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Depressão
Parece cada vez mais provável, que a depressão não se trata de uma doença, mas sim
de um estado emocional. A origem da depressão não está ligada a um factor isolado,
mas ao potencial resultado de uma interacção de vários factores diferentes de
natureza histórica, ambiental e psicológica. Estes, podem incluem um histórico
familiar de depressão e alcoolismo, perda ou negligência precoce dos pais, eventos
negativos e traumáticos, falta de apoio social, cônjuge critico e/ou hostil e falta de
auto-estima a longo prazo.
O modelo cognitivo por exemplo, propõem que o relacionamento das pessoas com o
meio que as rodeia, efectua-se através dos órgãos dos sentidos; visão, audição, olfacto
etc., e como tal, as emoções e os comportamentos são determinados pela percepção e
interpretação dos eventos.
Uma vez esta suposição activada, podem ocorrer uma série de pensamentos negativos
automáticos, interpretativos da experiência actual, de factos passados e/ou previsões
do futuro, que provocam novos pensamentos negativos numa espiral que conduz ao
desenvolvimento da depressão. Quando esta situação ocorre, os pensamentos
negativos automáticos tornam-se cada vez mais intensos e frequentes ao ponto de
ocuparem literalmente toda a mente.
Deste modo, forma-se um círculo vicioso em que quanto mais deprimida a pessoa se
encontra, mais pensamentos negativos ocorrem e, quantos mais pensamentos
negativos ocorrem mais deprimida se sente. Infelizmente, as pessoas que sofrem de
depressão são muitas vezes confrontadas com a ausência de empatia por parte dos
seus familiares e/ou amigos mais próximos, o que tende a agravar os sintomas e
sobretudo o isolamento a que estas pessoas se submetem.
Diagnóstico
Pelo menos, cinco dos seguintes sintomas devem estar presentes durante o mesmo
período de duas semanas (os dois primeiros obrigatoriamente): humor depressivo,
diminuição clara do interesse ou do prazer, alteração do peso ou do apetite, insónias,
agitação ou inibição psicomotora, cansaço ou falta de energia, sentimentos de
desvalorização ou culpa excessiva e inapropriada, dificuldade para pensar ou
concentrar-se, pensamentos recorrentes sobre morte ou ideação suicida.
Esta é uma forma de depressão, caracterizada por sintomas pouco acentuados mas
sentidos durante muito tempo. Para além do humor cronicamente depressivo
durante mais de metade dos dias de pelo menos dois anos, devem estar presentes
também, pelo menos dois dos seguintes sintomas: alteração do apetite, alteração do
sono, pouca energia ou fadiga, baixa auto-estima, dificuldade de concentração,
sentimentos de falta de esperança. É comum um estado de irritação.
(etimologicamente, distímia significa mau humor).
Perturbação Bipolar
Intervenção
Ansiedade
Todos os seres humanos enfrentam perigos no seu dia a dia e, de uma maneira geral,
a percepção do mesmo produz uma resposta adequada à ameaça. No entanto, no caso
de pessoas em estado de ansiedade, o perigo tende a ser sistematicamente super
estimado, resultando numa resposta mal adaptativa e num comportamento não
desejado.
Assim, se por um lado o programa de ansiedade pode ser útil quando confrontados
com perigos reais, já no caso de percepções erradas, a resposta pode ser inadequada à
situação. É por exemplo o caso de sentir a mão a tremer e ser interpretado como
indício de perda de controlo iminente, o que vai provocar mais ansiedade e tremor.
Diagnóstico
No diagnóstico das perturbações da ansiedade, é importante considerar inicialmente
dois tipos de estado de ansiedade. No primeiro caso, os ataques de pânico, que
consistem de um sentimento intenso de apreensão e medo de descontrole. O início é
súbito e repentino, e vem geralmente acompanhado de uma variedade de sensações
físicas como taquicardia, falta de ar, tremores, vertigens, náusea etc.
Este tipo de experiência conduz à percepção de se estar a correr o perigo iminente de
algum desastre, ataque cardíaco, perda de controlo emocional ou de se enlouquecer.
O segundo caso, engloba todas as outras manifestações como por exemplo, sentir-se
ansiedade e preocupação excessiva de uma forma constante mas difusa, como é o caso
de ansiedade generalizada; o ter medo de uma forma persistente e também excessiva,
de um objecto ou situação que não representam um perigo de facto, como é o caso de
fobias; imagens e pensamentos que conduzem a impulsos indesejáveis e intrusivos,
que desencadeiam por sua vez a necessidade de serem neutralizados, como são as
perturbações obsessivo-compulsivas.
Ataques de Pânico
Durante estes episódios são sentidos quatro ou mais dos seguintes sintomas:
Existem vários modelos que se propõem explicar a causa dos ataques de pânico. Neste
caso, é apresentado embora de forma muito reduzida e simples, o modelo cognitivo-
comportamental para os ataques de pânico.
Podemos ainda dividir cada uma destas áreas em duas categorias: pública e privada.
Assim, podemos dizer que a sociabilidade no aspecto publico, lida com a relação do
indivíduo, com referência ao seu grupo social, em questões como pertinência, apoio,
aprovação, etc.; estando neste caso, os interesses individuais submetidos aos do
grupo. No aspecto privado, a sociabilidade expressa-se pelo desejo de
relacionamentos gratificantes que incluem ajuda, afeição, empatia, intimidade, etc.
Estimulo desencadeador
(interno ou externo)
Ameaça percebida
Interpretação
catastrófica apreensão
das sensações
Sensações
corporais
Intervenção
Agorafobia
Embora de alguma forma rara, existem pessoas que sofrem de agorafobia sem nunca
terem experiênciado ataques de pânico.
Ansiedade Generalizada
Eis alguns dos critérios de diagnóstico normalmente utilizados, mais uma vez
apresentados a titulo meramente informativo, e para serem eventualmente utilizados
como simples referencia.
Intervenção
As pessoas que sofrem desta perturbação, têm uma percepção exagerada de perigo e
ameaça, uma noção de serem menos capazes de lidar com estas situações do que os
outros e, geralmente fazem uma avaliação antecipatória de super valorização da
probabilidade de algo correr mal.
Fobias especificas
Condicionamento clássico, de uma forma muito simples pode ser definido como a
aprendizagem durante a qual se desenvolve uma nova associação entre um
estímulo e a resposta a esse estímulo.
Neste contexto, uma resposta que elimine, adie ou atenue o efeito de um estímulo
aversivo, torna-se fortalecida por essa consequência e representa a chamada
resposta de fuga. A repetição da resposta de fuga tenderá a criar um processo de
antecipação que permitirá o evitamento do estímulo aversivo. Este mecanismo é
provavelmente responsável pela presença e manutenção de um comportamento
usual nas fobias; o evitamento fóbico.
Deste modo, a partir do momento em que ocorre uma avaliação de perigo, não é
o perigo real que dispara o comportamento do indivíduo, mas sim a forma como
o mesmo é interpretado. O significado atribuído aos eventos é assim influenciado
pelas crenças desenvolvidas sobre si mesmo, sobre os outros e sobre o meio.
Generalização, de acordo com este modelo, é produzida uma resposta
condicionada em relação aos estímulos que apresentem algum grau de
semelhança com o estímulo condicionado. Quanto maior for o grau de
semelhança percebido entre o novo estimulo e o estímulo condicionado, maior
será a probabilidade da generalização do estímulo. Esta situação permite explicar
de alguma forma a possibilidade de um indivíduo apresentar reacções a estímulos
com os quais nunca teve qualquer tipo de experiência traumática.
Intervenção
Fobia Social
As pessoas que sofrem de fobia social podem ser incluídas em dois grandes
subtipos: Generalizada, medo da maioria das situações de interacção social e de
desempenho público; Circunscrita, medo de uma situação de desempenho
público e de algumas situações de interacção social, mas não da maioria delas.
Geralmente, as situações mais temidas são o falar em público, comer e beber na
frente das outras pessoas, entrar em salas onde já estejam sentadas outras pessoas,
participar em reuniões sociais, falar com estranhos e manter contacto visual com
pessoas com que estejam pouco familiarizadas.
Mais recentemente, têm sido efectuados estudos ao nível dos factores biológicos
associados à fobia social, sem contudo existir grande co-relação nos resultados
finais destas pesquisas. Só ao nível do envolvimento de diferentes
neurotransmissores, tais como a dopamina, a serotonina, a noradrenalina e o
ácido gama-aminobutìrico (Gaba) parece existir alguma concordância.
Intervenção
A estratégia terapêutica que aparenta ser mais eficaz passa pela exposição
progressiva, tendo sempre em consideração cada caso individualmente,
socialização e utilização dos comportamentos de segurança e modificação do
auto-processamento combinado com uma reestruturação cognitiva. Existem
várias técnicas utilizadas no tratamento da fobia social que tanto podem ser
utilizadas isoladamente como em conjunto. Nalguns casos, pode ser importante
prestar apoio ao paciente ao nível do desenvolvimento das suas capacidades de
interacção social. O objectivo visa ajudar o paciente a confrontar-se com aquilo
que é temido e via este confronto ultrapassar não só a percepção de perigo como
também os factores de manutenção e de modulação.
Perturbação Obsessivo-Compulsiva
Compulsões
Intervenção