Sistema de Gestao Ambiental SGA
Sistema de Gestao Ambiental SGA
Sistema de Gestao Ambiental SGA
1. INTRODUÇÃO
Um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) constitui uma parte do sistema global de gestão
de uma organização que visa o controlo dos seus aspectos ambientais, através de uma
abordagem estruturada e planeada à gestão ambiental, em todas as suas vertentes (ar, água,
etc.), envolvendo toda a estrutura da organização e todos os outros que sejam influenciados
pelas actividades, equipamentos, produtos e processos da organização que provocam ou
podem vir a provocar danos ambientais, implementando um processo próactivo de
melhoria contínua.
Este processo é dinâmico visto que está sujeito a uma avaliação periódica, onde são
analisados os objectivos e metas traçados, o seu cumprimento e a eficácia das medidas
correctivas implementadas.
Este esforço de gestão deve resultar numa melhoria sempre contínua do desempenho da
organização em matérias ambientais.
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2. Sensibilização da gestão
O responsável ambiental da organização apresenta os resultados do diagnóstico inicial
tendendo a sensibilizar a gestão de topo para as vantagens de implementação de um SGA.
A organização deve ministrar formação apropriada aos seus directores e quadros superiores
e médios. O responsável pela aplicação efectiva do sistema poderá necessitar de ter
formação sobre sistemas de gestão ambiental e os requisitos da norma. Para além da
formação é essencial começar a promover acções de sensibilização para o maior número
possível de colaboradores a fim de conseguir a adesão de todos e a boa colaboração de
cada um para o projecto.
Devem ser criados canais de comunicação que permitam informar todos os colaboradores
sobre o desenvolvimento do projecto.
A política constitui a espinha dorsal do SGA, pois é nela que a gestão de topo formaliza o
compromisso da organização em garantir que a protecção e promoção ambiental são
consideradas na definição de prioridades em igualdade com todos os outros objectivos do
negócio.
É igualmente nesta fase que a organização escolhe o referencial que quer adoptar para
projectar e implementar o sistema e a gestão de topo nomeia o seu representante.
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A organização analisa o trabalho que tem de ser feito e quem o pode fazer. Após avaliar as
competências de que dispõe, a organização decide acerca da necessidade de contratar ajuda
externa.
A maior parte das organizações não dispõe de nenhum especialista em SGA pelo que é
aconselhável, contratar um consultor especialista em sistemas, a fim de a organização ficar
com uma perspectiva mais correcta e realista do trabalho a desenvolver.
7. Planeamento
A organização redige o procedimento de identificação de aspectos ambientais, determina a
sua significância e aplica-o de forma a conhecer com pormenor os impactos para o
ambiente associados às suas actividades, produtos/serviços e as medidas para minimizar os
impactes negativos e promover os positivos. Paralelamente, deve também redigir o
procedimento de requisitos legais e outros, efectuar o levantamento dos diplomas legais
aplicáveis à organização bem como outras obrigações que a organização subscreva e
avaliar acerca do seu cumprimento.
Na posse desses dados, a organização deve estabelecer os objectivos e metas que pretende
atingir tendo em conta o comprometimento contido na política. De seguida, planeiam-se as
acções que permitam atingir os objectivos definidos e o cumprimento dos requisitos do
referencial.
8. Implementação e funcionamento
Esta é usualmente a etapa mais longa e trabalhosa. Nesta fase definem-se os recursos,
atribuições, responsabilidades e autoridade de todos os colaboradores cujo desempenho
tenha relevância no desempenho ambiental da organização e comunicam-se aos respectivos
colaboradores. Elaboram-se e implementam-se os procedimentos de formação,
sensibilização e competência, de consulta e comunicação, de gestão e controlo de
documentos e dados, de controlo operacional e de prevenção e capacidade de resposta a
emergências.
Os requisitos que não fazem parte das práticas quotidianas da organização, têm que ser
analisados e adaptados à organização. É necessário fazê-lo de uma forma simples e prática,
sem esquecer a necessidade de os explicar clara e cuidadosamente aos seus utilizadores. É
importante, nesta fase de alguma confusão devido à quantidade de documentos que é
necessário elaborar, não criar papéis inúteis nem inventar formas desnecessariamente
complicadas de evidenciar um controle, um registo, etc.
Este processo culmina na revisão do sistema pela gestão de topo, procedendo à análise dos
resultados da monitorização de dados e indicadores sobre o desempenho da organização. É
efectuada a avaliação global da eficácia do SGA para atingir os objectivos traçados,
revendo os aspectos menos bem conseguidos. Esta fase constitui também a oportunidade
para a organização avançar, traçando novos e mais ambiciosos objectivos e metas.
10. Certificação
Para a generalidade das organizações, a certificação constitui a meta final de todo o
processo, em que a entidade certificadora assegura que o sistema cumpre os requisitos do
referencial. Assim, o sistema garante aos clientes (internos e externos), à gestão e de um
modo geral a todas as partes interessadas que as actividades da organização se processam
de modo controlado e de acordo com o previsto.
A organização só deve proceder à certificação do seu sistema após este estar rodado, ou
seja, após haver cumprido um ciclo de Deming completo.
A certificação de um SGA segundo a norma ISO 14001 poderá constituir um passo prévio
para o Registo no EMAS, por qualquer organização que pretenda melhorar o seu
comportamento ambiental global. O quadro seguinte apresenta uma composição entre os
requisitos de ambos os referenciais.
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Independentemente da norma escolhida, ela deve ser encarada como um ponto de partida e
não um ponto de chegada. É um documento de referência que define critérios uniformes
pelos quais o sistema deve ser projectado, implementado e avaliado. Não define métodos
nem técnicas de gestão ambiental.
- Planeamento (4.3.)
- Aspectos ambientais (4.3.1.)
Os aspectos ambientais referem-se aos elementos da actividade, produtos e serviços da
organização susceptíveis de causar impactes sobre o ambiente.
Para tal, deve-se considerar o funcionamento normal da organização, assim como situações
de arranque e paragem, sem descurar os potenciais impactes decorrentes de situações de
emergência. Este processo tem como objectivo principal identificar as áreas prioritárias em
termos de intervenção no âmbito do SGA. A sistematização da informação poderá
constituir uma forma eficaz de assegurar a identificação dos aspectos ambientais que
poderão estar associados a uma actividade, produto ou serviço. Os aspectos ambientais
associados a potenciais situações de emergência devem, também, ser considerados.
A organização deve assegurar que esses requisitos legais aplicáveis e outros requisitos que
a organização subscreva são tomados em consideração no estabelecimento, implementação
e manutenção do seu SGA.
A construção de uma matriz de conformidade legal poderá constituir uma forma eficaz de
determinar a forma como os requisitos legais aplicáveis à organização se aplicam aos seus
aspectos ambientais. Em simultâneo, poderá ser uma forma de identificar oportunidades de
melhoria do SGA, no sentido de assegurar a conformidade legal.
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- Comunicação (4.4.3.)
No que se refere aos seus aspectos ambientais e ao SGA, a organização deve estabelecer,
implementar e manter um ou mais procedimentos para:
• Assegurar a comunicação interna entre os diversos níveis e funções da organização;
• Receber, documentar e responder a comunicações relevantes de partes interessadas
externas.
A organização deve, ainda, decidir acerca da comunicação para o exterior dos seus
aspectos ambientais significativos e do seu desempenho ambiental, e deve documentar a
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- Documentação (4.4.4.)
A documentação do SGA deve incluir:
• A política ambiental, objectivos e metas;
• Uma descrição do âmbito do SGA;
• Descrição dos elementos principais do SGA e das suas interacções, com referência
a documentos relacionados;
• Documentos, incluindo registos, requeridos pela norma, assim como os que a
organização determine como necessários para assegurar um efectivo planeamento,
operação e controlo dos processos que se relacionam com os seus aspectos
ambientais significativos.
- Verificação (4.5.)
Após o planeamento e a implementação é necessário verificar a conformidade com os
objectivos e metas estabelecidos ou com os critérios definidos. Esta fase é composta por
cinco cláusulas a seguir apresentadas.
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As acções empreendidas devem ser adequadas à dimensão dos problemas e aos impactes
originados. A organização deve assegurar que todas as alterações necessárias são
documentadas.
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O resultado da revisão pela gestão de topo deverá incluir decisões e acções relacionadas
com eventuais alterações da política ambiental, objectivos, metas e outros elementos do
SGA, consistentes com o compromisso de melhoria contínua.
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5. VANTAGENS E CUSTOS
Começa a existir alguma preocupação, por parte das organizações, com a relação
custo/benefício decorrente do cumprimento das suas obrigações em matéria ambiental bem
como de outras iniciativas voluntárias no domínio da promoção da melhoria do meio
ambiente, numa lógica de encarar o SGA como um investimento e não como um mero
custo que importa minimizar.
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Na verdade, estes custos não deviam ser associados aos custos do sistema porque as
medidas para eliminar ou reduzir os impactes negativos para um nível que a organização
considere aceitável, teriam de ser implementadas, com ou sem sistema.
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