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Departamento de Matemática – Universidade de Coimbra

Exercı́cios de Topologia e Análise Linear

A Considere uma famı́lia (Ai )i∈I de subconjuntos de um conjunto X e B ⊆ X.


[ [ \ \
1. Verifique que B ∩ Ai = (B ∩ Ai ) e que B ∪ Ai = (B ∪ Ai ).
i∈I i∈I i∈I i∈I
[ \
2. Mostre que se I = ∅, então Ai = ∅ e Ai = X.
i∈I i∈I

B Sejam A, B subconjuntos de X e C, D subconjuntos de Y .

1. Verifique que X \ (A ∪ B) = (X \ A) ∩ (X \ B) e que X \ (A ∩ B) = (X \ A) ∪ (X \ B).


2. Mostre que (A × C) ∩ (B × D) = (A ∩ B) × (C ∩ D).
3. Será que (A × C) ∪ (B × D) = (A ∪ B) × (C ∪ D)?
4. A partir das alı́neas (a) e (b), escreva (X × Y ) \ (A × C) como uma reunião de conjuntos.

C 1. Sejam (ai )i∈I e (bi )i∈I duas famı́lias de números reais. Mostre que

sup{ai | i ∈ I} + sup{bi | i ∈ I} ≥ sup{ai + bi | i ∈ I}.

2. Exiba um contra-exemplo que mostre que a desigualdade contrária não se verifica.


3. Sejam agora (an )n∈N e (bn )n∈N duas sucessões crescentes de números reais. Verifique que
neste caso
sup{an | n ∈ N} + sup{bn | n ∈ N} = sup{an + bn | n ∈ N}.

D A partir da desigualdade de Hölder:


n n n
X X X 1 1
| ai .bi | ≤ ( |ai |p )1/p .( |ai |q )1/q ; ai , bi ∈ R; p, q > 1 e + = 1;
i=1 i=1 i=1
p q

mostre a desigualdade de Minkowski:


n
X n
X n
X
p 1/p p 1/p
( |ai + bi | ) ≤( |ai | ) +( |bi |p )1/p ; ai , bi ∈ R; p ≥ 1.
i=1 i=1 i=1

E Mostre que, se X e Y são conjuntos e f : X → Y é uma aplicação, então, se A, A0 e Aj (j ∈ J)


são subconjuntos de X e B, B 0 e Bi (i ∈ I) são subconjuntos de Y ,

1. A ⊆ A0 ⇒ f (A) ⊆ f (A0 ); 2. B ⊆ B 0 ⇒ f −1 (B) ⊆ f −1 (B 0 );


3. A ⊆ f −1 (f (A)); 4. f (f −1 (B)) ⊆ B; 5. f −1 (Y \ B) = X \ f −1 (B);
[ [ \ \
6. f (X) \ f (A) ⊆ f (X \ A); 7. f ( Aj ) = f (Aj )); 8. f ( Aj ) ⊆ f (Aj );
j∈J j∈J j∈J j∈J

f −1 (Bi ); f −1 (Bi ).
[ [ \ \
9. f −1 ( Bi ) = 10. f −1 ( Bi ) =
i∈I i∈I i∈I i∈I
11. Apresente exemplos que mostrem que as inclusões das alı́neas 3, 4, 6 e 8 podem ser estritas;
12. Indique uma condição que permita substituir o sinal de inclusão – em 3, 4, 6 e 8 – pelo de
igualdade;
13. Mostre que na alı́nea 8 não se pode substituir f (X) por Y .
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 1

1. (a) Verifique se d : R2 −→ R é uma métrica em R:


i. (
0 se x = y
d(x, y) =
1 + |x − y| 6 y
se x =
ii. (
|x| + |y| se x 6= y
d(x, y) =
0 se x = y
iii. d(x, y) = |x2 − y 2 |
iv. d(x, y) = |x3 − y 3 |.
(b) Descreva as bolas abertas para cada uma das métricas da alı́nea anterior.

2. (a) Mostre que (Rn , dj ) é um espaço métrico para n, j ∈ N e dj : Rn × Rn −→ R definida por


n
X 1
dj (x, y) = ( |xi − yi |j ) j ,
i=1

com x = (xi )1≤i≤n e y = (yi )1≤i≤n .


(b) Averigue se d∞ , definida por d∞ (x, y) = lim dj (x, y), é uma métrica em Rn .

3. Represente geometricamente em R2 a bola aberta B1 (0, 0) para as métricas d1 , d2 e d∞ do


exercı́cio anterior.

4. Prove que (X, d) é um espaço métrico para todo o conjunto X e


d : X × X −→ R
(
0 se x = y
(x, y) 7−→
1 se x 6= y.

5. Sejam X um conjunto e d0 uma métrica em X. Verifique quais das funções d : X × X → R


definidas em seguida são métricas em X:

(a) d(x, y) = k d0 (x, y) para algum número real não negativo k;


(b) d(x, y) = min{1, d0 (x, y)};
d0 (x,y)
(c) d(x, y) = 1+d0 (x,y) ;

(d) d(x, y) = (d0 (x, y))2 .

6. Seja X um espaço vectorial real. X diz-se um espaço vectorial normado se em X estiver definida
uma aplicação ||.|| : X → R+ , designada por norma, que verifique as seguintes condições para
todos os x, y ∈ X e α ∈ R:

N1) ||x|| = 0 se e só se x = 0;


N2) ||αx|| = |α|||x||;
N3) ||x + y|| ≤ ||x|| + ||y||.

(a) Prove que todo o espaço vectorial normado é um espaço métrico com a métrica definida
por d(x, y) = ||x − y||.
(b) Mostre que o recı́proco do resultado da alı́nea anterior não se verifica em geral, exibindo
um espaço métrico cuja métrica não seja induzida por nenhuma norma.
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 2

7. Seja d um métrica em X, para todo x, y ∈ X, d(x, y) ≤ 1. Consideremos a função s : X N ×X N →


R, com

X 1
s((xn )n , (yn )n ) = d(xn , yn ).
n=1
2n

Mostre que (X N , s) é um espaço métrico.

8. No conjunto das funções reais contı́nuas definidas em [0, 1] considere as métricas ρ do supremo
e σ do integral:
ρ(f, g) := sup{|f (x) − g(x)|; x ∈ [0, 1]},
Z 1
σ(f, g) := |f (x) − g(x)|dx.
0

(a) Calcule, para cada uma dessas métricas, d(sin x, cos x), d(x2 , x) e d(1 − x, x2 ).
(b) Sejam f : [0, 1] → R e g : [0, 1] → R definidas por f (x) = 0 e g(x) = x. Dê uma ideia
geométrica da região de R2 onde se situam os gráficos das funções que pertencem a B1 (f )
e a B1 (g) para a métrica ρ.
(c) Poderá dar uma ideia geométrica da região de R2 onde se situam os gráficos das funções
de B1 (f ) (ou de B1 (g)) para a métrica σ?

9. Sejam (X, d) um espaço métrico e x e y elementos de X.

(a) Prove que, se x e y forem distintos, existem bolas abertas disjuntas B e B 0 tais que x ∈ B
e y ∈ B0.
(b) Sejam r e s números reais positivos tais que Br (x) = Bs (y). Podemos então concluir que
x = y ou que r = s? Justifique.

10. Sejam (X, d) um espaço métrico e a um ponto de X. Mostre que:


\ ∞
\
(a) {a} = Br (a) = B 1 (a);
n
r>0 n=1
\ ∞
\
(b) Br [a] = Bs (a) = Br+ 1 (a).
n
s>r n=1

11. Seja (X, d) um espaço métrico.

(a) Mostre que uma bola fechada é sempre um conjunto fechado em X.


(b) Dê um exemplo que mostre que uma bola aberta pode ser um conjunto fechado.

12. Verifique quais dos seguintes subconjuntos de R são abertos ou fechados:

(a) N; (b) [1, 2[∪]2, 3[; (c) {0} ∪ {x; x2 > 2};
(d) Q; (e) [5, 7] ∪ {8}; (f) { n1 ; n ∈ N}.

13. Verifique se os seguintes conjuntos são abertos em R2 :

(a) ]0, 1[ × ]0, 1[; (b) [0, 1[ × ]0, 1[; (c) {(x, y) ∈ R2 | x 6= y}; (d) R2 \ N2 .
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 2

14. Sejam X ⊆ R e C(X, R) o espaço métrico das funções contı́nuas e limitadas, de X em R, munido
da métrica do supremo. Considere o subconjunto

A = {f : X → R | ∀x ∈ X f (x) > 0}

de C(X, R). Mostre que:

(a) se X = [0, 1], então A é aberto.


(b) se X =]0, 1], então A não é aberto.

15. Considere o conjunto X = [0, 1] e a métrica s do Exercı́cio 7 no conjunto das sucessões em X.


Verifique se o conjunto A = {(xn )n | ∀n xn > 0} é um conjunto aberto.

16. No conjunto das sucessões limitadas em R, L∞ (R), consideremos a norma dada por
||(xn )n || := sup{xn | n ∈ N}.

(a) Mostre que (L∞ (R), ||.||) é um espaço normado.


(b) Verifique se B = {(xn )n | ∃k, i xk > 1, xi < 0} é um conjunto aberto.

17. Considere a função


f : R −→ R.
(
0 se x = 0
x 7−→
1 + |x| 6 0
se x =
Note que esta função é descontı́nua para a métrica usual em R. Verifique porém que, se d é a
métrica definida no Exercı́cio 1(a)i, então a função f : (R, d) −→ R é contı́nua.

18. Considere em R a métrica usual d1 e a métrica d definida em 1(a)ii. Verifique se alguma das
funções f, g : (R, d) → (R, d1 ) é contı́nua, sendo
( (
0 se x ≤ 0 0 se x ≤ 1
f (x) = e g(x) =
1 se x > 0 1 se x > 1.

19. (a) Mostre que as métricas d1 , d2 e d∞ (Exercı́cio 2) definem a mesma topologia em R2 .


(b) Verifique quais das métricas d definidas no Exercı́cio 5 são topologicamente equivalentes a
d0 .
(c) Compare as topologias definidas em R pelas métricas do Exercı́cio 1.

20. Considere, no conjunto C([0, 1], R) das funções contı́nuas de [0, 1] em R, as métricas ρ do supremo
e σ do integral.

(a) Sendo 0 < r ≤ 2, considere

g : [0, 1] −→ R. (
−4x
r +4 se 0 ≤ x < 2r
x 7−→ g(x) =
2 se 2r ≤ x ≤ 1

Mostre que g ∈ Brσ (f ) \ B1ρ (f ), onde f : [0, 1] → R é a função definida por f (x) = 2.
(b) Conclua que ρ e σ não são topologicamente equivalentes.
(c) Mostre que T σ ⊂ T ρ .
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 3

21. Verifique quais das seguintes famı́lias de subconjuntos são topologias em X = {a, b, c, d, e}:

(a) T1 = {∅, X, {a}, {c, d}, {a, c, d}, {b, c, d, e}},


(b) T2 = {∅, X, {a}, {a, b}, {a, c}},
(c) T3 = {∅, X, {a}, {a, b}, {a, c, d}, {a, b, c, d}},
(d) T4 = {∅, X, {a}, {a, b, c}, {a, b, c, d}}.

22. Mostre que T = {∅, R} ∪ {]q, +∞[ | q ∈ Q} não é uma topologia em R.

23. Considere o conjunto T := {A ⊆ R ; R \ A é um conjunto finito} ∪ {∅}. Mostre que T é uma


topologia.
[A esta topologia chama-se topologia cofinita]

24. Prove que a intersecção de duas topologias num conjunto X ainda é uma topologia em X,
mas que a sua união nem sempre é uma topologia em X. O que poderemos dizer àcerca da
intersecção de uma famı́lia qualquer de topologias em X?

25. Dê exemplo de duas topologias T1 e T2 num conjunto X tais que T1 6⊆ T2 e T2 6⊆ T1 .

26. Prove que, se f : (X, T) → (Y, T 0 ) é contı́nua, também o é f : (X, T1 ) → (Y, T10 ) sempre que
T ⊆ T1 e T10 ⊆ T 0 .

27. Considere a topologia U = {∅} ∪ {]a, +∞[ | a ∈ R} ∪ {R}. Verifique se as funções


f, g : (R, T) → (R, T) definidas por f (x) = x3 e g(x) = x2 são contı́nuas.

28. Considere R munido da topologia usual. Mostre que, se toda a função f : (X, T) → R é
contı́nua, então T é a topologia discreta em X.

29. Considere a topologia usual em R e a topologia cofinita (Exercı́cio 23). Prove que todo o
subconjunto finito de R é fechado.

30. Determine os subconjuntos fechados do espaço topológico (R, T), onde

T = {∅} ∪ {] − ∞, a[; a ∈ R} ∪ {R}.

31. Sejam X um espaço topológico e A um subconjunto de X. Considere a função caracterı́stica,


χ : X −→ R definida por (
1 se x ∈ A
χ(x) =
0 se x 6∈ A.

(a) Prove que, se χ é contı́nua, então A é simultaneamente aberto e fechado;


(b) Prove que, se A é aberto e fechado, então χ é contı́nua.

32. Mostre que:

(a) o intervalo [a, b] (a, b ∈ R, a < b) é homeomorfo ao intervalo [0, 1];


(b) qualquer intervalo aberto de R é homeomorfo a R.
(c) o intervalo [0, 1] não é homeomorfo ao intervalo ]0, 1].

33. Considere as letras do alfabeto. Diga quais delas definem subespaços de R2 homeomorfos. Por
exemplo O e D definem espaços homeomorfos.
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 3

34. Mostre que todo o subespaço de um espaço discreto é discreto.

35. Seja T a topologia usual em R.

(a) Determine a topologia relativa TN no conjunto N.


(b) Verifique se cada um dos seguintes subconjuntos de [0, 1] é aberto em [0, 1]:
i. ]1/2, 1];
ii. ]1/2, 2/3];
iii. ]0, 1/2].

36. Considere a topologia U do Exercı́cio 27. T = {∅} ∪ {]a, +∞[ | a ∈ R} ∪ {R}. Determine a
topologia relativa de [0, 1] induzida por (R, T).

37. Considere o conjunto T0 = {A | A ⊆ ] − ∞, 0]} ∪ {R}.

(a) Mostre que T0 é uma topologia em R.


(b) Determine a topologia relativa de ] − ∞, 0] e de ]0, +∞[ induzida por T0 .
(c) Verifique se as funções f, g : (R, T0 ) → (R, T0 ), com f (x) = |x| e g(x) = −|x| são contı́nuas

38. Sejam f : (X, T) → (Y, T 0 ) uma função contı́nua, A um subconjunto de X e fA a restrição de f


a A.

(a) Mostre que, se TA é a topologia relativa definida em A por T, então fA : (A, TA ) → (Y, T 0 )
é contı́nua.
(b) Encontre um exemplo que mostre que o resultado recı́proco é falso.

39. Mostre que B = {]r, s[ ; r, s ∈ Q, r < s} é uma base da topologia euclidiana em R.

40. Verifique se S = {{α}, {β}, {α, β, γ}, {α, β, δ}} é uma base para uma topologia em
W = {α, β, γ, δ} e, em caso afirmativo, determine essa topologia.

41. Seja X = {a, b, c, d, e}. Construa a topologia gerada por U quando:

(a) U = {∅, {a}, {b, e}};


(b) U = {{a}, {b, c}, {a, b, e}}.

42. Determine a topologia em R gerada por S = {[x, x + 1]; x ∈ R}.

43. Considere em R a topologia usual T e a topologia T 0 que tem como base

B = {]a, b]; a, b ∈ R, a < b}.

Mostre que T ⊆ T 0 .

44. Sejam (X, T) um espaço topológico e f : X → [0, 1] uma aplicação. Mostre que, se f −1 (]a, 1])
e f −1 ([0, b[) são abertos de X para todo o a, b ∈]0, 1[, então f é contı́nua.

45. Seja X um espaço topológico. Mostre que, para que uma função f : X → R seja contı́nua é
necessário que os conjuntos {x ∈ X : f (x) > 0} e {x ∈ X : f (x) < 0} sejam abertos. Será
suficiente?
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 4

46. Considere a seguinte topologia em X = {a, b, c, d, e}:

T = {∅, X, {b}, {a, b}, {b, c}, {a, b, c}, {b, c, d}, {a, b, c, d}}.

Indique as vizinhanças dos pontos c e d.

47. Considere a topologia T0 do Exercı́cio 37. Descreva as vizinhanças dos pontos −2 e 3 relativa-
mente a essa topologia.

48. Sejam (X, T) um espaço topológico e A e B dois subconjuntos de X. Mostre que:

(a) A ∪ B = A ∪ B e A ∩ B ⊆ A ∩ B;
(b) int(A ∪ B) ⊇ int(A) ∪ int(B) e int(A ∩ B) = int(A) ∩ int(B);
(c) as inclusões anteriores podem ser estritas.

49. Sejam (X, T) um espaço topológico e A ⊆ X. Mostre que:

(a) A = X \ int(X \ A);


(b) A = A ∪ frA;
(c) frA = ∅ ⇔ A aberto e fechado;
(d) X = int(A) ∪ frA ∪ int(X\A).

50. Seja (X, T) um espaço topológico metrizável, sendo T definida pela métrica d. Prove que a bola
fechada Bδ [x] é fechada em X, mas nem sempre é o fecho de Bδ (x).

51. Sejam (X, T) um espaço topológico e A um subconjunto de X. Prove que as seguintes equivalências
não se verificam, exibindo contra-exemplos:
(a) A é aberto se e só se A = int(A); (b) A é fechado se e só se A = int(A).

52. Sejam (X, T) um espaço topológico e A ⊆ X. Compare fr(int(A)), fr(A) e fr(A).

53. Calcule o interior, o fecho, a fronteira e o conjunto derivado de cada um dos seguintes subcon-
juntos de R:

(a) A =]0, 1] ∪ {2};


(b) B = R;
(c) C = Q;
(d) D = { n1 : n ∈ N};
(−1)n
(e) E = {(−1)n − n | n ∈ N};
(f) F = R \ N.

54. (a) Mostre que o conjunto T, constituı́do por N, pelo vazio e pelos conjuntos da forma
Kn = {1, 2, . . . , n}, é uma topologia no conjunto dos números naturais.
(b) Determine o interior, a fronteira, o fecho e o derivado dos conjuntos
A = {1, 2, 3} e B = {2n − 1 | n ∈ N}.
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 4

55. Determine o interior, o fecho, a fronteira, o conjunto derivado e o conjunto dos pontos isolados
de A = [7, +∞[, B = [3, 7[ e C = N no espaço topológico (R, T), quando:

(a) T é a topologia euclidiana;


(b) T = {∅, R} ∪ {]a, +∞[; a ∈ R};
(c) T = { A | A ⊆] − ∞, 0] } ∪ {R}.

56. Considere C([0, 1], R), o conjuntos das funções reais contı́nuas definidas no intervalo [0, 1] munido
da métrica do supremo e o conjunto

A = {f ∈ C([0, 1], R) : f (x) > 0} ∪ {f ∈ C([0, 1], R) : f (x) ≤ −x}

.
Determine o interior, o fecho e os pontos isolados de A.

57. Considere a topologia T = {∅, X, {a}, {b, c}} no conjunto X = {a, b, c} e a topologia
T 0 = {∅, Y, {u}} no conjunto Y = {u, v}. Determine uma base B da topologia produto em
X ×Y.

58. Determine uma base para a topologia produto em R × R de (R, T) e (R, T) quando T é a
topologia da alı́nea (b) do Exercı́cio 55.

59. Sejam X e Y espaços topológicos e X × Y o seu espaço produto. Dados A ⊆ X e B ⊆ Y ,


mostre que:

(a) int(A × B) = int(A) × int(B);


(b) A × B = A × B.

60. No espaço topológico (R, T) verifique se as sucessões ( n1 )n∈N , ((−1)n )n∈N e (n)n∈N são conver-
gentes, e, em caso afirmativo, para que números reais convergem, quando:

(a) T é a topologia euclidiana;


(b) T é a topologia discreta;
(c) T é a topologia indiscreta;
(d) T é a topologia cofinita;
(e) T = {∅, R} ∪ {]a, +∞[ ; a ∈ R};
(f) T = {A | A ⊆] − ∞, 0]} ∪ {R};
(g) T é a topologia gerada pela base {]a, b] | a, b ∈ R, a < b}.

61. Seja (X, d) um espaço métrico. Mostre que uma sucessão (xn )n∈N converge para x em (X, d)
se e só se a sucessão (d(xn , x))n∈N converge para 0 em R.

62. Verifique se (R, T) é separado quando T é definida como em cada alı́nea do Ex. 60.

63. Considere, em R2 , a topologia T 0 = {∅, R2 } ∪ {Ur ; r > 0}, onde


Ur = {(x, y) ; x2 + y 2 < r}. Mostre que (R2 , T 0 ) não é separado.
p

64. Prove que, se X é finito, (X, T) é um espaço separado se e só se T é a topologia discreta.
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 5

65. (a) Mostre que, se f : X → Y é uma aplicação contı́nua e injectiva e Y é um espaço separado,
então também X é separado.
(b) Conclua que todo o subespaço de um espaço separado é separado.
(c) Dê um exemplo de um espaço não separado com um subespaço não trivial separado.

66. Mostre que o produto de dois espaços separados é separado.

67. (a) Mostre que A = {(x, y) ∈ R2 ; xy = 1} é um subconjunto fechado de R2 .


(b) Conclua que as projecções de um espaço produto nos factores nem sempre são aplicações
fechadas. (Sugestão: Considere o conjunto A da alı́nea anterior e mostre que pR (A) não é
fechado.)

68. Verifique se (R, T) é um espaço conexo, quando:

(a) T = {∅, R} ∪ {]a, +∞[ ; a ∈ R};


(b) T = { A ; A ⊆] − ∞, 0]} ∪ { R };
(c) T tem como base {]a, b] ; a, b ∈ R, a < b}.

69. Quais dos seguintes subespaços de R2 são conexos?

(a) B1 (1, 0) ∪ B1 (−1, 0);


(b) B1 (1, 0) ∪ B1 (−1, 0);
(c) {(q, y) ∈ R2 | q ∈ Q e y ∈ [0, 1]} ∪ (R × {1});
(d) o conjunto de todos os pontos que têm pelo menos uma coordenada em Q;
(e) {(x, y) ∈ R2 ; x = 0 ou y = 0 ou y = x1 }.

70. Dê exemplos de:

(a) conexos de R2 cuja intersecção seja desconexa;


(b) uma sucessão decrescente de conexos de R2 cuja intersecção seja desconexa.

71. (a) Dê um exemplo de um conexo de R2 (diferente de ∅ e de R2 ):


i. X1 tal que o complementar de X1 seja conexo;
ii. X2 tal que o complementar de X2 tenha duas componentes conexas;
iii. X4 tal que o complementar de X4 tenha quatro componentes conexas;
iv. X tal que o complementar de X tenha uma infinidade de componentes conexas.
(b) Se os problemas de (a) fossem postos relativamente a R (em vez de R2 ), que respostas
daria? Porquê?

72. Mostre que se o espaço X, não singular, é conexo e separado, então não tem pontos isolados.

73. Considere (N, T) o espaço topológico definido no Exercı́cio 54.

(a) Verifique que (N, T) não é conexo.


(b) A partir da alı́nea anterior, mostre que toda a função contı́nua f : (N, T) → R é constante.

74. Verifique que A = {(x, sin x1 ) | x > 0} ∪ {(0, 0)} é conexo mas não é conexo por arcos.
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 5

75. (a) Mostre que o gráfico de uma função contı́nua f : R → R é um subespaço conexo de R2 .
(b) Será necessariamente contı́nua uma função f : R → R cujo gráfico seja conexo?

76. Mostre que os seguintes conjuntos são conexos por arcos:

(a) Rn \ {0}, para n > 1;


(b) {(x, y) ∈ R2 | 1 ≤ x2 + y 2 ≤ 2};
(c) S n = {x ∈ Rn+1 | ||x|| = 1}.

77. Usando, resultados sobre conexidade, mostre que R e R2 não são homeomorfos.

78. Sejam T1 e T2 duas topologias definidas num conjunto A tais que T1 ⊆ T2 . Mostre que, se
(A, T2 ) é compacto, então (A, T1 ) também é compacto.

79. Quais dos seguintes subconjuntos de R ou R2 são compactos?


(a) [0, +∞); (b) Q ∩ [0, 1]; (c) {(x, y) ∈ R2 ; x2 + y 2 = 1};
1
 
(d) {(x, y) ∈ R2 ; x2 + y 2 < 1}; (e) (x, y) ∈ R2 ; x ≥ 1, 0 ≤ y ≤ .
x

80. Verifique se os subconjuntos N, Z, {−2}∪] − 1, 0[ e ]0, 1[ de (R, T) são compactos, quando:

(a) T = {∅, R} ∪ {]a, +∞[ ; a ∈ R};


(b) T = { A ; A ⊆] − ∞, 0]} ∪ { R }.

81. Considere em R a topologia T 0 que tem como base B = {]a, b]; a, b ∈ R, a < b}. Mostre que o
intervalo [0, 1] (com a topologia de subespaço de (R, T 0 )) não é compacto.

82. Seja X um espaço topológico. Mostre que:

(a) a reunião finita de subespaços compactos de X é um compacto;


(b) se X é um espaço de Hausdorff, então a intersecção de qualquer famı́lia de subespaços
compactos de X é ainda um compacto;
(c) no resultado da alı́nea anterior é fundamental a hipótese de que o espaço topológico X
seja de Hausdorff;
(d) um subespaço compacto nem sempre é fechado.

83. Seja A um subconjunto de R. Mostre que, se A não é compacto, então:

(a) existe uma aplicação contı́nua f : A → R que não é limitada;


(b) existe uma aplicação contı́nua f : A → R que, embora limitada, não tem máximo.

84. Considere em R \ {0} a métrica usual. Mostre que existem subespaços fechados e limitados de
R \ {0} que não são compactos.

85. Considere em R a métrica d definida por d(x, y) = |x| + |y| se x 6= y (Exercı́cio 1(a)ii).
Mostre que o conjunto ] − 1, 1[:

(a) é fechado e limitado;


(b) não é compacto.
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 6

86. Diga se o espaço métrico X é completo, quando:

(a) X = {1/n; n ∈ N} ∪ {0};


(b) X = Q ∩ [0, 1];
(c) X = [0, 1] ∪ [2, 3];
(d) X = {(x, y) ∈ R2 ; x > 0 e y ≥ 1/x};
(e) X é discreto.

87. Mostre que os espaços métricos definidos nos exercı́cios 1(a)i e 1(a)ii são completos. Verifique
se são totalmente limitados.
p
88. Considere em R a métrica d definida por d(x, y) = |x − y|. Mostre que (R, d) é um espaço
métrico completo.

89. Mostre que, num espaço métrico:

(a) a união finita de subespaços completos é um subespaço completo;


(b) a união infinita de subespaços completos nem sempre é um subespaço completo;
(c) a intersecção de qualquer famı́lia de subespaços completos é ainda um subespaço completo.

90. Considere, no conjunto das funções contı́nuas de [0, 1] em R munido da métrica do integral, a
sucessão (fn : [0, 1] → R)n∈N definida por

se x ∈ [0, 12 − n1 ]

 0

fn (x) = 1 se x ∈ [ 12 , 1]
1
− 12 ) se x ∈ [ 21 − n1 , 12 ]

n(x +

n

para cada n ∈ N.

(a) Mostre que a sucessão (fn )n∈N é de Cauchy.


(b) Mostre que este espaço não é completo.

(Sugestão: Mostre que a sucessão da alı́nea (a) não é convergente.)

91. Considere o espaço l∞ , as sucessões reais limitadas com a métrica (norma) do supremo.

(a) Verifique se l∞ é completo.


(b) Mostre que não é totalmente limitado.
(c) Que pode dizer sobre a compacidade deste espaço?
(d) Mostre que o subespaço de l∞ das sucessões finitas, i.e. as sucessões que são nulas a partir
de certa ordem, não é completo. Qual é o seu completamento.

92. (a) A imagem de uma sucessão de Cauchy em X por uma função contı́nua f : (X, d) → (Y, d0 )
pode não ser uma sucessão de Cauchy em Y . Dê um exemplo.
(b) O que acontece se X for completo?

93. Dê exemplos de dois espaços métricos homeomorfos, sendo um deles completo e o outro não.

94. Diga se é ou não verdade que toda a função (entre espaços métricos) cujo domı́nio está munido
da métrica discreta é uniformemente contı́nua.
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 6

95. Mostre que a aplicação f : R → R, com f (x) = x2 , é contı́nua mas não é uniformemente
contı́nua.

96. (a) Mostre que, se f :]a, b[→ R é uniformemente contı́nua, então é limitada.
(b) Indique uma tal função f e uma sucessão de Cauchy em ]a, b[ cuja imagem por f não seja
uma sucessão de Cauchy em R.
(c) Mostre que se f : X → Y é uniformemente contı́nua e X é totalmente limitado, então Y
é totalmente limitado.

97. (a) Mostre que, se f : (X, d) → (Y, d0 ) é uniformemente contı́nua e (xn ) é uma sucessão de
Cauchy, então (f (xn )) é uma sucessão de Cauchy.
(b) Mostre que a função g : [1, +∞[→]0, 1], com g(x) = x1 , é uniformemente contı́nua.
(c) Conclua que a imagem por uma função uniformemente contı́nua de um espaço completo
pode não ser um espaço completo. (Note que g é uma bijecção uniformemente contı́nua
com inversa contı́nua.)
(d) Mostre, no entanto, que, se f : (X, d) → (Y, d0 ) é uma aplicação bijectiva, uniformemente
contı́nua, com inversa uniformemente contı́nua, então (X, d) é completo se e só se (Y, d0 )
for completo.

98. Mostre que se (X1 , d1 ) e (X2 , d2 ) são dois completamentos do mesmo espaço métrico, então são
isométricos.
[Isto significa que o completamento é único, a menos de uma isometria.]

99. Considere o conjunto dos polinómios complexos


n
X n
X
Y := {f : f = ck tk , ck ∈ C, n ∈ N} e ||f || := |ck |.
k=0 k=0

Verifique se (Y, ||.||) é um espaço normado.

100. Considere o conjunto Mn (R) das matrizes reais quadradas de ordem n. Verifique se Mn (R), ||.||)
é um espaço normado para cada uma das seguintes normas:

(a) ||A|| := sup{aij : i = 1, . . . , n; j = 1, . . . , n};


(b) ||A|| := | det A|;
Pn Pn
(c) ||A|| := i=1 j=1 (i + j) aij .

101. Define-se uma função de R2 em R de expressão analı́tica ||(x, y)|| :=


p
x2 + y 2 + 4|x||y|.

(a) Mostre que esta função não é uma norma.


(b) Será que induz uma métrica em R2 ?

102. Mostre que em todo o espaço vectorial normado não nulo o diâmetro de qualquer bola aberta
é igual ao dobro do respectivo raio.

103. Seja X um espaço vectorial normado e d uma métrica em X. Prove que d é induzida por uma
norma se e só se

(∀x, y ∈ X) (∀α ∈ R) d(x + a, y + a) = d(x, y) e d(αx, αy) = |α|d(x, y).


Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 7

104. (a) Seja d0 a métrica Euclidiana em R. Para cada uma das métricas do Exercı́cio 5, averigúe
se d é induzida por uma norma.
(b) Mostre que a métrica s do Exercı́cio 7 não é induzida por uma norma.

105. Seja d uma métrica no espaço vectorial X induzida por uma norma. Mostre que o completa-
mento de (X, d) é ainda induzida por uma norma (sendo portanto um espaço de Banach).

106. Seja X um espaço vectorial normado.

(a) i. Prove que, se X é um espaço normado, a ∈ A e r > 0, então Br (a) = a + rD, onde D
é a bola unitária.
ii. Conclua que num espaço vectorial normado X duas bolas abertas (respectivamente
fechadas) com o mesmo raio são isométricas, isto é, quaisquer que sejam a, b ∈ X,
existe uma bijecção Br (a) → Br (b) que preserva a métrica.
iii. Mostre que para espaços métricos em geral este resultado é falso.
(b) i. Sejam X um espaço normado, a ∈ X e r > 0. Mostre que:
A. Br (a) = Br [a];
B. fr(Br (a)) = {x ∈ X ; d(x, a) = r}. [A fronteira da bola aberta é a esfera.]
ii. Dê exemplos de espaço métricos onde as igualdades anteriores não se verifiquem.

107. Seja X um espaço normado. Mostre que para todo o x, y ∈ X se tem |||x|| − ||y||| ≤ ||x − y||.

108. Prove que, se X é um espaço normado, então:

X ×X → X
(a) o operador linear é limitado;
(x, y) 7→ x + y
R×X → X
(b) a aplicação é contı́nua;
(λ, x) 7→ λx
(c) a norma k · k : X → [0, +∞[ é uniformemente contı́nua.

109. Nos exemplos seguintes verifique se T é um operador linear limitado. Em caso afirmativo calcule
a sua norma.

(a) Seja n ∈ N e T : l2n → R definido por T (x) = A.x, para A uma matriz linha 1 × n.
(b) Sejam m, n ∈ N e T : l2n → l2m definido por T (x) = (x1 , · · · , xl , 0, · · · , 0),
onde x = (x1 , · · · , xn ) e l = min(m, n).
(c) No espaço C[0, 1] das funções reais contı́nuas definidas em [0, 1] munido da métrica do
supremo escolhe-se t0 ∈ [0, 1] e define-se T : C[0, 1] → R por T (f ) = f (t0 ).
(d) No subespaço de C[0, 1] das funções diferenciáveis com derivada contı́nua, define-se
T : X → C[0, 1] por T (f ) = f 0 .
Z 1
(e) T : C[0, 1] → R com T (f ) = f (t) dt.
0

110. Sejam Y e Z subespaços vectoriais de X tais que Y ∩ Z = 0 e Y + Z = X. Mostre que:

(a) X = Y ⊕ Z se e só se X tem a topologia produto, quando identificado com Y × Z.


(b) Se X = Y ⊕ Z, então a projecção X → Y induz um isomorfismo X/Z → Y .
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 7

111. Se X e Y são espaços normados, prove que


k(x, y)k1 = k(kxk, kyk)k1 e k(x, y)k∞ = k(kxk, kyk)k∞
são normas no espaço soma directa X ⊕ Y . Mostre que estas normas são equivalentes.
Z 1
112. Considere C[−1, 1] munido da norma do integral, i.e. kf k = |f (t)| dt.
−1


 0 se x ∈ [−1, 0]


1
x ∈ [0, n+1

 x
X se ]
(a) Estude a convergência da série hn , com hn (x) = 1 .
n=1


 −nx + 1 se x ∈ [ n+1 , n1 ]
x ∈ [ n1 , 1]

 0 se
(b) Diga porque C[−1, 1] não é completo.
∞ n
X t
(c) Averigúe se a série é absolutamente convergente.
n=1
n

113. Seja (k · kγ )γ∈Γ é uma famı́lia de normas no espaço vectorial V . Prove que k · k = sup k · kγ é
γ∈Γ
uma norma em V , mas, em geral, inf k · kγ não é uma norma.
γ∈Γ

114. Seja Y um subespaço do espaço normado X. Prove que Y é um subespaço fechado se e só se a
sua bola fechada unitária é fechada em X.

115. (a) Seja Z um subespaço fechado do espaço normado X. Verifique que a projecção X → X/Z
no espaço normado quociente é um operador linear limitado. Calcule a sua norma.
(b) Sejam T : X → Y um operador linear limitado, Z = ker T e T0 : X/Z → Y o operador
linear limitado definido por T . Prove que kT0 k = kT k.

116. Seja Y um subespaço fechado do espaço normado X. Prove que, se os espaços X e Y são
completos, então X/Y é completo.

117. Sejam X um espaço vectorial complexo, XR o mesmo espaço considerado como espaço vectorial
real e f ∈ XR∗ .

(a) Mostre que (g : X −→ C) ∈ X ∗ , com g(x) = f (x) − if (ix).


(b) Prove que f1 , f2 ∈ XR∗ , com f1 = Re(f ) e f2 = Im(f ).
(c) Verifique que f (x) = f1 (x) − if1 (ix) = f2 (ix) + if2 (x).
(d) Conclua que os espaços vectoriais X ∗ e XR∗ são isomorfos.

118. Determine em (R2 )∗ as bases duais das bases {(1, 0), (0, 1)} e {(1, 1), (1, −1)}, respectivamente.

119. Considere o espaço vectorial complexo Cn .


n
X
(a) Mostre que < x, y >= xi .yi define um produto interno em Cn , com x = (xi )ni=1 e
i=1
y = (yi )ni=1 .
(b) Verifique que para p 6= 2, o espaço normado complexo (e real) l2n não é um espaço de
Hilbert.
Z 2π
120. Consideremos C[0, 2π] munido do produto interno do integral, < f, g >= f (t)g(t) dt. Sejam
0
cos(nt) sin(nt)
ainda en e fn funções tais que en (t) = √
π
, fn (t) = √
π
.
Mostre que (en )n∈N e (fn )n∈N são sucessões ortonormadas.

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