Tese Soraia Oliveira V2
Tese Soraia Oliveira V2
Tese Soraia Oliveira V2
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2018
Soraia Inês Os Consumidores nas Redes Sociais – As
Pires de Oliveira
suas Motivações e as Percepções das
Marcas
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Dedico a minha tese aos meus pais, avó, padrinhos e namorado.
São os grandes pilares da minha vida, as minhas verdadeiras
inspirações para continuar sempre a lutar pelos meus sonhos!
“Your work is going to fill a large part of your life, and the only way to
be satisfied is to do what you believe is great work. And the only way
to do great work is to love what you do. If you haven´t found it yet,
keep looking. Don’t settle. As with all matters of the heart, You’ll
know when you find it”
-Steve Jobs-
v
vi
O júri
vii
viii
agradecimentos Agradeço aos meus pais, padrinhos, avó e namorado pela pessoa
que sou hoje, pela força e apoio incondicional durante todo o meu
percurso académico, sem eles não teria sido possível alcançar este
objetivo!
-Steve Jobs-
ix
x
palavras-chave Internet, Redes Sociais, Consumidores, Marcas, Motivações.
resumo Os consumidores são o grande foco das marcas, são eles que ditam o
sucesso ou fracasso de uma marca no mercado. As marcas estão cada
vez mais a utilizar as redes sociais como meio de comunicação. Deste
modo, é importante os gestores terem consciência do público-alvo,
para trabalharem em função das suas necessidades e desejos. Isto só
é possível se as marcas tiverem plena consciência do que os
consumidores pensam e do que os motiva.
xi
xii
Keywords Internet, Social Networks, Consumers, Brands, Motivations.
abstract The consumers are the great focus of the brands, it is them that
dictate the success or failure of a mark in the market. Brands are
using more and more the social networks as way of communication.
In this way, there are important the managers they are conscious of
the white-public one, in order that they work in function of his needs
and desires. This is possible only if the brands have full conscience
of what the consumers think and of what it motivates them.
xiii
xiv
Índice
Introdução ............................................................................................................... 1
1.Revisão da Literatura ............................................................................................ 3
1.1. A Marca ............................................................................................................ 3
1.1.1. Nascimento da Marca ................................................................................ 3
1.1.2. O Que é uma Marca e para que serve?..................................................... 5
1.1.3. A Marca e o Consumidor ........................................................................... 9
1.1.4. Comunicação ........................................................................................... 13
1.2. Internet ........................................................................................................... 15
1.2.1. Enquadramento Histórico ........................................................................ 15
1.2.2. Mundo Digital .......................................................................................... 17
1.2.3. Economia Digital ..................................................................................... 21
1.2.4. Consumidores Internautas ....................................................................... 27
1.3. Redes Sociais .................................................................................................. 30
1.3.1. Ligações Sociais ....................................................................................... 30
1.3.2. Marcas e Redes sociais ............................................................................ 38
1.3.3. Rede Social Facebook ............................................................................. 40
1.4. Motivações ..................................................................................................... 48
1.4.1. Motivações dos Utilizadores para seguirem marcas nas Redes Sociais .. 48
1.4.2. Motivações que levam os consumidores a estarem presentes nas redes
sociais, na perspetiva das marcas ...................................................................... 54
2. Metodologia e Dados ....................................................................................... 58
2.1. Operacionalização dos objetivos do estudo e desenho da pesquisa ............ 58
2.2. Inquérito aos Consumidores .......................................................................... 59
2.2.1. Metodologia de recolha de dados .......................................................... 59
2.2.2. Instrumento de medida para os consumidores ....................................... 60
2.3. Inquérito Marcas............................................................................................. 62
2.3.1. Metodologia de recolha de dados .......................................................... 62
2.3.2. Instrumento de medida para as marcas .................................................. 63
2.4. Técnicas estatísticas utilizadas........................................................................ 65
3. Análise de Resultados ....................................................................................... 69
3.1. Inquéritos aos Consumidores ......................................................................... 69
3.1.1. Caracterização da Amostra ...................................................................... 69
3.1.1.1. Género dos Consumidores: .............................................................. 69
3.1.1.2. Idade dos Consumidores: ................................................................. 70
3.1.1.3. Distrito dos Consumidores: ............................................................... 70
3.1.1.4. Situação Profissional dos Consumidores: ......................................... 71
3.1.2. Variáveis de Resposta Múltipla (VRM)...................................................... 72
xv
3.1.2.1. Rede social onde tem presença & Tipo de envolvimento nas Redes
sociais (Anexo5):............................................................................................. 72
3.1.2.2. Finalidade da utilização das Redes sociais & Sexo dos inquiridos
(Anexo6): ........................................................................................................ 73
3.1.2.3. Equipamento de Acesso & Idade dos inquiridos (Anexo7): ............. 74
3.1.2.4. Local de Acesso & Situação profissional dos inquiridos (Anexo8): ... 75
3.1.2.5. Razão de interação & Idade dos inquiridos (Anexo9): ...................... 76
3.1.3. Análise Fatorial Exploratória .................................................................... 77
3.1.4. Grau de Satisfação ................................................................................... 79
3.2. Inquéritos às Marcas ....................................................................................... 79
3.2.1. Caracterização da Amostra ...................................................................... 79
3.2.1.1. Tipo de Oferta Principal das Marcas: ................................................ 79
3.2.1.2. Principal Tipo de Cliente das Marcas: ............................................... 80
3.2.1.3. Indústria/Sector de Atividade das Marcas: ....................................... 81
3.2.1.4. Número de Funcionários das Marcas:............................................... 82
3.2.2. Variáveis de Resposta Múltipla (VRM)...................................................... 82
3.2.2.1. Redes Sociais Onde Está Presente & Tipo de Oferta (Anexo10): ..... 83
3.2.2.2. Forma dos Conteúdos Utilizados nas Campanhas & Tipo de Clientes
das marcas (Anexo11): ................................................................................... 84
3.2.2.3. Sector/Indústria das marcas & Conteúdos mais Utilizados nas
Campanhas (Anexo12): .................................................................................. 85
3.2.2.4. A sua organização atualmente... & Número de Funcionários das
marcas (Anexo13): .......................................................................................... 86
3.2.2.5. Razão Interação & Tipo de Cliente das marcas (Anexo14): .............. 87
3.2.3. Análise Fatorial Exploratória .................................................................... 88
3.2.4. Grau de Concordância............................................................................. 90
3.2.5. Grau de Satisfação ................................................................................... 91
3.3. Comparação entre os Inquéritos dos Consumidores e das Marcas ............... 91
3.3.1. Razões de interação dos consumidores & Razões dos clientes para
seguirem a sua marca: ....................................................................................... 91
3.4. Conclusão Geral sobre a Amostra.................................................................. 92
4. Reflexões, Contributos e Limitações ................................................................. 95
4.1. Reflexões .................................................................................................... 95
4.2. Contributos ................................................................................................. 95
4.3. Limitações ................................................................................................... 96
5. Conclusão .......................................................................................................... 98
6. Referências Bibliográficas................................................................................ 102
7. Anexos ............................................................................................................. 112
xvi
Índice de Figuras
FIG. 1 - PROCESSO DE POSICIONAMENTO DE MARCA. ADAPTADO DE “O MUNDO DAS
MARCAS” (CLIFTON & SIMMONS, 2005, P. 83) ..................................................... 11
FIG. 2 - DIFERENÇAS ENTRE WEB 1.0 E WEB 2.0. ADAPTADO DE “MARKETING DIGITAL NA
VERSÃO 2.0: O QUE NÃO PODE IGNORAR” (CARRERA, 2009, P. 39) ...................... 20
FIG. 3 - REALIDADE PORTUGUESA SOBRE A UTILIZAÇÃO DE INTERNET, SOCIAL MEDIA E
MOBILE. ADAPTADO DE “REDES SOCIAIS 360: COMO COMUNICAR ONLINE”
(MARQUES, 2016, P. 562) .................................................................................. 38
FIG. 4 - COMPARAÇÃO DE MOTIVAÇÕES. ADAPTADO DE “FROM SOCIAL MEDIA TO CRM –
WHAT CONSUMERS WANT” (BAIRD & PARASNIS, 2011A) ...................................... 53
FIG. 5 - ADAPTAÇÃO DA ESTRUTURA DA ESCALA DE MOTIVAÇÕES DE ENGINKAYA & YILMAZ
(2014) ............................................................................................................. 61
FIG. 6 - FONTES DA ESCALA DE MOTIVAÇÕES DAS MARCAS ............................................ 64
xvii
Índice de Tabelas
xviii
Índice de Figuras
xix
xx
Introdução
sofreram um desenvolvimento tal, que hoje em dia, parece impossível viver sem
tal forma que estão em todo o mundo e são acedidas ao instante por muitos
milhões de pessoas. As marcas veem neste novo meio de comunicação, uma via
qualquer estratégia em prática, ter ideias bem definidas sobre o produto e o seu
utilizadores que visitam as suas páginas de redes sociais e o que os motiva, para
procuram e desejam.
motivações dos consumidores, no que diz respeito à sua relação com as marcas
resposta a esta pergunta é fundamental, para se ter uma ideia mais clara e
1
o que levam os seus clientes a seguir as suas marcas nos sites de redes sociais?”.
metodologia que vai ser utilizada, incluindo a descrição das fases do estudo
conclusões obtidas, bem como uma breve reflexão sobre as suas limitações,
Em suma, este ensaio tem como finalidade abrir caminho para uma melhor
novas tecnologias. Ser eficiente e preciso é uma das chaves para se obter o tão
2
1.Revisão da Literatura
1.1. A Marca
artistas das escolas de Artes e Ofícios, artesãos, vidreiros, entre outros, viviam do
nas, com o intuito de identificar a autoria e a origem das peças. Por isso, tinham
utilidade das marcas que é mantida até hoje (Clifton & Simmons, 2005). Esta é a
terão um maior destaque. A partir do séc. XI, iniciou-se por toda a Europa, a
maioria da população era iletrada. Na fase final da Idade Média, o poder real
3
encontra nestas práticas próprias da nobreza uma oportunidade para a expansão
de pureza, que surgiram entre os anos de 900 e 1200, devido ao comércio entre
cidades. Estas marcas representavam a Prata de Lei, o que conferia ao metal uma
segunda grande potência da época. Desde então, o design das marcas teve
marcas tiveram o seu primeiro grande período. Muitos dos produtores que
passaram a ter uma escala internacional, porém, não estavam tão preocupados
com o produtos em si, mas sim com a maneira como os divulgavam, muitas vezes
até de forma falsa (Olins, 2005). Mas foi com o aparecimento das agências de
4
1.1.2. O Que é uma Marca e para que serve?
Apesar de as marcas terem tido uma evolução lenta, que sofreu várias
Nos seus primórdios uma marca era “...um nome, um logótipo, um rótulo
jurídicas de marca” (Lencastre, 2007, p. 38). Esta definição só por volta do Séc.
diferenciar os produtos, mas com o passar dos anos começaram também a ser
No Séc. XX, adquiriram uma relevância distinta, sendo percecionadas como algo
intangível, mas com uma presença enorme no quotidiano (Diogo, 2008). Keller
(1993), acrescenta ainda que uma marca é uma estrutura de conhecimento, uma
administradores da mesma.
uma forma, um slogan, uma cor, um determinado tipo de letra” (Clifton &
Simmons, 2005, p. 16). Os nomes das marcas podem ter diferentes origens,
5
um longo caminho a percorrer até encontrarem o nome que mais se adequa à
mensagem que pretendem transmitir (Keller, 2003). Mas na realidade não existe
empresas devem fazer com que o nome encaixe no produto de forma coerente,
consistência devem estar unidas para haver diferenciação visual (Clifton &
estar alinhados com este raciocínio, ou seja, a marca tem que justificar aquilo que
saber qual a sua origem e reconhecê-la pela sua a distinção (Lencastre, 2007). A
2012).
6
ou logótipo, está, efetivamente a criar uma nova marca (Keller, 2003). Para além
disso a marca é aquilo com que uma empresa presenteia, tanto os seus
realmente importa para além do que são, é o que representam (Olins, 2005, pp.
18, 19). Uma marca pode ser variadas coisas, nomeadamente, produtos, serviços,
Atualmente, existem marcas muito diversas, marcas com fins não lucrativos,
Quase tudo nos nossos dias pode ser uma marca, até mesmo pessoas individuais
aparecer e desaparecer dos mercados, mas as marcas são superiores a isso, pois
difícil alterar essa perceção criada sobre determinado tipo de coisa (Ries & Ries,
possibilidade de escolha é cada vez maior (Clifton & Simmons, 2005). Porque a
7
Para uma marca funcionar, necessita de ter uma identidade visual e verbal.
símbolos, cores e tipo de letra (Clifton & Simmons, 2005), que são a parte
nomes para os produtos, o lema, os princípios para o tom de voz e uma história
Para uma marca ser bem-sucedida no mercado, deve conter três atributos:
visão, valores e a missão. “A visão dá à marca uma razão de ser; a missão atribui-
imagem da marca deve tornar a mesma insubstituível, de modo a ser vista como
com que a mesma seja forte, e de que modo se deve maximizar o Brand Equity.
8
de marketing e elementos de marca segundo um sistema de gestão de
Não faz sentido falar de marcas sem falar dos consumidores, pois há uma
produtos podem decidir se uma marca terá ou não sucesso. (Olins, 2005).
Podemos até afirmar que os clientes são os donos das marcas. O que os
consumidores dizem sobre estas é mais importante do que o que elas dizem
às suas necessidades. Há que ter em conta que, apesar de as marcas terem muito
que propriamente no que a marca tem para dizer (Mayar & Ramsey, 2011). Ao
sua utilização, pelo que aprendeu a distinguir produtos, a perceber a sua origem
e entender qual satisfaz melhor as suas necessidades. Eis as variáveis que pesam
9
sobre aquilo que desconhecem (Keller, 2003). O consumidor torna-se a cada dia
mais consciente e por isso é difícil chegar até ele. A marca tem que inspirar
confiança, ter uma relação o mais próximo possível da amizade com os seus
que não estão, pois estes não apresentam qualquer expetativa de confiança com
a marca (Sparks & Areni, 2002). Um dos fatores decisivos neste processo de
Num universo onde a concorrência é cada vez maior, as marcas têm que
valor (Kapferer, 2001). Por vezes, uma marca começa através de uma ideia que só
através de estudos de mercado, como foi referido anteriormente (Fig.1) (Clifton &
dentro da sua mente. (Adolpho, 2012). É bastante importante que uma marca
transmita uma mensagem que seja possível decifrar por todos, pois é a opinião
10
do coletivo que cria a imagem de marca (Kapferer, 2004). “Melhorar a marca
significa torná-la parecida com aquilo que eu quero ser. É uma relação simbiótica
que a empresa constrói para a marca.”(Adolpho, 2012, p. 123). Uma marca para
ser bem sucedida no mercado, deve ter um nome que seja associado a emoções,
uma relação que o prende à marca e o faz continuar a comprar, sendo-lhe fiel
ambiente interno da empresa, tem que haver uma cultura interna bem
2005).
Avaliação e desenvolvimento
de forma continuada.
Arquitectura da marca;
Identidade de marca;
Programa de marca;
Criar modelos de
oportunidade;
Compreender necessidades e
desejos dos Stakeholders;
Fig. 1 - Processo de Posicionamento de marca. Adaptado de “O Mundo das Marcas” (Clifton &
Simmons, 2005, p. 83)
a sua própria maneira de ser (Olins, 2005). Servem mesmo como forma de
11
projetar a personalidade de cada um. Muitas marcas estão associadas a
seus valores e características (Keller, 2003). Por estes motivos, entre outros, é que
consumidores são-lhes fiéis, mas esperam, por seu lado, que estas os entendam
ajuda a construir uma ligação e a criar valor (Kapferer, 2001). “O poder real das
compram ou, por outras palavras, representam uma promessa que foi cumprida.”
(Clifton & Simmons, 2005, p. 19). Por isso, as marcas devem desenvolver com
(Adolpho, 2012).
destaque dentro das empresas, pelo que o sucesso será pautado pelas marcas
12
1.1.4. Comunicação
que ter uma força extraordinária para superar os vários obstáculos. É importante
fortalecer a própria marca (Clifton & Simmons, 2005). Como tem sido referido, é
muito importante, ao construir uma marca, que esta possa estar próxima dos
é adequada, nem toda a informação é útil ser conhecida, nem toda a informação
para aumentar as vendas, hoje já não funciona desse modo, pois o consumidor
quer estar mais presente e envolvido, quer ser um agente no processo. Por isso é
proximidade pode ser conseguida hoje por intermédio da internet, de sites e das
informação que lhes é transmitida. Por isso, as marcas necessitam de ser criativas,
13
tanto na escolha do meio como na mensagem propriamente dita (Clifton &
(Adolpho, 2012). A marca deve esforçar-se para se manter atual e desejável, deve
Simmons, 2005).
bom design e diferenciador, numa época em que o visual impera, para despertar
a emoção (Olins, 2005). A pessoa responsável por este processo deve ser criativa,
procurar o ponto que torna a mesma única e aprofundá-lo (Clifton & Simmons,
a sua opinião sobre marcas e produtos, não obstante esse parecer poder ser
tanto positivo como negativo, por isso, com um elevado poder de influenciar
credibilidade a afastar-se dos seus principais valores, muitas vezes apenas porque
14
se centrou demasiado em si e se esqueceu do consumidor (Clifton & Simmons,
2005).
1.2. Internet
Desde o início do ano de 1950 que o mundo não assistia a uma revolução
ataque nuclear por parte das URSS (Carrera, 2009). Foi então desenvolvido, em
1969, um sistema que era constituído por uma rede informática (Browning, 1998),
(Hortinha, 2002). Esse primórdio, chamado ARPANET, foi criado no ano de 1969.
pela Fundação de Ciências Nacional dos Estados Unidos, constituído por diversas
redes que tinham o intuito de criar uma ligação gratuita para as instituições de
15
clara e inequívoca à sua necessidade, adotada em ampla escala e causando uma
cada vez mais computadores ligados entre si, mas só no início da década de
1970 foi feita a primeira ligação internacional. No ano de 1980 existiam já cerca
(Adolpho, 2012).
passando a ser uma rede global de redes interligadas (Hortinha, 2002). Mas o
Como foi dito anteriormente, foi no ano de 1989 que foi criada a World
Wide Web ou simplesmente Web, por Tim Berners-Lee no Cern (Centro Europeu
ocorrer na área nuclear (Carrera, 2009). Mas só no ano de 1993 este sistema ficou
acessível a todos tornando-se de livre acesso e sem custos, foi também criado o
Web Browser Mosaic, que permitia efetuar uma navegação entre diferentes
páginas sem depender das ligações entre elas (Comunicart Publishing, 2010).
16
Estas evoluções permitiram que no ano de 1997 já existissem cerca de
Internet era feita através de linhas telefónicas lentas e dispendiosas, hoje existem
que depressa teve a concorrência das empresas Clix, Netsapo, Oninet e IOL
(Hortinha, 2002).
manifestações culturais e sociais, muda a economia. Estamos muito mais próximos das culturas de
povos que antes só nos chegavam pela televisão e hoje conseguimos interagir com elas.”
17
por “servidor” que possui um endereço único constituído por números (Collin,
1998). Mas a internet deixou de ser um dispositivo físico estático, passou a ser
qualquer local do mundo ou hora (Tuten & Solomon, 2015). Existe um conjunto
de empresas, tal como existe para o gás e para a eletricidade, que fazem a sua
Tudo isto só foi possível devido à World Wide Web, pois só assim a internet
passou a ser uma fonte que disponibiliza e armazena informação de acesso livre a
qualquer um, em vez de ser um conjunto de computadores ligados entre si, basta
1998).
Outra inovação da Internet foi a Web 2.0, expressão que diz respeito a
tudo o que tem evoluído na internet desde a sua criação (Tuten & Solomon,
18
2015). O utilizador passou a ter um papel mais ativo comunicando com os outros
(Fig.2) (Carrera, 2009). Esta nova forma de expressão possibilita aos utilizadores a
marcadas pela confiança nas opiniões e experiências veiculadas na rede (Tuten &
Solomon, 2015). Agora, cada pessoa cria os seus próprios conteúdos e partilha-os
(Ryan, 2014). Quer isto dizer que a Web 2.0 é uma plataforma que permite que
recetor está a utilizar, nem com o local onde o mesmo se encontra, pois basta
estar ligado à Internet para conseguir visualizar a mensagem (Stroud, 1998). Este
avanço viabilizou condições para a criação dos media sociais que estão
do que já foi dito anteriormente sobre a Web 2.0, é importante acrescentar que
19
- Nós Publico, nós lemos;
- Nós partilhamos;
- Era da Colaboração;
- Wiki, Blog, CMS, LMS;
WEB 1.0 - Peer-toPeer;
- Tagging (folksonomy);
- Sociedade conhecimento.
- Eu Publico, tu lês;
- Eu forneço;
- Era da Produção;
- Webpage, Site; WEB 2.0
- Web Server;
- Directótio (Taxonomia);
- Sociedade informação.
Fig. 2 - Diferenças entre Web 1.0 e Web 2.0. Adaptado de “Marketing Digital na Versão 2.0: O
Que Não Pode Ignorar” (Carrera, 2009, p. 39)
sectores querem utilizar este meio de comunicação (Tuten & Solomon, 2015).
encurtar caminhos tornando as relações mais acessíveis entre as várias partes dos
fator que gera bastante interesse por parte das empresas (Stroud, 1998). O
depois de serem analisados, podem ser bastante úteis para as empresas que
20
conseguem, assim, perceber os seus gostos, necessidades e desejos particulares.
Deste modo, torna-se mais simples satisfazê-los, e de forma cada vez mais
toda a internet é fulcral para entender o consumidor, que é aquilo que faz,
informação torna-se valiosa também para fomentar uma relação de amizade com
para as empresas, mas acaba por valer o investimento pelos seus benefícios
(Kapferer, 2001).
converge com o facto de cada vez mais os dispositivos serem móveis (Carrera,
2009). As redes na internet são moldadas pelo ser humano, por isso estão sempre
2012).
interativo, como tal não é dominado pela publicidade como os restantes meios
de comunicação em que quem está no comando são os seus proprietários (Ries &
21
tornando-se assim um ponto de transação (Kapferer, 2001). A internet veio mudar
exatamente por isso que a internet sobe na classificação dos consumidores, pois
podendo esperar que esta seja regularmente atualizada para que consiga
Um dos sectores que foi bastante afetado pela internet foi sem dúvida o
quando decidem divulgar o seu negócio na internet, têm que criar uma
22
continuidade com o que já é a sua experiência de negócio no mundo offline para
para os clientes (M. Siebel, 2002). A internet é um espaço virtual que permite que
contrário das lojas físicas. Com a expansão global, o fuso horário deixa de ser um
pensar que, por uma marca ser bem sucedida e familiar dos consumidores no
este facto foi analisado num estudo realizado pela Forrester Research com
situadas nos resultados de pesquisa nos motores de busca, de modo a ter uma
boa estratégia de divulgação digital, o que faz com que as pequenas empresas
também essencial ter uma boa conduta digital, sendo transparente, claro na
qualquer lugar do mundo, mas isso significa que se espera o mesmo dos
23
consequentemente desatualizado. Cada vez mais os dispositivos de acesso à
Web designers tenham isso em atenção quando fazem as páginas das empresas
(Hortinha, 2002). A internet pode ser também considerada como uma forma de
impera, o tempo e a atenção dos consumidores são os bens mais preciosos para
uma marca que busca o seu lugar no mercado (Adolpho, 2012). A internet dá às
puramente comercial das marcas (Kapferer, 2004). Os utilizadores deste meio têm
utilizam este espaço para atacar as marcas em grandes proporções (Fournier &
sustentável aos seus clientes, e para que tal aconteça, devem colocar os seus
consumidores falam das marcas na rede, esse facto é fácil de descobrir. Por outro
empresa, pois deve obter uma resposta adequada, ainda que nem sempre se lhe
preparadas para estas situações, por essa razão é que devem ter profissionais
histórias benéficas sobre as marcas e saber como reagir quando uma história que
24
pode prejudicar a empresa é revelada, é o segredo para o sucesso de uma marca
ou ser direcionado para um site mais específico (Hortinha, 2002). “Num mundo
pela própria empresa, esta atividade cria conteúdos sobre as marcas, por isso as
nomeadamente manter a sua posição e valor. Deve-se, por isso, desenvolver uma
a internet, para si, vai funcionar como negócio ou como meio de comunicação.
25
comparação com o preço de compra?” (Ries & Ries, 2007, pp. 25–29). Para a
internet ser considerada um negócio, a marca tem que ter um produto intangível,
não deverão ser um fator importante na comparação com o preço. Caso os factos
Às empresas dos dias de hoje resta a agilidade, já não há tempo para fazer
nos nossos dias: são produtos dos quais o utilizador pode usufruir, sabendo que
e evolução destes produtos e a sua palavra tem cada vez mais importância; por
permite que o consumidor tenha mais rapidamente uma versão do produto mais
em que teria inevitavelmente de esperar algum tempo por uma nova versão
melhorada. Isto só foi possível com a web 2.0, que permite um envolvimento de
estimular o crescimento económico visto que criam novos produtos cada vez
26
Uma empresa não tem sucesso apenas por ter um bom produto/serviço,
tem que ter uma boa marca; para isso é necessário ser capaz de ultrapassar
fronteiras, na era da globalização, a grande tendência do Séc. XXI (Ries & Ries,
2007).
sucedido nos mass media, ao passo que estes não o conseguem fazer, dado que
com que os media falem entre si enquanto a internet recolhe os dados para se
perceber onde se errou. (Adolpho, 2012). Em suma, as marcas que são bem
poder como nunca antes tiveram, estão mais informados, possuem uma panóplia
mundo (Hortinha, 2002). Assim, foi possível entrar numa Era única, onde o
as empresas não podem pensar que ter um negócio online é o mesmo que ter
27
consumidor procura ter uma experiência forte e multissensorial, as marcas
(Kapferer, 2001).
dos aparelhos digitais é frequente, logo, têm uma forma de comunicar entre si
que mais utilizam a internet são os jovens híper curiosos, e algumas categorias
pessoas que têm uma importante influência nos outros, por isso as marcas devem
ter muita atenção com esse grupo de pessoas, já que o consumidor comum tem
2012). É o caso, por exemplo, dos Bloggers, que expressam a sua opinião na
rede, e esta é reconhecida como válida, dado que têm ao seu alcance um grande
número de pessoas. Por isso estas pessoas podem ser boas aliadas das marcas,
28
Muitos consumidores têm contacto com determinadas marcas pela
primeira vez através da internet, pelo que é essencial a marca ter uma página
consumidor gerem neste uma imagem positiva ou negativa das marcas. Isso
aplica-se tanto ao mundo online como offline (Adolpho, 2012). Se, por opção, o
consumidor tiver uma experiência menos positiva e ficar desapontado com o site,
pode nunca mais querer voltar a visitá-lo, o que é muito prejudicial para a marca
vantajosas dos mesmos. Por seu lado, as empresas dispõem de dados sobre os
(Diogo, 2008). A marca deve ter um bom CRM (Customer Relatonship Marketing),
e demonstrar que está atenta ao que o consumidor tem para dizer, e, como foi
informação que lhe foi fornecida, dando uma resposta adaptada às expectativas
Facebook, o Twitter, o tablet e tantos outros meios que seria impossível lista-los
2012, p. 52). Cada vez os pontos de contacto são mais, existindo, por isso, um
29
informação e serviços grátis e um web browsing e um e-mail simples de utilizar”
«pessoas», que tem relação direta com «redes sociais». A internet como uma
rede de pessoas, cada vez mais será a internet das redes sociais.” (Adolpho,
2012, pp. 136, 137) As redes sociais são espaços digitais onde se pode interagir,
pessoais (Reis, 2015). A criação das redes sociais só foi possível com a Web 2.0,
termos social media e redes sociais, que, por norma são confundidos. Social
30
exemplos de social media, são as redes sociais, como o Facebook, sites que
existem também alguns social media mais evoluídos que incluem Widgets,
onde devem existir perfis com ligações entre si e que criem relações (Coutinho,
próprio e o seu estilo de vida, interagir com outros utilizadores e criar uma
imagem digital de si próprio (Adolpho, 2012). Por isso podemos afirmar que as
redes sociais são centradas nas pessoas e não nos conteúdos (Marques, 2016).
social media são uma plataforma na qual as pessoas pretendem divertir-se, fugir
oferece acesso a outras categorias de social media, por isso o canal é mais
mistura (Mills & Plangger, 2015). Como tal, as marcas devem partilhar conteúdos
2012).
Estes conceitos não são propriamente novos, ao longo dos anos sempre
houve Redes Sociais e comunidades, pois são a base da sociedade, o que agora
31
os virtualizado (Comunicart Publishing, 2010). As pessoas têm necessidade de
comunicar, pois são criaturas sociais, faz parte do seu ADN, por isso é que os
meios de comunicação social são tão atraentes (Ryan, 2014). Estes novos
continua a fazê-lo (Tuten & Solomon, 2015). Este fenómeno social está a ter um
crescimento bastante rápido, afeta todos os aspetos na web, para além de estar
que poucas serão as decisões a serem tomadas no futuro que não sejam
fazer parte deste fenómeno. Torna-se mais ativo nas discussões online, interage
os jovens são atraídos por estes meios, pois ai podem demonstrar que são... ou
quem desejam ser mas, mas na generalidade, entra-se neste mundo por impulsos
32
de afinidade pessoal, utilidade, conforto, imediatismo, altruístico, curiosidade e
Twitter e Pinterest (Schaefer, 2014), onde podem partilhar fotos, vídeos, áudio,
tradicionais (Thackeray, Neiger, Hanson, & McKenzie, 2008). Torna-se claro que o
universo virtual dos social media é benéfico para as marcas, pois a partilha de
conteúdos faz com que seja possível conhecer melhor os utilizadores, os seus
facto de a comunicação das marcas nos social media, ser considerada mais
espontânea (Gretry, Horvath, Belei, & Van Riel, 2017). O que distingue as páginas
33
(Gretry et al., 2017). As marcas, para conseguirem ser relevantes na Era Digital,
uma fonte de ideias para novos produtos e serviços (Schaefer, 2014). Para que
isso aconteça da melhor forma, a marca deve ter uma presença no digital assídua,
evitar ter uma página desatualizada e onde não exista qualquer tipo de interação.
renovar a sua forma de comunicar, algo que também é mais económico (Mayar &
Ramsey, 2011). O que motiva as pessoas a estarem online, nos social media, ou
nas redes sociais, é apenas uma vontade de fugir do seu mundo, por vezes,
não para adquirir ou comunicar produtos ou serviços (Fournier & Avery, 2011). Os
utilizadores podem ser bastante ativos nas redes sociais, mas isso não quer dizer
que estejam realmente interessados nas marcas e nos seus conteúdos, estar
ligado a uma marca é um estado de espirito e emoção (Taylor & Kent, 2014).
34
suscitam uma relação de confiança e lealdade entre ambas as partes, que ficam
ligados de forma mais profunda (Mayar & Ramsey, 2011), é claro que, da parte da
ser mencionados, que faz com que este mundo digital desperte tanto interesse
para as marcas. Antes de avançar, é importante dizer que, nesta nova Era, já não
são as marcas que ditam as regras mas sim os consumidores (Ryan, 2014). A
viral, o que faz com que a marca tenha simplesmente que acender o rastilho, que
depois os consumidores fazem o resto (Mayar & Ramsey, 2011). O marketing viral
por não depender tanto do orçamento disponível para ser feita, mas sim da
Mas isto nada tem de novo, a única novidade reside no meio onde é feita e na
(Carrera, 2009). Isto tudo também nos alerta para o facto de o consumidor
acreditar mais nos outros consumidores do que nas próprias marcas, o que
35
sobre a marca, adicionar valor aos conteúdos partilhados e estimular a interação,
Ao falar deste assunto, temos também que abordar quem realmente são
as pessoas que estão presentes neste novo meio de comunicação e quais os seus
hábitos. As marcas, antes de avançarem com uma estratégia para o digital, têm
que perceber se o seu público realmente está presente neste meio, em que
tecnologia na sua vida e quais os motivos que o fazem estar presente na rede,
por exemplo: amigos, família, trabalho ou lazer (Tuten & Solomon, 2015). Uma
utilização das Redes Sociais em 137 países, revelou que a rede social mais
Facebook não é tão popular, tal deve-se ao facto de haver um elevado conjunto
de outras redes sociais, ou então ser totalmente proibido por lei. Apesar desta
seus pais e avós encontram-se agora na rede, o que leva a que novas plataformas
36
conteúdos contribuem para a partilha dos mesmos e também adicionam valor às
marceneiros, que possuem um perfil numa ou mais redes sociais que visitam com
inativos que estão online mas não têm qualquer tipo de participação (Tuten &
Solomon, 2015).
a sites de redes sociais a partir das suas casas e que os principais utilizadores são
jovens entre os 15 e os 24 anos. Com isto, começam a aparecer cada vez mais
Com todas estas novidades com que o mundo nos tem presenteado, é
interessante observar o tempo que cada social media demorou a atingir o valor
de 50 milhões de utilizadores, o que nos faz perceber a rapidez com que cada
meio é adotado pelo público, observando-se que essa adoção é cada vez mais
37
10.33 Milhões
População total
Portugal
(Jan. 2016)
Fig. 3 - Realidade Portuguesa sobre a utilização de Internet, Social Media e Mobile. Adaptado de
“Redes Sociais 360: Como Comunicar Online” (Marques, 2016, p. 562)
marcas estão a aderir em força a este novo universo, mas não se podem esquecer
de que são uma e uma só, tanto no mundo real como no virtual (Adolpho, 2012).
necessitam de ter cada vez mais recursos de conhecimento (Enginkaya & Yılmaz,
2014). As marcas querem ter uma boa relação com os consumidores por isso
querem que interajam consigo (Tuten & Solomon, 2015). As empresas estão a
criar perfis públicos nas redes socias para melhorar a sua projeção, aumentar o
38
que a utilização das redes sociais tem um grande impacto no desempenho das
(Parveen, Jaafar, & Ainin, 2015). No entanto, como vimos, o modo de divulgação
consumidor é que tem razão, pelo que merece ser tratado com educação,
ficam mais expostas porque recebem mais informação do consumidor, que nem
uma postura assertiva, aproveitando este acontecimento para fazer uma boa
publicidade. Por isso, é essencial ter no sector da gestão da crise uma equipa
bem preparada, para esta saber responder de forma adequada. (Adolpho, 2012).
relação aos meios tradicionais são, sem dúvida: o baixo custo, a personalização, a
governamentais (Kaplan & Haenlein, 2010). Outras vantagens que podem ser
39
concorrência saudável, prestar benefícios sociais e fazer com que o público
interaja e se mantenha em contacto com ela (Sri Jothi, Neelamalar, & Shakthi
Prasad, 2011).
Mas as empresas que mais beneficiam com tudo isto são as PME, pois
rápido por estarem num meio tão vasto e abrangente (Comunicart Publishing,
sites como o Facebook e Twitter tornam esse processo mais simples. Para além
tendo uma audiência maior que os principais canais televisivos durante o horário
nobre, essa é mais uma das razões a acrescentar á lista de motivos pela qual as
marcas em Portugal apostam nesta rede social. Existem, todavia, outras dignas
Tripadvisor. Deste modo as marcas se querem apostar nas redes sociais devem
perceber primeiro em qual delas está presente seu público alvo (Coutinho, 2016).
(Schaefer, 2014).
O Facebook foi criado por Mark Zuckerberg, que aos 12 anos já era
40
tentaram adquirir, mas sem sucesso. Quando entrou para o Ensino Superior, Mark
Epsilon Pi, e foi no seu dormitório, que durante a noite depois de ser rejeitado
livro de curso, onde era possível atribuir uma pontuação às raparigas da sua
foram para a Califórnia, onde alugaram uma casa que servia também de
que na altura liderava o ranking das redes sociais por ser muito popular entre os
e continua a crescer, sendo a maior rede social do mundo (Marques, 2016). Este
Facebook ter sido criado em 2004 e só em 2006 ter sido aberto ao público em
geral (Ryan, 2014). Esta rede social é tão atrativa exatamente pelas atualizações
novas tendências (Coutinho, 2016). Segundo Ryan (2014), Mark Zuckerberg numa
41
o mundo num espaço com maior abertura e ajudar as pessoas a relacionarem-se
entre si de forma mais eficaz. As pessoas utilizam este meio para estarem
informadas sobre o que se passa no mundo, para estarem ligadas com os seus
aplicações, grupos, entre outros, isto tudo permite a criação de laços entre os
São ambientes não anónimos, pois contêm o nome pessoal do utilizador, que
geralmente são reais, pois trazem consequências para a vida real. Já nas páginas
contrário do que acontece com as páginas pessoais, são os seguidores que vão à
sendo a sua utilização é ideal para divulgar informações e recolher dados sobre
42
- “É grátis” - O Facebook, tal como acontece com as páginas pessoais, não é
investimento;
marca, pois podem ser diferentes do que vão expor através do Facebook e a
- “Qualquer pessoa que tenha Facebook sabe fazer gestão de páginas” – Gerir a
página de uma empresa, não é a mesma coisa de gerir uma página pessoal, é
como forma de esconder opiniões menos positivas dos consumidores, não está a
43
- “O Facebook é a cura para todos os males” – O Facebook é um bom canal de
ambos se complementam;
Facebook até pode ser divertido, mas ser Community Manager exige
do Facebook, deixando para trás o famoso Google, o que revela o interesse por
essa rede social (Schaefer, 2014). Um estudo realizado pela DEI WorldWide em
concluiu que: 70% dos consumidores visitam sites de social media para a
decisão de compra com base na informação recolhida online nos social media;
44
60% dos inquiridos são suscetíveis à partilha de informações online através dos
social media (Fisher, 2009). Por todas estas razões, as empresas que possuem
presença nesta rede social, devem ter uma página personalizada e devidamente
Devem também investir em publicidade e ter presente que cada vez mais as
cada um deles, um gestor de negócios não deve ser descurado, bem como a
das interações com a página ou publicação, dos seguidores que têm recebido e
impressões por dia, dos acessos aos diferentes separadores da página, qual o
feedback negativo por período de tempo e publicação, para além dos tipos de
alcançadas pela página, entre muitas outras coisas (Coutinho, 2016). A análise
(Schaefer, 2014). Para obter ainda mais informações, as páginas devem ser
45
dinamizadas, os utilizadores incentivados a comentar e a partilhar conteúdos da
inteligente e assertiva, nem que seja com um simples gosto ou reação (Gosto,
Adoro, Riso, Surpresa, Tristeza e Ira), ou até por meio de uma imagem ou vídeo.
Nunca apagar um comentário negativo, pois isso pode ser bastante prejudicial,
pois uma das coisas que se deve ter em atenção, é que quando um utilizador dá
ou que são perguntas, nas quais se emprega a primeira pessoa, obtêm melhores
Existem várias razões para os utilizadores seguirem uma página. Pode ser
ler informação relevante e útil, para saber as novidades da empresa, ter acesso a
46
descontos e promoções, ou porque quer comunicar mais rapidamente com a
seu público, promover passatempos, serem mais sociais e não tanto comerciais,
ter um botão de gosto no seu website, fazer uma divulgação do link da página
nos meios offline, convidar seguidores das outras redes sociais onde a marca
isto, a marca deve interagir com outras empresas, mencionar outras páginas nas
suas publicações, fazer parcerias, enviar e-mails para a sua base de dados,
2016).
aspetos dignos de análise: a taxa de alcance e as vendas. Para obter uma maior
vendas, para cumprir os seus objetivos de lucro, devem promover o produto, por
mensagens no chat, pois esse é um bom suporte na relação com os clientes. Criar
uma imagem atrativa e um link na descrição que remete para uma página com
47
informações sobre o produto não deve ser descurado (Marques, 2016). Mas o
ser-se social para ser mais fácil fechar um negócio no futuro (Marques, 2016).
1.4. Motivações
no através das redes sociais (Dye, 2007 citado por Henderson & Bowley, 2010).
para além do que já foi dito, estas são também uma plataforma onde os
Haenlein, 2010).
48
partilharem interesses e informações (Granitz e Ward (1996) citado por Henning-
diversas pessoas e até mesmo desenvolver novas relações (Flanagin & Metzger
(2001) citado por Y.C. Ho & Dempsey, 2009), pela necessidade psicológica de se
sentirem socialmente ligados (Sarason (1974) citado por Laroche, Habibi, &
sentimento de pertença ao grupo” (Brodie, Ilic, Juric, & Hollebeek, 2011). Outro
social envolvente (Schutz (1966) citado por Y.C. Ho & Dempsey, 2009). Outro
fator que pode desencadear a utilização das redes sociais, é a personalidade dos
utilizadores (Correa, Willard Hinsley, & Gil de Zúñiga, 2010): estudos indicam que
quem utiliza a rede social Facebook menos vezes sente-se insatisfeito com a sua
vida e com um nível baixo de autoestima (Ellison et al. (2007), citado de Correa et
al., 2010), como se depreende do que foi referido, os utilizadores que estão mais
tecnologias e aos efeitos das relações, que podem ser proporcionadas pelas
redes sociais (John & Srivastava (1999), citado de Correa et al., 2010).
49
pensamentos, emoções, desejos e até mesmo ações (Khoury, 2016). Com a
valor percentual aumenta para quase três quartos (Edison Research (2012), citado
Mittal V, Naβ S, Pick D, Pirner P, et al (2010) citado por Brodie et al., 2011).
Existem também autores que enunciam outros motivos pelos quais os utilizadores
seguem as marcas nas redes sociais, como é o caso de Nelson-Field & Taylor,
(2012) que, após estudarem cerca de 200 páginas de marcas no Facebook com o
seguidores das marcas analisadas, não tem qualquer tipo de interação com as
relacionarem entre si, possuem um perfil de Facebook com esse propósito, e não
50
Laroche, Habibi, & Richard, (2013) e Zaglia, (2013). Brodie et al (Henning-Thurau
et al (2004), citado por Brodie et al., 2011), que acrescentam oito motivações dos
bastante participativos no que diz respeito ao contacto com as redes sociais, mas
de estarem bem presentes neste novo meio, a grande maioria apenas interage
para estar em contacto com amigos e familiares e não com as marcas. Como
benefícios através dessa conexão, pelo que as redes sociais são o meio indicado
51
redes sociais. Três características partilhadas pelas comunidades de marcas são
presença social sob a forma de contacto acústico, visual e físico, que surge entre
para além de que “as comunidades nas medias sociais também estão fortemente
tipos de interação social” (Kaplan e Haenlein (2010), citado por Gummerus et al.,
2012).
escala é composta por diversos itens e tem como objetivo medir as motivações
media.
52
procurar as marcas nas redes sociais é o seu desejo de descontos, compras,
Apesar de um dos pontos ser comum, não é o suficiente para se dizer que as
Compras
55% 60 %
Descontos
61% 60%
Dar Opinião
49% 69%
Sertir-se Ligado
33% 64%
Criticar e Avaliar
53% 67%
Informação Geral Motivos percebidos pelas
Motivos de interação 53% 71% marcas para os
nas redes sociais por parte
Informação Exclusiva consumidores as seguirem
dos consumidores 52% 68% nas Redes Sociais
Serviço ao consumidor
37% 63%
Participação em Eventos
34% 61%
Fazer parte da Comunidade
22% 61%
Informação sobre novos Produtos
51% 73%
Submeter Ideias para Novos Produtos
30% 63%
Fig. 4 - Comparação de motivações. Adaptado de “From Social Media to CRM – What Consumers
Want” (Baird & Parasnis, 2011a)
marcas e clientes, é explicito que os consumidores nas redes sociais, não estão
interessados nas marcas, ainda menos no que estas têm para dizer, pois o
sobre este assunto, foi possível descobrir as lacunas existentes entre o que as
53
Com todas estas informações ao alcance das marcas, os gestores viram a
sua atenção para este novo meio, tentando agora dar-lhe uma melhor utilização.
Mas nem sempre conseguem alcançar os objetivos, visto que muitas vezes
não acontece, dando origem a erros que podem afetar para sempre a sua
a trabalhar.
integrarem nas redes sociais, pois sabem o poder que isso pode trazer às suas
começam apenas pelo alcance de um maior número de gosto na sua página, pois
sabem que ao trazer os consumidores para as redes sociais isso será bastante
seguidores nas suas páginas nas redes sociais, devem criar conteúdos que
54
regularidade (Ryals (2008) & Storbacka (1997), citado pot Gummerus et al., 2012).
Este meio de comunicação é atraente quer para grandes empresas quer para as
através de alguns meios mais tradicionais (Kaplan & Haenlein, 2010). Com a
que são aspetos de bastante importância para a criação de uma relação de maior
consumidores não se relaciona com as marcas nas redes sociais para se sentir
ligado a elas, mas sim para obter uma experiência positiva, e necessitam de sentir
com o spam ou simplesmente existir desinteresse pela marca (Baird & Parasnis,
marca e são-lhe fieis (Algesheimer et al (2005) & Mcalexander (2002), citado por
nas redes sociais, para além das que já foram referidas anteriormente, as mais
curiosamente, os gestores das marcas pensam que estes dois motivos são os
uma grande discrepância entre opiniões, como referido anteriormente (Baird &
55
Parasnis, 2011b). Esta disparidade faz com que a comunicação feita pela marcas
Ledingham (1999), devem existir seis condições dentro da relação entre ambas as
citado por Henderson & Bowley, 2010). Assim sendo, as marcas devem refletir
procurar pensar o que pensa um cliente, o que é que ele necessita, o que valoriza
ao consumidor. Esta e outras conclusão tiras por Baird & Parasnis (2011b),
serviram de base para a realização deste estudo, sendo mesmo uma das maiores
Bussiness Review Analytic Services, onde foi possível concluir que os social media
estão ainda em grande expansão e cada vez mais, são as marcas que aderem a
este novo meio para estarem mais próximas dos consumidores, de modo a
nas redes sociais pelas marcas, e sobre as métricas e técnicas utilizadas para
medir quão eficazes são as campanhas nas redes sociais, onde saltou à vista o
facto de as marcas não medirem o ROI (retorno sobre investimento) das suas
56
Também a DemandWave realizou um estudo sobre os objetivos,
Search Engine Optimization (SEO), Pay Per Click Advertising (PPC) e Marketing
feito pela empresa no ano de 2010 sobre os Social Media nas empresas e o
(Deloitte, 2010).
57
2. Metodologia e Dados
mestrado, que tem como objetivo obter informações sobre as motivações dos
pesquisa
consumidores para seguirem uma determinada marca nas redes sociais, e, por
58
literatura, mais propriamente de um estudo levado a cabo pela IBM (Baird &
Parasnis, 2011a), através das quais será mais fácil realizar a comparação final. As
análise dos dados recolhidos, que foram exportados via Excel e posteriormente
analisados no IBM SPSS Statistics (Statistical Package for the Social Sciences) na
Facebook.
59
de Junho através de um post de Facebook, foram também enviadas mensagens
privadas a contactos acessíveis através do chat da mesma rede social, com o link
nesta rede social para a sua participação ser considerada válida, para além de ser
possível escolher uma hipótese, e de resposta livre, de modo a que no final seja
“Motivações”, possui questões que são apresentadas numa escala de tipo likert
60
“conversation”, “entertainment” e “investigation” (Enginkaya & Yılmaz, 2014).
(Fig. 5)
Nome dos Itens Fonte
Componentes
Geralmente, sigo marcas nos Social Media que são congruentes com o meu estilo de
vida;
Nos Social Media, sigo algumas marcas que gostaria de comprar no futuro, embora
Afiliação de não as possa comprar agora;
Marca Sigo marcas nos Social Media que consumo e/ou compro frequentemente;
Acho que o meu envolvimento com uma marca nos Social Media, devido à minha
satisfação/insatisfação, influencia os meus amigos na minha Rede Social.
As promoções e campanhas de desconto oferecidas nos Social Media pelas marcas,
geram benefícios financeiros para mim;
Procura de Ao seguir as páginas de Social Media de marcas, posso ser informado dos descontos
Oportunidade e promoções sem visitar qualquer loja e/ou lojas;
Seguir marcas nos Social Media ajuda-me a obter informações sobre novas ofertas.
Enginkaya &
Os Social Media são uma ferramenta muito conveniente para eu transmitir as
minhas queixas e sugestões para as marcas;
Yılmaz
Acho possível comunicar instantaneamente com marcas nos Social Media, sem (2014)
Conversa existir limites temporais e espaciais;
Entrar em contacto com empresas, é fácil através dos Social Media, porque é simples
e gratuito.
Gosto de conteúdos influentes e criativos nos Social Media, que não foram criados
pelas marcas;
Jogos e/ou vídeos criados por marcas, oferecem a oportunidade para me divertir ao
Entretenimento
longo dos Social Media;
Acho que o conteúdo divertido oferecido por uma marca nos Social Media
influencia positivamente as minhas atitudes na imagem da empresa.
Acredito que as informações relacionadas com produtos, que podem ser recolhidas
nos Social Media, são relativamente confiáveis;
Investigação Os Social Media fornecem um recurso de informação confiável, permitindo uma
integração transparente entre as marcas e eu.
esta questão faz a ligação entre os inquéritos dos utilizadores e das marcas, dado
que a pergunta é igual para os ambos. È de resposta múltipla e foi criada com
base num estudo realizado pela IBM (Baird & Parasnis, 2011a). A quinta e última
61
conhecer os consumidores é essencial, e os social media dão um grande apoio às
vez mais utilizam as redes socias para encontrar informações, por isso os
Inicialmente as marcas, para poderem fazer parte do estudo tinham que ter
gostos nessa rede social, e no campo “pessoas que falam sobre isto” ter também
um valor elevado. Devido à falta de colaboração por parte das marcas, houve
(RankUpt), por ordem decrescente foi feito um levantamento de mais marcas para
ingressar neste estudo. Foram feitas várias consultas ao site, e foi curioso
pela marca, sempre que possível; foram também enviados emails com o inquérito
62
para resposta, para além de mensagens privadas através de chat diretamente
(anexo3).
e qual o seu objetivo, de modo a haver um entendimento prévio do que iria ser
segunda parte diz respeito à presença nas redes socias, com perguntas de
redes sociais. Com as questões colocadas na terceira parte, que dizem respeito
relação às empresas e à opinião das mesmas quanto às suas ações nas redes
63
Completamente” e 7 “Concordo Completamente”). Esta escala resulta da
(Deloitte, 2010) e “The New Conversation: Taking Social Media from Talk to
Itens Fonte
Adaptado de
A minha empresa atualmente possui uma estratégia de marketing nas redes sociais.
KingFishMedia (2010)
Adaptado de
A minha empresa está envolvida com os Social Media.
DemandWave (2012)
em relação aos consumidores. A última parte possui uma pergunta de escala (10
64
2.4. Técnicas estatísticas utilizadas
Para a análise dos dados recolhidos através dos inquéritos realizados tanto
a ser possível realizar uma análise mais profunda para a obtenção de uma
tipo exploratória, e segundo Marôco (2014, p. 471) tem como principal objetivo
valores de referência para este indicador são os que constam da tabela. Tudo
isto é feito antes de se iniciar a estimação dos pesos dos fatores (Tab.1):
65
Recomendação
Valor de KMO
relativamente à AF
]0.9 ; 1.0] Excelente
≤ 0.50 Inaceitável
correlacionadas, ou seja:
amostra, para além de que as variáveis têm que apresentar uma distribuição
fator por cada uma das variáveis. Neste sentido, obtém-se uma estrutura fatorial
dos fatores extraídos através do método das componentes principais, com uma
66
A fiabilidade de cada fator é dada através do Alpha de Cronbach, que
mesma dimensão.
0.5 - 0.6 Má
inquiridos têm uma lista de resposta onde podem selecionar mais do que uma
opção. Este tipo de respostas foi utilizado tanto para os inquéritos dos
- Quais as razões que o levam a interagir com as marcas nas redes sociais?
67
Inquérito das marcas:
momento?
- Qual a forma dos conteúdos que a sua organização mais utilizou para as
- Na sua opinião, qual a razão pela qual os seus clientes seguem a sua
respostas. Como é possível comprovar, para todas as questões faz sentido ter
dar apenas uma resposta, no final da análise, os resultados podem ficar aquém
obter uma análise mais pormenorizada. Este tipo de variáveis aquando a sua
através do comando “Multiple Response”, dado que o SPSS, por norma, analisa
variáveis de apenas uma resposta e neste tipo de casos opta-se por uma análise
diferente.
68
3. Análise de Resultados
o sexo mais comum entre os inquiridos é o sexo feminino, pois foi a resposta
22,9 %
77,1 %
Feminino
Masculino
69
3.1.1.2. Idade dos Consumidores:
No que diz respeito à idade dos consumidores inquiridos, foram recolhidas
idade.
14
12,5
10,0 10
8 8
7,5
Frequência 7 7
5 5 5 5
5,0 5
4 4 4 4 4
3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
2,5 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
1 1 1 1 1 1
0
14 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 51 53 56 58 60 63
Idade
Gráfico. 2 - Idade dos consumidores
70
Setúbal, Castelo Branco, Portalegre, Faro e Porto. O distrito com maior destaque
Lisboa com 19 respostas (11,2%), Setúbal com 7 respostas (4,1%), Castelo Branco
com 2 respostas (1,2%), e por fim os distritos de Portalegre, Faro e Porto todos
100
81,8 %
80
60
Percentagem
40
20
11,2 %
4,1 %
1,2 % 0,6 % 0,6 % 0,6 %
0
Castelo Faro Lisboa Portalegre Porto Santarém Setúbal
Branco
Distrito
71
65,3 %
60
40
Percentagem
24,7 %
20
9,4 %
0,6 %
0
Estudante Empregado Desempregado Reformado
Situação Profissional
Gráfico. 4 - Situação Profissional dos consumidores
3.1.2.1. Rede social onde tem presença & Tipo de envolvimento nas
tem, quando utiliza as redes sociais?” com as hipóteses de resposta: “Apenas lê”,
72
“Interage ocasionalmente”, e “Interage/envolve-se quase sempre” foram
cruzadas.
As 3 hipóteses mais assinaladas são: a rede social Facebook que dos 131
Interage Interage/envolve-se
Apenas lê Ocasionalmente quase sempre Total
Tab. 3 - Cruzamento das variáveis “Quais as redes sociais onde está presente?” e “Qual o tipo de
envolvimento que tem, quando utiliza as redes sociais?”
inquiridos (Anexo6):
Foi cruzada a questão “Com que finalidade(s) utiliza as redes sociais?” com
73
As três opções mais assinaladas foram: dos 121 inquiridos do sexo
divertir; e por fim, dos 97 inquiridos do sexo feminino, 74,0%, tem como objetivo
comunicar.
Tab. 4 - Cruzamento das variáveis “Com que finalidade(s) utiliza as redes sociais?” e “Sexo”
colocada por escalões, é possível concluir que dos 70 inquiridos que utilizam o
telemóvel para aceder às redes sociais, 45,5% tem idades compreendidas entre
74
anos de idade; e por fim dos 44 inquiridos que utilizam os telemóveis para aceder
21 e os 45 anos.
Eq.Acesso- Eq.Acesso- Eq.Acesso- Eq.Acesso-
Telemóvel Computador Tablet Outra Total
Contagem 70 53 23 0 70
% em idade2 100,0% 75,7% 32,9% 0,0%
21 - 30
% em Equi.Acesso 45,5% 45,3% 45,1% 00,0%
% do Total 41,2% 31,2% 13,5% 0,0% 41,2%
Contagem 44 28 20 1 52
% em idade2 84,6% 53,8% 38,5% 1,9%
31 - 45
% em Equi.Acesso 28,6% 23,9% 39,2% 100,0%
% do Total 25,9% 16,5% 11,8% 0,6% 30,6%
Tab. 5 - Cruzamento das variáveis “Qual o/os equipamento(s) que utiliza para aceder às redes
sociais?” e “Idade”
(Anexo8):
Quando cruzadas as perguntas “De que locais acede às redes sociais”,
seguintes resultados: dos 108 inquiridos que acedem às redes sociais de casa,
sociais são pessoas que estão empregadas, e os locais de acesso às redes sociais
75
Lc..A- Lc.A- Lc.A- Lc.A- Lc.A-
Casa Trabalho Esc./Univ. L.Públicos Outra Total
Contagem 108 58 3 51 1 111
% em S.Profissional 97,3% 52,3% 2,7% 45,9% 0,9%
Empregado
% em LcAcesso 65,1% 81,7% 8,1% 54,8% 50,0%
% do Total 63,5% 34,1% 1,8% 30,0% 0,6% 65,3%
Tab. 6 - Cruzamento das variáveis “De que locais acede às redes sociais?” e “Situação Profissional
Principal”
produtos.
76
<20 21 - 30 31 - 45 >45 Total
Contagem 12 45 29 16 102
% em Raz.Interac 11,8% 44,1% 28,4% 15,7%
Rz.int-Compras
% em idade 2 66,7% 64,3% 55,8% 53,3%
% do Total 7,1% 26,5% 17,1% 9,4% 60,0%
Contagem 11 49 32 16 108
% em Raz.Interac 10,2% 45,4% 29,6% 14,8%
Rz.int-Descontos
% em idade 2 61,1% 70,0% 61,5% 53,3%
% do Total 6,5% 28,8% 18,8% 9,4% 63,5%
Contagem 7 44 28 13 92
% em Raz.Interac 7,6% 47,8% 30,4% 14,1%
Rz.int-Inf.NvProdut
% em idade 2 38,9% 62,9% 53,8% 43,3%
% do Total 4,1% 25,9% 16,5% 7,6% 54,1%
Tab. 7 - Cruzamento das variáveis “Quais as razões que o levam a interagir com as marcas nas
Redes Sociais?” e “Idade”
foi aplicada uma análise fatorial exploratória com a extração de fatores, com o
variância de 60,1%.
estilo de vida é de 0,898. Isto quer dizer, que segundo a Tab.2, a fiabilidade de
77
As comunalidades representam a variação da variável que é explicada pelo
fator, e segundo Marôco (2014), devem ser superiores a 0,5. Através da análise
da tabela, verifica-se que quase todos os valores se encontram acima de 0,5, pois
os que estão abaixo, são apenas 3 e ficam muito próximos desse valor.
Fatores
Comunicação
Estilo de Vida Comunalidades
e conteúdos
Geralmente, sigo marcas nos social media que são congruentes com o
meu estilo de vida.
0,211 0,800 0,684
Nos social media, sigo algumas marcas que gostaria de comprar no
0,211 0,788 0,666
futuro, embora não as possa comprar agora.
Sigo marcas nos social media que consumo e/ou compro frequentemente. 0,290 0,750 0,647
Acho que o meu envolvimento com uma marcas nos social media, devido
0,313 0,576 0,430
à minha satisfação/insatisfação, influencia os meus amigos na minha RS.
As promoções e campanhas de desconto oferecidas nos social media
pelas arcas, geram beneficios financeiros para mim.
0,290 0,635 0,488
Ao seguir as páginas de social media de marcas, posso ser informado dos
descontos e promoções sem visitar qualquer loja e/ou lojas.
0,514 0,612 0,639
Seguir marcas nos social media ajuda-me a obter informações sobre
novas ofertas.
0,478 0,670 0,678
Os social media são um ferramenta muito conveniente para eu transmitir
0,589 0,475 0,572
as minhas queixas e sugestões para as marcas.
Acho possivel comunicar instantaneamente com as marcas nos social
0,767 0,295 0,675
media, sem existir limites temporais e espaciais.
Entrar em contacto com empresas, é fácil através dos social media,
porque é simples e gratuito.
0,794 0,190 0,666
Gosto de conteudos influentes e criativos nos social media, que não
foram criados pelas marcas.
0,567 0,434 0,510
Jogos e/ou vídeos criados por marcas, oferecem a oportunidade para me
divertir ao longo dos social media.
0,638 0,173 0,436
Acho que o conteúdo divertido oferecido por uma marca nos social media
influencia positivamente as minhas atitudes na imagem da empresa.
0,706 0,391 0,651
Acredito que as informações relacionadas com produtos, que podem ser
recolhidas nos social media, são relativamente confiáveis.
0,690 0,357 0,604
Os social media fornecem um recurso de informação confiável, permitin-
0,750 0,334 0,674
do uma integração transparente entre as marcas e eu.
consumidores para seguirem as marcas nas redes sociais, podem ser explicadas
vida. Estes dois fatores, são constituídos por várias afirmações coerentes entre si,
78
3.1.4. Grau de Satisfação
Através da realização de uma tabela de frequências para a pergunta
marcas preferidas nas Redes Sociais”, foi possível perceber que entre 1
Frequência Porcentagem
Válido 1 4 2,4
2 4 2,4
3 9 5,3
4 10 5,9
5 29 17,1
6 31 18,2
7 33 19,4
8 34 20,0
9 9 5,3
10 7 4,1
Total 170 100,0
79
Na amostra em questão, não houve uma grande discrepância entre cada
30,3 % 30,3 %
39,4 %
Bens
Bens e Serviços
Serviços
cada empresa tem. Existiam então duas hipóteses de resposta: “outras empresas
30,3 %
69,7 %
Outras Empresas (B2B)
Cliente Final (B2C)
Gráfico. 6 - Principal tipo de cliente das marcas
80
3.2.1.3. Indústria/Sector de Atividade das Marcas:
No que diz respeito ao sector de atividade das marcas, foram dadas 18
e informática”, e “transportes”.
50
42,4 %
40
Percentagem
30
20
15,2 % 15,2 %
Telecomunicações e
Agricultura, Pesca e
Transportes
Restauração/ Bar
Comércio por Grosso
Actividades Financeiras
Serviços
Administração
Agroindústria
Pública
Informática
e de Retalho
e de Seguros
Médicas
Indústria/Sector Act.
Gráfico. 7 - Indústria/Sector das marcas
81
3.2.1.4. Número de Funcionários das Marcas:
Sobre o número de funcionário de cada empresa, foram dadas três
50 48,5 %
40
30 27,3 %
24,2 %
Percentagem
20
10
0
<50 De 50 a 250 +250
Número de Funcionários
Gráfico. 8 - Número de funcionários das empresas
resposta múltipla, onde era possível selecionar uma ou mais opções. De seguida
82
conclusões é possível retirar com o cruzamento de fatores, de forma a ser
(Anexo10):
Com o cruzamento das questões “Quais as redes sociais em que a sua
Serviços”, é possível concluir, que das 13 marcas que utilizam a rede social
Facebook, 100% tem no seu tipo de oferta os serviços; das 13 marcas que estão
presentes no Instagram, 100% tem como tipo de oferta os serviços; tal como as
13 marcas que estão presentes no YouTube, 100% tem os serviços como tipo de
oferta.
Podemos assim concluir que as redes sociais mais utilizadas pelas marcas
são o Facebook, Instagram e Youtube, e que todas elas têm como tipo de oferta
os serviços.
Bens Serviços Bens e Serviços Total
Contagem 10 13 10 33
% em RsPresença 30,3% 39,4% 30,3%
Rs-Facebook
% Tip.Ofrt.Principal 100,0% 100,0% 100,0%
% do Total 30,3% 39,4% 30,3% 100,0%
Contagem 7 13 9 29
% em RsPresença 24,2% 44,8% 31,0%
Rs-Instagram
% Tip.Ofrt.Principal 70,0% 100,0% 90,0%
% do Total 21,2% 39,4% 27,3% 87,9%
Contagem 8 13 9 30
Rs-YouTube % em RsPresença 26,7% 43,3% 30,0%
% Tip.Ofrt.Principal 80,0% 100,0% 90,0%
% do Total 24,2% 39,4% 27,3%
90,9%
Tab. 10 - Cruzamento das variáveis “Quais as redes sociais em que a sua instituição tem presença
neste momento?” e “Qual o tipo de oferta principal da sua organização?”
83
3.2.2.2. Forma dos Conteúdos Utilizados nas Campanhas & Tipo de
organização mais utilizou para as campanhas nas redes sociais?”, com as opções
Final (B2C)”, chegou-se á conclusão que, das 22 marcas com clientes B2C, 95,7%
utiliza a fotografia nas suas campanhas nas Redes Sociais; e por fim das 15
Como conclusão final, pode dizer-se que na sua maioria as empresas B2C
preferem utilizar nas suas campanhas de redes sociais a fotografia, vídeo e texto.
Outras
empresas Cliente final
(B2B) (B2C) Total
Contagem 9 18 27
Cont.Forma- % em FormConteudo 33,3% 66,7%
Vídeo % Prin.Tp.Cliente 90,0% 78,3%
% do Total 27,3% 54,5% 81,8%
Contagem 10 22 32
Cont.Forma- % em FormConteudo 31,3% 68,8%
Fotografia % Prin.Tp.Cliente 100,0% 95,7%
% do Total 30,3% 66,7% 97,0%
Contagem 6 15 21
Cont.Forma- % em FormConteudo 28,6% 71,4%
Texto
% Prin.Tp.Cliente 60,0% 65,2%
% do Total 18,2% 45,5% 63,6%
Tab. 11 - Cruzamento das variáveis “Qual a forma dos conteúdos que a sua organização mais
utilizou para as campanhas nas redes sociais?” e “Qual o principal tipo de cliente da sua
organização?”
84
3.2.2.3. Sector/Indústria das marcas & Conteúdos mais Utilizados nas
Campanhas (Anexo12):
Na questão “Qual a indústria/sector de atividade da sua organização?”
“Quais os conteúdos que a sua organização mais utilizou para as campanhas nas
Foi possível concluir que as 10 marcas que utilizam “Conteúdo geral sobre
produtos/serviços”, 33,3% são marcas de “Serviços”; e por fim 5 das marcas que
utilizam “Conteúdo geral sobre a marca”, 19,2% fazem parte do “Comércio por
grosso e retalho”.
85
Conte.-
Conte.- Conte.- Conte.- Conte.- Cont. Conte.-
Cont. Conte.- Info. Cont. Divul. Ident. Info.
Geral. Cont.Utili/ Vend. Adpt. Produt/ Talent. Tecnica Conte.-
Marca Reviews Descont Media Servçs Contrata Prod/Serv Outra Total
Contagem 10 0 3 4 9 2 3 2 14
% em Ind.Sec.Act 71,4% 0,0% 21,4% 28,6% 64,3% 14,3% 21,4% 44,3%
Serviços
% em ContUtilizados 38,5% 0,0% 25,0% 28,6% 33,3% 50,0% 42,9% 50,0%
% do Total 30,3% 0,0% 9,1% 12,1% 27,3% 6,1% 9,1% 6,1% 42,4%
Contagem 5 1 4 3 5 1 1 0 5
Comércio por % em Ind.Sec.Act 100,0% 20,0% 80,0% 60,0% 100,0% 20,0% 20,0% 0,0%
Grosso e Retalho
% em ContUtilizados 19,2% 16,7% 33,3% 21,4% 18,5% 25,0% 14,3% 0,0%
% do Total 15,2% 3,0% 12,1% 9,1% 15,2% 3,0% 3,0% 0,0% 15,2%
e/ou serviços nos social media”, “Tem página/grupo num site de rede social”,
clientes”, “Pesquisa ideias para novos produtos via social media”, “Possui um
grupo online para utilizadores”, “Recolhe e segue os reviews dos clientes no seu
site e noutros sites”, “Faz publicidade nos social media”, “Outra”, e a pergunta
250”, “+ de 250”. Com a análise dos dados foi possível perceber que as 16
e/ou serviços nos social media”; das 15 empresas com mais de “+ de 250”
funcionários, 93,8% “Tem página/grupo num site de rede social”; e por fim das
media”.
86
produtos e/ou serviços”, “Tem página/grupo” e “Faz publicidade nos social
media”.
de 50 a + de
<50 250 250 Total
Contagem 8 8 16 32
Org.Act- promv. % em OrgActualmente 25,0% 25,0% 50,0%
Marca % em Núm.Funcio 100,0% 88,9% 100,0%
% do Total 24,2% 24,2% 48,5% 97,0%
Contagem 6 9 15 30
% em OrgActualmente 20,0% 30,0% 50,0%
Org.Act- Pg/Gr.Rs
% em Núm.Funcio 75,0% 100,0% 93,8%
% do Total 18,2% 27,3% 45,5% 90,9%
Contagem 5 8 14 27
% em OrgActualmente 18,5% 29,6% 51,9%
Org.Act- Pub.Sm
% em Núm.Funcio 62,5% 88,5% 87,5%
% do Total 15,2% 24,1% 42,4% 81,1%
consumidores, a pergunta é então: “Na sua opinião, qual a razão pela qual os
seus clientes seguem a sua marca nas redes sociais?”, com as opções de resposta
Novos Produtos”, “Submeter Ideias Para Novos Produtos”, esta pergunta foi
cruzada com a questão relativa ao tipo de clientes das marcas que tem como
Com o cruzamento dos dados, verificou-se que das 15 marcas B2C, 65,2%
considera que os consumidores seguem a sua marca nas redes sociais pela
informação geral; das 15 marcas B2C, 65,2% acha que os consumidores seguem
a sua marca nas redes sociais para se sentirem ligados; e por fim das 14 marcas
87
B2C, 60.9% pensa que os consumidores seguem as suas páginas para fazerem
parte da comunidade.
Conclui-se assim que, a maioria das marcas inquiridas são B2C e pensam
Outras
empresas Cliente final
(B2B) (B2C) Total
Contagem 8 15 23
RzClien- % em Raz.Clientes 34,8% 65,2%
InfoGeral % Prin.Tp.Cliente 80,0% 65,2%
% do Total 24,2% 45,5% 69,7%
Contagem 6 15 21
RzClien- % em Raz.Clientes 28,6% 71,4%
Sntr.Ligad % Prin.Tp.Cliente 60,0% 65,2%
% do Total 18,2% 45,5% 63,6%
Contagem 5 14 19
RzClien- % em Raz.Clientes 26,3% 73,7%
Fz.Prt.Comuni
% Prin.Tp.Cliente 50,0% 60,9%
% do Total 15,2% 42,4% 57,6%
Tab. 14 - Cruzamento das variáveis “Na sua opinião, qual a razão pela qual os seus clientes
seguem a sua marca nas redes sociais?” e tipos de clientes
foi aplicada uma análise fatorial exploratória com a extração de fatores, com o
aceitável, logo pode ser levada em consideração a estimativa feita pela análise
fatorial.
88
sobre recrutamento, o quarto é a concorrência, e por último, o quinto fator é a
cinco fatores.
fiabilidade dos primeiros 3 fatores é considerada como sendo boa, enquanto que
análise.
Fatores
Tráfego do Suporte ao
Recrutamento Concorrência Comunicação Comunalidades
Site cliente
Gr.Impor - Aument. Vendas 0,555 0,171 0,250 0,547 0,212 0,745
Gr.Impor - Atra. Nvs. Clien 0,519 0,217 0,175 0,518 0,328 0,723
Gr.Impor - Part. Info 0,133 0,528 0,132 0,310 0,543 0,704
Gr.Impor - Anali. Conco. 0,087 0,112 0,182 0,889 0,153 0,868
Gr.Impor - Aju. Recru. -0,142 0,097 0,807 0,189 0,104 0,728
Gr.Impor - Com. Clien. 0,188 0,110 0,105 -0,094 0,816 0,733
Gr.Impor - Aument. Fidel. Clien. 0,605 0,461 0,038 0,156 0,179 0,636
Gr.Impor - Aument. Notor. Marca 0,486 0,129 0,102 0,233 0,671 0,768
Gr.Impor - Traz. Idei. ForaEmpre. 0,172 0,419 0,676 0,259 0,297 0,816
Gr.Impor - Inov. Prodts. Serv. 0,283 0,145 0,753 0,225 0,226 0,770
Gr.Impor - Ger.+Mkt.boca-a-boca 0,782 0,075 -0,067 0,133 0,340 0,754
Gr.Impor - Aument.Tráf. Site 0,901 0,041 0,238 0,002 0,050 0,873
Gr.Impor - Red.Custos 0,080 0,158 0,355 0,710 -0,195 0,701
Gr.Impor - Cri. Comuni.Marca 0,702 0,458 0,141 0,128 0,255 0,804
Gr.Impor - Facil.Reco.info.Feedback 0,421 0,519 0,261 0,168 0,439 0,735
Gr.Impor - Melh.Compr.Consum. 0,316 0,820 0,130 0,147 -0,006 0,811
Gr.Impor - Melh.Qual.Sup.Cliente 0,007 0,864 0,259 0,083 0,165 0,847
Gr.Impor - Melh.Rank. 0,426 0,180 0,671 0,152 -0,176 0,719
89
3.2.4. Grau de Concordância
Na pergunta referente ao grau de concordância das marcas, em relação a
que:
Escl.-Util.Eficaz.SM
Escl.-Obje.Prop.SM
Escl.-Benef.Utiliz.SM
Escl.- Estrat.Mkt.SM
Escl.-Envol.SM
bastante elevado.
90
3.2.5. Grau de Satisfação
Através da realização de uma tabela de frequências para a pergunta “Qual
o seu nível de satisfação com a presença da sua marca nas redes sociais?”, foi
hipóteses que não foram assinaladas. Isto significa que em termos gerais, as
marcas inquiridas estão bastantes satisfeitas com a presença que têm nas redes
sociais.
Frequência Porcentagem
Válido 6 1 3,0
7 4 12,1
8 16 48,5
9 7 21,2
10 5 15,2
Total 33 100,0
para seguirem as suas páginas nas redes sociais são: a informação geral, o sentir-
91
se ligado e fazer parte da comunidade. Deste modo, é possível constatar que as
Consumidores Marcas
2º 18,0% Compras 3,0%
1º 19,1% Descontos 6,6%
2,7% Dar Opinião 6,6%
5,1% Sentir-se Ligado 12,7% 2º
2,3% Criticar e Avaliar 10,8%
3º 16,4% Informação Geral 13,9% 1º
4,2% Informação Exclusiva 7,2%
Serviço ao
4,4% 8,4%
Consumidor
Participação
6,4% 7,2%
em Eventos
3,9% Fazer parte da 11,4% 3º
Comunidade
Informação sobre
16,3% 9,6%
Novos Produtos
Submeter Ideias para
1,2% 2,4%
Novos Produtos
Tab. 17 - Comparação de motivações dos consumidores e das percebidas pelas marcas
recolhida.
92
Instagram e Youtube, são acedidas principalmente através do telemóvel e
Os itens mais apontados para interagir com as marcas nas redes sociais são então
Sociais.
realizados às marcas, pode concluir-se que a maioria dos inquiridos são marcas
entre as opções de resposta, na sua maioria o tipo de cliente é B2C (69,7%), são
empresas, na área dos serviços (42,4%), comércio por grosso e retalho (15,2%) e
utilizadas pelas marcas são exatamente as mesmas que foram escolhidas pelos
são publicados vídeos, fotos e textos. São espaços onde se promove a marca,
encontrada, que é uma das bases deste estudo, foi nos motivos percebidos pelas
marcas para que os seus consumidores sigam as suas páginas. As marcas pensam
que é pela informação geral, para se sentirem ligados e para fazerem parte de
satisfatória.
93
Pode assim concluir-se, que de uma forma geral, foi possível obter
94
4. Reflexões, Contributos e Limitações
4.1. Reflexões
A temática abordada durante o estudo, como já foi dito anteriormente,
encontra-se numa fase bastante inicial, por isso todos os estudos realizados
suas opiniões coincidem com os resultados obtidos. Está assim aberta uma nova
porta de investigação.
4.2. Contributos
O presente documento procura contribuir para um avanço no
feita por estes. Com os inquéritos e o seu tratamento, foi possível entender
95
como das marcas em relação ao que pensam os consumidores, o que faz com
os seus objetivos, pode até dizer-se, que apesar das marcas terem a perceção de
que estão a agir corretamente, isso nem sempre acontece, pois dá a sensação de
diferentes meios.
4.3. Limitações
Devido à sua natureza exploratória, durante todo o processo foram
causa, pois as que existem não estavam totalmente completas para os objetivos
pretendidos.
96
Outra limitação sentida, foi a falta de colaboração por parte das marcas.
mais propício, pois, como é uma amostra não probabilística, não garante que os
sucesso.
97
5. Conclusão
com as marcas nas redes sociais, a opinião das marcas em relação à utilização das
redes sociais por parte dos consumidores, para ser possível obter uma resposta à
Das primeiras conclusões a serem retiradas deste estudo, tem a ver com as
conclusões deste estudo contraria em alguns aspetos os autores Baird & Parasnis
redes sociais para obterem descontos, informações sobre novos produtos e para
fazer compras. E quando utilizam as redes sociais têm como objetivo divertir-se,
citado por Y.C. Ho & Dempsey (2009) . Todos estes aspetos são de extrema
98
é nisto que as marcas devem apostar e fazer mudanças mantendo o foco em
marcar a diferença.
Para além das conclusões já referidas, que são a base do grande objetivo
das motivações dos consumidores por parte das marcas, tal como também é
comprovado pelo estudo realizado por Baird & Parasnis (2011), por não fazerem
publicidade que não vai ser atrativa para o consumidor, logo, não vai despertar o
além de que está em todo o lugar. As marcas devem também procurar junto dos
autores como Flanagin & Metzger (2001) citado por Y.C. Ho & Dempsey (2009);
(2004)citado por Brodie, Ilic, Juric, & Hollebeek (2011), entre outros. Com os
99
como o Baird & Parasnis (2011b) afirma, os consumidores não se interessam pelas
pelas marcas que tentam comunicar com os mesmos, e quando as seguem estão
para seu próprio beneficio, em vez de arranjarem uma estratégia que consiga ir
pelo estudo de Baird & Parasnis (2011a). Com os dados recolhidos é possível as
marcas perceberem que na verdade não estão a agir da forma mais correta e que
devem mudar a sua forma de pensar, mesmo que isso implique mais esforços, se
fizessem as coisas de forma diferente iriam ter grandes benefícios por parte dos
mais institucionais, mas dar mais enfâse ao tipo e forma de conteúdos mais
100
consumidores e das marcas, e que as mesmas devem ser colmatadas. Estas
das suas necessidades, de modo a estreitar laços e a criar uma relação de maior
retiradas deste estudo ajudam as marcas a perceber que podem estar a pensar
de uma forma menos correta e devem analisar criteriosamente o seu público para
101
6. Referências Bibliográficas
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7. Anexos
Anexo 1 - Publicação de divulgação do inquérito dos consumidores no Facebook
112
113
114
115
Anexo 3 - Email enviado às marcas com inquérito para resposta
116
Anexo 4 – Inquérito das Marcas
117
118
119
120
Anexo 5 - VRM Consumidores (Rede social onde tem presença & Tipo de envolvimento nas redes
sociais)
121
Anexo 6- VRM Consumidores (Finalidade da utilização das Redes sociais & Sexo dos inquiridos)
122
Anexo 7 - VRM Consumidores (Equipamento de Acesso & Idade dos inquiridos)
Anexo 8 - VRM Consumidores (Local de Acesso & Situação profissional dos inquiridos)
123
Anexo 9 - VRM Consumidores (Razão de interação & Idade dos inquiridos)
124
Anexo 10 - VRM Marcas (Redes Sociais Onde Está Presente & Tipo de Oferta)
125
Anexo 11 - VRM Marcas (Forma dos Conteúdos Utilizados nas Campanhas & Tipo de Clientes das
marcas)
126
Anexo 12- VRM Marcas (Sector/Indústria das marcas & Conteúdos mais Utilizados nas Campanhas)
127
Anexo 13 - VRM Marcas (A sua organização atualmente... & Número de Funcionários das marcas)
128
Anexo 14 - VRM Marcas (Razão Interação & Tipo Cliente das marcas)
129