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Índice: Élulas Solares

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Índice

1.0. INTRODUÇÃO...............................................................................................................2

1.1. Objectivos....................................................................................................................3

1.1.1. Objectivo geral.....................................................................................................3

1.1.2. Objectivos específicos..........................................................................................3

1.2. Metodologias................................................................................................................3

2.0. CÉLULAS SOLARES............................................................................................................4

2.1. Células solares de filmes finos.....................................................................................5

2.1.1. TÉCNICAS DE OBTENÇÃO DE CÉLULAS DE FILMES FINOS...........................................7

2.1.2. CÉLULAS SOLARES DE SELENETO DE CÁDMIO...........................................................8

2.1.2.2. Caracterização das células solares de seleneto de cadmio.................................8

3.0. Conclusão.........................................................................................................................9

4.0. Referências bibliográficas..............................................................................................10


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1.0. INTRODUÇÃO

Os estudos científicos com objectivo de procurar outras fontes de energia tem


aumentando, visto que as fontes primárias têm poluído de forma significativa o meio
ambiente e isso condiciona a vida do homem no planeta terra.

Diante da necessidade de diversificação das fontes energéticas e de políticas ambientais


cada vez mais restritivas, as pesquisas nas últimas décadas têm focado muito no
desenvolvimento de fontes alternativas de energia menos poluentes, renováveis e que
produzam menor impacto ambiental. Como fruto dessas pesquisas já é observada a
extracção de energia proveniente dos ventos (Energia Eólica), das marés (Energia
Mareomotriz), do calor interno da Terra (Energia Geotérmica), da luz do sol (Energia
Solar).O aumento da demanda por energias alternativas que minimizam a poluição e
tem um impacto ambiental positivo, estimulam a procura por novas técnicas para
reduzir a complexidade dos processos utilizados para captar assim como para aumentar
a sua eficiência dessa energia.

O aproveitamento da energia solar recorrendo-se a sistemas fotovoltaicos consiste na


conversão directa da radiação solar em electricidade com base em materiais
semicondutores, materiais esses que possuem características intermediárias entre os
condutores e os isolantes.
Sendo as células solares os principais componentes para compor um sistema
fotovoltaico (painel solar), há necessidade de se estudar os métodos ou estratégias mais
viáveis em termos de qualidade em termos de comportamento eléctrico para se aferir a
maior eficiência do nosso sistema, nesta ordem de ideias surge o presente trabalho
subordinado ao tema células solares de seleneto de cadmio com o objectivo de estudar
meios alternativos para a produção de células solares com maior eficiência.
Em termos organizacionais o trabalho apresenta uma estrutura simples seguindo as
normas de produção e apresentação de trabalhos científicos na UniSave onde temos:
introdução (contextualização, objectivos e metodologias), desenvolvimento, conclusão e
referências bibliográficas.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 Estudar as tecnologias de produção de células solares de filmes finos: células solares
de seleneto de cadmio
1.1.2. Objectivos específicos
 Descrever células solares de filmes finos;
 Identificar as técnicas de obtenção dos filmes finos;
 Caracterizar quanto a produção e eficiência as células solares de seleneto de cadmio;
1.2. Metodologias

Para a compilação deste trabalho de pesquisa de natureza bibliográfica recorreu-se a


pesquisas bibliográficas ou revisões da literatura das diversas obras, artigos, trabalhos,
dissertações que versam sobre o mesmo tema por meio de leituras, elaboração de
pequenos resumos até a compilação final do trabalho com as devidas obras citadas e
referenciadas.
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2.0. CÉLULAS SOLARES

A era moderna da tecnologia de células solares iniciou-se nos anos 40 e 50 com o


desenvolvimento do processo Czochralski para produção de silício cristalino de alta
pureza. Em 1954, CHAPIN e colaboradores, dos laboratórios Bell, reportaram uma
eficiência de 6% para células de silício monocristalino, desenvolvimentos tecnológicos
permitiram alcançar para estas células eficiência de 14% já em 1958.

Uma célula solar é um dispositivo que tem seu funcionamento fundamentado no efeito
fotovoltaico que consiste, essencialmente, na conversão de energia luminosa incidente
sobre materiais semicondutores, convenientemente tratados, em electricidade.

As células solares, ou fotovoltaicas, consistem basicamente de duas camadas de


material semicondutor, um tipo p e outro tipo n.

Figura 1: esquema básico de um célula solar

Fonte: Falcão, (2005)

A figura acima mostra, esquematicamente, o que ocorre numa célula fotovoltaica,


quando fotões atingem a camada absorvedora de uma célula, pares electrão-buraco são
gerados e separados pelo campo eléctrico embutido, ou seja, electrões são arrastados
para o lado n e buracos são arrastados para o lado p. Assim, surge uma diferença de
potencial nos terminais da célula, a qual variará proporcionalmente conforme a
intensidade da luz incidente.

Os fotões absorvidos devem ter energia igual ou maior que a energia de banda proibida
do semicondutor utilizado como camada absorvedora, assim, o que interessa para o
funcionamento das células fotovoltaicas são os fotões com comprimento de onda do
visível até ao infravermelho próximo, o que corresponde a comprimentos de onda de
cerca de 390 a 1100 nm ou, em termos de energia, 1,1 a 3,1 eV. Dessa forma, materiais
semicondutores que apresentam energia de banda proibida dentro dessa faixa, como Si,
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GaAs, CdTe, CdSe, CuInSe2, entre outros, são os possíveis candidatos para serem
utilizados como camada activa nestes dispositivos

A evolução das células solares ao longo dos anos é classificada em gerações, onde as
células baseadas em silício encontram-se geralmente na primeira . A segunda geração de
células solares é baseada na tecnologia de filmes finos, esta tecnologia baseia-se no uso
de camadas muito finas de materiais semicondutores dos quais o silício amorfo é o mais
conhecido.

2.1. Células solares de filmes finos

A tecnologia dos filmes finos surgiu após as tecnologias cristalinas, essa tecnologia
ainda encontra-se em fase de desenvolvimento e industrialização. Eles são fabricados
por meio da deposição de finas camadas de materiais (silício e outros) sobre uma base
que pode ser rígida ou flexível. Os seus processos de fabricação são mais simples,
quando comparados com os dispositivos mono e policristalinos além disso, os filmes
finos podem ser produzidos em qualquer dimensão e por isso seus módulos são
formados por uma grande única célula fabricada. Em contrapartida, apresentam
degradação acelerada. A melhor aplicação para essa tecnologia está em calculadoras,
relógios e outros produtos onde o consumo de energia é baixo. Tais células são
eficientes sob iluminação artificial (principalmente sob lâmpadas fluorescentes).

Os filmes finos podem ser definidos como uma camada de material, sólida ou líquida,
com a menor de suas dimensões entre Angstrons e micrómetros, quando ultrapassada
essa zona dimensional, são considerados filmes espessos, caracterizados por acumular
grandes grãos, aglomerados de espécies iónicas, moleculares ou atómicas.

Durante muitos séculos, foram utilizados apenas como revestimentos decorativos,


passando a ser alvo de inúmeras pesquisas, isto é, à medida que foram reconhecidos
como uma das principais fontes de melhoria das propriedades de novos materiais como
resultado, estão presentes nos mais variados sistemas, suprindo as necessidades do
quotidiano e auxiliando no avanço da tecnologia.

As células de filmes finos são a esperança na substituição das células de silício mono e
policristalino. Também, actualmente, são grande campo de pesquisas em
desenvolvimento, pois a ideia é usar pouco material, reduzir os custos de aquisição, ter
processos mais simples, garantir maior eficiência energética, diminuir o consumo de
energia e produzi-las em larga escala.
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As células solares de filmes finos podem ser produzidas de diversas maneiras, entre elas
estão o processo:

 Pulverização catódica;
 Electrodeposição;
 Sublimação em espaço reduzido;
 Deposição por banho químico e
 Deposição química a vapor em baixas pressões.

Estes tipos de células solares são manufacturadas através da deposição de uma ou mais
camadas finas de materiais fotossensíveis em substratos, a espessura destas camadas
pode variar entre alguns nanómetros e alguns micrómetros.

Vários materiais cumprem os requisitos necessários, todos eles pertencentes aos grupos
XI, XIII e XVI da tabela periódica. Os elementos Cobre, Prata e Ouro encontram-se no
grupo XI, elementos pertencentes a este grupo são maleáveis e em alguns casos muito
resistentes à corrosão e a reacções oxidantes.

Elementos como por exemplo Alumínio, Gálio e Índio pertencem ao grupo XIII, os
elementos deste grupo são caracterizados pela presença de três electrões de valência por
como uma elevada maleabilidade (à excepção do Boro) e por uma tendência em criar
composto reactivos com o Hidrogénio.

Os elementos Silício, Selénio e Telúrio pertencem ao grupo XVI, todavia este grupo
também é denominado como grupo IV no campo da física dos semicondutores, os
elementos deste grupo possuem uma tendência em perder electrões e quando maiores
são os seus núcleos mais facilmente tendem a perde-los ou seja, os elementos que
compõem este grupo são ideais doadores de electrões.

Misturas à base de Cobre, juntamente com Índio, Gálio e Selénio revelaram ser a opção
mais viável, oferecendo os mais elevadas de todos os índices de conversão energética
para células fotovoltaicas deste género.

A célula de silício amorfo já está em comercialização. Outras células interessantes e em


desenvolvimento são: disseleneto de cobre e índio, disseleneto de cobre, índio e gálio,
telureto de cádmio, seleneto de cadmio e silício microcristalino (LAMBERTS et al.,
2010). Dentre as tecnologias de filmes finos, o telureto de cádmio possui maior
participação no mercado, pois possui melhor reposta ao ser exposta à temperatura
(determinada por meio dos coeficientes de temperatura).
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2.1.1. TÉCNICAS DE OBTENÇÃO DE CÉLULAS DE FILMES FINOS

Variadas são as técnicas disponíveis para obtenção de filme, sendo divididas em três
classes principais, quando se tem em conta o princípio de deposição usado:

a) Sistemas de deposição química de vapor (CVD - Chemical Vapour


Deposition): se baseiam no mecanismo da difusão dos gases ou precursores
reactivos na superfície do substrato aquecida, após serem adsorvidos, os gases
reagem entre si, formando o revestimento. Estas técnicas são classificadas em
três categorias de acordo com o tipo: de aplicação do produto resultante, de
precursor e reacção química utilizados ou de processo. As duas primeiras
categorias são dependentes, em geral, do tipo de substrato utilizado, da
disponibilidade de precursores, do tipo e da espessura do revestimento
requerido, da morfologia e da uniformidade.
b) Sistemas de deposição física de vapor (PVD - Physical Vapour Deposition):
caracterizada pela vaporização do material sólido, em alto vácuo, que condensa
sobre a superfície do substrato, formando o filme. Possibilitam o trabalho com o
substrato em temperaturas bastante variadas, resultando diversos tamanhos de
grão. Entretanto, são limitados em termos de área de deposição, já que
necessitam do alinhamento directo entre a superfície a ser revestida e a fonte,
além da exigência de trabalho com alto vácuo
c) Crescimento em fase líquida (LPD - Liquid Phase Deposition): a formação
dos filmes é obtida utilizando temperaturas relativamente baixas, envolvendo o
material desejado ou um precursor, o resultado é obtido sem que haja reacção
com o substrato e processamentos a vácuo.

As propriedades peculiares observadas nos filmes finos são consequentes,


principalmente, da composição química, da estrutura cristalográfica e da morfologia que
o constituem. Materiais como semicondutores, supercondutores e magnéticos, por
exemplo, são alcançados apenas com filmes monocristalinos de alta qualidade ou a
partir de sistemas constituídos de substratos monocristalinos.
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2.1.2. CÉLULAS SOLARES DE SELENETO DE CÁDMIO


2.1.2.1. Cádmio

O cádmio é um metal encontrado na natureza associado a sulfitos de minérios de zinco,


cobre e chumbo. O metal cádmio é utilizado principalmente como anticorrosivo em aço
galvanizado; o sulfeto de cádmio e selenito como pigmentos em plásticos e os
compostos de cádmio na manufactura de pilhas e baterias recarregáveis de níquel-
cádmio, em componentes electrónicos e reactores nucleares.

As fontes naturais de cádmio na atmosfera são a actividade vulcânica, a erosão de


rochas sedimentares e fosfáticas e os incêndios florestais. As fontes antropogénicas
incluem as actividades de mineração, produção, consumo e disposição de produtos que
utilizam cádmio (baterias de níquel-cádmio, pigmentos, estabilizadores de produtos de
PVC, recobrimento de produtos ferrosos e não-ferrosos, ligas de cádmio e componentes
electrónicos) e as fontes consideradas “inadvertidas” onde o cádmio é constituinte
natural do material que está sendo processado ou consumido: metais não-ferrosos, ligas
de zinco, chumbo e cobre, emissões de indústrias de ferro e aço, combustíveis fósseis
(carvão, óleo, gás, turfa e madeira), cimento e fertilizantes fosfatados.

O cádmio e seus compostos ocorrem na atmosfera na forma de material particulado


suspenso, embora apresentem baixa pressão de vapor.

2.1.2.2. Caracterização das células solares de seleneto de cadmio

O seleneto de cádmio (CdSe) emergiu como novo material electrónico quando pela
primeira foi sintetizado o CdSe através da reacção de Cd e Se gasosos para medir a
fotocondutividade, capacidade de conduzir a corrente advinda da radiação solar.

Seleneto de cádmio (CdSe) é um composto semicondutor do grupo II-VI, isto é, é


constituído por um elemento da família IIB e outro da família VIA.

A produção de seleneto de cádmio tem sido realizada de duas maneiras diferentes. A


preparação de CdSe cristalina em larga escala é feita pelo método Bridgman vertical de
alta pressão ou o método de fusão vertical de zona de alta pressão.

Seleneto de cádmio pode também ser produzido na forma de nanopartículas. Vários


métodos para a produção de nanopartículas de CdSe foram desenvolvidos: precipitação
por arrasto em solução, a síntese em meios estruturados, pirólise de alta temperatura,
sonoquímicos e métodos radiolíticos.
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3.0. Conclusão

Findo trabalho de revisão da literatura com o tema células solares de seleneto de cadmio
que se objectivava a estudar a tecnologia dos filmes finos na produção de células solares
podemos constatar que:

O rápido avanço nas eficiências de conversão de energia, durabilidade e redução de


custos tem sido um desenvolvimento espectacular para células solares de silício
fotovoltaico.

As células de película fina são constituídas por material semicondutor depositado,


geralmente sob a forma de misturas gasosas, em suportes, tais como vidro polímeros,
alumínio, que conferem consistência física à mistura. A camada de película
semicondutora possui poucos μm de espessura, no que se refere às células de silício
cristalino, que possuem algumas centenas de μm.

As células solares de seleneto de cadmio (CdSe) ainda estão muito desenvolvidas, desta
feita em termos de revisão da literatura poucos são os autores que debruçam sobre esse
tipo de células solares, isto è, ainda não existe um estudo aprofundado dessa temática.

Algumas tecnologias de películas finas são realmente interessantes, pois são depositadas
em um suporte flexível, geralmente películas de polímeros. Em comparação com os
módulos de c-Si, os de película fina demonstram uma menor dependência de eficiência
da temperatura operacional e uma boa resposta também quando a luz difusa está mais
acentuada e os níveis de radiação estão baixos, sobretudo em dias nublados. A
instalação dos módulos de película fina é recomendável em regiões com temperaturas
muito altas (regiões de clima árido).
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4.0. Referências bibliográficas


 ALVARENGA, C. A. (2006).Energia Solar. Lavras: UFLA/FAEPE;
 TESTON SILVIO, A. (2011). Utilização de energia solar no campus sede da
universidade federal da fronteira sul. Tese de mestrado: universidade federal de
larvas. Brasil;
 Energia Fotovoltaica: Manual sobre tecnologias, projecto e instalação. (2004);
 FALCAO,D. VIVIENE (2005). Fabricação de células solares de CdS/CdTe.
Rio de Janeiro: Brasil.
 LAMBERTS, R. et al. (2010). Casa eficiente: consumo e geração de energia.
Vol. 2. Florianópolis: UFSC, Brasil.

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