Logística Aplicada Aos Aeroportos 2
Logística Aplicada Aos Aeroportos 2
Logística Aplicada Aos Aeroportos 2
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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3
AEROPORTOS ....................................................................................... 9
LOGÍSTICA............................................................................................ 12
AEROPORTO-INDÚSTRIA ................................................................... 15
PLANEJAMENTO .................................................................................. 18
IMPLANTAÇÃO ..................................................................................... 19
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 46
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
À medida que a relação comercial entre os países aumenta, existe a
necessidade que os órgãos governamentais incentivem as indústrias nacionais
a procurar novos caminhos, para que elas possam se inserir com maior
competitividade no mercado externo, trazendo assim um maior equilíbrio à
balança comercial e ao crescimento do país.
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aeroportos internacionais/ internacionalizáveis com vistas à exportação, com
desburocratização, simplificação de procedimentos e redução de custos
tarifários, tributários e logísticos, aumentando a competitividade no mercado
internacional.
Para atingir esse objetivo, este trabalho analisa, em suas duas primeiras
seções, os dois grandes elementos de formação de um aeroporto-indústria,
sendo o primeiro a carga aérea e o segundo a logística.
A CARGA AÉREA
O transporte de carga aérea apresenta-se como uma modalidade de
transporte de características bem específicas, por se destinar a atender,
principalmente, mercados, sensíveis em relação ao tempo e segurança das
entregas, à sazonalidade de seus produtos e mercados apresentem problemas
em relação à acessibilidade, seja pelas condições da infraestrutura de transporte
ou pela distância ou ainda produtos de alto valor específico (Pedrinha, 2000).
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(i) Perecíveis como frutas, flores, peixes, jornais, revistas, artigos de
moda;
(ii) Produtos de alto valor específico, como eletroeletrônicos, informática,
joias, ouro, etc e
(iii) Produtos com urgência de entrega como, remédios e peças de
reposição.
DIVISÃO MODAL
Tendo-se na abordagem dos planos e programas elaborados pelo
Governo, o desafio da inserção do Brasil no contexto da globalização de
mercados, pode-se afirmar que os transportes constituem-se em um dos setores
prioritários para o desenvolvimento do país. No entanto, este setor foi norteado
por uma política de investimentos concentrados no rodoviário, o que nos leva a
questionar a sua adequação, consideradas as dimensões do território nacional.
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oscilando conforme as flutuações da economia, como pode ser observado na
tabela 2.1.
MERCADO INTERNACIONAL
Para complementar, o mercado de carga aérea no Brasil ainda é
dominado pelas companhias estrangeiras, principalmente norte-americanas. E
para completar, sabe-se que é impossível para nossas empresas, que entregam
ao governo brasileiro 34% de suas receitas em forma de impostos, competir e
ter algum sucesso sobre as companhias aéreas europeias, que pagam uma
média de 27% do seu faturamento em impostos, ou sobre as norte-americanas,
que são taxadas em 7,5% de sua receita pelo seu governo.
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crescimento significativo, embora pequeno, como pode ser visto na Tabela
abaixo.
Por outro lado, sua participação no valor total transportado vem crescendo
desde 1980, em decorrência de um aumento do emprego do avião para o
transporte de cargas de alto valor agregado e produtos perecíveis.
Esta prioridade gera, por parte das empresas aéreas e nos casos de vôos
mistos de passageiros e cargas, mudanças nas rotas existentes, assim como a
criação de novas rotas ou desativação de outras, ficando a carga a ser
transportada, sujeita à oportunidade de espaço nas aeronaves.
Isto só vem a demonstrar que o Brasil, assim como outros países, ainda
tem seu transporte de carga aérea fortemente dependente aos voos de
passageiros.
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A RELAÇÃO ENTRE O TRANSPORTE DE CARGA E A
ECONOMIA
As crises econômicas influenciam negativamente o tráfego global de
carga, enquanto o crescimento econômico promove o desenvolvimento do
transporte aéreo.
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Segundo a BOEING (1996), o crescimento da carga aérea tende a ser
mais alto em países emergentes, como o Brasil, onde procura-se
minimizar os custos de produção.
AEROPORTOS
A abertura da economia brasileira nos anos 90 promoveu o crescimento
das importações, que praticamente ocuparam a capacidade dos principais
terminais de cargas internacionais do País.
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tange ao movimento de carga, sendo estes responsáveis por 87% do fluxo de
carga do País.
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Para a INFRAERO fica a oportunidade de desenvolvimento de um novo
nicho de mercado, incrementando as receitas do setor de cargas,
especificamente as de armazenagem e capatazia, de preço específico (serviços
logísticos) e de varejo aeroportuário (receita comercial).
CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO
Há muitos anos que os aeroportos não são mais tidos como meros
terminais de troca de modos de transporte.
Esta medida, que também inclui redução de impostos, visa reduzir custos
logísticos e agilizar a saída das mercadorias, favorecendo as exportações. E
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ainda, para encontrar a máxima da velocidade, agilidade e credibilidade na
entrega, os centros de distribuição/negócio estão sendo construídos próximos à
ou em aeroportos que ofereçam uma vasta rede de voos.
LOGÍSTICA
Enfoques e Características
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de forma integrada, o que permitiria a multimodalidade/intermodalidade e
redução de seus custos elevados.
ÁREAS INDUSTRIAIS
Complexos industriais que enfatizam a logística just-in-time, como é o
caso do Aeroporto Indústria, a ser analisado mais profundamente no próximo
item, devem ter ligação direta a múltiplas alternativas de acesso, incluindo
locações ao longo das pistas de táxi do aeroporto.
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Outras facilidades de produção, processamento da carga e distribuição
podem estar localizadas por todas as partes deste complexo, fornecendo o
devido apoio para a logística industrial, tais como conteinerização,
armazenagem de conteinerização, embalagem, paletização, despaletização,
etc.
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AEROPORTO-INDÚSTRIA
O conceito de Aeroporto-Indústria é uma analogia ao projeto Global
Transpark - Global Transpark, TransPark e GTP, cuja elaboração e desenho
foram desenvolvidos por John Kasarda, Diretor do Instituto Kenan de Empresas
Privadas da Universidade da Carolina do Norte, Estados Unidos.
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As zonas francas industriais são distritos industriais, onde empresas
podem processar mercadorias importadas, com suspensão de impostos e sob
supervisão aduaneira, desde que os produtos resultantes (que podem conter
componentes nacionais) sejam destinados ao exterior.
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Após o conhecimento apresentado sobre a implantação de um Aeroporto-
Indústria, cabe ressaltar que ainda há muito a fazer, principalmente no que diz
respeito à burocracia, política e responsabilidade de operação do projeto.
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Não basta somente encontrar o sítio aeroportuário ocioso, elaborar uma
Medida Provisória e fazer acordos com empresas. Um estudo mercadológico,
por exemplo, é fundamental, uma vez que o equilíbrio entre a demanda e a
capacidade é um requisito de sucesso e viabilidade.
PLANEJAMENTO
Com base nesse contexto, o projeto de Aeroporto-Indústria deve ter sua
implantação muito bem planejada. Sua operacionalidade tem impactos tanto
regionais como nacionais.
A começar pelo aeroporto que deve ser internacional, tendo como função
o escoamento da produção voltada à exportação. No entanto, a região também
capta esta influência, mesmo que a população não seja consumidora, ela pode
servir como produtora ou como mão-de-obra especializada.
Além do mais, para viabilidade efetiva do projeto, esta região deve ter
suporte de sistemas de transportes, telecomunicações e aparato comercial, que
de preferência devem estar integrados aos outros sistemas respectivos das
outras regiões de influência.
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Tendo em vista estas transformações deve-se estudar e entender bem o
assunto, avaliar as possibilidades potenciais, reavaliar a cultura de operação
para um novo processo comercial e romper com paradigmas
IMPLANTAÇÃO
Questão Aduaneira
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Questões Trabalhistas
Infraestrutura
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Capacidade do sistema de pistas para operações 24h por dia,
frequências, ligações;
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Marketing
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Sistemas de Transportes
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Armazenagem
Mas infelizmente, não é bem assim que este processo funciona em alguns
países e aqui no Brasil. As cadeias de abastecimento convencionais não são
transparentes em relação às informações relacionadas ao mercado e,
inevitavelmente, mantêm estoques de reserva precavendo-se contra as
incertezas da demanda.
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montagem, distribuição e outras atividades com uso eficiente de seus recursos
e com diminuição de custos de estoque, armazenagem, embalagem e manuseio.
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Relações mais ágeis entre consumidores e vendedores;
NÍVEL DE SERVIÇO
O serviço ao cliente é um conceito amplo, difícil de ser definido em uma
única frase. Ele abrange todos os pontos de contato entre um fornecedor e um
comprador, incluindo os elementos tangíveis e intangíveis.
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Muitas empresas, incluindo os países em desenvolvimento, estando aí o
Brasil, supõem que entendem seus clientes, mas na verdade não conhecem nem
o perfil deles. Isso quer dizer que, em vez de oferecer pacotes de serviços iguais
para todos os clientes, a organização flexível deveria buscar diferenciar o pacote
para atender às exigências de cada cliente de forma personalizada.
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Segundo NOVAES (2001), nos Estados Unidos os custos de
transportes representam 59% dos custos logísticos, seguidos pelos
custos gerais de juros, impostos, obsolescência, depreciação, seguros,
com 28%, e por outros custos de armazenagem, despacho e
administração, de 13%. No Brasil, não existem estatísticas precisas e
muitas das entidades do ramo divergem em seus valores.
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existentes. Sendo assim, foram abordadas apenas as questões relativas à esta
nova filosofia da logística, sua importância e suas limitações, no caso brasileiro,
à viabilização do projeto de um Aeroporto-Indústria.
Desqualificação profissional;
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Falta de um compartilhamento mais aberto de informação que vise
combater ineficiências na cadeia de abastecimento;
Como se sabe dependendo para onde uma mercadoria vai, a empresa faz
o uso de um modal ou mais modais, utilizando deste modo o transbordo, a
intermodalidade e a multimodalidade.
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É importante destacar que a crise na infraestrutura do país, como é
propalada pela imprensa, atinge níveis de verdadeira calamidade se forem
consideradas apenas as deficiências observadas no setor aeroportuário,
principalmente nos aeroportos mais importantes ou movimentados do país,
sendo esses localizados principalmente nas capitais dos estados brasileiros.
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conformidades da infraestrutura aeroportuária brasileira, mostrando como são os
modelos nos dias de hoje, e como deveriam ser.
O SISTEMA LOGÍSTICO
De acordo com Ballou (2001), um sistema logístico é composto pela
combinação de uma série de atividades, que variam de organização
para organização de acordo com: a natureza da atividade que essa
organização exerce sua estrutura organizacional, porte, etc.
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MODAIS LOGÍSTICOS
Os modais logísticos no Brasil podem ser usados para o transporte tanto
de mercadorias como de pessoas, sendo que o único modal que é incapaz de
transportar pessoas seria o duto viário.
Para Oliveira (2017), um bom uso dos modais uma empresa deve
sempre buscar o menor tempo de entrega de seu produto, o modal que
lhe oferece o menor custo e como a mercadoria é transportada nos
modais, pois os modais são influenciados por fatores externos como
divergência de bitolas, efeitos climáticos, congestionamentos.
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a redução do número de viagens e com o baixo custo unitário de
transporte”. Alternativas como a utilização do transporte combinado
rodoferroviário ou marítimo-ferroviário pode torná-lo atrativo para
movimentação de cargas containerizadas de maior valor agregado e a
presença de terminais adaptados com tomadas reefer (contêiner
refrigerado) ao longo da ferrovia, podem viabilizar o transporte de
cargas perecíveis.
Segundo Oliveira (2017), o modal aquático no Brasil pode ser feito por
mar, rios e lagos, este último não é muito utilizado no país devido a não
existência de lagos navegáveis no país.
O último dos cinco modais existentes no país, é o modal duto viário. Este
modal é utilizado para o transporte de grandes quantidades de mercadorias
(OLIVEIRA, 2017).
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mercadorias realizado por pressão ou arraste por meio de um elemento
transportador.
A intermodalidade pode ser feita tanto dentro de um único país como entre
países, ou seja, de forma nacional e internacional (RODRIGUES, 2004).
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Os aeroportos no Brasil estão assim divididos: 155 unidades
administradas pelos Municípios e 190 unidades administradas pelos Estados,
sendo ambos utilizados quase que exclusivamente para voos regionais; e 64
unidades administradas pela Infraero, que operam voos domésticos e
internacionais.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRANSPORTE AÉREO NO BRASIL
O crescimento e a diversificação da economia brasileira entre 1920 e o
início da década de 1960 resultaram na forte expansão da demanda pelo
transporte aéreo.
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Na primeira fase do processo de liberalização (1992-2000), o baixo
crescimento levou as empresas a adotarem estratégias de modernização
defensiva (BIELSCHOWSKY, 2011).
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Coloca-se assim o problema da eficácia da liberalização em termos de
ampliação da concorrência, em especial no que diz respeito à possibilidade de
conluio (implícito ou explicito) entre as novas empresas líderes. Os especialistas
divergem quanto a este ponto.
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A partir da Segunda Guerra Mundial a aviação comercial assistiu a um
grande desenvolvimento, transformando o avião em um dos principais meios de
transporte de passageiros e mercadorias no contexto mundial. Esse é um dos
fatos que contribuiu para uma redução do uso de conduza Marítima.
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• Aplicando o just in time, é possível a racionalização das compras pelos
importadores, já que não terão a necessidade de manter estoques pela
possibilidade de recebimento diário das mercadorias que necessitam;
• Redução de custo de embalagem, uma vez que não precisa ser tão
robusta, pois a mercadoria é menos manipulada;
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• Serviços Regionais: Linhas nacionais de âmbito regional, para
passageiros e cargas, atendendo cidades de médio e pequeno porte por fora do
eixo das capitais;
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Para Keedi e Mendonça (2000), embora diferentes nos seus conceitos,
as duas assemelham-se quanto à segurança e operacionalidade.
Seguem os mesmos princípios, tanto para as cargas domésticas,
quanto as cargas internacionais, e são baseados em normas da IATA
(International Air Transport Association) e em acordos e convenções
internacionais.
Para que fosse possível fazer um amplo estudo da demanda deste setor,
os passageiros – principais clientes deste mercado – podem ser classificados
em dois grupos: aqueles que voam a negócio e aqueles que voam a lazer.
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de um grupo sobre o outro dependendo da região em que se é realizado o
estudo.
• Full service: São aquelas que como o próprio nome diz, oferecem todos
os tipos de serviços e não priorizam apenas os passageiros que buscam
economia, mas também aqueles que estão na procura de conforto.
• Low Cost: Companhias que cobram baixas tarifas de voo pois cortam ao
máximo as despesas e, consequentemente os custos de serviços que são
oferecidos aos passageiros, além de ter sua estratégia voltada sempre à enxugar
processos e serviços.
Por exemplo: Voar com uma frota de aeronave de mesmo modelo para
evitar despesas com treinamentos e manutenção de diferentes modelos de
aeronaves. Uma empresa low cost opta por escolher aeroportos mais baratos,
em geral, longe dos grandes centros.
O estudo feito por estes autores destaca também a análise dos fatores
que influenciam no volume da demanda.
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Em 2012 foram mais de 100 milhões de passageiros pagos transportados,
número que aumentou em 165% nos últimos 10 anos (para o Brasil e o mundo).
Já na demanda de transporte de cargas, o crescimento para os últimos anos não
foi tão exorbitante, entretanto ainda atingiu a incrível marca de 65% de aumento.
Regulamentação
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REFERÊNCIAS
AIRBUS Industry, (2000) Global Market Forecast 2000-2019.
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KASARDA, J.D..Global Transpark Brasil – Infraestrutura para uma Vantagem
Competitiva. Revista Tecnologística, ano III, N0 24, Nov./1997, pp.26-31.
TORRES, R. R., MATERA, R. W., ESPÍRITO SANTO JR, R. A. (2003) The Air
Cargo Market in Brazil: Challenges, opportunities and Perspectives. In: 7th
Conference of the Air Transport Research Society (ATRS), Toulouse, France.
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