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Curso 223685 Aula 00 016c Completo

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Aula 00

Polícia Federal (Agente de Polícia)


Legislação Especial - 2023 (Pré-Edital)

Autor:
Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos

07 de Dezembro de 2022
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos
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Índice
1) Lei nº. 7.102/83 - Segurança dos Estabelecimentos Financeiros
..............................................................................................................................................................................................3

2) Questões Comentadas - .Lei nº. 7.102 - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
17

3) Lista de Questões - .Lei nº. 7.102 - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
20

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LEI Nº 7.102/1983: DISPÕE SOBRE SEGURANÇA PARA


ESTABELECIMENTOS FINANCEIROS E DA OUTRAS
PROVIDÊNCIAS
Essa lei trata da segurança para estabelecimentos financeiros, e das normas para constituição e
funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de
valores.

Estamos falando da segurança bancária e das empresas de segurança privada e de transporte de


valores. Essas duas atividades em geral são desempenhadas pelas mesmas empresas.

Art. 1º É vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento financeiro onde haja


guarda de valores ou movimentação de numerário, que não possua sistema de segurança
com parecer favorável à sua aprovação, elaborado pelo Ministério da Justiça, na forma desta
lei.

O Ministério da Justiça é o órgão responsável pela regulamentação e aprovação dos sistemas de


segurança dos estabelecimentos financeiros. Dentro da estrutura do Ministério da Justiça está o
Departamento de Polícia Federal, que é o órgão que efetivamente exerce essas funções.

Antes de entrarmos no conteúdo do art. 1º, é interessante compreendermos melhor quais são as
atribuições do Ministério da Justiça no que se refere à Lei nº 7.102/1983. As competências desse
órgão são as seguintes:

a) Fiscalizar os estabelecimentos financeiros quanto ao cumprimento da lei  para


cumprir essa atribuição, o Ministério da Justiça poderá celebrar convênio com as
Secretarias de Segurança Pública dos respectivos Estados e Distrito Federal;
b) Encaminhar parecer conclusivo quanto ao prévio cumprimento da lei, pelo
estabelecimento financeiro, à autoridade que autoriza o seu funcionamento 
Essa autoridade normalmente é o Banco Central do Brasil;
c) Aplicar aos estabelecimentos financeiros as penalidades previstas nesta lei.

Voltemos então à análise do texto do art. 1º...

O art. 1º traz alguns conceitos com os quais você certamente não está familiarizado. Você sabe o
que é um estabelecimento financeiro? A definição mais confiável que podemos encontrar é a
estabelecida pelo Banco Central do Brasil, mas não precisamos descer a esse grau de detalhe, pois
a própria lei estabelece, nos parágrafos do art. 1º, quais são os estabelecimentos por ela
alcançados.

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§ 1o Os estabelecimentos financeiros referidos neste artigo compreendem bancos oficiais


ou privados, caixas econômicas, sociedades de crédito, associações de poupança,
suas agências, postos de atendimento, subagências e seções, assim como as
cooperativas singulares de crédito e suas respectivas dependências.

Vamos entender o que são esses estabelecimentos, um a um, ok? Apenas peço que você não tente
memorizar as definições, pois elas não deverão aparecer na sua prova. Minha intenção aqui é ajudar
você a compreender os dispositivos da lei, e assim será mais difícil esquecê-los.

a) Bancos oficiais ou privados  A lei está chamando de bancos oficiais aqueles


que contam com capital público, a exemplo do Banco do Brasil, Banco de Brasília,
Banco do Nordeste do Brasil, etc. Os bancos privados são os demais.
b) Caixas Econômicas  As caixas econômicas são instituições públicas por
==0==

excelência, criadas para atuar de forma marcante na área social. Hoje são uma
espécie em extinção, sendo a Caixa Econômica Federal a única lembrada por nós.
A CEF basicamente atua como um banco comercial, com uma exceção: ela tem a
gestão de diversos programas sociais, a exemplo do Bolsa-Família, além de gerir
os recursos de fundos públicos como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS).
c) Sociedades de Crédito  São instituições financeiras privadas que têm como
objetivo básico a realização de financiamento para a aquisição de bens, serviços
e capital de giro. Você já deve ter ouvido falar nas famosas “financeiras”, não é
mesmo? Estamos falando de ninguém mais, ninguém menos do que as
Sociedades de Crédito.
d) Associações de poupança  São sociedades civis que recebem recursos de seus
acionistas e, basicamente, operam empréstimos no Sistema Financeiro de
Habitação, ou seja, concedem financiamentos imobiliários. A mais famosa delas
sem dúvida é a Associação de Poupança e Empréstimo – POUPEX, criada e gerida
pela Fundação Habitacional do Exército (FHE).
e) Postos de Atendimento, Subagências e Seções  Você já procurou
atendimento num banco e descobriu que na realidade você estava num posto
vinculado a uma agência de outro lugar? Pois bem, os postos de atendimento são
uma espécie de braço de uma agência bancária. É comum que haja postos, por
exemplo, dentro de empresas e repartições públicas. Aqui dentro da sede da CGU
em Brasília, por exemplo, temos um posto do Banco do Brasil vinculado à agência
que fica do outro lado da rua... 
f) Cooperativas Singulares de Crédito  São cooperativas formadas para a
prestação de serviços financeiros. A característica das cooperativas singulares é
que elas apenas prestam serviços aos seus associados. Não vou entrar na
classificação das cooperativas de crédito para não confundir você, ok? Apenas
lembre-se de que as normas que estamos estudando somente se aplicam às
cooperativas singulares de crédito.

É importante que você saiba que o STJ decidiu que as casas lotéricas não se enquadram na
definição de estabelecimentos financeiros, e por isso não se submetem às regras da Lei nº
7.102/1983.

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DIREITO ADMINISTRATIVO E CIVIL. RESPONSABILIDADE DA CEF PELA


SEGURANÇA DE CASA LOTÉRICA.

A Caixa Econômica Federal – CEF não tem responsabilidade pela segurança


de agência com a qual tenha firmado contrato de permissão de loterias. Isso
porque as regras de segurança previstas na Lei 7.102/1983, que dispõe sobre
segurança para estabelecimentos financeiros, não alcançam as unidades lotéricas.
De acordo com o art. 17 da Lei 4.595/1964, são consideradas instituições
financeiras as pessoas jurídicas públicas ou privadas que tenham como atividade
principal ou acessória a captação, intermediação ou aplicação de recursos
financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a
custódia de valor de propriedade de terceiros. Ademais, nos termos do art. 18 da
Lei 4.595/1964, essas instituições apenas podem funcionar no país mediante prévia
autorização do Banco Central da República do Brasil. Assim, forçoso reconhecer
que as unidades lotéricas não possuem como atividade principal ou acessória, a
captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros, tampouco dependem
de autorização da autoridade central para funcionamento. Vale destacar que,
apesar de as unidades lotéricas prestarem alguns serviços também oferecidos
pelas agências bancárias, isso não as torna instituições financeiras submetidas aos
ditames da Lei 7.102/1983. Nesse contexto, fica afastada a responsabilidade civil
da CEF sobre eventuais prejuízos sofridos pela unidade lotérica, aplicando-se o
disposto no art. 2º, IV, da Lei 8.987/1995, segundo o qual o permissionário deve
demonstrar capacidade para o desempenho da prestação dos serviços públicos
que lhe foram delegados por sua conta e risco. Precedente citado: REsp 1.317.472-
RJ, Terceira Turma, DJe 8/3/2013. REsp 1.224.236-RS, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 11/3/2014.

É vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento financeiro


onde haja guarda de valores ou movimentação de numerário, que não
possua sistema de segurança com parecer favorável à sua aprovação,
elaborado pelo Ministério da Justiça. São considerados
estabelecimentos financeiros para esses fins:

a) bancos oficiais ou privados;

b) caixas econômicas;

c) sociedades de crédito;

d) associações de poupança;

e) agências, postos de atendimento, subagências e seções;

f) cooperativas singulares de crédito e suas respectivas dependências.

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As cooperativas singulares de crédito têm uma atenção especial da Lei nº 7.102/1983.

§ 2o O Poder Executivo estabelecerá, considerando a reduzida circulação financeira,


requisitos próprios de segurança para as cooperativas singulares de crédito e suas
dependências que contemplem, entre outros, os seguintes procedimentos:
I – dispensa de sistema de segurança para o estabelecimento de cooperativa singular de
crédito que se situe dentro de qualquer edificação que possua estrutura de segurança
instalada em conformidade com o art. 2o desta Lei;
II – necessidade de elaboração e aprovação de apenas um único plano de segurança por
cooperativa singular de crédito, desde que detalhadas todas as suas dependências;
III – dispensa de contratação de vigilantes, caso isso inviabilize economicamente a existência
do estabelecimento.

Essa regra específica que ameniza as exigências de segurança para as cooperativas singulares
apenas foi incluída na lei em 2008, em razão de reivindicações dos titulares desses
estabelecimentos.

As cooperativas singulares contam características bastante peculiares, relacionadas à dimensão


reduzida dos negócios praticados nesses estabelecimentos e dos locais onde prestam
atendimento. Como exemplo posso citar a Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos
Magistrados, Membros do Ministério Público e Defensores Públicos, Seus Servidores e Servidores
do Poder Judiciário de Pernambuco (Juriscoope).

A Juriscoope, por ser uma cooperativa singular que atende a um número reduzido de pessoas e
prestar atendimento nas dependências do Tribunal de Justiça e do Ministério Público, onde há
sistemas de segurança próprios, está sujeita às regras simplificadas do §2º.

Mas o que seria esse sistema de segurança que é obrigatório nessas instituições que estudamos?

Art. 2º - O sistema de segurança referido no artigo anterior inclui pessoas adequadamente


preparadas, assim chamadas vigilantes; alarme capaz de permitir, com segurança,
comunicação entre o estabelecimento financeiro e outro da mesma instituição, empresa de
vigilância ou órgão policial mais próximo; e, pelo menos, mais um dos seguintes dispositivos:
I - equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens que possibilitem a identificação dos
assaltantes;
II - artefatos que retardem a ação dos criminosos, permitindo sua perseguição, identificação
ou captura; e
III - cabina blindada com permanência ininterrupta de vigilante durante o expediente para o
público e enquanto houver movimentação de numerário no interior do estabelecimento.

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Acredito que seja interessante memorizar os elementos que compõem o sistema de segurança
preconizado pela lei. É uma lista simples de recursos que pode ser perfeitamente cobrada pelo
examinador.

ELEMENTOS DO SISTEMA DE SEGURANÇA


PESSOAS adequadamente preparadas.
ALARME capaz de permitir, com segurança, comunicação entre o
estabelecimento financeiro e outro da mesma instituição, empresa de vigilância ou
órgão policial mais próximo.
Pelo menos um EQUIPAMENTOS elétricos, eletrônicos e de filmagens que
dos seguintes possibilitem a identificação dos assaltantes.
dispositivos: ARTEFATOS que retardem a ação dos criminosos, permitindo
sua perseguição, identificação ou captura.
CABINA BLINDADA com permanência ininterrupta de vigilante
durante o expediente para o público e enquanto houver
movimentação de numerário no interior do estabelecimento.

Art. 2º-A As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil, que colocarem à disposição do público caixas eletrônicos, são obrigadas
a instalar equipamentos que inutilizem as cédulas de moeda corrente depositadas no interior
das máquinas em caso de arrombamento, movimento brusco ou alta temperatura.

Este dispositivo, incluído na lei em 2018, trata dos dispositivos que inutilizam cédulas quando as
máquinas são violadas. Normalmente essa inutilização se dá pela liberação de uma espécie de
tinta, mas podem ser adotadas outras tecnologias, conforme previsão do § 1º.

§ 1º Para cumprimento do disposto no caput deste artigo, as instituições financeiras poderão


utilizar-se de qualquer tipo de tecnologia existente para inutilizar as cédulas de moeda
corrente depositadas no interior dos seus caixas eletrônicos, tais como:
I – tinta especial colorida;
II – pó químico;
III – ácidos insolventes;

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IV – pirotecnia, desde que não coloque em perigo os usuários e funcionários que utilizam os
caixas eletrônicos;
V – qualquer outra substância, desde que não coloque em perigo os usuários dos caixas
eletrônicos.

Chamo sua atenção para a possibilidade de adoção de tecnologias de pirotecnia, ou seja, fogos
de artifício. Não consigo imaginar como isso poderia acontecer, mas é importante mencionar que
a lei faz a ressalva à necessidade de observar a segurança dos usuários e funcionários das
instituições.

Além disso, a lei agora determina também a obrigatoriedade da instalação de placa de alerta, que
deverá ser afixada de forma visível no caixa eletrônico, bem como na entrada da instituição
bancária que possua caixa eletrônico em seu interior, informando a existência do referido
dispositivo e seu funcionamento. O descumprimento dessa obrigação sujeitará as instituições às
penalidades do art. 7º, que estudaremos mais adiante.

§ 4º As exigências previstas neste artigo poderão ser implantadas pelas instituições


financeiras de maneira gradativa, atingindo-se, no mínimo, os seguintes percentuais, a partir
da entrada em vigor desta Lei:
I – nos municípios com até 50.000 (cinquenta mil) habitantes, 50% (cinquenta por cento) em
nove meses e os outros 50% (cinquenta por cento) em dezoito meses;
II – nos municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) até 500.000 (quinhentos mil)
habitantes, 100% (cem por cento) em até vinte e quatro meses;
III – nos municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, 100% (cem por cento)
em até trinta e seis meses.

O § 4º estabelece uma regra de transição, que confere algum prazo para que as instituições adotem
as obrigações relacionadas aos caixas eletrônicos. Quanto menor for o município no qual a
instituição está localizada, mais rapidamente essas novas regras deverão ser implantadas.

Art. 3º A vigilância ostensiva e o transporte de valores serão executados:


I - por empresa especializada contratada; ou
II - pelo próprio estabelecimento financeiro, desde que organizado e preparado para tal fim,
com pessoal próprio, aprovado em curso de formação de vigilante autorizado pelo Ministério
da Justiça e cujo sistema de segurança tenha parecer favorável à sua aprovação emitido pelo
Ministério da Justiça.

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Perceba que aqui estamos falando de duas atividades diferentes, geralmente desempenhadas
pelas mesmas empresas: a vigilância ostensiva, normalmente conhecida como serviço de
segurança privada; e o transporte de valores, que é realizado por meio dos carros-fortes que nós
vemos nas ruas o tempo inteiro.

Na realidade, a própria lei faz as definições desses serviços, estabelecendo a segurança privada
como gênero, do qual a vigilância patrimonial e o transporte de valores são espécies. Esses
serviços podem ser prestados por uma mesma empresa, como geralmente ocorre.

Além disso, essas empresas também podem desenvolver atividades de segurança privada a
pessoas; a estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação de serviços e residências; a
entidades sem fins lucrativos; e órgãos e empresas públicas

A informação realmente interessante no art. 3º diz respeito à possibilidade de desenvolvimento


dessas atividades pelas instituições financeiras diretamente, sem a contratação de empresa
especializada.

Se o próprio estabelecimento financeiro resolver desenvolver essas atividades, deverá dispor de


pessoal próprio, ou seja, formado e designado especificamente para cumprir essas atribuições.
Esses funcionários deverão ser aprovados no curso de vigilante aprovado pelo Ministério da
Justiça, o mesmo curso que os funcionários das empresas especializadas também têm que fazer.
Além disso, essas instituições financeiras devem cumprir o disposto na lei que estamos estudando
e nas demais leis que digam respeito a essas atividades.

Há ainda um dispositivo pouco aplicável na lei, que autoriza as polícias militares a desempenhar
os serviços de vigilância ostensiva dos estabelecimentos financeiros estaduais. Caso você ainda
não conheça a dinâmica de funcionamento das polícias, a Polícia Militar é sempre gerida pelos
Estados. Não existe uma polícia militar federal ou algo parecido...

Nesse sentido, caberia a essas corporações fazer a vigilância dos bancos estaduais. Na prática, isso
não ocorre em lugar nenhum, até porque hoje restaram pouquíssimos bancos estaduais. Eu mesmo
só consigo pensar em dois ou três que sobreviveram até hoje...

Art. 4º O transporte de numerário em montante superior a vinte mil Ufir, para suprimento
ou recolhimento do movimento diário dos estabelecimentos financeiros, será
obrigatoriamente efetuado em veículo especial da própria instituição ou de empresa
especializada.
Art. 5º O transporte de numerário entre sete mil e vinte mil Ufirs poderá ser efetuado em
veículo comum, com a presença de dois vigilantes.

Essas regras são bastante simples. Diz que, a partir de certo valor, o dinheiro deve ser transportado
em veículo especial, que pode ser da própria instituição financeira ou da empresa especializada.
Os valores compreendidos em uma faixa menor, por outro lado, podem ser transportados num
carro comum, desde que estejam presentes dois vigilantes.

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A pulga aparece atrás da nossa orelha quando vemos o valor, não é mesmo? Pois bem, a sigla
UFIR significa Unidade Fiscal de Referência. Essa referência fazia parte de um mecanismo muito
utilizado nas épocas de alta inflação, pois permitia que leis como a que nós estamos estudando
não ficassem desatualizadas, já que o governo reajustava periodicamente o valor da UFIR em
moeda corrente. A UFIR foi extinta em 2000.

Você não precisa saber quantos reais equivaleriam a uma UFIR, e na prática esse dispositivo nem
faz mais muito sentido, pois os valores são sempre transportados em veículos especiais... 

Preste atenção! Isso não quer dizer que a nossa querida banca examinadora não possa cobrar o
conhecimento desses dispositivos na sua prova, ok? Por essa razão, recomendo que você se
esforce para memorizar os valores de referência utilizados.

REGRAS PARA TRANSPORTE DE NUMERÁRIO


Montante superior a 20.000 Será obrigatoriamente efetuado em veículo
UFIR, para suprimento ou especial da própria instituição ou de empresa
recolhimento do movimento especializada.
diário dos estabelecimentos
financeiros.
Montante entre 7.000 e Poderá ser efetuado em veículo comum, com a
20.000 UFIR. presença de dois vigilantes.

Art. 8º - Nenhuma sociedade seguradora poderá emitir, em favor de estabelecimentos


financeiros, apólice de seguros que inclua cobertura garantindo riscos de roubo e furto
qualificado de numerário e outros valores, sem comprovação de cumprimento, pelo
segurado, das exigências previstas nesta Lei.

Aqui temos uma regra bastante interessante, dessa vez dirigida às sociedades seguradoras, e não
às instituições financeiras. Imagine comigo a seguinte situação: um gestor irresponsável de uma
instituição financeira resolver colocar na ponta do lápis a relação custo x benefício de criar seu
sistema de segurança.

Esse gestor então chega à conclusão de que a instalação do sistema não é viável do ponto de vista
financeiro por uma simples razão: o valor do seguro contra furto e roubo é inferior ao valor que
precisará ser gasto com a instalação e manutenção do sistema.

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Será então que esse gestor poderá simplesmente contratar o seguro e assumir o risco de ser
punido pela PF? Claro que não! Por que será que os estabelecimentos financeiros são obrigados
por lei a terem sistemas de segurança? Justamente porque eles podem não ser interessantes do
ponto de vista negocial!

Para desencorajar ainda mais o descumprimento da lei, o legislador considerou interessante


estabelecer o cumprimento dos requisitos relacionados aos sistemas de segurança como
pressupostos para a contratação de seguros contra roubo e furto. As seguradoras, portanto,
somente poderão vender seguros para estabelecimentos financeiros que comprovem terem
cumprido os requisitos da Lei nº 7.102/1983.

E qual a punição para as seguradoras que descumprirem a regra? Simples! Elas deixam de ter
cobertura por parte do Instituto de Resseguros do Brasil. E o que raios seria esse IRB? Trata-se de
uma empresa de resseguros (óbvio, não?), ou seja, o negócio dela é fazer o “seguro do seguro”,
de forma que as seguradoras podem assumir um risco maior, repassando parte dele para a
resseguradora.

Na realidade, acredito que esse dispositivo não seja mais aplicável hoje, já que o IRB foi privatizado
em outubro de 2013... mas isso não importa para a sua prova, ok!? 

Art. 9º - Nos seguros contra roubo e furto qualificado de estabelecimentos financeiros, serão
concedidos descontos sobre os prêmios aos segurados que possuírem, além dos requisitos
mínimos de segurança, outros meios de proteção previstos nesta Lei, na forma de seu
regulamento.

Agora temos uma regra de incentivo, mais uma vez direcionada às seguradoras. A intenção do
legislador aqui foi recompensar a instituição financeira que, além dos requisitos legais, utiliza outros
equipamentos e sistemas de segurança.

Essas instituições, quando desejarem contratar seguros contra roubo e furto, deverão ter
descontos sobre os prêmios. Você deve estar achando esse nome estranho, não é mesmo? É
esquisito mesmo, mas prêmio é o valor que o segurado paga à seguradora. É o valor do seguro,
propriamente dito.

Art. 11 - A propriedade e a administração das empresas especializadas que vierem a se


constituir são vedadas a estrangeiros.

Essa regra foi criada seguindo-se a seguinte lógica: as empresas de segurança privada não
poderiam ser de propriedade de estrangeiros, e nem por eles administradas, pois atividades que
envolvam armas precisam ser encaradas de modo estratégico, de forma que não parece razoável

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que um estrangeiro tenha poder sobre um verdadeiro “exército privado” dentro do Brasil, não é
mesmo?

Acontece que a Constituição de 1988 não faz mais distinção entre empresas brasileiras de capital
nacional e empresas brasileiras de capital estrangeiro. Ou seja, mesmo que o capital da empresa
seja estrangeiro, não há problema na sua constituição, desde que ela seja estabelecida no Brasil,
submetendo-se às leis brasileiras.

Além disso, a lei proíbe que os diretores e empregados dessas empresas tenham antecedentes
criminais registrados.

A propriedade e a administração das empresas especializadas em


segurança privada são vedadas a estrangeiros, mas o STJ entende que
não há problema em a empresa ter capital estrangeiro, desde que seja
estabelecida no Brasil, segundo as leis brasileiras.

Art. 14 - São condições essenciais para que as empresas especializadas operem nos Estados,
Territórios e Distrito Federal:
I - autorização de funcionamento concedida conforme o art. 20 desta Lei; e
II - comunicação à Secretaria de Segurança Pública do respectivo Estado, Território ou
Distrito Federal.

A autorização do Ministério da Justiça é a mencionada pelo art. 20 da lei. Essa

autorização de funcionamento só pode ser concedida por intermédio de seu órgão próprio (Polícia
Federal), não sendo possível convênio com a Secretaria de Segurança Pública dos Estados e do
Distrito Federal, em razão da regra do parágrafo único do art. 20, conforme estudaremos mais
adiante.

Caso a autorização seja dada diretamente pelo Ministério da Justiça, será necessário comunicar
à Secretaria de Segurança Pública do local de funcionamento da instituição financeira. Isso ocorre
porque as polícias miliar e civil do local precisam ter conhecimento acerca das empresas
autorizadas a funcionar.

A partir de agora vamos começar a estudar a função do vigilante. Este deve ser entendido como o
empregado contratado para executar as atividades de segurança privada, tanto na modalidade
vigilância patrimonial quanto no transporte de valores.

Os requisitos para o exercício da profissão devem ser memorizados por você. Por manusear armas
no dia a dia, é necessário um controle maior do que aquele presente em outras profissões, e isso
inclui requisitos relacionados ao perfil do empregado e à sua formação.

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Não há nada muito complicado, mas você deve ler essa lista algumas vezes e tentar memorizar
esses requisitos. Recomendo que você releia nos últimos dias antes da prova, para manter isso
“fresco” na sua mente.

REQUISITO OBSERVAÇÕES
A lei não diferencia o brasileiro nato
Ser brasileiro
do naturalizado.
Na época da lei, a maioridade civil
se dava apenas aos 21 anos. Hoje
Ter pelo menos 21 anos
ocorre aos 18, mas esse requisito
nunca foi mudado.
Na época em que a lei foi
promulgada, foi permitido que os
Ter concluído a quarta série do
REQUISITOS vigilantes que já exerciam suas
primeiro grau (quinto ano do
PARA O funções e não tinham esse grau de
ensino fundamental).
EXERCÍCIO DA escolaridade continuassem
PROFISSÃO DE trabalhando.
VIGILANTE Ter sido aprovado, em curso de
formação de vigilante, realizado
em estabelecimento com
funcionamento autorizado.
Ter sido aprovado em exame de
saúde física, mental e psicotécnico
Não ter antecedentes criminais
registrados
Estar quite com as obrigações
eleitorais e militares

O cumprimento desses requisitos deve ser comprovado por meio dos documentos que devem ser
apresentados à Polícia Federal para que o vigilante seja registrado. Sem esse registro, a profissão
não pode ser exercida.

Art. 19 - É assegurado ao vigilante:


I - uniforme especial às expensas da empresa a que se vincular;
II - porte de arma, quando em serviço;
III - prisão especial por ato decorrente do serviço;
IV - seguro de vida em grupo, feito pela empresa empregadora.

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Entre esses direitos assegurados pela lei ao vigilante, quero chamar sua atenção para o uniforme,
que deve ser utilizado somente quando em serviço e cujo modelo deve ser aprovado pelo
Ministério da Justiça, como veremos mais adiante.

O porte de arma é a autorização, de competência da Polícia Federal, para que o cidadão possa
utilizar arma de fogo no seu dia a dia, ainda que por força de atividade profissional, como é o caso
dos vigilantes.

A lei autoriza expressamente o vigilante a utilizar revólver de calibre 32 ou 38 e cassetete de


madeira ou de borracha. No transporte de valores, podem ser utilizadas também espingardas
de calibre 12, 16 ou 20, de fabricação nacional, desde que não sejam de uso restrito das Forças
Armadas.

Essas armas devem ser de propriedade e responsabilidade da empresa especializada ou do


estabelecimento financeiro, quando executarem os serviços de segurança privada diretamente.

A prisão especial dá ao vigilante uma proteção maior para evitar situações de conflito entre ele e
eventuais criminosos que poderiam querer “vingança”.

Imagine que, ao proteger o estabelecimento financeiro de um assalto, por exemplo, o vigilante se


excede e mata, sem necessidade, um dos assaltantes. Em tese, ele responderia por homicídio, mas
ele não pode ser recolhido à prisão juntamente com os demais assaltantes, justamente para evitar
que ele sofra uma “vingança” por parte dos criminosos, não é mesmo?

Art. 7º O estabelecimento financeiro que infringir disposição desta lei ficará sujeito às
seguintes penalidades, conforme a gravidade da infração e levando-se em conta a
reincidência e a condição econômica do infrator:
I - advertência;
II - multa, de mil a vinte mil Ufirs;
III - interdição do estabelecimento.

Art. 23 - As empresas especializadas e os cursos de formação de vigilantes que infringirem


disposições desta Lei ficarão sujeitos às seguintes penalidades, aplicáveis pelo Ministério da
Justiça, ou, mediante convênio, pelas Secretarias de Segurança Pública, conforme a
gravidade da infração, levando-se em conta a reincidência e a condição econômica do
infrator:
I - advertência;
II - multa de quinhentas até cinco mil Ufirs:
III - proibição temporária de funcionamento; e
IV - cancelamento do registro para funcionar.

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Parágrafo único - Incorrerão nas penas previstas neste artigo as empresas e os


estabelecimentos financeiros responsáveis pelo extravio de armas e munições.

Acima temos os dispositivos que tratam das penalidades aplicáveis às instituições financeiras que
descumprirem as disposições da lei. Em seguida temos o art. 23, que trata das penalidades
aplicáveis às empresas de segurança privada. Sim, é importante memoriza-las.

PENALIDADES PREVISTAS NA LEI NO 7.102/1983


O estabelecimento financeiro que Advertência
infringir disposição da lei ficará sujeito às
seguintes penalidades, conforme a Multa, de mil a vinte mil Ufirs
gravidade da infração e levando-se em
conta a reincidência e a condição
econômica do infrator:
Interdição do estabelecimento
As empresas especializadas e os cursos Advertência
de formação de vigilantes que Multa de quinhentas até cinco mil UFIRs
infringirem disposições da Lei ficarão Proibição temporária de funcionamento
sujeitos às seguintes penalidades,
Cancelamento do registro para
aplicáveis pelo Ministério da Justiça, ou,
funcionar
mediante convênio, pelas Secretarias de
Segurança Pública, conforme a gravidade Incorrerão nas penas previstas neste
da infração, levando-se em conta a artigo as empresas e os estabelecimentos
reincidência e a condição econômica do financeiros responsáveis pelo extravio de
infrator: armas e munições.

Agora veremos as competências conferidas pela lei ao Ministério da Justiça. É uma lista extensa,
mas nada diferente do que já estudamos ao longo do texto legal.

Art. 20. Cabe ao Ministério da Justiça, por intermédio do seu órgão competente ou
mediante convênio com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados e Distrito Federal:
I - conceder autorização para o funcionamento:
a) das empresas especializadas em serviços de vigilância;

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b) das empresas especializadas em transporte de valores; e


c) dos cursos de formação de vigilantes;
II - fiscalizar as empresas e os cursos mencionados dos no inciso anterior;
III - aplicar às empresas e aos cursos a que se refere o inciso I deste artigo as penalidades
previstas no art. 23 desta Lei;
IV - aprovar uniforme;
V - fixar o currículo dos cursos de formação de vigilantes;
VI - fixar o número de vigilantes das empresas especializadas em cada unidade da
Federação;
VII - fixar a natureza e a quantidade de armas de propriedade das empresas especializadas e
dos estabelecimentos financeiros;
VIII - autorizar a aquisição e a posse de armas e munições; e
IX - fiscalizar e controlar o armamento e a munição utilizados.
X - rever anualmente a autorização de funcionamento das empresas elencadas no inciso I
deste artigo.

Não tem nada de absurdo, não é mesmo? Preste bastante atenção a essas atribuições, pois elas
podem aparecer na sua prova. Quero chamar sua atenção apenas para a possibilidade de
celebração de convênios entre o Ministério da Justiça e as Secretarias de Segurança Pública
para exercício dessas competências.

Por outro lado, a própria lei proíbe as atribuições dos incisos I e V sejam delegadas pelo Ministério
da Justiça por meio de convênio. Essas atribuições, portanto, precisam ser desempenhadas pela
Polícia Federal, e não pelas polícias dos Estados e do Distrito Federal.

Estamos falando, portanto, da concessão de autorização para funcionamento das empresas


especializadas, e da aprovação do currículo dos cursos de formação de vigilantes. Essas
atividades não podem ser delegadas por meio de convênio.

As atribuições do Ministério da Justiça, em geral, podem ser exercidas pelas Secretarias de


Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal mediante convênio, exceto no que se refere
à concessão de autorização pra funcionamento das empresas especializadas em serviços de
vigilância, das empresas especializadas em transporte de valores, e dos cursos de formação de
vigilantes; bem como à aprovação do currículo dos cursos de formação de vigilantes. Essas
atividades não podem ser delegadas por meio de convênio.

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QUESTÕES COMENTADAS
1. DPF – Agente Administrativo – 2014 – Cespe.
Os estabelecimentos financeiros estão autorizados a organizar e a executar seus próprios serviços
de vigilância ostensiva e transporte de valores, desde que os sistemas de segurança empregados
em tais atividades sejam auditados, anualmente, por empresas especializadas.
Certo
Errado

Comentários

Os estabelecimentos financeiros são autorizados a executar diretamente os serviços de


vigilância ostensiva e transporte de valores, mas não há na lei nenhuma previsão de auditoria
das atividades dos sistemas de segurança. Entretanto, o art. 20 determina que a autorização, a
fiscalização, o controle e a revisão anual da autorização de funcionamento são atribuições do
Ministério da Justiça.

GABARITO: E

2. DPF – Escrivão da Polícia Federal – 2013 – Cespe.


Em estabelecimentos financeiros estaduais, a polícia militar poderá exercer o serviço de vigilância
ostensiva, desde que autorizada pelo governador estadual.
Certo
Errado

Comentários

A resposta para nossa questão está no parágrafo único do art. 3o, que dispõe sobre a prestação
dos serviços de segurança nos estabelecimentos financeiros estaduais.

Parágrafo único. Nos estabelecimentos financeiros estaduais, o serviço de vigilância


ostensiva poderá ser desempenhado pelas Polícias Militares, a critério do Governo da
respectiva Unidade da Federação.
GABARITO: C

3. DPF – Agente de Polícia – 2012 – Cespe.


Ainda que se instale em cidade interiorana e apresente reduzida circulação financeira, a
cooperativa singular de crédito estará obrigada a contratar vigilantes, independentemente de se
provar que a contratação inviabilizará economicamente a manutenção do estabelecimento.
Certo

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Errado

Comentários

As regras de segurança aplicáveis às cooperativas singulares de crédito são um pouco mais flexíveis
do que aquelas voltadas aos demais estabelecimentos financeiros, lembra? Em cooperativas
singulares que tenham reduzida circulação financeira, poderá inclusive ser dispensada a
contratação de vigilantes, caso isso inviabilize economicamente a existência do estabelecimento.

GABARITO: E

4. TRE-PA – Técnico Judiciário – 2011 – FGV.


Com base na Lei 7.102/83, analise as afirmativas a seguir:
I. Os serviços de vigilância e de transporte de valores não poderão ser executados por uma mesma
==0==

empresa.
II. Os vigilantes, quando empenhados em transporte de pessoas, poderão utilizar espingarda de
uso permitido, de calibre .12, .16 ou .20, de fabricação nacional.
III. Para o exercício da profissão, o vigilante deverá ser brasileiro.
Assinale
a) se apenas a afirmativa II estiver correta.
b) se apenas a afirmativa I estiver correta.
c) se nenhuma afirmativa estiver correta.
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.
e) se apenas a afirmativa III estiver correta.

Comentários

Item I: errado, pois ao contrário do afirmado os serviços de vigilância e de transporte de valores


poderão ser executados por uma mesma empresa. (Art. 10, §1º da lei n° 7.102/1983)

Item II: errado, pois somente quando os vigilantes estiverem empenhados do transporte de
valores (não é de pessoas!) poderão utilizar espingarda de uso permitido, de calibre 12, .16 ou
.20, de fabricação nacional, conforme o art. 22, parágrafo único da lei n° 7.102/1983.

Item III: correto. Entre outros elencados no art. 16 da lei n° 7.102/1983, ser brasileiro é um dos
requisitos exigidos para o exercício da profissão de vigilante.

GABARITO: E

5. TRT 9a Região (PR) – Técnico Judiciário (Segurança) – 2013 – Cespe.

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Para o exercício da profissão, o vigilante deverá preencher alguns requisitos, comprovados


documentalmente, dentre eles,
a) ter instrução correspondente ao terceiro ano do ensino médio.
b) ter idade mínima de 18 (dezoito) anos.
c) ter sido aprovado em exame de aptidão psicológica o qual deverá ser aplicado por profissionais
previamente cadastrados pelo Ministério da Saúde.
d) possuir registro no Cadastro de Pessoas Físicas.
e) ter idoneidade comprovada mediante a apresentação de antecedentes criminais sem ter sido
condenado por processos criminais, porém permitindo- se registros de indiciamento em inquérito
policial.

Comentários

Já sei o que aconteceu. Você quebrou a cabeça e não conseguiu encontrar nenhum dos requisitos
da lei entre as alternativas, certo? Você não está maluco!  Acontece que a questão na realidade
se baseou na Portaria do DPF 3233, que menciona o registro no Cadastro de Pessoas Físicas. De
qualquer forma, a questão é válida para nos ajudar a relembrar, não é mesmo?

A alternativa A está incorreta porque a instrução exigida é a correspondente à quarta série do


ensino fundamental. A alternativa B está incorreta porque a idade mínima é de 21 anos. A
alternativa C está incorreta porque a lei somente menciona o exame de saúde física, mental e
psicotécnico, não regulamentando quem são os profissionais responsáveis por sua aplicação. A
alternativa E está incorreta porque ele não deve ter quaisquer antecedentes criminais registrados.

GABARITO: D

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LISTA DE QUESTÕES
1. DPF – Agente Administrativo – 2014 – Cespe.
Os estabelecimentos financeiros estão autorizados a organizar e a executar seus próprios serviços
de vigilância ostensiva e transporte de valores, desde que os sistemas de segurança empregados
em tais atividades sejam auditados, anualmente, por empresas especializadas.
Certo
Errado

2. DPF – Escrivão da Polícia Federal – 2013 – Cespe.


Em estabelecimentos financeiros estaduais, a polícia militar poderá exercer o serviço de vigilância
ostensiva, desde que autorizada pelo governador estadual.
Certo
Errado

3. DPF – Agente de Polícia – 2012 – Cespe.


Ainda que se instale em cidade interiorana e apresente reduzida circulação financeira, a
cooperativa singular de crédito estará obrigada a contratar vigilantes, independentemente de se
provar que a contratação inviabilizará economicamente a manutenção do estabelecimento.
Certo
Errado

4. TRE-PA – Técnico Judiciário – 2011 – FGV.


Com base na Lei 7.102/83, analise as afirmativas a seguir:
I. Os serviços de vigilância e de transporte de valores não poderão ser executados por uma mesma
empresa.
II. Os vigilantes, quando empenhados em transporte de pessoas, poderão utilizar espingarda de
uso permitido, de calibre .12, .16 ou .20, de fabricação nacional.
III. Para o exercício da profissão, o vigilante deverá ser brasileiro.
Assinale
a) se apenas a afirmativa II estiver correta.
b) se apenas a afirmativa I estiver correta.
c) se nenhuma afirmativa estiver correta.
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.
e) se apenas a afirmativa III estiver correta.

5. TRT 9a Região (PR) – Técnico Judiciário (Segurança) – 2013 – Cespe.

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Para o exercício da profissão, o vigilante deverá preencher alguns requisitos, comprovados


documentalmente, dentre eles,
a) ter instrução correspondente ao terceiro ano do ensino médio.
b) ter idade mínima de 18 (dezoito) anos.
c) ter sido aprovado em exame de aptidão psicológica o qual deverá ser aplicado por profissionais
previamente cadastrados pelo Ministério da Saúde.
d) possuir registro no Cadastro de Pessoas Físicas.
e) ter idoneidade comprovada mediante a apresentação de antecedentes criminais sem ter sido
condenado por processos criminais, porém permitindo- se registros de indiciamento em inquérito
policial.

==0==

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1) ERRADO
2) CERTO
3) ERRADO
4) E
5) D

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