Manual de Boas Práticas: Socioambientais No Agronegócio
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Manual de Boas Práticas: Socioambientais No Agronegócio
Socioambientais no Agronegócio
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nual sejam precisos, completos ou atualizados, possuindo estes natureza meramente indicativa,
especialmente no que tange (i) à documentação necessária para aplicação das disposições aqui
mencionadas e (ii) à legislação brasileira. Desta forma, o Banco Rabobank não possui qualquer
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normativas que modifiquem quaisquer das informações contidas neste Manual. O disposto nes-
te Manual não substitui a observação, pelo usuário, de todas as normas relativas à sua atividade.
Nenhuma das informações constantes do presente Manual deverá ser interpretada como reco-
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socioambiental@rabobank.com.
Manual de Boas Práticas
Socioambientais no Agronegócio
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO6
SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO 8
— Boas Práticas 9
— Você conhece as necessidades de seus clientes? 10
REGULAMENTAÇÕES BANCÁRIAS 12
— Manual de Crédito Rural (MCR) 13
— Resoluções Bacen nº 3.813 e nº 3.814 de 2009 13
— Resolução Bacen nº 3.876 de 2010 13
— Lei Federal nº 12.651 de 2012 (NOVO Código Florestal) 14
— Resolução Bacen nº 4.174 de 2012, conforme modificada. 14
— Resolução Bacen nº 3.545 de 2008 e Resolução Bacen nº 4.422 de 2015 14
— Resolução Bacen nº 4.427 de 2015 14
OS CUSTOS DA NÃO-CONFORMIDADE 88
— Multas Trabalhistas Legalmente Regulamentadas 89
ANEXOS146
— Principais Normas Estaduais referentes ao Licenciamento Ambiental, à Outorga
de Recursos Hídricos e ao Novo Código Florestal 147
1
—
INTRODUÇÃO
O Rabobank atende à agroindústria no Brasil desde 1989, devido às suas raízes
no agronegócio, extenso conhecimento sobre este setor e por reconhecer a im-
portância do Brasil na produção agrícola mundial. Em 2004, o Rabobank Brasil
passou a oferecer produtos e soluções financeiras focadas nos produtores rurais.
É importante ressaltar que este Manual não menciona e não detalha toda a
legislação aplicável às atividades ligadas ao agronegócio. Além das normas
trabalhistas e ambientais aqui destacadas, toda a legislação brasileira deve
ser observada e devidamente cumprida pelo produtor rural.
—
Algumas ações são fundamentais para que uma propriedade seja sustentável:
— Utilizar técnicas de Boas Práticas aplicáveis ao seu negócio;
— Planejar estrategicamente o desenvolvimento da propriedade;
— Conhecer e seguir os requisitos legais de seu negócio;
— Atuar proativamente em relação à gestão dos aspectos trabalhistas e ambientais;
— Proporcionar o treinamento e a capacitação da mão-de-obra da propriedade;
— Preocupar-se com o bem-estar das pessoas que vivem na propriedade;
— Utilizar tecnologias “limpas” e reduzir o consumo de recursos (matérias-primas, energia e água).
BOAS PRÁTICAS
A utilização das Boas Práticas traz diversos benefícios. Por exemplo:
Insumos
Produção Agrícola
3
Tradings
Processamento
Indústrias
1
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
1 Demanda da Sociedade
O produtor rural é um
2 Demanda da Indústria elo fundamental da
cadeia do agronegócio
3 Demandas de Tradings
10 |
3
—
REGULAMENTAÇÕES BANCÁRIAS
—
As resoluções citadas abaixo podem sofrer alterações ou serem revogadas não implicando
em revisão do Manual.
Proíbe a concessão de crédito rural para pessoas físicas ou jurídicas inscritas no Cadastro de
Empregadores que mantiveram trabalhadores em condições análogas à de escravo instituído
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mais conhecida como “lista suja”.
13 |
LEI FEDERAL Nº 12.651 DE 2012 (NOVO CÓDIGO FLORESTAL)
O Novo Código Florestal estabelece que as instituições financeiras só concederão crédito agrí-
cola, em qualquer de suas modalidades, para proprietários de imóveis rurais que estejam ins-
critos no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
ASPECTOS TRABALHISTAS
Empregado e Empregador Rural
O Trabalho Rural é regulado pela Lei 5.889/73, bem como pelo Decreto 73.626/74, pelo
Artigo 7º, da Constituição Federal de 1988, e por determinados artigos constantes da Con-
solidação das Leis do Trabalho (“CLT”). O Empregador Rural é a pessoa física ou jurídica,
proprietária ou não, que pratique/explore atividade agroeconômica, em caráter permanente
ou temporário, diretamente ou por meio de prepostos e com auxílio de empregados. Inclui-se
também neste caso a exploração industrial em estabelecimento agrário em que ocorre o pri-
meiro tratamento dos produtos agrários in natura sem transformá-los em sua natureza como:
a. O beneficiamento, a primeira modificação e o preparo dos produtos agropecuários e hor-
tifrutigranjeiros e das matérias-primas de origem animal ou vegetal para posterior venda
ou industrialização;
b. O aproveitamento dos subprodutos oriundos das operações de preparo e modificação dos
produtos in natura, citados.
O Empregado Rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta
serviços de natureza não eventual ao empregador rural, sob a dependência deste e median-
te salário. O trabalhador que se ativa nos setores administrativos da propriedade também é
considerado Empregado Rural.
I. Empregados
De acordo com o disposto nos artigos 13 e 29, da CLT, a Carteira de Trabalho e Previdência
Social - CTPS é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural,
ainda que em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade profis-
sional remunerada. A Carteira de Trabalho deverá ser obrigatoriamente apresentada, contra
recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de 48 (quarenta e
oito) horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condi-
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Entre os direitos trabalhistas garantidos aos empregados contratados por prazo indetermina-
do, destacam-se:
— Férias;
— Abono de férias de pelo menos 1/3 (um terço) a mais do que o salário regular;
— 13º salário;
— Descanso semanal remunerado;
— Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS);
— Salário-família;
18 |
— Horas extras;
— Adicional noturno e aviso prévio, nos termos dos artigos 7º, inciso XXI, da Constituição Federal
de 1988, e 487, da CLT.
Assim como ocorre no contrato por prazo indeterminado, não se exige formalização por es-
crito, mas existe a obrigatoriedade de registro em carteira profissional. De acordo com o dis-
posto no artigo 445, da CLT, o contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser
estipulado por mais de 2 (dois) anos. Se acaso for prorrogado mais de uma vez, passará a
vigorar sem determinação de prazo.
Tendo em vista que os contratos por prazo determinado têm término previamente estipulado
e conhecido pelas partes, os trabalhadores não terão direito a: (i) aviso prévio (apenas indeni-
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zação, calculada à metade da remuneração à qual teria direito da data da rescisão antecipada
até o término regular do contrato); (ii) multa de 40% sobre o FGTS; e (iii) recebimento de
seguro-desemprego. As demais verbas são devidas quando do término do relacionamento
entre as partes.
É a contratação com duração determinada para a execução de obra certa ou serviço certo. A
Lei nº. 2.959/56 determina que o empregador precisa ser, necessariamente, um construtor,
desde que exerça atividade em caráter permanente. Assim, para que referido contrato seja
válido, a empresa precisa atuar especificamente no ramo da construção civil. Não se admite
que a prestação de serviço, nesta modalidade de contratação, seja para várias obras de uma
mesma empresa. Nestas contratações, há previsão de indenização de 1 (um) mês de remu-
neração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a seis meses, para
empregados com mais de 12 (doze) meses de trabalho. Além disso, nas Contratações por
Obra Certa, são garantidos aos empregados determinados direitos trabalhistas. Destacamos
alguns como: férias, 13º salário, descanso semanal remunerado, Fundo de Garantia por Tem-
po de Serviço – FGTS; salário-família; horas extras e adicional noturno.
20 |
Em resumo, quem paga os salários e todos os benefícios trabalhistas é quem contrata o fun-
cionário – se for diretamente o produtor rural, então quem pagará será ele – se for o “emprei-
teiro” contratado, por exemplo, quem pagará será o empreiteiro.
3. Cooperativa
A cooperativa é uma associação de pessoas que se unem por vontade pró-
pria, em razão de possuírem interesses em comum, e formam uma em-
presa de propriedade coletiva para o desempenho de determinada ativi-
22 |
| No âmbito da Justiça do Trabalho, co-
1
dade. As decisões são tomadas de forma democrática, observando
mumente é demonstrado o preenchi- a opinião de todos os membros. Os lucros obtidos são divididos
mento dos requisitos da relação de em-
entre os cooperados.
prego, resultando no reconhecimento
de vínculo empregatício entre os coo-
perados e as empresas tomadoras de Não existe vínculo empregatício entre a cooperativa e seus
serviços, assim como o pagamento dos associados e, nem mesmo entre a cooperativa e o tomador
direitos trabalhistas dos cooperados. de serviços1.
4. Empreitada
Diante da ausência de normas específicas sobre essa situação, o entendi-
mento dos tribunais sobre o assunto é que não há responsabilidade soli-
dária nem subsidiária entre o dono da obra e o empreiteiro, salvo sendo
o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora.
Além disso, a aquisição da propriedade, inclusive da propriedade rural, pode ensejar respon-
sabilidade do empregador quanto às dívidas contraídas pelo antigo proprietário com os tra-
balhadores que se ativavam no local. Assim, se os trabalhadores de uma fazenda continua-
rem trabalhando na propriedade após a sua venda, estes poderão pleitear judicialmente seus
direitos relativos ao período anterior à compra da propriedade, os quais deverão ser pagos
pelo atual proprietário. Esta situação é chamada de sucessão trabalhista, que também existe
quando há alteração na estrutura formal da pessoa jurídica, com modificações societárias ou
decorrentes de processo de fusão, incorporação, cisão ou correlatos.
A dívida trabalhista da pessoa jurídica também pode recair na pessoa física dos sócios quando
esgotados os meios de execução da empresa, o que ocorre por meio do instituto da descon-
sideração da personalidade jurídica.
JORNADA DE TRABALHO
No Trabalho Rural
A jornada de trabalho é de 44 (quarenta e quatro) horas semanais e 220 (duzentas e vinte)
horas mensais. A duração do trabalho diário não poderá ser superior a 8 (oito) horas, exceto
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pela prorrogação de no máximo 2 (duas) horas extras diárias, desde que haja acordo forma-
lizado entre empregado e empregador ou desde que estabelecido em Acordo Coletivo de
Trabalho - ACT.
Em qualquer trabalho contínuo de duração superior a 6 (seis) horas será necessária a conces-
são de um intervalo mínimo de 1 (uma) hora, o qual não será computado na duração do tra-
balho, para repouso ou alimentação, de acordo com os usos e costumes do local da prestação
de serviços. Entre duas jornadas de trabalho, deve-se estabelecer um período mínimo de 11
(onze) horas consecutivas para descanso.
O trabalhador rural tem direito ao descanso semanal remunerado de 24 (vinte e quatro) ho-
ras consecutivas, uma vez por semana, preferencialmente aos domingos e nos feriados civis e
religiosos, de acordo com a tradição local (decretados pelo município).
Trabalho Noturno
Conforme disposto no artigo 72, parágrafo 2º, da CLT, o trabalho noturno é o período entre as
22:00 horas de um dia até 5:00 horas do dia seguinte. Ressalta-se que essa jornada noturna
abrange 8 (oito) horas de trabalho e não 7 (sete) como aparenta. Isso porque a CLT considera
que a hora noturna urbana possui 52’30’’ (cinquenta e dois minutos e trinta segundos).
A jornada noturna na lavoura é o trabalho executado entre 21:00 de um dia às 5:00 Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
do dia seguinte.
Tanto a jornada noturna na lavoura quanto na pecuária abrangem efetivas 8 (oito) horas de
trabalho. O valor a ser pago pelo trabalho noturno deve ser de, no mínimo, 25% (vinte e cin-
co por cento) sobre a remuneração normal da hora diurna. Menores de 18 anos não podem
realizar trabalho noturno.
25 |
REMUNERAÇÃO
A remuneração é um conjunto de prestações recebidas com habitualidade pelo empregado
(salários e gorjetas, por exemplo). O salário, por sua vez, é menos abrangente, tendo como de-
finição a prestação fornecida pelo empregador ao empregado, em decorrência de contrato de
trabalho celebrado entre as partes. Nos termos do artigo 457, §1º, da CLT, integram o salário,
ainda, as comissões, porcentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pa-
gos pelo empregador, sendo o empregador obrigado a especificar claramente todas as ver-
bas que foram objeto de pagamento ao empregado. Com relação ao pagamento de salários, é
imprescindível a observância de certas limitações quanto à impossibilidade de sua redução, o
valor mínimo que deverá ser pago, bem como em relação à proporcionalidade quanto à con-
cessão de prestações em dinheiro e na forma de outras vantagens não financeiras. Por regra
constitucional, o salário é irredutível. Para fixação do valor do salário deve-se observar certos
pisos salariais, tanto em relação ao salário mínimo, como em relação ao salário profissional
(piso da categoria).
O salário mínimo é fixado por lei, nacionalmente unificado e sofre reajustes anuais. A fixação
do valor, de acordo com o artigo 7º, da Constituição Federal, tem por base a capacidade de
atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família, o que não possui apli-
cabilidade prática.
de acordo com a categoria de trabalhadores que integram. Esse valor mínimo é decorrente de
Acordo Coletivo de Trabalho, de Convenção Coletiva de Trabalho ou de Sentença Normativa.
Quanto à forma de pagamento, o salário poderá ser pago em dinheiro ou por meio de
prestações “in natura”, o que ocorre quando, ao invés de efetuar pagamento em espécie, o
empregador disponibiliza utilidades em favor do empregado, tais como alimentação, habita-
ção e vestuário.
26 |
Em caso de pagamento de salário híbrido (em dinheiro e in natura), conforme previsão do
artigo 82, da CLT, deverá haver observância à proporção de tais formas retributivas: o mínimo
em dinheiro deverá ser de 30% e o máximo de prestações in natura será de 70% do valor
global do salário.
Quanto ao empregador urbano, não há regra geral quanto ao percentual que cada utilidade
pode ter na composição do salário-base total. No entanto, de acordo com a Lei Federal nº
5.889/73, para o trabalhador rural, poderão ser descontados de seu salário: (i) até 20% quan-
do fornecida moradia e; (ii) até 25% pelo fornecimento de alimentação.
Há utilidades concedidas que não possuem natureza salarial, uma vez que são fornecidas para
o trabalho e não pelo trabalho - ou seja, o destinatário de tais utilidades não é o empregado,
sendo que lhes são fornecidas para possibilitar a prestação de serviços e, por tal motivo, não
integram o salário para os cálculos de demais verbas. Por exemplo, para os empregados que
precisam de carro para exercer sua atividade, seja para visitar clientes ou para transportar
algum produto ou mercadoria – o carro é fornecido para que o empregado possa exercer seu
trabalho, contudo não é um benefício pelo trabalho realizado, e portanto não integra o salário.
Salário-Família
É um benefício concedido pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social ao trabalhador, de
acordo com o número de filhos ou equiparados que possua até 14 anos de idade. O valor do
salário-família depende do valor do salário recebido mensalmente pelo trabalhador.
Para saber mais sobre férias, FGTS e contribuição previdenciária, consulte a legislação vi-
gente no site do Ministério do Trabalho e Emprego (http://www.mtps.gov.br/)
—
27 |
Adicional de Insalubridade
O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabeleci-
dos pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, assegura o pagamento de adicional de
40% (quarenta), 20% (vinte) ou 10% (dez) por cento sobre o salário mínimo, dependendo do
grau de classificação máximo, médio e mínimo, respectivamente. A Norma Regulamentadora
nº 15 (NR 15), “Atividades e Operações Insalubres”, traz mais detalhes sobre o assunto, mas
vale destacar que o grau de insalubridade deverá ser analisado por meio de pericia técnica.
Caso o Equipamento de Proteção Individual elimine a condição insalubre, não mais será devi-
do o pagamento de adicional ao empregado.
Adicional de periculosidade
O adicional de periculosidade é o valor devido ao empregado exposto a atividades perigosas
(na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego - NR 16, artigo
7º, inciso XXII, da Constituição Federal, e artigo 193 e seguintes, da CLT), o qual corresponde a
30% do valor do salário do empregado.
Em síntese, são consideradas atividades ou operações perigosas, aquelas que, por sua nature-
za ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente
do trabalhador a:
— Inflamáveis (incluindo abastecimento de equipamentos, veículos, etc.), explosivos ou ene-
rgia elétrica;
— Roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança
pessoal ou patrimonial.
Não obstante, o trabalho em espaços confinados, incluindo silos, também gera direito ao re-
cebimento do adicional de periculosidade (NR 33).
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Horas Extras
Jornada extraordinária é o período de trabalho ou disponibilidade do empregado que ul-
trapasse a jornada regular do empregado. A legislação trabalhista vigente estabelece que
a duração normal de trabalho, salvo em casos especiais, será de 8 (oito) horas diárias e 44
(quarenta e quatro) horas semanais.
Pode ocorrer o acréscimo de (no máximo) 2 (duas) horas na jornada diária de trabalho, me-
diante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante acordo coletivo de traba-
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lho. Excepcionalmente (necessidade imperiosa ou motivo de força maior) a jornada poderá
ser prorrogada além do limite legal permitido. Independentemente da forma de acordo, a
remuneração da hora suplementar, deve ser de pelo menos, 50% (cinquenta por cento) supe-
rior à da hora normal.
PREVIDÊNCIA SOCIAL
O trabalhador brasileiro contribui com o seguro social da Previdência Social, instituição públi-
ca que assegura os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. As principais
normas que dizem respeito ao seguro social do trabalhador estão previstas no Regulamento
da Previdência Social - RPS (Decreto 3.048/99) e na Lei Orgânica da Seguridade Social Lei
8.212/91). De acordo com este Regulamento, os empregados que prestam serviços de na-
tureza urbana ou rural são segurados obrigatórios, por meio do qual possuem garantia de
renda nos casos de doença, acidentes, gravidez, prisão, velhice ou morte. Mas, para serem
segurados, devem se inscrever e contribuir para a Previdência Social, que é custeada tanto
pelo empregado como pelo empregador. Na relação de emprego, a filiação é obrigatória.
Para mais informações sobre o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural, você pode pes-
quisar a Lei Complementar nº 11, de 25/05/1971.
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JOVEM APRENDIZ
O artigo 429, da CLT, incluído pela Lei Federal 10.097/2000 determi-
na que estabelecimentos que possuem mais de 07 (sete) empre-
gados são obrigados a contratar número de aprendizes equivalen-
te a 5% (cinco por cento), no mínimo, e 15% (quinze por cento), no
máximo, dos empregados existentes em cada estabelecimento, cujas
funções demandem formação profissional.
TRABALHO INFANTIL
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DISCRIMINAÇÃO NO TRABALHO
— O artigo 7º, inciso XXX, da Constituição Federal, assim como os artigos
5º e 461, da CLT, e Lei 9.029/1995, proíbem a adoção de qualquer prática
discriminatória e limitativa para efeito de acesso à relação de trabalho, ou
de sua manutenção, por motivo de sexo, orientação sexual, origem, raça,
cor, estado civil, situação familiar, deficiência, reabilitação profissional,
idade, diferença de salários, de exercício de funções, dentre outros. Não
obstante, a Constituição defende o princípio da igualdade, que deve ser
observado, não só nos períodos pré-contratuais, mas também durante o
período de trabalho;
— Fique atento ao procedimento de contratações em sua propriedade para
evitar problemas internos e processos judiciais. O empregador pode ser
responsabilizado criminalmente em caso de violação da legislação vi-
gente (é proibido, por exemplo, exigir a teste, exame, perícia, laudo, ates-
tado, declaração ou qualquer outro procedimento relativo à esterilização
ou a estado de gravidez, conforme disposto no artigo 2º, inciso I, da Lei
9.029/1995).
DRT - Delegacia Regional do Trabalho), anotado na CTPS, para os que exercerem as profissões de:
agenciadores de propaganda, publicitários, jornalistas, atuários, arquivistas, técnicos de arquivo,
radialistas, sociólogos, vigilantes bancários, secretárias executivas (com curso superior), técnico
em secretariado (de 2º grau) e técnico de segurança do trabalho;
— Carteira de identidade de estrangeiro, em modelo único, instituído pela Portaria MJ 559, de
01/12/1986, se for o caso;
— A empresa poderá solicitar, ainda, outro documento, tal como: relação dos salários-de-contribui-
ção, que não é documento indispensável à admissão de empregados, entretanto, é conveniente
sua apresentação, pois no caso de afastamento por motivo de doença o INSS exige esta relação
para a sua concessão.
As áreas de vivência devem ser utilizadas somente para os fins a que se destinam e não po-
dem ser usadas, por exemplo, para armazenar produtos perigosos.
ALOJAMENTOS
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Deve-se dar atenção especial para os alojamentos, os quais devem visar o conforto e bem
estar dos empregados. Além disso, essas estruturas são objeto de vistoria detalhada por
parte das autoridades trabalhistas em caso de fiscalização.
—
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Você sabia? Os alojamentos devem ter:
- É proibido utilizar fogões, fogareiros ou si- a. Camas com colchão, distantes umas das outras por no mínimo
milares no interior dos alojamentos. 1m (um metro), sendo permitido o uso de beliches, limitados a duas
camas na mesma vertical, com espaço livre mínimo de 1,10 m (um
- É proibido armazenar alimentos dentro
metro e 10 cm) acima do colchão;
dos quartos.
b. Armários individuais para armazenar objetos pessoais,
- O empregador deve fornecer roupas de
com chave;
cama adequadas às condições climáticas locais.
c. Portas e janelas que ofereçam boas condições de vedação, venti-
- As camas poderão ser substituídas por re-
lação e segurança;
des, de acordo com os costumes locais, desde
que se considere o espaçamento mínimo de d. Recipientes para coleta de lixo;
1m (um metro) entre as mesmas. e. Separação por sexo.
- É vedada a permanência de pessoas
com doenças infectocontagiosas no interior
do alojamento.
TRANSPORTE DE TRABALHADORES
O transporte coletivo de passageiros deve observar os seguintes requisitos: Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
— É vedado o trabalho em áreas recém tratadas, antes do término do intervalo de reentrada esta-
belecido nos rótulos dos produtos, salvo com o uso de EPIs recomendados;
— É proibida a entrada e permanência de qualquer pessoa na área a ser tratada durante a pulveri-
zação aérea;
— O empregador deve fornecer todas as instruções necessárias aos que manipulam defensivos
agrícolas, adjuvantes e afins, e aos que desenvolvam qualquer atividade em áreas onde possa
haver exposição direta ou indireta a esses produtos, cumprindo os requisitos de segurança pre-
vistos na NR 31.
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Treinamentos
É essencial que todos os trabalhadores sejam treinados regularmente em prevenção de aci-
dentes e uso de Equipamentos de Proteção Individuais e Coletivos, manipulação de defensivos,
manipulação de máquinas e equipamentos, circulação em áreas adequadas dentro da proprie-
dade, procedimentos de emergência, direção de veículos e máquinas, dentre outros.
Além disso, a NR 31 prevê que o produtor deve proporcionar a capacitação sobre prevenção
de acidentes com defensivos agrícolas a todos os trabalhadores expostos diretamente. Esta
capacitação deve ser proporcionada aos trabalhadores em exposição direta mediante progra-
ma, com carga horária mínima de 20 (vinte) horas, distribuídas em, no máximo, 8 (oito) horas
diárias, durante o expediente normal de trabalho, com o seguinte conteúdo mínimo:
a. Formas de exposição direta e indireta aos defensivos agrícolas;
b. Sinais e sintomas de intoxicação e medidas de primeiros socorros;
c. Rotulagem e sinalização de segurança;
d. Medidas higiênicas durante e após o trabalho;
e. Uso, limpeza e manutenção das roupas, vestimentas e equipamentos de proteção pessoal.
Procure em sua região órgãos e serviços oficiais de extensão rural, instituições de ensino
de nível médio e superior em Ciências Agrárias, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
- SENAR, entidades sindicais, associações de produtores rurais, cooperativas e associações
de profissionais que estejam cadastrados para fornecer os treinamentos!
—
Fornecer:
— Equipamentos de proteção individual e vestimentas adequadas às atividades exercidas, as quais
não devem propiciar desconforto térmico prejudicial ao trabalhador, em perfeitas condições de
uso e higienização, responsabilizando-se pela sua descontaminação ao final de cada jornada de
trabalho e substituindo-os sempre que necessário;
— Água, toalhas e sabão para higiene pessoal.
41 |
Orientar:
— Quanto ao uso correto dos equipamentos de proteção individual;
Disponibilizar:
— Locais adequados para armazenar roupas e pertences dos funcionários;
Garantir:
— Que nenhum equipamento de proteção ou vestimenta contaminados seja levado para fora do am-
biente de trabalho ou que seja reutilizado antes da devida descontaminação;
— Que não serão utilizadas roupas pessoais para se fazer a aplicação de defensivos.
—
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Consulte também os manuais da ANDEF, que possuem outras orientações sobre como
utilizar de forma correta os EPIs. Os manuais da ANDEF estão disponíveis no site:
www.andef.com.br
PRODUTO
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PERIGOSO
Além da NR 31, existem outras normas importantes para a adequação de sua propriedade.
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LAVANDERIAS
As lavanderias devem ser instaladas em local coberto, com ventilação adequada, para que os
trabalhadores possam cuidar das roupas de uso pessoal e devem possuir tanques (individuais
ou coletivos) com água limpa.
FISCALIZAÇÃO
O órgão administrativo competente para fiscalizar as normas de proteção ao trabalho é o
Ministério do Trabalho e Previdência Social - MTPS, que também tem a função de orientar o
empregador e o empregado sobre a forma de aplicação das leis trabalhistas. É importante
lembrar que somente os órgãos do Poder Público podem realizar fiscalizações, e esta função
não pode ser delegada a particulares ou representantes de entidades sindicais.
É o Auditor Fiscal do MTPS que irá até o estabelecimento verificar se as legislações trabalhistas
estão sendo cumpridas. Em caso de descumprimento, ele poderá autuar o estabelecimento.
O autuado tem o prazo de 10 dias para apresentar defesa, contados a partir do dia seguinte
da data de recebimento do auto de infração. Quando o auto de infração for julgado subsis-
tente (procedente) e imposta eventual multa, o autuado terá 10 dias para recorrer, prazo que
é contado a partir da data do recebimento da decisão ou para pagar a multa com desconto de
50% (cinquenta por cento).
A Item já atendido.
C Item com necessidade de melhorias mas sem ação implementada ou item identificado pela primeira vez.
N/A Item não aplicável (aspecto não é exigido legalmente para a propriedade avaliada).
(SEMA)
de Goiás (SEMARH)
ACRE - Sistema Estadual de Informações SANTA CATARINA
- Instituto do Meio Ambiente do de Meio Ambiente (SEIA) MATO GROSSO - Fundação do Meio Ambiente
Acre (IMAC) - Instituto do Meio Ambiente e - Secretaria de Estado do Meio (FATMA)
- Secretaria de Estado de Meio Recursos Hídricos (INEMA) Ambiente (SEMA-MT)
- Secretaria de Estado do Desen-
Ambiente (SEMA) CEARÁ MATO GROSSO DO SUL volvimento Sustentável (SDS)
AMAZONAS - Superintendência Estadual do - Instituto de Meio Ambiente de
- Instituto de Proteção Ambiental Meio Ambiente (SEMACE) Mato Grosso do Sul (IMASUL)
do Amazonas ( IPAAM) ALAGOAS
ESPÍRITO SANTO
- Secretaria de Estado do Meio - Secretaria Estadual do Meio
Ambiente e Desenvolvimento - Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos
Sustentável (SDS) Ambiente e Recursos Hídricos
(SEMARH)
(SEAMA)
PARÁ MARANHÃO - Instituto Estadual de Meio
- Secretaria de Estado de Meio - Secretaria de Estado de Meio Am- Ambiente e Recursos Hídricos
Ambiente (SEMA) biente e Recursos Naturais (SEMA) (IEMA)
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Você sabia? Queimadas
De acordo com informações do Ministério da
Ciência e Tecnologia de 2010, o Brasil é o 5º O Novo Código Florestal determina que é proibido o uso de
maior emissor de gás carbônico na atmosfera, fogo na vegetação. Porém, para alguns casos específicos,
sendo que 61% das emissões é resultado da existem exceções, que ainda assim, devem ser previamente
mudança de uso de solo e desmatamento
autorizadas pelo órgão ambiental competente.
Pesca Ilegal
Você nunca deve permitir a pesca em sua propriedade em períodos de pesca proibida (por
exemplo na piracema) ou em lugares interditados pelas autoridades competentes. Além disso,
é proibida a pesca:
— De espécies preservadas;
— De espécies com tamanho inferior ao permitido;
— Em quantidades superiores às permitidas ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos
(redes e tarrafas) e técnicas não permitidas;
— O transporte, comércio ou industrialização de espécimes provenientes da coleta, apanha e
pesca proibida.
Ficam dispensados do uso do DOF os casos de, entre outros, transporte de material lenhoso
proveniente da erradicação de culturas, pomares ou de poda de arborização urbana, restos de
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Fique atento O prazo inicialmente estabelecido para que todos os pro- Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
prietários rurais realizassem a inscrição de seu(s) imóvel(eis)
A data para inscrição no CAR pode ser alterada
no CAR era 05 de maio de 2015. Contudo, com a publicação
mediante decreto, além disso, os bancos são
regulamentados pelo Banco Central, e este da Lei Federal n° 13.295, em 14/06/2016, o Novo Código Flo-
pode determinar uma data diferente para a restal determinou que a inscrição no CAR, obrigatória para
inscrição (mais restritiva). todas propriedades e posses rurais, deve ser requerida até
31/12/2017, sendo que a partir dessa data o registro dos
proprietários no CAR será considerado pré-requisito obrigatório para
que as instituições financeiras concedam crédito rural, em qualquer de
suas modalidades.
55 |
—
Reserva Legal
É a área localizada no interior de uma propriedade ou em áreas de compensação cuja princi-
pal função é assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel
rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e conservar a biodi-
versidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa. Com o Novo
Código Florestal é possível fazer a compensação da Reserva Legal de 4 formas diferentes,
conforme será mostrado em “Mecanismos de Compensação de Reserva Legal”.
20% 35%
80%
65%
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
20% 20%
80% 80%
No estado do Piauí, existe a Lei Ordinária nº 5.699 de 2007 que estabelece que para áreas de
Cerrado localizadas no estado, a Reserva Legal deverá ser de 30% da propriedade.
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Exceções para a Reserva Legal na Amazônia
Há duas exceções que permitem a redução da exigência
de 80% de áreas de Reserva Legal em propriedades rurais no
Bioma Amazônia:
1. Imóveis rurais no Bioma Amazônia, que tiveram a vegetação
nativa suprimida, porém na porcentagem permitida pela lei an-
terior, que correspondia a até 50% (antes de agosto de 1996),
estão isentos da obrigação de restaurar ou compensar o per-
Importante
centual de 80% exigido pela lei atual . Caso haja na propriedade
A restauração da área de reserva legal deve ser mais de 50% de vegetação nativa em Reserva Legal, as áreas
concluída em até 20 anos, com pelo menos excedentes não podem ser desmatadas, mas podem ser dispo-
um décimo da área total recuperada a cada nibilizadas para o mercado de compensação, por exemplo, por
dois anos. meio da Cota de Reserva Ambiental (CRA).
Legal do Imóvel.
Biomas Brasileiros
BIOMA CAATINGA
BIOMA PANTANAL Área aproximada: 844.453 km2
Área aproximada: 150.355 km2 Área/Total Brasil: 9,92%
Área/Total Brasil: 1,76%
LEGENDA
Amazonas
Roraima
Acre
Rondônia
Mato Grosso
Pará
Tocantins
Maranhão
Amapá
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Você sabia? O Brasil tem seu território ocupado por seis grandes biomas:
A vegetação da Reserva Legal pode ser ex- — Amazônia: ocupa 49,29% do território nacional, presente nos Es-
plorada de forma sustentável, podendo gerar tados do AM, PA, RR, AP, RO, TO, AC, MA, MT e que se caracteriza por
lucro para o produtor rural. Saiba como aces- floresta tropical;
sando o site do Ibama — Cerrado: ocupa 23,92% do território, presente majorita-
riamente nos Estados de MT, MS, GO, TO, BA, MG, MA, SP, PI e
DF, e também encontrado em pequenas porções nos Estados
do PR e RO, é constituído principalmente por savanas;
— Mata Atlântica: ocupa 13,04% do território nacional, presente em
todo o litoral brasileiro, constituída principalmente por floresta tro-
pical. É considerado o bioma de maior biodiversidade do mundo.
O corte e a supressão da vegetação de Mata Atlântica é per-
mitido somente em situações excepcionais, a exemplo de pro-
jetos ou atividades de utilidade pública e de práticas preser-
vacionistas. A proteção dessa vegetação está prevista na Lei
11.428/2006 (Lei da Mata Atlântica) e no Decreto regulamen-
tador 6.660/2008;
— Caatinga: ocupa 9,92% do território nacional, presente nos
Estados da região Nordeste e que é constituída principalmente
por savana estépica, espinhosa e decidual;
— Pampa ou Campos Sulinos, presente na região Sul, cujo domínio
ocupa 2,07% do território nacional e que é constituído principal-
mente por estepe;
— Pantanal: ocupa 1,76% do território nacional, presente na região
central, nos Estados do MT e MS, e que é caracterizado por inunda-
ções de longa duração.
Até 1 hectare 0m 0m
Entre 1 e 20 hectares 50 m Definida em licenciamento mínimo de 30 m e máximo de 100 m
Maior que 20 hectares 100 m Definida em licenciamento
Em reservatórios de água naturais ou artificiais cuja área de superfície seja menor que 1(um)
hectare, não é necessária a recomposição da APP, mas fica proibida a supressão de áreas de
vegetação sem autorização.
c. Nas áreas de entorno das nascentes e nos “olhos d’água” perenes, qualquer que seja a sua situa-
ção topográfica, num raio mínimo de 50 (cinquenta) metros;
d. No topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e
inclinação média maior que 25º (vinte e cinco graus), as áreas delimitadas a partir da curva de
nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base,
sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente
ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação;
e. Nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45° (quarenta e cinco graus), equiva-
lente a 100% na linha de maior declive;
f. Em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação.
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
1.800 m
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g. Nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
h. Nos manguezais, em toda sua extensão;
i. Nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo,
em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
j. Em veredas, a faixa marginal em projeção horizontal, com largura mí-
nima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente
brejoso e encharcado.
Fonte: WWF
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Áreas de Uso Restrito (AUR)
As áreas de uso restrito (AUR) foram definidas pelo Novo Código Florestal, como segue:
I. Nos pantanais e planícies pantaneiras, é permitida a exploração ecologicamente
sustentável, devendo-se considerar as recomendações técnicas dos órgãos oficiais
de pesquisa, ficando novas supressões de vegetação nativa para uso alternativo do
solo condicionadas à autorização do órgão estadual do meio ambiente.
II. Em áreas de inclinação entre 25° e 45°, serão permitidos o manejo florestal sustentável
e o exercício de atividades agrossilvipastoris, bem como a manutenção da infraestrutura
física associada ao desenvolvimento das atividades, observadas as boas práticas agronômicas,
sendo proibida a conversão de novas áreas, excetuadas as hipóteses de utilidade pública e inte-
resse social.
Georreferenciamento
A Lei Federal 10.267 de 2001, conhecida por Lei do Georreferenciamento, trata da obrigatorie-
dade de georreferenciamento de imóvel rural na escritura para alteração nas matrículas, como:
— Mudança de titularidade
— Parcelamento;
— Desmembramento;
— Loteamento;
— Remembramento;
— Retificação de área;
— Reserva Legal;
— RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural;
— Alterações relativas a aspectos ambientais.
O Decreto Federal nº 7.620 de 2011 alterou o Decreto nº 4.449 de 2002 no que diz respeito aos
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Uso da Água
A outorga de direito de uso de recursos hídricos é um dos instrumen-
tos da Lei Federal nº 9.433 de 1997, conhecida também como a “Lei das
Águas”, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos – PNRH e
prevê que a água é um bem de domínio público, não pertencendo, por-
tanto, ao proprietário do imóvel. A outorga por sua vez busca assegurar
o controle da qualidade e quantidade dos usos da água, bem como ga-
rantir o direito de uso deste recurso.
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Quando a outorga é aplicável?
De acordo com a Lei das Águas, as atividades que requerem outorga são:
Todos os Estados do país possuem legislação específica que regulamentam a outorga de uso
de recursos hídricos.
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Fertirrigação
Alguns efluentes, como a vinhaça, resultante da fabricação do eta-
nol, água de lavagem do café, água utilizada no tratamento de dejetos
animais e lodo de ETE (Estação de Tratamento de Efluentes) podem ser
aplicados como fertilizante nas lavouras, para substituir parte dos fertili-
zantes industrializados.
Para utilizar efluentes com este objetivo, deve-se observar requisitos am-
bientais, pois se mal aplicados (seja em solos saturados, em concentrações
erradas ou próximos a cursos d’água) a atividade pode causar impactos
ambientais negativos.
Emissões Atmosféricas
As emissões atmosféricas dos veículos movidos a diesel em sua propriedade podem ser
significantes. A coloração da fumaça emitida pode indicar consumo excessivo de combustível,
o que indica a necessidade de manutenção do veículo.
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
A escala de Ringelmann é uma escala gráfica para avaliação da cor e da densidade da fumaça
emitida por veículos com motor a diesel e possui seis padrões de coloração que variam do
branco ao preto. Os padrões são numerados de 0 a 5 e apresentados em quadros retangu-
lares conforme imagem abaixo, com redes de linha de espessura e espaçamento definidos,
em fundo branco. A aquisição de anéis com a escala de Ringelmann é muito fácil e pode ser
feita pela internet.
Existem aplicativos de celular com a escala Ringelmann, que podem reduzir assim a
subjetividade da avaliação.
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Fonte: CETESB
Fonte: CETESB
Ainda dentro do tema emissões, existe a Resolução CONAMA nº 418 de 2009 e suas altera-
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
ções, que estabelecem critérios para a elaboração de Planos de Controle de Poluição Veicular
– PCPV, para a implantação de Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso - I/M
pelos órgãos ambientais estaduais e municipais, determinar novos limites de emissão e pro-
cedimentos para a avaliação dos veículos em uso.
Receituário Agronômico
Os defensivos agrícolas, agroquímicos e afins, só podem ser
Importante
comercializados mediante a apresentação de receituário
Nunca compre ou utilize defensivos sem recei- agronômico, que é emitido por engenheiro agrônomo ou
tuário agronômico!
técnico agrícola, dependendo do estado do país, devida-
mente capacitado e registrado nas empresas de revendas
destes produtos.
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Cada Estado possui diferentes locais para receber as embalagens vazias destes produtos. Es-
tes locais são indicados no receituário agronômico.
A receita deverá ser expedida em, no mínimo, duas vias. A primeira fica com o usuário e a se-
gunda com o estabelecimento comercial, que deve manter o documento por 2 anos (a partir
da data de emissão) no estabelecimento, à disposição dos órgãos fiscalizadores.
Armazenamento de Defensivos
Segundo recomendações da ANDEF (Associação Nacional de Defesa Vegetal) e especificações
da ABNT NBR 9.843 de 2004 e da NR 31, o armazenamento em depósitos dentro da proprie-
dade deve seguir algumas regras básicas, conforme descrito a seguir:
— O depósito deve ficar a uma distância mínima de 30 metros de outras construções, em local livre
de inundações e separados de fontes de água e de outras construções, como residências, refei-
tórios e instalações para animais;
— A construção deve ser de alvenaria, com boa ventilação e iluminação natural, devem ter placas
sinalizadoras de perigo e o acesso de animais deve ser proibido;
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— O piso deve ser cimentado e o telhado resistente e de forma que o depósito permaneça seco;
— As instalações elétricas devem estar em bom estado de conservação para evitar curto-circuito
e incêndios;
— As portas devem permanecer trancadas para evitar a entrada pessoas não autorizadas;
— As embalagens não devem ter contato direto com o piso e por isso devem ser armazenadas
em estrados, em pilhas estáveis e afastadas das paredes e do teto;
— Não armazenar produtos fitossanitários junto com alimentos, rações, sementes ou medicamentos;
— Produtos inflamáveis devem ser mantidos em local ventilado protegido de fontes de combustão;
— É recomendável que não se estoque produtos além das quantidades necessárias para
uso em curto prazo, por exemplo, uma safra;
— Todos os produtos devem ser mantidos nas embalagens originais. Após o uso parcial do
produto, as embalagens devem ser novamente fechadas,
— No caso de rompimento das embalagens, elas devem receber uma sobrecapa, preferen-
cialmente de plástico transparente, para evitar o vazamento de produto. É importante que o
rótulo permaneça visível ao usuário.
Para armazenar temporariamente as embalagens vazias deve-se seguir algumas regras bási-
cas para garantir o armazenamento seguro:
— As embalagens lavadas deverão ser armazenadas com as suas respectivas tampas e rótulos e,
preferencialmente, acondicionadas na caixa de papelão original, em local coberto, ao abrigo de
chuva, ventilado ou no próprio depósito das embalagens cheias;
— Em hipótese alguma deve-se armazenar as embalagens dentro de residências, alojamentos ou
junto com alimentos e rações;
— Certificar-se de que as embalagens estejam adequadamente lavadas e com o fundo perfurado,
para garantir que não haja reutilização.
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PRODUTO
PERIGOSO
As embalagens vazias e respectivas tampas deverão ser devolvidas aos estabelecimentos au-
torizados em sua região, que são as centrais de coleta ou postos de recebimento de emba-
lagens vazias de defensivos, licenciados por órgão ambiental. Para mais informações sobre o
assunto consultar o Inpev (www.inpev.org.br).
A Política Nacional de Resíduos Sólidos classifica os resíduos quanto à origem, por exemplo:
resíduos agrossilvipastoris, que são aqueles gerados nas atividades agropecuárias e silvi-
culturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades. Esta lei também
classifica os resíduos quanto à periculosidade, separando-os em perigosos e não perigosos.
Os resíduos sólidos também são regulados por Resoluções do CONAMA e por disposições
da ABNT NBR 10.004 de 2004. Esta norma classifica os resíduos sólidos quanto aos
seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados
adequadamente.
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
De acordo com a ABNT NBR 10.004 de 2004, os resíduos sólidos possuem a seguinte classificação:
Para evitar a contaminação de resíduos inertes (não perigosos) por perigosos, separe óleos,
graxas, solventes, tintas e lâmpadas fluorescentes. Esses resíduos perigosos devem ter arma-
zenamento, destinação e tratamento específicos.
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Descarte de Pneus
Os pneus gerados em sua propriedade NUNCA deverão ser queimados, pois a fumaça
emitida pela sua queima é altamente tóxica e pode causar problemas de saúde.
—
De acordo com a Resolução CONAMA nº 416 de 2009, é proibido armazenar pneus usados a
céu aberto e abandoná-los no meio ambiente (por exemplo em corpos d´água ou terrenos
baldios). Também é proibido dispor pneus em aterros sanitários e queimá-los.
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
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Descarte de Pilhas e Baterias
As pilhas e baterias possuem metais pesados como chumbo, cádmio, mercúrio e outros. A
Resolução CONAMA nº 401 de 2008 determina que após o uso, estes materiais devem ser
entregues aos estabelecimentos que os comercializam ou a outros locais previamente auto-
rizados. Estes materiais devem ser repassados aos fabricantes ou comercializadores para que
sejam adotados procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final
ambientalmente adequada.
Existem poucas empresas no Brasil que fazem o recolhimento e tratamento deste tipo de
material. Para mais informações, consulte o órgão ambiental do seu Estado e/ou Município.
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Em breve também deverá estar disponível ao consumidor sistema de logística reversa para
recepcionar as lâmpadas descartadas em postos de entrega e assegurar a sua destinação final
ambientalmente adequada.
Os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes e ou-
tros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde, bem como telhas e demais objetos e
materiais que contenham amianto, devem ser armazenados, transportados e destinados em
conformidade com as normas técnicas específicas.
Consulte o órgão ambiental de seu Estado para proceder a destinação adequada destes resíduos!
É importante ressaltar que embora seja proibida a queima do lixo, esta prática ainda é feita.
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Para mudar esta postura, que no decorrer dos anos pode contaminar os recursos naturais
(especialmente solo e água) de sua propriedade, você deve iniciar o planejamento de uma
coleta seletiva e avaliar quais são as melhores opções para a destinação de materiais que po-
dem ser reutilizados em outros locais e/ou outras atividades. Pesquise em seu Município e nos
Municípios próximos se já existem pequenos comércios de ferro-velho, que compram sucatas
de lata, vidro, plástico, papel e papelão e até mesmo outros materiais. Em sua propriedade
organize “baias” que vão servir para o depósito temporário desses materiais, que já devem
estar separados e organizados para facilitar o carregamento e transporte.
82 |
Os resíduos orgânicos, proveniente de sobras de alimentos, resíduos de
jardinagem, entre outros, deve ser separado em coletores específicos
para o processo de compostagem. Neste processo também podem ser
adicionadas folhas secas, palha, serragem e cinzas.
Papel/papelão Plástico Vidro Metal Madeira Orgânicos Perigosos Radioativos Não reciclável Hospitalar
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
O Brasil é um dos maiores produtores de açúcar, carne, etanol, café, soja e suco de laranja do
mundo e ainda há projeções que demonstram que o país será líder na produção de outras
commodities.
Este crescimento somente será possível se forem consideradas práticas que envolvam
novas tecnologias que promovam, ao mesmo tempo, o aumento de produtividade e a pro-
teção ambiental em larga escala, por meio da capacitação dos produtores rurais e um maior
foco em Boas Práticas Agrícolas. Como alguns exemplos de BPA podemos citar:
1. Manejo da paisagem / Conservação de Água
2. Adubação Verde
3. Plantio Direto
4. Geração Alternativa de Energia
5. Certificação Socioambiental
6. Integração Lavoura Pecuária.
7. Integração Lavoura Pecuária Floresta
8. Adubação Verde.
9. Rotação de Culturas.
10. Controle da Erosão.
11. Manejo Integrado de Pragas.
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Procure junto ao seu Estado os órgãos oficiais de pesquisa agropecuária e solicite a visita de
um técnico especializado para lhe orientar sobre as melhores práticas agrícolas recomenda-
das para a sua propriedade.
Qual é a situação ambiental de sua propriedade? Pense em uma situação que exemplifique
claramente um problema ambiental que você enfrenta ou que pode enfrentar futuramente.
—
C Item com necessidade de melhorias mas sem ação implementada ou item identificado pela primeira vez.
Descarte de pneus
Descarte de pilhas e baterias
Depósito de Combustíveis Líquidos, Gases Inflamáveis e Óleos Lubrificantes
Descarte de óleo queimado
Emissões atmosféricas
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7
—
OS CUSTOS DA NÃO-CONFORMIDADE
Ausência de infraestrutura mínima para o trabalhador rural, não fornecer EPIs aos funcioná-
rios, não promover a realização de exames periódicos, não pagar adicional de insalubridade,
e ausência de licença ambiental, são alguns exemplos de ações que podem resultar
em multas trabalhistas e ambientais para o empregador (lembrando que muitas vezes o em-
pregador pode não ser necessariamente o dono da propriedade). Os valores podem ser os
mais variados possíveis (de um salário mínimo a milhões de reais).
Com relação às infrações trabalhistas, as principais legislações de referência são as Normas Re-
gulamentadoras (NR´s), dentre elas, mas não exclusivamente a NR6, NR7, NR9, NR24 e NR31.
— Discriminação à mulher;
— Não pagamento de horas extras;
— Não pagamento de adicional de insalubridade e periculosidade;
— Trabalhador sem EPI adequado para a função;
— Não entregar EPI adequados ou não fazer a correta manutenção dos mesmos;
— Ausência do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;
— Ausência de licença ambiental;
— Degradação/dano às Degradação de APPs;
— Não estar inscritos no CAR;
89 |
— Desmatamento de área de Reserva Legal;
— Comercializar produtos florestais sem as devidas licenças aplicáveis;
— Destruir ou danificar florestas, ou outras formas de vegetação nativa;
— Causar poluição de qualquer natureza;
— Descarte inadequado de resíduos;
— Descarte inadequado de pneus;
— Descarte inadequado de pilhas e baterias;
— Ausência de licença para motosserra;
— Utilização de água sem outorga;
— Descarte inadequado de óleo queimado;
— Realizar queimadas sem autorização;
— Manuseio incorreto dos defensivos;
— Animais silvestres presos em cativeiro sem as devidas autorizações;
— Pesca ilegal.
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
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8
—
COMO IDENTIFICAR PRIORIDADES E
IMPLEMENTAR AÇÕES
—
Aspectos Trabalhistas
No site www.rabobank.com.br/social/social.html, você vai encontrar um modelo de Plano de Ações onde poderá colocar
os seus dados!
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A partir do resultado que você obteve, dê prioridade aos itens que receberem NOTA C!
Aspectos Ambientais
Manuseio de defensivos
Aplicação Aérea de Defensivos
Estocagem de defensivos
Estocagem de embalagens vazias
de defensivos
Devolução de embalagens de defensivos
Receituário agronômico
Gerenciamento de Resíduos
94 |
Aspectos Ambientais - Continuação
PLANO DE AÇÕES
Elabore uma Política Socioambiental
A política socioambiental estabelecerá um senso geral de orientação e fixará os princípios de
ação para sua propriedade.
A Fazenda “Campos Floridos”, buscando a melhoria contínua dos seus processos está se empe-
nhando para implementar Boas Práticas Socioambientais. Possui os seguintes objetivos: adequar
todas as atividades aos critérios da legislação trabalhista e ambiental, com o de registro de todos
os funcionários e manter todas as crianças na escola.
PLANO DE AÇÃO
— Fornecer moradias adequadas aos funcionários e famílias;
— Fornecer treinamentos e equipamentos de proteção adequados para o manuseio de defensivos;
— Promover a conscientização ambiental de todos os funcionários e moradores da fazenda;
— Utilizar os equipamentos de proteção adequados, a realização da tríplice lavagem e o retorno das
embalagens de defensivos agrícolas;
— Reduzir o consumo de energia elétrica, água e combustíveis; com isso, a Fazenda “Campos Flo-
ridos busca manter sua missão de produtora do melhor gado para abate, harmonizando suas
atividades com o meio ambiente e as pessoas.
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
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9
—
BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS SOCIOAMBIENTAIS:
ALGUNS CASOS DE SUCESSO
BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS SOCIOAMBIENTAIS:
PARA QUE SERVEM E POR QUE DEVEMOS ADOTÁ-LAS?
Como em qualquer organização, negócio, empresa ou atividade, boas práticas
implementadas são sinônimo de melhores resultados e eficiência no processo.
No caso das atividades do Agronegócio, que possuem total dependência de re-
cursos naturais, é impossível não relacionar essas práticas com questões ambien-
tais e sociais.
Ao longo dos anos, muitos produtores no Brasil tem obtido resultados positivos
com a adoção das Boas Práticas. Mas, a realidade por aqui é outra. Temos uma
quantidade de sol e calor suficientes para produzir durante o ano todo, e nosso
solo tem uma vida microbiológica muito maior e diferente dos países de clima
temperado. O resultado é que, após alguns anos utilizando essas práticas impor-
tadas do norte, o solo começa a ficar exaurido e com necessidade maior de adu-
bação. Além disso, muitas doenças apareceram nos monocultivos, o que resultou
no uso de defensivos agrícolas cada vez maior para manter a qualidade da pro-
dução. Além disso, os recursos hídricos não são bem aproveitados, o que acarreta
em alterações no ambiente como secas ou enchentes.
Além disso, as BPAS ajudam a minimizar os riscos na produção e a focar na manutenção cons-
tante das fontes de água para irrigação, preservando os recursos naturais e contribuindo para
diminuir as alterações do clima, podendo ainda agregar maior valor aos produtos e aos con-
sumidores e promover relações sociais mais justas.
Nesse capítulo iremos tratar algumas práticas já conhecidas e outras que são consideradas
inovadoras e que possuem resultados comprovados. Além disso, a definição e a forma de
implementação serão descritas, assim como a contribuição destas para o aumento da pro-
dutividade, a geração de lucro e valorização das fazendas e propriedades agrícolas. Serão
apresentados também casos de sucesso que demonstrarão as principais vantagens das BPAS,
a sua viabilidade e contribuição ao meio ambiente.
A maioria dessas BPAS podem e devem ser adotadas mutuamente. É muito raro encontrar
algum caso de sucesso no qual somente uma das BPAS foi aplicada. Portanto, os resultados
da adoção de práticas como rotação de cultura e manejo integrado de pragas, por exemplo,
estão descritos dentro dos casos apresentados para integração lavoura pecuária floresta.
Por fim, são apresentados os “casos de sucesso” da certificação socioambiental. Que apesar
de não ser considerada uma BPAS por si só, engloba muitas práticas.
Com as orientações desse Manual já posso implementar todas as práticas necessárias? Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Esse manual traz muitas informações gerais sobre as BPAS e exemplos nos quais elas obtive-
ram bons resultados. O produtor que tiver interesse em obter informações mais detalhadas
sobre elas, ou outras não citadas nesse manual, deve procurar os órgãos oficiais de pesquisa
agropecuária (federais ou estaduais) e solicitar a visita de um técnico especializado.
Você sabia que esse fenômeno é resultado de um processo essencial para a vida no
planeta Terra?
O chamado “Efeito Estufa” é o que possibilita a vida na Terra como a conhecemos, aquecendo
sua superfície como se fosse uma estufa. Se este fenômeno não existisse, a temperatura mé-
dia do planeta seria de -18º C. Quando o calor do sol chega ao Planeta Terra, ele passa pela
atmosfera, aquece a superfície terrestre e parte dele é refletida novamente. O calor refletido é
bloqueado como em uma estufa de vidro pelos gases na atmosfera. Esse fenômeno existe há
milhões de anos e esses gases, chamados de Gases de Efeito Estufa (GEE), são produzidos na
natureza e também “sequestrados” (utilizados) por plantas na fotossíntese.
Efeito estufa
Parte da radiação
solar é refletida
pela Terra e A radiação solar atravessa a
pela atmosfera atmosfera. A maior parte dela
de volta para é absorvida pela superfície
o espaço. terrestre e aquece-a. Sol
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Atmosfera
Fonte: Adaptado de Blank, 2015
102 |
No entanto, nos últimos 200 anos, atividades industriais, agrícolas e de serviços, geraram
muito mais gases do que a Terra é capaz de absorver naturalmente. Isso gerou um enorme
acúmulo desses gases, aumentando o “efeito de estufa” e como consequência, uma rápida al-
teração no clima na Terra. Essa intensificação do efeito estufa causa enormes problemas para
todos os seres vivos do Planeta.
Como a agricultura e a pecuária são diretamente dependentes das condições climáticas, uma
vez que são atividades desenvolvidas em ambientes naturais transformados para produção
(agroecossistemas), elas são as primeiras a sofrerem com essa mudança.
Como as BPAS adotadas pelo produtor podem ajudar o Meio Ambiente, as Mudanças
Climáticas e a manutenção dos recursos hídricos?
Todas essas práticas são extremamente benéficas ao meio ambiente e ajudam a evitar emissões
de GEE. Elas são as principais ferramentas também para a manutenção dos recursos hídricos.
No último tópico desse capítulo, apresentamos uma série de benefícios ao meio ambien-
te que essas práticas podem trazer. Selecionamos as práticas de Manejo Ecológico da Paisa-
gem/Conservação da Água, Adubação Verde, Plantio Direto, Geração Alternativa de Energia
e Manejo Integrado de Pragas para discutirmos em maior profundidade esses benefícios.
Os benefícios ambientais da Integração Lavoura Pecuária Floresta e das Certificações são discu-
tidos dentro dos seus tópicos em mais detalhes com exemplos de casos de sucesso para reforçar
sua importância.
Quando o ambiente é transformado várias estratégias podem ser utilizadas. Algumas mais
outras menos eficientes. Essa estratégia de transformação do ambiente natural é chamada de
Manejo da Paisagem. Esse Manejo, ao levar em conta as características de clima, relevo, áreas
naturais, rios e nascentes, pode gerar uma produtividade maior e por mais tempo, sendo mais
sustentável se feito de forma adequada. É o chamado Manejo Ecológico da Paisagem com
Conservação dos Recursos Hídricos.
103 |
Como o Manejo Ecológico da Paisagem e a Conservação dos Recursos Hídricos pode
ajudar a aumentar a produtividade na minha fazenda?
O produtor que almeja uma produção de longo prazo, utilizando os recursos naturais de ma-
neira estratégica, com foco na sua manutenção, deve levar em consideração a paisagem natu-
ral existente, incluindo: clima local, áreas de vegetação nativa tão essenciais à vida sadia dos
rios, lagos e nascentes; o relevo; o solo; entre outras características naturais no agrossistema.
Ele deve planejar sua área produtiva sem desmatar (ou então restaurar) as Áreas de Preser-
vação Permanente (APPs) por meio de uma estratégia ecológica de Manejo da Paisagem e,
consequentemente, Conservação dos Recursos Hídricos, aumentando assim a produtividade,
melhorando a estrutura do solo, descompactando-o e possibilitando sua aeração e aumen-
tando a capacidade de armazenamento de água na sua propriedade.
A manutenção das APPs conserva a matéria orgânica, devido à biomassa produzida pelas ár-
vores, diminui a necessidade de adubação química, intensifica a atividade biológica do solo,
e protege as plantas do vento. Além disso, estas práticas reduzem comprovadamente a infes-
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
A Fazenda também utiliza um sistema de abastecimento dos bebedouros que capta água
em cinco açudes da região e direciona para 38 das 43 áreas de pasto da fazenda. Nas
cinco áreas restantes, foram feitos corredores para que o gado possa descer até o rio com
mínimo impacto na mata ciliar.
Segundo o gerente da Fazenda Santa Maria, um dos principais benefícios trazidos pela
preservação da mata ciliar foi a melhora na qualidade da água e estrutura do solo. Além
disso, o plano de manejo da fazenda projeta a recuperação total da mata ciliar que, no
futuro, aumentará o fluxo de animais e a biodiversidade do local.
105 |
Como o Manejo Ecológico da Paisagem e a Conservação da água podem resultar na
valorização da propriedade?
Uma propriedade que foi planejada para produzir por um longo período de tempo, utiliza e
mantém os recursos naturais de maneira estratégica, será mais valorizada do que uma área
já degradada e de produção baixa. Em áreas degradadas é necessário um alto investimento
inicial para que ela volte a ser produtiva e isso tem muita relevância na hora de negociar o
valor da propriedade.
ciliar tem sido preservada e recuperada há alguns anos. No final de DO ESTADO DO PARANÁ.
2003, os proprietários do sítio formalizaram com a Secretaria Estadual http://w w w.historico.
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
O Sítio também é outro exemplo de propriedade que restaurou a sua área de mata
ciliar. De acordo com o proprietário, o principal benefício foi a melhora da qualidade
da água e do ar. Segundo o agricultor, tudo o que foi plantado no sítio brotou rapida-
mente. “As raízes das árvores fortalecem o solo e estimulam o crescimento das plan-
tas”, de acordo com ele. O produtor recebeu mudas de espécies nativas e assistência
técnica do IAP e da Emater, através do Programa de Mata Ciliar.
106 |
ADUBAÇÃO VERDE. O QUE É?
É a prática que consiste no cultivo de plantas capazes de fixar o nitrogênio atmosférico e in-
corporá-lo ao solo em rotação, sucessão ou consorciamento com as culturas principais. Essa
prática melhora significativamente os atributos químicos, físicos e biológicos do solo e subs-
titui a necessidade de se aplicar, a um custo alto, uma quantidade maior de adubos minerais
sintéticos com grande proporção de nitrogênio.
Os adubos verdes podem incluir várias espécies vegetais, porém, há uma preferência pelas
leguminosas, como feijão, crotalária, guandu, amendoim ou até mesmo soja, devido à sua
capacidade de fixar nitrogênio direto da atmosfera.
Outras vantagens desta prática são: Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
— Aumento da capacidade de armazenamento de água e fornecimento de nitrogênio fixado direta-
mente da atmosfera.
— Proteção do solo contra os agentes da erosão e radiação solar, uma vez que o solo é coberto com
grande quantidade de massa verde em curto espaço de tempo.
— Redução considerável da evapotranspiração e diminuição da variação de temperatura na planta
entre o dia e a noite.
— Aumento da atividade biológica do solo.
— Proteção das plantas contra vento e calor.
— Redução de infestação de plantas invasoras e agentes patógenos.
— Promoção do sequestro de carbono.
107 |
AUMENTO DE PRODUÇÃO E O CASO DO SÍTIO
ÁGUA BRANCA5
O Sitio Água Branca está localizado em Itirapina, no Estado de São Paulo. A re- 5
| Fonte: ANDREOLI, F. C.
gião possui um clima tropical de altitude, caracterizado por verões quentes 2015. Estudo comparativo
e úmidos e invernos secos e frios. Neste local, realizou-se uma plantação de do crescimento de plan-
eucaliptos por plantio direto em fevereiro de 2011 (ver detalhes no próximo tações de eucalipto com e
tópico). Um corte raso foi feito onde foram plantadas mudas em fileiras inter- sem adubação verde.
caladas com os tocos da plantação anterior. O solo permaneceu coberto com
a forragem de serrapilheira e galhos de plantações anteriores. Para conhecer os ganhos de produtivida-
de com implementação de adubação verde, realizou-se um estudo com três ruas de eucalipto recém-
-plantado com dez espécies em cada rua, distantes aproximadamente 1m cada espécie e 3m cada rua.
(Ver mais detalhes na Figura abaixo)
Detalhamento:
— Na Rua central foi introduzida adubação verde apenas em um dos seus lados,
com o objetivo de ser um sistema de transição entre a adubação verde e a planta
ção convencional.
— Na Rua à esquerda não foi feita nenhuma alteração para preservar as características
da produção convencional.
— Na Rua à direita foi introduzida adubação verde nos seus dois lados.
— Plantou-se uma rua de feijão no lado direito da Rua central e nos dois lados da
Rua à direita. No meio dessas ruas plantou-se melancia, mamão e pêssego.
No terceiro mês podaram-se novamente os brotos e mais feijões foram semeados superficialmente.
No mês seguinte cresceram pequenos frutos de melancia e tomates na Rua central e em cada mês
plantou-se feijão superficialmente para servir como fonte de nitrogênio e evitar o revolvimento ex-
cessivo do solo.
O resultado no crescimento, em centímetros, das mudas de eucalipto com adubação verde, da Rua à
Direita, comparado às outras Ruas foram surpreendentes até o nono mês do estudo, como podemos
observar na tabela abaixo:
Houve uma diferença de crescimento de quase 10 cm a mais comparado à Rua Central, com adu-
bação verde em somente um lado e quase 5 cm comparado à Rua à Esquerda com características
de plantio convencional, o que comprova o aumento significativo da produtividade até o nono mês
do estudo.
109 |
Como a Adubação Verde pode gerar maior lucro para minha Propriedade?
A adubação verde aumenta a renda do produtor devido ao aumento direto da produtividade
e melhoria da qualidade do produto. Além disso, ela gera uma grande economia pela redução
dos custos com adubo nitrogenado, controle de plantas invasoras e nematóides.
Para se verificar a possível geração de lucro com adubação verde foram considerados: os custos fixos,
como benfeitorias, máquinas, implementos, equipamentos, animais de produção e culturas permanentes,
e custos de administração, impostos e taxas; os custos variáveis, como gastos com sementes, mudas, fer-
tilizantes, defensivos, remuneração da força de trabalho, custos de utilização de máquinas e despesas com
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
transporte; e os custos de oportunidade - rendimento que o recurso poderia obter se fosse empregado
em outra atividade que não fosse a produção agrícola. Os resultados foram muito otimistas para a imple-
mentação da adubação verde. Nas áreas plantadas em consórcio com crotalária, apesar do custo total ser
muito maior que nas áreas sem adubação verde, pela necessidade de se investir na compra de sementes e
atividades de corte e incorporação e ainda maior nas áreas com feijão-de-porco, por necessitar mais mão
de obra, a produtividade dessas áreas foi muito maior que nas áreas sem adubação verde, como apresen-
tadas na tabela abaixo:
A diferença de produtividade entre a área sem adubo verde e o milho cultivado com feijão-de-porco foi de
1.674,40 Kg/ha e de 2.065,20 Kg/ha no caso do milho cultivado com crotalária.
De acordo com o estudo, ao se fazer os cálculos do custo das atividades agrícolas para cada Kg de milho
produzido sem adubação verde, chegou-se ao valor de R$0,17. AAlém do custo maior para se produzir sem
adubação verde, a produtividade é bem menor.
Levando em conta a maior produtividade do milho com crotalária e menor gasto com atividades agrícolas,
cada Kg de milho custa R$0,12 para ser produzido. O custo maior nas atividades agrícolas e mão de obra
para se produzir o milho com o feijão-de-porco resulta num valor de R$0,14 por Kg produzido. Assim,
utilizando-se valores de 1999, quando o estudo foi feito, para a venda do milho no valor de R$0,21/Kg os
resultados são apresentados na Tabela abaixo:
O resultado econômico mais favorável dos tratamentos com adubação verde confirma a importância
desta prática, particularmente para o milho com uso de adubação orgânica (estercos).
111 |
PLANTIO DIRETO. O QUE É?
Trata-se de uma técnica de plantio de sementes diretamente no solo, sem preparo tradicional
(revolvimento com aragem ou gradagem), mantendo a cobertura vegetal existente (palhada
da cultura anterior). Para implantar essa prática é necessário que a cultura produza matéria
verde suficiente para cobrir todo o solo.
Como a maioria das BPAS, ela é utilizada em conjunto com outras práticas. Deve ser feita com
rotação de outras culturas que possuam estrutura de raiz diferente para evitar degradação do
solo. Deve-se evitar a prática de monocultivos por muitos anos seguidos ou a sucessão com
as mesmas culturas. Por exemplo, deve-se evitar o uso contínuo de soja-trigo e soja-milho
safrinha. Outra BPAS que deve ser implantada em conjunto é o terraceamento ou curva de
nível (para maiores informações acesse o site da Embrapa), mesmo que haja uma grande
quantidade de palhada, pois evita o início de processos erosivos.
melhor os nutrientes e o solo se mantém a uma temperatura menor, além de gerar maior
acúmulo de matéria orgânica (já que se evita o arreamento e gradeamento). A palhada, ao se
degradar, incrementa o teor de fertilidade do solo e pode aumentar a produtividade. Outro
fator importante é a maior estabilidade e equilíbrio físico, químico e biológico do solo, que
não é revolvido, permitindo um melhor desenvolvimento das raízes e, consequentemente, o
crescimento mais sadio das culturas.
Como Plantio Direto pode gerar maior lucro para minha Propriedade?
O plantio direto reduz drasticamente o custo de produção, principalmente de combustível,
devido à diminuição das operações de arar e gradear, e do tempo de mão de obra usada
nestes processos.
112 |
Como exemplo, apresentamos um orçamento baseado em cálculos reais de custos de preparo
de um hectare de solo em plantio convencional e a comparação com o sistema de plantio
direto. No sistema convencional é necessário uma gradagem pesada, uma gradagem leve 1 e
outra gradagem leve 2:
No plantio direto, faz-se a nivelação do solo por meio de curvas de nível ou terraceamento, se
necessário, e somente uma arada e aplicação de herbicida. Não há necessidade de todas as
gradagens como no preparo de solo convencional:
Como visto acima, o plantio direto pode gerar uma economia de R$152,00/ha somente com
a mudança nas operações, além dos custos indiretos do benefício da técnica, que são de
difícil mensuração.
113 |
GERAÇÃO DE LUCRO E O CASO DA PROPRIEDADE EM ÁGUA FRIA
DE GOIÁS7
O estudo comparou os custos e lucros obtidos com a produção de feijão nos sis- 7
| SILVEIRA, M.A; TEIXEIRA
temas de plantio direto e convencional numa fazenda localizada no município S.M.; WANDER, A. E.; CAM-
de Água Fria de Goiás, região leste do Estado de Goiás, na safra 2013/2014, com POS, W.P. 2015. Produção
plantio de outubro a dezembro e colheita de dezembro a março. de Feijão nos Sistemas de
Plantio Direto e Convencio-
Estimou-se o custo operacional das práticas para a produção com as seguintes nal no Município de Águas
variedades de feijão: Fria de Goiás (GO). Con-
juntura Econômica Goiana
— 15 ha no sistema de plantio convencional da variedade BRS
n32. Goiânia.
pérola (carioca);
— 21 ha da variedade Estilo (carioca) com maior valor de mercado
no sistema de plantio direto;
— 4 ha de feijão roxo no plantio direto também e:
— 4 ha de feijão jalo no plantio direto.
Custos plantio convencional - Custeio com lavoura - Plantio Convencional de feijão em Água
Fria de Goiás (GO) safra 2013/14
Despesas com Insumos
Sementes R$ 2.250,00
Fertilizantes R$ 6.720,00
Defensivos R$ 900,00
Ureia R$ 3.600,00
Calcário R$ 1.300,00
Operação com Máquinas
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Fonte: Dados primários a partir da pesquisa de campo, Conjuntura Econômica Goiana n32, 2014.
114 |
No sistema de plantio convencional foi utilizado no preparo do solo o subsolador e grade aradora de 18
discos. Segundo o produtor, para a calagem da área total foi usado em média uma tonelada de calcário
por ano na área toda, pois já havia calcário residual de produções anteriores. O manejo de plantas dani-
nhas foi realizado com uma aplicação do herbicida.
Como resultado foram colhidas 450 sacas de feijão nos 15 ha, (30 sacas/ha) com preço de venda abaixo
da média dada a época da comercialização. Foi gerada uma receita bruta de R$29.250,00, com rendi-
mento por hectare de R$349,77, como apresentado na tabela abaixo:
Receita Plantio Convencional de feijão de Água Fria de Goiás (GO) safra 2013/2014
Produção (sacas) 450,00
Área cultivada (ha) 15,00
Preço de venda médio (R$) 65,00
Receita bruta (R$) 29.250,00
Rendimento líquido (R$/ha) 349,77
Foram levantadas as seguintes despesas para os custos da lavoura de feijão no plantio direto:
Custeio de Lavoura - Plantio direto feijão de Água Fria de Goiás (GO), safra 2013/2014
Despesas com Insumos
Sementes R$ 5.070,00
Fertilizantes R$ 11.600,00
Defensivos R$ 12.255,20
Ureia R$ 9.280,00
Operação com Máquinas
Combustível R$ 4.482,00
Fonte: Dados primários a partir da pesquisa de campo, Conjuntura Econômica Goiana n32, 2014.
115 |
No sistema de plantio direto houve somente manejo simples do solo e rotação de cultura, como
explicado na página anterior.
Como resultado, foram colhidas 878 sacas de feijão nos 29 ha (com o feijão roxo chegando a uma
média de 32,5 sacas/ha), que foram vendidos a um preço maior que o produzido no sistema conven-
cional. Gerou, portanto, uma receita bruta de R$95.510,00 e rendimento por hectare de R$1.463,77.
Os dados detalhados estão na tabela abaixo:
Receita total - Plantio direto feijão de Água fria de Goiás (GO), safra 2013/2014
Produção (sacas) 878
Área Cultivada (ha) 29
Preço de venda médio (R$) 108,78
Receita Bruta (R$) 98.510,00
Rendimento líquido (R$/ha) 1.463,77
Fonte: Dados primários a partir da pesquisa de campo, Conjuntura Econômica Goiana n32, 2014.
Mesmo contabilizando as diferenças nos valores de venda do feijão produzido no sistema conven-
cional e no sistema de plantio direto, o estudo constatou uma produtividade maior com o plantio
direto, podendo apresentar uma diferença entre 0,30 sacas/ha até 2,5 sacas/ha no sistema de plantio
direto. No caso estudado, considerando um mesmo valor de venda de R$65,00/saca, esse valor po-
deria chegar até uma diferença de R$160,00/ha. Portanto, o lucro gerado pela produção por meio
do plantio direto para o feijão mostra um resultado econômico mais favorável desse tratamento,
confirmando a relevância desta prática para o produtor.
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Qualquer produtor que for avaliar uma nova área de produção para a compra, ou deseja ven-
der sua fazenda, sabe que uma propriedade sem erosão visível tem um valor maior de mer-
cado. Além disso, uma propriedade com bons resultados na produção, também é valorizada
e pode ser melhor negociada.
116 |
GERAÇÃO ALTERNATIVA DE ENERGIA. O QUE É?
Todo produtor agrícola, independentemente do tamanho da sua propriedade, sabe que exis-
te um gasto necessário de energia para a produção. Seja no investimento do combustível usa-
do nas máquinas agrícolas ou no gasto com energia elétrica, esse custo contribui com uma
grande parte dos gastos da produção. Com a alta no valor dos combustíveis fósseis, a queda
no suprimento de petróleo e as preocupações com as mudanças climáticas, o produtor tem
procurado outras formas de geração de energia, com diminuição de custos.
Como a Geração Alternativa de Energia pode gerar maior lucro para minha fazenda?
Com produção orgânica em 70% da área da Granja, os dejetos de suínos são pro-
cessados em um biodigestor, diluídos e utilizados como adubo na irrigação das
áreas de pastagem. Em um futuro próximo, uma turbina a vapor movida a metano,
originado da decomposição dos rejeitos suínos, será instalada para promover a au-
tossuficiência da propriedade.
Atualmente, os gastos com energia na Granja são de R$ 350.000,00 por mês, com
um consumo de 1.800kva. Porém, com a instalação da turbina a vapor a capacida-
de de geração de energia será de 2.500kva. O investimento a ser feito será de R$ 5,5
milhões, com expectativa de retorno em cerca de dois anos.
A Granja também está instalando um frigorífico para abate de bovinos e uma usina de
etanol de milho para fazer o aproveitamento do DDG (Dried Distillers Grain) do milho.
INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRIA FLORESTA
(ILPF). O QUE É?
A Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) é uma estratégia, que
como o próprio nome diz, integra diferentes sistemas produtivos em
uma mesma área. Esta técnica incorpora a produção agrícola, pecuá-
ria e florestal dentro da propriedade, buscando aumentar a produti-
vidade, diminuir riscos na produção e valorizar a unidade de produ-
ção e a qualidade ambiental.
Existem também fazendas especializadas em lavouras de grãos que Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Vantagens da ILPF10
Recupera pastagens Melhora o bem estar Aumenta a produtividade Diminui gastos com
devastadas e dá maior valor do rebanho. de leite em até 20% e agroquímicos e ração,
nutritivo às existentes. ganho de peso em até já que é possível fazer
15% por animal. silagem com a lavoura.
Integração lavoura-Pecuá- A Fazenda implantou por três anos consórcios de eucalipto, teca,
ria-Floresta. Diversidade pau-de-balsa e pinho cuiabano consorciado com grãos. Arroz no
de produção na Amazônia primeiro ano e soja no segundo e terceiro. Na safrinha do terceiro
Mato-Grossense, 20xx. Dis- ano, duas espécies de forrageiras foram introduzidas em talhões de
ponível em: http://redeilpf. 5 ha e, após 50 dias, iniciou o pastejo rotativo de bovinos de corte.
com.br/historia/diversida-
de-de-producao-na-ama- A grande resistência dos produtores em implantar um sistema ILPF
zonia-mato-grossense. existe pelo receio da produtividade ser muito mais baixa na produ-
Acesso em janeiro de 2016. ção consorciada e acarretar em prejuízos. Esse estudo na Fazenda
Gamada mostra que a produção de culturas diferentes em um mes-
mo espaço mantém uma produtividade relativamente alta e gera um ganho maior como
resultado final da produção diversificada.
Resultados Agroeconômicos obtidos no terceiro ano agrícola, dentro dos três sistemas ILPF
Componente
Receita da Margem líquida da
Sistema (árvores ha*/da aréa ILPF ILPF
Floresta Lavoura***
em floresta)
4. Soja
(0/0,0) - - 58,3 2,157.10 R$ 2.157,10 R$ 905,49
5. Eucalipto Solteiro
(1.656/100,0) 40 R$ - - R$ 1.200,00 R$ 503,27
1.200,00
De acordo com depoimento do proprietário: “No início do projeto, começamos a produzir uma média de
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
40 mil sacas de soja por mês, passamos a 50 mil e hoje nossa média é de 60 mil sacas (58,3 de acordo com
o levantado pelo estudo, de acordo com a tabela acima) por mês”. Ainda de acordo com ele, as vantagens
em utilizar sistemas integrados, também se estendem para a pecuária, com o abate feito mais cedo.
“Antes da integração, o abate do animal era feito quando ele atingia três anos e meio de idade. Agora, o
abate é feito aos 18 meses.”
122 |
Integração Lavoura Pecuária Floresta – Fazenda Gamada
A utilidade do componente florestal, segundo o proprietário pode ter diversos fins, principalmente o
aproveitamento da madeira. “Usamos a Teca, por exemplo, para a produção de cercas. No curto prazo,
essa é uma utilização vantajosa, pois a restrição ao uso de floresta nativa para esses fins é grande”. A
matéria-prima gerada das florestas também é usada para serraria e agroenergia.
Árvores/ha¹ (final) 65 70 75 80
Preço (R$) R$ 400.00 R$ 500.00 R$ 700.00 R$1.000.00
Produtividade (m³/ha) 33 67 81 300
Faturamento (R$) R$ 13.190,00 R$ 33.920,00 R$ 56.900,00 R$ 300.000,00
Resultado (R$/ha) R$ 190,00 R$ 23.420,00 R$ 47.800,00 R$ 292.000,00
(R$ha¹ano¹) R$ 10,55 R$ 1.301,11 R$ 2.655,55 R$ 16.222,22
Receitas obtidas com o corte de árvores aos 18 anos sem considerar a receita com a pecuária. É recomendado utilizar o cenário conservador, ou seja,
uma receita de R$1.300,11 / ha / ano, 233 ha¹ com as árvores de teca abatidas aos 18 anos mais a receita anual obtida com a pecuária no sistema
silvipastoril com teca em média de R$ 270,00/ha. A receita anual com a pecuária foi calculada partindo de arrependimento para 1,5 cabeça por
hectare, por R$ 15,00 ao mês, pelos 12 meses do ano, mais ou menos correntes atualmente na região de alta floresta.
De acordo com o estudo, esse modelo é recomendado para regiões tradicionais de pecuária e com
solos de boa fertilidade, devido à necessidade de alta fertilidade exigida pelo cultivo da Teca e do
Mogno africano.
O estudo realizado pelo Observatório ABC revelou que o Brasil tem um grande potencial de
diminuir a emissão de gases de efeito estufa nas atividades agropecuárias. Se apenas três Boas
Práticas Agrícolas Socioambientais estudadas pela Embrapa forem adotadas, o País pode promo-
ver até 2023 uma redução dez vezes maior do que a meta estipulada pelo Plano ABC do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O plano foi originalmente idealizado para recu-
perar 15 milhões de hectares degradados, mas poderia ser estendido para 60 milhões de hectares.
Como a Integração Lavoura Pecuária Floresta pode gerar maior lucro para minha
empresa rural?
A ILPF pode aumentar significativamente a renda líquida do produtor. Ela gera uma estabi-
lidade econômica com redução de riscos e incertezas devido à diversificação da produção e
também maior eficiência de utilização de recursos como água, luz, nutrientes e capital inves-
tido. Além disso, esta prática melhora o balanço energético dentro da propriedade.
Para chegar aos resultados, os pesquisadores estimaram as emissões da agropecuária brasileira caso
não houvesse a adoção das práticas e usaram estimativas de crescimento do setor elaboradas pelo
MAPA e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Nesse cenário hipotético, o
Brasil chegaria a 2023 com um saldo de 3,62 bilhões de toneladas de CO2 equivalente. A boa notícia
é que se somente as três BPAS consideradas forem empregadas, todas as regiões brasileiras irão neu-
tralizar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) no campo e ainda armazenariam um adicional
de carbono no solo.
O trabalho considerou a pecuária e sete culturas agrícolas: arroz, milho, trigo, cana-de-açúcar, feijão,
algodão e pastagem. A pecuária é a atividade responsável pelas maiores emissões de gases de efeito
estufa (GEE) e, entre as espécies agrícolas, a cultura do milho é a que mais produz esses gases, segui-
da pela cana-de-açúcar, arroz, feijão e algodão. A soja, a commodity mais exportada pelo país não
apresentou emissões significativas por utilizar fixação biológica de nitrogênio (FBN) o que dispensa
a aplicação de fertilizantes nitrogenados, principal fonte de emissão direta de GEE para essa lavoura.
Como a Integração Lavoura Pecuária Floresta pode resultar na valorização da minha fazenda?
A redução da pressão para abertura de novas áreas com vegetação nativa e melhoria da re-
putação e imagem dos proprietários perante a sociedade pode ser um ótimo aliado para a
negociação da venda da propriedade.
COMPOSTAGEM. O QUE É?
A compostagem é uma técnica de tratamento dos resíduos orgânicos da
produção agropecuária e florestal. Também podem ser utilizados resí-
duos industriais de origem urbana.
O composto ideal pode ser montado em pilhas preparadas diretamente no solo. Deve conter
camadas de restos vegetais, intercaladas com camadas de estercos em menor quantidade.
Além disso, também é necessário construir valas de escoamento para águas de chuva ao re-
dor dessas pilhas.
Como a Compostagem pode ajudar a aumentar a produtividade da minha fazenda? Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
A utilização de compostos com alto teor de matéria orgânica dificulta ou impede a germina-
ção de plantas invasoras e aumenta o número de minhocas, insetos e microrganismos bené-
ficos às culturas agrícolas, que resultam na menor incidência de doenças na planta. Também
mantém a temperatura e os níveis de acidez do solo.
129 |
AUMENTO DE PRODUTIVIDADE E O CASO DAS BACIAS
DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO (“FOSSA DE BANANEIRAS”)
EM UMA FAZENDA NO MS18
A Fazenda Água Boa é um exemplo de caso não especificamente sobre compostagem, mas 18
| Informações baseadas em
sobre uma outra forma de destinação de resíduos. Eles são utilizados em sistemas que subs- fatos reais, pontualmente
tituem a fossa séptica. modificadas para preser-
vação das partes – fonte
Os primeiros sistemas foram construídos na fazenda em 2011, quando os banheiros da sede obtida através de pesquisas
foram reformados e aproveitou-se o momento para inserir este sistema de tratamento eco- de mercado
logicamente correto e reutilizando pneus que seriam descartados da fazenda como parte da
matéria prima. Estes sistemas são construídos de forma muito simples: primeiro são feitas caixas imper-
meabilizadas de concreto, dimensionadas de acordo com a geração de esgoto da fonte geradora.
Depois, dentro destas caixas são inseridos pneus usados, posicionados para orientar o fluxo do esgoto.
Os “vazios” dos espaços entre os pneus são preenchidos com entulho (restos de construção civil: cacos de
telha, restos de tijolos, etc.) Por cima desta mistura de pneus e entulho é inserida uma camada de adubo
orgânico e por cima dela, uma camada de terra.
Posteriormente, é feita uma compactação mínima, que deixa esta área estável e nivelada com o solo
do local. Por fim, são plantadas bananeiras, cujos frutos produzidos são usados para consumo dentro
da fazenda.
A fossa deve ser construída com tijolos e depois rebocada para que não haja vazamento de conta-
minantes do efluente. Simultaneamente, as raízes das bananeiras utilizam os dejetos dos efluentes
como nutrientes para produzir frutos. Os entulhos gerados nas reformas podem ser destinados para
“rechear” as fossas.
A lavoura também tinha uma baixa produção devido ao alto custo de adubos minerais necessários. Cal-
culou-se primeiramente a quantidade de dejetos gerados e a quantidade de composto que eles pode-
riam gerar:
— Com 950 cabeças da Unidade Produtora de Leitões (UPL), era gerado 19 litros de dejetos por
cabeça diariamente, ou seja, 18,05 m³ de dejetos por dia e, portanto, 6.498 m³ de dejetos/ano.
Desses dejetos, somente 3% são matéria sólida.
— Construiu-se um galpão de 1.174,8 m² que custou R$107.937,35 levando em conta os valores
de mão-de-obra e materiais de construção.
Levantou-se que para o manejo e preparação do composto é necessário o uso de mão-de-obra cons-
tante, trator para revirar e organizar o material orgânico, consumo de energia e uso de serragem, que é
misturada ao material para reter água. A tabela a seguir mostra os custos desse projeto:
Considerando, de acordo com o estudo, um valor de mercado de R$ 300,00 para cada tonelada de com-
posto, pode-se chegar a uma receita anual de R$ 112.200,00.
Deduzindo-se os custos das operações que somam R$ 44.659,82/ano e outros custos, como despesas
e encargos, chegou-se a um valor de R$ 52.959,58. Os cálculos são apresentados de forma resumida na
tabela da próxima página:
131 |
Demonstrativo de resultado anual - DRE ANUAL
Conta R$ %
Receita Operacional Bruta 112.200,00 100 %
(-) Dedução Receita Bruta (FUNRURAL) 2.580,60 2.3 %
Receita Operacional Liquida 109.619,40 98 %
(-) Custo Prods Merc. Vend 44.659,82 40 %
Lucro Bruto 64.959,58 58 %
(-) Despesas Operacionais 11.000,00 10 %
Despesas com vendas 7.000,00 6%
Despesas Administrativas 3.500,00 3%
Despesas diversas 500,00 0%
Encargos Financeiros Líquidos 1.000,00 1%
(+) Receitas Financeiras 0%
(+) Despesas Financeiras 1.000,00 1%
Resultado Líquido do Período 52.959,58 47 %
Portanto, o estudo mostra que o uso dos dejetos para a compostagem gerou um alto resultado
econômico. A partir de dois anos, a Unidade poderá lucrar até R$52.959,58/ano com a venda do
composto, além de poder utilizar parte dele na sua lavoura, evitando gastos com adubos químicos.
Além disso, com a utilização de fertilizantes orgânicos em suas culturas, produtores tam-
bém economizam por não terem que arcar com a revitalização da terra danificada por defen-
sivos agrícolas.
O estudo da Unidade Produtora de Leitões mostrou que a fazenda tinha um grande potencial
poluidor. Identificou-se que o sistema transforma os dejetos que estão na forma líquida, em
produtos sólidos, com a redução do volume destes e maior concentração de nutrientes. A re-
dução do volume dos dejetos, devido à evaporação da água, praticamente impede que eles se
transformem em fontes poluidoras. Mostrou-se que o processo é uma alternativa viável e pode
valorizar a propriedade, mudando o patamar de propriedade rural com potencial poluidor, para Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
uma empresa produtora de compostos orgânicos.
de domínio do bioma Mata Atlântica e planta no sistema convencional 7.000 hectares de ca- A. G. Coordenação. 2015.
na-de-açúcar. A propriedade tem certificação Bonsucro, o que a levou a adotar uma série de Portfólio de Boas Práticas
BPAS não adotadas previamente à certificação. A Fazenda decidiu obter a certificação, pois há Agropecuárias do Pro-
muitos anos buscava novas formas de tornar-se mais sustentável, tendo conquistado desta- grama Água Brasil– Livro
que na área pela forte atuação quanto à responsabilidade social e ambiental. 1. WWF-Brasil, Brasil,
Brasília.
Uma BPAS identificada em campo, específica da cultura de cana-de-açúcar, é o sistema de
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
escoamento controlado. Tal sistema é uma técnica inovadora, iniciada na forma de teste em campo em
2011, que visa diminuir a erosão, melhorar a sistematização do solo e a operação de colheita, carrega-
mento e transporte da cana, além de respeitar os cursos naturais de água no terreno.
Anteriormente, o plantio da cana ocorria em pequenos talhões que eram queimados aos poucos, visto
que a cana queimada precisava ser rapidamente colhida e transportada. Com o modelo atual de colher
a cana crua, teve-se uma mudança para talhões grandes, com sistema de conservação de solo para um
sistema sem terraços e com sulcamento em desnível, em modelo desenvolvido pela ESALQ/USP. O sul-
camento em desnível serve para que a água seja direcionada aos canais de drenagem. Nos pontos de
caminhamento natural da água são construídos canais de escoamento vegetados por onde a água da
chuva é conduzida até atingir as APPs. Com a adoção desse sistema, houve redução da área de cultivo
em favor da alocação de canais para o escoamento da água e diminuição da erosão laminar.
136 |
Como Certificação pode ajudar a aumentar a produtividade da minha fazenda?
Com uma série de instruções, recomendações e obrigações socioambientais, a certificação para
sustentabilidade leva o produtor a implementar a maioria das BPAS, além das regulamentações
nacionais e práticas agrícolas que visam o aumento da produtividade.
O bom manejo do solo (práticas para evitar erosão, como curvas de nível e terraceamento, sulca-
mento, plantio direto ou uso mínimo do solo, etc.), uso racional da água (irrigação, manutenção
das fontes de água, manutenção de mata ciliar, etc.), rotação de culturas, ILPF, uso controlado de
fertilizantes e agroquímicos (ou o não uso, como exigido para certificação orgânica), adequação
ambiental da propriedade, valorização dos empregados e impacto social do empreendimento
agrícola nas comunidades do entorno, são apenas alguns dos exemplos dos critérios a serem
cumpridos numa certificação para sustentabilidade.
O preparo de solo profundo é outra BPAS inovadora na propriedade. Consiste em preparar o solo com
o implemento PENTA, um equipamento que permite uma subsolagem alcançando profundidades que
variam entre 70cm e 1m, aplicando e incorporando insumos como calcário e fósforo no perfil do solo.
O Penta dispensa o uso de grade e isto impacta diretamente na redução de custos, além de aplicar o
adubo em todo o perfil do solo. Vale destacar que os tratores são conduzidos por GPS (Piloto Automáti-
co), eliminando assim um importante gargalo que era a passagem, muitas vezes frequente, do trator na
lavoura, o que levava à compactação do solo e prejudicava a rebrota da cana. O resultado desse processo
foi um aumento da taxa de infiltração de água no solo, que no sistema convencional era de 300 mm/hora
e passou a 700 mm/hora. Nesse processo, o local de plantio da cana é tratado como um “canteiro” onde
não há pisoteio, o que melhora a taxa de rebrota da cana.
Essa mudança acarretou num aumento da produtividade entre 20 e 30%, chegando a 585 Kg/ha
de acordo com o estudo da KPMG para a ONG IDH.
Para aumentar ainda mais a produtividade, deverá ocorrer agora uma renovação do plantio, de
acordo com a IDH, sendo necessário replantar as árvores, ou enxertá-las, além da aplicação ade-
quada de fertilizantes para restaurar a fertilidade do solo. De acordo com o estudo, se todas as
recomendações indicadas na certificação forem adotadas, a produtividade pode aumentar para
1.500kg/ha, permitindo ao agricultor diversificar dessa forma sua produção e conseguir propor-
cionar uma melhor qualidade de vida à sua família.
Além disso, outras pesquisas de campo feitas pela Committee on Sustainability Assessment (2012),
para a IDH, sugerem que se pode chegar a aumentos de rendimento de até 70% se a certificação
for mantida.
Um ótimo exemplo de empresa internacional com esse comprometimento é uma das maiores
produtoras de chocolates do mundo, a Mars, empresa familiar, com faturamento médio de 22
milhões de euros anuais que compra 12% de todo cacau produzido na África.
Em 2010, a companhia anunciou publicamente a meta de adquirir, até 2020, 100% do cacau
processado apenas de produtores certificados. Ao se posicionar publicamente sobre a ne-
cessidade de melhoria na qualidade de vida dos agricultores africanos, decidiram unilateral-
mente pagar 200 euros extras por tonelada de cacau processada para seus fornecedores cer-
tificados em 2009. Isso levou a uma mudança de paradigma, transformando a certificação
para sustentabilidade em uma conduta normal no mercado. Depois dessa atitude da Mars,
seus concorrentes se sentiram pressionados a fazer o mesmo e pagar o prêmio para quem ado-
tasse a certificação.
138 |
O mesmo estudo da IDH relata ainda o caso da Ecom, uma das maiores processadoras e re-
vendedora de cacau do mundo. Com o início da demanda por chocolates certificados, ela
implementou um treinamento com foco em programas de certificação para 25 cooperativas de
produtores da Costa do Marfim. A companhia abriu redes de varejo para a distribuição controla-
da de fertilizantes e implantou uma rede enorme de áreas demonstrativas que coletam também
informações de rendimento da produtividade de seus fornecedores.
Outro fator importante a ser ressaltado é que atualmente os mercados estão cada vez mais
exigentes e, portanto, a certificação para a sustentabilidade é um diferencial nesse processo.
Muitos compradores, principalmente na Europa, exigem a certificação como requisito para a
compra. O produtor que não possui algum tipo de certificação pode ter os produtos de sua
fazenda desvalorizados.
Para cumprir as normas de certificação, o produtor precisa conhecer as BPAS e encontrar ma-
neiras estratégicas e com o menor custo possível para implantá-las. Nesse caminho, ele tem a
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
possibilidade de compreender melhor como a conservação do meio ambiente, a manutenção
dos recursos hídricos e o aumento da biodiversidade de fauna e flora podem funcionar como
aliados à produção.
Abaixo apresentamos o caso da Usina São Francisco, da família Balbo que, estrategicamente,
decidiu adotar a certificação orgânica há mais de 20 anos como instrumento de mercado e
conservação da biodiversidade, criando a marca “Native”, hoje líder de mercado tanto para
produtos orgânicos (cafés, bebidas, chocolates, cereais, entre outros), como também no mer-
cado mundial de açúcar.
139 |
GERAÇÃO DE LUCRO E O CASO DA FAZENDA PHD, PARCEIRA 23
| TAVARES, L.F.S; SANTOS, J.
A. G. Coordenação. 2015.
AGRÍCOLA DA USINA ZILOR, EM LENÇÓIS PAULISTA – SP23 Portfólio de Boas Práticas
Agropecuárias do Progra-
A Fazenda PHD é uma propriedade certificada pela Bonsucro, organização global sem fins ma Água Brasil– Livro 2.
lucrativos, multi-stakeholder cujo principal objetivo é promover a sustentabilidade do setor WWF-Brasil, Brasil, Brasília
canavieiro através do sistema de certificação métrica da produção de cana de açúcar, açúcar e
etanol. Atualmente, a Bonsucro possui mais de 400 membros, de 32 países, que representam
todas as áreas da cadeia de suprimentos.
Essa certificação levou a fazenda a implementar uma série de BPAS que ainda não adotava, como por
exemplo: rotação de culturas, proteção de APPs e localização correta das áreas de produção, destina-
ção adequada de resíduos da produção agropecuária, destinação correta das embalagens de defensivos
agrícolas, manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas, a não utilização de insumos banidos,
proibidos ou altamente tóxicos, registros de aplicação, regulagem e tecnologia de aplicação de agrotóxi-
cos, uso racional de fertilizantes orgânicos e químicos e, eliminação do uso de fogo nos canaviais.
Da parte da usina Zilor, a empresa tem uma visão integrada de desenvolvimento sustentável e promove
a gestão da sustentabilidade de forma transversal. Isso significa que o olhar sistêmico e interdependente
de aspectos sociais, ambientais e econômicos está presente nas tomadas de decisão, desde o âmbito
dos grandes tomadores de decisão até o dia-a-dia dos colaboradores. Todos os investimentos são reali-
zados após um amplo processo de análise que considera, além da obrigatoriedade de adequação a leis
e normas nacionais e internacionais, aspectos como as questões trabalhistas, promoção da saúde e da
segurança dos colaboradores e condições socioambientais.
res na região dos biomas Pantanal e Cerrado. A fazenda realiza integração lavoura-pecuária e modificadas para preser-
produz milho e sorgo para alimentação e terminação dos animais. vação das partes – fonte
obtida através de pesquisas
A Certificação Orgânica foi adquirida em grupo, com a Associação Brasileira de Pecuária de mercado.
Orgânica (ABPO), associação composta por produtores rurais preocupados com a viabilida-
de econômica de seus empreendimentos e com a manutenção do equilíbrio ambiental e so-
cial da região.
140 |
A propriedade possui área de APP e Reserva Legal conservadas, além de uma pequena área em processo
de restauração ecológica. Adotadas as seguintes BPAS, diversificaram a produção, valorizando a pro-
priedade, diminuindo riscos e gerando mais recursos: pecuária orgânica e integração lavoura-pecuária
(ILP), confinamento dos animais na entressafra da pecuária (de Abril a Outubro), rotação de pastagens
(Pastejo Voisin - Sistema intensivo de manejo do gado e da pastagem), e suplementação dos ovinos a
pasto, uma estratégia utilizada pela fazenda para acelerar a engorda dos animais e diminuir a idade de
abate. Além disso, eles possuem o Pastejo Diferido ou “Feno em Pé” que é a prática de pastejo adotada
para fornecer capim para os animais na época da seca.
Em um estudo realizado dentro da área produtiva da Usina São Francisco, 100 % certificada para a pro-
dução orgânica, ocorreu o levantamento dos ambientes naturais preservados e restaurados. Os resul-
tados comprovam que a certificação orgânica da Usina melhorou também a qualidade ambiental da
região. No total de 7.868 hectares entre os municípios de Sertãozinho e Barrinha, foi constatado um Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
aumento significativo da biodiversidade ao longo dos anos. Houve um aumento da área verde e da
biodiversidade nas Áreas de Proteção Permanente, principalmente junto aos cursos d’água e nas áreas
verdes replantadas que servem de corredor para os animais. O estudo também apontou um aumento do
número de espécies, quando comparado a levantamentos mais antigos. No local foram encontrados 340
espécies de vertebrados silvestres dentro da área de cana, sendo que 49 delas estão sob risco ou ameaça
de extinção no Estado de São Paulo.
141 |
COMO AS BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS SOCIOAMBIENTAIS
PODEM AJUDAR O MEIO AMBIENTE?
Todas as BPAS são extremamente benéficas ao meio ambiente. Elas ajudam a evitar emissões de
GEE e são as principais ferramentas para a manutenção dos recursos hídricos. Abaixo citamos os
benefícios mais comuns de todas as BPAS:
— Reciclagem de Nutrientes: nutrientes em excesso, que não são aproveitados podem tornar-se
uma fonte poluidora dos recursos hídricos e solos;
— Aumento da produção e manutenção de matéria orgânica: o processo de fixação de carbono no
solo na forma de matéria orgânica humificada (estável) durante um período longo de tempo traz
uma série de vantagens ambientais como manutenção dos nutrientes do solo e sua biodiver-
sidade, manutenção dos recursos hídricos e é considerado como principal ferramenta agrícola
para o “sequestro” de carbono;
— “Sequestro” de carbono: absorção de gases de efeito estufa, ajudando a diminuir consideravel-
mente a quantidade de CO2 na atmosfera;
— Erosão evitada: evita-se o assoreamento e poluição de rios por excesso de nutrientes e solo per-
didos na produção.
As APPs também auxiliam na recuperação dos nutrientes que seriam perdidos para as camadas
mais profundas do solo, pois as raízes das árvores utilizam esses nutrientes, evitando que conta-
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Adubação Verde
A adubação verde promove uma rápida cobertura do solo e uma grande produção de maté-
ria orgânica formando uma cobertura morta, que favorece também a prática do plantio direto.
Além disso, ela:
— Fornece nitrogênio fixado diretamente da atmosfera por leguminosas, intensifica as atividades
biológicas, aumenta a capacidade de armazenamento de água no solo, e consequentemente
reduz a necessidade de irrigação e maior uso da água;
— Protege o solo contra ventos, chuvas e radiação solar em curto espaço de tempo e diminui a
infestação de ervas invasoras bem como a incidência de pragas e agentes patógenos;
142 |
— É um grande fator para a descompactação do solo e melhoria na es-
truturação e na circulação de ar, diminuindo a variação de temperatura
(temperatura do solo mais constante).
Plantio Direto
| Embrapa. Agricultura de baixo carbono
26
Além do bom manejo do solo que evita erosão, a palhada contribui
– perguntas e respostas. Disponível em: para o sequestro de carbono. De acordo com a Embrapa26, “o acúmulo
https://www.embrapa.br/tema-agri- de matéria orgânica no sistema plantio direto e, consequentemente,
cultura-de-baixo-carbono/perguntas-e-
-respostas. Acesso em novembro de 2015. o seu potencial para a remoção de CO2 no Brasil já foi comprovado
por vários autores em diferentes ecorregiões. Os solos manejados sob
Sistema de Plantio Direto sem preparo do solo e com adição de palhada
passam da condição de emissor de CO2 para a atomosfera para a condição
de fixador de CO2 para no solo.”
O manejo também contribui para a melhoria da saúde do produtor, dos seus funcionários, das
populações do entorno bem como do consumidor, decorrente da eliminação ou de redução de
agroquímicos e adubos químicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
E O Estado conta com norma específica (lei, decreto, portaria, resolução, etc.) de âmbito estadual
F O Estado aplica norma federal (“F”) por ainda não dispor de legislação estadual específica.
Alagoas
— LEI Nº 6.787/2006: Dispõe sobre a consolidação dos procedimentos adotados quanto ao licen-
ciamento ambiental, das infrações administrativas, e dá outras providências.
— LEI Nº 6.651/2005: Dispõe sobre o Ordenamento do Uso do Solo nas faixas de domínio das
rodovias estaduais e em terrenos a elas adjacentes.
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Amapá
— LEI COMPLEMENTAR Nº 91/2015: Acrescenta dispositivos à Lei Complementar nº 05, de 18
de agosto de 1994, que instituiu o Código de Proteção ao Meio Ambiente do Estado do Amapá,
e outras providências.
— LEI Nº 686/2002: Dispõe sobre a Política de Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Estado do
Amapá e dá outras providências.
— RESOLUÇÃO Nº 01/1999: Estabelece diretrizes para caracterização de empreendimen-
tos potencialmente causadores de degradação ambiental, licenciamento ambiental e dá
outras providências.
— INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01/1999: Estabelece normas para realização de audiência públi-
ca no âmbito do licenciamento de empreendimentos obrigados à elaboração de Estudo Prévio
de Impacto Ambiental (EPIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
— INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 02/1999: Define condições e critérios técnicos para elaboração
e análise de Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EPIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
e dá outras providências.
— DECRETO Nº 3009/1998: Regulamenta o Título VII, da Lei Complementar Nº 05, de 18 de
agosto de 1994, que institui o Código de Proteção ao Meio Ambiente do Estado do Amapá e dá
outras providências.
— LEI COMPLEMENTAR Nº 05/1994: Institui o Código de Proteção ao Meio Ambiente do Estado
do Amapá, e dá outras providências.
— LEI Nº 165/1994: Cria o Sistema Estadual do Meio Ambiente, dispõe sobre a organização com-
posição e competência do Conselho Estadual do Meio Ambiente e cria o Fundo Especial de
Recursos para o Meio Ambiente, e dá outras providências.
Amazonas
— PORTARIA IPAAM Nº 05/2016: Atualiza os valores das taxas de licenciamento ambiental,
e dá outras providências.
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
— LEI Nº 4.222/2015: Institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluido-
ras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente
- SISNAMA, a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA/AM) de acordo com a Lei Federal
nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 e suas alterações, e dá outras providências.
— LEI Nº 4.185/2015: Estabelece normas aplicáveis ao licenciamento ambiental no âmbito do
Estado do Amazonas, de competência do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas - IPAAM,
e estabelece outras providências.
— RESOLUÇÃO Nº 15/2013: Dispõe sobre o Programa Estadual de Gestão Ambiental Compar-
tilhada com fins ao fortalecimento da gestão ambiental mediante normas de cooperação entre
os Sistemas Estadual e Municipal de Meio Ambiente, define as tipologias de impacto ambiental
local para fins do exercício da competência do licenciamento ambiental municipal, considerados
os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade e dá outras providencias.
149 |
— EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 78/2013: Altera a Constituição do Estado do Amazonas e
dá outras providências.
— LEI Nº 3.785/2012: Dispõe sobre o licenciamento ambiental no Estado do Amazonas, revoga a
Lei nº 3.219/2007, e dá outras providências.
— LEI Nº 3.800/2012: Dispõe sobre a Política Geral de Produção Rural do Estado do Amazonas e
dá outras providências.
— LEI Nº 3.635/2011: Cria o Programa de Regularização Ambiental dos Imóveis Rurais do Estado
do Amazonas, estabelece o Cadastro Ambiental Rural – CAR, disciplina as etapas do processo de
regularização, e dá outras providências.
— LEI Nº 3.167/2007: Reformula as normas disciplinadoras da Política Estadual de Recursos Hídricos
e do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e estabelece outras providências.
— LEI DELEGADA Nº 56/2005: Dispõe sobre o Regimento Interno do Instituto de Proteção Am-
biental do Amazonas - IPAAM, e dá outras providências.
Bahia
— RESOLUÇÃO CONERH Nº 96/2014: Estabelece diretrizes e critérios gerais para a outorga do
direito de uso dos recursos hídricos de domínio do Estado da Bahia, e dá outras providências.
— DECRETO Nº 15.180/2014: Regulamenta a gestão das florestas e das demais formas de vege-
tação do Estado da Bahia, a conservação da vegetação nativa, o Cadastro Estadual Florestal de
Imóveis Rurais - CEFIR, e dispõe acerca do Programa de Regularização Ambiental dos Imóveis
Rurais do Estado da Bahia e dá outras providências.
— RESOLUÇÃO CEPRAM Nº 4.327/2013: Dispõe sobre as atividades de impacto local de com-
petência dos Municípios, fixa normas gerais de cooperação federativa nas ações administrativas
decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais
notáveis, à proteção do meio ambiente e ao combate da poluição em qualquer de suas formas,
conforme previsto na Lei Complementar nº 140/2011, e dá outras providências.
— RESOLUÇÃO CEPRAM Nº 4.260/2012: Dispõe, no âmbito do licenciamento ambiental, sobre
os procedimentos e as atividades ou empreendimentos a serem licenciados por meio de Licença
Ambiental por Adesão e Compromisso - LAC no Estado da Bahia.
— LEI Nº 12.050/2011: Institui a Política sobre Mudança do Clima do Estado da Bahia, e dá ou-
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
tras providências.
— LEI Nº 12.035/2010: Altera dispositivos da Lei nº 11.612, de 08 de outubro de 2009, que dispõe
sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos
Hídricos, e dá outras providências.
— LEI Nº 11.612/2009: Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, o Sistema Estadual
de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências.
— DECRETO Nº 10.255/2007: Dispõe sobre a concessão, autorização ou dispensa de outorga do
direito de uso de recursos hídricos no Estado da Bahia e dá outras providências.
— INSTRUÇÃO NORMATIVA SRH Nº 01/2007: Dispõe sobre a emissão de outorga de direito de
uso dos recursos hídricos de domínio do Estado da Bahia, assim como a sua renovação, amplia-
ção, alteração, transferência, revisão, suspensão e extinção, e dá outras providências.
150 |
— PORTARIA SEMARH Nº 56/2006: Dispõe sobre procedimentos de licenciamento ambiental
das atividades, obras e empreendimentos agropecuários, silviculturais e aqüícolas com potencial
de impacto não significativo, e dá outras providências.
— LEI Nº 10.431/2006: Dispõe sobre a Política de Meio Ambiente e de Proteção à Biodiversidade
do Estado da Bahia, e dá outras providências.
— DECRETO Nº 10.193/2006: Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental das
atividades agrossilvipastoris e de produção de carvão vegetal, e dá outras providências.
— RESOLUÇÃO CONERH Nº 01/2005: Aprova o Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado
da Bahia - PERH-BA.
— DECRETO Nº 6.296/1997: Dispõe sobre a outorga de direito de uso de recursos hídricos, infra-
ção e penalidades e dá outras providências.
Ceará
— RESOLUÇÃO COEMA Nº 01/2016: Dispõe sobre a definição de impacto ambiental local e re-
gulamenta o cumprimento ao disposto no art.9º, XIV, a, da Lei Complementar nº 140/2011.
— RESOLUÇÃO COEMA Nº 10/2015: Dispõe Sobre a Atualização dos Procedimentos, Critérios,
Parâmetros e Custos Aplicados aos Processos de Licenciamento e Autorização Ambiental no Âm-
bito da Superintendência Estadual do Meio Ambiente – SEMACE.
— RESOLUÇÃO COEMA Nº 17/2015: Disciplina os procedimentos administrativos e técnicos de
licenciamento ambiental para as Atividades Agropecuárias no Estado do Ceará.
— LEI Nº 14.844/2010: Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, institui o Sistema
Integrado de Gestão de Recursos Hídricos - SIGERH, e dá outras providências.
— INSTRUÇÃO NORMATIVA SRH Nº 03/2006: Dispõe sobre os procedimentos administrativos
complementares a serem aplicados à outorga de direito de uso da água pela Secretaria dos Re-
cursos Hídricos – SRH e pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará - COGERH.
— RESOLUÇÃO CONERH Nº 02/2004: Referenda a criação, no âmbito da Secretaria dos Recursos
Hídricos – SRH, das Câmaras Técnicas de Outorga, Licença e Conflitos e dá outras providências.
Distrito Federal
— DECRETO Nº 36.579/2015: Dispõe sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR), o sistema do CAR, Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
o Programa de Regularização Ambiental do Distrito Federal (PRA-DF) e dá outras providências.
— RESOLUÇÃO CONAM Nº 03/2014: Dispõe sobre a dispensa de licenciamento ambiental para
empreendimentos / atividades de baixo potencial poluidor / degradador ou baixo impacto am-
biental no âmbito do Distrito Federal.
— RESOLUÇÃO CONAM Nº 01/2012: Institui Declaração de Conformidade de Atividade Agropecu-
ária – DCAA e elenca rol de atividades agrossilvipastoris dispensadas de licenciamento ambiental.
— RESOLUÇÃO ADASA Nº 01/2010: Estabelece as diretrizes e critérios para requerimento e ob-
tenção de outorga do direito de uso dos recursos hídricos por meio de canais em corpos de água
de domínio do Distrito Federal e delegados pela União.
151 |
— LEI Nº 4.285/2008: Reestrutura a Agência Reguladora de Águas e Saneamento do Distrito Fe-
deral - ADASA/DF, dispõe sobre recursos hídricos e serviços públicos no Distrito Federal e dá
outras providências.
Espírito Santo
— INSTRUÇÃO NORMATIVA AGERH Nº 01/2016: Institui procedimentos e critérios para requeri-
mento e obtenção da Declaração de Uso de Água Subterrânea no Estado do Espírito Santo, regula-
menta os usos já existentes de recursos hídricos subterrâneos.
— INSTRUÇÃO NORMATIVA IDAF Nº 05/2015: Dispõe sobre inscrição dos imóveis rurais no CAR no
Estado do Espírito Santo.
— INSTRUÇÃO NORMATIVA IDAF Nº 11/2014: Institui as normas e procedimentos que regulam no
Estado do Espírito Santo o licenciamento ambiental a ser realizado pelo IDAF.
— LEI Nº 10.179/2014: Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, institui o Sistema
Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado do Espírito Santo – SIGERH/ES e dá
outras providências.
— DECRETO Nº 3.346-R/2013: Dispõe sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR) no Estado e dá ou-
tras providencias.
— LEI Nº 10.098/2013: Institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras
ou Utilizadoras de Recursos Ambientais – CTEES e a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do
Espírito Santo – TCFAES e dá outras providências.
— RESOLUÇÃO CONSEMA Nº 05/2012: Define a tipologia das atividades ou empreendimentos con-
siderados de impacto ambiental local e dá outras providências.
— INSTRUÇÃO NORMATIVA IEMA Nº 10/2010: Dispõe sobre o enquadramento das atividades po-
tencialmente poluidoras e/ou degradadoras do meio ambiente com obrigatoriedade de licencia-
mento ambiental junto ao IEMA e sua classificação quanto a potencial poluidor e porte.
— DECRETO Nº 1.777-R/2007: Dispõe sobre o Sistema de Licenciamento e Controle das Atividades
Poluidoras ou Degradadoras do Meio Ambiente, denominado SILCAP.
— DECRETO Nº 910-R/2001: Aprova o Regulamento do Instituto de Defesa Agropecuária e
Florestal do Espírito Santo - IDAF, Autarquia com personalidade jurídica de direito público, autonomia
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Goiás
— LEI Nº 18.995/2015: Dispõe sobre a Política Estadual de Agricultura Irrigada e dá outras providências.
— LEI Nº 18.104/2013: Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa, institui a nova Política Florestal
do Estado de Goiás e dá outras providências.
— LEI Nº 14.384/2002: Institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras
ou Utilizadoras de Recursos Naturais, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA,
a Taxa de Fiscalização Ambiental e dá outras providências.
152 |
— PORTARIA AGMA Nº 6-N/2001: Institui, como instrumento de gestão das atividades pouco
lesivas no meio ambiente, o Licenciamento Ambiental Simplificado – LAS.
— LEI Nº 13.123/1997: Estabelece normas de orientação à Política Estadual de Recursos Hídricos,
bem como ao sistema de gerenciamento de Recursos Hídricos.
— DECRETO Nº 5.159/1999: Institui o Programa de Descentralização das Ações Ambientais no
Estado de Goiás.
Maranhão
— PORTARIA SEMA Nº 13/2013: Disciplina os procedimentos de aprovação da localização de
Reserva Legal, de concessão de Licença Ambiental para Atividades Agrossilvipastoris e Autoriza-
ções Ambientais para Uso Alternativo do Solo em Imóveis Rurais no Estado do Maranhão.
— DECRETO Nº 27.845/2011: Regulamenta a Lei nº 8.149/2004, que institui a Política Estadual
de Recursos Hídricos, o Sistema de Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos, com relação
às águas superficiais, e dá outras providências.
— LEI Nº 8.149/2004: Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, o Sistema de Geren-
ciamento Integrado de Recursos Hídricos, e dá outras providências.
— DECRETO Nº 13.494/1993: Regulamenta o Código de Proteção do Meio Ambiente do Estado
do Maranhão (Lei 5.405/92).
— LEI Nº 5.405/1992: Institui o Código de Proteção de Meio Ambiente e dispõe sobre o Sistema
Estadual de Meio Ambiente e o uso adequado dos recursos naturais do Estado do Maranhão.
Mato Grosso
— DECRETO Nº 420/2016: Dispõe sobre o Cadastro Ambiental Rural - CAR e a Regularização
Ambiental de imóveis rurais; implanta o Programa de Regularização Ambiental-PRA no Estado
de Mato Grosso e dá outras providências.
— INSTRUÇÃO NORMATIVA SEMA Nº 11/2015: Disciplina os procedimentos técnicos e admi-
nistrativos da análise e validação do Cadastro Ambiental Rural - CAR no Estado de Mato Grosso.
— DECRETO Nº 230/2015: Regulamenta o art. 8º da Lei Complementar nº 343, de 24 de dezembro
Minas Gerais
— DELIBERAÇÃO COPAM Nº 852/2016: Estabelece a composição da Câmara de
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Pará
— PORTARIA SEMAS Nº 654/2016: Dispõe sobre a implementação do Sistema Nacional de Cadas-
tro Ambiental Rural - SICAR como o Sistema Oficial de Cadastro Ambiental do Estado do Pará, que
será denominado - SICAR/PA.
— INSTRUÇÃO NORMATIVA SEMAS Nº 01/2016: Dispõe sobre os procedimentos e critérios, no
âmbito da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS/PA, para adesão ao
Programa de Regularização Ambiental do Pará - PRA/PA, por proprietários e posseiros rurais, com
fins à regularização ambiental de áreas alteradas e/ou degradadas, e dá outras providências.
— DECRETO Nº 1.379/2015: Cria o Programa de Regularização Ambiental dos Imóveis Rurais do
Estado do Pará - PRA/PA e dá outras providências.
— PORTARIA SEMAS Nº 508/2015: Dispõe sobre a concessão de Licença de Atividade Rural – LAR
referente à atividade rural, a ser realizada em área de Uso Alternativo do Solo consolidada antes
de 22 de julho de 2008 sem autorização de supressão, obtenção do Certificado de Liberação de
Crédito de Reposição Florestal - CLCRF mediante prévia assinatura do Termo de Compromisso Am-
biental - TCA, e dá outras providências.
— PORTARIA SEMA Nº 1.912/2014: Dispõe sobre a concessão de Licença de Atividade Rural – LAR
referente à atividade agrossilvipastoril, a ser realizada em área de Uso Alternativo do Solo consoli-
dada antes de 22 de julho de 2008 sem autorização de supressão, mediante prévia assinatura do
Termo de Compromisso Ambiental Agrossilvipastoril - TCAA, e dá outras providências. Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Paraíba
— DELIBERAÇÃO COPAM Nº 3.245/2003: Dispõe sobre estabelecimentos ou atividades utiliza-
doras de recursos ambientais.
— DECRETO 19.260/1997: Regulamenta a outorga do direito de uso dos recursos hídricos e dá
outras providências.
— LEI 6.544/1997: Cria a Secretaria Extraordinária do Meio ambiente, dos Recursos Hídricos e
Minerais; dá nova redação e revoga dispositivos da Lei n.º 6.308, de 02 julho de 1996, que institui
a Política Estadual de Recursos Hídricos, e dá outras providências.
— LEI 6.308/1996: Institui a Política Estadual de Recursos Hídricos, suas diretrizes e dá
outras providências.
156 |
— LEI 6.002/1994: Institui o Código Florestal do Estado da Paraíba, e dá outras providências.
Paraná
— RESOLUÇÃO CONJUNTA SEMA/IAP Nº 07/2015: Dispõe sobre procedimentos operacionais
do Sistema De Cadastro Ambiental Rural, SICAR Paraná, no âmbito do Programa de Regulariza-
ção Ambiental no Estado do Paraná.
— DECRETO Nº 2.711/2015: Implanta o Programa de Regularização Ambiental do Estado do
Paraná estabelecendo normas gerais e complementares.
— LEI Nº 18.295/2014: Instituição, nos termos do art. 24 da Constituição Federal, do Programa de
Regularização Ambiental das propriedades e imóveis rurais, criado pela Lei Federal nº 12.651, de
25 de maio de 2012.
— PORTARIA IAP Nº 97/2014: Define orientações técnicas e jurídicas para os procedimentos do
IAP, a serem adotados, considerando o início da operação do Sistema de Cadastro Ambiental
Rural - SICAR, no Paraná.
— DECRETO Nº 9.957/2014: Dispõe sobre o regime de outorga de direitos de uso de recursos
hídricos e adota outras providências.
— PORTARIA IAP Nº 249/2013: Define orientações técnico-jurídicas para os procedimentos do
IAP, a serem adotados até a implantação do Sistema de Cadastro Ambiental Rural SICAR.
— DECRETO Nº 8.680/2013: Institui o Sistema de Cadastro Ambiental Rural do Estado do Paraná
SICAR-PR e adota demais providências
— RESOLUÇÃO SEMA Nº 51/2009: Dispensa de Licenciamento e/ou Autorização Ambiental Es-
tadual de empreendimentos e atividades de pequeno porte e baixo impacto ambiental.
— PORTARIA IAP Nº 166/2008: Dispõe sobre conceitos e a documentação necessária para instru-
ção dos procedimentos administrativos das diversas modalidades de licenciamentos ambientais.
— RESOLUCAO CEMA Nº 65/2008: Dispõe sobre o licenciamento ambiental, estabelece critérios
e procedimentos a serem adotados para as atividades poluidoras, degradadoras e/ou modifica-
doras do meio ambiente e adota outras providências.
— LEI Nº 12.726/1999: Institui a Política Estadual de Recursos Hídricos e adota outras providências.
— RESOLUÇÃO SEMA Nº 31/1998: Dispõe sobre o licenciamento ambiental, autorização ambien-
tal, autorização florestal e anuência prévia para desmembramento e parcelamento de gleba rural. Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Pernambuco
— PORTARIA CONJUNTA SEMAS/SARA RECIFE Nº 1/2015: Institui a Comissão Estadual de
Gestão do Programa de Regularização Ambiental em Pernambuco – CEGPRA/PE com a atribui-
ção de conduzir às ações no que compete a organização, divulgação e monitoramento das ações
voltadas a implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), no Estado de Pernambuco.
— LEI Nº 14.549/2011: Altera a Lei nº 14.249, de 17 de dezembro de 2010, que dispõe so-
bre licenciamento ambiental, infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, e dá ou-
tras providências.
— LEI Nº 14.249/2010: Dispõe sobre licenciamento ambiental, infrações e sanções administrati-
vas ao meio ambiente, e dá outras providências.
157 |
— LEI Nº 13.361/2007: Institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente
Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais e a Taxa de Controle e Fiscalização
Ambiental do Estado de Pernambuco - TFAPE, e dá outras providências.
— LEI Nº 12.984/2005: Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema
Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências.
— DECRETO Nº 20.269/1997: Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e o Plano Es-
tadual de Recursos Hídricos, institui o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos
e da outras providências.
— LEI Nº 11.427/1997: Dispõe sobre a conservação e a proteção das águas subterrâneas
no Estado de Pernambuco e dá outras providências.
— LEI Nº 11.206/1995: Dispõe sobre a Política Florestal do Estado de Pernambuco e dá
outras providências.
Piauí
— DECRETO Nº 15.512/2014: Dispõe sobre a integração de execução das políticas de regula-
rização fundiária de licenciamento ambiental de autorização de supressão de vegetação e de
recursos hídricos e dá outras providências.
— PORTARIA CONJUNTA SEMAR/INTERPI Nº 01/2014: Regulamenta os procedimentos de
integração da execução das políticas de regularização fundiária, de licenciamento ambiental,
de autorização de supressão de vegetação e de recursos hídricos.
— RESOLUÇÃO CONSEMA N° 10/2009: estabelece critérios para classificação de empreendi-
mentos e atividades modificadoras do meio ambiente passíveis de declaração de baixo impacto
ou de licenciamento ambiental no nível estadual e determina procedimentos e estudos ambien-
tais compatíveis com o potencial poluidor e dá outras providências.
— RESOLUÇÃO CONSEMA Nº 09/2008: Define as condições segundo as quais o município
poderá exercer o seu dever de licenciamento dos empreendimentos/atividades causadores
de impacto ambiental local.
— RESOLUÇÃO Nº 04 e 05/2005: Dispõe sobre Critérios e Procedimentos Provisórios para Outor-
ga Preventiva e Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos.
— DECRETO Nº 11.341/2004: Regulamenta a outorga preventiva de uso e a outorga de
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
direito de uso de recursos hídricos do Estado do Piauí, nos termos da Lei nº 5.165, de 17 de
agosto de 2000.
— LEI Nº 5.165/2000: Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, institui o Sistema
Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos e dá outras providências.
— LEI Nº 5.178/2000: Dispõe sobre a política florestal do Estado do Piauí e dá outras providências.
— LEI Nº 4.854/1996: Dispõe sobre a política de meio ambiente do Estado do Piauí e dá
outras providências.
Rio de Janeiro
— RESOLUÇÃO INEA Nº 136/2016: Estabelece procedimento simplificado para o licenciamento
ambiental de atividades e empreendimentos de baixo impacto ambiental, no âmbito do estado
do Rio de Janeiro.
158 |
— DECRETO Nº 44.512/2013: Dispõe sobre o Cadastro Ambiental Rural - CAR, o Programa de
Regularização Ambiental - PRA, a Reserva Legal e seus Instrumentos de Regularização, o Regime
de Supressão de Florestas e Formações Sucessoras para Uso Alternativo do Solo, a Reposição
Florestal, e dá outras providências.
— DECRETO Nº 44.377/2013: Dá nova Redação ao Decreto no 41.968, de 29 de Julho de 2009,
que regulamenta a Lei nº 5.067, de 09 de Julho de 2007, no que se Refere a Empreendimentos
de Silvicultura Econômica, no Estado do Rio de Janeiro e determina outras Providências.
— RESOLUÇÃO INEA PRES Nº 36/2011: Aprova o Termo de Referência para Elaboração de Pro-
jetos de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD.
— RESOLUÇÃO INEA Nº 15/2010: Estabelece os procedimentos a serem adotados pelos agri-
cultores familiares e empreendimentos familiares rurais para regularização do uso de recursos
hídricos de domínio do Estado do Rio de Janeiro.
— DECRETO Nº 42.050/2009: Disciplina o procedimento de descentralização do Licenciamento
Ambiental mediante a celebração de Convênios Com os Municípios do Estado do Rio de Janeiro,
e dá outras providências.
— PORTARIA SERLA Nº 567/2007: Estabelece critérios gerais e procedimentos técnicos e ad-
ministrativos para cadastro, requerimento e emissão de outorga de direito de uso de recursos
hídricos de domínio do Estado do Rio de Janeiro, e dá outras providências.
— LEI Nº 3.345/1999: Dispõe sobre a Defesa Agropecuária, cria o Fundo Estadual que especifica,
e dá outras providências.
— LEI Nº 3.239/1999: Institui a Política Estadual de Recursos Hídricos; cria o Sistema Estadual
de Gerenciamento de Recursos Hídricos; regulamenta a Constituição Estadual, em seu art. 261,
parágrafo 1º, inciso VII; e dá outras providências.
Rondônia
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Roraima
— INSTRUÇÃO NORMATIVA FEMARH Nº 04/2015: Dispõe sobre o licenciamento ambiental
simplificado e dá outras providências.
— INSTRUÇÃO NORMATIVA FEMARH Nº 03/2015: Revoga a IN nº 03/2014 publicada no DOE
de 13.10.2014 que dispõe sobre a implantação do Certificado de Regularidade Ambiental no
Estado de Roraima.
— INSTRUÇÃO NORMATIVA FEMARH Nº 01/2013: Dispõe sobre a instrução, a organização, o en-
caminhamento e o trâmite dos processos para fins de licenciamentos e autorizações ambientais.
— LEI Nº 547/2006: Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, institui o Sistema Esta-
dual de Gerenciamento de Recursos Hídricos e dá outras providências.
— LEI COMPLEMENTAR Nº 7/1994: Institui o Código de Proteção ao Meio Ambiente para a Ad-
ministração da Qualidade Ambiental, Proteção, Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente
e uso adequado dos Recursos Naturais do Estado de Roraima. Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Santa Catarina
— DECRETO Nº 402/2015: Regulamenta o Capítulo IV -A do Título IV da Lei nº 14.675, de 2009,
implantando o Programa de Regularização Ambiental (PRA), e estabelece outras providências.
— DECRETO Nº 2.219/2014: Regulamenta o Capítulo IV-B do Título IV da Lei nº 14.675, de 13 de
abril de 2009, com a redação dada pela Lei no 16.342, de 21 de janeiro de 2014, que dispõe sobre
o Cadastro Ambiental Rural (CAR).
— INSTRUÇÃO NORMATIVA FATMA Nº 34/2014: Atividades sujeitas ao cadastro ambiental.
— INSTRUÇÃO NORMATIVA FATMA Nº 99/2012: Atividades Diversas de Licenciamento Ambiental.
161 |
— RESOLUCAO CONSEMA Nº 03/2009: Estabelece prazo para a adequação do cadastramento das
atividades de florestamento e reflorestamento de essências arbóreas, por pequenas propriedades
rurais ou posse rural familiar.
— LEI Nº 14.675/2009: Institui o Código Estadual do Meio Ambiente e estabelece outras providências.
— DECRETO Nº 4.778/2006: Regulamenta a outorga de direito de uso de recursos hídricos, de do-
mínio do Estado, de que trata a Lei Estadual nº 9.748, de 30 de novembro de 1994, e estabelece
outras providências.
— DECRETO Nº 3.573/1998: Aprova o Regimento Interno da Fundação do Meio Ambiente - FATMA,
com a nominada dos cargos de provimento em comissão e das funções executivas de confiança
que integram a estrutura do órgão.
— LEI Nº 9.748/1994: Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, e dá outras providências.
— LEI Nº 9.022/1993: Dispõe sobre a instituição, estruturação e organização do Sistema Estadual de
Gerenciamento de Recursos Hídricos.
São Paulo
— RESOLUÇÃO CONJUNTA SMA/SAA Nº 01/2016: Dispõe sobre a regularização ambiental de
propriedades e posses rurais no âmbito do Programa de Regularização Ambiental - PRA no Esta-
do de São Paulo, instituído pela Lei nº 15.684-2015, regulamentada pelo Decreto nº 61.792-2016,
e dá providências correlatas.
— DECRETO Nº 61.792/2016: Regulamenta o Programa de Regularização Ambiental - PRA
no Estado de São Paulo, instituído pela Lei nº 15.684, de 14 de janeiro de 2015, e dá providên-
cias correlatas.
— RESOLUÇÃO SMA Nº 68/2014: Institui o Projeto de Fomento à Regularização Ambiental dos
Pequenos Produtores de São Paulo.
— DECRETO Nº 60.107/2014: Dá nova redação e acrescenta dispositivo ao Decreto nº 59.261,
de 5 de junho de 2013, que institui o Sistema de Cadastro Ambiental do Estado de São Paulo
SICAR-SP e dá providências correlatas.
— PORTARIA DAEE Nº 1.800/2013: Ficam aprovados os procedimentos para o cadastramento
de usuários rurais de recursos hídricos superficiais e subterrâneos de domínio do Estado de São
Paulo, por meio do sistema eletrônico do “Ato Declaratório para Cadastro de Usos de Recursos
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
Sergipe
— RESOLUÇÃO Nº 52/2013: Dispõe sobre procedimentos para licenciamentos de atividades
agrícolas, no âmbito do Estado de Sergipe e dá outras providências.
— RESOLUÇÃO Nº 06/2008: Dispõe sobre procedimentos administrativos do licenciamento am-
biental, critérios de enquadramento e tipificação de atividades e empreendimentos potencial-
mente causadores de degradação ambiental e fixação de custos operacionais e de análise das
licenças ambientais e autorizações.
— RESOLUÇÃO Nº 04/2006: Altera redação da Resolução nº 19/2001 que dispõe sobre normas
para licenciamento ambiental.
— LEI Nº 5.858/2006: Dispõe sobre a Política Estadual do Meio Ambiente, institui o Sistema Esta-
dual do Meio Ambiente, e dá providências correlatas.
— LEI Nº 4.600/2002: Altera o art. 12, inciso IV, e o art. 13 da Lei nº 3.870, de 25 de setembro
de 1997, que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, e cria o Fundo Estadual de
Recursos Hídricos e o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá providên-
cias correlatas.
— RESOLUÇÃO Nº 19/2001: Aprova Normas para Licenciamento Ambiental.
— RESOLUÇÃO Nº 17/2001: Aprova as Diretrizes para implantação dos procedimentos simplifi- Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
cados para licenciamento ambiental de atividades de pequeno potencial poluidor.
— RESOLUÇÃO Nº 01/2001: Dispõe sobre Critérios para a Outorga de Uso de Recursos Hídricos.
— RESOLUÇÃO Nº 01/2000: Autoriza a ADEMA a adotar procedimentos simplificados em seu
Sistema de Licenciamento.
— DECRETO Nº 18.456/1999: Regulamenta a outorga de direito de uso de recursos hídri-
cos, de domínio do Estado, de que trata a Lei nº 3.870, de 25 de setembro de 1997, e dá provi-
dências correlatas.
— DECRETO Nº 18.099/1999: Dispõe sobre o Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CO-
NERH/SE, e dá providências correlatas.
163 |
— LEI Nº 3.870/1997: Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos cria o Fundo Estadual
de Recursos Hídricos e o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá ou-
tras providências.
— LEI Nº 3.595/1995: Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, e institui o Sistema
Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos e dá outras providências.
Tocantins
— LEI Nº 2.713/2013: Institui o Programa de Adequação Ambiental de Propriedade e
Atividade Rural – TO-LEGAL, e adota outras providências.
— INSTRUÇÃO NORMATIVA NATURATINS Nº 02/2011: Dispõe sobre normas e procedimentos
do Instituto Natureza do Tocantins – NATURATINS, para implementação do Cadastro Ambiental
Rural – CAR.
— LEI Nº 2.476/2011: Institui o Programa de Adequação Ambiental de Propriedade e
Atividade Rural – TO-LEGAL, e adota outras providências.
— PORTARIA NATURATINS Nº 181/2011: Dispõe sobre o licenciamento ambiental da
atividade rural.
— DECRETO Nº 3.644/2009: Dispõe sobre a Política Ambiental do Estado do Tocantins,
na parte em que especifica, e adota outras providências.
— RESOLUÇÃO COEMA Nº 07/2005: Dispõe sobre o Sistema Integrado de Controle
Ambiental do Estado do Tocantins.
— DECRETO Nº 2.432/2005: Regulamenta a outorga do direito de uso de recursos
hídricos de que dispõe os arts. 8º, 9º e 10 da Lei nº 1.307, de 22 de março de 2002.
— LEI Nº 1.307/2002: Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, e adota
outras providências.
Manual de Boas Práticas Socioambientais no Agronegócio
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Ano de publicação
2016.
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