Literacia
Literacia
Literacia
CELINA TENREIRO-VIEIRA
Universidade de Aveiro
Introdução
Hoje é amplamente aceite o carácter crucial e imprescindível da intervenção
da escola na promoção da literacia científica e matemática das crianças e jovens para
que todos os cidadãos possam participar activa e adequadamente no planeamento
e resolução de problemas e necessidades pessoais, profissionais e sociais, de forma
que viabilize o desenvolvimento de modos de vida produtivos, mais justos e demo-
cráticos. Com efeito, documentos de referência internacional, de que é exemplo o
relatório Science education now: a renewed pedagogy for the future of Europe (Rocard
et al., 2007), têm aturadamente frisado a necessidade de uma educação em ciências,
tecnologia e matemática capaz de desenvolver ideias e maneiras científicas de pensar
e de reforçar a uma cultura baseada em pensamento racional de modo que habilite
cada cidadão a viver e trabalhar numa sociedade do conhecimento.
A necessidade de promover, de forma eficaz, uma formação geral dos cidadãos
no domínio da ciência e da matemática numa perspectiva de literacia reflectiu-se e
continua a reflectir-se em revisões curriculares. De entre as propostas curriculares
para o ensino das ciências numa perspectiva de literacia, destaca-se o Project 2061:
science for all americans (Ciência para todos) (Rutherford; Ahlgren, 1990) e do-
cumentos subsequentes: Benchmarks for science literacy (American Association for
Com efeito, o referencial aqui apresentado pode ser usado para ajudar
professores e futuros professores de ciências e de matemática a desenvolver visões
mais amplas acerca da literacia científica, literacia matemática e pensamento crítico,
apropriando-se compreensivamente de referenciais teóricos, essenciais para a acção
sistemática e intencional, com o propósito explícito de promover a literacia crítica
dos alunos. Esse referencial configura-se como um suporte ao desenvolvimento de
materiais didácticos e de práticas pedagógico-didácticas promotoras da literacia
crítica, porquanto apoia na selecção e operacionalização de actividades e estratégias
de ensino e de aprendizagem para os alunos mobilizarem grandes ideias e expli-
cações matemáticas e científicas, disposições e capacidades de pensamento crítico,
explícitas naquele referencial, na tomada de decisão, na resolução de problemas
pessoais, profissionais e sociais e na intervenção racional e esclarecida.
Literacia científica
No decurso do desenvolvimento do conceito de literacia científica, dife-
rentes posições, interpretações e definições têm sido propostas. O trabalho de
Pella, O’Hearn e Gale (1966 apud Laugksch, 2000) representa uma das primeiras
tentativas de introduzir uma base empírica para a definição de literacia científica.
Esses autores, com base em uma revisão de artigos, concluíram que os atributos
privilegiados incluíam a compreensão da(s): (1) inter-relações ciência-sociedade;
(2) dimensão ética do trabalho dos cientistas; (3) natureza da ciência; (4) diferen-
ças entre a ciência e a tecnologia; e (5) inter-relações ciência-humanidades e de
conceitos científicos base.
No quadro da clarificação do conceito de literacia científica, outra das ten-
tativas pioneiras é atribuída a Shen (1975 apud idem). O autor sugeriu, de forma
pragmática, três categorias de literacia científica:
1. Literacia científica prática: conhecimento científico útil para viver nas so-
ciedades modernas (para, por exemplo, resolver problemas práticos relacio-
nados com a saúde e com a alimentação);
2. Literacia científica cívica: conhecimento útil para os cidadãos se envolve-
rem no processo de tomada de decisão sobre questões públicas relacionadas
A revisão conceptual e empírica feita por Miller (1983 apud idem) foi mar-
cante no campo da literacia científica, porquanto não só propôs uma definição
multidimensional como procurou estabelecer critérios úteis de avaliação da literacia
científica. Na perspectiva de Miller, a literacia científica funcional devia ser vista
como o nível de compreensão da ciência e da tecnologia necessário para funcionar
minimamente como cidadão e como consumidor numa sociedade democrática de
cariz científico-tecnológico. Nesse quadro, para o autor, a literacia científica envolve
três dimensões relacionadas: a compreensão de normas e do processo de investigação
científica (isto é, a natureza da ciência), a compreensão de termos e conceitos base da
ciência (isto é, o conteúdo da ciência) e a consciencialização do impacto da ciência
e da tecnologia na sociedade (isto é, questões de política científica).
Na explicitação da sua perspectiva sobre a literacia científica, Arons (1983
apud idem) enfatiza as capacidades de pensamento que a pessoa cientificamente
literada deve possuir para resolver problemas e tomar decisões na sua vida pessoal,
cívica e profissional. Tais capacidades envolvem: reconhecer que os conceitos cien-
tíficos são produto da inteligência e criatividade humanas; distinguir observação
de inferência; formular e testar hipóteses e formular e responder a questões como:
“Por que acreditamos?”, “Como sabemos?”, “Qual é a evidência para […]?”.
Uma posição teórica que gerou controvérsia entre os defensores da tese de que
a meta primeira da educação em ciências deve ser o promover a literacia científica
foi proposta por Shamos (1995). Para o autor, não é verosímil que um indivíduo
educado seja totalmente iliterado em ciências; todos têm alguma ideia acerca da
ciência, não obstante o facto de tais ideias poderem ser ingénuas. Considerando
ser uma supersimplificação assumir que um indivíduo é literado ou iliterado em
ciências, o autor defende que o conceito de literacia científica deve ser encarado
segundo três níveis de literacia de complexidade crescente.
O primeiro, designado por literacia científica cultural, envolve o conheci-
mento do léxico e do conteúdo da ciência que permite acompanhar a divulgação da
ciência e debates que ocorrem na sociedade. Traduz, na perspectiva do autor, uma
posição passiva dos indivíduos perante a ciência. O segundo nível, literacia científica
funcional, é de cariz activo, pois requer que os indivíduos, para além de conhecerem
vocabulário científico, sejam também capazes de ler, escrever e comunicar com os
outros sobre assuntos públicos que envolvem a ciência. O terceiro nível, a literacia
científica verdadeira, exige que os indivíduos conheçam como se gerou o próprio
conhecimento científico e por que é amplamente aceite. A esse nível, o indivíduo
deve, ainda, usar capacidades e atitudes científicas.
O NRC (1996, p. 22, tradução nossa), no documento National science e ducation
standards, explicita o que deve entender-se por literacia científica: “conhecimento
Literacia matemática
Uma das primeiras definições do termo numeracia surgiu no relatório C ockcroft
(1982 apud Steen et al., 2001), sob a responsabilidade do governo britânico, sobre o
ensino da matemática. No âmbito desse relatório, o termo “numeracia” implica dois
atributos. O primeiro envolve ter à vontade com os números e usar capacidades e
atitudes, bem como aplicar conhecimentos matemáticos que permitem a um in-
divíduo lidar com as exigências práticas da vida quotidiana. O segundo representa
a disposição para valorizar e a aptidão para compreender informação apresentada
em termos matemáticos.
No contexto da “National Numeracy Strategy” (“United Kingdom national
literacy and numeracy strategies”, Fullan; Earl, 2002) – iniciativa centralmente
concebida e desenvolvida no quadro dos recentes esforços de reforma do sistema
educativo inglês –, a numeracia é entendida como uma competência que envolve
compreensão do sistema de numeração, domínio de técnicas de cálculo e confiança
e à vontade com os números e com medidas. A numeracia também envolve com-
preensão sobre o como a informação é recolhida e apresentada, bem como disposição
e capacidade para resolver problemas numa variedade de contextos.
No âmbito do “Project Numeracy” (“The algebraic nature of student’s numerical
manipulation in the New Zealand numeracy project”, Irwin; Britt, 2005) – programa
introduzido na matemática pelo ministro da educação da Nova Zelândia e destinado
a alunos dos 5 aos 14 anos de idade –, a numeracia é encarada como uma abordagem
flexível à resolução de problemas, baseada na compreensão das operações envolvidas
na resolução destes. Nesse sentido, um dos propósitos do projecto prende-se com o
promover, nos alunos, o sentido do número e das operações. Assim, as experiências
de aprendizagem preconizadas envolvem, por exemplo, planear e testar diferentes
estratégias na resolução de problemas aritméticos; modelar e resolver problemas
usando diversas ferramentas algébricas.
Reportando-se ao trabalho e investigação desenvolvida no King’s College,
Brown (2000) explicita que o termo “numeracia” é definido como a capacidade de
processar, comunicar e interpretar informação numérica numa variedade de contex-
tos. Zevenbergen (2004) usa também o termo “numeracia” perspectivando-o como
conhecimento prático e disposição para usar a matemática em múltiplos contextos.
com a matemática e, depois, resolva o problema. Essas três dimensões são de dife-
rente natureza. As situações ou contextos definem as áreas de problemas do mundo
real. Por seu turno, as grandes ideias reflectem a maneira segundo a qual se olha
para o mundo com “óculos matemáticos”. A dimensão das competências constitui
o âmago da literacia matemática; são elas:
Pensamento crítico
O trabalho realizado, por diferentes autores, procurando circunscrever a
natureza particular do pensamento crítico, conduziu (e continua a conduzir) a uma
multitude de perspectivas e conceptualizações.
McPeck (1981, 1990) associa pensamento crítico e cepticismo. O autor define
pensamento crítico como “o uso apropriado de cepticismo reflexivo no âmbito de
um problema de determinada área em consideração” (McPeck, 1990, p. 9, tradução
nossa). Para ele, as áreas de problemas são as disciplinas, e o pensamento pode apenas
ser julgado pelas normas particulares de uma disciplina. O recurso a um cepticismo
reflexivo visa estabelecer razões apropriadas em virtude de normas epistemológicas.
Na visão de McPeck, sobressai, portanto, uma dimensão normativa da área de saber
em causa como definidora do pensar de forma crítica. Assim sendo, o pensamento
crítico varia necessariamente de domínio para domínio e não pode ser perspecti-
vado como um conjunto de capacidades gerais transferíveis para qualquer contexto.
Segundo Ennis (1985), a expressão “pensamento crítico” é geralmente usa-
da querendo significar uma actividade prática e reflexiva, cuja meta é uma crença
ou uma acção sensata. Para o autor, há cinco termos-chave – “prática”, “reflexiva”,
“sensata”, “crença” e “acção” – que se podem combinar na seguinte definição: “O
pensamento crítico é uma forma de pensamento racional, reflexivo, focado no decidir
em que acreditar ou o que fazer” (idem, p. 46, tradução nossa).
Assim definido, o pensamento crítico envolve tanto disposições, que dizem
respeito aos aspectos mais afectivos, como capacidades, que se referem aos aspectos
mais cognitivos. O conjunto de disposições de pensamento crítico traduz o que o
autor designa por espírito crítico, isto é, uma tendência, compromisso ou inclina-
ção para agir de forma crítica. Incluem: procurar estar bem informado, utilizar e
mencionar fontes credíveis, procurar razões, procurar alternativas, ter abertura de
espírito e procurar tanta precisão quanta o assunto o permitir.
As capacidades de pensamento crítico listadas por Ennis (1987, 1996), na
sua definição operacional de pensamento crítico, estão organizadas em cinco áreas:
clarificação elementar, suporte básico, inferência e clarificação elaborada e uma área
de estratégias e tácticas. Cada uma dessas áreas inclui um compósito de capacidades
de pensamento crítico agrupadas em diferentes categorias interdependentes.
A área de clarificação elementar integra as capacidades de pensamento crí-
tico: focar uma questão; fazer e responder a questões de clarificação e/ou desafio; e
analisar argumentos. Cada uma dessas capacidades inclui várias capacidades. Assim,
por exemplo, “analisar argumentos” envolve: identificar conclusões; identificar as
razões enunciadas; identificar as razões não enunciadas; e resumir. A área de suporte
básico inclui as capacidades de pensamento crítico: avaliar a credibilidade de uma
fonte; e fazer e avaliar observações. A área de inferência compreende três capaci-
crenças e acções responsáveis. Tal implica uma reflexão sobre a relevância e ade-
quação de princípios do pensamento que estão a ser usados num caso particular.
Lipman (1991) foca a sua concepção de pensamento crítico na noção de
julgamento, definindo o pensamento crítico como pensamento que facilita o jul-
gamento porque se baseia em critérios. Os critérios são entendidos como as razões
que suportam a objectividade de um juízo. Em virtude do domínio do saber em
causa, poder-se-ão considerar como critérios apropriados, por exemplo, a utilidade,
a segurança, a beleza, a coerência e/ou a pertinência.
Na perspectiva do autor, o desenvolvimento do pensamento crítico exige o
uso de capacidades de pensamento ligadas aos processos de investigação, raciocí-
nio, organização e transposição de informação. Tais capacidades de pensamento
incluem: formular conceitos de forma precisa; operacionalizar conceitos; construir
definições para palavras familiares; formular questões; exemplificar; reconhecer
falácias; identificar e usar critérios (para, por exemplo, construir definições e para
fazer juízos de valor); reconhecer consistências e contradições; identificar assunções;
fornecer razões; fazer inferências; formular alternativas; analisar valores e considerar
diferentes perspectivas.
A ideia de que o pensamento crítico envolve várias dimensões, designada-
mente uma dimensão normativa, é comum a outros autores. Para Paul (1993, 2005),
o pensamento crítico é uma forma de pensamento disciplinado e autodirigido, em
que o pensador crítico sistemática e intencionalmente: desenvolve atitudes; toma
consciência dos processos de pensamento; impõe critérios intelectuais ao pensa-
mento; e avalia a eficácia do processo de pensamento tendo em conta o propósito
e os critérios intelectuais.
Essa visão sobre o pensamento crítico releva três dimensões inter-relacionadas:
atitudes, normas e processos de pensamento. A dimensão das atitudes ou valores
intelectuais diz respeito aos traços de carácter necessários à acção enraizada na
lógica e na razão e incluem: a humildade intelectual; a coragem intelectual; a
empatia intelectual; a integridade intelectual; a perseverança intelectual; a con-
fiança nas razões e a imparcialidade ou equidade. A dimensão normativa inclui
critérios fundamentais considerados indispensáveis para o uso eficaz dos processos
do pensamento, tais como: clareza, exactidão, precisão, relevância, profundidade
e consistência. A dimensão dos processos de pensamento inclui: propósito ou
meta; questão ou problema a resolver; ponto de vista, perspectiva ou quadro de
referência; dados, informação e evidência; conceitos e ideias; assunções; implica-
ções e consequências; e inferências.
Na perspectiva de Halpern (1996), o pensamento crítico é o uso das capaci-
dades ou processos cognitivos que aumentam a probabilidade de se obter resultados
desejáveis. Assim, o pensamento crítico é intencional, racional e dirigido para uma
meta, podendo essa meta ser a resolução de um problema ou uma tomada de decisão.
O pensamento crítico também envolve avaliação, pois, quando se pensa criticamen-
te, está-se a avaliar os resultados do processo de pensamento, isto é, quanto boa é
uma decisão ou quanto bem foi um problema resolvido. Nesse quadro, o tipo de
Dimensão: Conteúdo
Literacia Científica Literacia Matemática Pensamento Crítico
– termos/vocabulário e conceitos base; – termos/vocabulário, conceitos, – termos/vocabulário (por exemplo,
– grandes ideias e explicações operações e relações; condições necessárias e suficientes;
científicas; – sentido do número; correlação e causa; hipótese);
– normas e processos de – sentido do símbolo; – conhecimento conceptual e
investigação científica; – ideias importantes (conexões); axiológico do domínio subjacente à
– modo como se desenvolve a – natureza da matemática; questão ou problema sobre o qual
actividade científica; – história da matemática; incide o pensar de forma crítica.
– natureza do conhecimento – papel da matemática na
científico; investigação científica, nos avanços
– natureza do trabalho dos cientistas, tecnológicos e na compreensão de
incluindo a dimensão ética; assuntos do domínio público.
– inter-relações ciência/tecnologia/
sociedade, incluindo o papel
dos cientistas na sociedade e em
processos de tomada de decisão;
– relações ciência/matemática;
– história da ciência.
(continua...)
(...continuação)
(...continuação)
Pensamento
Crítico
Literacia Literacia
Matemática Científica
Disposições/atitudes:
abertura de espírito;
Capacidades/processos:
imparcialidade; integridade
analisar e avaliar informação,
intelectual; perseverança; respeito
evidência e argumentos; formular
pela evidência; apreciação e gosto
e testar hipóteses e conjecturas; tirar e
pela ciência.
avaliar conclusões; fazer e avaliar generalizações;
fazer e avaliar juízos de valor; argumentar;
comunicar; avaliar cursos de acção.
SABERES EM ACÇÃO
RESOLUÇÃO
DE PROBLEMAS
PARTICIPAÇÃO
...
SOCIETAIS TOMADA DE EM DEBATES
DECISÃO E PÚBLICOS
ESCOLHAS SOBRE
RACIONAIS QUESTÕES
SOCIETAIS
Figura 1 – Esquema-síntese conceptual acerca da literacia científica, literacia matemática e pensamento crítico.
Fonte: Elaboração dos autores.
Considerações finais
No mundo contemporâneo, e em particular nas sociedades democráticas, a
literacia científica, a literacia matemática e o pensamento crítico afiguram-se como
cruciais para a autonomia e qualidade de vida de cada pessoa, para o desenvolvimento
do país, assim como para fomentar a responsabilidade social e melhorar a participação
dos cidadãos na tomada de decisões e na resolução de problemas de âmbito local,
regional, nacional ou mundial.
De facto, em muitos países, defende-se e preconiza-se, hoje, que o ensino das
ciências e da matemática nos ensinos básico e secundário deve reger-se por princípios
que promovam o pensamento crítico, a literacia científica e a literacia matemática de
todos os alunos. Promover a literacia de todas as pessoas é, desde logo, incompatível
com a finalidade exclusivamente propedêutica do ensino das ciências; isto é, com uma
ciência escolar relevante só para prosseguimento de estudos e carreiras científicas.
Nessa linha, equacionam-se finalidades da educação em ciências e em matemática
socialmente orientadas e mais centradas no aluno, uma vez que se trata de formar ci-
dadãos que, reconhecendo a ciência e a matemática como empreendimentos humanos
que fazem parte integrante da cultura, sejam capazes de mobilizar os saberes na vida
diária e no trabalho e de intervir socialmente, de forma crítica, nas tomadas de decisão.
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