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Palestra - Erros Mais Comuns Na Contratação

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PALESTRA

I
CLAUDIO SARIAN

ERROS MAIS COMUNS NA


CONTRATAÇÃO DE OBRAS E
SERVIÇOS DE ENGENHARIA
Erros mais comuns na contratação de Obras e Serviços de Engenharia Cláudio Sarian |

ERROS MAIS COMUNS NA CONTRATAÇÃO DE OBRAS E


SERVIÇOS DE ENGENHARIA

ERRO 1
Ausência de visão sistêmica da evolução do empreendimento

Fases de um Projeto

Execução

Execução Planejamento
Esforço

Encerramento

Controle

Tempo

Fases de um Projeto

Execução
Planejamento

Projeto
Execução Executivo
Esforço

Encerramento
Projeto
Básico
Ante
projeto Documento
Controle
as Built
Estudo de
Viabilidade

Tempo

Lei 8.666: Licitação Projeto Licitação Obra

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Projeto - Visão Sistêmica

Projeto

Contrato 1 Contrato 2 Contrato 3 Contrato ...

Execução 1 Execução 2 ...

Projeto

ERRO 2
Equipe com pouca capacidade técnica e gerencial para conduzir o empreendimento: DA ADMINSITRAÇÃO
E DA EMPREITEIRA

NOTÍCIAS VEICULADAS NA IMPRENSA Desabamento: Crea-RJ diz que obras no nono andar do edifício
Liberdade eram irregulares (Do R7 | 16/02/2012 )

LEI nº 5.194/66
Art . 6º Exerce ilegalmente a profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo:
a) a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços público ou privado reservados aos
profissionais de que trata esta lei e que não possua registro nos Conselhos Regionais;
Art. 7º As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-agrônomo
consistem em:
a) desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais, paraestatais, autárquicas, de
economia mista e privada;
b) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, estruturas, transportes,
explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produção industrial e agropecuária;
c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação técnica;
Art. 7º ...

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Erros mais comuns na contratação de Obras e Serviços de Engenharia Cláudio Sarian |

d) ensino, pesquisas, experimentação e ensaios;


e) fiscalização de obras e serviços técnicos;
f) direção de obras e serviços técnicos;
g) execução de obras e serviços técnicos;
h) produção técnica especializada, industrial ou agropecuária.

ERRO 4
Ausência de recursos para a execução da totalidade das obras

LICITAÇÃO
REQUISITOS (O QUE CONTRATAR E COM QUAIS RECURSOS)

Art. 7º , § 2º, 8666 As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:
III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de
obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma;
IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o
art. 165 da Constituição Federal.

ERRO 6
Ausência dos elementos obrigatórios exigidos no Edital

Licitação - Fase Interna

Edital - Fase Interna

O que Com quais Com quem Como Como


Contratar Recursos Contratar Executar Contratar

Regras para
Caracteriz. Previsão de Regras para Regras para Regras para
Estruturar
da Obra Recursos Habilitação Contratação Jugalmento
a Licitação

LICITAÇÃO
FASE INTERNA
REQUISITOS (O QUE CONTRATAR E COM QUAIS RECURSOS)

Art. 7º , § 2º, 8666 As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em
participar do processo licitatório;
II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários;
Art. 7º , § 2º, (...)
III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de
obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma;
IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o
art. 165 da Constituição Federal.

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Arts. 40 e 55 e
Lei 8.666/93

ERRO 7
Projetos de má qualidade e insuficientes para garantir isonomia entre concorrentes ou segurança para
a Administração

Caracterização da Obra

Caracterização da Obra

Anteprojeto Orçamento Estimado

Licença Ambiental Prévia Projeto Básico Orçamento Detalhado

Projeto Executivo

Documentação “as Built”

SÚMULA Nº 261
Em licitações de obras e serviços de engenharia, é necessária a elaboração de projeto básico adequado e
atualizado, assim considerado aquele aprovado com todos os elementos descritos no art. 6º, inciso IX, da Lei
nº 8.666, de 21 de junho de 1993, constituindo prática ilegal a revisão de projeto básico ou a elaboração
de projeto executivo que transfigurem o objeto originalmente contratado em outro de natureza e propósito
diversos.

LICITAÇÃO
FASE INTERNA - PROJETO BÁSICO - Resolução 361 – CONFEA

Art. 3º - As principais características de um Projeto Básico são:


(...)
e) identificar e especificar, sem omissões, os tipos de serviços a executar, os materiais e equipamentos a
incorporar à obra;
f) definir as quantidades e os custos de serviços e fornecimentos com precisão compatível com o tipo e porte
da obra, de tal forma a ensejar a determinação do custo global da obra com precisão de mais ou menos
15% (quinze por cento);

SÚMULA Nº 260
É dever do gestor exigir apresentação de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART referente a projeto,
execução, supervisão e fiscalização de obras e serviços de engenharia, com indicação do responsável pela
elaboração de plantas, orçamento-base, especificações técnicas, composições de custos unitários, cronograma
físico-financeiro e outras peças técnicas.
QUAIS OS ELEMENTOS TÉCNICOS MÍNIMOS DO PROJETO BÁSICO?
• PRECISÃO (15%)
• CONJUNTO DE ELEMENTOS:
• 1 - DE AVALIAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
• 2 - DE INSERÇÃO DO PROJETO NO MEIO AMBIENTE
• RESPONSÁVEL TÉCNICO HABILITADO (COM ART)

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• DEPENDE DE CADA EMPREENDIMENTO


• VER IBRAOP: OT – IBR 001/2006
• Edificações
• Obras Rodoviárias
• Pavimentação Urbana
• Detalhamento dos desenhos, especificações e memoriais
• www.ibraop.org.br

ERRO 11
Ausência de estudos ambientais adequados

LICITAÇÃO
FASE INTERNA - PROJETO BÁSICO - TCU - LICENÇA AMBIENTAL

TCU – Acórdão nº 516/2003 - Plenário


9.2.3. inclua no Fiscobras, como indício de irregularidade grave, as seguintes ocorrências:
9.2.3.1. a contratação de obras com base em projeto básico elaborado sem a existência da licença prévia,
conforme art. 2º, § 2º, inciso I e art. 12, ambos da Lei nº 8.666/93 c/c o art. 8º, inciso I, da Resolução Conama nº
237/97;
9.2.3.2. o início de obras sem a devida licença de instalação, bem como o início das operações do
empreendimento sem a licença de operação com base nas Resoluções Conama nº 237/97 e 06/87;

ERRO 12
Ausência ou insuficiência de elementos/estudos básicos na definição do orçamento da obra

LICITAÇÃO
FASE INTERNA - PROJETO BÁSICO – ORÇAMENTO DETALHADO
• FUNÇÕES DO ORÇAMENTO:
3. PARÂMETRO PARA A ADMINISTRAÇÃO NA FASE INTERNA:
• VERIFICAR A EXISTÊNCIA DE RECURSOS SUFICIENTES
• DEFINIR CRITÉRIOS DE ACEITABILIDADE
4. REFERÊNCIA PARA A AVALIAÇÃO DOS PREÇOS RECEBIDOS DAS EMPRESAS NA FASE EXTERNA
5. ACOMPANHAMENTO DOS SERVIÇOS NA FASE CONTRATUAL

Orçamentos
Principais Definições

Insumo A
Quantidades

Insumo B
Serviços
Insumo C

Insumo D

Custos Diretos
Custo
Preço Custos Indiretos Preço
BDI
Lucro

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ERRO 13
Ausência ou insuficiência de pesquisa de custos de insumos para a caracterização dos custos dos serviços

Decreto nº 7.983/13
Art. 3o O custo global de referência de obras e serviços de engenharia, exceto os serviços e obras de infraestrutura
de transporte, será obtido a partir das composições dos custos unitários previstas no projeto que integra o
edital de licitação, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes nos custos unitários de referência
do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - Sinapi, excetuados os itens
caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil.
Parágrafo único. O Sinapi deverá ser mantido pela Caixa Econômica Federal - CEF, segundo definições técnicas
de engenharia da CEF e de pesquisa de preço realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Art. 4o O custo global de referência dos serviços e obras de infraestrutura de transportes será obtido a partir
das composições dos custos unitários previstas no projeto que integra o edital de licitação, menores ou iguais
aos seus correspondentes nos custos unitários de referência do Sistema de Custos Referenciais de Obras
- Sicro, cuja manutenção e divulgação caberá ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes -
DNIT, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados
como de infraestrutura de transportes.
Art. 6o Em caso de inviabilidade da definição dos custos conforme o disposto nos arts. 3º, 4º e 5º, a estimativa
de custo global poderá ser apurada por meio da (1) utilização de dados contidos em tabela de referência
formalmente aprovada por órgãos ou entidades da administração pública federal, (2) em publicações técnicas
especializadas, (3) em sistema específico instituído para o setor ou em (4) pesquisa de mercado.
Art. 8o Na elaboração dos orçamentos de referência, os órgãos e entidades da administração pública federal
poderão adotar especificidades locais ou de projeto na elaboração das respectivas composições de custo
unitário, desde que demonstrada a pertinência dos ajustes para a obra ou serviço de engenharia a ser orçado
em relatório técnico elaborado por profissional habilitado.
Parágrafo único. Os custos unitários de referência da administração pública poderão, somente em condições
especiais justificadas em relatório técnico elaborado por profissional habilitado e aprovado pelo órgão gestor
dos recursos ou seu mandatário, exceder os seus correspondentes do sistema de referência adotado na forma
deste Decreto, sem prejuízo da avaliação dos órgãos de controle, dispensada a compensação em qualquer
outro serviço do orçamento de referência.

ERRO 14
Insuficiência de regras para evitar o jogo de planilha na licitação (critérios de aceitabilidade)

Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da


proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável, e será
processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade,
da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

TIPOS DE LICITAÇÃO
FASE INTERNA

Art. 45. (...)


§ 1o Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso
I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar
que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite
e ofertar o menor preço;
II - a de melhor técnica;
III - a de técnica e preço;
IV - ........…

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Estudo de caso simplificado


Duas empresas (A e B) participam de uma licitação, conforme propostas em anexo:
1. Quem venceu?
2. Quanto B cobrou após realizar os serviços de escavação e fundação? E quanto cobraria A?

ORÇAMENTOS

Serviço Unidade Quantidade Custo Unitário Custo Total

Escavação m³ 200 10,00 2.000,00

Fundação m 50 100,00 5.000,00

Concreto m³ 50 150,00 7.500,00

Alvenaria m² 60 25,00 1.500,00

Total 16.000,00

Serviço Unidade Quantidade Custo Unitário Custo Total

Escavação m³ 200 20,00 4.000,00

Fundação m 50 150,00 7.500,00

Concreto m³ 50 70,00 3.500,00

Alvenaria m² 60 15,00 900,00

Total 15.900,00

TCU – Acórdão nº 1.650/06 – PL


Em terceiro lugar, estão presentes todos os pressupostos usualmente considerados necessários por este
Tribunal para se caracterizar a ocorrência do “jogo de planilha”: licitação processada sem a definição e o emprego
de critérios efetivos de aceitabilidade de preços unitários; adjudicação pelo menor preço global; existência, no
orçamento contratado, de serviços com sobrepreço e de outros com subpreço, que se compensam na análise
da compatibilidade do preço global; alterações quantitativas posteriores, por meio de aditivos, em decorrência
de deficiências ou insuficiências do projeto básico, que privilegiam serviços com sobrepreço em detrimento
dos com subpreço.
Ademais, não é necessário se demonstrar a conduta dolosa do agente público ou do contratado beneficiado
para se caracterizar a ocorrência do “jogo de planilha”. A responsabilidade civil decorre de condutas dolosas
e culposas, stricto sensu, consoante o estabelecido pelos arts. 186, 187 e 927 do Código Civil. É dever do
gestor público zelar para que as condições contratuais não se tornem prejudiciais ao erário. Havendo vontade
deliberada ou não de beneficiar indevidamente o contratado, deve o gestor ser responsabilizado por seus
atos, omissivos ou comissivos, dolosos ou culposos, que contrariem o interesse público e provoquem prejuízo
ao erário. A contratada não pode beneficiar-se de ganhos exorbitantes e ilegítimos a custa do sacrifício de
recursos públicos, devendo ser solidariamente responsabilizada, consoante estabelece o art. 16, §2º, alínea b,
da Lei Orgânica deste Tribunal.

Decreto nº 7.983/13
Art. 11. Os critérios de aceitabilidade de preços deverão constar do edital de licitação para contratação de
obras e serviços de engenharia.

SÚMULA Nº 259
Nas contratações de obras e serviços de engenharia, a definição do critério de aceitabilidade dos preços
unitários e global, com fixação de preços máximos para ambos, é obrigação e não faculdade do gestor.

ERRO 15
Parcelas de composição do BDI incompatíveis com a jurisprudência

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QUESTÃO INTERESSANTE
Nos termos do Acórdão nº 2.622/2013 — Plenário do TCU, quais os percentuais aceitáveis de BDI?
ORÇAMENTO
TCU - Acórdão nº 2.622/2013 – Plenário
9.1. determinar às unidades técnicas deste Tribunal que, nas análises do orçamento de obras públicas, utilizem
os parâmetros para taxas de BDI a seguir especificados, em substituição aos referenciais contidos nos
Acórdãos ns. 325/2007 e 2.369/2011 (ver quadro em anexo)

ERRO 16
Exigências de habilitação além do permitido pela lei de licitações

HABILITAÇÃO (LEI 8.666/93)


Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa
a:
I - habilitação jurídica;
II - qualificação técnica;
III - qualificação econômico-financeira;
IV – regularidade fiscal e trabalhista;
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal.
Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica, conforme o caso, consistirá em: ...
Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal e trabalhista, conforme o caso, consistirá em: ...
Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a: ...
Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a: …

HABITAÇÃO

Profissional Operacional

De quem? Engenheiro Empresa

Exigência Parcelas de relevância e valor significativo Parcelas de relevância e valor significativo

Características Semelhantes Semelhantes

Quantidade Não Sim

Atestado Acervo CREA Atestado PJ ou PF

Outros - Instalação, equipamento e pessoal

ERRO 22
Acreditar que serviço de engenharia não pode ser licitado por pregão
SÚMULA Nº 257/2010
• O uso do pregão nas contratações de serviços comuns de engenharia encontra amparo na Lei nº
10.520/2002.

USO DO PREGÃO – PROJETOS


ACÓRDÃO Nº 601/2011
1.  O pregão não deverá ser utilizado para a contratação de serviços de natureza predominantemente
intelectual, assim considerados aqueles que podem apresentar diferentes metodologias, tecnologias e níveis
de desempenho e qualidade, sendo necessário avaliar as vantagens e desvantagens de cada solução.
2.  Se o projeto ou estudo a ser elaborado por um profissional ou empresa for similar ao que vier a ser
desenvolvido por outro(a), o serviço pode ser caracterizado como comum. Caso contrário, se a similaridade
dos produtos a serem entregues não puder ser assegurada, o objeto licitado não se enquadra na categoria de
comum.

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USO DO PREGÃO – SUPERVISÃO


ACÓRDÃO Nº 3341/2012
9.2.3. para contratação de serviços de supervisão e consultoria, realize a licitação na modalidade pregão,
especificando detalhadamente os serviços que a empresa de supervisão ou de consultoria deverá prestar,
ressalvando as situações excepcionais em que tais serviços não se caracterizam como “serviços comuns”, caso
em que deverá ser justificada, dos pontos de vista técnico e jurídico, nos autos do processo de licitação, a
utilização extraordinária de outra modalidade licitatória que não o pregão;”
7. Portanto, para esta Corte de Contas, o serviço de supervisão de obras deve ser, em regra, licitado na modalidade
pregão, pois, na maioria dos casos, seu padrão de desempenho e qualidade pode ser objetivamente definido,
conforme previsão legal.

ERRO 23
Utilizar os regimes de execução previstos em lei de forma equivocada

DEFINIÇÕES - Lei nº 8.666/93


Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros, sob qualquer das seguintes modalidades:
a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;
b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de
unidades determinadas;
c) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento
de materiais;
d) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo
todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até
a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais
para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às
finalidades para que foi contratada.

Acórdão 1.977/2013 – Pleno


9.1.3. a empreitada por preço global, em regra, em razão de a liquidação de despesas não envolver,
necessariamente, a medição unitária dos quantitativos de cada serviço na planilha orçamentária, nos termos
do art. 6º, inciso VIII, alínea ‘a’, da Lei 8.666/93, deve ser adotada quando for possível definir previamente
no projeto, com boa margem de precisão, as quantidades dos serviços a serem posteriormente executados
na fase contratual; enquanto que a empreitada por preço unitário deve ser preferida nos casos em que os
objetos, por sua natureza, possuam uma imprecisão inerente de quantitativos em seus itens orçamentários,
como são os casos de reformas de edificação, obras com grandes movimentações de terra e interferências,
obras de manutenção rodoviária, dentre outras;
9.1.5. a proposta ofertada deverá seguir as quantidades do orçamento-base da licitação, cabendo, no
caso da identificação de erros de quantitativos nesse orçamento, proceder-se a impugnação tempestiva do
instrumento convocatório, tal qual assevera o art. 41, § 2º, da Lei 8.666/93;
9.1.6. alterações no projeto ou nas especificações da obra ou serviço, em razão do que dispõe o art. 65,
inciso I, alínea ‘a’, da Lei 8.666/93, como também do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, repercutem na
necessidade de prolação de termo aditivo;

Aditivo
Tipo 1

9.1.7. quando constatados, após a assinatura do contrato, erros ou omissões no orçamento relativos
a pequenas variações quantitativas nos serviços contratados, em regra, pelo fato de o objeto ter sido
contratado por “preço certo e total”, não se mostra adequada a prolação de termo aditivo, nos termos
do ideal estabelecido no art. 6º, inciso VIII, alínea “a”, da Lei 8.666/93, como ainda na cláusula de expressa
concordância do contratado com o projeto básico, prevista no art. 13, inciso II, do Decreto 7.983/2013;

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9.1.8. excepcionalmente, de maneira a evitar o enriquecimento sem causa de qualquer das partes, como
também para garantia do valor fundamental da melhor proposta e da isonomia, caso, por ERRO ou omissão
no orçamento, se encontrarem subestimativas ou superestimativas relevantes nos quantitativos da planilha
orçamentária, poderão ser ajustados termos aditivos para restabelecer a equação econômico-financeira da
avença, situação em que se tomarão os seguintes cuidados:

Aditivo
Tipo 2

9.1.8.1. observar se a alteração contratual decorrente não supera ao estabelecido no art. 13, inciso II, do
Decreto 7.983/2013, cumulativamente com o respeito aos limites previstos nos §§ 1º e 2º do art. 65 da Lei
8.666/93, estes últimos, relativos a todos acréscimos e supressões contratuais;
9.1.8.2. examinar se a modificação do ajuste não ensejará a ocorrência do “jogo de planilhas”, com redução
injustificada do desconto inicialmente ofertado em relação ao preço base do certame no ato da assinatura do
contrato, em prol do que estabelece o art. 14 do Decreto 7.983/2013, como também do art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal;

Decreto 7.983/13
Art. 13. Em caso de adoção dos regimes de empreitada por preço global e de empreitada integral, deverão ser
observadas as seguintes disposições para formação e aceitabilidade dos preços:
II - deverá constar do edital e do contrato cláusula expressa de concordância do contratado com a adequação
do projeto que integrar o edital de licitação e as alterações contratuais sob alegação de falhas ou omissões
em qualquer das peças, orçamentos, plantas, especificações, memoriais e estudos técnicos preliminares do
projeto não poderão ultrapassar, no seu conjunto, dez por cento do valor total do contrato, computando-
se esse percentual para verificação do limite previsto no § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.

ERRO 24
Ausência de documentos imprescindíveis ao início da obra

CONTRATOS
INÍCIO DOS SERVIÇOS
a) Anotação de Responsabilidade Técnica – ART dos responsáveis técnicos pelo empreendimento recolhida
junto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA do Estado em que a obra será
realizada, nos termos dos art. 1º e art. 2º da Lei nº 6.496/77;
b) licença ambiental de instalação junto ao órgão ambiental competente, nos casos previstos em lei;
c) ordem da Administração autorizando o início dos serviços;
d) alvará de construção junto à Prefeitura Municipal, quando cabível, e, se necessário, o alvará de demolição;
e) quando for o caso, aprovação do projeto de prevenção e combate a incêndio pelo corpo de bombeiros e dos
projetos de instalação elétrica, hidráulica e de telefonia das concessionárias competentes;
f) Certificado de Matrícula junto ao INSS referente à obra,
g) autorizações exigidas em obras com características especiais, como aqueles pertencentes a patrimônio
histórico-cultural.

ERRO 25
Ausência de indicação de fiscal de contrato para acompanhar a obra

CONTRATOS
FISCALIZAÇÃO
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração
especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações
pertinentes a essa atribuição.

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§ 1o O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a


execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados.
§ 2o As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão ser solicitadas a
seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.

ERRO 28
Ausência de atuação adequada da fiscalização no controle do objeto

Controle de Escopo
Preocupações - Conclusão do Objeto

Medições Aditivos Falhas de Projeto

Conhecimento dos Gerenciamento dos Medias s serem


Serviços projetados Acréscimos e Adotadas
(por partes) supressões

Aferição dos Ajustes para a Repercussões no


Serviços Executados conclusão do objeto regime de execução

Mudanças de Fiscais
Limite 25% Integração Custos e Prazos

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ERRO 29
Registros de má qualidade no diário de obras, com ausência de pontuação de marcos relevantes

DIÁRIO DE OBRAS
Registro de informações da obra

Diário de Obras
Registro de Informações da Obra

• entrada e saída de equipamentos;


• serviços em andamento;
• efetivo de pessoal (por empresa);
• condições climáticas,
Fatos
• visitas ao canteiro de serviço (inclusive Responsáveis Técnicos)
• subcontratadas

• subsídios para medidas futuras (sanções, etc.)


• avaliação de compatibilidade de serviços (equipamentos, tempo, etc.)
• Subsídios para auditorias

Utilidade
3 vias: OBRA; ADMINISTRAÇÃO; EMPREITEIRA
Assinar sempre e de forma tempestiva!!!

Acórdão 1694/2011-Plenário
Enunciado
A montagem de certame licitatório para justificar pagamento a empresa que não conseguiu comprovar a
execução de serviços para os quais fora remunerada é motivo para a aplicação da penalidade de inabilitação
do responsável para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da Administração
Pública Federal.

ERRO 30
Desconhecimento dos limites legais de aditivos

CONTRATOS
LIMITES PARA ALTERAÇÃO
Art. 65,§ 1o O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou
supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial
atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50%
(cinqüenta por cento) para os seus acréscimos.
§ 2º Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos no parágrafo anterior, salvo:
II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes.
§ 6o Em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os encargos do contratado, a Administração
deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial.

CONTRATOS
LIMITES PARA ALTERAÇÃO - TCU - ALTERAÇÃO QUALITATIVA
TCU - Acórdão nº 591/2011-Plenário
9.2. determinar ao (...) que, para efeito de observância dos limites de alterações contratuais previstos no art.
65 da Lei nº 8.666/93, passe a considerar as reduções ou supressões de quantitativos de forma isolada, ou
seja, o conjunto de reduções e o conjunto de acréscimos devem ser sempre calculados sobre o valor original
do contrato, aplicando-se a cada um desses conjuntos, individualmente e sem nenhum tipo de compensação
entre eles, os limites de alteração estabelecidos no dispositivo legal;

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