RESUMO Gestão de Recursos Naturais - CAP. 3
RESUMO Gestão de Recursos Naturais - CAP. 3
RESUMO Gestão de Recursos Naturais - CAP. 3
Nas décadas 1950-60 as discussões sobre desenvolvimento econômico passam a ser marcadas
por preocupações ambientais referentes à sustentabilidade, tendo em vista que as atividas
agropecuárias causam grande impacto no meio ambiente. Dessa forma por meio de ideias
sustentáveis se busca agregar conservação de recursos naturais com as atividades
agropecuárias, já que se tem uma melhoria na qualidade de vida da população a partir do uso
adequado dos recursos naturais renováveis (RIBEIRO et al, 2017; BUAINAIN e GARCIA,
2019; PATERNIANI, 2001).
De acordo com Holden et al. (2014) o que caracteriza o desenvolvimento sustentável é a
capacidade de satisfazer às necessidades do presente sem compromenter a das futuras
gerações, tendo como base a preservação do meio ambiente e a redução da fome e pobreza,
havendo o incentivo à conservação ambiental. O Brasil é o país com a maior biodiversidade
mundial e possui vastas áreas de terras agricultáveis e características edafoclimáticas que
contribuem para uma gama de condições para atividades de produção sustentáveis e que
atendam a demanda de alimentos no mundo (GALLINA et al., 2017; MARTINELLI et al.,
2010).
O aumento de pesquisas e tecnolorias corrobora para uma maior modernização no setor
agropecuário brasileiro, aumentando a produtividade, favorecendo a disponibilidade de
créditos e criando ponte para novos mercados exteriores. Não deixando de lado o crescimento
da agricultura conservacionista, de baixo carbono e sistemas de integração (GILLER et al.,
2015; KASSAM, FRIEDRICH e DERPSCH, 2018). Entretanto, se faz necessário se certificar
de que o aumento na produção agropecuária tem seguido os princípios da sustentabilidade
ambiental.
Pesquisas mostram que no decorrer dos anos, através da otimização nas práticas agrícolas,
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tem sido possível elevar a produtividade cultivando em menores áreas, ou mesmo sem abrir
novas áreas, que se deve ao uso de maquinários, insumos, melhorias genéticas em vegetais,
etc. Até mesmo na produção de grãos, através de genótipos, e por conta de características
ambientais tendo em vista a possibilidade de duas safras anuais (GASQUES, 2017).
Ademais, notou-se com o decorrer dos anos pesquisa de melhoramento de plantas mitigando
ataque de pragas e doenças. O plantio em área degradadas ou abandonadas refletiu na redução
de desmatamento e diminuição em atividades como a queima. Em se tratando da pecuária,
torna-se possível um aumento no rebanho através do manejo, podendo ser alocado um animal
por hectare de pasto. Porém, há o entrave de tornar tal atividade mais intensiva, que segundo
Ferraz e Felício (2010), se deve baixo custo de produção do sistema extensivo/convencional.
Vinculado a isto, deve ser realizado investimento na recuperação das pastagens em áreas de
pastejo intensificado, tendo em vista maior perda de carbono no solo. Como alternativa, é
viável a integração lavoura-pecuária, agregando sustentabilidade ao produdo final (VIEIRA
FILHO, 2018). As mudanças no uso da terra e a adoção e o desenvolvimento de sistemas de
produção
que geram menor impacto sobre os recursos naturais são importantes indicadores de
sustentabilidade na agropecuária brasileira.
Na agricultura é necessário considerar fatores relacionados ao uso conservacionista das terras,
ao menor impacto no desmatamento, à recomposição da cobertura florestal, à intensificação
da pecuária e à recuperação de pastagens degradadas. Modelos como iLP e iLPF entre outros,
têm como base a sustentabilidade no setor agropecuário.
A partir de dados coletados do MapBiomas, avaliando o aumento das áreas de lavoura,
pastagens e florestas, permitiram verificar que, mesmo com a implantação do Código
Florestal de 2012, há uma continuidade no declínio de florestas, pois, de acordo com Santos et
al. (2017), os proprietários de terras podem reduzir áreas naturais e de florestas naquelas com
excedentes de reserva legal e de área de preservação permanente.
Considerando 2006 e 2017, ao analisar os dois conjuntos de dados, observa-se que, tanto
pelos do MapBiomas (que abrange todas as terras em uso no país) quanto pelos do censo
agropecuário (que abrange as terras em uso pelos estabelecimentos agropecuários), a área de
lavoura apresentou um aumento e a de pastagens teve um decréscimo. O aumento na área de
florestas indica, segundo Lapola et al. (2014), o distanciamento entre a expansão agrícola e o
desmatamento.
O Brasil foi o país que apresentou o maior declínio na perda anual de florestas. Segundo
Foley et al., (2005) mudanças na cobertura florestal afetam todos os ecossistemas, incluindo
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