Fisioterapia Busca Escalas
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UBERLANDIA - MG
2019
ALINNY BEATRIZ FONSECA DOS SANTOS
UBERLANDIA - MG
2019
MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA PARA DEFESA DE TRABALHO DE
CONCLUSÃO DE CURSO DE ALINNY BEATRIZ FONSECA DOS SANTOS E
IANCA JHULIE REIS SILVA, APRESENTADA AO CURSO DE FISIOTERAPIA, NA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, EM 22/11/2019.
BANCA EXAMINADORA
Jadiane Dionísio
Nome do orientador
Cristiane Lange
2º Membro da banca
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Escalas presentes nos artigos nacionais e internacionais ..........................27
Figura 2 - Escala presente nos artigos nacionais ........................................................27
Figura 3 - Escalas presentes nos artigos internacionais .............................................28
SUMÁRIO
1. Introdução...............................................................................................................08
2. Metodologia............................................................................................................11
2.1 Procedimentos......................................................................................................12
3. Resultados..............................................................................................................12
4. Discussão...............................................................................................................28
5. Conclusão...............................................................................................................31
6. Referências bibliográficas.......................................................................................32
RESUMO
9
Os prejuízos na coordenação e equilíbrio envolvem déficits na coordenação
dos membros, no controle motor grosso e fino, no equilíbrio, no planejamento motor,
na marcha, apraxia, ataxia, discinesia, distonia, acinesia, bradicinesia, hipercinesia,
alterações de tônus muscular (rigidez e hipotonia) e instabilidade postural. O sistema
postural imaturo traz sérias limitações ao surgimento e desempenho das habilidades
motoras, além do fato de que esses prejuízos restringem a interação do autista
consigo mesmo, com o mundo físico e social ao seu redor durante seu
desenvolvimento. Por exemplo, os movimentos incoordenados da mão e os reflexos
prejudicados podem dificultar o desenvolvimento de habilidades de manipulação e
mobilidade da mão; a marcha pode apresentar ritmo mais lento, flexão plantar
reduzida, aumento de dorsiflexão, aumento de flexão do joelho, comprimento e
duração da passada diminuídos; a instabilidade postural dificulta o desenvolvimento
cognitivo e social; a acinesia, discinesia e bradicinesia podem afetar a capacidade de
uma pessoa de iniciar, alternar, continuar um movimento 2.
10
Para tanto, o objetivo deste estudo foi identificar: qual é o instrumento de
avaliação mais utilizado mundialmente por fisioterapeutas para classificar crianças e
adolescentes com autismo?
METODOLOGIA
Para a realização deste estudo de revisão sistemática, foi iniciada uma busca
por materiais disponíveis nas bases de dados eletrônicos: Periódicos Capes, Google
Acadêmico, MEDLINE, PUBMED, BIREME e Scielo. Foram utilizadas as seguintes
palavras-chaves para seleção dos materiais: Transtorno do espectro autista,
fisioterapia, escala de avaliação, neurodesenvolvimento e neurologia pediátrica.
Para exclusão dos artigos, não foram aceitos aqueles que não contemplavam
as palavras chave pré-estabelecidas; os que apresentassem pontuação inferior a 7,
segundo a escala PEDro; e também os estudos que não foram realizados por
fisioterapeutas.
As buscas por materiais nas bases de dados deram início em agosto de 2019
e se encerraram em outubro de 2019. Sendo incluídos artigos com publicações entre
os anos de 2010 e 2019.
11
PROCEDIMENTOS
RESULTADOS
12
Tabela I – Artigos Nacionais
14
extrema complexidade
que exige abordagem
multidisciplinar com o
objetivo promover o
melhor tratamento para
cada indivíduo.
15
cognição, interação
social e habilidades
motoras, demonstrando
maior afetividade com
os objetos, porém, não
houve alteração na
pontuação da escala
CARS, fato este que
pode estar relacionado
ao curto prazo de
intervenção.
16
paralisia cerebral, e
outro grupo composto
por participantes com
autismo e síndrome de
down. No grupo PC foi
aplicado um protocolo
de tratamento com a
dança e a música
utilizando movimentos
combinados. No grupo
síndrome de Down e
autismo, foi aplicado
protocolo com músicas
educativas que
estimulam o
desenvolvimento
neuropsicomotor,
associado a música
com coreografia de
dança. O instrumento
utilizado para avaliação
do autismo foi a CARS -
Childhood Autism
Rating Scale; e demais
escalas para patologias
especificas. Os
atendimentos foram
realizados em 9
semanas, sendo duas
vezes na semana e em
dias alternados. Os
resultados
apresentaram melhora
17
na inclusão social sendo
perceptível no ambiente
familiar e escolar; e
também demonstrou
avanços na
concentração e
destreza, para com
outros participantes e
familiares.
18
independência
funcional, o perfil
psicossocial e a
funcionalidade das
crianças; porém, o
efeito funcional foi maior
naquelas que
receberam a dança e a
terapia com cavalos
como tratamento. O
estudo conclui que a
dança se relacionaria
com a interação social,
enquanto a terapia com
cavalos se associa a
reabilitação.
Tabela II – Artigos Internacionais
20
escalas para avaliar a
função motora grossa e
as habilidades sociais.
As crianças
apresentaram patologia
de leve, moderado a
grave grau. O estudo
conclui mostrando que
crianças que
apresentaram déficits
importantes em função
motora grossa também
possuíam habilidades
sociais prejudicadas,
portanto ocorre uma
relação entre ambas,
apesar de ser um estudo
em pequena quantidade
amostral o resultado foi
relevante.
3 Effect of exercise Rafie F, Ghasemi 2017 O estudo tem como
intervention on the A, Zamani Jam A, objetivo avaliar o efeito
perceptual-motor skills Jalali S. do exercício físico nas
in adolescents with habilidades perceptivo
autism12. motoras em
adolescentes com
autismo. A amostra foi
composta por 20
adolescentes entre 9 e
12 anos, sendo 9
meninas e 11 meninos e
autismo moderado de
acordo com a CARS,
21
essa amostra foi dividida
em dois grupos,
intervenção e controle.
O grupo intervenção era
formado por 5 meninas e
5 meninos, e participou
de 30 sessões de
atendimentos,
compreendidas em 10
semanas, portanto 3
vezes por semana. O
grupo controle realizou
somente atividades de
vida diária, sem
atividades motoras
regulares. Os dois
grupos foram avaliados
no começo do estudo e
após as 10 semanas de
intervenção com a
escala Bruininks
Oseretsky Test of Motor
Proficiency (BOTMP), os
testes de Kolmogorove-
Smirnov e Leven
também foram utilizados
para avaliar a
normalidade e
homogeneidade dos
grupos. Os resultados
indicam que 30 sessões
do programa de
exercício físico tiveram
22
efeitos significativos na
melhora de algumas
habilidades perceptivo
motoras, portanto são
abordagens positivas
para adolescentes com
autismo.
4 Randomized Wong V.C, Chen 2010 Trata-se de estudo
controlled trial of W.X. randomizado, duplo-
electro-acupuncture cego, com a finalidade
for autism spectrum de averiguar a eficácia,
disorder13. segurança e adesão da
eletroacupuntura de
curto prazo em crianças
com TEA. As crianças
foram divididas em dois
grupos, sendo 30 delas
no grupo
eletroacupuntura e
outras 25 no grupo
eletroacunputura
simulada, foram
realizadas 12 sessões
em 4 semanas. Para
mensuração dos
resultados foram
utilizadas as seguintes
escalas: Functional
Independence Measure
for Children (WeeFIM®),
Pediatric Evaluation
DisabilityInventory
(PEDI), Leiter
23
International
Performance Scale-
Revised (Leiter-R),
Clinical Global
Impression-
Improvement (CGI-I),
Autism Behavior
Checklist (ABC), Ritvo-
Freeman Real Life Scale
(RFRLS),
ReynellDevelopmental
Language Scale (RDLS)
e relatório dos pais. Os
resultados foram
melhora de algumas
funções em crianças
com TEA,
principalmente
linguagem e habilidade
de autocuidado,
portanto pode ser
considerada uma terapia
adjuvante útil em
programas de
intervenção para
crianças com TEA.
5 Investigating the Samira Hatami, 2017 Trata-se de estudo com
effectiveness of play Fatemeh Rahmani o intuito de avaliar o
therapy in improving efeito da terapia lúdica
cognitive-behavioral na melhora dos
symptoms of autistic sintomas cognitivo-
disorder14. comportamentais de
crianças com autismo. A
24
amostra foi constituída
por 30 meninos de 5 a
13 anos, divididos em 2
grupos de 15
integrantes, onde o
grupo experimental
realizou 12 sessões de
atendimento, sendo 3
por semana. Para a
avaliação foi utilizada a
escala CARS com os
dois grupos no pré-teste
e após 4 semanas no
pós-teste. Os resultados
apontam melhora
significativas nos
sintomas cognitivo-
comportamentais de
crianças autistas após a
terapia lúdica.
6 Comparing the use of Thaís Helena 2012 O estudo tem como
the Childhood Autism Ferreira Santos, objetivo comparar as
Rating Scale and the Milene Rossi escalas Childhood
Autism Behavior Pereira Barbosa, Autism Rating Scale
Checklist protocols to Ana Gabriela (CARS) e Autism
identify and Lopes Pimentel, Behavior Checklist
characterize autistic Camila Andrioli (ABC) na identificação e
individuals15. Lacerda, Juliana caracterização de
Izidro Balestro, indivíduos com TEA. A
Cibelle amostra foi composta
Albuquerque de la por 28 participantes
Higuera Amato, entre 4 e 17 anos com
diagnóstico psiquiátrico
25
Fernanda Dreux incluído no TEA. As
Miranda Fernandes escalas foram aplicadas
juntas em forma de
entrevista, a CARS com
os terapeutas e a ABC
com os pais. Os
resultados obtidos
foram: alta ou moderada
probabilidade para
autismo no ABC com
autismo leve-moderado
ou autismo grave na
CARS, e baixa
probabilidade no ABC e
sem autismo na CARS.
Portanto, enquanto a
CARS pode excluir
crianças autistas a ABC
pode compreender
como autistas crianças
com outros distúrbios.
Nesse caso, conclui-se
que a melhor maneira de
obter um bom
diagnóstico é utilizando
as duas escalas.
26
A CARS, foi a escala mais aplicada, expressa em 9 estudos (69%), seguido
pela Autism Behavior Checklist (ABC), 3 estudos (23%), e a Autism Diagnostic
Observation Schedule – ADOS ou ADOS2, 1 estudo (8%). (FIGURA 1)
ARTIGOS NACIONAIS E
INTERNACIONAIS
ADOS
8%
ABC
CARS
23%
ABC
CARS
69% ADOS
NACIONAL
0%
CARS
ABC
ADOS
100%
27
Quanto aos artigos internacionais, a CARS também se mostrou como a escala
mais utilizada, presente em 4 artigos (50%), seguida pela ABC com 3 artigos (37%) e
por último a ADOS com 1 artigo (13%). (FIGURA 3)
INTERNACIONAL
13%
CARS
50%
37% ABC
ADOS
DISCUSSÃO
Nos estudos analisados, foram identificados três instrumentos que têm em vista
avaliar e classificar crianças e adolescentes com TEA. Estes instrumentos são
exclusivos para TEA, e tem o intuito de qualificar o desenvolvimento social, habilidade
cognitiva, comunicação e linguagem, a fim de estabelecer um diagnóstico conclusivo.
30
proporcionando uma melhor avaliação a fim de traçar condutas que possibilitem a
estimulação precoce20.
CONCLUSÃO
31
Referências Bibliográficas:
32
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Monografia (Graduação em Fisioterapia) - Universidade Federal de Sergipe,
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33
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http://tede.mackenzie.br/jspui/handle/tede/3350>.
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34
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35