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Contadores de Energia Elétrica: Contadores de Baixa Tensão, Estáticos, de Energia Ativa e de Ligação Direta

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DMA-C44-501/N

JUL 2013

CONTADORES DE ENERGIA ELÉTRICA

Contadores de baixa tensão, estáticos, de energia ativa e de ligação direta

Características e ensaios

Elaboração: DTI, DGE Homologação: conforme despacho do CA de 2013-07-15

Edição: 6ª. Anula e substitui a edição de SET 2011

Emissão: EDP Distribuição – Energia, S.A.


DTI - Direção de Tecnologia e Inovação
R. Camilo Castelo Branco, nº 43 • 1050-044 Lisboa • Tel.: 210021500 • Fax: 210021444
E-mail: dti@edp.pt
DMA-C44-501/N
JUL 2013

ÍNDICE
0 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................................... 5
1 OBJETO .................................................................................................................................................................... 5
2 CAMPO DE APLICAÇÃO............................................................................................................................................ 5
3 NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ............................................................................................................ 5
4 TERMOS E DEFINIÇÕES ............................................................................................................................................ 7
5 ABREVIATURAS ........................................................................................................................................................ 8
6 CONDIÇÕES GERAIS ................................................................................................................................................. 8
6.1 Requisitos específicos ........................................................................................................................................ 8
6.2 Condições normais de serviço ............................................................................................................................ 8
6.2.1 Condições ambientais climáticas .................................................................................................................. 8
6.2.2 Condições ambientais mecânicas ................................................................................................................. 9
6.2.3 Altitude.......................................................................................................................................................... 9
7 CARACTERÍSTICAS .................................................................................................................................................... 9
7.1 Mecânicas........................................................................................................................................................... 9
7.1.1 Generalidades ............................................................................................................................................... 9
7.1.2 Caixa do contador ....................................................................................................................................... 10
7.1.2.1 Aspetos gerais........................................................................................................................................... 10
7.1.2.2 Caixa isolante de classe de proteção II ..................................................................................................... 10
7.1.3 Terminais ..................................................................................................................................................... 10
7.1.3.1 Placa de terminais .................................................................................................................................... 10
7.1.3.2 Tampa da placa de terminais ................................................................................................................... 11
7.1.3.3 Distâncias no ar e linhas de fuga .............................................................................................................. 11
7.1.4 Visor ............................................................................................................................................................ 11
7.1.5 Resistência ao calor e ao fogo ..................................................................................................................... 12
7.1.6 Proteção contra a penetração de corpos sólidos e líquidos ....................................................................... 12
7.1.7 Dispositivos de saída do contador .............................................................................................................. 12
7.1.7.1 Saída de ensaio ......................................................................................................................................... 12
7.1.7.2 Indicador de funcionamento .................................................................................................................... 12
7.1.7.3 Porta RS232 .............................................................................................................................................. 13
7.1.7.4 Porta ótica ................................................................................................................................................... 13
7.2 Elétricas ............................................................................................................................................................ 13
7.2.1 Tensão ......................................................................................................................................................... 13
7.2.2 Correntes..................................................................................................................................................... 13
7.2.3 Frequência................................................................................................................................................... 13
7.2.4 Consumo dos circuitos ................................................................................................................................ 13
7.2.4.1 Circuitos de tensão ................................................................................................................................... 13
7.2.4.2 Circuitos de corrente ................................................................................................................................ 13
7.2.5 Aquecimento ............................................................................................................................................... 14

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7.3 Dielétricas ......................................................................................................................................................... 14


7.4 Compatibilidade eletromagnética (EMC) ......................................................................................................... 14
7.5 Metrológicas..................................................................................................................................................... 14
7.6 Software ........................................................................................................................................................... 14
7.7 Tempo de vida útil, durabilidade e fiabilidade................................................................................................. 15
7.8 Alimentação de recurso ................................................................................................................................... 15
7.9 Dimensões ........................................................................................................................................................ 15
7.10 Relógio de tempo real ...................................................................................................................................... 16
8 MARCAÇÃO ........................................................................................................................................................... 16
8.1 Placa de características .................................................................................................................................... 16
8.2 Esquemas de ligação e identificação dos terminais ......................................................................................... 17
8.3 Identificação da porta RS232 ........................................................................................................................... 17
9 ENSAIOS ................................................................................................................................................................. 17
9.1 Ensaios de tipo ................................................................................................................................................. 17
9.1.1 Condições gerais de ensaio ......................................................................................................................... 17
9.1.2 Ensaios climáticos ....................................................................................................................................... 18
9.1.2.1 Ensaio de calor seco ................................................................................................................................. 18
9.1.2.2 Ensaio de frio ............................................................................................................................................ 18
9.1.2.3 Ensaio cíclico de calor húmido ................................................................................................................. 18
9.1.3 Ensaios mecânicos ...................................................................................................................................... 18
9.1.3.1 Verificação da robustez mecânica da caixa do contador e da tampa da placa de terminais................... 18
9.1.3.2 Verificação da resistência aos choques mecânicos .................................................................................. 18
9.1.3.3 Verificação da resistência às vibrações mecânicas .................................................................................. 18
9.1.3.4 Verificação do índice de proteção à penetração de poeiras e de água ................................................... 18
9.1.3.5 Verificação da resistência ao calor e à propagação da chama ................................................................. 18
9.1.4 Ensaios dielétricos ....................................................................................................................................... 19
9.1.4.1 Condições gerais de ensaio ...................................................................................................................... 19
9.1.4.2 Ensaio à onda de choque 1,2/50 µs ......................................................................................................... 19
9.1.4.3 Ensaio de tensão alternada à frequência industrial de 50 Hz .................................................................. 19
9.1.5 Ensaios de compatibilidade eletromagnética (EMC) .................................................................................. 19
9.1.5.1 Condições gerais de ensaio ...................................................................................................................... 19
9.1.5.2 Ensaio de imunidade às descargas eletrostáticas .................................................................................... 19
9.1.5.3 Ensaio de imunidade aos campos eletromagnéticos radiados de RF ...................................................... 19
9.1.5.4 Ensaio de imunidade ao transitório elétrico rápido ................................................................................. 20
9.1.5.5 Ensaio de imunidade às perturbações conduzidas, induzidas por campos de RF ................................... 20
9.1.5.6 Ensaio de imunidade às ondas de choque ............................................................................................... 20
9.1.5.7 Perturbações radioelétricas ..................................................................................................................... 20
9.1.5.8 Ensaio de imunidade às cavas e interrupções de tensão de curta duração............................................. 20
9.1.5.9 Ensaio de imunidade a campos magnéticos permanentes, de origem externa ...................................... 20
9.1.5.10 Ensaio de imunidade a campos magnéticos à frequência da rede elétrica, de origem externa.............. 20

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9.1.6 Ensaios dos requisitos elétricos .................................................................................................................. 20


9.1.6.1 Aquecimento ............................................................................................................................................ 20
9.1.6.2 Consumo dos circuitos.............................................................................................................................. 20
9.1.7 Ensaios de exatidão..................................................................................................................................... 21
9.1.7.1 Condições gerais de ensaio ...................................................................................................................... 21
9.1.7.2 Ensaio de exatidão nas condições de referência...................................................................................... 21
9.1.7.3 Ensaio de repetibilidade ........................................................................................................................... 21
9.1.7.4 Verificação da constante do contador ..................................................................................................... 21
9.1.7.5 Arranque e marcha em vazio do contador ............................................................................................... 21
9.1.7.5.1 Condições gerais de ensaio ...................................................................................................................... 21
9.1.7.5.2 Arranque do contador .............................................................................................................................. 21
9.1.7.5.3 Marcha em vazio ...................................................................................................................................... 21
9.1.7.6 Ensaio de verificação dos efeitos das grandezas de influência ................................................................ 21
9.1.7.7 Ensaios de exatidão do relógio do contador ............................................................................................ 21
9.1.8 Ensaios de verificação dos efeitos das perturbações de longa duração..................................................... 22
9.1.8.1 Condições gerais de ensaio ...................................................................................................................... 22
9.1.8.2 Influência do aquecimento próprio .......................................................................................................... 22
9.1.8.3 Influência das sobreintensidades de curta duração ................................................................................. 22
9.1.8.4 Influência da variação da tensão .............................................................................................................. 22
9.1.8.5 Influência do erro na ligação (troca de fases) .......................................................................................... 22
9.1.8.6 Influência do desequilíbrio de tensões..................................................................................................... 22
9.1.8.7 Verificação da exatidão na presença de harmónicas ............................................................................... 22
9.1.8.8 Influência da presença de harmónicas ímpares e de sub-harmónicas no circuito de corrente alternada... 22
9.1.8.9 Influência da presença de corrente contínua e de harmónicas pares no circuito de corrente alternada.... 22
9.1.8.10 Influência do funcionamento de dispositivos auxiliares .......................................................................... 22
9.2 Ensaios de série ................................................................................................................................................ 23
9.2.1 Inspeção visual ............................................................................................................................................ 23
9.2.2 Ensaio de tensão alternada à frequência industrial de 50 Hz..................................................................... 23
9.2.3 Ensaio de arranque do contador................................................................................................................. 23
9.2.4 Ensaio de marcha em vazio do contador .................................................................................................... 23
9.2.5 Ensaio de verificação da constante do contador ........................................................................................ 23
9.2.6 Ensaios de verificação dos erros de medida do contador devido à variação de carga .............................. 23
9.2.7 Ensaios de verificação das funcionalidades do contador ........................................................................... 23
9.3 Ensaios de receção ........................................................................................................................................... 24
ANEXO A - PLANO DE ENSAIOS DE TIPO ..................................................................................................................... 25
ANEXO B - ESQUEMA DE LIGAÇÕES ELÉTRICAS DOS CONTADORES .......................................................................... 27
ANEXO C – DIMENSÕES DOS CONTADORES ............................................................................................................... 28
ANEXO D - QUADRO PARA VALIDAÇÃO DA CONFORMIDADE TÉCNICA..................................................................... 29
ANEXO E – CÓDIGO DE BARRAS - CODIFICAÇÃO ........................................................................................................ 30

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0 INTRODUÇÃO
O presente documento anula e substitui a edição anterior, elaborada em setembro de 2011.

As principais alterações introduzidas na presente versão, em relação à anterior, foram as seguintes:


— atualização das normas e documentos de referência (secção 3);
— alteração dos requisitos do software do contador (secção 7.6), adequando-o ao disposto no documento
WELMEC Software Guide e na norma ISO/IEC 90003;
— alteração da norma de referência dos cálculos de fiabilidade do contador e dos seus componentes “críticos”
(secção 7.7), passando a considerar-se a norma IEC 61709 ou norma industrial equivalente;
— introdução, na placa de características do contador, de informação relativa ao código de barras, o qual passa
a ser especificado num novo anexo ao documento (anexo E);
— inclusão de um novo ensaio de tipo relativo aos ensaios de exatidão do contador, segundo a norma
EN 62054-21 (secção 9.1.7.7);
— inclusão dos ensaios de receção (especificados em documento próprio);
— revisão do anexo C relativo às dimensões dos contadores;
— inclusão de um novo anexo (anexo D) para validação da conformidade técnica do produto, no âmbito da
análise das propostas/candidaturas a concursos/qualificações.

1 OBJETO
O presente documento destina-se a estabelecer as características e ensaios aplicáveis aos contadores de energia
elétrica, ativa, de ligação direta, monofásicos e trifásicos, de tecnologia estática, no seguimento referidos apenas
como contadores.

Em termos funcionais, estes contadores obedecem ao especificado no documento DEF-C44-503.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
O presente documento aplica-se a contadores estáticos, monofásicos e trifásicos, utilizados para medição de
energia elétrica ativa em instalações alimentadas em BT.

3 NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA


Os documentos normativos seguintes contêm prescrições que, através de referência neste texto, constituem
disposições válidas para o presente documento. Estas referências normativas são citadas nos locais adequados no
texto e as publicações são listadas abaixo.

Quaisquer alterações das referidas edições listadas só serão aplicáveis no âmbito do presente documento se
forem objeto de inclusão específica, por modificação ou aditamento ao mesmo.
EN 50470-1 2006 Electricity metering equipment (a.c.) – Part 1: General requirements, tests and
test conditions – Metering equipment (class indexes A, B and C)
EN 50470-3 2006 Electricity metering equipment (a.c.) – Part 3: Particular requirements – Static
meters for active energy (class indexes A, B and C)
EN 55022 2006 Information technology equipment – Radio disturbance characteristics - Limits
and methods of measurement (CISPR 22: 2005, mod.)
EN 60068-2-1 2007 Environmental testing - Part 2-1: Tests - Tests A: Cold
EN 60068-2-2 2007 Environmental testing - Part 2-2: Tests - Tests B: Dry heat
EN 60068-2-6 2008 Environmental testing - Part 2-6: Tests - Test Fc: Vibration (sinusoidal)
EN 60068-2-27 2009 Environmental testing. Part 2-27: Tests - Test Ea and guidance: Shock

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EN 60068-2-30 2005 Environmental testing - Part 2-30: Tests - Test Db and guidance: Damp heat,
cyclic (12 + 12 hour cycle)
EN 60068-2-75 1997 Environmental testing - Part 2-75: Tests - Test Eh: Hammer tests
(IEC 60068-2-75:1997)
EN 60085 2004 Electrical insulation - Thermal classification (IEC 60085:2004)
EN 60529 1991 Degrees of protection provided by enclosures (IP Code)
+ A1 2000 (IEC 60529:1989 + A1:1999)
EN 60695-2-10 2001 Fire hazard testing – Part 2-10: Glowing/hot-wire based test methods – Glow-
wire apparatus and common test procedure (IEC 60695-2-10:2000)
EN 60695-2-11 2001 Fire hazard testing – Part 2-11: Glowing/hot-wire based test methods – Glow-
wire flammability test method for end-products (IEC 60695-2-11:2000)
EN 61000-4-2 2009 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-2: Testing and measurement
techniques - Electrostatic discharge immunity test.

EN 61000-4-3 2006/A2: Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-3: Testing and measurement
2010 techniques. Radiated, radio-frequency, electromagnetic field immunity test
EN 61000-4-4 2012 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-4: Testing and measurement
techniques - Electrical fast transient/burst immunity test
EN 61000-4-5 2006 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-5: Testing and measurement
techniques - Surge immunity test
EN 61000-4-6 2009 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-6: Testing and measurement
techniques - Immunity to conducted disturbances, induced by radio-frequency
fields
EN 61000-4-8 2010 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-8: Testing and measurement
techniques – Power frequency magnetic field immunity test

EN 61000-4-11 2004 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-11: Testing and measurement
techniques – Voltage dips, short interruptions and voltage variations
immunity tests (IEC 61000-4-11:2004)
EN 62052-11 2003 Electricity metering equipment (a.c.) – General requirements, tests and test
conditions – Part 11: Metering equipment
EN 62052-21 2004 Electricity metering equipment (a.c.) – General requirements, tests and test
conditions – Part 21: Tariff and load control equipment
EN 62053-21 2003 Electricity metering equipment (a.c.) – Particular requirements – Part 21:
Static meters for active energy (classes 1 and 2)
EN 62053-52 2005 Electricity metering equipment (a.c.) – Particular requirements – Part 52:
Symbols (IEC 62053-52: 2005)
EN 62054-21 2004 Electricity metering equipment (a.c.) –– Tariff and load control - Part 21:
Particular requirements for time switches
EN 62056-21 2002 Electricity metering - Data exchange for meter reading, tariff and load control
– Part 21: Direct local data exchange

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HD 588.1 S1 1991 High-voltage test techniques. Part 1: General definitions and test
requirements (IEC 60060-1:1989+corrigendum Mar. 1990)
IEC 60228 2004 Conductors of insulated cables

IEC 61709 2011 Electric components – Reliability – Reference conditions for failure rates and
stress models for conversion
WELMEC 2012 Software Guide 7.2 (Measuring Instruments Directive 2004/22/EC)

DEF-C44-503 2013 Contadores de energia eléctrica. Contadores de baixa tensão, estáticos, de


energia ativa e de ligação direta. Especificação funcional
DRE-C17-532 2012 Documento complementar ao Guia de Medição, Leitura e Disponibilização de
Dados – Regras e esquemas de ligações de equipamentos de medição e
contagem e aparelhos de corte de entrada, em pontos de ligação à rede em
AT, MT e BT
ISO 75-2 2004 Plastics – Determination of temperature of deflection under load – Part 2:
Plastic and ebonite
ISO/IEC 90003 2004 Software engineering - Guidelines for the application of ISO 9001:2000 to
computer software
Decreto-Lei nº 2006 Diretiva nº 2004/22/CE de 31 de Março – Diretiva MID (transposição para a
192/2006 ordem jurídica portuguesa)
Portaria nº 18/2007 2007 Regulamentação da Diretiva MID

DPE-C44-501 2013 Contadores de energia elétrica, estáticos, de energia ativa e de ligação direta.
Ensaios de receção e verificações gerais. Protocolo de ensaios

D00-C10-001 2013 Condições de serviço e características gerais da rede de distribuição em AT,


MT e BT. Generalidades

4 TERMOS E DEFINIÇÕES
Para efeitos do presente documento, são aplicáveis as definições constantes da norma EN 50470-1 e as que se
indicam seguidamente.

4.1
Ensaios de tipo
Ver definição 3.7.1 (secção 3.7 da norma EN 50470-1).

4.2
Ensaios de série
Ensaios realizados de maneira repetitiva sobre os contadores fabricados em série, quer sob a forma de ensaios
individuais, quer sob a forma de ensaios por amostra, para verificar que a fabricação desse tipo de contadores
satisfaz a determinados critérios.

4.3
Repetibilidade
Ver definição 3.5.20 (secção 3.5 da norma EN 50470-1).

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5 ABREVIATURAS
No presente documento são usadas as seguintes siglas e abreviaturas:
BT Baixa Tensão
DEF Documento de normalização ou de consulta. Especificação funcional
DMA Documento de normalização ou de consulta de materiais e aparelhos. Características e ensaios
D00 Documento de normalização ou de consulta. Generalidades
DPE Documento de normalização ou de consulta. Protocolos de ensaios de aparelhos e instalações
EN Norma Europeia
IEC Comissão Electrotécnica Internacional
ISO Organização de Normalização Internacional
MID Measuring Instruments Directive 2004/22/EC
RF Radiofrequência
RTC Relógio de Tempo Real
WELMEC European Cooperation in Legal Metrology

6 CONDIÇÕES GERAIS

6.1 Requisitos específicos


Os contadores objeto da presente especificação são contadores para ligação direta e devem obedecer aos
requisitos específicos indicados, seguidamente, no quadro 1.

Quadro 1
Requisitos específicos dos contadores

Ligação Classe de exatidão Corrente de Tensão de Frequência Tarifa


referência/Corrente referência (Un)
(class índex)
máxima
Monofásicos 230 V
1 (EN 62052-21) 10 (Iref)/60 (Imax) A 50 Hz Múltipla
Trifásicos 3x230/400 V
B (EN 50470-1/MID)

Notas:
- Iref: corrente de referência (secção 3.5.6 da norma EN 50470-1);
- Imax: corrente máxima (secção 3.5.8 da norma EN 50470-1).

Os contadores deverão possuir aprovação MID e o respetivo certificado deverá ser presente à EDP.

6.2 Condições normais de serviço


Os contadores são previstos para serem utilizados nas condições de serviço a seguir indicadas.

6.2.1 Condições ambientais climáticas


Os contadores destinam-se a ser instalados em locais abrigados, podendo ser exteriores, cujas condições
ambientais climáticas são caracterizadas da seguinte forma:
— temperatura de funcionamento (valores nominais): -10 ºC a +55 ºC;
— temperatura de funcionamento (valores extremos): -25 ºC a +70 ºC;

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— temperatura de armazenamento e transporte (valores extremos): -40 ºC a +70 ºC;


— humidade relativa do ar: 95% (cf. tabela 9, secção 6.2 da norma EN 50470-1);
— ar não filtrado e com um nível normal de poeiras.

A comprovação dos requisitos dos aparelhos para poderem suportar estas condições deverá ser feita através da
realização dos ensaios indicados na secção 9.1.2 do presente documento.

6.2.2 Condições ambientais mecânicas


Em serviço e durante o transporte, os contadores podem estar sujeitos a vibrações e choques mecânicos, pelo
que deverão apresentar resistência e robustez adequadas a esse tipo de solicitações.

A comprovação dos requisitos dos aparelhos para poderem suportar estas condições deverá ser feita através da
realização dos ensaios indicados na secção 9.1.3 deste documento.

6.2.3 Altitude
A altitude do local de instalação não deve exceder 2000 m acima do nível do mar (pressão atmosférica de 80 kPa).

7 CARACTERÍSTICAS
Os contadores deverão ser constituídos por um conjunto de componentes electrónicos necessários à execução
das funções definidas na especificação funcional aplicável (ver secção 1 do presente documento).

Consideram-se como componentes críticos dos contadores os seguintes componentes electrónicos:


— microprocessador;
— relógio de tempo real (RTC);
— cristal oscilador;
— memória;
— visor;
— dispositivos de alimentação de recurso;
— fonte de alimentação DC.

Qualquer alteração à constituição dos contadores, a nível de hardware ou de software, deverá ser previamente
comunicada à EDP pelo fabricante/fornecedor, devendo ser obtida aprovação da EDP para o efeito.

7.1 Mecânicas

7.1.1 Generalidades
Aplicam-se as condições definidas na norma EN 50470-1.

Os contadores devem ser concebidos e construídos de modo a não apresentarem qualquer perigo em serviço
normal e nas condições normais de serviço, devendo ser asseguradas em especial:
— a proteção das pessoas contra os choques elétricos;
— a proteção das pessoas contra os efeitos duma temperatura excessiva;
— a resistência ao calor e ao fogo;
— a proteção contra a penetração de objetos sólidos, poeiras e água.

As partes expostas à corrosão nas condições normais de utilização devem ser protegidas eficazmente. As camadas
de proteção não devem ser suscetíveis de sofrer danos durante o manuseamento normal, nem deteriorações ao
ar naquelas condições.

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7.1.2 Caixa do contador

7.1.2.1 Aspetos gerais


A caixa do contador deve poder ser selada com o objetivo de proteger os órgãos internos do aparelho,
nomeadamente, as partes metrológicas relevantes, de modo a que os mesmos sejam inacessíveis sem a prévia
destruição da selagem ou destruição da caixa.

A caixa deve ser construída e disposta de modo a que qualquer deformação não permanente não prejudique o
bom funcionamento do contador.

A resistência mecânica da caixa do contador e da tampa da placa de terminais deverá ser verificada através da
realização do ensaio indicado na secção 9.1.3.1 do presente documento.

7.1.2.2 Caixa isolante de classe de proteção II


O contador deverá possuir uma caixa isolante de classe de proteção II.

O invólucro, constituído integralmente em material isolante, incluindo a tampa de terminais, deverá encerrar
todas as partes metálicas à exceção de pequenas peças, tais como, placa de características, parafusos, etc..

Caso essas peças metálicas sejam acessíveis do exterior do invólucro através do dedo de prova normalizado (nos
termos da norma EN 60529 para o IP 51), essas peças devem ser separadas das partes ativas por uma isolação
suplementar, para o caso dessas peças se poderem deslocar ou se houver um defeito na isolação principal.

Não se consideram suficientes para constituir uma isolação suplementar as propriedades isolantes de vernizes,
esmaltes, papel, algodão, fitas adesivas ou materiais similares.

7.1.3 Terminais

7.1.3.1 Placa de terminais


Os terminais do contador deverão poder ser agrupados numa ou em várias placas de terminais de robustez
mecânica e propriedades isolantes adequadas.

O material constituinte da placa de terminais deverá satisfazer aos ensaios definidos da norma ISO 75-2, para
uma temperatura de 135 ºC e uma pressão atmosférica de 1,8 MPa (método A).

Os furos que, no material isolante, estão no prolongamento dos terminais devem ter dimensões suficientes que
permitam a introdução fácil da isolação dos condutores.

Os terminais dos circuitos de potência do contador deverão ser concebidos de modo a permitirem a ligação de
condutores de cobre, das classes 1 e 2, com secção recta circular inferior ou igual a 16 mm2 e com os diâmetros
máximos definidos na norma IEC 60228, ou de condutores de alumínio com secção inferior ou igual a 25 mm2.

Os terminais serão dimensionados para correntes nominais correspondentes à corrente máxima dos contadores.

Os terminais dos circuitos auxiliares do contador serão dimensionados para permitir a ligação de condutores de
cobre, com secção de 2,5 mm2.

A fixação dos condutores aos terminais deve ser feita de maneira a assegurar um contacto suficiente e durável, de
modo a evitar riscos resultantes de desaperto ou aquecimento anormal. As ligações com parafusos que
transmitem uma pressão de contacto, e as fixações com parafusos susceptíveis de serem apertados e
desapertados várias vezes durante a vida do contador, devem ser feitas em rosca metálica.

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Os terminais de FASE e NEUTRO deverão estar providos de, pelo menos, dois furos e de dois parafusos para a
dupla fixação dos circuitos de potência.

Todas as partes de cada terminal devem ser concebidas de modo a reduzir o mais possível qualquer risco de
corrosão resultante de um contacto com qualquer outra peça metálica.

As ligações elétricas devem ser concebidas de modo a que a pressão do contacto não se transmita por intermédio
de materiais isolantes.

Os terminais próximos que estiverem a potenciais diferentes devem ser protegidos contra curto-circuitos
acidentais. A proteção pode ser realizada por meio de dispositivos isolantes. Os terminais de um mesmo circuito
de corrente são considerados como estando, normalmente, ao mesmo potencial.

Considera-se que a tensão do circuito de corrente é igual à do circuito de tensão correspondente.

Os terminais deverão ser claramente marcados e identificados de acordo com o esquema de ligações elétricas do
contador e respetivos circuitos auxiliares, conforme se indica no anexo B do presente documento.

7.1.3.2 Tampa da placa de terminais


Os terminais do contador deverão ser cobertos por uma única tampa da placa de terminais, cuja selagem deverá
ser independente da caixa do contador. A utilização de uma tampa de terminais transparente será valorizada.

A tampa da placa de terminais deverá cobrir a parte anterior da placa de terminais, os parafusos de fixação dos
condutores e, salvo quando referido em contrário, um comprimento suficiente dos condutores de ligação e
respetiva isolação.

Não deverá ser possível o acesso aos terminais do contador sem a destruição da selagem da tampa de terminais.

O esquema de ligações do contador deverá ser inscrito, de forma indelével, em local visível do contador com toda
a informação apresentada em língua portuguesa.

No caso dos contadores trifásicos, o esquema de ligações deverá também indicar a ordem das fases para a qual o
contador é previsto.

7.1.3.3 Distâncias no ar e linhas de fuga


Aplica-se na totalidade o disposto na secção 5.6 da norma EN 50470-1, para o caso de contadores de interior com
caixa isolante de classe de proteção II.

7.1.4 Visor
O visor do contador deverá ser eletrónico, de tecnologia de cristais líquidos (LCD), para visualização das funções,
data e hora atuais.

O visor deve ter os dígitos bem contrastados, claramente visíveis em locais bem ou mal iluminados.

O visor deve manter as suas propriedades físicas e funcionais até ao fim da vida útil do contador, dentro das
condições normais de serviço definidas na secção 6.2 do presente documento.

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Caso o visor tenha retro-iluminação (opcional) 1), deve ser indicado o seu modo de funcionamento,
nomeadamente, o tipo de led utilizado, a forma de ativação e o comportamento quando o contador não estiver
alimentado.

O fabricante deverá fornecer informação adicional sobre o comportamento do visor, nomeadamente, no relativo
às curvas de variação do contraste em função do tempo e da temperatura. Igualmente, deverá ser fornecida
informação sobre o tempo de vida útil e fiabilidade (secção 7.7 do presente documento).

Em termos funcionais, o visor do contador deverá obedecer aos requisitos indicados no documento DEF-C44-503.

7.1.5 Resistência ao calor e ao fogo


A placa de terminais, a tampa da placa de terminais e a caixa do contador devem apresentar uma segurança
razoável contra a propagação do fogo, não devendo inflamar-se em consequência de um aquecimento excessivo
das partes ativas com as quais estejam em contacto.

Para tal, esses elementos devem satisfazer ao ensaio do fio incandescente segundo as normas EN 60695-2-10 e
EN 60695-2-11, tal como referido na secção 9.1.3.5 do presente documento.

O fio incandescente pode ser aplicado em qualquer ponto dos elementos ensaiados. Se a placa de terminais fizer
parte da base do contador será suficiente realizar o ensaio apenas sobre a placa de terminais.

7.1.6 Proteção contra a penetração de corpos sólidos e líquidos


A caixa do contador deve possuir um Índice de Proteção à penetração de pó e humidade que será, no mínimo,
IP 51, definido de acordo com o estabelecido na norma EN 60529.

Com vista à confirmação dos valores anteriormente referidos, o contador deverá ser submetido aos ensaios
indicados na secção 9.1.3.4 do presente documento.

7.1.7 Dispositivos de saída do contador


O contador deverá possuir dispositivos de saída para controlo do seu funcionamento (ensaio e indicação de
funcionamento).

Opcionalmente, o equipamento poderá possuir um dispositivo de saída para controlo de cargas externas.

7.1.7.1 Saída de ensaio


O contador deverá possuir uma saída para teste do seu funcionamento, a partir de equipamento de ensaio
adequado para o efeito.

O fabricante deverá definir o número de impulsos necessários para garantir uma exatidão de medição de, pelo
menos, 1/10 da classe de exatidão do contador nos diversos pontos de ensaio.

Caso a saída de ensaio seja de tecnologia ótica, deverá obedecer, no relativo às suas características mecânicas,
elétricas e óticas, ao estipulado, respetivamente, nas secções 5.11.1 e 5.11.2 da norma EN 50470-1.

7.1.7.2 Indicador de funcionamento


O indicador de funcionamento deverá ser visível na parte frontal do contador.

1) São valorizados os contadores que possuam visor com retro-iluminação.

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7.1.7.3 Porta RS232


Nos contadores deverá existir uma porta série RS232. Esta porta série não deverá ser acessível do exterior, sem
retirar a tampa de terminais e o respetivo selo.

7.1.7.4 Porta ótica


O contador deve estar equipado com uma porta ótica, de acordo com os requisitos definidos na norma EN 62056-21.

Deverão ser indicados os seguintes parâmetros de comunicação da porta ótica proposta:


— velocidade máxima de comunicação;
— frequência central do emissor e recetor de infravermelhos e largura de banda, a -3 dB;

Deverá ser garantido e evidenciado que o material constituinte da janela de interface ótico é transparente ao
comprimento de onda utilizado, o qual deverá ser indicado para o emissor/recetor de infravermelhos.

7.2 Elétricas

7.2.1 Tensão
Aplicam-se os valores constantes do quadro 1, secção 6.1 do presente documento.

7.2.2 Correntes
Aplicam-se os valores constantes do quadro 1, secção 6.1 do presente documento, para as correntes de referência
e máxima.

7.2.3 Frequência
Aplicam-se os valores constantes do quadro 1, secção 6.1 do presente documento.

7.2.4 Consumo dos circuitos


Aplica-se o disposto na secção 7.1 da norma EN 50470-3.

O consumo próprio dos circuitos de tensão e de corrente do contador deverão ser calculados nas condições de
referência indicadas na secção 8.7.1 da norma EN 50470-3.

A verificação deste requisito deverá ser feita através da realização dos ensaios indicados na secção 9.1.6.2 do
presente documento.

7.2.4.1 Circuitos de tensão


A potência ativa e a potência aparente absorvidas por cada circuito de tensão dos contadores, à tensão,
frequência e à temperatura de referência, não devem exceder os valores indicados na tabela 1 da secção 7.1.2 da
norma EN 50470-3.

7.2.4.2 Circuitos de corrente


A potência aparente absorvida por cada circuito de corrente dos contadores, à corrente, frequência e à
temperatura de referência, não deve exceder os valores indicados na tabela 2 da secção 7.1.3 da norma
EN 50470-3.

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7.2.5 Aquecimento
Nas condições normais de utilização, os circuitos elétricos e a isolação não devem atingir temperaturas que
possam perturbar o funcionamento do contador.

Os materiais isolantes deverão obedecer aos requisitos aplicáveis definidos na norma EN 60085.

A verificação deste requisito deverá ser feita pela realização do ensaio adiante indicado na secção 9.1.6.1.

7.3 Dielétricas
O contador deve possuir características dielétricas satisfatórias nas condições normais de utilização, tendo em
atenção as influências atmosféricas e as diferentes tensões às quais os seus circuitos são submetidos nas
condições referidas.

A verificação dos requisitos dielétricos deverá ser feita através da realização dos ensaios indicados na secção 9.1.4
do presente documento.

7.4 Compatibilidade eletromagnética (EMC)


O contador deverá ser projectado de modo a que as perturbações eletromagnéticas, por condução ou radiação,
ou descargas eletrostáticas que possam ocorrer, não provoquem danos nem influenciem significativamente o
resultado da medição.

Aplicam-se os requisitos definidos na secção 7.4.2 da norma EN 50470-1, no relativo às perturbações


eletromagnéticas de longa duração e aos efeitos das perturbações eletromagnéticas do tipo transitório.

Nota: tendo em consideração o ambiente eletromagnético do equipamento de medição de energia elétrica, consideram-se
relevantes os seguintes tipos de perturbação:
— cavas e interrupções de tensão de curta duração;
— descargas eletrostáticas;
— campos eletromagnéticos radiados de RF;
— transitórios elétricos rápidos;
— perturbações conduzidas, induzidas por campos de RF;
— ondas de choque;
— campos magnéticos à frequência da rede elétrica, de origem externa;
— campos magnéticos permanentes de origem externa;
— perturbações radioelétricas.

A verificação dos requisitos de compatibilidade eletromagnética deverá ser feita através da realização dos ensaios
indicados na secção 9.1.5 do presente documento.

7.5 Metrológicas
As características metrológicas dos contadores devem ser verificadas através da realização dos ensaios definidos
na secção 9.1.7 do presente documento.

7.6 Software
Aplicam-se os requisitos indicados na secção 11 da norma EN 50470-3, relativos ao software do contador e aos
mecanismos que deverão ser adoptados com vista à sua proteção contra eventuais acções de corrupção.

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O software deverá obedecer, no aplicável (secção 10.3 – Active Electrical Energy Meters), ao disposto do
documento WELMEC Software Guide.

O software deverá ser identificado pela sua versão. Caso o fabricante pretenda efetuar qualquer alteração ao
software, deverá comunicar à EDP essa pretensão e obter previamente a sua autorização.

O fabricante/fornecedor deverá evidenciar a existência de mecanismos de controlo das versões de software.

Deverá também evidenciar a utilização de procedimentos de controlo da qualidade do software, devidamente


acreditados e obedecendo aos requisitos da norma ISO/IEC 90003, ou equivalente.

As atualizações de software só deverão ser permitidas a pessoal autorizado e através de password.

Não deverá ser possível, dum modo acidental ou intencional, a alteração do software relativo a funcionalidades
metrológicas dos contadores.

7.7 Tempo de vida útil, durabilidade e fiabilidade


O contador deve ter um tempo de vida útil não inferior a 15 anos.

Devem ser apresentados os resultados detalhados da certificação MID no referente às secções 9 e 10 da norma
EN 50470-3, bem como indicado o tempo de vida útil de produto considerado para a certificação.

Deverão ser apresentados cálculos de fiabilidade (MTBF) do contador e de todos os seus componentes. Em
particular deverão ser incluídos nesses cálculos os seguintes componentes: microprocessadores, RTC, memórias,
visor e dispositivos de alimentação de recurso. O fornecedor/fabricante deverá evidenciar a utilização, nesses
cálculos, do disposto na norma IEC 61709 ou, em alternativa, em normas industriais equivalentes.

Em complemento, tratando-se de um produto já disponível no mercado e com histórico de utilização, deverá ser
disponibilizada informação relativa à taxa de falhas real conhecida.

7.8 Alimentação de recurso


O contador deve possuir uma alimentação de recurso com um tempo de vida útil mínimo igual ao do
equipamento.

A alimentação de recurso do contador deverá garantir uma reserva de marcha do relógio de tempo real durante,
pelo menos, três anos. O sistema de alimentação de recurso deve ser explicitado pelo fabricante.

Preferencialmente pode existir um sistema de complemento à alimentação de recurso 2) (por exemplo


super-condensador), sobrepondo-se ao funcionamento do sistema de alimentação de recurso, até à descarga do
mesmo.

Nesse caso, deverá ser indicado o seu tempo de operação durante a ausência de alimentação da rede elétrica.

7.9 Dimensões
As dimensões máximas dos contadores são as indicadas no anexo C do presente documento.

2) São valorizados os contadores que possuam um sistema de complemento à alimentação de recurso.

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7.10 Relógio de tempo real


O equipamento deverá ser equipado com relógio de tempo real (RTC) com calendário perpétuo. O relógio deverá
efetuar a mudança de hora legal, de forma automática. O relógio deverá cumprir os requisitos da norma
EN 62054-21.

A verificação destes requisitos deverá ser feita através da realização dos ensaios referidos adiante na secção 9.1.7.7.

A conformidade com a norma supracitada deve manter-se mesmo na ausência de alimentação através da rede elétrica.

O calendário deverá ser perpétuo ao nível dos dias, meses e anos e deverá identificar dias úteis, sábados,
domingos e feriados.

Deverá ser possível o acerto da data/hora, através da porta ótica e interface série, com a geração do
correspondente evento (ver secção 5.8 do DEF-C44-503).

Deverão ser indicados os métodos (ou método) de sincronização do RTC. Não obstante, o relógio deverá ser
sincronizado internamente por um oscilador controlado por cristal de quartzo. Preferencialmente, o equipamento
deverá, ainda, fazer a compensação do desvio da frequência do oscilador com a variação da temperatura, cujo
algoritmo deverá ser explicitamente indicado na proposta 3).

8 MARCAÇÃO

8.1 Placa de características


A placa de características do contador deverá estar de acordo com os requisitos definidos na secção 5.12.1 da
norma EN 50470-1.

O contador deverá conter, na placa de características respetiva, a seguinte informação:


a) nome ou marca registada do fabricante e país de construção;
b) designação do modelo ou do tipo de aparelho;
c) número de fases e número de condutores do circuito no qual o contador pode ser instalado;
d) número de série (opcional). Caso o número de série esteja marcado numa placa fixada à tampa do contador,
deverá também ser marcado na base do contador ou armazenado na sua memória não volátil;
e) ano de fabrico;
f) marcação de aprovação do modelo;
g) tensão de referência – tensão nominal da rede à qual o contador se destina a ser ligado. As marcações de
tensões na placa de características do contador deverão obedecer aos exemplos do quadro 2 seguinte.
Quadro 2
Marcações de tensões

Tensão aos terminais do(s)


Contadores circuito(s) de tensão Tensão nominal
(V) (V)
Monofásico, 2 fios, 230 V 230 230
Trifásicos, 4 fios, 3 elementos de medida
(230 V entre fase e neutro) 3x230 (400) 3x230/400

3) São valorizados os contadores que possuam um sistema de compensação do desvio de frequência do oscilador com a
variação da temperatura

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h) corrente de referência e corrente máxima;


i) frequência, em Hz;
j) constante do contador;
k) temperatura de referência, se for diferente de 23 ºC;
l) classe de exatidão do contador;
m) símbolo de duplo isolamento;
n) código de barras de acordo com o anexo E do presente documento;
o) constante de impulsos por kWh da saída de impulsos (se aplicável).

As informações constantes da placa de características do contador devem ser escritas em língua portuguesa.

A marcação deverá ser indelével e legível do exterior do contador.

Sempre que aplicável, poderão ser utilizados símbolos normalizados (norma EN 62053-52).

Para além das marcações acima referidas, deve constar da placa de características do contador a legenda das
funções que podem ser apresentadas no visor em modo automático, conforme indicado na especificação
funcional aplicável.

8.2 Esquemas de ligação e identificação dos terminais


Cada contador deve apresentar o respetivo esquema de ligações, inscrito de forma indelével.

No caso dos contadores trifásicos, o esquema de ligações deverá também indicar a ordem das fases para a qual o
contador é previsto.

Caso os terminais do contador possuam marcações, estas deverão ser reproduzidas no esquema de ligações.

8.3 Identificação da porta RS232


Nos contadores a porta série deverá estar devidamente identificada, nomeadamente, quanto ao esquema de
ligações, o qual deverá ser visível e indelével.

9 ENSAIOS
Os ensaios a realizar e indicados na presente secção são ensaios de tipo, de série e de receção. Quaisquer outros
ensaios serão objeto de acordo entre a EDP e o fornecedor.

Devem ser realizados os ensaios de tipo indicados na secção 9.1 do presente documento.

Relativamente aos ensaios de série, aplica-se o disposto na secção 9.2 do presente documento.

9.1 Ensaios de tipo

9.1.1 Condições gerais de ensaio


Os ensaios deverão ser realizados, nas condições de referência especificadas no presente documento, em
laboratório acreditado para o efeito.

No anexo A do presente documento apresenta-se, a título de recomendação, a sequência dos ensaios a realizar.

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9.1.2 Ensaios climáticos


Após a realização de cada um dos ensaios seguidamente indicados, o contador não deverá apresentar danos
visíveis ou alterações na informação apresentada e memorizada e deverá funcionar normalmente.

9.1.2.1 Ensaio de calor seco


O ensaio será realizado de acordo com a norma EN 60068-2-2. Aplicam-se as condições definidas na secção 6.3.2
da norma EN 50470-1.

9.1.2.2 Ensaio de frio


O ensaio será realizado de acordo com a norma EN 60068-2-1. Aplicam-se as condições definidas na secção 6.3.3
da norma EN 50470-1, para o caso de contadores de interior.

9.1.2.3 Ensaio cíclico de calor húmido


O ensaio será realizado de acordo com a norma EN 60068-2-30. Aplicam-se as condições definidas na secção 6.3.4
da norma EN 50470-1.

O limite superior da temperatura de ensaio é o definido na secção 6.3.4 da norma EN 50470-1, para o caso de
contadores de interior.

9.1.3 Ensaios mecânicos

9.1.3.1 Verificação da robustez mecânica da caixa do contador e da tampa da placa de terminais


O ensaio será realizado de acordo com a norma EN 60068-2-75. Aplicam-se as condições e os critérios definidos
na secção 5.2.2.1 da norma EN 50470-1.

9.1.3.2 Verificação da resistência aos choques mecânicos


O ensaio será realizado de acordo com a norma EN 60068-2-27. Aplicam-se as condições e os critérios definidos
na secção 5.2.2.2 da norma EN 50470-1.

9.1.3.3 Verificação da resistência às vibrações mecânicas


O ensaio será realizado de acordo com a norma EN 60068-2-6. Aplicam-se as condições e os critérios definidos na
secção 5.2.2.3 da norma EN 50470-1.

9.1.3.4 Verificação do índice de proteção à penetração de poeiras e de água


O ensaio será realizado conforme a norma EN 60529. Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção
5.9 da norma EN 50470-1, para o caso de contadores de interior (IP 51).

9.1.3.5 Verificação da resistência ao calor e à propagação da chama


O ensaio será realizado de acordo com as normas EN 60695-2-10 e EN 60695-2-11. Aplicam-se as condições e os
critérios definidos na secção 5.8 da norma EN 50470-1.

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9.1.4 Ensaios dielétricos

9.1.4.1 Condições gerais de ensaio


Os ensaios devem ser realizados apenas sobre um contador completo, com a tampa do contador (excepto nos
casos referidos no seguimento) e tampa de terminais colocadas e com os parafusos de aperto dos condutores na
posição correspondente ao aperto do condutor da maior secção admitida pelos terminais.

Os procedimentos dos ensaios a realizar são os indicados na norma HD 588.1 S1.

O ensaio à onda de choque deverá ser realizado antes do ensaio de tensão alternada à frequência industrial.

Aplicam-se, na íntegra, as restantes condições definidas na secção 7.3.2 da norma EN 50470-1.

9.1.4.2 Ensaio à onda de choque 1,2/50 µs


Aplicam-se as condições e os critérios definidos nas secções 7.3.3.1, 7.3.3.2 e 7.3.3.3 da norma EN 50470-1.
O valor da tensão de ensaio é de 6 kV (tabela 5, secção 5.6 da norma EN 50470-1).

9.1.4.3 Ensaio de tensão alternada à frequência industrial de 50 Hz


Aplicam-se as condições e os critérios definidos na tabela 3, secção 7.2 da norma EN 50470-3, para o caso de
contadores com caixa isolante de classe de proteção II.

O valor da tensão de ensaio é de 4 kV e de 2 kV, aplicada nos pontos definidos nessa tabela.

9.1.5 Ensaios de compatibilidade eletromagnética (EMC)

9.1.5.1 Condições gerais de ensaio


Para todos estes ensaios, e excepto se especificado em contrário, o contador deverá estar na sua posição normal
de operação, com as tampas da caixa e da placa de terminais colocadas. Todas as partes destinadas a serem
ligadas à terra, deverão sê-lo.

Após a realização destes ensaios, o contador não deverá apresentar danos e deverá funcionar tal como
especificado nas normas de referência.

Aplicam-se as condições indicadas nas secções 7.4.2 e 7.4.3 da norma EN 50470-1

9.1.5.2 Ensaio de imunidade às descargas eletrostáticas


O ensaio será realizado de acordo com a norma EN 61000-4-2.
Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 7.4.5 da norma EN 50470-1.

9.1.5.3 Ensaio de imunidade aos campos eletromagnéticos radiados de RF


O ensaio será realizado de acordo com a norma EN 61000-4-3.
Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 7.4.6 da norma EN 50470-1.
Deverão ser efetuadas as verificações indicadas na secção 8.7.7.12 da norma EN 50470-3.

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9.1.5.4 Ensaio de imunidade ao transitório elétrico rápido


O ensaio será realizado de acordo com a norma EN 61000-4-4.
Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 7.4.7 da norma EN 50470-1.
Deverão ser efetuadas as verificações indicadas na secção 8.7.7.14 da norma EN 50470-3.

9.1.5.5 Ensaio de imunidade às perturbações conduzidas, induzidas por campos de RF


O ensaio será realizado de acordo com a norma EN 61000-4-6.
Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 7.4.8 da norma EN 50470-1.
Deverão ser efetuadas as verificações indicadas na secção 8.7.7.15 da norma EN 50470-3.

9.1.5.6 Ensaio de imunidade às ondas de choque


O ensaio será realizado de acordo com a norma EN 61000-4-5.
Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 7.4.9 da norma EN 50470-1.

9.1.5.7 Perturbações radioelétricas


O ensaio será realizado de acordo com a norma EN 55022.
Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 7.4.13 da norma EN 50470-1.

9.1.5.8 Ensaio de imunidade às cavas e interrupções de tensão de curta duração


O ensaio será realizado de acordo com a norma EN 61000-4-11.
Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 7.4.4 da norma EN 50470-1.

9.1.5.9 Ensaio de imunidade a campos magnéticos permanentes, de origem externa


Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 7.4.11 da norma EN 50470-1.
Deverão ser efetuadas as verificações indicadas na secção 8.7.7.10 da norma EN 50470-3.

9.1.5.10 Ensaio de imunidade a campos magnéticos à frequência da rede elétrica, de origem externa
O ensaio será realizado de acordo com a norma EN 61000-4-8.
Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 7.4.12 da norma EN 50470-1.
Deverão ser efetuadas as verificações indicadas na secção 8.7.7.11 da norma EN 50470-3.

9.1.6 Ensaios dos requisitos elétricos

9.1.6.1 Aquecimento
Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 7.2 da norma EN 50470-1.

9.1.6.2 Consumo dos circuitos


O ensaio de verificação do consumo próprio dos circuitos de tensão e de corrente do contador é realizado, para
cada circuito de tensão e de corrente, nas condições indicadas na secção 7.1 da norma EN 50470-3.

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Os resultados dos ensaios não devem exceder os valores indicados na tabela 1 da secção 7.1.2 da norma
EN 50470-3, no caso dos circuitos de tensão, e na tabela 2 da secção 7.1.3 da norma EN 50470-3, no caso dos
circuitos de corrente.

9.1.7 Ensaios de exatidão

9.1.7.1 Condições gerais de ensaio


Aplicam-se as condições gerais de ensaio indicadas na secção 8.7.1 da norma EN 50470-3.

9.1.7.2 Ensaio de exatidão nas condições de referência


Aplica-se o definido na secção 8.7.9.3 da norma EN 50470-3.

9.1.7.3 Ensaio de repetibilidade


Aplica-se o definido na secção 8.7.4 da norma EN 50470-3.

9.1.7.4 Verificação da constante do contador


Aplica-se o definido na secção 8.7.10 da norma EN 50470-3.

9.1.7.5 Arranque e marcha em vazio do contador

9.1.7.5.1 Condições gerais de ensaio


Aplicam-se as condições gerais de ensaio indicadas na secção 8.7.9.1 da norma EN 50470-3.

9.1.7.5.2 Arranque do contador


Deverá ser efetuado um ensaio de arranque inicial do contador, de acordo com o definido na secção 8.7.9.2 da
norma EN 50470-3.

Após o ensaio de marcha em vazio descrito na secção 9.1.7.5.3 seguinte, deverá ser efetuado o ensaio de
arranque do contador descrito na secção 8.7.9.4 da norma EN 50470-3, de acordo com os requisitos aplicáveis
(tabela 15 da secção 8.7.9.4 da norma EN 50470-3).

Caso o contador tenha a possibilidade de medir energia em ambas as direcções (+A e –A), o ensaio de arranque
deverá ser efetuado nas duas situações.

9.1.7.5.3 Marcha em vazio


Aplica-se o definido na secção 8.7.9.3 da norma EN 50470-3.

9.1.7.6 Ensaio de verificação dos efeitos das grandezas de influência


Aplica-se o definido na secção 8.7.5 da norma EN 50470-3.

9.1.7.7 Ensaios de exatidão do relógio do contador


Aplica-se o definido na norma EN 62054-21, nomeadamente no relativo às secções 7.5.2.3.3.1, 7.5.2.3.3.2,
7.5.2.3.3.3 e 7.5.3.2.

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9.1.8 Ensaios de verificação dos efeitos das perturbações de longa duração

9.1.8.1 Condições gerais de ensaio


Aplicam-se as condições gerais de ensaio indicadas na secção 8.7.7.1 da norma EN 50470-3.

9.1.8.2 Influência do aquecimento próprio


Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 8.7.7.5 da norma EN 50470-3.

9.1.8.3 Influência das sobreintensidades de curta duração


Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 8.7.8 da norma EN 50470-3, para o caso dos contadores
de ligação direta.

9.1.8.4 Influência da variação da tensão


Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 8.7.7.2 da norma EN 50470-3.

9.1.8.5 Influência do erro na ligação (troca de fases)


Este ensaio só é aplicável a contadores trifásicos.
Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 8.7.7.3 da norma EN 50470-3.

9.1.8.6 Influência do desequilíbrio de tensões


Este ensaio só é aplicável a contadores trifásicos com três elementos de medição.
Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 8.7.7.4 da norma EN 50470-3.

9.1.8.7 Verificação da exatidão na presença de harmónicas


Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 8.7.7.7 da norma EN 50470-3.

9.1.8.8 Influência da presença de harmónicas ímpares e de sub-harmónicas no circuito de corrente


alternada
Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 8.7.7.9 da norma EN 50470-3.

9.1.8.9 Influência da presença de corrente contínua e de harmónicas pares no circuito de corrente


alternada
Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 8.7.7.8 da norma EN 50470-3.

9.1.8.10 Influência do funcionamento de dispositivos auxiliares


Este ensaio só é aplicável a contadores que disponham de dispositivos auxiliares no interior da caixa do contador.
Aplicam-se as condições e os critérios definidos na secção 8.7.7.13 da norma EN 50470-3.

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9.2 Ensaios de série


De modo a assegurar a conformidade dos requisitos aplicáveis, os contadores devem ser submetidos a um
conjunto de ensaios e verificações finais ou em curso de produção, os quais devem incluir obrigatoriamente:
— inspeção visual;
— ensaio de tensão alternada à frequência industrial de 50 Hz;
— ensaio de arranque do contador;
— ensaio de marcha em vazio do contador;
— ensaio de verificação da constante do contador;
— ensaios de verificação dos erros de medida do contador devido à variação da carga;
— ensaios de verificação das funcionalidades do contador.

Sem prejuízo da realização destes ensaios, a calibração dos contadores deve ser efetuada e confirmada em
laboratório qualificado para o efeito, nomeadamente, quando, por imperativos legais, devam satisfazer
regulamentação metrológica aplicável.

9.2.1 Inspeção visual


Este ensaio consiste na análise visual dos contadores, com o objetivo de verificar o seu aspeto geral e a
conformidade da informação a apresentar no visor.

9.2.2 Ensaio de tensão alternada à frequência industrial de 50 Hz


Ensaio a realizar de acordo com o especificado na secção 9.1.4.3 deste documento.

9.2.3 Ensaio de arranque do contador


Ensaio a realizar de acordo com o especificado na secção 9.1.7.5.2 deste documento.

9.2.4 Ensaio de marcha em vazio do contador


Ensaio a realizar de acordo com o especificado na secção 9.1.7.5.3 deste documento.

9.2.5 Ensaio de verificação da constante do contador


Ensaio a realizar de acordo com o especificado na secção 9.1.7.4 deste documento.

9.2.6 Ensaios de verificação dos erros de medida do contador devido à variação de carga
Ensaio a realizar de acordo com o especificado na secção 8.1 da norma EN 50470-3.

9.2.7 Ensaios de verificação das funcionalidades do contador


Estes ensaios destinam-se a verificar as funcionalidades implementadas nos contadores e definidas na respetiva
especificação funcional (documento DEF-C44-503).

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9.3 Ensaios de receção


Os ensaios de receção serão realizados de acordo com o definido no documento DPE-C44-501.

No âmbito dos ensaios de receção a realizar aos contadores, e por decisão da EDP, poderão ser retiradas
amostras dos contadores rececionados para realização de ensaios de exatidão do relógio do contador, segundo o
definido na norma EN 62054-21.

Os resultados desses ensaios poderão ser considerados relevantes para efeitos da decisão de aceitação, ou não
aceitação, dos contadores rececionados.

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ANEXO A
PLANO DE ENSAIOS DE TIPO
- Sequência dos ensaios a realizar -
(Informativo)

Secção do presente
N.º Ensaio
documento

1 Ensaios dielétricos

1.1 Ensaio à onda de choque 1,2/50 µs 9.1.4.2

1.2 Ensaio de tensão alternada à frequência industrial de 50 Hz 9.1.4.3

2 Ensaios de exatidão

2.1 Ensaio de exatidão nas condições de referência 9.1.7.2

2.2 Ensaio de repetibilidade 9.1.7.3

2.3 Verificação da constante do contador 9.1.7.4

2.4 Arranque e marcha em vazio do contador 9.1.7.5

2.5 Ensaio de verificação do efeito das grandezas de influência 9.1.7.6

2.6 Ensaios de exatidão do relógio do contador 9.1.7.7

3 Ensaios de verificação do efeito das perturbações de longa duração

3.1 Ensaio de influência da variação da tensão 9.1.8.4

3.2 Ensaio de influência do erro na ligação (troca de fases) 9.1.8.5

3.3 Ensaio de influência do desequilíbrio de tensões 9.1.8.6

3.4 Ensaio de influência das sobreintensidades de curta duração 9.1.8.3

3.5 Ensaio de influência do aquecimento próprio do contador 9.1.8.2

3.6 Ensaio de verificação da exatidão na presença de harmónicas 9.1.8.7


3.7 Ensaio de influência da presença de harmónicas ímpares e de sub-harmónicas no 9.1.8.8
circuito de corrente alternada
3.8 Ensaio de influência da presença de corrente contínua e harmónicas pares no circuito 9.1.8.9
de corrente alternada

3.9 Ensaio de influência do funcionamento de dispositivos auxiliares 9.1.8.10

4 Ensaios dos requisitos elétricos

4.1 Consumo dos circuitos 9.1.6.2

4.2 Aquecimento 9.1.6.1

- Continua -

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- Continuação do anexo A -

Secção do presente
N.º Ensaio
documento
5 Ensaios de compatibilidade eletromagnética (EMC)

5.1 Imunidade a cavas e interrupções da tensão de curta duração 9.1.5.8

5.2 Perturbações radioelétricas 9.1.5.7

5.3 Imunidade ao transitório elétrico rápido 9.1.5.4

5.4 Imunidade aos campos eletromagnéticos radiados de RF 9.1.5.3

5.5 Imunidade às perturbações conduzidas, induzidas por campos de RF 9.1.5.5

5.6 Imunidade às descargas eletrostáticas 9.1.5.2

5.7 Imunidade às ondas de choque 9.1.5.6

5.8 Imunidade a campos magnéticos à frequência da rede elétrica de origem externa 9.1.5.10

5.9 Imunidade a campos magnéticos permanentes de origem externa 9.1.5.9

6 Ensaios climáticos

6.1 Calor seco 9.1.2.1

6.2 Frio 9.1.2.2

6.3 Calor húmido (cíclico) 9.1.2.3

7 Ensaios mecânicos

7.1 Vibrações 9.1.3.3

7.2 Choques 9.1.3.2

7.3 Robustez da caixa do contador e tampa da placa de terminais 9.1.3.1

7.4 Índice de proteção à penetração de poeiras e água 9.1.3.4

7.5 Resistência ao calor e à propagação de chama 9.1.3.5

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ANEXO B
ESQUEMA DE LIGAÇÕES ELÉTRICAS DOS CONTADORES

(Normativo)

1 2 3 4 5 6

Contador trifásico de ligação direta

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

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ANEXO C
DIMENSÕES DOS CONTADORES
(valores máximos expressos em mm)

(Normativo)

Vista de topo Vista de perfil


235

145 110

Solução Monofásica

Vista de topo Vista de perfil


330

190 130

Solução Trifásica

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ANEXO D
QUADRO PARA VALIDAÇÃO DA CONFORMIDADE TÉCNICA
(Normativo)

Fornecedor:
Fabricante:
Modelo/versão de software:
Referência fabricante:
Referência EDP:

Validação Valorização
Normativo (N)/
Secção Requisito pelo (*) (min-1 a
Opcional (O )
fornecedor max-5)
6.1 Aprovação de modelo N NA(**)
7 Lista de componentes (***) N NA
7.1.3.2 Tampa transparente O 2
7.1.4 Visor retro-iluminado O 3
7.1.7 Saída de controlo de cargas O 4
7.1.7.3 Porta RS232 N NA
7.1.8 Porta ótica N NA
7.6 Software N NA
7.7 Cálculos de MTBF N NA
7.7 Histórico de utilização N NA
7.8 Sistema de complemento à alimentação de recurso O 5
7.10 RTC - características gerais N NA
7.10 RTC - sistema de compensação do desvio de frequência
O 5
do oscilador com a variação da temperatura
8.1 Placa de características N NA
9.1 Ensaios de tipo N NA
9.2 Ensaios de série N NA
Anexo B Esquema de ligações N NA
Anexo C Dimensões dos contadores N NA
Anexo E Validação de código de barras N NA
Notas:
(*) Mérito técnico = ∑ opcionais valorizados.
(**) NA – não aplicável.
(***) No que respeita aos componente “críticos” - processador(es), relógio, oscilador, memória, display, sistema de
alimentação de recurso e fonte de alimentação DC – pretende-se a indicação da marca, modelo e referência dos
mesmos.

DATA:
RESPONSÁVEL PELO PREENCHIMENTO: NOME:
CONTACTO:
E-MAIL:
ASSINATURA:

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ANEXO E
CÓDIGO DE BARRAS - CODIFICAÇÃO

(Normativo)

Codificação: "Code 128"

Estrutura do código de barras (total de 22 dígitos): Setor de atividade EDP[2] + Código de material EDP[6] +
Código de fabricante EDP[3] + Código de propriedade EDP[1] + Número série do equipamento [10]

Onde os campos "Setor de atividade EDP[2]", "Código de material EDP[6]", "Código de fabricante EDP[3]" e
"Código de propriedade EDP[1]" são definidos pela EDP para cada tipo de equipamento e fabricante.

Setor:01 (Electricidade)

Cód. Material:
Código de 6 dígitos (EDP) que identifica o material.

Marca:
É o código de 3 dígitos (EDP) que identifica o Fabricante.

Propriedade: 0 (define que é propriedade EDP)

Cód. Livre de fornecedor:


Código com um máximo de 10 carateres, seleccionado pelo fabricante, com a condição de ser irrepetível

Junto do código de barras deverá ser também gravado o código alfanumérico correspondente ao mesmo.

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