Aula 10 - Sigilo Bancário
Aula 10 - Sigilo Bancário
Aula 10 - Sigilo Bancário
Natale
Banco do Brasil - Conhecimentos
Bancários - 2023 (Pós-Edital)
Autor:
Celso Natale, Equipe Legislação
Específica Estratégia Concursos,
Stefan Fantini
11 de Janeiro de 2023
Celso Natale, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos, Stefan Fantini
Aula 10 - Prof Celso Natale
SUMÁRIO
1 Lei Complementar nº 105/2001 ..................................................................................................3
Lista de Questões.............................................................................................................................. 24
Gabarito ............................................................................................................................................. 30
INTRODUÇÃO
Saudações!
A boa notícia é que a aula será bem curtinha, porque a lei na qual ela é baseada também é:
apenas 13 artigos. =)
@profcelsonatale
Diante disso, precisamos compreender o que é esse sigilo e, apesar de já sabermos um bocado
sobre instituições financeiras (IFs), também vamos saber o que a lei diz a esse respeito. Na
verdade, a gente começa por aí.
Além dessa lista, as Factorings também devem obedecer às normas sobre sigilo definidas na lei.
Isso deixa claro que, para fins da lei de sigilo bancário, algumas instituições que não são
“financeiras”, em sentido estrito, assim são consideradas. Por exemplo: administradoras de
cartão de crédito, câmaras (entidades de liquidação e compensação) e a Balcão B3.
Portanto, essas empresas devem conservar o sigilo em suas operações ativas e passivas e
serviços prestados.
Em outras palavras, elas não podem divulgar ou compartilhar dados sobre seus clientes e as
operações que eles realizam.
I. a troca de informações entre instituições financeiras, para fins cadastrais, inclusive por
intermédio de centrais de risco, observadas as regras do Conselho Monetário Nacional e
do Banco Central do Brasil;
Um exemplo é o SCR, o Sistema de Informações de Crédito do Banco Central. Nesse
sistema, ficam registradas informações como o total de endividamento de um cliente
no SFN, algo extremamente útil na hora de uma IF aprovar (ou não) uma operação
para esse cliente.
II. o fornecimento de informações constantes de cadastro de emitentes de cheques sem
provisão de fundos e de devedores inadimplentes, a entidades de proteção ao crédito,
observadas as normas do CMN e do BCB;
Nesse caso, estamos falando de cadastros como o Serasa. Fica claro que “mandar o
nome do cliente”, junto com informações como o valor da dívida e o tempo de atraso
não constituem quebra do sigilo.
III. o fornecimento, à Receita Federal, de informações necessárias para identificar o
contribuinte e os valores envolvidos em operações nas quais a instituição é responsável
por recolher impostos;
Se o cliente, por exemplo, recebe dividendos de uma ação que ele possui, a B3 pode
informar a Receita sobre o valor que foi recolhido para pagamento de imposto de
renda.
IV. a comunicação, às autoridades competentes, da prática de ilícitos penais ou
administrativos, abrangendo o fornecimento de informações sobre operações que
envolvam recursos provenientes de qualquer prática criminosa;
Lembra da aula sobre o COAF? Pois é, não é quebra de sigilo, por exemplo, enviar
dados sobre o cliente a operação em caso de suspeita de lavagem de dinheiro.
V. a revelação de informações sigilosas com o consentimento expresso dos interessados;
Opa! Olha o Open Banking aí. Claro, é apenas um exemplo. O cliente pode consentir
em diversas situações, como no caso de uma empresa que autorize auditores a
acessarem seus dados bancários.
VI. a prestação de informações nos termos e condições estabelecidos nos artigos 2o, 3o, 4o,
5o, 6o, 7o e 9 desta Lei Complementar.
Falaremos sobre esses casos, mas só para ter uma ideia, os artigos mencionados
deixam claro que as instituições não podem negar acesso ao BCB sob alegação de
sigilo.
VII. o fornecimento de dados financeiros e de pagamentos, relativos a operações de crédito
e obrigações de pagamento adimplidas ou em andamento de pessoas naturais ou
jurídicas, a gestores de bancos de dados, para formação de histórico de crédito, nos
termos de lei específica.
Essa é a exceção mais nova (de 2019)! Veio para dar suporte ao Cadastro Positivo,
aquele “Serasa” às avessas, onde consta o registro de bons pagadores.
Bem, uma das exceções lá do item VI é o caso do Banco Central. Como ele fiscaliza as instituições
financeiras, é claro que elas não podem negar informações para a autoridade financeira
alegando que precisa manter o sigilo, né?
• É apenas no exercício dessas funções. O BC ou seus servidores não podem acessar esses
dados por outro motivo qualquer.
• O BC deve manter o sigilo das informações obtidas no exercício dessas funções.
E é claro, o dever de sigilo estende-se aos órgãos fiscalizadores mencionados e a seus agentes
(contratados).
E por falar em BCB e CVM, esses supervisores, bem como as instituições, devem prestar
informações:
Essa comunicação deve ser efetuada pelos Presidentes do Banco Central do Brasil e da Comissão
de Valores Mobiliários, admitida delegação de competência, no prazo máximo de quinze dias, a
contar do recebimento do processo, com manifestação dos respectivos serviços jurídicos das
autarquias.
Além dessas situações que implicam em exceções ao dever de manter o sigilo das operações,
há algumas situações que podem implicar na decretação da quebra de sigilo.
De acordo com a LC 105/2001, a quebra de sigilo poderá ser decretada, quando necessária para
apuração de ocorrência de qualquer ilícito, em qualquer fase do inquérito ou do processo
judicial, e especialmente nos seguintes crimes:
I. de terrorismo;
II. de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins;
III. de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado a sua produção;
IV. de extorsão mediante sequestro;
V. contra o sistema financeiro nacional;
VI. contra a Administração Pública;
VII. contra a ordem tributária e a previdência social;
VIII. lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores;
IX. praticado por organização criminosa.
Por fim, o servidor público que utilizar ou viabilizar a utilização de qualquer informação obtida
em decorrência da quebra de sigilo responde pessoal e diretamente pelos danos decorrentes,
sem prejuízo da responsabilidade objetiva da entidade pública, quando comprovado que o
servidor agiu de acordo com orientação oficial.
sociedades de
corretoras de
bancos de distribuidoras de crédito, sociedades de
câmbio e de
qualquer espécie valores mobiliários financiamento e crédito imobiliário
valores mobiliários
investimentos
outras sociedades
bolsas de valores e entidades de
que venham a ser
de mercadorias e liquidação e
consideradas pelo
futuros compensação
CMN.
a troca de informações entre instituições financeiras, para fins cadastrais, inclusive por intermédio de
centrais de risco, observadas as regras do Conselho Monetário Nacional e do Banco Central do
Brasil;
•Um exemplo é o SCR, o Sistema de Informações de Crédito do Banco Central. Nesse sistema,
ficam registradas informações como o total de endividamento de um cliente no SFN, algo
extremamente útil na hora de uma IF aprovar (ou não) uma operação para esse cliente.
o fornecimento de informações constantes de cadastro de emitentes de cheques sem provisão de
fundos e de devedores inadimplentes, a entidades de proteção ao crédito, observadas as normas do
CMN e do BCB;
•Nesse caso, estamos falando de cadastros como o Serasa. Fica claro que “mandar o nome do
cliente”, junto com informações como o valor da dívida e o tempo de atraso não constituem
quebra do sigilo.
•Se o cliente, por exemplo, recebe dividendos de uma ação que ele possui, a B3 pode informar a
Receita sobre o valor que foi recolhido para pagamento de imposto de renda.
•Opa! Olha o Open Banking aí. Claro, é apenas um exemplo. O cliente pode consentir em diversas
situações, como no caso de uma empresa que autorize auditores a acessarem seus dados
bancários.
a prestação de informações nos termos e condições estabelecidos nos artigos 2o, 3o, 4o, 5o, 6o, 7o
e 9 desta Lei Complementar.
•Falaremos sobre esses casos, mas só para ter uma ideia, os artigos mencionados deixam claro que
as instituições não podem negar acesso ao BCB sob alegação de sigilo.
Devem manter
o sigilo das Podem firmar
informações convênios
obtidas
devem prestar
Não se opõe
informações ao
sigilo no
Judiciário,
exercício de
suas funções BCB e Legislativo
Federal e AGU.
CVM
descontos de
aquisições e vendas
duplicatas, notas aplicações em fundos
contratos de mútuo de títulos de renda
promissórias e outros de investimentos
fixa ou variável
títulos de crédito
transferências de
conversões de
aquisições de moeda moeda e outros operações com ouro,
moeda estrangeira
estrangeira valores para o ativo financeiro
em moeda nacional
exterior
▶ restritas a informes relacionados com a identificação dos titulares das operações e os montantes
globais mensalmente movimentados
▶ é vedada a inserção de qualquer elemento que permita identificar a sua origem ou a natureza dos
gastos a partir deles efetuados.
▶ não incluem operações financeiras efetuadas pelas administrações direta e indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
de contrabando ou
de tráfico ilícito de
tráfico de armas,
substâncias de extorsão mediante
de terrorismo entorpecentes ou
munições ou material
sequestro
destinado a sua
drogas afins
produção
praticado por
organização criminosa
QUESTÕES COMENTADAS
1. (2015/VUNESP/SP/Auditor Municipal de Controle Interno)
A Lei Complementar nº 105/2001 dispõe sobre o sigilo das operações de instituições
financeiras. Nos moldes da referida lei, entretanto, o sigilo quanto a contas de depósitos,
aplicações e investimentos mantidos em instituições financeiras não pode ser oposto,
considerando a sua função de fiscalização,
a) ao Governo Federal.
b) aos Fiscos Estadual e Federal.
c) à Administração Pública.
d) ao Banco Central do Brasil.
e) à Polícia Federal.
Comentários:
Como o BCB fiscaliza as instituições financeiras, é claro que elas não podem negar informações
para a autoridade financeira alegando que precisa manter o sigilo, né?
Gabarito: “d”
Comentários:
Gabarito: “e”
Comentários:
A letra “e” está errada porque as factorings (sociedades de arrendamento mercantil) também
estão inclusas no conceito de instituição financeira para fins de sigilo.
Gabarito: “d”
Comentários:
I. a troca de informações entre instituições financeiras, para fins cadastrais, inclusive por
intermédio de centrais de risco, observadas as regras do Conselho Monetário Nacional e
do Banco Central do Brasil; LETRA A
II. o fornecimento de informações constantes de cadastro de emitentes de cheques sem
provisão de fundos e de devedores inadimplentes, a entidades de proteção ao crédito,
observadas as normas do CMN e do BCB; LETRA E
III. o fornecimento, à Receita Federal, de informações necessárias para identificar o
contribuinte e os valores envolvidos em operações nas quais a instituição é responsável
por recolher impostos;
IV. a comunicação, às autoridades competentes, da prática de ilícitos penais ou
administrativos, abrangendo o fornecimento de informações sobre operações que
envolvam recursos provenientes de qualquer prática criminosa; LETRA B
V. a revelação de informações sigilosas com o consentimento expresso dos interessados;
VI. a prestação de informações nos termos e condições estabelecidos nos artigos 2o, 3o, 4o,
5o, 6o, 7o e 9 desta Lei Complementar.
VII. o fornecimento de dados financeiros e de pagamentos, relativos a operações de crédito
e obrigações de pagamento adimplidas ou em andamento de pessoas naturais ou
jurídicas, a gestores de bancos de dados, para formação de histórico de crédito, nos
termos de lei específica.
A letra “d” está enquadrada na exceção feita ao Banco Central em sua atuação de fiscalizador
das instituições financeiras.
Fica, como gabarito, a letra “c”, já que o fornecimento de dados com o consentimento é exceção
ao dever de sigilo.
Gabarito: “c”
5. (2020/CEBRASPE-CESPE/MPE-CE/Promotor de Justiça)
De acordo com a Lei Complementar n.º 105/2001, as instituições financeiras devem conservar
o sigilo de suas operações, sendo uma violação desse dever
a) a revelação de informações sigilosas, ainda que com o consentimento expresso do
interessado.
b) a comunicação, às autoridades competentes, da prática de ilícitos penais ou administrativos,
sem ordem judicial.
c) a troca de informações entre instituições financeiras, para fins cadastrais, ainda que
observadas as normas do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional.
d) o fornecimento, a gestores de bancos de dados, de informações financeiras relativas a
operações de crédito adimplidas, para formação de histórico de crédito.
e) a transferência, à autoridade tributária, de informações relativas a operações com cartão de
crédito que permitam identificar a natureza dos gastos efetuados.
Comentários:
c) a troca de informações entre instituições financeiras, para fins cadastrais, ainda que observadas
as normas do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional.
Errado. É permitida a troca de informações entre instituições financeiras, para fins cadastrais,
inclusive por intermédio de centrais de risco, observadas as regras do Conselho Monetário
Nacional e do Banco Central do Brasil
Certo. Isso seria violação do sigilo, pois é vedada a inserção de qualquer elemento que permita
identificar a sua origem ou a natureza dos gastos nas informações concedidas à administração
tributária.
Gabarito: “e”
Comentários:
Gabarito: “c”
7. (2019/IADES/BANCO DE BRASÍLIA/Advogado)
Nos contratos bancários, de acordo com o que determina a lei, as instituições financeiras
conservarão sigilo em suas operações ativas e passivas e nos serviços prestados. No entanto,
segundo a lei, não constitui violação do dever de sigilo
Comentários:
Essa questão é bem “chatinha”, porque tem erros muito sutis nas alternativas, então vejamos:
a) a troca de informações entre instituições financeiras, para fins cadastrais e de oferta de serviços
e produtos, inclusive por intermédio de centrais de risco, observadas as normas baixadas pelo
Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil.
Errado. O que não está incluído na redação da lei é o “de oferta de serviços”.
Gabarito: “c”
Comentários:
a) O dever de sigilo não é aplicável à BRB Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, tendo em
vista que ela não é considerada instituição financeira.
Errado. As Distribuidoras de TVMs são consideradas instituições financeiras para efeitos de sigilo.
Errado. O Fisco pode, mediante autorização judicial. Note que a movimentação dos clientes não
está incluída nas informações fornecidas regularmente, precisando de uma ordem judicial para
ter acesso aos extratos do cliente, por exemplo.
e) O dever de sigilo não é aplicável às empresas de fomento mercantil (factoring), tendo em vista
que elas não são consideradas instituições financeiras.
Gabarito: “d”
9. (2019/MPE-SC/Promotor de Justiça)
As sociedades de arrendamento mercantil são consideradas instituições financeiras, para os
efeitos da Lei Complementar n. 105/2001, constituindo violação do dever de sigilo a troca de
informações sigilosas com o consentimento expresso dos interessados.
Comentários:
Gabarito: Errado
Comentários:
Nesse caso, todas as hipóteses trazidas estão listadas como exceção na LC 105/2001.
Gabarito: “a”
Comentários:
Novamente, todas os itens estão previstos como operações financeiras para fins de fornecimento
de informações ao fisco. Aqui está a lista completa:
Gabarito: “e”
Comentários:
De acordo com a LC 105/2001, a quebra de sigilo poderá ser decretada, quando necessária para
apuração de ocorrência de qualquer ilícito, em qualquer fase do inquérito ou do processo
judicial, e especialmente nos seguintes crimes:
I. de terrorismo;
II. de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins;
III. de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado a sua produção;
Percebeu quem faltou aí? Sim, não consta nada sobre (III) enriquecimento ilícito. Embora seja
uma possibilidade, não está na lista do “especialmente” trazida pela lei.
Gabarito: “d”
Comentários:
a) constitui crime e sujeita o responsável a pena de detenção, excluída qualquer outra sanção.
Errado. A pena é de reclusão (não “detenção”), e ainda pode incluir outras sanções cabíveis.
Errado. A entidade pública também pode ser responsabilizada, quando comprovado que o
servidor agiu de acordo com orientação oficial
Errado. É crime e a pena é reclusão. Não é contravenção, e a pena não é “prisão simples”.
Errado. É crime sim. E a sanção é penal, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
Gabarito: “e”
Comentários:
Apesar de ser uma questão para delegado, observe que é simples: a troca de informações entre
instituições financeiras, para fins cadastrais, inclusive por intermédio de centrais de risco,
observadas as normas baixadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do
Brasil, não constitui violação do dever de sigilo.
Gabarito: “e”
LISTA DE QUESTÕES
1. (2015/VUNESP/SP/Auditor Municipal de Controle Interno)
A Lei Complementar nº 105/2001 dispõe sobre o sigilo das operações de instituições
financeiras. Nos moldes da referida lei, entretanto, o sigilo quanto a contas de depósitos,
aplicações e investimentos mantidos em instituições financeiras não pode ser oposto,
considerando a sua função de fiscalização,
a) ao Governo Federal.
b) aos Fiscos Estadual e Federal.
c) à Administração Pública.
d) ao Banco Central do Brasil.
e) à Polícia Federal.
e) ativas e passivas e não estarão subordinadas ao escopo desta lei as empresas de fomento
comercial ou factoring.
5. (2020/CEBRASPE-CESPE/MPE-CE/Promotor de Justiça)
De acordo com a Lei Complementar n.º 105/2001, as instituições financeiras devem conservar
o sigilo de suas operações, sendo uma violação desse dever
a) a revelação de informações sigilosas, ainda que com o consentimento expresso do
interessado.
b) a comunicação, às autoridades competentes, da prática de ilícitos penais ou administrativos,
sem ordem judicial.
c) a troca de informações entre instituições financeiras, para fins cadastrais, ainda que
observadas as normas do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional.
d) o fornecimento, a gestores de bancos de dados, de informações financeiras relativas a
operações de crédito adimplidas, para formação de histórico de crédito.
e) a transferência, à autoridade tributária, de informações relativas a operações com cartão de
crédito que permitam identificar a natureza dos gastos efetuados.
I. a troca de informações entre instituições financeiras, para fins cadastrais, inclusive por
intermédio de centrais de risco, observadas as normas baixadas pelo Conselho Monetário
Nacional e pelo Banco Central do Brasil.
II. o fornecimento de informações constantes de cadastro de emitentes de cheques sem
provisão de fundos e de devedores inadimplentes, a entidades de proteção ao crédito,
observadas as normas baixadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do
Brasil.
III. a comunicação, às autoridades competentes, da prática de ilícitos penais ou administrativos,
abrangendo o fornecimento de informações sobre operações que envolvam recursos
provenientes de qualquer prática criminosa.
IV. a revelação de informações sigilosas sem o consentimento expresso dos interessados.
a) Apenas I e III.
b) Apenas II, III e IV.
c) Apenas I, II e III.
d) Apenas II e IV.
e) I, II, III e IV.
7. (2019/IADES/BANCO DE BRASÍLIA/Advogado)
Nos contratos bancários, de acordo com o que determina a lei, as instituições financeiras
conservarão sigilo em suas operações ativas e passivas e nos serviços prestados. No entanto,
segundo a lei, não constitui violação do dever de sigilo
a) a troca de informações entre instituições financeiras, para fins cadastrais e de oferta de
serviços e produtos, inclusive por intermédio de centrais de risco, observadas as normas
baixadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil.
b) a comunicação às autoridades competentes da prática de ilícitos penais, civis e (ou)
administrativos, abrangendo o fornecimento de informações acerca de operações que
envolvam recursos provenientes de qualquer prática criminosa.
c) o fornecimento de informações constantes de cadastro de emitentes de cheques sem
provisão de fundos e de devedores inadimplentes a entidades de proteção ao crédito,
observadas as normas baixadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do
Brasil.
d) a revelação de informações não sigilosas com o consentimento expresso dos interessados.
e) o fornecimento de dados financeiros e de pagamentos relativos a operações de crédito e
obrigações de pagamento adimplidas ou em andamento de pessoas naturais ou jurídicas, a
qualquer interessado, para formação de histórico de crédito, nos termos de lei específica.
a) O dever de sigilo não é aplicável à BRB Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, tendo
em vista que ela não é considerada instituição financeira.
b) O Fisco não pode requisitar diretamente ao BRB informações a respeito da movimentação
bancária dos respectivos clientes, independentemente de autorização judicial.
c) Mediante a decisão fundamentada do respectivo presidente, uma CPI da Câmara Legislativa
do Distrito Federal pode requisitar ao BRB informações a respeito da movimentação bancária
de clientes da instituição financeira.
d) As informações fornecidas à administração tributária devem ficar restritas a informes
relacionados com a identificação dos titulares das operações e os montantes globais
mensalmente movimentados.
e) O dever de sigilo não é aplicável às empresas de fomento mercantil (factoring), tendo em
vista que elas não são consideradas instituições financeiras.
9. (2019/MPE-SC/Promotor de Justiça)
As sociedades de arrendamento mercantil são consideradas instituições financeiras, para os
efeitos da Lei Complementar n. 105/2001, constituindo violação do dever de sigilo a troca de
informações sigilosas com o consentimento expresso dos interessados.
GABARITO
1. D 5. E 9. E 13. E
2. E 6. C 10. A 14. E
3. D 7. C 11. E
4. C 8. D 12. D