Apostila Química 14 19 PDF
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Zn + H2SO 4 → ZnSO 4 + H2
Fe + CuSO 4 → FeSO 4 + Cu
Dupla-troca ou metátese: é a reação onde duas substâncias compostas reagem e trocam seus elementos,
se transformando em duas substâncias também compostas.
Exemplos:
HCl + NaOH → NaCl + H2O
FeS + 2HCl → FeCl 2 + H2S
CAPÍTULO 4
ESTRUTURA ATÔMICA DOS MATERIAIS
4.1 Evolução dos Modelos Atômicos: Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr.
A Química se preocupa com o estudo da matéria e tudo aquilo que está relacionado à matéria e suas
transformações. Buscando a palavra em Latim, matéria significa “aquilo de que uma coisa é feita”. Matéria é tudo
aquilo que compõem as coisas, que ocupa espaço, que tem massa e que pode impressionar os nossos sentidos. Então,
estudar a estrutura da matéria significa estudar a forma como a matéria é organizada e de que ela se compõe e todas
as transformações que envolvem.
Sabemos, atualmente, que toda a matéria existente no universo é formada por átomos, mas a constituição e a
caracterização desses átomos estão evoluindo com o passar do tempo. Pela sua natureza microscópica, o átomo não
pode ser diretamente visualizado, sendo então imaginado um modelo para a sua descrição. Um modelo é constituído
de conhecimentos, experiências e instrumentos disponíveis na época em que é postulado. O modelo é válido e aceito
enquanto explicar satisfatoriamente os fenômenos observados até aquele momento. Quando novos fatos são
descobertos e não são explicados pelo modelo, ele é alterado ou substituído por outro. O modelo não é uma
realidade, mas uma possibilidade imaginada pela mente humana, sempre passível de evol ução.
O conceito de que a matéria é composta por pequenas porções de matéria surgiu com Demócrito (460 - 370
a.C.), filósofo grego. Demócrito desenvolveu uma teoria de que o universo é formado por espaço vazio e por um
número (quase) infinito de partículas invisíveis, que se diferenciam umas das outras em sua forma, posição, e
disposição. Em sua teoria postula que toda matéria é feita das partículas indivisíveis chamadas átomos.
A partir do reconhecimento de que toda a matéria é formada por átomos, podemos conhecer a evolução dos
modelos atômicos.
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http://www.ebah.com.br/content/ABAAAek5wAH/modelo-atomico-a-tabela-periodica (acesso em 02/06/2017.
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como raios catódicos (os elétrons) porque originava-se no eletrodo negativo (cátodo) em direção ao eletrodo
positivo (ânodo).
A partir do experimento com raios catódicos, Thomson calculou a proporção entre a carga elétrica e a massa
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do elétron = 1,76 x10 Coulomb/grama.
Thomson argumentou que já que a massa do elétron compreendia uma fração muito pequena da massa do
átomo, eles seriam responsáveis por uma fração igualmente pequena do tamanho do átomo. E assim ele propôs que
o átomo poderia ser uma esfera maciça carregada positivamente, na qual os elétrons estariam inseridos, de modo
que a se obter um sistema eletrostaticamente estável (carga total nula).
Uma fonte de partículas α (partículas carregadas positivamente) foi colocada na boca de um detector circular.
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Se o modelo do átomo de Thomson estivesse correto, o resultado de Rutherford seria impossível. Para fazer
com que a maioria das partículas α passe através de um pedaço de chapa sem sofrer desvio, a maior parte do átomo
deveria consistir de carga negativa difusa de massa baixa, o elétron. Então, para explicar o pequeno número de
desvios das partículas α, o centro ou núcleo do átomo deve ser constituído de uma carga positiva densa e os elétrons
estariam num grande espaço vazio.
No átomo há uma densa carga positiva central circundada por um grande volume de espaço vazio, onde os
elétrons estão inseridos. Rutherford chamou a região carregada positivamente de núcleo atômico e as partículas
positivas de prótons.
Rutherford observou ainda que somente cerca da metade da massa nuclear poderia ser justificada pelos
prótons. Então, ele sugeriu que o núcleo atômico deveria conter partículas eletri- camente neutras e de massa
aproximadamente igual a dos prótons.
O átomo não é maciço nem indivisível. O átomo seria formado por um núcleo muito pequeno, com
carga positiva, onde estaria concentrada praticamente toda a sua massa. Ao redor do núcleo ficariam
os elétrons, neutralizando sua carga. Este é o modelo do átomo nucleado, um modelo que foi
comparado ao sistema planetário, onde o Sol seria o núcleo e os planetas seriam os elétrons.
Portanto o Modelo de Rutherford é considerado um modelo planetário ou modelo nuclear que apresenta as
seguintes definições:
• Os prótons e nêutrons estão localizados no núcleo do átomo, que é pequeno. A maior parte da massa do
átomo se deve ao núcleo.
• Os elétrons estão localizados fora do núcleo. Grande parte do volume do átomo se deve aos elétrons.
Em 1932, o cientista inglês Chadwick observou ao bombardear o berílio com partículas α, que havia a
emissão de partículas não carregadas eletricamente e que apresentavam massa ligeiramente maior que a dos
prótons. Ele as chamou de nêutrons.
No átomo nuclear, cada elemento é caracterizado pelo seu número atômico (Z), o qual determina o
número de prótons no núcleo.
Em um átomo neutro a carga total é zero, logo o número de prótons é igual ao número de elétrons que
circunda o núcleo.
Exemplo:
He : Z = 2
número de prótons = 2 (carga positiva)
número de elétrons = 2 (carga
negativa) carga total = (+2 – 2) = 0
De acordo com a teoria de Rutherford, os elétrons podiam orbitar o núcleo a qualquer distância. Quando os
elétrons circundam em volta do núcleo, estariam mudando constantemente sua direção. A eletrodinâmica clássica
(que trata do movimento dos elétrons) explica que, tais elétrons que mudam constantemente sua direção, seu
sentido, sua velocidade ou ambos, devem continuamente emitir radiação. Ao fazer isto, perdem energia e tendem a
espiralar para o núcleo. Isto significa que os átomos seriam instáveis, completamente o contrário da realidade.
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Em 1913, o físico dinamarquês Niels Bohr, baseando-se no Modelo do átomo de Rutherford, na teoria
quântica da energia de Max Planck e nos espectros de linhas dos elementos, propôs que se os átomos só emitem
radiações de certos comprimentos de onda ou de certas frequências bem definidas, que diferem uns dos outros por
quantidades de energia múltiplas de um quantum.
O elétron move-se em órbitas circulares em torno do núcleo atômico central. Para cada elétron de um átomo
existe uma órbita específica, em que ele apresenta uma energia bem definida – um nível de energia – que não
varia enquanto o elétron estiver nessa órbita.
Os espectros dos elementos são descontínuos porque os níveis de energia são quantizados, ou seja, são
permitidas apenas certas quantidades de energia para o elétron cujos valores são múltiplos inteiros do fóton
(quantum de energia).
Baseado nesses postulados, Bohr determinou energias possíveis para o elétron do hidrogênio, bem como o
raio das órbitas circulares associadas a cada uma dessas energias.
a) O átomo está no seu estado fundamental (estado mais estável) quando todos os seus elétrons estiverem se
movimentando em seus respectivos níveis de menor energia.
b) Se um elétron no seu estado fundamental absorve um fóton (quantum de energia), ele “salta” para o nível de
energia imediatamente superior e entra num estado ativado (situação de instabilidade).
c) Quando um elétron passa de um estado de energia elevada para um estado de energia menor, o elétron emite
certa quantidade de energia radiante (luz), sob a forma de um fóton de comprimento de onda específico, relacionado
com uma das linhas do espectro desse elemento.
A partir do Modelo Atômico de Bohr, o modelo atômico continuou a evoluir e surgiram mais contribuições
de outros cientistas, a saber:
• Arnold Sommerfeld (1927) propõe as órbitas elípticas para o modelo de Bohr. Verificou-se que um elétron,
numa mesma camada, apresentava energias diferentes. Tal fato não poderia ser possível se as órbitas fossem
circulares. Então, Sommerfeld sugeriu que as órbitas fossem elípticas, pois elipses apresentam diferentes
excentricidades, ou seja, distâncias diferentes do centro, gerando energias diferentes para uma mesma camada
eletrônica.
• Louis Victor De Broglie (1925): propõe que o elétron também apresenta, tal como a luz, uma natureza
dualística de onda e partícula (comportamento duplo).
• Werner Heisenberg (1927): demonstrou, matematicamente, que é impossível determinar ao mesmo tempo, a
posição, a velocidade e a trajetória de uma partícula subatômica, sendo importante caracterizá-la pela sua energia,
já que não é possível estabelecer órbitas definidas. Este enunciado recebeu a denominaç ão de Princípio da
Incerteza ou Indeterminação de Heisenberg.
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• Erwin Schrödinger (1933): valendo-se do comportamento ondulatório do elétron, estabeleceu complexas
equações matemáticas que permitiam determinar a energia e as regiões de probabilidade de encontrar os elétrons
(orbitais, e não órbitas definidas). Schrödinger recebe o Prêmio Nobel por seu trabalho sobre Mecânica Quântica
Ondulatória e suas aplicações à estrutura atômica. Abandonava-se definitivamente o modelo planetário do átomo
de Rutherford-Bohr e surgia um novo modelo atômico, o modelo mecânico-quântico do átomo.
Após conhecer a evolução do modelo atômico do átomo, ressaltam-se pontos importantes, a saber:
Os orbitais também são chamados de camadas, e as camadas são denominadas pelos símbolos K, L, M, N, O, P
e Q.
Z = nº p = n°e
Ex: Todos os átomos de Sódio possuem 11 prótons; portanto, número atômico (Z) igual a 11.
Todos os átomos de Ferro possuem 26 prótons; portanto, número atômico (Z) igual a 26.
4.2.2 . Número de massa (A): representa a soma do número de prótons e nêutrons do núcleo de um átomo.
A = nº prótons + nº nêutrons
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