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C 1. Sejam (ai )i∈I e (bi )i∈I duas famı́lias de números reais. Mostre que
f −1 (Bi ); f −1 (Bi ).
[ [ \ \
9. f −1 ( Bi ) = 10. f −1 ( Bi ) =
i∈I i∈I i∈I i∈I
11. Apresente exemplos que mostrem que as inclusões das alı́neas 3, 4, 6 e 8 podem ser estritas;
12. Indique uma condição que permita substituir o sinal de inclusão – em 3, 4, 6 e 8 – pelo de
igualdade;
13. Mostre que na alı́nea 8 não se pode substituir f (X) por Y .
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 1
6. Seja X um espaço vectorial real. X diz-se um espaço vectorial normado se em X estiver definida
uma aplicação ||.|| : X → R+ , designada por norma, que verifique as seguintes condições para
todos os x, y ∈ X e α ∈ R:
(a) Prove que todo o espaço vectorial normado é um espaço métrico com a métrica definida
por d(x, y) = ||x − y||.
(b) Mostre que o recı́proco do resultado da alı́nea anterior não se verifica em geral, exibindo
um espaço métrico cuja métrica não seja induzida por nenhuma norma.
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 2
8. No conjunto das funções reais contı́nuas definidas em [0, 1] considere as métricas ρ do supremo
e σ do integral:
ρ(f, g) := sup{|f (x) − g(x)|; x ∈ [0, 1]},
Z 1
σ(f, g) := |f (x) − g(x)|dx.
0
(a) Calcule, para cada uma dessas métricas, d(sin x, cos x), d(x2 , x) e d(1 − x, x2 ).
(b) Sejam f : [0, 1] → R e g : [0, 1] → R definidas por f (x) = 0 e g(x) = x. Dê uma ideia
geométrica da região de R2 onde se situam os gráficos das funções que pertencem a B1 (f )
e a B1 (g) para a métrica ρ.
(c) Poderá dar uma ideia geométrica da região de R2 onde se situam os gráficos das funções
de B1 (f ) (ou de B1 (g)) para a métrica σ?
(a) Prove que, se x e y forem distintos, existem bolas abertas disjuntas B e B 0 tais que x ∈ B
e y ∈ B0.
(b) Sejam r e s números reais positivos tais que Br (x) = Bs (y). Podemos então concluir que
x = y ou que r = s? Justifique.
(a) N; (b) [1, 2[∪]2, 3[; (c) {0} ∪ {x; x2 > 2};
(d) Q; (e) [5, 7] ∪ {8}; (f) { n1 ; n ∈ N}.
(a) ]0, 1[ × ]0, 1[; (b) [0, 1[ × ]0, 1[; (c) {(x, y) ∈ R2 | x 6= y}; (d) R2 \ N2 .
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 2
14. Sejam X ⊆ R e C(X, R) o espaço métrico das funções contı́nuas e limitadas, de X em R, munido
da métrica do supremo. Considere o subconjunto
A = {f : X → R | ∀x ∈ X f (x) > 0}
16. No conjunto das sucessões limitadas em R, L∞ (R), consideremos a norma dada por
||(xn )n || := sup{xn | n ∈ N}.
18. Considere em R a métrica usual d1 e a métrica d definida em 1(a)ii. Verifique se alguma das
funções f, g : (R, d) → (R, d1 ) é contı́nua, sendo
( (
0 se x ≤ 0 0 se x ≤ 1
f (x) = e g(x) =
1 se x > 0 1 se x > 1.
20. Considere, no conjunto C([0, 1], R) das funções contı́nuas de [0, 1] em R, as métricas ρ do supremo
e σ do integral.
g : [0, 1] −→ R. (
−4x
r +4 se 0 ≤ x < 2r
x 7−→ g(x) =
2 se 2r ≤ x ≤ 1
Mostre que g ∈ Brσ (f ) \ B1ρ (f ), onde f : [0, 1] → R é a função definida por f (x) = 2.
(b) Conclua que ρ e σ não são topologicamente equivalentes.
(c) Mostre que T σ ⊂ T ρ .
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 3
21. Verifique quais das seguintes famı́lias de subconjuntos são topologias em X = {a, b, c, d, e}:
24. Prove que a intersecção de duas topologias num conjunto X ainda é uma topologia em X,
mas que a sua união nem sempre é uma topologia em X. O que poderemos dizer àcerca da
intersecção de uma famı́lia qualquer de topologias em X?
26. Prove que, se f : (X, T) → (Y, T 0 ) é contı́nua, também o é f : (X, T1 ) → (Y, T10 ) sempre que
T ⊆ T1 e T10 ⊆ T 0 .
28. Considere R munido da topologia usual. Mostre que, se toda a função f : (X, T) → R é
contı́nua, então T é a topologia discreta em X.
29. Considere a topologia usual em R e a topologia cofinita (Exercı́cio 23). Prove que todo o
subconjunto finito de R é fechado.
33. Considere as letras do alfabeto. Diga quais delas definem subespaços de R2 homeomorfos. Por
exemplo O e D definem espaços homeomorfos.
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 3
36. Considere a topologia U do Exercı́cio 27. T = {∅} ∪ {]a, +∞[ | a ∈ R} ∪ {R}. Determine a
topologia relativa de [0, 1] induzida por (R, T).
(a) Mostre que, se TA é a topologia relativa definida em A por T, então fA : (A, TA ) → (Y, T 0 )
é contı́nua.
(b) Encontre um exemplo que mostre que o resultado recı́proco é falso.
40. Verifique se S = {{α}, {β}, {α, β, γ}, {α, β, δ}} é uma base para uma topologia em
W = {α, β, γ, δ} e, em caso afirmativo, determine essa topologia.
Mostre que T ⊆ T 0 .
44. Sejam (X, T) um espaço topológico e f : X → [0, 1] uma aplicação. Mostre que, se f −1 (]a, 1])
e f −1 ([0, b[) são abertos de X para todo o a, b ∈]0, 1[, então f é contı́nua.
45. Seja X um espaço topológico. Mostre que, para que uma função f : X → R seja contı́nua é
necessário que os conjuntos {x ∈ X : f (x) > 0} e {x ∈ X : f (x) < 0} sejam abertos. Será
suficiente?
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 4
T = {∅, X, {b}, {a, b}, {b, c}, {a, b, c}, {b, c, d}, {a, b, c, d}}.
47. Considere a topologia T0 do Exercı́cio 37. Descreva as vizinhanças dos pontos −2 e 3 relativa-
mente a essa topologia.
(a) A ∪ B = A ∪ B e A ∩ B ⊆ A ∩ B;
(b) int(A ∪ B) ⊇ int(A) ∪ int(B) e int(A ∩ B) = int(A) ∩ int(B);
(c) as inclusões anteriores podem ser estritas.
50. Seja (X, T) um espaço topológico metrizável, sendo T definida pela métrica d. Prove que a bola
fechada Bδ [x] é fechada em X, mas nem sempre é o fecho de Bδ (x).
51. Sejam (X, T) um espaço topológico e A um subconjunto de X. Prove que as seguintes equivalências
não se verificam, exibindo contra-exemplos:
(a) A é aberto se e só se A = int(A); (b) A é fechado se e só se A = int(A).
53. Calcule o interior, o fecho, a fronteira e o conjunto derivado de cada um dos seguintes subcon-
juntos de R:
54. (a) Mostre que o conjunto T, constituı́do por N, pelo vazio e pelos conjuntos da forma
Kn = {1, 2, . . . , n}, é uma topologia no conjunto dos números naturais.
(b) Determine o interior, a fronteira, o fecho e o derivado dos conjuntos
A = {1, 2, 3} e B = {2n − 1 | n ∈ N}.
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 4
55. Determine o interior, o fecho, a fronteira, o conjunto derivado e o conjunto dos pontos isolados
de A = [7, +∞[, B = [3, 7[ e C = N no espaço topológico (R, T), quando:
56. Considere C([0, 1], R), o conjuntos das funções reais contı́nuas definidas no intervalo [0, 1] munido
da métrica do supremo e o conjunto
.
Determine o interior, o fecho e os pontos isolados de A.
57. Considere a topologia T = {∅, X, {a}, {b, c}} no conjunto X = {a, b, c} e a topologia
T 0 = {∅, Y, {u}} no conjunto Y = {u, v}. Determine uma base B da topologia produto em
X ×Y.
58. Determine uma base para a topologia produto em R × R de (R, T) e (R, T) quando T é a
topologia da alı́nea (b) do Exercı́cio 55.
60. No espaço topológico (R, T) verifique se as sucessões ( n1 )n∈N , ((−1)n )n∈N e (n)n∈N são conver-
gentes, e, em caso afirmativo, para que números reais convergem, quando:
61. Seja (X, d) um espaço métrico. Mostre que uma sucessão (xn )n∈N converge para x em (X, d)
se e só se a sucessão (d(xn , x))n∈N converge para 0 em R.
62. Verifique se (R, T) é separado quando T é definida como em cada alı́nea do Ex. 60.
64. Prove que, se X é finito, (X, T) é um espaço separado se e só se T é a topologia discreta.
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 5
65. (a) Mostre que, se f : X → Y é uma aplicação contı́nua e injectiva e Y é um espaço separado,
então também X é separado.
(b) Conclua que todo o subespaço de um espaço separado é separado.
(c) Dê um exemplo de um espaço não separado com um subespaço não trivial separado.
72. Mostre que se o espaço X, não singular, é conexo e separado, então não tem pontos isolados.
74. Verifique que A = {(x, sin x1 ) | x > 0} ∪ {(0, 0)} é conexo mas não é conexo por arcos.
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 5
75. (a) Mostre que o gráfico de uma função contı́nua f : R → R é um subespaço conexo de R2 .
(b) Será necessariamente contı́nua uma função f : R → R cujo gráfico seja conexo?
77. Usando, resultados sobre conexidade, mostre que R e R2 não são homeomorfos.
78. Sejam T1 e T2 duas topologias definidas num conjunto A tais que T1 ⊆ T2 . Mostre que, se
(A, T2 ) é compacto, então (A, T1 ) também é compacto.
81. Considere em R a topologia T 0 que tem como base B = {]a, b]; a, b ∈ R, a < b}. Mostre que o
intervalo [0, 1] (com a topologia de subespaço de (R, T 0 )) não é compacto.
84. Considere em R \ {0} a métrica usual. Mostre que existem subespaços fechados e limitados de
R \ {0} que não são compactos.
85. Considere em R a métrica d definida por d(x, y) = |x| + |y| se x 6= y (Exercı́cio 1(a)ii).
Mostre que o conjunto ] − 1, 1[:
87. Mostre que os espaços métricos definidos nos exercı́cios 1(a)i e 1(a)ii são completos. Verifique
se são totalmente limitados.
p
88. Considere em R a métrica d definida por d(x, y) = |x − y|. Mostre que (R, d) é um espaço
métrico completo.
90. Considere, no conjunto das funções contı́nuas de [0, 1] em R munido da métrica do integral, a
sucessão (fn : [0, 1] → R)n∈N definida por
se x ∈ [0, 12 − n1 ]
0
fn (x) = 1 se x ∈ [ 12 , 1]
1
− 12 ) se x ∈ [ 21 − n1 , 12 ]
n(x +
n
para cada n ∈ N.
91. Considere o espaço l∞ , as sucessões reais limitadas com a métrica (norma) do supremo.
92. (a) A imagem de uma sucessão de Cauchy em X por uma função contı́nua f : (X, d) → (Y, d0 )
pode não ser uma sucessão de Cauchy em Y . Dê um exemplo.
(b) O que acontece se X for completo?
93. Dê exemplos de dois espaços métricos homeomorfos, sendo um deles completo e o outro não.
94. Diga se é ou não verdade que toda a função (entre espaços métricos) cujo domı́nio está munido
da métrica discreta é uniformemente contı́nua.
Topologia e Análise Linear 05/06 Folha 6
95. Mostre que a aplicação f : R → R, com f (x) = x2 , é contı́nua mas não é uniformemente
contı́nua.
96. (a) Mostre que, se f :]a, b[→ R é uniformemente contı́nua, então é limitada.
(b) Indique uma tal função f e uma sucessão de Cauchy em ]a, b[ cuja imagem por f não seja
uma sucessão de Cauchy em R.
(c) Mostre que se f : X → Y é uniformemente contı́nua e X é totalmente limitado, então Y
é totalmente limitado.
97. (a) Mostre que, se f : (X, d) → (Y, d0 ) é uniformemente contı́nua e (xn ) é uma sucessão de
Cauchy, então (f (xn )) é uma sucessão de Cauchy.
(b) Mostre que a função g : [1, +∞[→]0, 1], com g(x) = x1 , é uniformemente contı́nua.
(c) Conclua que a imagem por uma função uniformemente contı́nua de um espaço completo
pode não ser um espaço completo. (Note que g é uma bijecção uniformemente contı́nua
com inversa contı́nua.)
(d) Mostre, no entanto, que, se f : (X, d) → (Y, d0 ) é uma aplicação bijectiva, uniformemente
contı́nua, com inversa uniformemente contı́nua, então (X, d) é completo se e só se (Y, d0 )
for completo.
98. Mostre que se (X1 , d1 ) e (X2 , d2 ) são dois completamentos do mesmo espaço métrico, então são
isométricos.
[Isto significa que o completamento é único, a menos de uma isometria.]
100. Considere o conjunto Mn (R) das matrizes reais quadradas de ordem n. Verifique se Mn (R), ||.||)
é um espaço normado para cada uma das seguintes normas:
102. Mostre que em todo o espaço vectorial normado não nulo o diâmetro de qualquer bola aberta
é igual ao dobro do respectivo raio.
103. Seja X um espaço vectorial normado e d uma métrica em X. Prove que d é induzida por uma
norma se e só se
104. (a) Seja d0 a métrica Euclidiana em R. Para cada uma das métricas do Exercı́cio 5, averigúe
se d é induzida por uma norma.
(b) Mostre que a métrica s do Exercı́cio 7 não é induzida por uma norma.
105. Seja d uma métrica no espaço vectorial X induzida por uma norma. Mostre que o completa-
mento de (X, d) é ainda induzida por uma norma (sendo portanto um espaço de Banach).
(a) i. Prove que, se X é um espaço normado, a ∈ A e r > 0, então Br (a) = a + rD, onde D
é a bola unitária.
ii. Conclua que num espaço vectorial normado X duas bolas abertas (respectivamente
fechadas) com o mesmo raio são isométricas, isto é, quaisquer que sejam a, b ∈ X,
existe uma bijecção Br (a) → Br (b) que preserva a métrica.
iii. Mostre que para espaços métricos em geral este resultado é falso.
(b) i. Sejam X um espaço normado, a ∈ X e r > 0. Mostre que:
A. Br (a) = Br [a];
B. fr(Br (a)) = {x ∈ X ; d(x, a) = r}. [A fronteira da bola aberta é a esfera.]
ii. Dê exemplos de espaço métricos onde as igualdades anteriores não se verifiquem.
107. Seja X um espaço normado. Mostre que para todo o x, y ∈ X se tem |||x|| − ||y||| ≤ ||x − y||.
X ×X → X
(a) o operador linear é limitado;
(x, y) 7→ x + y
R×X → X
(b) a aplicação é contı́nua;
(λ, x) 7→ λx
(c) a norma k · k : X → [0, +∞[ é uniformemente contı́nua.
109. Nos exemplos seguintes verifique se T é um operador linear limitado. Em caso afirmativo calcule
a sua norma.
(a) Seja n ∈ N e T : l2n → R definido por T (x) = A.x, para A uma matriz linha 1 × n.
(b) Sejam m, n ∈ N e T : l2n → l2m definido por T (x) = (x1 , · · · , xl , 0, · · · , 0),
onde x = (x1 , · · · , xn ) e l = min(m, n).
(c) No espaço C[0, 1] das funções reais contı́nuas definidas em [0, 1] munido da métrica do
supremo escolhe-se t0 ∈ [0, 1] e define-se T : C[0, 1] → R por T (f ) = f (t0 ).
(d) No subespaço de C[0, 1] das funções diferenciáveis com derivada contı́nua, define-se
T : X → C[0, 1] por T (f ) = f 0 .
Z 1
(e) T : C[0, 1] → R com T (f ) = f (t) dt.
0
113. Seja (k · kγ )γ∈Γ é uma famı́lia de normas no espaço vectorial V . Prove que k · k = sup k · kγ é
γ∈Γ
uma norma em V , mas, em geral, inf k · kγ não é uma norma.
γ∈Γ
114. Seja Y um subespaço do espaço normado X. Prove que Y é um subespaço fechado se e só se a
sua bola fechada unitária é fechada em X.
115. (a) Seja Z um subespaço fechado do espaço normado X. Verifique que a projecção X → X/Z
no espaço normado quociente é um operador linear limitado. Calcule a sua norma.
(b) Sejam T : X → Y um operador linear limitado, Z = ker T e T0 : X/Z → Y o operador
linear limitado definido por T . Prove que kT0 k = kT k.
116. Seja Y um subespaço fechado do espaço normado X. Prove que, se os espaços X e Y são
completos, então X/Y é completo.
117. Sejam X um espaço vectorial complexo, XR o mesmo espaço considerado como espaço vectorial
real e f ∈ XR∗ .
118. Determine em (R2 )∗ as bases duais das bases {(1, 0), (0, 1)} e {(1, 1), (1, −1)}, respectivamente.