O Papel Da Fisioterapia Na Doença de Parkinson: The Role of Physiotherapy in Parkinson 'S Disease
O Papel Da Fisioterapia Na Doença de Parkinson: The Role of Physiotherapy in Parkinson 'S Disease
O Papel Da Fisioterapia Na Doença de Parkinson: The Role of Physiotherapy in Parkinson 'S Disease
RESUMO
A doença de Parkinson é uma das mais frequentes afecções degenerativas do
sistema nervoso central, afetando uma a cada mil pessoas acima de 65 anos e uma
a cada cem acima de 75 anos. O tratamento é realizado através de farmacológicos
e em alguns casos, com procedimento cirúrgico, a fisioterapia tem se mostrado útil,
na melhora de sintomas como: acinesia, rigidez, postura, equilíbrio, quedas, marcha,
congelamento e qualidade de vida. Tendo em vista o aumento de casos dessa
doença, este artigo de revisão bibliográfica aborda tópicos referentes a doença de
Parkinson para ampliar o conhecimento sobre o tema, considerando-se a
importância do tratamento fisioterapêutico, para minimizar os sintomas e a melhoria
dos déficits funcionais.
ABSTRACT
Parkinson’s disease is one of the most frequent degenerative disorders of the central
nervous system, affecting one in 1000 people over 65 years of age and one every
hundred over 75 years. Treatment is carried out trough pharmacological and, in some
case, with surgical procedure, physiotherapy has been shown to be useful in
improving symptoms such as: akinesia, stiffness, posture, balance, falls, gait,
freezing and quality of life. In view of the increase in cases of this disease, this
literature review, article discusses topics related to Parkinson’s disease to expand
know ledge on the subject, considering the importance of physical therapy treatment
to minimize symptoms and improve functional deficits.
O Mal de Parkinson foi descrito pela primeira vez, no ano de 1817, pelo
médico inglês James Parkinson (SKORZA, HENRIQUE, ALBUQUERQUE,
2001). Sendo descrita incialmente com a denominação de “paralisia agitante”,
tendo como característica a presença de movimentos tremulantes involuntários,
diminuição da força muscular, tendência a inclinar o corpo para frente e alteração
na marcha (festinação), tendo os sentidos do intelecto preservados. Mas em
alguns casos descritos por James Parkinson, alguns elementos ao serem
reconsiderados, correspondiam a um comprometimento das funções cognitivas
(BARBOSA, TEIVE, 2006).
Trata-se de uma doença degenerativa do sistema nervoso central
(ALVES, et. al., 2008). Tendo como característica o acometimento de neurônios
da zona compacta negra apresentando corpúsculos de Lewy, diminuindo a
produção de dopamina, o que resulta em desordem nos movimentos. Sua
etiologia é incerta a Doença de Parkinson (DP), aparenta estar ligada a distúrbios
genéticos e a fatores ambientais (TWELVES, PERKINS, COUNSELL, 2003).
Os sintomas característicos da DP, ocorrem geralmente em pessoas com
idade entre 50 e 70 anos, mas pode-se encontra pacientes com início precoce
da doença, antes dos 40 anos ou até mesmo abaixo dos 21 anos de idade
(SANT, et.al., 2008).
Uma das principais marcas clinicas para a DP é a rigidez, podendo estar
ausente na fase inicial da doença. Frequentemente os pacientes queixam-se de
“peso” e “dureza” dos membros, sentindo uniformemente nos músculos,
apresentando-se independentemente da tarefa, amplitude ou velocidade do
movimento, sendo identificada de duas maneiras: rigidez em roda dentada e
cano de chumbo (UMPHERED, 2004).
A bradicinesia é mais um sintoma que serve para diferenciar o Parkinson
de outras alterações motoras. Caracterizando-se pelo alentecimento dos
movimentos, especialmente os automáticos, apresentando uma diminuição geral
da movimentação (DELISA, GANS, 2002).
Os pacientes com DP, podem ser classificados de acordo com a
severidade da doença, através da Escala de graus de Incapacidade de Hoehn e
Yahr (1967). A escala, classifica os pacientes nos estágios I, II e III, quando
apresentam incapacidade leve e moderada, nos estágios IV e V, englobam
pacientes com incapacidades mais graves. Cutson (et.al., 1995), sugeriram que
seja realizada uma intervenção fisioterapêutica de acordo com a classificação do
estágio da doença (inicial, moderado ou grave). Sendo que de acordo com os
autores o estágio inicial caracteriza-se pela completa funcionalidade, onde o
paciente apresenta tremor e rigidez unilateral, devendo ser realizado um
tratamento preventivo. No estado intermediário, quando há sintomas bilaterais,
inclusive bradicinesia, rigidez, alteração da postura e da marcha, deve-se incluir
exercícios corretivos. Já no estágio grave, onde o paciente está com grande nível
de comprometimento e dependente nas atividades de vida diária, deve-se dar
ênfase aos cuidados da pele, higiene e função pulmonar, além de utilizar
farmacológicos, e em alguns casos cirurgia.
O procedimento cirúrgico na DP, é utilizada somente quando não há
resposta do paciente em relação ao tratamento farmacológico, ou quando o
mesmo desenvolve reações adversas intoleráveis a medicação. As medidas não
farmacológicas, utilizadas compreendem hábitos e medidas que minimizam
algumas complicações da doença, trata-se de medidas educacionais, tratamento
de suporte, exercício e nutrição (SANT, et. al., 2008).
A fisioterapia na DP tem como objetivo diminuir, problemas motores,
auxiliando o paciente a manter a independência na realização das tarefas diárias
e melhorando sua qualidade de vida. Ao adotar a prática de exercícios, há o
aumento da mobilidade, que pode modificar o progresso da doença, impedindo
contraturas, além de retardar a demência (SANT, et.al., 2008).
METODOLOGIA
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
SANT CR, OLIVEIRA SG; ROSA EL; SADRI J; DURANT M; POSSER SR.
Abordagem fisioterapêutica na Doença de Parkinson. RBCEH. 2008; 5: 80-
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