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2 Timóteo

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Segunda Epístola de Paulo a ,

TIMOTEO
I~
1
Autor A segunda carta a Timóteo foi escrita por teo também reafirma a ressurreição (2.8) e a segunda vinda
li' Paulo. Ver "Introdução a 1Timóteo: Autor". (4.1,8) de Cristo.
1 ,'

1 :
Como a última das cartas de Paulo, 2Timóteo fornece um im-
L !::: . --.--.
portante retrato sobre os últimos momentos do ministério do após-
tolo. Sua situação era desoladora. Não podia mais ansiar por um
- Data e Ocasião Embora não apareça em úl- ministério frutífero (cf. Fp 1.22-26) e a maioria de seus amigos o ha-
il '_:-<._=_-·_:_~_~_ ~
timo lugar na seção das cartas de Paulo no Novo Tes- via deixado (4.10-11 ). Ainda assim. Paulo permanecia confiante.
tamento. 2Timóteo é a última carta escrita pelo Não estava envergonhado de sofrer pelo Evangelho (1.12) e estava
apóstolo. Preparou-a depois da sua quarta viagem disposto a suportar tudo por causa dos eleitos (2.1 O). Sabia que ti-
missionária, provavelmente entre 64-68 d.C. Ver "Introdução a 1Ti- nha sido fiel a Cristo (4. 7) e que Cristo era fiel. (1. 12; 2. 13). Paulo
móteo: Data e Ocasião''. tinha confiança que Aquele que no passado o havia resgatado da
Paulo escreveu 2Timóteo durante seu segundo aprisionamen- morte (3.11; 4. 17) o resgataria através da morte para a vida eterna
to em Roma (1.8; 2.9). Não se sabe a razão nem o lugar onde foi (4.8,18)
preso. Paulo não tinha recebido qualquer apoio em sua audiência
preliminar (4. 16). Seu julgamento ainda o esperava. mas sabia que Dificuldades d~ Interpretação Ha-
terminaria por ser executado (4.6). A maioria de seus amigos via falsa doutrina em Efeso. que Paulo descreveu
achou conveniente estar em outros lugares (4.10-11 ). Ele tinha como proveniente do seio da própria igreja (2Tm
sido atormentado pelas atitudes de Fígelo e Hermógenes (1.15-16) 2.18; 4.4; 1Tm 1.6,19; 4.1; 6.10,21). Se caracteriza-
e de Alexandre. o latoeiro (414). muito embora um cristão chama- va por uma preocupação com fábulas ou mitos (4.4; 1Tm 1.4; 4.7).
do Onesíforo tivesse sido um encorajamento para ele (1.16-17). genealogias (1Tm 1.4). contendas de palavras (2.14.23; 1Tm 6.4).
Timóteo ainda estava em Éfeso (419). onde Paulo o havia dei- controvérsias (1Tm 1.4; 6.4). conhecimento (1Tm 6.20). loquaci-
xado previamente (1Tm 1.3) e onde o falso ensinamento. ao qual dade frívola (1Tm 1.6) e caráter ímpio (2.16; 1Tm 6.20). As falsas
Paulo tinha se dirigido na primeira carta a Timóteo. continuava sen- doutrinas incluíam a proibição do casamento e de certos alimentos
do um problema (2.17-18; 3.1-8). Lembrando-se de sua duradoura (1Tm 4.3) e a crença que a ressurreição já acontecera (2.18).
amizade. Paulo desejava ver Timóteo uma última vez antes de sua Aqueles que ensinavam estas falsas doutrinas também procura-
morte (1.4). vam interpretar a lei judaica. (1 Tm 1. 7) e. por conseguinte. coloca-
Paulo parece ter escrito 2Timóteo com dois propósitos em vam restrições na oração (1Tm 2.1-7).
mente. Primeiro. solicita a presença de Timóteo em Roma (4.9,21). Entre os líderes do movimento estavam Himeneu (2.17; 1Tm
fornecendo instruções a respeito de quem e o que (4.11-13) trazer 1.20), Alexandre (1Tm1.20) e Fileto (2.17). Alguns buscavam posi-
com ele. Segundo. quer entregar a Timóteo uma carta final de en- ções de liderança no movimento porque tinham interesses finan-
corajamento pessoal em seu ministério (1.5-14; 2.1-16,22-26; ceiros (1Tm 6. 5,10). Falsos mestres criaram divisões (1Tm 6.4-5)
3.10-4.5). e parecem ter sido particularmente efetivos em enganar as mulhe-
res da igreja (3.6-7; 1Tm 2.14; 5. 11-15). talvez oferecendo-lhes po-
Características e Temas Ambas as car- sições de liderança (1Tm 2.11-12)
tas de Paulo a Timóteo fornecem importantes infor- Algumas destas características - ensinos doutrinários espe-
mações contextuais sobre o jovem apadrinhado do cíficos, o interesse em mitos e genealogias. e a preocupação por
apóstolo. Esta segunda carta cita sua mãe (Eunice) e "conhecimento" (Gr. gnosis) -sugere que o falso ensino em Éfeso
sua avó (Lóide). identificando ambas como cristãs (1.5). Fala do pode ter sido uma forma primitiva de gnosticismo, um movimento
treinamento de Timóteo. desde cedo, nas Escrituras (3. 15) e inclui herético que se tornou um forte competidor do desenvolvimento
uma provável referência à sua ordenação (1.6 cf. 2.2). da igreja nos séculos li e Ili. Contudo, alguns dos aspectos mais ca-
Como a carta anterior, 2Timóteo mostra uma forte preocupa- racterísticos do gnosticismo posterior estão faltando. e alguns afir-
ção pela sã doutrina (1. 13-14; 2. 2; 4 3) e contém meditações mam que o movimento pode ser explicado a partir de influências
maravilhosas sobre a graça de Deus. (1.9-11). a fidelidade de Cris- judaicas e helenistas. Estas duas sugestões não precisam ser vis-
to (2.11-13) e a natureza e função das Escrituras (3.15-17). Há tas como contraditórias. pois o próprio gnosticismo era um produto
afirmações sobre salvação pela graça (1 9). eleição (1.9; tanto das idéias judaicas quanto das helenistas. Mas continua sen-
2. 10, 19) e sobre a inspiração divina das Escrituras (3.16). 2Timó- do difícil de definir a natureza exata do falso ensino em Éfeso.
2 TIMÓTEO 1 1450
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[ Esboço de 2Timóteo
---------~-·

1 1. Saudações e ações de graças (1.1-5) IV. Relacionamento pessoal de Paulo com Timóteo (4.6-18)
li. Exortações à ousadia e à fidelidade (1.6-2.13) A. A morte iminente de Paulo (4.6-8)
1 A. Não te envergonhes do aprisionamento de Paulo B. Instruções tinais a Timóteo (4.9-18)
(1.6-14) 1. Pedido para Timóteo vir a Roma (4.9-13)
1 B. Exemplos de infidelidade e de fidelidade (1.15-18) 2. Advertência contra Alexandre, o latoeiro
C. Sê forte e perseverante na graça (2.1-13) (4.14-15)
Ili. O problema dos falsos mestres (2.14--4.5) 3. A situação legal de Paulo e sua confiança
A. Fidelidade em face dos falsos mestres (2.14-26) (4.16-18)
B. Oimpacto dos falsos mestres (3.1-9) V. Conclusão (4.19-22)
C. Permanece naquilo que aprendeste (3.10-17) A. Saudações finais e informações (4.19-21)
D. Encargo final para o ministério (4.1-5) 8. Bênção (4.22)

Prefácio e saudação de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos.


Paulo, apóstolo de 1 Cristo Jesus, pela vontade de Deus, 7 Porque gDeus não nos tem dado espírito de covardia,
1de conformidade com a ªpromessa da vida que está em
Cristo Jesus, 2 ao bamado filho Timóteo, graça, misericórdia e
h mas de poder, de amor e de moderação. 8 iNão te envergo-
nhes, portanto, ido testemunho de nosso Senhor, nem do
1seu encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa co-
paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor.
migo dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o po-
Ação de graças der de Deus, 9 que nos salvou e nos chamou com santa
3 Dou graças a Deus, a quem, desde os meus e antepassa- vocação; mnão segundo as nossas obras, mas nconforme a
dos, sirvo com consciência pura, porque, sem cessar, melem- sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo
bro de ti nas minhas orações, noite e dia. 4 Lembrado das tuas Jesus, ºantes dos tempos eternos, lOe Pmanifestada, agora,
lágrimas, estou ansioso por ver-te, para que eu transborde de pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual
alegrias pela recordação que guardo de tua dfé 2sem fingimen- não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imorta-
to, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide e lidade, mediante o evangelho, 11 qpara o qual eu fui desig-
em etua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti. nado pregador, apóstolo e mestre 3 12 e, por isso, estou
sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, 'porque
A prática do zelo, da firmeza e da fidelidade sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso
6 Por esta razão, pois, te admoesto!que reavives o dom para guardar o meu depósito até aquele Dia. 13 s Mantém 1 o

·- ~APÍTULO ---;~Tt 1-C~~U TRj~susCrist~ ;~nm 2~~


1 12 eM;
hipócrita 6/1Tm 414 7 gRm 815 h [At 1 8] 8 i[Rm 116] /1Tm 26 IEf 31
12; l;Tt 1;--; ;At 241~~ d1Tm 1 ;;46eA~1-~ 2Utn;o-~­
9 m [Rm 320] n Rm 828 ºRm 1625
1
10 PEI 1.9
11 q At 9.15 3 CL NU; TR e M acrescentam dos gentios. NU omite 12r1 Pe 4.19 13 sn 1.9 IRm 2.20; 6.17
•1.1-2 Saudação inicial. incluindo remetente. destinatários e bênção_ •1. 7 espírito de covardia. Essa forte expressão era necessária por causa da ti-
•1.1 apóstolo de Cristo Jesus. Alguém enviado como representante oficial de midez natural de Timóteo e da gravidade de sua situação.
Cristo 12Co 11. nota) •1.8 seu encarcerado, que sou eu. Paulo está aprisionado em Roma (2.9;
pela vontade de Deus. Paulo identifica aquele que o comissionou 11 Co 1.1-2; Introdução Data e Ocasião)
2Co 1.1; Ef 1.1; CI 11) •1.9 com santa vocação. O alvo da eleição e do chamado de Deus é a santifi-
de conformidade com a promessa da vida que está em Cristo Jesus. O cação do seu povo (Ef 1.4).
papel do apóstolo é proclamar a vida que está em Cristo 11Tm 1.16, nota) não ... graça. Essa é uma maravilhosa afirmação que a salvação é pela graça,
•1.2 amado filho. Ver Introdução a 1Timóteo: Data e Ocasião; 1Co 4.17 lcf 1Tm não por mérito humano IEf 2 8-9).
1.2).
conforme a sua própria determinação. O decreto de Deus da redenção está
graça ... nosso Senhor. Vernota em 1Tm 1.2. baseado exclusivamente no seu próprio propósito e prazer bondoso. Em outros lu-
•1.3-5 Como na maioria de suas cartas (com exceção de Gálatas. 1Timóteo e gares. esse propósito divino é identificado como misericórdia \lt 35) e amor (Ef
Tito), após a saudação, Paulo segue com palavras de ação de graças a Deus pelos 1.4-5)
destinatários da carta. Aqui ele enfoca o seu relacionamento com Timóteo e sua
antes dos tempos eternos. Uma afirmação de que o decreto divino da reden-
confiança na fé que Timóteo demonstra ter.
ção através de Cristo é desde a eternidade (Ef 1.4; Tt 1.2; 1Pe 1.20; Ap 138)
•1.4 Lembrado das tuas lágrimas. Provavelmente Timóteo tenha derramado
lágrimas na última vez que Paulo o deixou. •1.10 nosso Salvador Cristo Jesus. Cristo é o mediador da aliança da graça
(Tt 1.4; 2.13; 3 6)
estou ansioso por ver-te. Paulo antecipa seu pedido feito em 4.9,21.
o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade.
•1.5 Lóide ... Eunice. Essas mulheres são mencionadas somente aqui no Novo
Isto é, através de sua morte e ressurreição (Hb 2.14-15; Ap 1 18).
Testamento. Ver Introdução a 1Timóteo: Data e Ocasião.
•1.6-14 Paulo se dirige ao corpo da carta. Ao encora1ar Timóteo à ousadia e fideli- •1.11 pregador. Ver 1Tm 2.7.
dade, Paulo discute o evangelho e seu próprio papel na proclamação do mesmo. •1.12 estou sofrendo. Paulo está na prisão (v 8; 2.9)
•1.6 reavives o dom de Deus. Essa forte expressão sugere que Timóteo esta- não me envergonho. Tendo exortado Timóteo a não se envergonhar de falar de
va sendo menos convincente do que deveria no uso do dom espiritual que Deus Cristo lv 8). Paulo se apresenta como um modelo de ousadia diante de sofrimen-
lhe havia dado. tos 12 8-10; 310-11)
imposição das minhas mãos. Ver nota em 1Tm 1.18. aquele Dia. Dia do juízo (v. 18; 4.8).
1451 2 TIMÓTEO 1, 2
padrão das usãs palavras que de mim ouviste com fé e com o normas. 6 O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a parti-
amor que está em Cristo Jesus. 14 Guarda o bom depósito, cipar dos frutos. 7 Pondera o que acabo de dizer, 2 porque o
mediante o Espírito Santo que habita em nós. Senhor te gdará compreensão em todas as coisas.
s Lembra-te de Jesus Cristo, hressuscitado de entre os
A situação do apóstolo preso mortos, 1descendente de Davi, isegundo o meu evangelho;
e o procedimento de alguns de seus colaboradores 9 1pelo qual estou sofrendo maté algemas, como malfeitor;
15 Estás ciente de que todos os da Ásia me abandonaram; n contudo, a palavra de Deus não está algemada. 10 Por esta
dentre eles cito Ffgelo e Hermógenes. 16 Conceda o Senhor razão, ºtudo suporto por causa dos 3 eleitos, Ppara que tam-
misericórdia à vcasa de Onesíforo, porque, muitas vezes, me bém eles obtenham a salvação que está em Cristo Jesus, com
deu ânimo e nunca se envergonhou das minhas algemas; eterna glória. 11 Fiel é esta palavra:
17 antes, tendo ele chegado a Roma, me procurou solicita- qse já morremos com ele, também viveremos com ele;
mente até me encontrar. 18 O Senhor lhe xconceda, znaquele 12 'se perseveramos, também com ele reinaremos;
Dia, achar misericórdia da parte do Senhor. E tu sabes, me- 5
Se o negamos, ele, por sua vez, nos negará;
lhor do que eu, quantos serviços 4 me ªprestou ele em Éfeso. 13 se somos infiéis, ele permanece fiel,
pois de maneira nenhuma 1pode negar-se a si mesmo.
Os estímulos no combate da fé
e no sofrimento por Cristo As falsas doutrinas e os falsos crentes.
Tu, pois, ªfilho meu, bfortifica-te na graça que está em Como corrigi-los
2 Cristo Jesus. 2 E o que de minha parte ouviste através de
muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e
14 Recomenda estas coisas. "Dá testemunho solene a to-
dos perante Deus, para que evitem 4 contendas de palavras
também idôneos para instruir a outros. J cparticipa 1 dos que para nada aproveitam, exceto para a subversão dos ou-
meus sofrimentos d como bom soldado de Cristo Jesus. 4 e Ne- vintes. 15 vprocura apresentar-te a Deus aprovado, como
nhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja
porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou. bem a palavra da verdade. 16 Evita, igualmente, os 5 falató-
5 Igualmente, f o atleta não é coroado se não lutar segundo as rios inúteis e profanos, pois os que deles usam 6 passarão a
~~~~~~~~~~~~=
~ u 1Tm 6.3 16 v2Tm 4.19 18 xMc 9.41z2Ts110 a Hb 6.10 4me da V, alguns mss. Gr.
CAPÍTULO 2 1 a 1Tm 1.2 bEf 6.10 3 c2Tm 4.5 dlTm 1.18 l Cf. NU; TR e M Deves suportar o sofrimento 4 e[2Pe 2.20] S/[1Co 9.25]
7 gpy 2.6 2Cf. NU; TR e Me o Senhor te dê 8h1Co 15.4iRm13-4 iRm 2.16 9 IAt 9.16 mEf3.1 nAt 28.31 10 oEf3.13P2Co1.6 3es-
colhidos llQRm6.5,8 12T[Rm517;8.17]5Mt10.33 1J1Nm23.19 14UTt3.94batalhas 1SV2Pe1.10 165tagareliceva-
zia ô /evarão
•1.13 sãs palavras. Esse tema perpassa todas as cartas pastorais (1Tm 1.1 O. cendentes de Davi um reinado eterno (2Sm 7.12-16; Mt 1.1; Me 12.35; Lc
nota). 1.32-33; Jo 7.42; At 2.30-36; Ap 5.5). Quanto à associação da ressurreição de
•1.14 Guarda o bom depósito. Ver nota em 1Tm 6.20. Cristo e sua descendência de Davi, ver Rm 1.3-4.
•1.15-18 A preocupação de Paulo que Timóteo permaneça fiel levou-o a mostrar •2.9 estou sofrendo. Ver nota em 1.8.
exemplos específicos de infidelidade e fidelidade. •2.1 Oeleitos. Aqueles que Deus escolheu para serem salvos (Tt 1.1 ).
•1.15 todos. Paulo provavelmente esteja escrevendo com exagero intencional a salvação que está em Cristo Jesus. A salvação que vem através da fé em
para certificar-se de que seus leitores percebam a extensão da deslealdade. Cristo (3.15). Ver "Salvação", em At 4.12.
Ásia. Uma província romana que cruza o mar Egeu desde a Grécia até parte da eterna glória. Essa glória é a salvação final e completa dos eleitos na nova ordem
atual Turquia ocidental. Éfeso. onde Timóteo servia como representante de Paulo, de Deus. Os santos terão corpos ressurretos e naturezas humanas transformadas
era a cidade principal dessa província. (1 Co 15.42-49). Experimentarão a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. eco-
fígelo e Hennógenes. Não são mencionados em nenhum outro lugar do Novo nhecerão plenitude de alegria numa vida que lhes é garantida através da morte. res-
Testamento. Provavelmente Paulo os mencione porque contava com o apoio deles. surreição e ascensão de Cristo (v. 11; Mt 13.43; 1Tm 1.16, nota; cf. SI 16.11)
•1.16 Onesíforo. Membro da igreja de Éfeso que se distinguiu por sua lealdade •2.11 Fiel é esta palavra. Ver nota em 1Tm 1.15. O que segue pode ser parte
a Paulo (v. 18; cf. 4.19). de um antigo hino cristão.
•1.17 tendo ele chegado a Roma. Onesíforo pode ter ido a Roma a fim de aju- Se já morremos com ele. Uma referência à união do crente com Cristo na sua
dar Paulo. morte na cruz (Rm 6.3-11 ).
•1.18 naquele Dia. O dia do juízo (v. 12; 4.8). •2.12 se perseveramos. Isso se refere à perseverança no sofrimento (v. 10).
•2.1-13 Paulo novamente exorta Timóteo a permanecer fiel. começando com também com ele reinaremos. Uma imagem do Novo Testamento para a glória
três analogias da vida diária para enfatizar a sincera devoção a uma tarefa. eterna que os cristãos recebem por meio de Cristo (Mt 19.28; Rm 5.17; Ap 3.21,
•2.1 filho meu. Ver nota em 1.2. 5.1 O; 20.4,6; 22.5).
•2.2 através de muitas testemunhas. Isso pode referir-se à ordenação de Ti- se o negamos, ele, por sua vez, nos negará. Uma advertência sensata contra
móteo (16; 1Tm 1.18; 4.14). a apostasia (Mt 1033).
homens fiéis e também idôneos para instruir a outros. Presumivelmente •2.13 se somos infiéis, ele pennanece fiel. Essa é uma maravilhosa afirmação
presbíteros ou bispos (1Tm 3.2; 5.17; cf. Tt 1.7, nota\. da certeza que. embora sejamos chamados à perseverança e fidelidade, em última
•2.5-6 coroado ... frutos. Essas duas analogias acrescentam uma promessa de análise, a salvação não se baseia na nossa fidelidade, mas na de Cristo (v. 19).
recompensa futura (vs. 10-12\. de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo. A esperança cristã está fir-
•2.8 ressuscitado de entre os mortos. A ressurreição de Cristo está no centro memente enraizada no imutável caráter de Deus (Nm 23.19; Tt 1.2).
da teologia paulina (Rm 6.4-1 O; 1Co 15.12-22\ Ela é a base para a esperança ex- •2.14 contendas de palavras. Uma das características dos falsos mestres (v.
pressa nos vs. 11-12. 23; 1Tm 1.4; 6.4; Tt 3.9\.
descendente de Davi. Jesus cumpre a promessa de Deus de dar a um dos des- •2.15 a palavra da verdade. Oevangelho (2.8-9; 4.2).
2 TIMÓTEO 2, 3 1452
impiedade ainda maior. 17 Além disso, a linguagem deles Os males e as corrupções dos últimos dias
corrói como câncer; entre os quais se incluem xHimeneu e Sabe, porém, isto: ªnos últimos dias, sobrevirão 1 tempos
Fileto. 18 Estes se desviaram da verdade, z asseverando que a 3
difíceis, 2 pois os homens serão egoístas, avarentos, jac-
ressurreição já se realizou, e estão pervertendo a fé a alguns. tanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais,
19 Entretanto, ªo firme fundamento de Deus permanece, ingratos, irreverentes, 3 desafeiçoados, 2 implacáveis, calunia-
tendo este selo: dores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, 4 btraido-
O Senhor bconhece os que lhe pertencem. res, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que
E mais: amigos de Deus, s ctendo forma de piedade, dnegando-lhe,
Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome entretanto, o poder. eFoge também destes. 6 Pois/entre estes
7 do Senhor. se encontram os que penetram sorrateiramente nas casas e
20Qra, numa grande casa não há somente cutensílios de conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados,
ouro e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns, conduzidas de várias paixões, 7 que aprendem sempre e ja-
para honra; outros, porém, para desonra. 21 Assim, pois, se al- mais podem 8chegar ao conhecimento da verdade. 8 E, hdo
guém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também
honra, 8 santificado e útil ao seu possuidor, d estando prepara- estes resistem à verdade. ;São homens de todo corrompidos
do para toda boa obra. 22 e Foge, outrossim, das paixões da na mente, iréprobos quanto à fé; 9 eles, todavia, não irão
mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de avante; porque a sua insensatez será a todos evidente, 1como
coração puro, invocam o Senhor. 23 E repele as questões in- também aconteceu com a daqueles.
sensatas e absurdas, pois sabes que só engendram contendas.
24 Ora, é necessário que!o servo do Senhor não viva a con- Paulo elogia a Timóteo por sua.firmeza
tender, e sim deve ser brando para com todos, 8apto para ins- e o exorta a permanecer leal à 11erdade
truir, hpaciente, 25 idisciplinando com mansidão os que se 10 mTu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, proce-
opõem, ina expectativa de que Deus lhes conceda não só o dimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança,
arrependimento 1para conhecerem plenamente a verdade, 11 as minhas perseguições e os meus sofrimentos, quais me
26 mas também o retorno à sensatez, mlivrando-se eles dos la- aconteceram nem Antioquia, ºlcônio e PlJstra, - que variadas

.
ços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem perseguições tenho suportado! qDe todas, entretanto, me livrou
a sua vontade .
~--~---~- ~ ~-~---~-~~
o Senhor. 12 Ora, 'todos quantos querem viver piedosamente
- -

22e1Tm 6.11 24/Tt 3.UTt 1 9h1Tm 3.3 25 iGI 6.1iAt8.22 11Tm 2.4 26m1Tm 3.7
-- ----~-~~-~~----- -~--~~-~~
17X1Tm1.20 18 2 1Co15.12 19ª[1Co311]b[NaU]7Cf.NUeM;TRdeCristo 20CRm9.21 21d2Tm3.17Bguardado

CAPÍTULO 3 ta 1Tm 4.1 1tempos de pressão 3 2 irreconci/1ave1s 4 b 2Pe 2.1 O 5 CTt 1 16 d 1Tm 5_8 e 2Ts 3 6 6 /Mt 23.14
781Tm2.4 8hÊx7.11-12.22;8.7;911 i1Tm6.5iRm1.28 91Êx7.11-12;8.18;9.11 tomnm4.6 li nAt13.44-52ºAt
14.1-6, 19 P At 14 8-20 q SI 34.19 12 r [SI 34.19]
•2.17 Himeneu. Também mencionado em 1Tm 1.19-20, como alguém que veio prios falsos mestres. Observa o impacto destes sobre a igreja de Éfeso, mas con-
a "naufragar na fé" clui com a afirmação que eles serão mal sucedidos no fim.
Fileto. Não é citado em nenhum outro lugar do Novo Testamento. •3.1 nos últimos dias. A era inaugurada pela primeira vinda de Cristo e comple-
•2.18 a ressurreição já se realizou. A crença gnóstica negava a futura ressur- tada por sua segunda l 1Tm 4.1 . nota).
reição corporal dos cristãos e. em seu lugar. afirmava uma ressurreição espiritual •3.5 tendo forma de piedade, negando-lhe. entretanto, o poder. A aparên-
na conversão; disso resultou uma ênfase exagerada na experiência do presente cia que os falsos mestres têm de cristãos é que os torna tão perigosos !Mt
l1Co 15.12-14). 7 15.21-23).
estão pervertendo a fé a alguns. As doutrinas dos falsos mestres são in- •3.6 mulherinhas sobrecarregadas. O argumento de Paulo não é que todas
compatíveis com o evangelho. Timóteo deveria advertir a igreja contra os mes- as mulheres são assim. mas gue algumas foram especialmente vulneráveis ao
mos lv. 14). engano. Os falsos mestres de Efeso tiveram especial sucesso no engano de mu-
•2.19 o finne fundamento de Deus. A Igreja lcf. 1Tm 3.15) que é a eleita de lheres 11Tm 2.14; 513-15)
Deus. •3.8 Janes e Jambres. Na tradição judaica. estes nomes foram dados a dois
pennanece. Em contraste com aqueles que se desviam lv 18). mágicos egípcios que se opuseram a Moisés diante de Faraó IÊx 7---8).
selo. Uma expressão que denota a idéia de posse e segurança. •3.10-17 Conservando plenamente diante de si o problema dos falsos mestres.
OSenhor conhece os que lhe pertencem. Uma citação de Nm 16.5 Ide acor- Paulo passa a encorajar mais uma vez Timóteo à fidelidade. primeiramente em
do com a tradução da Septuaginta). Oeterno decreto da eleição está inscrito so- termos do exemplo dado por ele e. depois. como obediência à Escritura.
bre o povo de Deus (v. 11). que garante a segurança do corpo de Cristo IJo •3.10-11. Mais uma vez Paulo apela para a sua própria vida como um exemplo
10.29). para Timóteo l 1.11-13; 28-10).
Aparte-se. O chamado divino para a santidade também está inscrito sobre a •3.11 Antioquia, lcônio e Listra. Três cidades da província romana da Galácia
congregação de membros da Igreja de Cristo lv 21 ). incluindo o repúdio ao falso onde Paulo pregou o evangelho na sua primeira viagem missionária !At
ensino. 13.14-1420). Apesar de significativa oposição, Paulo teve sucesso em estabe-
•2.20-21 Estes versículos apresentam um exemplo da vida diária sobre a impor- lecer uma igreja em cada uma dessas cidades !At 14.21-23). Paulo menciona es-
tância da santidade - ser separado para uma tarefa nobre !piedosa). sas cidades. incluindo Listra. a cidade natal de Timóteo. a fim de apelar para as
•2.23 questões... contendas. Ver nota em 2.14. raízes da fé mostrada por Timóteo lvs 14-15; 1.5)
•2.25-26 Ocristão nunca deve pensar que aqueles que são enredados pelo falso me livrou o Senhor. Ver 4.18 e nota.
ensino do diabo estão irremediavelmente perdidos. Oevangelho deve ser procla- •3.12 todos quantos querem viver piedosamente ... serão perseguidos. O
mado a todos. Novo Testamento ensina que cristãos devem esperar perseguição !Mt 10.17-18;
•3.1·9 Paulo continua no tema do ensino falso, voltando-se ao ataque dos pró- Jo 15.20; 1Pe 4.12; 5.9).
1453 2 TIMÓTEO 3, 4

\ A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS li


1 2Tm 3.18 .
1 Oprincípio cristão da autoridade bíblica significa que Deus é o autor da Bíblia e deu-a para dirigir a crença e o comporta-
. mento do seu povi>. Nossas idéias a respeito de Deus e da nossa conduta devem ser medidas, testadas e, onde necessário, j
corrigid~s e ampliadas de acordo com a Bíblia, c~mo padrão de referência. Autoridade é também o direito de ordenar. A Pala-
i
1

vra escnta de Deus, em sua verdade e sabedoria, é o meio que Deus escolheu para exercer o seu governo sobre nós, e as '
Escrituras são o instrlJmeilto do senhorio de Cristo sobre a Igreja. A obra das Escrituras na Igreja é ilustrada pelas sete cartas
do Apocalipse (Ap 2; 3).
Oponto da Vi.. tatólico Romano a respeito da Bíblia tem comprometido sua autoridade única pelo fato de combiná-la com
a tradição da tdfeja: Os CatóUcos Romanos aceitam a Bíblia como verdade dada por Deus, mas insistem em dizer que a Bíblia
é incompleta sem âinterpretação oficial da Igreja, conforme esta é dirigida pelo Espírito. No passado, a autoridade que a Igreja
se arrogava sobre a Bíblia levou-a a desencorajar ou a proibir que os cristãos comuns lessem as Escrituras. Nos tempos pre-
sentes, a Igreja Católica Romana encoraja todos os cristãos a ler a Bíblia.
Muitos protestantes entendem que a autoridade peculiar da Bíblia reside no seu conteúdo, ou na experiência e intuição de
seus autores humanos. A pressuposição central (nesse caso) é a de que a Bíblia permanece fundamentalmente um livro hu-
mano e não uma revelação divina. A Bíblia é um guia para suas experiências religiosas, mas não é claramente distinta de ou-
tras fontes, tais como de movimentos políticos e forças sociais. Muito freqüentemente, a Bíblia é substituída porvozes que se
opõem a ela.
OProtestantismo histórico aceita as Escrituras como aúnica revelação escrita de Deus. Elas são inspiradas ou "sopradas"
por Deus (2Tm 3.16}, o que as distinguem de todas as outras palavras. Como resultado, as Escrituras são infalíveis e verdadeiras
em tudo o que afirmam. São suficientes e contêm tudo o que é necessário saber para a salvação e a vida eterna. São claras,
de modo que uma pessoa sem preparação especial pode entender aquilo que Deus exige, sem a intervenção de um intérprete
oficial.
As Escrituras canônicas são a voz de Deus no mundo. Têm a autoridade ou direito de ordenar, que corresponde ao seu Au-
tor divino. Por essa razão, submetemos às Escrituras nossos pensamentos e nossos padrões morais. Foi através do reconhe-
cimento de que a Biblia não pode estar sujeita a qualquer pessoa ou grupo, por mais nobres que sejam, que os Reformadores
libertaram sua consciência das tradições e autoridades humanas.

em Cristo Jesus serão perseguidos. 13 5 Mas os homens perver- preensão, para a correção, para a 3 educação na justiça, 17 z a
sos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enga- fim de que o homem de Deus seja perfeito e ªperfeitamente
nados. habilitado para toda boa obra.

A inspiração, valor e utilidade das Santas Escrituras A fidelidade e o zelo na pregação


14Tu, porém, 1permanece naquilo que aprendeste e de ªConjuro-te, 1perante Deus e Cristo Jesus, bque há de
que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste 15 e que,
desde a infância, sabes "as sagradas letras, que podem tornar-
4 julgar vivos e mortos, 2 pela sua manifestação e pelo seu
reino: 2 prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não,
te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. 16 vToda a ccorrige, drepreende, eexorta com toda a longarlimidade e
Escritura é inspirada por Deus x e útil para o ensino, para are- doutrina. 3/Pois haverá tempo em que não suportarão a gsã
~ ===----==-==---=-= ~-==-= =~----=-::--=-::=
~ 13 s 2Ts 2. 11 14 12Tm 1.13 1S u Jo 5.39 16 v [2Pe 120) xRm 4.23; 15 4 3treinamento, d1sC1p/liw 17z1Tm 6. 11 ª 2Tm 2.21
CAPÍTULO 4 1 a 1Tm 5.21 b At 10.42 l Cf. NU; TR e M acrescentam portanto, NU omite 2Cf. NU; TR e M na 2 cn 215d1Tm 5.20 e
1Tm 4.13 3f2Tm 3.1gnm1.10
•3.14 de quem o aprendeste. Uma referência à mãe e à avó de Timóteo 11 5) A Bíblia foi soprada pelo Espírito de Deus 12Pe 1.21 ). Deus é a fonte e o autor fi-
bem como ao próprio Paulo. nal da Escritura. Embora escrita por autores humanos, a Escritura, porém. man-
•3.15 desde a infância. De acordo com o costume, o pai judeu devia começar a tém o pleno peso da autoridade divina. Ver nota teológica "A Autoridade das
instruir a criança na lei quando esta atingia cinco anos de idade. Escrituras".
sabes as sagradas letras. Ds falsos mestres interpretaram erroneamente o •4.1-5 Paulo conclui o seu apelo a Timóteo, iniciado em 1.6
Antigo Testamento 11Tm 1.7; Tt 3.9). Timóteo precisa lembrar a devida instrução •4.1 perante Deus. Paulo menciona testemunhas para incutir em Timóteo a
que recebeu de sua mãe e avó. As "sagradas letras" são os livros do Antigo Testa- máxima seriedade na sua tarefa.
mento. ONovo Testamento ainda não existia em forma de coleção. Na realidade, Cristo Jesus, que há de julgar. Sobre Cristo como 1uiz. ver v. 8; Mt 25.31-46;
é provável que vários dos livros do Novo Testamento ainda não tivessem sido es- Jo 5.22,27; At 10.42.
critos.
sua manifestação. Segunda vinda de Cristo lcf. o v. 8; 1Tm 6. 14; Tt 2. 13)
salvação ... em Cristo Jesus. Interpretado corretamente, o Antigo Testamento
faz com que as pessoas compreendam o papel central de Jesus Cristo no plano •4.2 a palavra. Oevangelho lcf. 2. 15).
geral de Deus para a sua criação. quer seja oportuno, quer não. Em toda situação, seja boa ou má, a Palavra
•3.16 Toda a Escritura. O Antigo Testamento lv. 15, nota). deve ser proclamada.
é inspirada por Deus. Ou "Deus soprou". Esta é uma das mais importantes ex- •4.3 suportarão. Possivelmente uma referência a algumas pessoas que têm li-
pressões do Novo Testamento sobre a doutrina da inspiração divina da Escritura. gação com a igreja.
2 TIMÓTEO 4 1454
doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres hsegundo as me dará 'naquele Dia; e não somente a mim, mas também a
suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvi- todos quantos amam a sua vinda.
dos; 4 e se recusarão a dar ouvidos à verdade, i entregando-se
às fábulas. s Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, isuporta O apóstolo abandonado pelos homens,
as aflições, faze o trabalho de 1um evangelista, cumpre cabal- não por Deus
mente o teu ministério. 9 Procura vir ter comigo depressa. to Porque 5 Demas,
ttendo amado o presente século, me abandonou e se foi para
O apóstolo prevê o seu martírio Tessalônica; Crescente foi para a Galácia, Tito, para a Dalmá-
6 Quanto a mim, mestou sendo já oferecido por libação, e eia. 11 Somente Lucas está comigo. Toma contigo "Marcos e
o tempo da nminha partida é chegado. 7 ºCombati o bom traze-o, pois me é útil para o ministério. 12 Quanto a vTíqui-
combate, completei a carreira, guardei a fé. B Já agora a Pco- co, mandei-o até Éfeso. 13 Quando vieres, traze a capa que
roa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto qjuiz, deixei em Trôade, em casa de Carpo, bem como os livros,

• ~h-;T~ ;6- 4 ;1Tm ~.4~ -572;m~;l;t ;1~ - 6-m~p~ ;-7-~ ~P~;l- ; 0~1Cci ;2;.;~;P~g-11-2 9Jo 52; ,~2T~ ~1; 1-0-.;C~--~ ~.
4.1411Jo215 llUAt12.12,25;15.37-39 12VAt20.4
sã doutrina. Ver nota em 1.13. depressa. Ver nota do v. 21.
coceira nos ouvidos. Algumas pessoas têm um interminável fascínio com •4.1 ODemas. Cooperador presente com Paulo durante seu primeiro aprisiona-
tudo, menos com a verdade. mento em Roma (CI 4.14; Fm 24)
•4.4 fábulas. Vernota em 1Tm 1.4. Tessalônica. Cidade na província romana da Macedônia onde Paulo havia esta-
•4.5 Uma exortação final à fidelidade. mesmo que outras pessoas se desviem. belecido uma igreja em sua segunda viagem missionária (At 17 .1-10)
•4.6-8 A morte iminente de Paulo é a razão para este extenso apelo a Timóteo Crescente. Não mencionado em qualquer outro lugar do Novo Testamento. Ao
(Introdução Data e Ocasião) que tudo indica, era outro cooperador de Paulo.
•4.6 já. Paulo aceita sua inevitável morte, mesmo que esta ainda este1a vários Galácia. Uma província romana visitada por Paulo em sua primeira viagem mis-
meses à sua frente. sionaria (311, nota).
oferecido por libação. Essa metáfora referente à morte (cf Fp 2.17) é extraída Tito. Outro dos cooperadores de Paulo. Ver Introdução a Tito: Data e Ocasião.
da linguagem do sistema sacrificial do Antigo Testamento. Uma libação de vinho
Dalmácia. Outro nome para a província romana do !lírico, a província mais oci-
era derramada no santuário como oferenda a Deus (Nm 155,7, 1O; 287) Paulo
dental atingida por Paulo em suas primeiras três viagens missionárias (Rm
compreende sua iminente morte como uma oferenda a Cristo
15 19)
minha partida. Outra metáfora aplicada à morte (Fp 1 23). Paulo apegou-se fir-
•4.11 Lucas. O"médico amado". mencionado em CI 4.14; Fm 24, que viajou em
memente à esperança e certeza dum destino além do sepulcro (v. 18).
companhia de Paulo durante boa parte de sua segunda e terceira viagens missio-
•4.7 Com essas três metáforas. Paulo expressa o fim de seu ministério. Sua
nárias (Introdução a Lucas: Autor).
preocupação não é com o sucesso que ele tenha sido, mas que ele tenha sido
fiel ao seu Senhor. Toma contigo Marcos e traze-o. Um belo exemplo do perdão cristão. João
Marcos havia se separado de Paulo e Barnabé durante sua primeira viagem mis-
•4.8 a coroa da justiça. Talvez a coroa concedida pela vida fiel de alguém que
s10nária (At 1313), resultando na dissolução da parceria entre Paulo e Barnabé
recebeu a justiça de Cristo mediante a fé (Rm 322). Mais precisamente, essa é a
coroa que consiste de perfeita justiça - a vida eterna dada ao crente como clí- (At 1537-39). Posteriormente, Marcos recuperou o favor de Paulo (CI 410; Fm
max do processo de santificação (2.1 O; Tg 1.12; 1Pe 5.4; Ap 2.10) 24) Agora, no fim de sua vida. Paulo quer vê-lo, pois "me é útil"
reto juiz. Cristo no seu papel de juiz que traz à conclusão a obra por ele iniciada •4.12 Tíquico. Cooperador de Paulo mencionado em At 20.4; Ef 6.21; CI 4.7; Tt
nos seus eleitos. 312.
naquele Dia. Odia do juízo (1.12. 18). até Éfeso. Tíquico deve levar esta carta a Timóteo e servir como seu substituto.
a sua vinda. A segunda vinda de Cristo (v 1). •4.13 capa. Pesada peça de roupa de lã usada para proteção contra umidade e
•4.9-18 Paulo volta agora à razão principal da escrita da carta: ele deseja ver Ti- frio Paulo está antecipando a chegada do inverno (v. 21 ).
móteo pela última vez. Paulo dá várias instruções a Timóteo sobre sua viagem a Trôade. Um porto que ligava a província da Ásia com a Macedônia cruzando o
Roma. Informa-o de sua atual situação e conclui com uma profunda expressão de mar Egeu (At 16.7-8, nota) Paulo tinha via1ado através de Trôade em sua segunda
confiança em seu Senhor. e terceira viagens missionárias (At 16.8, 11; 20.5-6). Não se sabe ao certo quando
•4.9 Procura vir ter comigo. Paulo havia dado a entender seu desejo de ver Ti- Paulo esteve em Trôade em sua quarta e última viagem missionária.
móteo em 1.4. Carpo. Não é mencionado em qualquer outro lugar do Novo Testamento.
1---
Timó~eo
1-------- Timóteo precisa ...
_O "!inistérfo de (4.5)
Porque...
-
1

-\

·manto pelo evangelho (1.8; 2.3) AtnVés de tal participação, outros serÍo salvos
{2.10)
A falsa doutrina espalha-se e leva à impiedade
(2.16-17)
Ele precisa ser purificado e separado para o uso
do Mestre (2.21)
Ele precisa brandamente levar outros à verdade
(2.24-26)
Diligentemente pregar o evangelho (4.2) Grande apostasia está vindo (4.3-4) 1

------------------ ----·--·-··--- - --· - -------- _ _ _ _ _J


1455 2 TIMÓTEO 4

especialmente os pergaminhos. 14 x Alexandre, o latoeiro, ca- seu reino celestial. "'A ele, glória pelos séculos dos séculos.
usDu-me muitos males; o Senhor lhe dará a paga segundo as Amém!
suas obras. IS Tu, guarda-te também dele, porque resistiu for-
temente às nossas palavras. ló Na minha primeira defesa, nin- As saudações finais e a bênção
guém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram. zoue 19 Saúda fPrisca, e Áqüila, e a casa de gOnesíforo. 20 h Eras-
isto não lhes seja posto em conta! 17 ªMas o Senhor me assis- to ficou em Corinto. Quanto a iJrófimo, deixei-o doente em
tiu e me revestiu de forças, bpara que, por meu intermédio, a Mileto. 21 Apressa-te a vir antes do inverno. Êubulo te envia
pregação fosse plenamente cumprida, e todos os gentios a ou- saudações; o mesmo fazem Prudente, Lino, Cláudia e os ir-
vissem; e fui clibertado da boca do leão. 18 d O Senhor me li- mãos todos.
vrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o 22 O Senhor 3 seja com o teu espírito. A graça seja convosco.

• 14x1Tm 1.20 1ó z At 7.60 17 a At 23.11 b At 9.15 CJ Sm 17.37 18 d-S~l~12~1~.7~e~R~m~11~.3~6~1~9~f~A~t~18~.2~g~2~T~m~1~.1~6~2~0~h~R~m~~~


16.23 i At 20.4; 21.29 22 3 Cf. NU; TR e M acrescentam Jesus Cristo; NU omite
pergaminhos. Pergaminho é un; material de escrita feito de peles de animais, me aparece noutros lugares em Atos e nas cartas de Paulo. Ela e seu marido
especialmente ovelhas e cabras. Eprovável que Paulo tivesse solicitado partes do Áqüila tinham sido amigos de Paulo desde o tempo que ele visitou Corinto pela
Antigo Testamento. primeira vez durante a sua segunda viagem missionária. Eles eram judeus e,
•4.14 Alexandre, o latoeiro. Ver nota em 1Tm 1.20. como Paulo, fabricantes de tendas IAt 18.2-3) Vieram de Roma a Corinto. Pos-
causou-me muitos males. Esse incidente não é mencionado em qualquer outra teriormente, acompanharam Paulo a Éfeso IAt 18.18-19) e ali hospedaram uma
parte do Novo Testamento. igreja em sua casa por vários anos, antes de retorn,arem a Roma IRm 16.3-4;
1Co16.19). Agora, ao que parece, tinham voltado a Efeso, onde Timóteo estava
O Senhor lhe dará a paga segundo as suas obras. Isto é, no dia do juízo final
11Tm 13).
IMt 16.27; Rm 2.6; Ap 22.12).
a casa de Onesíforo. Ver nota em 1.16. Essa saudação indica que Timóteo con-
•4.16 primeira defesa. Uma audiência preliminar antes do julgamento de Paulo
tinuava em Éfeso (1.18).
propriamente dito, o qual ele agora espera !Introdução: Data e Ocasião)
•4.20 Erasto. Presumivelmente a mesma pessoa mencionada em Rm 16.23
Que isto não lhes seja posto em conta. Uma expressão de perdão frente à como tesoureiro de Corinto.
morte, que relembra Cristo (Lc 23.34) e Estêvão IAt 7 60).
Corinto. A capital da província romana da Acaia. Foi visitada por Paulo na sua se-
•4.17 Mas o Senhor me assistiu. Paulo havia aprendido há muito tempo que gunda e terceira viagens missionárias. Corinto fica a 80 km de distância a oeste
sempre podia depender daquele que o havia comissionado (2Co 12.9-1 O; Fp de Atenas.
411-13)
Trófimo. Membro da igreja de Éfeso que tinha acompanhado Paulo a Jerusalém
a pregação fosse plenamente cumprida. Isso provavelmente se refira à pro- no final de sua terceira viagem missionária IAt 20.4; 21.29).
clamação do evangelho por Paulo na sua audiência preliminar.
Mileto. Porto marítimo bem ao sul de Éfeso que Paulo visitou no fim de sua ter-
todos os gentios a ouvissem. Paulo havia pregado o evangelho num fórum pú- ceira viagem missionária IAt 20.15, 17). Não se sabe ao certo quando Paulo visi-
blico no centro do Império Romano. tou Mileto na sua quarta e última viagem missionária.
fui libertado da boca do leão. Uma metáfora ao escapar da morte por um triz. •4.21 antes do inverno. O clima no inverno impediria a viagem de navio. Paulo
A audiência preliminar de Paulo tinha resultado em suspensão temporária da pode ter sentido que, se Timóteo esperasse tempo demais, não chegaria antes
pena. de sua execução lv. 9). De qualquer maneira, precisava de sua capa antes do in-
•4.18 me livrará também de toda obra maligna. Paulo não acredita que Je- verno (v. 13).
sus impedirá sua morte física lv. 61, mas está expressando sua absoluta confian- Êubulo,,, Prudente, Lino, Cláudia. Esses devem ser cristãos residentes em
ça em Cristo (213). Roma, embora nenhum deles seja mencionado em qualquer outro lugar do Novo
me levará salvo para o seu reino celestial. Essa é a esperança final de todos Testamento. De acordo com a tradição Católica Romana, Lino sucedeu a Pedro
aqueles que confiam em Cristo. como bispo de Roma.
•4, 19-21 Conforme seu costume, Paulo encerra a carta com saudações pes- •4.22 A graça seja convosco. Aqui a palavra grega está no plural: "vós" l"con-
soais e uma bênção. vosco"). Provavelmente Paulo desejasse que a carta fosse lida para toda a igreja
•4.19 Prisca, e Áqüila. "Prisca" é uma forma abreviada de "Priscila", confor- IHm 6.21, nota; Tt 3.15).

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