultante é responsável por girar a barra no sentido anti-horário na situação
C.

O ângulo entre a força geradora de momento e o vetor distância deve sempre ser de 90°,
ou seja, força e distância devem ser perpendiculares.

Figura 21: A força e a distância devem sempre ser perpendiculares.

Aluno, ao resolver algum problema, caso você se depare com uma situação em que a força
geradora de momento e o vetor distância não sejam perpendiculares, então, você deverá projetar uma
das duas, geralmente a força, para que o conjunto se torne perpendicular.

3.2. Equilíbrio de corpos extensos


Para afirmarmos que um corpo extenso está em equilíbrio, deve haver o equilíbrio das forças nos
eixos vertical e horizontal, ou seja, a força resultante atuando sobre o corpo deve ser nula e, além disso,
o momento resultante sobre o corpo também deve ser nulo.

Podemos, então, escrever o seguinte:

⃗⃗
⃗⃗⃗⃗ = 𝟎
∑𝑴 Somatório dos momentos é nulo.

Perceba que isso equivale a escrever:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 29


O somatório dos momentos horários
∑ ⃗𝑴
⃗⃗⃗𝒉𝒐𝒓á𝒓𝒊𝒐𝒔 = ∑ ⃗𝑴
⃗⃗⃗𝒂𝒏𝒕𝒊−𝒉𝒐𝒓á𝒓𝒊𝒐𝒔
equivale ao somatório dos anti-horários.

E também, para as forças horizontais e verticais, podemos escrever:

⃗⃗
⃗⃗𝒉𝒐𝒓𝒊𝒛𝒐𝒏𝒕𝒂𝒊𝒔 = 𝟎
∑𝑭 Somatório das forças horizontais é nulo.

∑ ⃗𝑭⃗𝒗𝒆𝒓𝒕𝒊𝒄𝒂𝒊𝒔 = ⃗𝟎⃗ Somatório das forças verticais é nulo.

Não se assuste com o operador ∑. Ele simplesmente faz referência a um somatório. Vamos
exemplificar:

Figura 22: Três forças atuando sobre uma barra em equilíbrio.

Para o esquema, podemos escrever:

⃗⃗⃗ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜𝑠 = ∑ 𝑀
∑𝑀 ⃗⃗⃗𝑎𝑛𝑡𝑖−ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜𝑠

|𝐹⃗𝑎 | ∙ 𝑑𝑎 + |𝐹⃗𝑐 | ∙ 𝑑𝑐 = |𝐹⃗𝑏 | ∙ 𝑑𝑏

Também podemos escrever que a resultante das forças na vertical deve ser nula:

∑ 𝐹⃗𝑦 = ⃗0⃗

𝐹⃗𝑎 + 𝐹⃗𝑏 = 𝐹⃗𝑐

Aluno, esse é um tema cujas questões não costumam ser mirabolantes. Geralmente, devemos
utilizar as duas expressões trazidas acima em conjunto, montar algum tipo de sistema com as incógnitas
envolvidas e resolver a questão.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 30


7. (Inédita)
Uma coruja, de 50 𝑘𝑔 de massa, é colocada uma barra homogênea, de 10 metros de comprimento e 10
kg de massa, que está apoiada em suas extremidades. O conjunto está em equilíbrio. Adote 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
a) Se a coruja estiver a 1,0 m de distância do apoio A, quais as reações nos apoios da barra?
b) Se a coruja estiver a 8,0 m de distância do apoio A, quais as reações nos apoios da barra?

Comentários:
a) Vamos começar por um esquema das forças envolvidas:

A primeira conclusão, e mais simples, é a de que, como o conjunto está em equilíbrio, podemos
afirmar que a resultante vertical é nula, portanto:

∑ 𝐹⃗𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑖𝑠 = ⃗0⃗

Daí, podemos escrever:


𝐹⃗𝐴 + 𝐹⃗𝐵 = 𝑃⃗⃗𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 + 𝑃⃗⃗𝑐𝑜𝑟𝑢𝑗𝑎
Note que, no momento, esse é um caminho sem fim. Isso porque não conhecemos o módulo de
𝐹⃗𝐴 e o de 𝐹⃗𝐵 . Assim, devemos utilizar o fato de que o momento resultante é nulo.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 31


⃗⃗⃗ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜𝑠 = ∑ 𝑀
∑𝑀 ⃗⃗⃗𝑎𝑛𝑡𝑖−ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜𝑠

Um bom método de resolução dessa questão, é eliminarmos uma variável desconhecida. Note que
escolhendo o nosso ponto de referência como A, suprimimos 𝐹⃗𝐴 de nossa equação:
|𝑃⃗⃗𝑐𝑜𝑟𝑢𝑗𝑎 | ∙ 𝑑𝐴−𝐶𝑜𝑟𝑢𝑗𝑎 + |𝑃⃗⃗𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 | ∙ 𝑑𝐴−𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 = |𝐹⃗𝐵 | ∙ 𝑑𝐴−𝐵
Desenvolvendo:
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑢𝑗𝑎 ∙ 𝑔 ∙ 𝑑𝐴−𝐶𝑜𝑟𝑢𝑗𝑎 + 𝑚𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 ∙ 𝑔 ∙ 𝑑𝐴−𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 = 𝐹⃗𝐵 ∙ 𝑑𝐴−𝐵
Substituindo os valores fornecidos:
50 ∙ 10 ∙ 1,0 + 10 ∙ 10 ∙ 5,0 = |𝐹⃗𝐵 | ∙ 10
500 + 500 = 10|𝐹⃗𝐵 |
|𝐹⃗𝐵 | = 100 = 1,0 ∙ 102 𝑁
De posse do módulo de 𝐹⃗𝐵 , podemos usar a relação entre as forças verticais para descobrirmos o
valor de 𝐹⃗𝐴 :
𝐹⃗𝐴 + 𝐹⃗𝐵 = 𝑃⃗⃗𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 + 𝑃⃗⃗𝑐𝑜𝑟𝑢𝑗𝑎
|𝐹⃗𝐴 | + 100 = 100 + 500
|𝐹⃗𝐴 | = 500 = 5,0 ∙ 102 𝑁
b) De maneira análoga à anterior:
𝐹⃗𝐴 + 𝐹⃗𝐵 = 𝑃⃗⃗𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 + 𝑃⃗⃗𝑐𝑜𝑟𝑢𝑗𝑎

⃗⃗⃗ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜𝑠 = ∑ 𝑀
∑𝑀 ⃗⃗⃗𝑎𝑛𝑡𝑖−ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜𝑠

Escolhendo o nosso ponto de referência como A, suprimimos 𝐹⃗𝐴 de nossa equação:


|𝑃⃗⃗𝑐𝑜𝑟𝑢𝑗𝑎 | ∙ 𝑑𝐴−𝐶𝑜𝑟𝑢𝑗𝑎 + |𝑃⃗⃗𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 | ∙ 𝑑𝐴−𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 = |𝐹⃗𝐵 | ∙ 𝑑𝐴−𝐵
Desenvolvendo:
𝑚𝑐𝑜𝑟𝑢𝑗𝑎 ∙ 𝑔 ∙ 𝑑𝐴−𝐶𝑜𝑟𝑢𝑗𝑎 + 𝑚𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 ∙ 𝑔 ∙ 𝑑𝐴−𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 = 𝐹⃗𝐵 ∙ 𝑑𝐴−𝐵
Substituindo-se os valores fornecidos:
50 ∙ 10 ∙ 𝟖, 𝟎 + 10 ∙ 10 ∙ 5,0 = |𝐹⃗𝐵 | ∙ 10
4000 + 500 = 10|𝐹⃗𝐵 |
10|𝐹⃗𝐵 | = 4000 + 500
|𝐹⃗𝐵 | = 450 = 4,5 ∙ 102 𝑁
De posse do módulo de 𝐹⃗𝐵 , podemos novamente usar a relação entre as forças na vertical para
descobrirmos o novo valor de 𝐹⃗𝐴 :
𝐹⃗𝐴 + 𝐹⃗𝐵 = 𝑃⃗⃗𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 + 𝑃⃗⃗𝑐𝑜𝑟𝑢𝑗𝑎
|𝐹⃗𝐴 | + 450 = 100 + 500

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 32


|𝐹⃗𝐴 | = 150 = 1,5 ∙ 102 𝑁
Note que, agora que a coruja está mais próxima do apoio B, a força de reação 𝐹⃗𝐵 tem módulo
superior a 𝐹⃗𝐴 .
Gabarito: a) ⃗𝑭⃗𝑨 = 𝟓, 𝟎 ∙ 𝟏𝟎𝟐 𝑵 e ⃗𝑭⃗𝑩 = 𝟏, 𝟎 ∙ 𝟏𝟎𝟐 𝑵 b) ⃗𝑭⃗𝑨 = 𝟏, 𝟓 ∙ 𝟏𝟎𝟐 𝑵 e ⃗𝑭⃗𝑩 = 𝟒, 𝟓 ∙ 𝟏𝟎𝟐 𝑵

8. (INÉDITA)
Uma coruja de 5,0 ∙ 102 𝑁 de peso anda em uma tábua homogênea e de comprimento de 1,0 metro que
está apoiada em uma extremidade A e é articulada em um ponto B, distante 60 cm de A. o peso da tábua
é de 2,0 ∙ 102 𝑁. A coruja parte do ponto A e anda lentamente em direção à outra extremidade da tábua.
Até que distância, a partir de A, ela pode andar sem que a tábua gire?

Comentários:
A coruja, a partir do momento que passa do ponto B, cria torque que pode girar a barra. A força
peso da barra criará torque contrário para impedir que tal feito ocorra.
Quanto mais afastada está a coruja do ponto A menor é a reação que esse ponto efetua na barra.
Até que, quando a barra estiver na iminência de girar, a reação 𝐹⃗𝐴 será praticamente nula.
Aluno, nesse tipo de questão o mais indicado é desenhar um esquema das forças e adotar como
referencial o ponto B, de articulação da barra:

Chamando de x a distância da coruja até o ponto B, podemos escrever:


⃗⃗⃗ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜𝑠 = ∑ 𝑀
∑𝑀 ⃗⃗⃗𝑎𝑛𝑡𝑖−ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜𝑠

E para a situação atual:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 33


|𝐹⃗𝐴 | ∙ 𝑑𝐴−𝐵 + |𝑃⃗⃗𝑐𝑜𝑟𝑢𝑗𝑎 | ∙ 𝑥 = |𝑃⃗⃗𝑡á𝑏𝑢𝑎 | ∙ 𝑑𝐵−𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜
E como 𝐹⃗𝐴 tende a zero:
|𝐹⃗𝐴 | ∙ 𝑑𝐴−𝐵 + |𝑃⃗⃗𝑐𝑜𝑟𝑢𝑗𝑎 | ∙ 𝑥 = |𝑃⃗⃗𝑡á𝑏𝑢𝑎 | ∙ 𝑑𝐵−𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜
|𝑃⃗⃗𝑐𝑜𝑟𝑢𝑗𝑎 | ∙ 𝑥 = |𝑃⃗⃗𝑡á𝑏𝑢𝑎 | ∙ 𝑑𝐵−𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜
Agora podemos substituir os valores fornecidos, cuidado com as distâncias, 𝑑𝐵−𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 vale 0,1 𝑚:
500 ∙ 𝑥 = 200 ∙ 0,1
200 ∙ 0,1
𝑥= = 0,04 𝑚 = 4,0 𝑐𝑚
500
Como 𝑥 é a distância de B até o ponto de colapso, temos que a distância máxima que a coruja
pode andar, a partir de A, é de 60 + 4 = 64 𝑐𝑚.
Gabarito: distância máxima de 64 cm.

9. (INÉDITA)
Uma barra de 12 𝑚 de comprimento é montada sobre um ponto de apoio O. Um recipiente cúbico com
30 𝑐𝑚 de aresta é cheio completamente de água e, em seguida, preso a um fio ideal que é colocado em
uma das extremidades da barra.

A intensidade da força, em 𝑁, que deve ser aplicada na extremidade oposta da barra, de modo a equilibrar
todo o conjunto, é
a) 30 b) 120 c) 380 d) 540 e) 720
Note e adote:
A massa da barra e do recipiente são desprezíveis.
A aceleração da gravidade é 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2
𝑔
A massa específica da água é 𝜇 = 1,0 𝑐𝑚3
Comentários:
O volume do cubo é:
𝑉 = (30)3 = (3 ⋅ 10)3 = 27 ⋅ 103 𝑐𝑚3
Pela massa específica da água, podemos encontrar a sua massa:
𝑚 = 𝜇 ⋅ 𝑉 = 1,0 ⋅ 27 ⋅ 103 = 27 ⋅ 103 𝑔 = 27 𝑘𝑔
Para o equilíbrio devemos ter que a soma dos momentos no sentido horário é igual à soma dos
momentos no sentido anti-horário:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 34


𝐹 ⋅ 4 = 𝑃á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 8
𝐹 = 𝑃á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 2
𝐹 = 27 ⋅ 10 ⋅ 2
𝐹 = 540 𝑁
Gabarito: D

3.3. Máquinas simples - Alavancas


Qualquer aparelho por nós utilizado no dia a dia, e que obedeça aos princípios fundamentais da
mecânica pode ser chamado de uma máquina simples.

Dessas, a alavanca é uma das mais antigas a ser utilizada. Esse tipo de ferramenta é capaz de
multiplicar o módulo das forças, além de alterar a sua direção e o seu sentido.

Essa máquina é composta por um ponto de apoio, e em relação a ale são aplicadas a chamada
força potente, proveniente do esforço do operador, e a força resistente, força que se deseja vencer. O
poder de multiplicação de uma alavanca consiste na razão entre a força transmitida e a força aplicada
pelo operador.

As alavancas são classificadas quanto às posições relativas ocupadas pela força potente, o apoio e
a força resistente. Desse modo, dividem-se em 3 grupos:

Interfixas

Alavancas

Inter-resistentes Interpotentes

3.3.1. Alavancas interfixas


Na alavanca interfixa, o apoio está entre a força potente e a força resistente.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 35


Figura 23: Esquema de uma alavanca interfixa.

Nesse caso, podemos escrever:

|𝐹⃗𝑃 | ∙ 𝑑𝑃 = |𝐹⃗𝑅 | ∙ 𝑑𝑅 Alavanca interfixa

São exemplos desse tipo de montagem: tesouras de cortar chapas, gangorras, carrinhos de
carregar carga e martelos, ao serem usados para retirar pregos.

Figura 24: Exemplos de alavancas interfixas.

3.3.2. Alavancas inter-resistentes


Já em alavancas inter-resistentes a força transmitida fica localizada entre o apoio e a força aplicada
pelo operador.

Figura 25: Esquema de alavanca inter-resistente.

Para a situação, temos:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 36


|𝐹⃗𝑃 | ∙ 𝑑𝑃 = |𝐹⃗𝑅 | ∙ 𝑑𝑅 Alavanca inter-resistente

São exemplos de alavancas inter-resistentes abridores de garrafa, carrinhos de mão e quebra-


nozes.

Figura 26: Exemplos de alavancas inter-resistentes.

3.3.3. Alavancas interpotentes


Por fim, em alavancas interpotentes a força aplicada pelo operador fica entre o apoio e a força
transmitida.

Figura 27: Esquema de uma alavanca interpotente.

Novamente, teremos:

|𝐹⃗𝑃 | ∙ 𝑑𝑃 = |𝐹⃗𝑅 | ∙ 𝑑𝑅 Alavanca interpotente

São exemplos de alavancas interpotentes remos de canoístas, a pá usada por um construtor e uma
vara de pescar.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 37


Figura 28: Exemplos de alavancas interpotente.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 38


4. Lista de questões de Dinâmica

(EAM – 2017)
Um marinheiro utiliza um sistema de roldanas com o objetivo de erguer um corpo de 200 kg
de massa, conforme figura abaixo.

Considerando a gravidade local igual a 10 m/s², pode-se afirmar que a força exercida pelo
marinheiro no cumprimento dessa tarefa foi de
a) 100 N b) 250 N c) 500 N d) 1000 N e) 2000 N

(EAM – 2016)
Observe a figura abaixo.

Um trabalhador empurra um carrinho de 20 kg de massa. Nesse carrinho existem duas


caixas, conforme a figura acima. Considerando que, nessa tarefa, a aceleração produzida no
carrinho foi constante e igual a 1,2 m/s², pode-se afirmar que a força exercida pelo
trabalhador foi de
a) 72N b) 88N c) 96N d) 104N e) 108N

(EAM – 2015)
Analise as afirmativas abaixo.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 39


Numa estrada retilínea e horizontal, o velocímetro de um veículo, que se move em linha
reta, indica um valor constante. Nesta situação:
I- A força peso do veículo tem o mesmo sentido que o da velocidade.
II- A soma vetorial das forças que atuam sobre o veículo é nula.
III- A aceleração do veículo é nula.
Assinale a opção correta.
a) Apenas a afirmativa I é verdadeira.
b) Apenas a afirmativa II é verdadeira.
c) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
d) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
e) As afirmativas I, II e III são verdadeiras.

(EAM – 2014)
Observe a figura a seguir.

Alguns marinheiros são designados para abastecer um armazém (paiol) de explosivos com
caixas de 50,0 kg de explosivos cada uma. Para levantar cada caixa com maior facilidade os
marinheiros montaram uma associação de roldanas representadas na figura acima. Qual a
intensidade da força 𝐹⃗ , em newtons, que um marinheiro deve exercer para manter uma
caixa em equilíbrio estático ou fazê-la subir com velocidade constante?
Dado: considere a aceleração local da gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
a) 25 N b) 50 N c) 250 N d) 500 N e) 1000 N

(EAM – 2013)
Analise a figura a seguir.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 40


A figura acima representa um bloco de massa de 100 𝑘𝑔 sendo puxado, sobre uma
superfície, sem atrito, por duas forças, 𝐹1 e 𝐹2 , que têm intensidades iguais,
respectivamente, a 100 𝑁 e 200 𝑁. Qual é o valor da aceleração a que o bloco está
submetido?
Dados: 𝐹𝑅 = 𝐹1 + 𝐹2 , 𝐹𝑅 = 𝑚 ⋅ 𝑎.
a) 1,0 m/s² b) 2,0 m/s² c) 3,0 m/s²
d) 4,0 m/s² e) 5,0 m/s²

(EAM – 2012)
A jangada é um tipo de embarcação típica do litoral nordestino e utiliza a forca dos ventos
sobre suas velas para se deslocar. Após um dia de pesca, um jangadeiro aproveita o vento
favorável para retornar a terra. Se a massa da jangada, incluindo o pescador e o pescado, é
de 300 𝑘𝑔, qual a força resultante para que a massa adquira aceleração de 3 𝑚/𝑠² no
sentido do movimento?
a) 100N b) 300N c) 500N
d) 700N e) 900N

(EAM – 2010)
Observe o sistema abaixo.

Ao estabelecer os princípios que regem os movimentos, Isaac Newton mostrou que a


aceleração adquirida por um corpo é igual a razão entre a resultante de todas as forças que
atuam sobre ele e a sua massa. No sistema apresentado, o corpo "M" sofre a ação das forças
𝐹1 = 60 𝑁, 𝐹2 = 20 𝑁e 𝐹3 = 30 𝑁, que produzem uma aceleração, constante, de 2m/s².
Assim, é correto afirmar que o corpo "M" tem massa
a) 10,0kg e está em repouso.
b) 10,0kg e movimenta-se para a direita.
c) 5,0kg e está parado.
d) 5,0kg e movimenta-se para a esquerda.
e) 5,0kg e movimenta-se para a direita.

(EAM – 2007)
Observe a figura:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 41


Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da sentença abaixo. A figura mostra
um bloco apoiado numa superfície 𝑆 sofrendo a ação das forças 𝐹1 , 𝐹2 , 𝐹3 e 𝐹4 . Para esse
sistema de força, é correto afirmar que a força resultante possui intensidade de
___________, direção _____________________ e sentido para __________________.
a) 50 N / horizontal / esquerda
b) 20N / vertical / direita
c) 10 N / vertical / cima
d) 10 N / horizontal / esquerda
e) 10 N / horizontal / direita

(EAM – 2006)
Um marinheiro utiliza uma associação de roldanas, como a da figura abaixo, para erguer um
barco de peso 𝑝 = 1600 𝑁.

Sabendo-se que essa associação tem 3 roldanas móveis, qual deve ser a força aplicada pelo
marinheiro para manter o barco em equilíbrio?
a) 50 N b) 100 N c) 200 N d) 250 N e) 300 N

(EAM – 2006)
Segundo estatísticas, o cinto de segurança protege o motorista e os passageiros de lesões
mais graves em caso de acidentes. O uso do cinto de segurança em veículos está associado
à
a) Ia lei de Newton.
b) 2a lei de Newton.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 42


c) 3a lei de Newton.
d) lei de Kepler.
e) lei de Copérnico.

(EAM – 2005)

Na figura acima, os três blocos de massas 𝑚𝐴 = 3𝑘𝑔, 𝑚𝐵 = 7𝑘𝑔 e 𝑚𝐶 = 15𝑘𝑔 são


submetidos a uma força "𝐹" de 150 𝑁. Considerando-se os atritos envolvidos como sendo
desprezíveis, pode-se afirmar que a aceleração adquirida pelo bloco 𝐵, em 𝑚/𝑠 2 , vale
a) 6 b) 8 c) 10 d) 13 e) 15

(EAM – 2005)

A figura acima representa um tipo de máquina simples utilizada no dia-a-dia para erguer
grandes massas. Qual deverá ser o valor da força F, em kgf, para que o sistema permaneça
em equilíbrio?
a) 5 b) 10 c) 15 d) 20 e) 25

(EAM – 2004)
Uma força atuando sobre um corpo, sem deformá-lo, é capaz de alterar:
a) sua massa
b) sua densidade
c) apenas sua velocidade
d) apenas a direção do movimento
e) sua velocidade e sua direção de movimento

(CN – 2019)
Observe a figura abaixo:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 43


Aplica-se uma força (𝐹⃗ ) de intensidade constante 10 𝑁, sempre na mesma direção e sentido,
sobre um corpo, inicialmente em repouso, de massa 2,0 𝑘𝑔, localizado sobre uma superfície
horizontal sem atrito. Sabendo-se que além da força mencionada atuam sobre o corpo
somente o seu peso e a normal, calcule, em metros, o deslocamento escalar sofrido pelo
corpo ao final de um intervalo de tempo de 4,0 𝑠 de aplicação da referida força e assinale a
opção correta, considerando 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 e o corpo um ponto material.
a) 10 b) 16 c) 40 d) 80 e) 200

(CN – 2009)
Observe a figura a seguir.

Suponha que a força exercida pelo homem mostrado na figura acima seja integralmente
usada para movimento um corpo, de massa 15 𝑘𝑔, através de um piso horizontal
perfeitamente liso, deslocando-o de uma posição inicial 𝑠0 = 20 𝑚, a partir do repouso e
com aceleração constante, durante 4 s. Nessas condições pode-se afirmar que, ao final desse
intervalo de tempo, a posição final e a velocidade do corpo valem, respectivamente,
a) 100 m e 100 km/h b) 100 m e 108 km/h c) 100 m e 144 km/h
d) 120 m e 108 km/h e) 120 m e 144 km/h

(CN – 2005)
Observe a figura:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 44


A figura mostra um menino erguendo um bloco com uma força de 69 𝑁, num local onde a
gravidade vale 9,8 𝑚/𝑠 2 . Supondo que o fio seja inextensível e considerando desprezível a
sua massa, é correto afirmar que a aceleração adquirida pelo bloco tem valor, em 𝑚/𝑠 2 ,
igual a
a) 2 b) 4 c) 5 d) 7 e) 8

(CN – 2004)

Uma balança foi colocada dentro de um elevador, conforme mostra a figura acima. Se o
elevador executa um movimento de descida com aceleração constante, então a balança
registra um peso
a) maior que o marcado fora do elevador.
b) menor que o marcado fora do elevador.
c) igual ao marcado fora do elevador.
d) igual ao dobro do registrado fora do elevador.
e) igual a zero pois não será possível medi-lo.

(EsPCEx – 2019/modificada)
No plano inclinado abaixo, um bloco homogêneo encontra-se sob a ação de uma força de
intensidade 𝐹 = 4 𝑁, constante e paralela ao plano. O bloco percorre a distância 𝐴𝐵, que é
igual a 1,6 𝑚, ao longo do plano com velocidade constante. Desprezando-se o atrito, então
a massa do bloco é dada por:
Dados: adote a aceleração da gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 ,
𝑠𝑒𝑛 60° = √3/2 e cos 60° = 1/2.
2√3
a) 𝑘𝑔
15
4√3
b) 𝑘𝑔
15
6√3
c) 𝑘𝑔
15
8√3
d) 𝑘𝑔
15
10√3
e) 𝑘𝑔
15

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 45


(EsPCEx – 2014)
Uma pessoa de massa igual a 80 𝑘𝑔 está dentro de um elevador sobre uma balança calibrada
que indica o peso em newtons, conforme desenho abaixo. Quando o elevador está
acelerado para cima com uma aceleração constante de intensidade 𝑎 = 2,0 𝑚/𝑠 2 , a pessoa
observa que a balança indica o valor de
Dado: intensidade da aceleração da gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2
a) 160 𝑁
b) 640 𝑁
c) 800 𝑁
d) 960 𝑁
e) 1600 𝑁

(EsPCEx – 2010)
Três blocos 𝐴, 𝐵 e 𝐶 de massas 4 𝑘𝑔, 6 𝑘𝑔 e 8 𝑘𝑔, respectivamente, são dispostos, conforme
representado no desenho abaixo, em um local onde a aceleração da gravidade 𝑔 vale
10 𝑚/𝑠 2 .

Desprezando todas as forças de atrito e considerando ideais as polias e os fios, a intensidade


da força horizontal 𝐹⃗ que deve ser aplicada ao bloco 𝐴, para que o bloco 𝐶 suba
verticalmente com uma aceleração constante de 2 𝑚/𝑠 2 , é de:
a) 100 𝑁 b) 112 𝑁 c) 124 𝑁 d) 140 𝑁 e) 176 𝑁

(EsPCEx – 2009)
Uma partícula “O” descreve um movimento retilíneo uniforme e está sujeito à ação exclusiva
das forças 𝐹⃗1 , 𝐹⃗2 , 𝐹⃗3 e 𝐹⃗4 , conforme o desenho abaixo:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 46


Podemos afirmar que
a) 𝐹⃗1 + 𝐹⃗2 + 𝐹⃗3 = −𝐹⃗4
b) 𝐹⃗1 + 𝐹⃗3 + 𝐹⃗4 = 𝐹⃗2
c) 𝐹⃗1 − 𝐹⃗2 + 𝐹⃗4 = −𝐹⃗3
d) 𝐹⃗1 + 𝐹⃗2 + 𝐹⃗4 = 𝐹⃗3
e) 𝐹⃗2 + 𝐹⃗3 + 𝐹⃗4 = 𝐹⃗1

(EsPCEx – 2009)
Um trabalhador utiliza um sistema de roldanas conectadas por cordas
para elevar uma caixa de massa 𝑀 = 60 𝑘𝑔. Aplicando uma força 𝐹⃗
sobre a ponta livre da corda conforme representado no desenho abaixo,
ele mantém a caixa suspensa e em equilíbrio. Sabendo que as cordas e
as roldanas são ideais e considerando a aceleração da gravidade igual a
10 𝑚/𝑠 2 , o módulo da força 𝐹⃗ vale
a) 10 𝑁
b) 50 𝑁
c) 75 𝑁
d) 100 𝑁
e) 150 𝑁

(EsPCEx – 2008)
Dois blocos A e B, de massas respectivamente iguais a 8 kg e 6 kg, estão apoiados em uma
superfície horizontal e perfeitamente lisa. Uma força horizontal, constante e de intensidade
F = 7 N, é aplicada no bloco A, conforme a figura abaixo.

Nessas condições, podemos afirmar que o bloco B adquire uma aceleração de


a) 0,50 𝑚/𝑠 2 b) 0,87 𝑚/𝑠 2 c) 1,16 𝑚/𝑠 2
d) 2,00 𝑚/𝑠 2 e) 3,12 𝑚/𝑠 2

(EsPCEx – 2002)

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 47


Na figura abaixo, as massas 𝐴 e 𝐵 são iguais a 2 𝑘𝑔, cada uma, e estão ligadas por um fio e
uma roldana ideais. Sabendo que todos os atritos são desprezíveis e que a aceleração da
gravidade é igual a 10 𝑚/𝑠 2 , podemos afirmar que a tração no fio ideal, em newtons, é de
a) 2
b) 5
c) 10
d) 20
e) 40

(EsPCEx – 2001)
Uma bola de 0,5 𝑘𝑔 encontra-se sobre um plano horizontal perfeitamente liso e está
submetida à ação de três forças horizontais que passam pelo seu centro de massa, conforme
a figura abaixo.
Dados: |𝐹⃗1 | = 6 𝑁, |𝐹⃗1 | > |𝐹⃗2 | e |𝐹⃗3 | = 3 𝑁. Despreze a resistência do ar.

Sabendo que a bola adquire uma aceleração resultante de módulo 10 𝑚/𝑠 2 , podemos
concluir que a intensidade da força 𝐹⃗2 é:
a) 4 N b) 3 N c) 2 N d) 1 N e) 5 N

(EsPCEx – 2000)
Um sistema de fios e polias ideais, conforme a figura abaixo, é usado em uma farmácia para
levar medicamentos do depósito para a loja. A aceleração da gravidade vale 10 𝑚/𝑠 2 , e o
atrito com o ar é desprezível. O módulo da força 𝐹⃗ que o farmacêutico deve aplicar ao
sistema para que os medicamentos de massa 800 𝑔 subam com velocidade constante deve
ser de
a) 4 𝑁
b) 8 𝑁
c) 8 ⋅ 10 𝑁
d) 4 ⋅ 103 𝑁
e) 8 ⋅ 103 𝑁

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 48


(EEAR – 2018)
Em alguns parques de diversão há um brinquedo em que as pessoas se surpreendem ao ver
um bloco aparentemente subir uma rampa que está no piso de uma casa sem a aplicação
de uma força. O que as pessoas não percebem é que o piso dessa casa está sobre um outro
plano inclinado que faz com que o bloco, na verdade, esteja descendo a rança em relação a
horizontal terrestre. Na figura a seguir, está representada uma rampa com uma inclinação
𝛼 em relação ao piso da casa e uma pessoa observando o bloco (B) "subindo” a rampa
(desloca-se da posição A para a posição C).
Dados:
1) a pessoa, a rampa, o plano inclinado e a casa estão todos em repouso entre si e em relação
a horizontal terrestre.
2) considere P = peso do bloco.
3) desconsidere qualquer atrito.

Nessas condições, a expressão da força responsável por mover esse bloco a partir do
repouso, para quaisquer valores de 𝜃 e 𝛼 que fazem funcionar corretamente o brinquedo, é
dada por
a) 𝑃𝑠𝑒𝑛(𝜃 + 𝛼) b) 𝑃𝑠𝑒𝑛(𝜃 − 𝛼)
c) 𝑃𝑠𝑒𝑛 𝛼 d) 𝑃𝑠𝑒𝑛 𝜃

(EEAR – 2018)
Um bloco de massa 𝑚 = 5 𝑘𝑔 desliza pelo plano inclinado, mostrado na figura abaixo, com
velocidade constante de 2 𝑚/𝑠. Calcule, em Newtons, a força resultante sobre o bloco entre
os pontos 𝐴 e 𝐵.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 49


a) zero b) 7,5 N c) 10,0 N d) 20,0 N

(EEAR – 2017)
Um trem de 200 toneladas consegue acelerar a 2 𝑚/𝑠² Qual a força, em newtons, exercida
pelas rodas em contato com o trilho para causar tal aceleração
a) 1 ⋅ 105 b) 2 ⋅ 105 c) 3 ⋅ 105 d) 4 ⋅ 105

(EEAR – 2016)
O personagem Cebolinha, na tirinha abaixo, vale-se de uma Lei da Física para executar tal
proeza que acaba causando um acidente. A lei considerada pelo personagem é:

a) 1ª Lei de Newton: Inércia.


b) 2ª Lei de Newton: 𝐹 = 𝑚 ⋅ 𝑎.
c) 3ª Lei de Newton: Ação e Reação.
d) Lei da Conservação da Energia.

(EEAR – 2014)
Na figura a seguir o bloco 𝐴, de massa igual a 6 𝑘𝑔, está apoiado sobre um plano inclinado
sem atrito. Este plano inclinado forma com a horizontal um ângulo de 30°. Desconsiderando
os atritos, admitindo que as massas do fio e da polia sejam desprezíveis e que o fio seja
inextensível, qual deve ser o valor da massa, em 𝑘𝑔, do bloco 𝐵 para que o bloco 𝐴 desça o
plano inclinado com uma aceleração constante de 2 𝑚/𝑠 2 .
Dado: aceleração da gravidade local = 10 𝑚/𝑠 2 .

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 50


a) 0,5
b) 1,5
c) 2,0
d) 3,0

(EEAR – 2013)
Considere um corpo preso na sua parte superior por um elástico, e apoiado num plano
inclinado (como mostrado na figura abaixo).

À medida que aumentarmos o ângulo de inclinação a do plano, a força que age no elástico
aumenta devido
a) ao crescimento do peso do corpo.
b) ao aumento da quantidade de massa do corpo.
c) à componente do peso do corpo paralela ao plano inclinado tornar-se maior.
d) à componente do peso do corpo, perpendicular ao plano inclinado, aumentar.

(EEAR – 2010)
Considere que o sistema, composto pelo bloco homogêneo de massa 𝑀 preso pelos fios 1 e
2, representado na figura a seguir está em equilíbrio. O número de forças que atuam no
centro de gravidade do bloco é
Obs.: Considere que o sistema está na Terra.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 5

(EEAR – 2010)
Um garoto puxa uma corda amarrada a um caixote aplicando uma força de intensidade igual
a 10 𝑁, como está indicado no esquema a seguir. A intensidade, em 𝑁, da componente da
força que contribui apenas para a tentativa do garoto em arrastar o caixote
horizontalmente, vale

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 51


a) 5
b) 5√2
c) 5√3
d) 10

(EEAR – 2009)
Uma força, de módulo 𝐹, foi decomposta em duas componentes perpendiculares entre si.
Verificou-se que a razão entre os módulos dessas componentes vale √3. O ângulo entre esta
força e sua componente de maior módulo é de:
a) 30° b) 45° c) 60° d) 75°

(EEAR – 2008)
A figura abaixo representa um corpo de massa 80 𝑘𝑔. Em repouso, sobre um plano inclinado
30° em relação à horizontal. Considere 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , ausência de atritos e a corda
inextensível e de massa desprezível. O módulo da tração sobre a corda, para que o corpo
continue em equilíbrio é _____𝑁.
a) 200
b) 400
c) 600
d) 800

(EEAR – 2008)
Dinamômetro é o instrumento que mede a intensidade da força que atua em um objeto, a
partir de uma medida de
a) aceleração. b) velocidade.
c) deformação. d) temperatura.

(EEAR – 2007)
Um carro desloca-se ao lado de um caminhão, na mesma direção, no mesmo sentido e com
mesma velocidade em relação ao solo, por alguns instantes. Neste intervalo de tempo, a
velocidade relativa entre carro e caminhão é___________________. Em um instante
posterior, a inclinação de um pêndulo dependurado na cabine do caminhão, quando este é
freado repentinamente, é explicada pelo motorista do carro a partir da _______________de
Newton.
a) nula; 1ª lei b) nula; 3ª lei

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 52


c) positiva; 1ª lei d) positiva; 3ª lei

5. Gabarito sem comentários da lista de Dinâmica

1. B 14. C 27. B

2. C 15. C 28. A

3. D 16. B 29. D

4. C 17. B 30. A

5. C 18. B 31. B

6. E 19. D 32. C

7. E 20. E 33. C

8. E 21. A 34. A

9. C 22. C 35. A

10. A 23. A 36. B

11. A 24. C 37. C

12. E 25. C 38. A

13. E 26. A

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 53


6. Lista de questões de Dinâmica comentada
(EAM – 2017)
Um marinheiro utiliza um sistema de roldanas com o objetivo de erguer um corpo de 200 kg
de massa, conforme figura abaixo.

Considerando a gravidade local igual a 10 m/s², pode-se afirmar que a força exercida pelo
marinheiro no cumprimento dessa tarefa foi de
a) 100 N b) 250 N c) 500 N d) 1000 N e) 2000 N
Comentários:

Como o fio é ideal e as polias também são ideais, a força que o operador faz na corda se propaga
por ela da seguinte forma:

De acordo com o diagrama de força, a força mínima para que o corpo fique em equilíbrio é de:

8𝐹 = 𝑚 ⋅ 𝑔

8𝐹 = 200 ⋅ 10 ∴ 𝐹 = 250 𝑁

A partir dessa força, o marinheiro consegue erguer o bloco.


Gabarito: B

(EAM – 2016)
Observe a figura abaixo.

Um trabalhador empurra um carrinho de 20 kg de massa. Nesse carrinho existem duas


caixas, conforme a figura acima. Considerando que, nessa tarefa, a aceleração produzida no
carrinho foi constante e igual a 1,2 m/s², pode-se afirmar que a força exercida pelo
trabalhador foi de
a) 72N b) 88N c) 96N d) 104N e) 108N

Comentários:

Desprezando as eventuais forças de atrito do carrinho com o solo, o home empurra uma massa
de:

𝑚 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑚1 + 𝑚2 + 𝑚𝑐𝑎𝑟𝑟𝑖𝑛ℎ𝑜

𝑚 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 24 + 36 + 20

𝑚 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 80 𝑘𝑔

De acordo com a segunda lei de Newton, a força resultante no bloco é a força aplicada pelo
operador, portanto:

𝐹 = 𝐹𝑅

𝐹 = 𝑚 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ 𝑎

𝐹 = 80 ⋅ 1,2

𝐹 = 96 𝑁
Gabarito: C

(EAM – 2015)
Analise as afirmativas abaixo.
Numa estrada retilínea e horizontal, o velocímetro de um veículo, que se move em linha
reta, indica um valor constante. Nesta situação:
I- A força peso do veículo tem o mesmo sentido que o da velocidade.
II- A soma vetorial das forças que atuam sobre o veículo é nula.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 55


III- A aceleração do veículo é nula.
Assinale a opção correta.
a) Apenas a afirmativa I é verdadeira.
b) Apenas a afirmativa II é verdadeira.
c) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
d) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
e) As afirmativas I, II e III são verdadeiras.

Comentários:

I. Incorreta. A força peso é devido ao campo gravitacional terrestre, ela tem direção para o centro da
Terra, isto é, perpendicular ao deslocamento do móvel (aponta para baixo).

II. Correta. Se o carro se desloca com velocidade constante em um movimento retilíneo, quer dizer que
ele não possui aceleração alguma, o que pela segunda lei de Newton podemos dizer que a força resultante
é nula. Na direção vertical, a força peso tem o mesmo módulo da força de contato que o solo faz no carro.

III. Correta. Como consequência direta da segunda lei de Newton, se a força resultante sobre o corpo é
nula, então a aceleração do veículo é nula.

Gabarito: D

(EAM – 2014)
Observe a figura a seguir.

Alguns marinheiros são designados para abastecer um armazém (paiol) de explosivos com
caixas de 50,0 kg de explosivos cada uma. Para levantar cada caixa com maior facilidade os
marinheiros montaram uma associação de roldanas representadas na figura acima. Qual a
intensidade da força 𝐹⃗ , em newtons, que um marinheiro deve exercer para manter uma
caixa em equilíbrio estático ou fazê-la subir com velocidade constante?
Dado: considere a aceleração local da gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
a) 25 N b) 50 N c) 250 N d) 500 N e) 1000 N

Comentários:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 56


Como o fio e a polia são considerados ideais, então a força 𝐹 se “propaga” ao longo do fio e a polia
está sendo erguida com 2𝐹 para cima, portanto:

2𝐹 − 𝑃 = 𝑚 ⋅ 𝑎

Como o marinheiro deve manter o corpo em equilíbrio, então a aceleração deve ser nula. Logo:

2𝐹 = 𝑃

2𝐹 = 50 ⋅ 10 ∴ 𝐹 = 250 𝑁

Gabarito: C

(EAM – 2013)
Analise a figura a seguir.

A figura acima representa um bloco de massa de 100 𝑘𝑔 sendo puxado, sobre uma
superfície, sem atrito, por duas forças, 𝐹1 e 𝐹2 , que têm intensidades iguais,
respectivamente, a 100 𝑁 e 200 𝑁. Qual é o valor da aceleração a que o bloco está
submetido?
Dados: 𝐹𝑅 = 𝐹1 + 𝐹2 , 𝐹𝑅 = 𝑚 ⋅ 𝑎.
a) 1,0 m/s² b) 2,0 m/s² c) 3,0 m/s²
d) 4,0 m/s² e) 5,0 m/s²

Comentários:

Fazendo o diagrama de forças no corpo, temos:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 57


Não há movimento na direção vertical, portanto temos que 𝑁 = 𝑃. Na direção horizontal, a força
𝐹1 e a força 𝐹2 estão puxando o corpo para a direita. Logo, a resultante no corpo é dada pela soma dessas
duas forças:

𝐹𝑅 = 𝐹1 + 𝐹2

𝐹𝑅 = 100 + 200 ∴ 𝐹𝑅 = 300 𝑁

Pela segunda lei de Newton, temos:

𝐹𝑅 = 𝑚 ⋅ 𝑎

300 = 100 ⋅ 𝑎 ∴ 𝑎 = 3,0 𝑚/𝑠 2

Gabarito: C

(EAM – 2012)
A jangada é um tipo de embarcação típica do litoral nordestino e utiliza a forca dos ventos
sobre suas velas para se deslocar. Após um dia de pesca, um jangadeiro aproveita o vento
favorável para retornar a terra. Se a massa da jangada, incluindo o pescador e o pescado, é
de 300 𝑘𝑔, qual a força resultante para que a massa adquira aceleração de 3 𝑚/𝑠² no
sentido do movimento?
a) 100N b) 300N c) 500N
d) 700N e) 900N

Comentários:

Considerando que a embarcação se desloca em um movimento horizontal, a força dos ventos nas
velas do barco serão a resultante das forças na jangada na direção horizontal. Portanto:

𝐹𝑅 = 𝑚 ⋅ 𝑎

𝐹𝑅 = 300 ⋅ 3 ∴ 𝐹𝑅 = 900 𝑁

Consideramos que a aceleração foi tomada em um referencial inercial.

Gabarito: E

(EAM – 2010)
Observe o sistema abaixo.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 58


Ao estabelecer os princípios que regem os movimentos, Isaac Newton mostrou que a
aceleração adquirida por um corpo é igual a razão entre a resultante de todas as forças que
atuam sobre ele e a sua massa. No sistema apresentado, o corpo "M" sofre a ação das forças
𝐹1 = 60 𝑁, 𝐹2 = 20 𝑁e 𝐹3 = 30 𝑁, que produzem uma aceleração, constante, de 2m/s².
Assim, é correto afirmar que o corpo "M" tem massa
a) 10,0kg e está em repouso.
b) 10,0kg e movimenta-se para a direita.
c) 5,0kg e está parado.
d) 5,0kg e movimenta-se para a esquerda.
e) 5,0kg e movimenta-se para a direita.

Comentários:

De acordo com o diagrama de forças que atuam no corpo, a força resultante é dada fazendo a
diferença entre tudo o que empurra para um lado e tudo aquilo que empurra para o outro lado:

𝐹𝑅 = 𝐹1 − 𝐹2 − 𝐹3

𝐹𝑅 = 60 − 20 − 30 ∴ 𝐹𝑅 = 10 𝑁

Mas, de acordo com a segunda lei de Newton, que foi mencionada no enunciado, temos:

𝐹𝑅 = 𝑀 ⋅ 𝑎

10 = 𝑀 ⋅ 2 ∴ 𝑀 = 5,0 𝑘𝑔

Como 𝐹1 = 60 𝑁 é maior que as forças para a esquerda 𝐹2 + 𝐹3 = 50 𝑁, então o corpo deve se


movimentar para a direita.

Gabarito: E

(EAM – 2007)
Observe a figura:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 59


Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da sentença abaixo. A figura mostra
um bloco apoiado numa superfície 𝑆 sofrendo a ação das forças 𝐹1 , 𝐹2 , 𝐹3 e 𝐹4 . Para esse
sistema de força, é correto afirmar que a força resultante possui intensidade de
___________, direção _____________________ e sentido para __________________.
a) 50 N / horizontal / esquerda
b) 20N / vertical / direita
c) 10 N / vertical / cima
d) 10 N / horizontal / esquerda
e) 10 N / horizontal / direita

Comentários:

Considerando que 𝐹1 = 10 𝑁 já está representando a força de contato da superfície no bloco e


que 𝐹4 = 10 𝑁 representa o peso do bloco, podemos verificar que na direção vertical a resultante das
forças é nula, pois estamos puxando com 10 N para cima e 10 N para baixo.

Entretanto, na direção horizontal estamos puxando com 30 N para a direita e 20 N para a esquerda.
Logo, a resultante dessas forças é dada por:

𝐹𝑅 = 𝐹3 − 𝐹2

𝐹𝑅 = 30 − 20 = 10 𝑁

Como a 𝐹3 > 𝐹2 , o corpo se move para a direita na horizontal.

Nesta questão foi desprezado o atrito do bloco com a superfície.

Gabarito: E

(EAM – 2006)
Um marinheiro utiliza uma associação de roldanas, como a da figura abaixo, para erguer um
barco de peso 𝑝 = 1600 𝑁.

Sabendo-se que essa associação tem 3 roldanas móveis, qual deve ser a força aplicada pelo
marinheiro para manter o barco em equilíbrio?

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 60


a) 50 N b) 100 N c) 200 N d) 250 N e) 300 N

Comentários:

De acordo com o diagrama de forças no sistema, temos:

Para manter o bloco em equilíbrio, devemos ter que:

8𝐹𝑃 = 𝑝

8𝐹𝑃 = 1600 ∴ 𝐹𝑃 = 200 𝑁

Gabarito: C

(EAM – 2006)
Segundo estatísticas, o cinto de segurança protege o motorista e os passageiros de lesões
mais graves em caso de acidentes. O uso do cinto de segurança em veículos está associado
à
a) 1a lei de Newton. b) 2a lei de Newton. c) 3a lei de Newton.
d) lei de Kepler. e) lei de Copérnico.

Comentários:

O princípio do funcionamento do cinto de segurança está relacionado com a 1ª lei de Newton, o


princípio da Inércia, pois sofrer uma variação brusca da velocidade do carro, os passageiros tendem a
manter o movimento antes do acidente ou do acionamento dos freios. Os cintos mantem os passageiros
juntamente com o movimento do carro, evitando possíveis lesões mais graves.

Gabarito: A

(EAM – 2005)

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 61


Na figura acima, os três blocos de massas 𝑚𝐴 = 3𝑘𝑔, 𝑚𝐵 = 7𝑘𝑔 e 𝑚𝐶 = 15𝑘𝑔 são
submetidos a uma força "𝐹" de 150 𝑁. Considerando-se os atritos envolvidos como sendo
desprezíveis, pode-se afirmar que a aceleração adquirida pelo bloco 𝐵, em 𝑚/𝑠 2 , vale
a) 6 b) 8 c) 10 d) 13 e) 15

Comentários:

Como não há atrito entre os blocos e a superfície horizontal, quando é aplicada a força 𝐹 no bloco,
todo o conjunto se movimento com a mesma aceleração para a esquerda, já que eles estão “grudados”.

Portanto, podemos pensar em um bloco só de massa 𝑚 = 3 + 7 + 15 = 25 𝑘𝑔, sendo empurrado


pela força 𝐹. Portanto:

𝐹 =𝑚⋅𝑎

150 = 25 ⋅ 𝑎 ∴ 𝑎 = 6 𝑚/𝑠 2

Gabarito: A

(EAM – 2005)

A figura acima representa um tipo de máquina simples utilizada no dia-a-dia para erguer
grandes massas. Qual deverá ser o valor da força F, em kgf, para que o sistema permaneça
em equilíbrio?
a) 5 b) 10 c) 15 d) 20 e) 25

Comentários:

Fazendo o diagrama de forças no sistema, lembrando que as polias e os fios são ideais, temos:

Para que o sistema permaneça em equilíbrio, devemos ter:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 62


4𝐹 = 𝑃

4𝐹 = 100 ∴ 𝐹 = 25 𝑘𝑔𝑓

Gabarito: E

(EAM – 2004)
Uma força atuando sobre um corpo, sem deformá-lo, é capaz de alterar:
a) sua massa
b) sua densidade
c) apenas sua velocidade
d) apenas a direção do movimento
e) sua velocidade e sua direção de movimento

Comentários:

Se a força que está atuando no corpo é a única, então ela desempenha o papel de força resultante.
De acordo com a segunda lei de Newton, sabemos que:

𝐹𝑅 = 𝑚 ⋅ 𝑎

A força pode ser responsável por alterar a velocidade do corpo ou pode ser responsável por alterar
a direção do movimento do corpo, caso ela seja perpendicular a velocidade, como no caso do movimento
circular.

Gabarito: E

(CN – 2019)
Observe a figura abaixo:

Aplica-se uma força (𝐹⃗ ) de intensidade constante 10 𝑁, sempre na mesma direção e sentido,
sobre um corpo, inicialmente em repouso, de massa 2,0 𝑘𝑔, localizado sobre uma superfície
horizontal sem atrito. Sabendo-se que além da força mencionada atuam sobre o corpo
somente o seu peso e a normal, calcule, em metros, o deslocamento escalar sofrido pelo
corpo ao final de um intervalo de tempo de 4,0 𝑠 de aplicação da referida força e assinale a
opção correta, considerando 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 e o corpo um ponto material.
a) 10 b) 16 c) 40 d) 80 e) 200

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 63


Comentários:

Ao aplicar apenas a força 𝐹 na direção horizontal, ela desempenhará o papel de resultante sobre
o corpo nessa direção. Portanto:

𝐹𝑅 = 𝐹

𝑚⋅𝑎 =𝐹

2 ⋅ 𝑎 = 10 ∴ 𝑎 = 5 𝑚/𝑠 2

Como o corpo estava inicialmente em repouso, então a sua função horária é dada por:

𝑎𝑡 2
𝑠 = 𝑠0 + 𝑣0 𝑡 +
2
5 ⋅ 𝑡2
𝑠 − 𝑠0 = 0 ⋅ 𝑡 +
2
5 ⋅ 𝑡2
Δ𝑠 =
2
Para 𝑡 = 4,0 𝑠, o deslocamento é dado por:

5 ⋅ 42
Δ𝑠 = ∴ Δ𝑠 = 40 𝑚
2

Gabarito: C

(CN – 2009)
Observe a figura a seguir.

Suponha que a força exercida pelo homem mostrado na figura acima seja integralmente
usada para movimento um corpo, de massa 15 𝑘𝑔, através de um piso horizontal
perfeitamente liso, deslocando-o de uma posição inicial 𝑠0 = 20 𝑚, a partir do repouso e
com aceleração constante, durante 4 s. Nessas condições pode-se afirmar que, ao final desse
intervalo de tempo, a posição final e a velocidade do corpo valem, respectivamente,
a) 100 m e 100 km/h b) 100 m e 108 km/h c) 100 m e 144 km/h
d) 120 m e 108 km/h e) 120 m e 144 km/h

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 64


Comentários:

Fazendo o diagrama de forças no sistema, temos:

Inicialmente, devemos encontrar a força que o homem faz para manter o corpo de 120 kg em
equilíbrio, pois esta força será utilizada para mover um bloco de 15 kg na horizontal, posteriormente. Para
o equilíbrio do sistema formado na figura, temos:

8𝐹 = 120 ⋅ 10

𝐹 = 150 𝑁

Agora temos um novo exercício. Se essa força é a resultante sobre o bloco de 15 kg na horizontal,
então:

𝐹 = 𝐹𝑅

150 = 15 ⋅ 𝑎 ∴ 𝑎 = 10 𝑚/𝑠 2

A função horária do espaço desse corpo é dada por:

𝑎 ⋅ 𝑡2
𝑠 = 𝑠0 + 𝑣0 ⋅ 𝑡 +
2
10 ⋅ 𝑡 2
𝑠 = 20 + 0 ⋅ 𝑡 +
2
𝑠 = 20 + 5 ⋅ 𝑡 2

Para 𝑡 = 4 𝑠, temos:

𝑠(4) = 20 + 5 ⋅ 42

𝑠(4) = 20 + 5 ⋅ 16 ∴ 𝑠(4) = 100 𝑚

A velocidade do corpo é dada pela função horária:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 65


𝑣(𝑡) = 𝑣0 + 𝑎 ⋅ 𝑡

𝑣(𝑡) = 0 + 10 ⋅ 𝑡

𝑣(𝑡) = 10 ⋅ 𝑡

Para 𝑡 = 4 𝑠, vem:

𝑣(4) = 10 ⋅ 4 = 40 𝑚/𝑠

Em 𝑘𝑚/ℎ a velocidade é de:

40 ⋅ 3,6 = 144 𝑘𝑚/ℎ

Gabarito: C

(CN – 2005)
Observe a figura:

A figura mostra um menino erguendo um bloco com uma força de 69 𝑁, num local onde a
gravidade vale 9,8 𝑚/𝑠 2 . Supondo que o fio seja inextensível e considerando desprezível a
sua massa, é correto afirmar que a aceleração adquirida pelo bloco tem valor, em 𝑚/𝑠 2 ,
igual a
a) 2 b) 4 c) 5 d) 7 e) 8

Comentários:

Fazendo o diagrama de força no corpo, temos:

Quando o corpo começar a ser erguido, a normal tende a zero e o corpo perde contato com a
mesa. Nesse instante, temos que:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 66


𝐹+𝑁
⏟ −𝑃 =𝑚⋅𝑎
≅0

𝐹−𝑚⋅𝑔 = 𝑚⋅𝑎

Substituindo valores, temos:

69 − 5 ⋅ 9,8 = 5 ⋅ 𝑎

5 ⋅ 𝑎 = 20

𝑎 = 4 𝑚/𝑠 2

Gabarito: B

(CN – 2004)

Uma balança foi colocada dentro de um elevador, conforme mostra a figura acima. Se o
elevador executa um movimento de descida com aceleração constante, então a balança
registra um peso
a) maior que o marcado fora do elevador.
b) menor que o marcado fora do elevador.
c) igual ao marcado fora do elevador.
d) igual ao dobro do registrado fora do elevador.
e) igual a zero pois não será possível medi-lo.

Comentários:

Se o elevador está descendo com a aceleração 𝑎, então:

𝑃𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 − 𝑁 = 𝑚𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 ⋅ 𝑎

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 67


Portanto:

𝑁 = 𝑃𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 − 𝑚𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 ⋅ 𝑎

𝑁 = 𝑚𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 ⋅ 𝑔 − 𝑚𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 ⋅ 𝑎

𝑁 = 𝑚𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 (𝑔 − 𝑎)

Como a balança lê a força de contato que a pessoa exerce sobre o prato da balança, então a
balança faz uma leitura ligeiramente menor do que é de fato o peso da pessoa.

Gabarito: B

(EsPCEx – 2019/modificada)
No plano inclinado abaixo, um bloco homogêneo encontra-se sob a ação de uma força de
intensidade 𝐹 = 4 𝑁, constante e paralela ao plano. O bloco percorre a distância 𝐴𝐵, que é
igual a 1,6 𝑚, ao longo do plano com velocidade constante. Desprezando-se o atrito, então
a massa do bloco é dada por:
Dados: adote a aceleração da gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 ,
𝑠𝑒𝑛 60° = √3/2 e cos 60° = 1/2.
2√3
a) 𝑘𝑔
15
4√3
b) 𝑘𝑔
15
6√3
c) 𝑘𝑔
15
8√3
d) 𝑘𝑔
15
10√3
e) 𝑘𝑔
15

Comentários:

Escrevendo o diagrama de forças no bloco, temos:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 68


𝐹 − 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(60°) = 𝑚 ⋅ 𝑎

Como ele está subindo com velocidade constante, então 𝑎 = 0. Portanto:

𝐹 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(60°)

√3
4 = 𝑚 ⋅ 10 ⋅
2

4 4√3
𝑚= = 𝑘𝑔
5√3 15

Gabarito: B

(EsPCEx – 2014)
Uma pessoa de massa igual a 80 𝑘𝑔 está dentro de um elevador sobre uma balança calibrada
que indica o peso em newtons, conforme desenho abaixo. Quando o elevador está
acelerado para cima com uma aceleração constante de intensidade 𝑎 = 2,0 𝑚/𝑠 2 , a pessoa
observa que a balança indica o valor de
Dado: intensidade da aceleração da gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2
a) 160 𝑁
b) 640 𝑁
c) 800 𝑁
d) 960 𝑁
e) 1600 𝑁

Comentários:

Quando o elevador está subindo com aceleração 𝑎, devemos ter que:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 69


𝑁−𝑃 =𝑚⋅𝑎

𝑁 =𝑚⋅𝑔+𝑚⋅𝑎

𝑁 = 𝑚(𝑎 + 𝑔)

𝑁 = 80(2 + 10)

𝑁 = 960 𝑁

Gabarito: D

(EsPCEx – 2010)
Três blocos 𝐴, 𝐵 e 𝐶 de massas 4 𝑘𝑔, 6 𝑘𝑔 e 8 𝑘𝑔, respectivamente, são dispostos, conforme
representado no desenho abaixo, em um local onde a aceleração da gravidade 𝑔 vale
10 𝑚/𝑠 2 .

Desprezando todas as forças de atrito e considerando ideais as polias e os fios, a intensidade


da força horizontal 𝐹⃗ que deve ser aplicada ao bloco 𝐴, para que o bloco 𝐶 suba
verticalmente com uma aceleração constante de 2 𝑚/𝑠 2 , é de:
a) 100 𝑁 b) 112 𝑁 c) 124 𝑁 d) 140 𝑁 e) 176 𝑁

Comentários:

Considerando os blocos B e C como um só, já que não faremos nenhuma análise entre eles, então:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 70


𝐹 − 𝑇 = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑎

𝑇 − (𝑚𝐵 + 𝑚𝐶 ) ⋅ 𝑔 = (𝑚𝐵 + 𝑚𝐶 ) ⋅ 𝑎

Somando as equações, temos:

𝐹 − (𝑚𝐵 + 𝑚𝐶 ) ⋅ 𝑔 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 + 𝑚𝐶 ) ⋅ 𝑎

Substituindo valores, temos:

𝐹 − (6 + 8) ⋅ 10 = (4 + 6 + 8) ⋅ 2 ∴ 𝐹 = 176 𝑁

Gabarito: E

(EsPCEx – 2009)
Uma partícula “O” descreve um movimento retilíneo uniforme e está sujeito à ação exclusiva
das forças 𝐹⃗1 , 𝐹⃗2 , 𝐹⃗3 e 𝐹⃗4 , conforme o desenho abaixo:
Podemos afirmar que
a) 𝐹⃗1 + 𝐹⃗2 + 𝐹⃗3 = −𝐹⃗4
b) 𝐹⃗1 + 𝐹⃗3 + 𝐹⃗4 = 𝐹⃗2
c) 𝐹⃗1 − 𝐹⃗2 + 𝐹⃗4 = −𝐹⃗3
d) 𝐹⃗1 + 𝐹⃗2 + 𝐹⃗4 = 𝐹⃗3
e) 𝐹⃗2 + 𝐹⃗3 + 𝐹⃗4 = 𝐹⃗1

Comentários:

Se a partícula descreve um MRU, então a força resultante sobre ela é nula. Ou seja:

𝐹⃗1 + 𝐹⃗2 + 𝐹⃗3 + 𝐹⃗4 = ⃗0⃗

Portanto:

𝐹⃗1 + 𝐹⃗2 + 𝐹⃗3 = −𝐹⃗4

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 71


Gabarito: A

(EsPCEx – 2009)
Um trabalhador utiliza um sistema de roldanas conectadas por cordas
para elevar uma caixa de massa 𝑀 = 60 𝑘𝑔. Aplicando uma força 𝐹⃗
sobre a ponta livre da corda conforme representado no desenho
abaixo, ele mantém a caixa suspensa e em equilíbrio. Sabendo que as
cordas e as roldanas são ideais e considerando a aceleração da
gravidade igual a 10 𝑚/𝑠 2 , o módulo da força 𝐹⃗ vale
a) 10 𝑁
b) 50 𝑁
c) 75 𝑁
d) 100 𝑁
e) 150 𝑁

Comentários:

De acordo com o diagrama de forças, temos:

8𝐹 − 𝑀 ⋅ 𝑔 = 0

𝑀⋅𝑔
𝐹=
8
60 ⋅ 10
𝐹= ∴ 𝐹 = 75 𝑁
8

Gabarito: C

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 72


(EsPCEx – 2008)
Dois blocos A e B, de massas respectivamente iguais a 8 kg e 6 kg, estão apoiados em uma
superfície horizontal e perfeitamente lisa. Uma força horizontal, constante e de intensidade
F = 7 N, é aplicada no bloco A, conforme a figura abaixo.

Nessas condições, podemos afirmar que o bloco B adquire uma aceleração de


a) 0,50 𝑚/𝑠 2 b) 0,87 𝑚/𝑠 2 c) 1,16 𝑚/𝑠 2
d) 2,00 𝑚/𝑠 2 e) 3,12 𝑚/𝑠 2

Comentários:

Como os blocos estão em contato, ao empurrar o bloco A com uma força 𝐹, o bloco 𝐵 será
empurrado pela força de contato 𝐹𝐴𝐵 , mas em todo o seu deslocamento, ele sempre está junto de 𝐴, ou
seja, ele terá o mesmo deslocamento, nos mesmos intervalos de tempo, ou seja, ele terá a mesma
aceleração de 𝐴. Portanto, podemos trabalhar os dois blocos grudados, como um único bloco 𝐴 + 𝐵.
Aplicando a segunda lei de Newton na horizontal, temos:

𝐹 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 ) ⋅ 𝑎

7 = (8 + 6) ⋅ 𝑎 ∴ 𝑎 = 0,5 𝑚/𝑠 2

Gabarito: A

(EsPCEx – 2002)
Na figura abaixo, as massas 𝐴 e 𝐵 são iguais a 2 𝑘𝑔, cada uma, e estão ligadas por um fio e
uma roldana ideais. Sabendo que todos os atritos são desprezíveis e que a aceleração da
gravidade é igual a 10 𝑚/𝑠 2 , podemos afirmar que a tração no fio ideal, em newtons, é de
a) 2
b) 5
c) 10
d) 20
e) 40

Comentários:

Pelo diagrama de forças, temos:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 73


𝑚𝐵 ⋅ 𝑔 − 𝑇 = 𝑚𝐵 ⋅ 𝑎 (𝑒𝑞. 1)

𝑇 = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑎 (𝑒𝑞. 2)

Substituindo a aceleração na equação 1, temos:

𝑇
𝑚𝐵 ⋅ 𝑔 − 𝑇 = 𝑚𝐵 ⋅
𝑚𝐴

𝑇
2 ⋅ 10 − 𝑇 = 2 ⋅ ∴ 𝑇 = 10 𝑁
2

Gabarito: C

(EsPCEx – 2001)
Uma bola de 0,5 𝑘𝑔 encontra-se sobre um plano horizontal perfeitamente liso e está
submetida à ação de três forças horizontais que passam pelo seu centro de massa, conforme
a figura abaixo.
Dados: |𝐹⃗1 | = 6 𝑁, |𝐹⃗1 | > |𝐹⃗2 | e |𝐹⃗3 | = 3 𝑁. Despreze a resistência do ar.

Sabendo que a bola adquire uma aceleração resultante de módulo 10 𝑚/𝑠 2 , podemos
concluir que a intensidade da força 𝐹⃗2 é:
a) 4 N b) 3 N c) 2 N d) 1 N e) 5 N

Comentários:

A força resultante sobre a bola é dada por:

𝐹𝑅 = 𝑚 ⋅ 𝑎

𝐹𝑅 = 0,5 ⋅ 10 ∴ 𝐹𝑅 = 5 𝑁

Dada a disposição dos vetores, temos:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 74


(𝐹1 − 𝐹2 )2 + 𝐹32 = 𝐹𝑅2

(6 − 𝐹2 )2 + 32 = 52

(6 − 𝐹2 )2 = 42

(6 − 𝐹2 )2 − 42 = 0

(6 − 𝐹2 − 4)(6 − 𝐹2 + 4) = 0

𝐹2 = 2 𝑁 𝑜𝑢 𝐹2 = 10 𝑁

Como 𝐹2 < 𝐹1 , então 𝐹2 = 2 𝑁.

Gabarito: C

(EsPCEx – 2000)
Um sistema de fios e polias ideais, conforme a figura abaixo, é usado em uma farmácia para
levar medicamentos do depósito para a loja. A aceleração da gravidade vale 10 𝑚/𝑠 2 , e o
atrito com o ar é desprezível. O módulo da força 𝐹⃗ que o farmacêutico deve aplicar ao
sistema para que os medicamentos de massa 800 𝑔 subam com velocidade constante deve
ser de
a) 4 𝑁
b) 8 𝑁
c) 8 ⋅ 10 𝑁
d) 4 ⋅ 103 𝑁
e) 8 ⋅ 103 𝑁

Comentários:

Se os medicamentos estão subindo com velocidade constante, então a aceleração do bloco


formado pelos medicamentos é nula, assim como a aceleração da corda. Portanto:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 75


2𝐹 − 𝑀 ⋅ 𝑔 = 0

2𝐹 − 0,8 ⋅ 10 = 0 ∴ 𝐹 = 4 𝑁

Gabarito: A
(EEAR – 2018)
Em alguns parques de diversão há um brinquedo em que as pessoas se surpreendem ao ver
um bloco aparentemente subir uma rampa que está no piso de uma casa sem a aplicação
de uma força. O que as pessoas não percebem é que o piso dessa casa está sobre um outro
plano inclinado que faz com que o bloco, na verdade, esteja descendo a rança em relação a
horizontal terrestre. Na figura a seguir, está representada uma rampa com uma inclinação
𝛼 em relação ao piso da casa e uma pessoa observando o bloco (B) "subindo” a rampa
(desloca-se da posição A para a posição C).
Dados:
1) a pessoa, a rampa, o plano inclinado e a casa estão todos em repouso entre si e em relação
a horizontal terrestre.
2) considere P = peso do bloco.
3) desconsidere qualquer atrito.

Nessas condições, a expressão da força responsável por mover esse bloco a partir do
repouso, para quaisquer valores de 𝜃 e 𝛼 que fazem funcionar corretamente o brinquedo, é
dada por
a) 𝑃𝑠𝑒𝑛(𝜃 + 𝛼) b) 𝑃𝑠𝑒𝑛(𝜃 − 𝛼) c) 𝑃𝑠𝑒𝑛 𝛼 d) 𝑃𝑠𝑒𝑛 𝜃

Comentários:

Fazendo o diagrama de forças no bloco 𝐵, temos:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 76


Na direção tangente a 𝐴𝐶, temos:

𝑃𝐵 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝛽) = 𝑚𝐵 ⋅ 𝑎𝐵 = 𝐹𝑅𝐴𝐶

Na direção normal a 𝐴𝐶, temos:

𝑁1 = 𝑃𝐵 ⋅ cos(𝜃)

Da geometria do problema, como 𝜃 é ângulo externo no triângulo ACD, temos:

𝜃 =𝛼+𝛽

Portanto:

𝐹𝑅𝐴𝐶 = 𝑃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃 − 𝛼)

Essa força é responsável pelo movimento do bloco 𝐵 em relação ao plano AC.

Gabarito: B

(EEAR – 2018)
Um bloco de massa 𝑚 = 5 𝑘𝑔 desliza pelo plano inclinado, mostrado na figura abaixo, com
velocidade constante de 2 𝑚/𝑠. Calcule, em Newtons, a força resultante sobre o bloco entre
os pontos 𝐴 e 𝐵.

a) zero b) 7,5 N c) 10,0 N d) 20,0 N

Comentários:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 77


Se o bloco se move com velocidade constante ao longo do plano inclinado, então a resultante
nessa direção é nula. Como na direção perpendicular do corpo também não há movimento, então a força
resultante sobre o bloco deve ser nula.

Para que o bloco se mova ao longo do plano inclinado com velocidade constante, muito
provavelmente deve haver atrito entre o bloco e o plano inclinado.

Gabarito: A

(EEAR – 2017)
Um trem de 200 toneladas consegue acelerar a 2 𝑚/𝑠² Qual a força, em newtons, exercida
pelas rodas em contato com o trilho para causar tal aceleração
a) 1 ⋅ 105 b) 2 ⋅ 105 c) 3 ⋅ 105 d) 4 ⋅ 105

Comentários:

Se a massa do corpo é de 200 toneladas, isto é, 200 ⋅ 103 𝑘𝑔, temos:

𝐹𝑅 = 𝑚 ⋅ 𝑎

𝐹𝑅 = 200 ⋅ 103 ⋅ 2 ∴ 𝐹𝑅 = 4 ⋅ 105 𝑁

Gabarito: D

(EEAR – 2016)
O personagem Cebolinha, na tirinha abaixo, vale-se de uma Lei da Física para executar tal
proeza que acaba causando um acidente. A lei considerada pelo personagem é:

a) 1ª Lei de Newton: Inércia.


b) 2ª Lei de Newton: 𝐹 = 𝑚 ⋅ 𝑎.
c) 3ª Lei de Newton: Ação e Reação.
d) Lei da Conservação da Energia.

Comentários:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 78


A lei da Física em questão é a primeira lei de Newton, o princípio da Inércia, pois ao tirar a toalha
da mesa, Cebolinha esquece que a toalha tenderia a manter seu movimento e acerta a própria mãe.

Gabarito: A

(EEAR – 2014)
Na figura a seguir o bloco 𝐴, de massa igual a 6 𝑘𝑔, está apoiado sobre um plano inclinado
sem atrito. Este plano inclinado forma com a horizontal um ângulo de 30°. Desconsiderando
os atritos, admitindo que as massas do fio e da polia sejam desprezíveis e que o fio seja
inextensível, qual deve ser o valor da massa, em 𝑘𝑔, do bloco 𝐵 para que o bloco 𝐴 desça o
plano inclinado com uma aceleração constante de 2 𝑚/𝑠 2 .
Dado: aceleração da gravidade local = 10 𝑚/𝑠 2 .
a) 0,5
b) 1,5
c) 2,0
d) 3,0

Comentários:

Fazendo o diagrama de forças, temos:

Para o bloco A na direção tangente, temos:

𝑃𝐴 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(30°) − 𝑇 = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑎 (𝑒𝑞. 1)

Na direção normal, temos:

𝑃𝐴 ⋅ cos(30°) = 𝑁

Para o bloco B, temos:

𝑇 − 𝑃𝐵 = 𝑚𝐵 ⋅ 𝑎 (𝑒𝑞. 2)

Somando (1) com (2), vem:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 79


𝑃𝐴 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(30°) − 𝑃𝐵 = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑎 + 𝑚𝐵 ⋅ 𝑎

Substituindo valores podemos encontrar o valor de 𝑚𝐵 :

1
6 ⋅ 10 ⋅ − 𝑚𝐵 ⋅ 10 = 6 ⋅ 2 + 𝑚𝐵 ⋅ 2
2
30 − 12 = 12 ⋅ 𝑚𝐵

18
𝑚𝐵 = = 1,5 𝑘𝑔
12

Gabarito: B

(EEAR – 2013)
Considere um corpo preso na sua parte superior por um elástico, e apoiado num plano
inclinado (como mostrado na figura abaixo).

À medida que aumentarmos o ângulo de inclinação a do plano, a força que age no elástico
aumenta devido
a) ao crescimento do peso do corpo.
b) ao aumento da quantidade de massa do corpo.
c) à componente do peso do corpo paralela ao plano inclinado tornar-se maior.
d) à componente do peso do corpo, perpendicular ao plano inclinado, aumentar.

Comentários:

Fazendo o diagrama de forças no corpo, temos:

Como visto em teoria, o ângulo em vermelho é a inclinação 𝛼 do plano. Portanto, a projeção da


força peso na direção do plano é:

𝑃𝑥 = 𝑃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 80


Conforme visto em teoria. Se o corpo está em equilíbrio na direção do plano inclinado, então:

𝐹𝑒𝑙𝑎𝑠 = 𝑃𝑥

𝐹𝑒𝑙𝑎𝑠 = 𝑃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼

Logo, quando aumentamos 𝛼, que é a inclinação do plano, aumentamos 𝑃𝑥 , pois a função cresce
entre 0° e 90°. Portanto, a força elástica também aumenta quando a inclinação 𝛼 do plano é elevada.

Gabarito: C

(EEAR – 2010)
Considere que o sistema, composto pelo bloco homogêneo de massa 𝑀 preso pelos fios 1 e
2, representado na figura a seguir está em equilíbrio. O número de forças que atuam no
centro de gravidade do bloco é
Obs.: Considere que o sistema está na Terra.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 5

Comentários:

Fazendo o diagrama de forças no bloco homogêneo, temos:

Assim, vemos que existem três forças em nosso sistema.

Gabarito: C

(EEAR – 2010)
Um garoto puxa uma corda amarrada a um caixote aplicando uma força de intensidade igual
a 10 𝑁, como está indicado no esquema a seguir. A intensidade, em 𝑁, da componente da
força que contribui apenas para a tentativa do garoto em arrastar o caixote
horizontalmente, vale

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 81


a) 5
b) 5√2
c) 5√3
d) 10

Comentários:

Decompondo a força 𝐹 e escrevendo as demais forças, temos:

Note que a componente 𝐹 ⋅ cos(60°) é a única responsável pelo movimento na horizontal.


Portanto:

𝐹𝑅𝐻 = 𝐹 ⋅ cos(60°)

1
𝐹𝑅𝐻 = 10 ⋅ ∴ 𝐹𝑅𝐻 = 5 𝑁
2

Gabarito: A

(EEAR – 2009)
Uma força, de módulo 𝐹, foi decomposta em duas componentes perpendiculares entre si.
Verificou-se que a razão entre os módulos dessas componentes vale √3. O ângulo entre esta
força e sua componente de maior módulo é de:
a) 30° b) 45° c) 60° d) 75°

Comentários:

Se decompomos a força 𝐹 em duas perpendiculares, temos que:

𝐹𝑥2 + 𝐹𝑦2 = 𝐹 2

Se considerarmos que:

𝐹𝑦
= √3
𝐹𝑥

Geometricamente, teríamos:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 82


Da trigonometria, sabemos que:

𝐹𝑦
𝑡𝑔(𝜃) =
𝐹𝑥

𝑡𝑔(𝜃) = √3

Logo:

𝜃 = 60°
𝐹𝑦
Note ainda que se = √3, então 𝐹𝑦 = √3𝐹𝑥 . Como √3 ≅ 1,7, então 𝐹𝑦 > 𝐹𝑥 . Logo, o ângulo 𝛼
𝐹𝑥
desejado é entre 𝐹 e 𝐹𝑦 é igual a 30°.
𝐹𝑥
Você poderia ter escolhido a razão = √3 e feito uma análise semelhante a essa que fiz logo
𝐹𝑦
acima e chegaríamos no mesmo resultado.

Gabarito: A

(EEAR – 2008)
A figura abaixo representa um corpo de massa 80 𝑘𝑔. Em repouso, sobre um plano inclinado
30° em relação à horizontal. Considere 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , ausência de atritos e a corda
inextensível e de massa desprezível. O módulo da tração sobre a corda, para que o corpo
continue em equilíbrio é _____𝑁.
a) 200
b) 400
c) 600
d) 800

Comentários:
Fazendo o diagrama de corpo livre, temos:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 83


Portanto, na direção tangente ao plano inclinado, temos:

𝑃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃) = 𝑇

𝑇 = 80 ⋅ 10 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(30°)

1
𝑇 = 80 ⋅ 10 ⋅ ∴ 𝑇 = 400 𝑁
2

Gabarito: B

(EEAR – 2008)
Dinamômetro é o instrumento que mede a intensidade da força que atua em um objeto, a
partir de uma medida de
a) aceleração. b) velocidade.
c) deformação. d) temperatura.

Comentários:

O dinamômetro é um instrumento utilizado para medir intensidade de força e ele se baseia na


deformação de uma mola, pois, de acordo com a lei de Hooke, ao sofrer uma deformação bem conhecida,
podemos encontrar a força sobre a mola, conhecendo bem a constante elástica da mola que constitui o
dinamômetro. Caso ainda tenha alguma dúvida sobre o funcionamento do dinamômetro, volte e se apoie
na teoria.

Gabarito: C

(EEAR – 2007)
Um carro desloca-se ao lado de um caminhão, na mesma direção, no mesmo sentido e com
mesma velocidade em relação ao solo, por alguns instantes. Neste intervalo de tempo, a
velocidade relativa entre carro e caminhão é___________________. Em um instante
posterior, a inclinação de um pêndulo dependurado na cabine do caminhão, quando este é
freado repentinamente, é explicada pelo motorista do carro a partir da _______________de
Newton.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 84


a) nula; 1ª lei b) nula; 3ª lei
c) positiva; 1ª lei d) positiva; 3ª lei

Comentários:

Quando o carro se desloca ao lado do caminhão com a mesma velocidade, em módulo, a


velocidade relativa entre eles é nula. Ao frear o caminhão, a tendência do pêndulo era continuar o seu
movimento. Entretanto, como o pêndulo está preso ao teto da cabine do caminhão, nós observamos que
o pêndulo sofre uma inclinação em relação à vertical, conforme previsto pela primeira lei de Newton, o
princípio da Inércia.

Gabarito: A

7. Lista de exercícios de Estática

(EAM – 2022)
Para realizar o balanço de paiol de uma frigorifico, ou seja, realizar o balanço contável dos víveres do
compartimento, o Paioleiro, militar responsável pela execução dessa tarefa, não dispõe mais de sua balança
digital para realizar a “pesagem” dos itens em função de uma avaria no painel, provocada por um pico de
energia. Resolveu, então, realizar as medições através de uma mola e uma régua, anotando a cada
“pesagem” as extensões dessa mola. Para graduar seu novo aparelho de medição de força, resolve verificar
a extensão da mola para uma peça de carne de peso já conhecido de 2,0N, e constata uma extensão de
3cm da mola. Admite-se que o aparelho improvisado opera dentro do limite de proporcionalidade. Em uma
nova medição, verificou-se uma extensão da mola de 9cm. Sendo assim, qual o peso dessa última medida?
(A) 4N (B) 6N (C) 8N (D) 10N (E) 12N

(EAM – 2015)
Observe a figura abaixo.

Suponha que um marinheiro levantou uma caixa de 500kg, utilizando uma alavanca. Qual é a força que
ele deve aplicar na extremidade da alavanca para manter a caixa em equilíbrio?
Dado: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 85


a) 1200 N b) 1230 N c) 1250 N d) 1300 N e) 1500 N

(EAM – 2013)
Analise a figura a seguir.

De acordo com a figura acima, quais os tipos de alavancas que estão representados, respectivamente?
a) I-Interfixas, II-Inter-resistentes, III-Interpotentes.
b) I-Inter-resistentes, II-Interfixas, III-Interpotentes.
c) I-Interpotentes, II-Inter-resistentes, III-Interfixas.
d) I-Interpotentes, II-Interfixas, III-Inter-resistentes.
e) I-Inter-resistentes, II-Interpotentes, III-Interfixas.

(EAM – 2010)
O sistema representado abaixo entra em equilíbrio quando um corpo “C” é colocado na posição indicada
na figura.

Considerando que a gravidade local seja igual a 10 𝑚/𝑠 2 e desprezando o peso da barra, é correto afirmar
que a massa do corpo “C” vale
a) 12kg b) 18kg c) 24kg d) 30kg e) 36kg

(EAM – 2009)
0 sistema em equilíbrio mostrado na figura abaixo representa a associação entre uma roldana e uma
alavanca.

Determine, em newtons, o peso do corpo A.


a) 20 b) 30 c) 40 d) 50 e) 60
(EAM – 2008)
Analise as ilustrações a seguir.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 86


A finalidade das máquinas simples é diminuir o esforço a ser empregado na realização de um trabalho.
Com relação às situações mostradas nas ilustrações, cujas forças estão em equilíbrio, é correto afirmar
que
a) 𝑃𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎 > 𝑃𝑟𝑜𝑙𝑑𝑎𝑛𝑎 . b) 𝑃𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎 = 𝑃𝑟𝑜𝑙𝑑𝑎𝑛𝑎 . c) 𝑃𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎 < 𝑃𝑟𝑜𝑙𝑑𝑎𝑛𝑎 .
d) 𝑃𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎 = 200 𝑁. e) 𝑃𝑟𝑜𝑙𝑑𝑎𝑛𝑎 = 100 𝑁.

(EAM – 2007)
Observe:

A figura acima mostra um bloco de peso 𝑝 = 50 𝑁apoiado sobre uma alavanca. Qual a intensidade da
força de potência 𝐹𝑝 necessária para que a alavanca fique em equilíbrio na horizontal?
a) 75000 N b) 1000 N c) 800 N d) 100 N e) 50 N

(CN – 2017)
A figura abaixo representa uma grua (também chamada de guindaste e, nos navios, pau de carga), que é
um equipamento utilizado para a elevação e a movimentação de cargas e materiais pesados. Seu
funcionamento é semelhante a uma máquina simples que cria vantagem mecânica para mover cargas
além da capacidade humana.

Considerando que o contrapeso da grua mostrada na figura acima tenha uma massa de 15 toneladas,
pode-se afirmar que a carga máxima, em kg, que poderá ser erguida por ela nas posições 1, 2 e 3,
respectivamente, é de
(A) 12.000; 8.000; 6.000
(B) 12.000; 6.500; 5000
(C) 12.000; 7.500; 6.000
(D) 10.000; 8.500; 7.000
(E) 10.000; 7.500; 6.000

(CN – 2013)

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 87


A invenção do pilão d’água (monjolo), apresentado de modo simplificado pela figura abaixo, ajudou a
substituir o trabalho braçal.

Com base nesses dados, assinale a opção que preenche corretamente as lacunas da sentença abaixo.
Considerando a densidade da água igual a 1 g/cm³, as distâncias mencionadas como sendo a partir dos
centros de massas do reservatório de água e do martelo e desprezando-se o peso da barra que os ligas,
pode-se afirmar que o monjolo representa uma alavanca do tipo _______________ cujo reservatório de
água, para o equilíbrio do sistema, deve ter cerca de _____________________ litros de água.
(A) interfixa/cinco
(B) inter-resistente/cinco
(C) interpotente/oito
(D) inter-resistente/oito
(E) interfixa/oito

(CN – 2010)
Observe a ilustração abaixo.

O sistema apresentado mostra uma alavanca, de tamanho total igual a 3,5 m, usada para facilitar a
realização de um trabalho. Considerando que no local a gravidade tenha um valor aproximado de 10 m/s²,
assinale a opção que torne verdadeiros, simultaneamente, o tipo de alavanca mostrado e o valor da força
“F” que coloque o sistema em equilíbrio.
(A) interfixa e 𝐹 = 25 𝑁
(B) interfixa e 𝐹 = 250 𝑁
(C) interpotente e 𝐹 = 25 𝑁
(D) Interpotente e 𝐹 = 250 𝑁
(E) inter-resistente e 𝐹 = 25 𝑁

(EEAR – 2010)
Considere que o sistema, composto pelo bloco homogêneo de massa 𝑀 preso pelos fios 1 e 2,
representado na figura a seguir está em equilíbrio. O número de forças que atuam no centro de gravidade
do bloco é
Obs.: Considere que o sistema está na Terra.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 5

(EEAR – 2008)

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 88


A figura abaixo representa um corpo de massa 80 𝑘𝑔. Em repouso, sobre um plano inclinado 30° em
relação à horizontal. Considere 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , ausência de atritos e a corda inextensível e de massa
desprezível. O módulo da tração sobre a corda, para que o corpo continue em equilíbrio é _____𝑁.
a) 200
b) 400
c) 600
d) 800

(Simulado EAM)
A figura abaixo representa duas massa 𝑀 e 2𝑀, respectivamente, nos extremos de uma barra rígida de
comprimento 𝑑.

Sabendo que a barra permanece na horizontal, então o tipo de alavanca e a relação entre 𝑥 e 𝑑 são dados
por:
Desconsidere o peso da barra.
(A) interfixa; 3𝑥 = 2𝑑. (B) interpotente; 3𝑥 = 2𝑑. (C) interfixa; 2𝑥 = 3𝑑.
(D) interpotente; 2𝑥 = 3𝑑. (E) inter-resistente; 𝑥 = 3𝑑.

(Simulado EAM)
Um jovem marinheiro decide levantar um bloco de 200 kg com velocidade constante, utilizando um
sistema de polias conforme a figura abaixo.

Sabendo que a aceleração da gravidade é de 10 m/s², então a intensidade de 𝑇 mostrada na figura, em


newtons, é de:
(A) 250 (B) 500 (C) 1000 (D) 2000 (E) 125

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 89


8. Gabarito sem comentários da lista de Estática
1) B

2) C

3) E

4) C

5) A

6) C

7) D

8) E

9) E

10) B

11) C

12) B

13) A

14) B

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 90


9. Lista de exercícios de Estática comentada
(EAM – 2022)
Para realizar o balanço de paiol de uma frigorifico, ou seja, realizar o balanço contável dos víveres do
compartimento, o Paioleiro, militar responsável pela execução dessa tarefa, não dispõe mais de sua balança
digital para realizar a “pesagem” dos itens em função de uma avaria no painel, provocada por um pico de
energia. Resolveu, então, realizar as medições através de uma mola e uma régua, anotando a cada
“pesagem” as extensões dessa mola. Para graduar seu novo aparelho de medição de força, resolve verificar
a extensão da mola para uma peça de carne de peso já conhecido de 2,0N, e constata uma extensão de
3cm da mola. Admite-se que o aparelho improvisado opera dentro do limite de proporcionalidade. Em uma
nova medição, verificou-se uma extensão da mola de 9cm. Sendo assim, qual o peso dessa última medida?
(A) 4N (B) 6N (C) 8N (D) 10N (E) 12N

Comentários:

Como a questão diz que o aparelho improvisado está no limite de proporcionalidade, então
podemos fazer uma regra de três:

3 𝑐𝑚 − 2𝑁
9 𝑐𝑚 − 𝑃
3𝑃 = 2 ⋅ 9

𝑃 =6𝑁

Gabarito: B

(EAM – 2015)
Observe a figura abaixo.

Suponha que um marinheiro levantou uma caixa de 500kg, utilizando uma alavanca. Qual é a força que
ele deve aplicar na extremidade da alavanca para manter a caixa em equilíbrio?
Dado: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
a) 1200 N b) 1230 N c) 1250 N d) 1300 N e) 1500 N

Comentários:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 91


Pela figura em questão, vemos que o apoio está entre a força potente (força 𝐹) e a força resistente
5000 𝑁), portanto temos uma alavanca interfixa. Pela equação da interfixa, temos:

𝐹 ⋅ 1,2 = 5000 ⋅ 0,3

5000 ⋅ 0,3
𝐹=
1,2
5000 ⋅ 3 5000 ⋅ 1
𝐹= =
12 4

𝐹 = 1250 𝑁

Gabarito: C

(EAM – 2013)
Analise a figura a seguir.

De acordo com a figura acima, quais os tipos de alavancas que estão representados, respectivamente?
a) I-Interfixas, II-Inter-resistentes, III-Interpotentes.
b) I-Inter-resistentes, II-Interfixas, III-Interpotentes.
c) I-Interpotentes, II-Inter-resistentes, III-Interfixas.
d) I-Interpotentes, II-Interfixas, III-Inter-resistentes.
e) I-Inter-resistentes, II-Interpotentes, III-Interfixas.

Comentários:

Pela figura em I, a força do operador é a força potente e o peso da bagagem é a força resistente,
sendo o apoio o contato da roda com o solo. Portanto, como a força resistente está entre a força potente
e o apoio (a força resistente está próxima ao polo), então temos uma alavanca inter-resistente.

Pela figura II, em um pinça, a articulação (o polo) é o ponto de união das duas barras e o operador
aplica uma força no meio da pinça, sendo o objeto que está nas extremidades a oferecer uma força
resistente. Nesse caso, a força potente está próxima ao apoio (polo), então temos uma alavanca
interpotente.

Pela figura III, o polo está entre a força potente desenvolvida pelo operador e a força resistente
fornecida pelo contato da pedra com a barra. Assim temos uma alavanca interfixa.

Gabarito: E

(EAM – 2010)

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 92


O sistema representado abaixo entra em equilíbrio quando um corpo “C” é colocado na posição indicada
na figura.

Considerando que a gravidade local seja igual a 10 𝑚/𝑠 2 e desprezando o peso da barra, é correto afirmar
que a massa do corpo “C” vale
a) 12kg b) 18kg c) 24kg d) 30kg e) 36kg

Comentários:

Pela figura em questão vemos a aplicação de uma alavanca interfixa, em que podemos considerar
o corpo C quem será nosso responsável pela força potente. Dessa forma:

𝐹𝑝 ⋅ 𝑑𝑝 = 𝐹𝑅 ⋅ 𝑑𝑅

𝑚 ⋅ 10 ⋅ 5 = 400 ⋅ 3

𝑚 ⋅ 1 ⋅ 5 = 40 ⋅ 3

𝑚⋅1⋅1= 8⋅3

𝑚 = 24 𝑘𝑔

Gabarito: C

(EAM – 2009)
0 sistema em equilíbrio mostrado na figura abaixo representa a associação entre uma roldana e uma
alavanca.

Determine, em newtons, o peso do corpo A.


a) 20 b) 30 c) 40 d) 50 e) 60

Comentários:

Pela figura, se considerarmos que o bloco A é o nosso agente causador da força potente, estamos
diante de uma alavanca inter-resistente, já que a força resistente dada pela reação de apoio em B é nossa
força resistente e ela está próxima do polo.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 93


Se o sistema encontra-se em equilíbrio, então o peso de A é igual a tração no T que puxa a barra a
3 m da articulação. Como o corpo B está em equilíbrio na horizontal com a barra, então a força normal
que a barra exerce é igual ao peso de B em módulo. Portanto:

𝑇 ⋅ 𝑑𝑃 = 𝐹𝑅 ⋅ 𝑑𝑅

𝑇 ⋅ 3 = 30 ⋅ 2

𝑇 = 10 ⋅ 2

𝑇 = 20 𝑁

Como o peso de A é igual a tração no fio, portanto, o peso de A é de 20 N.

Gabarito: A

(EAM – 2008)
Analise as ilustrações a seguir.

A finalidade das máquinas simples é diminuir o esforço a ser empregado na realização de um trabalho.
Com relação às situações mostradas nas ilustrações, cujas forças estão em equilíbrio, é correto afirmar
que
a) 𝑃𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎 > 𝑃𝑟𝑜𝑙𝑑𝑎𝑛𝑎 . b) 𝑃𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎 = 𝑃𝑟𝑜𝑙𝑑𝑎𝑛𝑎 . c) 𝑃𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎 < 𝑃𝑟𝑜𝑙𝑑𝑎𝑛𝑎 .
d) 𝑃𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎 = 200 𝑁. e) 𝑃𝑟𝑜𝑙𝑑𝑎𝑛𝑎 = 100 𝑁.

Comentários:

Olhando para a primeira figura da questão, vemos que a força resistente 𝑅𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎 está mais
próxima do polo e a força potente 𝑃𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎 está mais afastada e a o polo não está entre as forças, então
estamos diante de uma alavanca inter-resistente. Pela equação da alavanca, temos:

𝐹𝑝 ⋅ 𝑑𝑝 = 𝐹𝑟 ⋅ 𝑑𝑟

𝑃𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎 ⋅ (1 + 3) = 𝑅𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎 ⋅ 1

𝑃𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎 ⋅ 4 = 400 ⋅ 1

𝑃𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎 = 100 𝑁

Pela segunda figura em questão, o sistema está em equilíbrio, então ao fazer uma força 𝑃𝑟𝑜𝑙𝑑𝑎𝑛𝑎 ,
a roldana móvel (aquela que não está presa ao teto e pode se mover) será puxada para cima de 2𝑃𝑟𝑜𝑙𝑑𝑎𝑛𝑎 .

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 94


Dessa forma, tudo que está preso a roldana móvel é puxado com 2𝑃𝑟𝑜𝑙𝑑𝑎𝑛𝑎 . Logo, a força 𝑅𝑟𝑜𝑙𝑑𝑎𝑛𝑎
que está preso a roldana móvel é puxado com 2𝑃𝑟𝑜𝑙𝑑𝑎𝑛𝑎 . Portanto:

2𝑃𝑟𝑜𝑙𝑑𝑎𝑛𝑎 = 𝑅𝑟𝑜𝑙𝑑𝑎𝑛𝑎

2𝑃𝑟𝑜𝑙𝑑𝑎𝑛𝑎 = 400

𝑃𝑟𝑜𝑙𝑑𝑎𝑛𝑎 = 200 𝑁

Portanto, 𝑃𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎 < 𝑃𝑟𝑜𝑙𝑑𝑎𝑛𝑎 .

Gabarito: C

(EAM – 2007)
Observe:

A figura acima mostra um bloco de peso 𝑝 = 50 𝑁apoiado sobre uma alavanca. Qual a intensidade da
força de potência 𝐹𝑝 necessária para que a alavanca fique em equilíbrio na horizontal?
a) 75000 N b) 1000 N c) 800 N d) 100 N e) 50 N

Comentários:

Pela figura em questão, temos o apoio entre a força potente e a força resistente. Então, estamos
diante de uma alavanca interfixa. Então, pela equação da interfixa, temos:

𝐹𝑝 ⋅ 𝑑𝑝 = 𝐹𝑟 ⋅ 𝑑𝑟

Se o peso de 50 N está em equilíbrio na horizontal, então a força normal que a barra exerce no
bloco tem a mesma intensidade da força peso. Por ação e reação, o bloco faz a mesma força normal na
barra. Então, a força normal que o bloco aplica na barra é de 50 N. portanto:

𝐹𝑝 ⋅ 0,75 = 50 ⋅ 1,5

1,5
𝐹𝑝 = 50 ⋅
0,75

𝐹𝑝 = 50 ⋅ 2

𝐹𝑝 = 100 𝑁

Gabarito: D
(CN – 2017)
A figura abaixo representa uma grua (também chamada de guindaste e, nos navios, pau de carga), que é
um equipamento utilizado para a elevação e a movimentação de cargas e materiais pesados. Seu

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 95


funcionamento é semelhante a uma máquina simples que cria vantagem mecânica para mover cargas
além da capacidade humana.

Considerando que o contrapeso da grua mostrada na figura acima tenha uma massa de 15 toneladas,
pode-se afirmar que a carga máxima, em kg, que poderá ser erguida por ela nas posições 1, 2 e 3,
respectivamente, é de
(A) 12.000; 8.000; 6.000
(B) 12.000; 6.500; 5000
(C) 12.000; 7.500; 6.000
(D) 10.000; 8.500; 7.000
(E) 10.000; 7.500; 6.000

Comentários:

Nesse caso, vemos uma alavanca interfixa, em que podemos dizer que o contrapeso é a força
potente e a carga é a força resistente e vice-versa.

Tomando o ponto de articulação e chamando o contrapeso de força resistente, podemos calcular


cada carga para cada situação.

Posição 1:

𝐹𝑝 ⋅ 𝑑𝑝 = 𝐹𝑅 ⋅ 𝑑𝑅

𝐹𝑝 ⋅ 9 = 15 ⋅ 103 ⋅ 6

𝐹𝑝 = 10.000 𝑁

Posição 2:

𝐹𝑝 ⋅ (9 + 3) = 15 ⋅ 103 ⋅ 6

𝐹𝑝 = 7.500 𝑁

Posição 3:

𝐹𝑝 ⋅ (9 + 3 + 3) = 15 ⋅ 103 ⋅ 6

𝐹𝑝 = 6.000 𝑁

Observação: foi considerado que o peso da barra horizontal é desprezível, assim como os pesos
dos cabos.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 96


Gabarito: E

(CN – 2013)
A invenção do pilão d’água (monjolo), apresentado de modo simplificado pela figura abaixo, ajudou a
substituir o trabalho braçal.

Com base nesses dados, assinale a opção que preenche corretamente as lacunas da sentença abaixo.
Considerando a densidade da água igual a 1 g/cm³, as distâncias mencionadas como sendo a partir dos
centros de massas do reservatório de água e do martelo e desprezando-se o peso da barra que os ligas,
pode-se afirmar que o monjolo representa uma alavanca do tipo _______________ cujo reservatório de
água, para o equilíbrio do sistema, deve ter cerca de _____________________ litros de água.
(A) interfixa/cinco
(B) inter-resistente/cinco
(C) interpotente/oito
(D) inter-resistente/oito
(E) interfixa/oito

Comentários:

Analisando a figura, vemos que o polo (a articulação) está entre a força potente (água ou martelo)
e a força resistente (martelo ou água). Pela equação da interfixa, temos:

𝐹𝑝 ⋅ 𝑑𝑝 = 𝐹𝑅 ⋅ 𝑑𝑅

Escolhendo a água como força potente, no martelo teremos a força resistente, então:

𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 3 = 20 ⋅ 𝑔 ⋅ 1,2

𝑚 = 8 𝑘𝑔

Se a densidade da água é de 1 g/cm³, então 8 𝑘𝑔 = 8000 𝑔 tem um volume de:


𝑚
𝑑=
𝑉
8000
1=
𝑉
𝑉 = 8000 𝑐𝑚3 = 8 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠

Gabarito: E

(CN – 2010)
Observe a ilustração abaixo.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 97


O sistema apresentado mostra uma alavanca, de tamanho total igual a 3,5 m, usada para facilitar a
realização de um trabalho. Considerando que no local a gravidade tenha um valor aproximado de 10 m/s²,
assinale a opção que torne verdadeiros, simultaneamente, o tipo de alavanca mostrado e o valor da força
“F” que coloque o sistema em equilíbrio.
(A) interfixa e 𝐹 = 25 𝑁
(B) interfixa e 𝐹 = 250 𝑁
(C) interpotente e 𝐹 = 25 𝑁
(D) Interpotente e 𝐹 = 250 𝑁
(E) inter-resistente e 𝐹 = 25 𝑁

Comentários:

Olhando para a figura, vemos que 𝐹 desempenho o papel de força potente e a reação de contato
da pedra com a alavanca (que é igual ao peso) desempenha o papel de força resistente. Note que o apoio
está entre a força resistente e a força potente, portanto temos uma alavanca interfixa. O módulo da força
𝐹 é dado por:

𝐹𝑝 ⋅ 𝑑𝑝 = 𝐹𝑅 ⋅ 𝑑𝑅

𝐹 ⋅ (3,5 − 0,5) = 150 ⋅ 10 ⋅ 0,5

𝐹 ⋅ 3 = 5 ⋅ 150

𝐹 = 5 ⋅ 50

𝐹 = 250 𝑁

Gabarito: B

(EEAR – 2010)
Considere que o sistema, composto pelo bloco homogêneo de massa 𝑀 preso pelos fios 1 e 2,
representado na figura a seguir está em equilíbrio. O número de forças que atuam no centro de gravidade
do bloco é
Obs.: Considere que o sistema está na Terra.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 5

Comentários:

Fazendo o diagrama de forças no bloco homogêneo, temos:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 98


Assim, vemos que existem três forças em nosso sistema.

Gabarito: C
(EEAR – 2008)
A figura abaixo representa um corpo de massa 80 𝑘𝑔. Em repouso, sobre um plano inclinado 30° em
relação à horizontal. Considere 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , ausência de atritos e a corda inextensível e de massa
desprezível. O módulo da tração sobre a corda, para que o corpo continue em equilíbrio é _____𝑁.
a) 200
b) 400
c) 600
d) 800

Comentários: Fazendo o diagrama de corpo livre,


temos:

Portanto, na direção tangente ao plano inclinado, temos:

𝑃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃) = 𝑇

𝑇 = 80 ⋅ 10 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(30°)

1
𝑇 = 80 ⋅ 10 ⋅
2

𝑇 = 400 𝑁

Gabarito: B
(Simulado EAM)
A figura abaixo representa duas massa 𝑀 e 2𝑀, respectivamente, nos extremos de uma barra rígida de
comprimento 𝑑.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 99


Sabendo que a barra permanece na horizontal, então o tipo de alavanca e a relação entre 𝑥 e 𝑑 são dados
por:
Desconsidere o peso da barra.
(A) interfixa; 3𝑥 = 2𝑑. (B) interpotente; 3𝑥 = 2𝑑. (C) interfixa; 2𝑥 = 3𝑑.
(D) interpotente; 2𝑥 = 3𝑑. (E) inter-resistente; 𝑥 = 3𝑑.

Comentários:

Como o apoio está entre as forças potente e resistente, então trata-se de uma alavanca interfixa.
Para determinar a relação entre os tamanhos 𝑥 e 𝑑 basta aplicar a equação da interfixa:

𝐹𝑃 ⋅ 𝑑𝑝 = 𝐹𝑟 ⋅ 𝑑𝑟

𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑥 = 2𝑀 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝑑 − 𝑥)

𝑥 = 2𝑑 − 2𝑥

2𝑑
𝑥=
3

Gabarito: A

(Simulado EAM)
Um jovem marinheiro decide levantar um bloco de 200 kg com velocidade constante, utilizando um
sistema de polias conforme a figura abaixo.

Sabendo que a aceleração da gravidade é de 10 m/s², então a intensidade de 𝑇 mostrada na figura, em


newtons, é de:
(A) 250 (B) 500 (C) 1000 (D) 2000 (E) 125

Comentários:

Fazendo o diagrama de forças nas duas últimas polias, temos:

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 100


Se o bloco sobe com velocidade constante, então, a resultante sobre o bloco é nula. Então:

4𝑇 − 2000 = 0

𝑇 = 500 𝑁

Gabarito: B

10. Versões de aulas

Caro aluno! Para garantir que o curso esteja atualizado, sempre que alguma mudança no
conteúdo for necessária, uma nova versão da aula será disponibilizada.

Versão de Aula Data de atualização


1.0 30/08/2021

11. Referências bibliográficas


[1] Calçada, Caio Sérgio. Física Clássica. 1. ed. Saraiva Didáticos, 2012. 576p.

[2] Bukhovtsev, B.B. Krivtchenkov, V.D. Miakishev, G.Ya. Saraeva, I. M. Problemas Selecionados de Física
Elementar. 1 ed. MIR, 1977.518p.

[3] Brito, Renato. Fundamentos de Mecânica. 2 ed. VestSeller, 2010. 496p.

12. Considerações finais


Chegamos ao final da nossa aula sobre leis de Newton e Estática. Relembre os conceitos, pois a
EAM gosta desses temas.

Na sua lista existem questões não apenas de simulados ou de escolas militares, mas são exercícios
escolhidos a dedo, pois com certeza aumentaram a sua base teórica, pois são de excelentes bancas de
prova. Tente fazer todas as questões da lista sem olhar o gabarito.

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 101


O caminho para passar na EAM não é nada simples, por isso é muito importante fazer as questões
e não abandonar nenhuma dúvida.

Conte comigo nessa jornada. Quaisquer dúvidas, críticas ou sugestões entre em contato pelo
fórum de dúvidas do Estratégia ou se preferir:

@proftoniburgatto

AULA 01 – Princípios da Dinâmica e Estática 102

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