Tema 5 - Grupo 7 PDF
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Ribeirão Preto
2020
BÁRBARA SOARES MOLINA - 10312852
ESTER RODRIGUES DO CARMO LOPES - 10312702
ISABELLA RAMIREZ TRIMER - 10352454
MANOELA GALLON PITTA - 10312942
JACQUELINE SOUZA MODESTO - 7280142
Ribeirão Preto
2020
1. DEFINIÇÃO
2. EPIDEMIOLOGIA
3. FATORES DE RISCO
4. FISIOPATOLOGIA
4.1 TIPOS
5. DIAGNÓSTICO
7. TRATAMENTO
A revisão elaborada por PINHO, R. A. et al. (2010) traz que a doença arterial
coronariana resulta de complicações macro e microvasculares e suas repercussões
sistêmicas. Relacionada diretamente às condições endoteliais apresentadas, sabe-se
que quando agredido por fatores de risco, o endotélio perde progressivamente sua
função fisiológica de proteção, o que favorece a progressão da aterosclerose ao
fornecer elementos que ativam ou intensificam danos capazes de modificar funções
regulatórias que levam à disfunção endotelial, alteram a resposta vasodilatadora e
reduzem a atividade antitrombótica, alterando estruturas e provocando danos
vasculares.
Quando comparados, observa-se que o efeito predominante da ativação
endotelial e liberação de óxido nítrico (NO) em pessoas sem aterosclerose é a
vasodilatação, enquanto que em indivíduos pré-dispostos por fatores de risco, o dano
endotelial e sua disfunção (vasoconstrição paradoxal em resposta a agentes
vasodilatadores) são preditores da aterosclerose. Estudos apontam que as alterações
de diâmetro do lúmen das coronárias do epicárdio, dos vasos de resistência e das
artérias periféricas maiores em resposta às mudanças de fluxo mediadas por NO e
endotélio-1 contribuem para o conhecimento do fator principal que desencadeia a
doença (aterosclerose).
A disfunção endotelial também está relacionada ao surgimento da síndrome
coronariana aguda (SCA) e quando estudos compararam a resposta do fluxo
sanguíneo periférico entre pacientes com doença coronariana e indivíduos saudáveis
após exercício físico (esteira ergométrica), os resultados revelaram não haver
manifestação de vasodilatação induzida pelo exercício no grupo controle, enquanto
53% dos sujeitos com doença coronariana apresentaram vasoconstrição progressiva.
Em suma, a aterosclerose é o fator principal de desenvolvimento da doença em
todas as suas fases, responsável por causar disfunção endotelial definida como oferta
insuficiente de NO, que gera estresse oxidativo, inflamação, erosão e vasoconstrição.
Portanto, pode-se dizer que os danos ao endotélio estão principalmente relacionados
às espécies reativas de oxigênio (ERO) e às espécies reativas derivadas do NO
(ERN), e que o aumento do estresse oxidativo influi na patogênese de doenças
cardiovasculares, ambos contribuindo para o aumento da formação de radicais livres
e a redução das defesas antioxidantes.
O aumento da produção de radicais livres é mediado pelos fatores de risco
clássicos para aterosclerose (tabagismo, DM, HAS, hipercolesterolemia e outros), e
sua produção excessiva induz disfunção endotelial pelo aumento da degradação e
inibição da síntese de NO. Por outro lado, a produção excessiva de ERO promove a
produção direta de espécies citotóxicas e a inativação de NO, que perde seu efeito
protetor de regulação do tônus arterial, inibição da inflamação local, da coagulação e
da proliferação celular por ser baseado na inibição da oxidação das moléculas de LDL
colesterol e no impedimento da agregação plaquetária.
A hipertensão arterial também é importante fator de risco para o
desenvolvimento de DAC, pelo efeito lesivo direto da pressão sanguínea elevada nas
artérias coronárias, que modifica o endotélio e propicia o início e a progressão da
aterosclerose, sendo frequentemente associada a distúrbios plurimetabólicos como a
resistência à insulina, alterações do perfil lipídico e outros.
As doenças valvares que causam estenose aórtica e valvopatias tem como
principal etiologia a degeneração valvar por um processo de calcificação progressivo
a partir da sexta década de vida, sendo esse um processo ativo e similar à
aterosclerose clássica com inflamação e infiltração de lípides.
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