Gestão de Projetos Portuários
Gestão de Projetos Portuários
Gestão de Projetos Portuários
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NOSSA HISTÓRIA
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Sumário
1 – INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4
2- PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................ 9
2.1- ESTÁGIO 1 (INPUT) ....................................................................................... 11
2.1.1- Sistema Portuário Nacional e Políticas de Governo .................................... 11
2.2- ESTÁGIO 2 (INPUT) ....................................................................................... 19
2.2.1- Ciclo da operação portuária .......................................................................... 19
2.2.2- Planejamento operacional portuário ............................................................ 21
2.3- Execução e Gerenciamento da Operação ....................................................... 23
2.4- ESTÁGIO 3 (OUTPUT)................................................................................... 24
2.4.1- Controle da operação ..................................................................................... 24
2.4.2- Indicadores de desempenho portuário ........................................................ 25
2.4.3- Gestão da capacidade operacional ............................................................... 26
2.4.4- Avaliação dinâmica de capacidade e desempenho de terminais portuários
.................................................................................................................................... 28
3- REFERÊNCIAS ................................................................................................... 33
3
1 – INTRODUÇÃO
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em um sistema de informações logísticas contribui para um planejamento ope-
racional integrado entre complexos portuários com foco nos indicadores de de-
sempenho econômico (ANTAQ, 2018).
A governança corporativa pode ser definida como o sistema pelo qual as empre-
sas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas a crescer,
envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, direto-
ria, órgãos de fiscalização, controle e demais partes interessadas. As boas prá-
ticas de governança corporativa convertem princípios básicos em recomenda-
ções objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o
valor econômico de longo prazo da organização, facilitando seu acesso a recur-
sos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua longevidade
e o bem comum. (IBGC, 2018). Com base nesta definição, os princípios básicos
de governança corporativa permeiam a adoção de boas práticas que resultam
em um clima de confiança das relações institucionais e empresarias por meio da
transparência, equidade, prestação de contas e cumprimento das responsabili-
dades corporativas. Esta valoração contempla o desejo de disponibilizar para as
partes interessadas as informações claras, concisas, tempestiva e transparentes
do desempenho econômico-financeiro que conduzem à preservação e à otimi-
zação do valor da organização. Preservando pelo tratamento justo e isonômico
de todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders), a fim de reduzir
as externalidades negativas dos negócios, das operações e aumentar as positi-
vas, levando em consideração no modelo de negócios os diversos capitais finan-
ceiro, intelectual, ambiental e humano, no curto, médio e longo prazos (IBGC,
2018).
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correlacionadas com as diretrizes do Plano Nacional de Logística Portuária. No
segundo estágio deste processo de reforma, o sucesso da aplicação do Modelo
de Governança se dá pelo grau de ajuste (fit) entre os elementos do modelo
conforme o Ambiente, Estratégia e Estrutura. A compreensão destes inputs de
dados pode ser definida por meio das definições apresentadas abaixo:
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Conforme este processo de reforma, as premissas da metodologia PDCA foram
aplicados no planejamento operacional de maneira conceitual e simplificada, so-
bre a ótica das políticas de integração do sistema logístico portuário, observando
a complexidade e as principais etapas do fluxo operacional dos terminais portu-
ários.
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Nesse caso, a delegação da operação portuária dos Portos Organizados dife-
rencia com base no perfil jurídico, por meio de concessão de uma empresa pú-
blica ou privada, sob licitação prévia. Contudo, os Terminais de Uso Privado
(TUP) operam apenas com autorização do poder público, observando que as
obrigações atribuídas ao operador mediante regime de concessão são maiores
do que aquelas impostas sob regime de autorização (ANTAQ, 2018).
Com base nos desafios das políticas do Plano Nacional de Logística Portuária
destacam-se os objetivos de aprimorar as relações de gestão e economia. O
objetivo de modernização da gestão das administrações portuárias tem papel
importante no desenvolvimento dos portos e do setor portuário nacional. As ad-
ministrações portuárias precisam atuar em consonância com as diretrizes estra-
tégicas estabelecidas pela então Secretaria Nacional de Portos do Ministério dos
Transportes, Portos e Aviação Civil (SNP/MTPA), cumprindo as metas estipula-
das, com colaboradores qualificados e capacitação constante. (PNLP, 2015).
8
entre o planejamento dos portos às diretrizes nacionais, a efetividade e a efici-
ência administrativa na elaboração e aprovação de projetos portuários, a fim de
consolidar um ambiente de confiabilidade e estabilidade jurídica, atrativo ao in-
vestimento privado. (PNLP, 2015).
2- PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Será abordado o conceito de governança proposto por BROOKS & PALLIS apud
VIEIRA (2013), segundo o modelo de Matching Framework, que significa Quadro
de Correspondência, a fim de obter um maior detalhamento da avaliação do de-
sempenho portuário no processo de modernização da gestão e planejamento
operacional integrado. Entretanto, VIEIRA (2008) observa que os alguns mode-
los de governança, mesmo aperfeiçoados, apresentam inconsistências na avali-
ação da performance portuária em um nível ótimo desejado.
Deste modo, foi estruturado sobre a ótica da metodologia PDCA (Plan, Do,
Check, Act), abordando conceitos de Planejamento, Execução, Verificação e
Ajuste por meio do Controle, das principais atividades operacionais portuárias, a
fim de obter uma análise simplificada dos indicadores chave de desempenho
operacional (Key Performance Indicators) de maior interesse para o porto. Flu-
xograma da metodologia ilustrado na Figura 2.
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Segundo GRAEML & PEINADO (2007) a metodologia PDCA serve como modelo
de referência para os planos de melhoramento contínuo, seguindo o princípio de
gestão da qualidade total. A melhoria contínua é baseada em um conceito japo-
nês denominado Kaizen, que busca aperfeiçoar os processos operacionais tor-
nando-os mais eficiente, econômicos e confiáveis. Por meio da simplificação
destes conceitos, estes modelos são discutidos neste estudo a fim de investigar
formas de parametrizar a performance e aprimorar a relação entre o sistema de
medição de desempenho e a governança portuária, relacionados com as princi-
pais etapas da gestão operacional de terminais portuários.
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No Estágio 2, o processo de reforma portuária é estudado por meio da análise
da gestão operacional integrada, abordando conceitos de Planejamento, Execu-
ção e Controle da operação, conforme a metodologia PDCA, aprimorando a
compreensão da dinâmica do ciclo operacional de terminais portuários.
O Plano Nacional de Logística Portuária foi instituído pela então Secretaria Es-
pecial de Portos da Presidência da República (SEP/PR), atual Secretaria Nacio-
nal de Portos do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (SNP/MTPA)
como um instrumento de planejamento estratégico de Estado para o setor por-
tuário. O PNLP visa aprimorar a governança, modernizar a gestão dos portos
organizados, redefinir a legislação do setor, melhorar a produtividade operacio-
nal, nível de serviço e expandir a capacidade do sistema portuário alinhado com
o crescimento da economia, sustentabilidade ambiental e revitalização das áreas
dos portos organizados (PNLP, 2015).
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vimentação de cargas, a redução do custo logístico, além de aprimorar a efici-
ência e o desenvolvimento do setor operacional. Através desta reformulação ins-
titucional, a Secretaria de Portos passou a atuar de maneira centralizada como
poder concedente das atividades de exploração dos portos organizados, contra-
tações, serviços de dragagem e no planejamento integrado do setor portuário
(PNLP, 2015).
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de serviço desejado pelos armadores e operadores portuários, assim como me-
lhorar os acessos aquaviário, conforme o Programa Nacional de Dragagem
(PND) (PNLP, 2015).
Por meio destes pilares, destacam-se ações para identificar a vocação de cargas
dos Clusters portuários e promover investimentos em melhorias operacionais,
melhoria nos acessos dos portos, compatibilização das políticas municipais e
estaduais de desenvolvimento urbano e infraestrutura com a expansão das
áreas portuárias (PNLP, 2015).
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A Secretaria de Portos também realiza um Programa de Modernização da Ges-
tão Portuária (PMGP) com objetivo de melhorar a eficiência dos processos logís-
ticos, propor e implantar recomendações administrativas de boas práticas de go-
vernança nas Companhias Docas. Assim como o aprimoramento corporativo das
administrações portuárias e o aperfeiçoamento do controle financeiro, pela cria-
ção de um sistema de custeio detalhado com base nos serviços prestados para
implantar uma estrutura tarifária adequada (PNLP, 2015)
14
para aumentar a eficiência e a segurança das manobras e da navegação nas
operações portuárias, a fim de reduzindo o risco de acidentes (PNLP, 2015).
O Projeto Cadeia Logística Portuária Inteligente (CLPI) tem por objetivo a intro-
dução de um processo inovador consolidado pela PortoLog que permite o ge-
renciamento dos acessos terrestres ao porto, através da coleta de informações
e monitoramento integrado das cargas desde a origem até o terminal portuário
de embarque.
15
Após a implantação do PortoLog, este deve interligar-se ao Porto sem Papel e
ao VTMIS, que possibilitará o acompanhamento e gerenciamento, em tempo
real, do fluxo de cargas, veículos e embarcações no canal de navegação e nas
áreas de fundeio do Porto (PNLP, 2015).
O Programa Nacional de Dragagem foi instituído pela Lei 11.610 de 2007 (já não
mais em vigor), foi criado para propor e desenvolver soluções para reduzir os
gargalos que limitavam os acessos marítimos aos portos, com o objetivo de in-
crementar capacidade de movimentação de cargas aos calados dos navios mais
frequentes na costa brasileira (PNLP, 2015).
16
Com base na análise dos relatórios do PNLP (2015), a projeção de demanda e
alocação de cargas foram alinhados aos Planos Mestres de cada porto, agrupa-
dos em Clusters portuários e definidos como conjunto de portos e terminais pri-
vados geograficamente próximos. A projeção de demanda tem a finalidade de
estimar uma perspectiva do fluxo cargas dedicadas por cada região e assim di-
recionar os investimentos em infraestrutura adequados. A Figura 6 ilustra o mapa
do Sistema Portuário Nacional e a localização dos principais Clusters e comple-
xos portuários.
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Diante dos novos desafios para o desenvolvimento do Setor Portuário Brasileiro,
os pilares estratégicos foram ajustados conforme as prioridades de governo, di-
recionando as ações de acordo com a evolução dos ciclos de planejamento do
PNLP, seguindo a ótica da metodologia PDCA. Com base nas premissas esta-
belecidas através destes pilares de desenvolvimento, foram atribuídos objetivos
específicos direcionando ações de nível estratégico, tático e operacional, para o
planejamento focado em Gestão, Economia, Capacidade, Operações, Logística
e Meio Ambiente. (PNLP, 2015).
O nível de serviço dos acessos aos portos brasileiros está diretamente ligado as
obras de dragagem, infraestrutura de integração dos modais terrestres e circu-
lação de veículos nas vias urbanas marginais ao porto. Nesse sentido, a melho-
ria da eficiência portuária depende da logística dos acessos ao porto compatíveis
com a demanda. A otimização da inteligência logística deve ser um objetivo a
ser buscado paralelamente com as melhorias de infraestrutura na gestão dos
acessos aos portos e infraestrutura de apoio (PNLP, 2015).
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dores de terminais portuários com tempo de espera adequado, calculados sub-
traindo o horário de chegada do navio na barra pelo tempo médio de navegação
e o horário de início das manobras. Estes indicadores foram separados por gru-
pos de carga e avaliados através da comparação com terminais benchmark
(PNLP, 2015).
Por meio destas atribuições estabelecidas pela SEP/PR foram mediadas ações
estratégicas que visam principalmente coordenar e automatizar procedimentos
operacionais, consolidar a utilização de Porto Sem Papel, reduzir os tempos não
operacionais, garantir condições adequadas nos acessos e implantar o Sistema
de Gestão de Tráfego de Embarcações.
Neste sentido, com base no input das políticas traçadas pelo Plano Nacional de
Logística Portuária, o processo de reforma do Modelo de Governança proposto
por BROOKS & PALLIS (2008), contempla a análise e avalição destas ações
estratégicas no Ambiente, na Estrutura e na Estratégia do modelo, a fim de aten-
der os objetivos específicos do PNLP.
Com base nos processos e nas operações do fluxo logístico de importação (Im-
port flow) de cargas, o ciclo logístico no porto inicia com a chegada do navio na
área de fundeio, e finaliza após a transferência e expedição das cargas para o
modal terrestre. Nos processos e nas operações do fluxo logístico de exportação
(Export flow) de cargas, o ciclo logístico no porto inicia com a recepção da carga
no gate, e finaliza com o embarque e partida do navio.
19
Por meio da compreensão desta dinâmica do fluxo logístico de um porto, neste
conteúdo foram discutidos e analisados os principais aspectos relacionados com
a gestão operacional, abordando conceitos de Planejamento, Execução e Con-
trole, segundo a ótica da metodologia PDCA. Esta metodologia foi aplicada no
processo de reforma portuária como ferramenta de ajuste no modelo de gover-
nança, a fim de obter os indicadores de desempenho de maior interesse para o
porto.
20
Por meio desta análise do processo do fluxo logístico foram estudados o plano
de ação e programação das operações, alinhados com os indicadores de de-
sempenho operacionais. A fim de melhorar a compreensão destes procedimen-
tos e aperfeiçoar o ajuste do modelo de governança.
21
mentos da operação, como as particularidades de cada tipo de terminal relacio-
nado com os tipos de carga movimentadas, métodos de armazenagem, especi-
ficações técnicas dos equipamentos chave da operação e as informações perti-
nentes ao navio (UNCTAD, 1985).
22
2.3- Execução e Gerenciamento da Operação
A utilização adequada dos recursos do porto contribui para otimização dos in-
vestimentos, quanto ao número de berços e equipamentos compatíveis com a
demanda, no que proporciona uma redução significativa dos gastos operacionais
e ociosidade de recursos. Deste modo a maximização da utilização destes re-
cursos resulta no aumento da capacidade efetiva e aumento da margem de lu-
cros dos terminais, possibilitando a redução das tarifas, melhorando a competi-
tiva e participação de mercado (Market Share) do porto (BRANCH, 1986).
Quanto maior o rendimento dos equipamentos, menor será o custo unitário por
tonelada ou unidade de carga movimentada. Entretanto a alta ocupação de um
berço ou superutilização dos equipamentos, podem ocasionar filas e comprome-
ter o fluxo logístico. Neste sentido o gestor da operação, deve analisar a utiliza-
ção dos recursos por meio de um trade-off com base nos princípios de gover-
nança (BRANCH, 1986).
A execução da operação dos navios e das cargas no porto irá depender dos
termos contratuais, conforme os acordos realizados entre as agências de nave-
gação, donos das cargas, donos do navio e os terminais portuários. Neste sen-
tido, os indicadores de desempenho operacional do porto, fornecem subsídios
23
para elaboração destes contratos e planejamento prévio da execução das ativi-
dades (BURNS, 2015).
24
Avaliação de Resultados. As medições dos resultados operacionais são
relativas a quantidade total de carga movimentada, nas operações de
carga e descarga de um navio durante o tempo de permanência no berço.
25
ser analisados mediante o somatório destes índices nas diferentes etapas ope-
racionais, comparando com os resultados anteriores a aplicação da reforma (VI-
EIRA, 2013).
A capacidade de uma operação pode ser definida como o máximo nível de ativi-
dade de valor adicionado realizadas em determinado período, sob condições
normais de operação. De forma que possam atender as demandas, em curto,
médio e longo prazos. No processo de tomada de decisões, os gestores devem
alinhar o planejamento com as políticas de investimentos em melhorias da infra-
estrutura e expansão dos terminais portuários, por meio da gestão da capaci-
dade operacional (SLACK, 2006).
26
I.A capacidade instalada pode ser definida como a capacidade máxima teórica
que uma unidade pode produzir operando ininterruptamente, em regime full time
(todas as horas do dia e todos os dias da semana/mês/ano), desconsiderando
perdas. Esta é avaliada como medida hipotética para definições estratégicas
com base nos índices de disponibilidade.
III. A capacidade efetiva ou de carga, pode ser definida como a capacidade dis-
ponível subtraindo as perdas planejadas, como as paradas para setup dos equi-
pamentos, manutenções preventivas e trocas de turnos. Com base na capaci-
dade efetiva e disponível é possível determinar o índice que indica quanto as
instalações de um terminal estão sendo utilizadas.
27
IV. A capacidade realizada, pode ser definida como a capacidade real de produ-
ção em um determinado tempo, considerando as perdas planejadas e não pla-
nejadas. Com base na capacidade efetiva e realizada é possível determinar um
índice que indica quanto as instalações de um terminal estão sendo utilizadas.
28
das instalações de armazenamento é definida como sendo capacidade estática,
dada em função de como são utilizadas. Para avaliação Eficiência Global de um
porto ou terminal, devem ser observados os limites e gargalos de fluxo (bottle-
neck) deste sistema, considerando a capacidade dos processos individuais de
cada etapa do fluxo operacional como componentes limitantes (BICHOU, 2013).
Com base nos conceitos sobre gestão operacional portuária apresentados neste
material, é possível analisar a importância da aplicação de ferramentas de con-
trole operacional para a elaboração de políticas de planejamento de maneira
adequada, integrada e agregando valor as atividades portuárias. Tendo em vista
que os portos marítimos são uma entidade complexas e dinâmicas com a inte-
ração entre os vários agentes da cadeia logística. Os gestores das atividades
portuárias têm a função de gerenciar conflitos, coordenar e administrar todos os
aspectos operacionais de um terminal, de maneira eficiente, eficaz e efetiva
(BURNS, 2015).
Dado este contexto, o presente estudo contribui com uma revisão conceitual so-
bre o aprimoramento da governança corporativa do porto, conforme o modelo
proposto por BROOKS & PALLIS (2013), Matching Framework. Assim como, se-
gundo a ótica da metodologia PDCA aplicada na cadeia logístico portuária de
responsabilidade da alta gestão do porto. A fim de, aumentar a compreensão
das autoridades portuárias na avaliação das atividades operacionais.
29
Este estudo é importante, pois através dele é possível compreender que, melho-
res resultados (outputs) portuários podem ser obtidos pelo ajuste do modelo de
governança relacionado com a performance. Tanto interna (indicadores de de-
sempenho), quanto externa (avaliação dos usuários), que possibilitam o aperfei-
çoamento dos processos operacionais promovendo a melhoria contínua.
Com isso os gestores podem analisar qual o momento certo e onde é necessário
investir em melhorias na capacidade, de maneira eficiente e eficaz. A fim de,
manter o nível operacional competitivo de mercado e atender as necessidades
dos usuários do porto. Deste modo a gestão de desempenho atua com foco na
eficiência da operação, e a gestão da capacidade atua com foco na otimização
dos recursos e redução de custos (ALFREDINI & ARASAKI, 2014).
Por meio destes recursos, com o emprego de tecnologia embarcada nos equi-
pamentos, sistemas de processamento de dados e modelos computacionais de
simulação da operação. É possível monitorar em tempo real os indicadores de
desempenho, auxiliando no controle sistemático de setores estratégicos do fluxo
logístico (BURNS, 2015).
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Neste sentido, a disponibilidade destes recursos é um forte atrativo para novos
investidores e stackeholders, promovendo uma gradual evolução do porto na
participação do mercado (Market Share). Por outro lado, o desafio da maioria
dos portos brasileiros, principalmente os que estão instalados em áreas urbanas,
é aumentar sua capacidade de operação utilizando dos recursos físicos disponí-
veis. Isto é possível através de investimento em melhorias do desempenho, ali-
nhado com o monitoramento e controle das atividades. Por meio do planeja-
mento integrado no processo de melhoria contínua, é possível obter um gradual
aumento da capacidade dinâmica, atendendo o aumento de demanda com re-
sultados de desempenho satisfatórios (BICHOU, 2013).
Outro fator importante, que deve ser levado em contanto na avaliação do fluxo
logístico de um porto, está relacionado com os procedimentos aduaneiros, onde
cada país ou blocos econômicos tem suas determinadas legislações. Estas va-
riam de acordo com o produto, em que a ineficiência nestes procedimentos de
fiscalização, falta de tecnologia adequada e controle, representam uma barreira
operacional nos tramites para liberação das cargas, tanto para exportação como
para importação. Isto tem prejudicado significativamente o andamento do fluxo
logístico, com cargas retidas e superlotando as áreas alfandegadas do porto pro-
vocando atrasos, comprometendo o andamento das atividades, e acarretando
em prejuízos (BICHOU, 2013).
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deve continuar sendo foco de esforços e investimentos, principalmente em rela-
ção à implantação e ao acompanhamento do novo sistema de cumprimento de
metas de desempenho empresarial, a fim de desenvolver o setor portuário naci-
onal e tornar os portos brasileiros competitivos e propulsores do desenvolvi-
mento econômico nacional.
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3- REFERÊNCIAS
BICHOU, K. Port Operations, Planning and Logistics. New York: Informa Law,
2013
BROOKS, M.; PALLIS, A. Assessing port governance models: process and per-
foamnce componentes. Maritime Policy and Management. V. 35. n. 4, Halifax,
2008. p. 411-432.
BURNS, M. Port Management and Operations. London e New York: CRC Press;
2015
33
PNLP (Plano Nacional de Logística Portuária). Objetivos, indicadores, metas e
ações estratégicas. Brasília, Secretaria de Portos, 2015. Disponível em Acesso
em:10/01/2017.
34
UNCTAD, United Nations Conference on Trade and Development. Planning
Land use in port areas: Getting the most out of port infraestructure . Monograph
No. 2.New York e Geneva,
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