Instituto Superior Mutasa Delegação de Chimoio Cadeira: Demografia
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DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
CADEIRA: DEMOGRAFIA
Discentes:
Bebeto Picardo
Júlio Greia
Milagre Ernesto
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
CADEIRA: DEMOGRAFIA
Docente:
2. OBJECTIVOS........................................................................................................................5
3. METODOLOGIA..................................................................................................................6
4. TEORIAS DEMOGRÁFICAS..............................................................................................7
5. CONCEITOS GERAIS..........................................................................................................8
6. CRESCIMENTO POPULACIONAL....................................................................................9
7. MIGRAÇÃO........................................................................................................................12
8. CONCLUSÃO.....................................................................................................................13
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................14
1. INTRODUÇÃO
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2. OBJECTIVOS
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3. METODOLOGIA
O presente trabalho foi elaborado na base das pesquisas bibliográfico, dos manuais virtuais,
artigos científicos que abordam sobre o crescimento populacional.
De acordo com o United Nations Department of Economic and Social Affairs (2019), os
procedimentos metodológicos para o cálculo de projecções de crescimento populacional
envolvem a colecta de dados demográficos, a análise de tendências passadas, a formulação de
hipóteses sobre o futuro e a construção de modelos matemáticos para a projecção da
população. Esses modelos podem ser determinísticos, baseados em suposições sobre as
tendências demográficas passadas e futuras, ou estocásticos, que incluem variações aleatórias
para levar em conta a incerteza na previsão.
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4. TEORIAS DEMOGRÁFICAS
A análise dos alicerces teóricos sobre a dinâmica demográfica, suas causas e consequências
na vida social é fundamental para compreender os discursos e o exame dos problemas
populacionais actuais. Cada uma das bases teóricas representa diferentes maneiras de
interpretar a sociedade e o respectivo momento histórico, mas não necessariamente
contempla toda a complexidade da realidade social e histórica em que vivia a população. As
teorias demográficas, de maneira geral, discutem a relação entre três aspectos: crescimento
populacional, recursos naturais e recursos económicos. Por isso, as questões populacionais
foram também objecto de estudo dos economistas clássicos nos séculos XVIII e XIX, que por
sua vez influenciaram correntes de pensamento no século XX. (POPULAÇÃO MUNDIAL,
2009).
Na época em que Malthus vivia o que sucedia era a primeira das três etapas da transição, ou
seja, uma redução da mortalidade com a permanência de altos índices de natalidade,
ocasionando um rápido crescimento demográfico. Na segunda etapa, a natalidade também
começa a cair, e a população continua a crescer, mas em menor ritmo. Num terceiro
momento, tanto os índices de natalidade quanto os de mortalidade são baixos, fazendo com
que o crescimento demográfico seja muito pequeno.
Conforme afirmam Fontana et al. (2015), Malthus baseava suas análises em dois postulados
básicos: o homem não pode viver sem alimentos e a atração entre os sexos é constante e
necessária para a perpetuação da espécie. Segundo Szmrecsányi (1980), ao visualizar que a
população cresce geometricamente e a oferta de alimentos aritmeticamente, Malthus expõe
que a pobreza das massas não era consequência das formas de governo e/ou concentração da
riqueza social, antes sim decorre do crescimento demográfico superior à capacidade da
agricultura em prover os meios de subsistência.
Conforme afirma Malthus (1983), “a superpopulação é relativa e não está ligada directamente
ao crescimento absoluto da população, mas aos termos históricos do progresso da produção
social, de como se desenvolve e reproduz o capital”. De acordo com a teoria marxista, a
miséria é a principal causa do crescimento acelerado da população, sendo necessárias
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reformas socioeconómicas que permitam melhorar o padrão de vida das populações mais
pobres e diminuir as desigualdades.
5. CONCEITOS GERAIS
Pirâmide Demográfica
1. De crescimento rápido de uma população é indicado mediante uma pirâmide que contém
altas percentagens de pessoas em idades menores;
2. De crescimento lento se reflecte em uma pirâmide que contém uma proporção menor de
população em idades menores;
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3. De crescimento nulo ou negativo de população mediante números aproximadamente
iguais de pessoas em todas as categorias de idade, com uma diminuição gradual de idades
mais avançadas (FONTANA,et al. 2015).
Crescimento zero da população: corresponde a uma população em equilíbrio com uma taxa
de crescimento zero, alcançada quando os nascimentos mais a imigração equivalem aos
óbitos mais a emigração (FONTANA, et al. 2015).
Taxa Bruta de Reprodução: A taxa bruta de reprodução (TBR) é o número médio de filhas
que uma mulher (ou grupo de mulheres) teria durante seu período reprodutivo. Esta taxa é
parecida a taxa global de fecundidade excepto por considerar apenas as filhas e mede,
literalmente, a reprodução. Quer dizer, uma mulher se reproduz, ou duplica-se, ao ter uma
filha (CARVALHO, 2004).
Esperança de vida: a esperança de vida é uma estimativa do número médio de anos de vida
adicionais que uma pessoa poderia esperar viver se as taxas de mortalidade por idade
específica para um ano determinado permanecessem durante o resto de sua vida. A esperança
de vida é uma medida hipotética porque se baseia nas taxas de mortalidade actuais, porém as
taxas de mortalidade reais mudam durante o transcurso da vida de uma pessoa. É um bom
indicador das condições de saúde actuais (CARVALHO,et al. 2003).
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5.3 Estrutura por idade e o crescimento da população
Em combinação com a taxa de natalidade, a estrutura por idade é o “motor” demográfico que
impulsiona (ou freia) o crescimento da população. Em muitos países em vias de
desenvolvimento as grandes proporções de pessoas jovens praticamente garantem que a
população continuará crescendo durante os períodos de declínio da fecundidade. Os efeitos
de uma taxa de natalidade alta na estrutura por idade podem ser observados no caso de cada
mulher tem uma previsão de quase sete filhos (Caldwell. 2013).
6. CRESCIMENTO POPULACIONAL
Refere-se à mudança que ocorre na população ao longo do tempo, que pode ser quantificada
em termos de número de indivíduos da população por unidade de tempo. Normalmente é
expresso em taxa e depende basicamente de quatro (4) factores: taxa de natalidade, taxa de
mortalidade, imigrações e emigrações (Mboane & Chilundo. 2016).
Por outras palavras, o crescimento populacional pode ser natural, quando resulta da diferença
entre as taxas de nascimento e de mortalidade ou total ou real quando ao saldo anterior
juntamos o saldo resultante das imigrações e emigrações dos indivíduos.
p₁− p₀
CP= x 100
p₀
Onde:
CP – crescimento populacional
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tendência da mudança na população, ou seja, se se deve à alterações na natalidade,
mortalidade ou nos movimentos migratórios dos indivíduos.
total de nascimentos
TF= x 1000
mulheres dos 15−49 anos no ponto médio do período considerado
total de nascimentos
TN = x 1000
população total no ponto médio do período considerado
Por exemplo: no distrito de Gondola, no ano de 2007 foi estimada uma população de 240.000
habitantes, e registou-se um total de 3000 nascimentos. A taxa de natalidade em 2007 foi de
3000/240.000 x 1000 = 12.5; 13 nascimentos por cada 1000 habitantes.
total de óbitos
TM = x 1000
população total no ponto médio do período considerado
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6.5 Taxa de mortalidade infantil (TMI)
É o número de óbitos de crianças de menos de um ano por mil nados-vivos num ano.
7. MIGRAÇÃO
A taxa de imigração é o número de imigrantes que chegam a um destino para cada 1.000
habitantes deste destino em um ano (RENNER, et al. 1980).
de destino
Em 1996, a taxa de imigração sueca foi de 4,5 para cada 1.000 residentes. Em alguns países,
a imigração desempenha um papel chave para o crescimento da população.
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7.2 Taxa de emigração
A taxa de emigração é o número de emigrantes que abandonam as áreas de onde provêm para
cada 1.000 habitantes desta área para onde vão, durante 1 ano determinado (RENNER, et al.
1980).
A taxa de emigração sueca para 1996 foi de 3,8 emigrantes para cada 1.000 habitantes.
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8. CONCLUSÃO
Por fim, é importante destacar que existem diversos estudos que utilizam o cálculo de
projecções de crescimento populacional em Moçambique. Um exemplo é o Censo
Demográfico (2017).
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
POPULAÇÃO MUNDIAL Índices e Conceitos Demográficos Título original: Manual sobre
la población: Março de 2009.
MALTHUS, Thomas Robert. Ensaio sobre a população. São Paulo: Abril Cultural, v. 328,
1983.
Caldwell, J. C., & Caldwell, P. (2006).The population explosion and its consequences.
Chicago: University of Chicago Press.
Mboane, R., Alberto, I.,& Chilundo, A. (2016). Projeção da população de Moçambique para
o período de 2015-2050. Maputo: Instituto Nacional de Estatística.
RENNER, Cecília H.; PATARRA, Neide L. Migrações. In: SANTOS, J.L.F.; LEVY, M.S.F.;
SZMRECSÁNYI, T. (Orgs.). Dinâmica da população: teoria, métodos e técnicas de análise.
São Paulo: T.A.Queiroz, 1980. p. 236-260.
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