Processos de Refino

Quais objetivos básicos de uma Refinaria, ao ser planejada e construída???

Produção de • Maioria dos casos

combustíveis e • Demanda por combustíveis
matérias-primas • Produção de GLP, gasolina, diesel,
petroquímicas querosene e óleo combustível

• Alto lucro
Produção de • Alto investimento
lubrificantes básicos
e parafinas
Processos de Refino
• Não existem dois petróleos idênticos, suas diferenças vão influenciar, de
forma decisiva, tanto nos rendimentos quanto na qualidade das frações.
• O petróleo deve ser processado e transformado de maneira conveniente, com o propósito de obter-
se a maior quantidade possível de produtos de maior qualidade e valor comercial.

Qual a diretriz básica da Refinação???

Atingir esse objetivo com o menor custo operacional possível!!!

As características dos petróleos têm ponderável influência sobre a técnica adotada para a
refinação e, frequentemente, determinam os produtos que melhor podem ser obtidos.
 Processos de Refino
• Nem todos os derivados podem ser produzidos a partir de qualquer tipo de
petróleo.
• Não existe uma técnica de refino adaptável a todos os tipos de petróleo.
• A arte de compatibilizar as características dos vários petróleos que devam ser
processados numa dada refinaria, com a necessidade em suprir de derivados, em
quantidade e qualidade, que atendam a certa região de influência dessa refinaria,
faz com que surjam arranjos de várias unidades de processamento, para que tal
objetivo seja alcançado da forma mais racional e econômica possível.
• O encadeamento das várias unidades de processo dentro de uma refinaria é o que
denominamos de ESQUEMA DE REFINO.
Processos de Refino
• Os ESQUEMAS DE REFINO variam de uma refinaria para outra.
• O mercado de uma dada região modifica-se com o tempo.
• A constante evolução na tecnologia dos processos faz com que
surjam alguns de alta eficiência e rentabilidade, enquanto outros,
de menor eficiência ou que apresentam maiores custos
operacionais, entram em obsolescência.
• Processos de refino não são estáticos e definitivos, e sim dinâmicos
num horizonte de médio e longo prazo.
 Processos de Refino
• Os processos em uma refinaria podem ser classificados em quatro
grandes grupos:
Separação Conversão Tratamento Auxiliares

• Destilação • Craqueamento • Tratamento cáustico • Geração de

• Desasfaltação a térmico • Tratamento Merox hidrogênio
Propano • Viscorredução • Tratamento Bender • Recuperação de
• Desaromatização • Craqueamento • Tratamento DEA Enxofre
Furfural retardado • Hidrotratamento
• Desparafinação a • Craqueamento
MIBC catalítico
• Desoleificação a • Hidrocraqueamento
MIBC catalítico
• Extração de • Hidrocraqueamento
Aromáticos catalítico brando
• Adsorção de • Alquilação catalítica
parafinas • Reforma catalítica
Processos de Refino - Separação
• Destilação
• Desasfaltação a Propano
• Desaromatização Furfural
• Desparafinação a MIBC
• Desoleificação a MIBC
• Extração de Aromáticos
• Adsorção de parafinas
Processos de Refino - Separação
• Têm objetivo desdobrar o petróleo em suas frações básicas;
• Podem também processar frações previamente produzidas;
• São de natureza física: Pressão
Energia

Agentes Temperatura
Físicos
Solubilidade
Massa
à solventes

• Os produtos obtidos podem, quando novamente misturados, restituir a

carga original, pois a natureza da molécula não foi alterada.
Processos de Refino – Separação: DESTILAÇÃO

• Separação dos componentes de uma mistura de líquidos miscíveis,

baseado na diferença das temperaturas de ebulição de seus
componentes individuais.
• Utilizada quase na totalidade dos processos de refino do petróleo e
derivados.
• Outros processos de separação, conversão e tratamento utilizam-na
como etapa intermediária ou final de suas operações.

Você sabia que as primeiras Refinarias eram chamadas de Destilarias?

Processos de Refino – Separação: DESTILAÇÃO

• A destilação pode ser feita em várias etapas e em diferentes níveis de

pressão, conforme o objetivo que deseje.
• Seus rendimentos são variáveis em função do óleo processado.
Toda refinaria possui uma unidade de destilação?

SIM!!! A unidade de destilação de petróleo existe sempre,

independente de qual seja o esquema de refino.
 Processo de separação
Destilação atmosférica

• É considerada o processo mais importante da

refinaria.
• Está presente em todas elas;
• Baseia-se no principio da volatilidade e do
equilíbrio liquido e vapor;
• Este é o único processo que recebe o óleo cru
como carga de entrada;
• Antes da entrada na tore de destilação, o óleo é
aquecido a 350 a 400°C;
• Na primeira torre se faz a primeira separação
básica;
Fluxograma de Processo - Destilação atmosférica

Vídeo: Indústria Petroquímica - Parte 4 - Torre de Destilação Fracionada

https://www.youtube.com/watch?v=h46-MqFSUTM&t=8s
Processos de Refino – Separação:
DESASFALTAÇÃO A PROPANO
• Tem por objetivo extrair do RESÍDUO DE VÁCUO, por ação de um
solvente (propano líquido em alta pressão), um gasóleo, que não é
possível obter por meio da destilação.
• Subproduto: Resíduo asfáltico (asfalto ou óleo cru ultra viscoso)
O que fazemos com o Resíduo asfáltico?

lubrificante
combustível
Obtenção de

Produção de
Será incorporado ao Processo de melhoria
GOP (gasóleo pesado) da qualidade para gerar
Craqueamento catalítico o Brightstock ou óleo de
para obtenção de Nafta cilindro
e GLP
Desasfaltação a propano
Processos de Refino – Separação:
DESAROMATIZAÇÃO A FURFURAL
• Utilização do Furfural (solvente específico) para extração de compostos
aromáticos polinucleados de altas massas molares.
• É utilizado para produção de lubrificantes.
• Objetivo: Aumentar o índice de viscosidade (IV) de óleos lubrificantes.
O que é índice de viscosidade?

A propriedade que mede o a variação da

viscosidade com a variação da
temperatura.
 Processos de Refino – Separação:
DESAROMATIZAÇÃO A FURFURAL
• Utilização do Furfural (solvente específico) para extração de compostos
aromáticos polinucleados de altas massas molares.
• É utilizado para produção de lubrificantes.
• Objetivo: Aumentar o índice de viscosidade (IV) de óleos lubrificantes.
Quando os
aromáticos são
Um óleo Espera-se um
retirados de um
lubrificante pode comportamento o Quanto maior o IV,
corte de
trabalhar em mais uniforme menor a variação
lubrificante,
condições de altas possível em da viscosidade
assegura-se uma
e baixas relação a com a temperatura
menor variação da
temperaturas viscosidade
viscosidade com a
temperatura
Processos de Refino – Separação:
DESAROMATIZAÇÃO A FURFURAL

• Produto principal: Óleo desaromatizado

• É estocado para seu posterior processamento na unidade de MIBC

• Subproduto: Extrato Aromático (óleo pesado e viscoso)

• Pode ser utilizado como óleo extensor de borracha sintética OU
• Pode ser adicionado ao “pool” de óleo combustível da refinaria
Processos de Refino – Separação:
DESAROMATIZAÇÃO A FURFURAL
Processos de Refino – Separação:
DESPARAFINAÇÃO A MIBC
• MIBC = Metil-Isobutil-Cetona
• Solvente que, em baixas temperaturas, solubiliza toda a fração oleosa, exceto as
parafinas, que permanecem em fase sólida.
Lubrificante colocado no equipamento
Condições normais de temperatura OU Baixas temperaturas (máquina não aquecida)

O óleo deve ter escoamento adequado

POR QUE? Para lubrificação não ficar comprometida Baixo ponto de fluidez

Remoção das CADEIAS PARAFÍNICAS LINEARES

Elas são responsáveis pela baixa fluidez do óleo

Com a baixa viscosidade reinante no meio, em função da grande quantidade de

solvente presente, é possível fazer uma filtração separando as n-parafinas.
 Processos de Refino – Separação:
DESPARAFINAÇÃO A MIBC
• Produto principal: Óleo desparafinado
• É enviado à estocagem intermediária
• Seguirá para processo de Hidroacabamento

• Subproduto: Parafina oleosa

• Pode ser utilizada para produzir parafinas comerciais OU
• Pode ser adicionado ao gasóleo que será processado no craqueamento catalítico

A Desparafinação é a MAIS CARA das unidades de conjunto de lubrificantes por

causa do grande número de equipamentos existentes no processo.
 Processos de Refino – Separação:
DESOLEIFICAÇÃO A MIBC
Processo IDÊNTICO à desparafinação, apenas realizado em condições mais
severas, visando remover o óleo contido na parafina, de forma a enquadrá-
la como produto comercial.
Removida pelo
Fração oleosa
Solvente + Filtração

Enviada para
Parafina mole
craqueamento

Parafina oleosa Geléias, óleos,

Pode ser aproveitada
vaselina e prod.
(carga do processo) para produção de:
farmacêuticos

Parafina dura Hidrotratamento

Devido a DESOLEIFICAÇÃO ser quase sempre integrada à DESPARAFINAÇÃO e

também por ter um porte menor, o capital investido nessa unidade é bem menor.
Processos de Refino – Separação:
EXTRAÇÃO DE AROMÁTICOS
• URA = Unidade de Recuperação de Aromáticos
• Objetivo semelhante a DESAROMATIZAÇÃO A FURFURAL
EXTRAIR OS AROMÁTICOS DA CARGA POR MEIO DE UM SOLVENTE!

Extração de BTXs Matéria-prima para

(Aromáticos leves) Petroquímica
Nafta
(carga do processo)
Enviados ao “pool” de
Não aromáticos
gasolina
Inserido SOLVENTE
A URA confere boa lucratividade ao parque de
refino devido a distância entre o preço da CARGA e
dos AROMÁTICOS
Processos de Refino – Separação:
ADSORÇÃO DE PARAFINAS
• Utilizada para remoção de cadeias parafínicas lineares contidas na fração
de querosene.
• As parafinas conferem excelente qualidade ao querosene de iluminação
MAS são extremamente prejudiciais ao querosene de aviação.
POR QUE???

Por elevarem seu ponto de congelamento quando

presentes em concentrações razoáveis.
 Processos de Refino – Separação:
ADSORÇÃO DE PARAFINAS

Especificada
QAV
Adequadamente
Querosene
(carga do processo) Valiosa matéria-prima Produção de
N-parafinas para Indústria detergentes sintéticos
Petroquímica biodegradáveis
 Momento de Fixação!
• Após conhecermos os processos de SEPARAÇÃO que podem existir
em uma unidade de Refino, vamos fazer um resumo dos processos
identificando as CARGAS e PRODUTOS de cada um deles.
Processos de Refino - Conversão
• Craqueamento térmico
• Viscorredução
• Craqueamento retardado
• Craqueamento catalítico
• Hidrocraqueamento catalítico
• Hidrocraqueamento catalítico brando
• Alquilação catalítica
• Reforma catalítica
 Processos de Refino - Conversão
Têm como objetivo transformar uma fração em outra OU
alterar profundamente sua constituição molecular.
• São de natureza química:
Quebra

Reações
Produtos Reagrupamento
químicas

Reestruturação
molecular

As reações específicas de cada processo são Classificação do processo em:

conseguidas por ação conjugada de temperatura • Catalítico
e pressão e podem ter a presença de um • Não catalítico
catalizador
Processos de Refino - Conversão

• É importante ressaltar que, devido às alterações químicas processadas,

os produtos que saem desses processos, se misturados, não
reconstituem a carga original.
• São processos de elevada rentabilidade, principalmente quando
transformam frações de baixo valor comercial (gasóleos, resíduos) em
outras de maiores valores (GLP, naftas, querosene e diesel).
• Elevado investimento para suas implantações.
• Curto tempo de retorno do capital investido.